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Faculdade de Ciências de Saúde Curso de Licenciatura em Medicina Dentária Disciplina de Medicina Bucal I Iiiº Nível, 1º Semestre-2023
Faculdade de Ciências de Saúde Curso de Licenciatura em Medicina Dentária Disciplina de Medicina Bucal I Iiiº Nível, 1º Semestre-2023
Discente: Docente:
A odontologia está voltadas às doenças virais devido as manifestações orais que podem
apresentam afecções em cavidade bucal que quando avaliadas sob uma óptica criteriosa
apresentam impactos bastante significativos tanto locais quanto sistémicos.
2. Objectivo geral
Descrever as manifestações orais das doenças virais
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3. Manifestações Orais Das Doenças Virais
Vírus são micro (20-300 ηm de diâmetro) agentes infecciosos que apresentam um genoma
constituído de uma ou várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a
forma de fita simples ou dupla. (1,2)
Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm DNA ou vírus que contêm RNA.
Viroide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular.
Virusoide: vírus que para actuarem patogenicamente precisam da actuação de um outro vírus,
como o vírus da hepatite D que precisa do vírus da hepatite B. (1,2)
Os vírus que apresentam um envelope na sua estrutura são denominados vírus envelopados
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Vírus desprovidos de envelopes são denominados vírus não envelopados ou nús/desnudo são
também chamamos de vírus simples.
Os vírus sem envelope são mais virulentos em comparação com os vírus com envelope porque
costumam causar lise da célula hospedeira. (1,2)
4. A replicação viral
A replicação viral é a formação de vírus biológicos durante o processo de infecção nas células
hospedeiras alvo. A maioria dos vírus de DNA se agrupa no núcleo, enquanto a maioria dos vírus
de RNA se desenvolve apenas no citoplasma. (1,2)
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Fase 4: Transcrição: o material genético do HIV orienta o mecanismo genético da célula a
produzir novo HIV.
Fase 6: Montagem Viral: as novas proteínas virais são divididas por uma enzima viral
denominada protease, para que possam ser agrupadas em partículas virais.
Fase 7: Libertação: todos os vírus envelopados são liberados por brotamentoe os não
envelopados são liberados por lise.
Clinicas: lesões papulosas ou micropapulosa, cuja superfície pode ser lisa ou mais áspera ou um
aspecto verrucoso.
Latente: não há lesão clinica nem subclínica, o vírus não é transmissível, mas pode ser
encontrado por métodos de biologica molecular.
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As lesões laríngeas do HPV apresentam repercussão clinica significativa e muitas as vezes
exuberante, com disfonia e dispneia associadas
As lesões orais causadas por HPV tem repercussão clinica muito menos evidente, principalmente
numa fase inicial retarda diagnóstico, mas há presença do vírus em lesões cancerígenas da
cavidade oral, coo a leuoplasia verrucosa e carcionoma espinocelular.
Manifestações clinica
As lesões podem assumir diversos aspectos: verrugas vulgares, os papilomas propriamente ditos,
a hiperplasia focal epitelial e os condilomas.
Os papilomas são localizados principalmente na região do palato mole, nos pilares e na úvula,
apresentam coloração rósea e são pediculadas.
Diagnostico
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Tratamento
Feito da maneira geral o exérase cirúrgica e cauterização da base par evitar recidivas
Cauterização com eletrocauterio ou criocauterização, podem ser feitas caso a área acometida seja
muito extensa.
A herpes labial afecta a boca ou a face, podendo causar pequenos grupos de bolhas ou apenas
inflamação da orofaringe.
A herpes genital pode apresentar sintomas quase imperceptíveis ou bolhas que se rompem e
provocam pequenas úlceras, que se curam ao fim de duas a quatro semanas. As bolhas podem ser
precedidas por formigueiro ou dores intensas.
Manifstações clínicas
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Causas
Factores de risco
Método de diagnóstico
O Tratamento
5.3. Varicela
A Varicela é uma infeção viral causada pelo vírus Herpes varicella zoster, responsável também
por outras doenças, como o herpes ou a mononucleose.
Manifestações clínicas
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Varicela. Criança exibindo erupção exibindo erupção vesicular eritematosa difusa. (Cortesia do
Dr. Sherry Parlanti.)
Transmissão
A transmissão se dá por via aérea, em gotículas de espirros ou de tosse, ou pelo contacto com as
lesões avermelhadas (exantemas)
Causas
É causada pelo vírus Herpes varicella zoster,
Método de Diagnóstico
Exame clínico
Ensaio imunoenzimático (ELISA)
Aglutinação pelo látex (AL)
Imunofluorescência indirecta
Prevenção
Vacinação
O isolamento da paciente infectada até que as bolhas sequem por completo.
Lavar as mãos com água e sabão
Complicações
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Encefalite
Pneumonia
Infecções da pele e ouvidos
Tratamento
EB-2 mais frequente na África, porem não há diferença entre os dois subtipos na infecção aguda
Transmissão
Ocorre por contacto com salva dos eliminados virais doença do beijo), por contacto sexual e
hemoderivados.
Os vírus infectam o epitélio da nasofaringe, ouros órgãos com ductos das glândulas salivares e
tecidos linfoides da orofaringe.
Em seguida ocorre uma virema, com infecção do fígado, baço é infecção generalizada nos
linfocitos B, chegando acometer linfocitos circulantes.
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Manifestações clinicas
Sintomas clássicos: Febres alta, cefaleia, amigdalite, irritação da pele, presença de gânglios no
pescoço, dor orofaringe que pode ser causada por aumento das tonsila palatinas exsudato de
coloração esbranquiçada com presença de petéquias no palato e linfonodomegalia.
Diagnóstico
Tanto a resposta imune humoral quanto a celular são estimuladas e os anticorpos direccionados
contra as proteínas virais são utilizados para o diagnóstico.
Tratamento
Não existe um medicamento específico, mais pode ter medidas para aliviar a dor como:
Ingestão de líquidos para manter hidratados, repousar durante a fase aguda da doença, evitar
fazes actividades físicas exigentes e pode tomar paracetamol e ibuprofeno.
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5.5. Herpes-Zóster
O herpes zóster, ou cobreiro, é uma infecção que resulta a reactivação do vírus da varicela zóster
nos nervos cranianos e nos gânglios das raízes das espinhas dorsais. (1,3)
Manifestações clínicas
Bolhas e vermelhidão;
Coceira no local afectado;
Dor, formigamento ou queimação na região afectada;
Febre entre 37 e 38ºC.
Método de Diagnóstico
Exame clinico
Testes laboratoriais de confirmação (PCR e útil para detectar DNA de vírus da varicela Zóster
em fluido.
O Tratamento
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Aciclovir 800 mg: 5 vezes ao dia por 7 a 10 dias;
Fanciclovir 500 mg: 3 vezes ao dia por 7 dias;
Valaciclovir 1000 mg: 3 vezes ao dia por 7 dias.
Complicações
Manifestações clínicas
Fadiga
Mal-estar
Dor de garganta
Inflamação da orofaringe, que não melhora com o uso de antibióticos
Febre
Inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço e axilas
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Amígdalas inchadas
Cefealeia
Erupção cutânea
Baço suavemente inchado. (1,2,3)
Método de Diagnóstico
Exames sorológicos: um teste pode ser feito para detectar a presença de anticorpos para
o vírus Epstein-Barr no seu corpo
Hemograma completa: pode ser feito para descartar outras infecções a partir da análise
do seu sangue
Tratamento
Aciclovir
Metronidazol
Prevençao
Evite beijar o parceiro ou parceira
Não compartilhe alimentos, pratos, copos e outros utensílios por até vários dias após
cessar os sintomas
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Beba muita água e sucos de frutas
Tome um analgésico para dor, como paracetamol ou aspirina
Gargarejo com água salgada
5.7. Citomegalovírus
O citomegalovírus, também conhecido como CMV, é um vírus da mesma família do herpes, mas
que causa sintomas diferentes como febre, mal-estar e inchaço na barriga.
Manifestações clínicas
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Método de Diagnóstico
Exame laboratorial de sangue específico
Tratamento
Prevenir
Complicações
Ocorrem principalmente nas crianças que são infectadas pelo vírus durante a gravidez, e
incluem:
Microcefalia;
Atraso no desenvolvimento;
Coriorretinite e cegueira;
Paralisia cerebral;
Surdez neurossensorial.
5.8. Enteroviroses
São um tipo de vírus que afectam o trato gastrointestinal, causando sintomas como febre,
vômitos e dor de orofaringe. As doenças causadas por enterovírus são altamente infecciosas e
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mais comuns nas crianças, já que os adultos possuem o sistema imunológico mais desenvolvido,
respondendo melhor a essas infecções. (1,3)
Transmissão
A transmissão do vírus acontece principalmente por meio da ingestão de alimentos e/ou água
contaminados pelo vírus ou contacto com pessoas ou objetos também contaminados.
A melhor forma de prevenir infecções é através da melhoria dos hábitos de higiene, além da
vacinação, no caso da poliomielite.
Manifestações clínicas
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A síndrome mão-pé-boca é altamente contagiosa e é causada pelo enterovírus do
tipo Coxsackie que causa, além de febre, diarreia e vômitos, o aparecimento de bolhas nas mãos
e nos pés e aftas na boca. (1,3)
A herpangina pode ser causada pelo enterovírus do tipo Coxsackie e pelo vírus Herpes
simplex e é caracterizada pela presença de feridas dentro e fora da boca, além de garganta
vermelha e irritada. (1,3)
Transmissão
Acontece principalmente por meio do consumo ou contacto com materiais contaminados pelo
vírus, sendo a via fecal-oral a principal via de infecção.
Método de Diagnóstico
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Tratamento
Não existe tratamento específico para grande parte das infecções causadas por esse tipo de vírus.
Normalmente, os sintomas da infecção desaparecem sozinhos depois de um tempo.
5.9. Sarampo
É uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que leva ao aparecimento de alguns
sintomas como febre, tosse persistente, corrimento nasal, conjuntivite, pequenas manchas de
manchas de Koplik (avermelhadas ou branco-azuladas na mucosa) que pode durar 2 a 4 dias que
começam perto do couro cabeludo e depois vão descendo, se espalhando por todo corpo e que
não coçam ou causam desconforto, o período de incubação é de 10 a 14 dias (1,3)
Durante a fase de prodromica surgem as características manchas de kplik que são papulas
punctiformes isoladas ou agrupadas esbranquiçadas ou amareladas sobre fundo eritimatosa na
mucosa da cavidade bucal na altura dos dentes pré-molares.
Método de Diagnóstico
Transmissão
O contágio do sarampo ocorre principalmente através do ar, quando uma pessoa infectada, tosse
ou espirra, já que as gotículas liberadas podem conter partículas virais capazes de causar doença.
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Tratamento
Complicações
Na maioria dos casos, os sintomas de sarampo desaparecem sem deixar qualquer tipo de sequela.
Porém, no caso de pessoas com o sistema imune mais enfraquecido, há maior chance de
desenvolver complicações, como obstrução das vias aéreas, pneumonia, encefalite, infecção no
ouvido, cegueira e diarreia grave, que pode resultar em desidratação. (1,3)
Prevenção
A melhor forma de prevenir o sarampo é a vacinação contra a doença, cuja primeira dose é
recomendada aos 12 meses, no entanto, existem alguns cuidados simples que também podem
ajudar, como:
Vacina do sarampo
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5.10. Rubéola
É uma doença infecciosa causada pelo vírus do gênero Rubivirus que é facilmente transmitido de
pessoa para pessoa através de pequenas gotículas de saliva, que podem acabar sendo distribuídas
no ambiente quando alguém infectado com a doença espirra, tosse ou fala. (1,3)
Manifestações clínicas
Pequenas manchas vermelhas na pele espalhadas por todo o corpo durante cerca de 3
dias;
Coceira;
Sensação de mal-estar geral;
Ínguas inchadas especialmente no pescoço;
Olhos vermelhos;
Dor nas articulações, sendo essa alteração mais rara de acontecer em crianças. (1,2,3)
Método de Diagnóstico
Tratamento
Não existe tratamento específico para rubéola e, por isso, o tratamento tem como objectivo
promover o alívio dos sintomas, já que também não apresenta complicações graves:
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Usar um umidificador no cômodo para facilitar a respiração, ou colocar uma bacia com
Prevenção
Manter a vacinação em dia e evitar o contacto com pessoas infectadas.
5.11. Caxumba
É uma doença infecciosa causada por vírus que se instala nas glândulas salivares e provoca o inchaço
no rosto, que pode ser acompanhado por perda de apetite e dor ao engolir ou ao abrir a boca. É muito
mais comum em crianças e pode afectar uma das glândulas ou todas elas. (1,3)
Transmissão
Quando inalamos gotículas de espirro ou tosse de quem está contaminado, ou seja, pela saliva.
Manifestações clínicas
Inchaço e dor nas glândulas salivares (paroditite), podendo ser em ambos os lados ou em
apenas um deles;
Febre;
Dor de cabeça;
Fadiga e fraqueza;
Perda de apetite;
Dor ao mastigar e ao engolir. (2,3)
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Método de Diagnóstico
Exame clinico e Laboratorial
Tratamento
Tanto para crianças ou adultos visa, apenas, aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e
antitérmico.
A maioria das infecções virais, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo.
A vacinação contra o vírus que a provoca (vacina tríplice viral)
Complicações
Meningite,
Perda de audição em um ou ambos os ouvidos, em casos raros;
Complicações fetais, caso uma mulher grávida contraia a doença no primeiro trimestre de
gestação. (2,3)
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5.12. Vírus da Imunodeficiência Humana e Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida
O VIH é o vírus da imunodeficiência humana que causa a SIDA. O vírus ataca e destrói o sistema
imunitário do nosso organismo, isto é, destrói os mecanismos de defesa que nos protegem de doenças.
Existem dois tipos de VIH: o VIH-1 e VIH-2, sendo o primeiro o mais frequente em todo o mundo
Importa realçar que estar infectado com VIH não é o mesmo que ter SIDA. As pessoas que estão
infectadas com VIH são seropositivas, e podem ou não desenvolver SIDA.
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6. Conclusão
O reconhecimento das manifestações bucais de doenças e condições sistêmicas é de
responsabilidade dos profissionais com atribuição de diagnóstico.
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7. Referencias Bibliográficas
1. NEVILLE,DAMM, ALLEN, BOUQUOT Patologia Oral e Maxilofacial,
Tradução Da 3ª Edição.
2. GUERRA LM, Pereira AC. Pacientes imunossuprimidos. In: Pereira AC. Tratado
de saúde coletiva em odontologia. Nova Odessa: Napoleão; 2009. p. 653-672.
3. CLARISSE BEZERRA Médica de Saúde Familiar Infectologista do laboratório
Atalaia, em Goiânia (GO).
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