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25/09/2018 Formação do Psicoterapeuta: lidando com o abandono de psicoterapia - Atuação - Psicologado: Artigos de Psicologia - Psicologa…


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Formação do Psicoterapeuta: lidando


com o abandono de psicoterapia
 Danielle Lasarotto Feltes e Lisandra Antunes de Oliveira
 Psicologia Clínica (/atuacao/psicologia-clinica/)
 Outubro de 2012 (https://psicologado.com.br/edicoes/10/2012)

Resumo: O abandono de psicoterapia envolve situações as quais


se constituem como importantes fontes de informação para o
processo psicoterapêutico, fornecendo para o estagiário de
psicologia um aprimoramento e crescimento pro ssional. Neste
sentindo, o objetivo deste estudo é conhecer   como os
psicoterapeutas em formação lidam com o abandono de
psicoterapia de seus pacientes/clientes, objetivando assim, saber
quais sentimentos e questões o  abandono de psicoterapia suscita
nesses psicoterapeutas.

Palavras chaves: abandono de psicoterapia; sentimentos;


estagiários; clínica escola.

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Saber mais

Introdução
O abandono em psicoterapia refere-se basicamente àquelas
 
situações de interrupção do tratamento sem que haja indicação

para tal encaminhamento por parte do terapeuta (LHULLIER,
NUNES, 2004).

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A interrupção do tratamento ocasiona diversas consequências



tanto para o paciente como para o terapeuta e a instituição de
atendimento. O abandono psicoterápico traz para todas as partes
envolvidas sentimentos de fracasso e ine cácia (BENETTI; CUNHA,
2008).

Segundo Cunha (2008), abandonos de tratamentos se


constituem como situações que fornecem informações importantes
para o processo psicoterápico, possibilitando a identi cação das
situações de risco para o cumprimento do vínculo de trabalho. Além
de contribuírem para uma maior compreensão dos fatores
envolvidos na e cácia dos atendimentos, possibilita também
subsídios para o aprimoramento técnico dos terapeutas,
principalmente, os terapeutas em formação.

Tendo em vista que os abandonos de psicoterapia ocasionam


vários sentimentos dúvidas e crescimento para os psicoterapeutas
em formação, esse estudo visa  conhecer como os psicoterapeutas
em formação lidam com o abandono de psicoterapia de seus
pacientes/clientes, objetivando assim, saber quais sentimentos e
questões o  abandono de psicoterapia suscita nesses
psicoterapeutas.

Psicoterapia
As psicoterapias podem ser entendidas como formas de
construir experiências, nas quais às pessoas podem enfrentar a vida
de maneira mais satisfatória (DAVIDOFF, 2001). Rogers (2005)
comenta que a psicoterapia   é construída a partir de contatos
diretos com o indivíduo objetivando oferecer assistência na
alteração das atitudes e comportamentos, sendo assim, são
  contatos mais intensivos e prolongados, orientados para uma
organização mais profunda da personalidade.   As psicoterapias
foram criadas para todos os indivíduos que sofrem de algum
distúrbio ou mal-estar que desejam corrigir, entretanto, estas
também visam o aprimoramento pessoal e autoconhecimento,
ainda que não sofram de distúrbios manifestos (RAMADAM,1987).

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Segundo Cordiolli (1998), as psicoterapias são métodos de



tratamento para problemas de natureza emocional, nos quais uma
pessoa treinada, mediante a utilização de meios psicológicos,
estabelece uma relação pro ssional com a pessoa que busca ajuda,
visando assim, remover ou modi car sintomas existentes e
promover o crescimento e desenvolvimento da personalidade. As
psicoterapias variam em relação às técnicas que utilizam, as teorias
nas quais se baseiam, aos objetivos, a frequência das sessões e ao
tempo de duração. Entretanto existem alguns elementos que são
comuns a todas as psicoterapias que são a relação paciente-
terapeuta, a qual estão inerentes a aceitação e o apoio do paciente
por parte do terapeuta, proporcionando-lhe oportunidade para
expressar emoções perturbadoras, o contrato terapêutico e uma
teoria a qual a técnica especí ca se fundamenta.

“ A relação terapêutica é o veículo pelo qual se processam os


tratamentos psicoterápicos. Das características pessoais de
paciente e terapeuta, das reedições de vivências passadas que
ambos trazem para a situação presente e da interação desses
elementos como a relação atua, única e particular que ambos
estabelecem sobre si, resulta o destino de cada psicoterapia
(EIZIRIK; LIBERMAN; COSTA, 1998, p. 67).

Ceitlin e Cordioli (1998) referem que o início de uma psicoterapia


desperta uma variedade de sentimentos e emoções em seus

participantes e que grande parte do sucesso do tratamento
depende do seu entendimento e manejo adequado. A tarefa
principal do psicoterapeuta, no início do tratamento psicoterápico, é
conhecer ao máximo o seu paciente e proporcionar as condições
para o desenvolvimento de con ança genuína, aumentando assim
as chances de desenvolver um desfecho favorável da terapia. A fase
inicial é crucial para a permanência ou não no tratamento, pois
muitos pacientes que abandonam o fazem nas primeiras sessões. A
permanência em terapia depende da congruência entre os objetivos
do paciente e do terapeuta.

 Tornando-se Psicoterapeuta

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A formação pro ssional e o exercício da Psicoterapia exige um



trabalho árduo e intenso sobre o próprio pro ssional. Todo o
processo terapêutico implica um grande envolvimento pessoal do
terapeuta e o coloca diante das mais intrigantes e profundas
questões existenciais quando mergulha no universo singular de
cada cliente, e coloca-se dialogicamente disponível para a relação
(CARDELLA, 2002). Beijamin (2004) comenta que quanto mais nos
conhecemos, melhor podemos entender, avaliar e controlar nossos
comportamentos e, assim, melhor compreender e apreciar o
comportamento dos outros. Quanto mais familiarizados conosco,
menor a ameaça que sentimos diante do que encontramos. Deste
modo, podemos gostar de algumas coisas nossas e tolerar melhor
aquelas de que não gostamos. Quando estamos bem com o nosso
self, a tendência deste a interferir em nossa compreensão do self do
outro durante a entrevista é menor.

Segundo Cardella (2002), para ser capaz de colocar a experiência


a serviço do outro e contribuir para que cliente possa retomar seu
processo de crescimento, é preciso que o psicoterapeuta saiba qual
é essa experiência, saiba de si. Não apenas o que e como pensa, mas
o que e como percebe, sente, imagina, espera, recorda e faz na
relação com o outro.

Para Benjamin (2004, p.72-3):

“ a compreensão exige o uso de um instrumento indispensável:


ouvir. Ouvir de verdade é um trabalho difícil, implica muita pouca
coisa de mecânico. Ouvir exige, antes de mais nada, que não
estejamos preocupados, pois se estivermos, não poderemos dar
uma atenção plena. [...] O ouvir implica em escutar o modo como
as coisas estão sendo ditas, o tom usado, as expressões, os gestos
empregados,[...] inclui o esforço de perceber o que não está sendo
dito, o que apenas é sugerido, o que está oculto, o que está abaixo
ou acima da superfície. Ouvimos com nossos ouvidos, mas
escutamos também com nossos olhos, coração, mente e vísceras.
[...] à medida em que aprendemos mais e mais a escutar com
compreensão os outros, mais aprendemos a escutar com
compreensão a nós próprios.


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De acordo com Cardella (2002) o aprimoramento e a qualidade



da formação pro ssional se favorece com o desenvolvimento
pessoal do aluno, ou seja, em situações nas quais o aluno possa
alargar seu campo de percepção e o contato com seu próprio
universo. O aluno/pro ssional precisa estar familiarizado com suas
questões particulares pois pode haver, em muitos momentos, o
confronto com as questões da vida de outras pessoas que talvez não
estejam resolvidas em sua própria vida,  para isto não se transformar
em obstáculo na relação e não prejudicar o processo do cliente,  é
fundamental que o psicoterapeuta conheça suas limitações e
trabalhe as mesmas.

Tornar-se psicoterapeuta é mais que ser conhecedor de livros e


técnicas, é ser capaz de acreditar que é possível acreditar nos seres
humanos, e poder facilitar o outro de forma que este cresça em
direção a uma melhor qualidade de vida e, para tornar-se facilitador,
é necessário a associação da prática com a teoria, vivenciando um
conjunto de experiências, desenvolvendo várias qualidades,
principalmente pessoais. E não existe uma regra que diga como se
faz para se conhecer, o que existe é a coragem de enfrentar este
caminho, que algumas vezes é doloroso, mas ao mesmo tempo é
maravilhoso. A presença das atitudes facilitadoras no psicoterapeuta
é fundamental e imprescindível quando é estabelecida qualquer
relação em que o objetivo seja o desenvolvimento da pessoa, se
estas atitudes estão presentes, cria-se um clima facilitador de
crescimento, pois o psicoterapeuta torna-se uma pessoa terapêutica
(POLETTI, 2008).

Abandono de Psicoterapia
O abandono de psicoterapia conforme Lhullier e Nunes (2004,
p.44): é “quando o paciente, por decisão unilateral, com ou sem o
conhecimento prévio do terapeuta, tendo comparecido a pelo
menos uma sessão de terapia, cessa de fazê-lo, de nitivamente,
independente do motivo que o levou a isso”.

Gastaud (2008), comenta que há uma grande di culdade em


de nir abandono em psicoterapia, devido ao fato de que a de nição
depende da modalidade de tratamento, do referencial teórico que
embasa a técnica utilizada e que mesmo dentro dessa modalidade,
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não existe concordância quanto aos critérios que devem compor



essa de nição, sendo assim, de nir abandono com base no
julgamento do  terapeuta parece ser a forma mais  adequada.  As 
de nições  de   abandono  fundamentadas  no  julgamento  do 
terapeuta acabam  se  mostrando  as  mais  con áveis  e 
generalizáveis,  uma  vez  que  respeitam  a  singularidade de cada
caso e podem ser aplicadas em qualquer modalidade de
tratamento.

“ Pensa-se,  dessa   forma,  que  a  de nição  mais  adequada  de 


abandono  deve  ser fundamentada  com  base  nos  objetivos  do 
tratamento,  levando  em  consideração  se  estes foram ou não 
atingidos. A de nição precisa de  abandono, portanto, deve  ser 
aquela que enquadra os casos em que o paciente ou o  terapeuta 
termina  a psicoterapia antes que os objetivos estabelecidos no
contrato  tenham  sido atingidos,  independentemente do motivo
que levou à interrupção  (GASTAUD, 2008 p.28).

De acordo com os estudos de Chaieb et al.(19--), o abandono


suscita vários sentimentos nos pro ssionais, desde os mais

paranóides, entre os quais pode-se salientar: frustração e
sentimentos de raiva; irritação e negação do abandono, e também
sentimentos de tristeza, desejos de reparação, preocupação e
sentimentos de impotência por não poder continuar ajudando o
paciente. Todos esses sentimentos são formas de lidar com a perda,
que oscilaram, desde reações mais onipotentes e maníacas, até as
reparações mais criativas.

Para Lhullier e Nunes (2004, p.44), “abandonos de tratamento


podem se transformar em experiências ansiogênicas e traumáticas
para o terapeuta”. Segundo Chaieb et al. (19--), do ponto de vista de
identidade pro ssional, a elaboração dos lutos pelos psicoterapeutas
frente a perda de seus pacientes, faz parte do processo de
crescimento e da busca da identidade e integração pro ssional.
Através das experiências de interrupção e abandono de tratamento,
cria-se uma oportunidade de aprendizagem e de crescimento. Para
o terapeuta é um momento depressivo, que pode ser vivido como
um luto por uma relação que se perde, mas ao mesmo tempo é um
momento de ganhos importantes. O crescimento se dá quando se

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pode utilizar essa experiência para a autore exão. Pensar, estudar,



dividir ansiedades com supervisores, colegas e terapeutas/analistas
são formas de aprender com a experiência da perda, bem como
uma forma de ampliar o conhecimento acerca do processo
psicoterápico.

Segundo Coelho, Peres e Oliveira (2005), não é exagero pensar


que na primeira consulta de um estagiário, o mesmo se encontra
mais inseguro que o próprio paciente, no entanto, tem o desa o de
manejar os sentimentos que o contato com o outro desperta. O
supervisor pode auxiliar o estagiário a lidar com essa insegurança
inicial, mas o estagiário deve utilizar sua capacidade de transitar
pelo próprio mundo mental para desempenhar adequadamente
seu papel na relação terapêutica.

Método
Para pesquisar como os psicoterapeutas em formação lidam
com o abandono de psicoterapia de seus paciente/clientes optou-se
por um estudo qualitativo com base fenomenológica.

Participaram desse estudo seis acadêmicos do curso de


Psicologia da Unoesc de São Miguel do Oeste, que estavam
cursando o décimo período e que realizaram Estágio de Psicologia
Aplicada à Saúde no Serviço de Atendimento Psicológico - SAP.

O procedimento utilizado para a escolha dos acadêmicos


participantes foi à presença no local e a disponibilidade em
participar da entrevista, também, que tenham vivenciado o
abandono de psicoterapia, durante o estágio no SAP. As entrevistas
foram realizadas de forma individual, e aconteceram em uma sala
no SAP, disponível no momento. 

Os dados foram coletados através de entrevistas, estas foram


gravadas e posteriormente transcritas para analise. Para garantir a
con abilidade e anonimato das informações disponibilizadas pelos
participantes, no momento anterior à entrevista foi fornecido um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para resguardar a

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identidade dos participantes utilizou-se a letra E que se refere à



pessoa e o número após cada letra, diz respeito ao número da
entrevista realizada.

Para saber  como os psicoterapeutas em formação lidam com o


abandono de psicoterapia de seus pacientes/clientes, a entrevista
iniciou com a seguinte pergunta aberta: O que tu sentes quando um
paciente/cliente abandona a psicoterapia? A partir das respostas,
foram extraídas as seguintes essências: motivos do
abandono/dúvidas/ perguntas; fantasias antes do
atendimento/expectativas e esperanças; sentimentos negativos e
di culdades encontradas no atendimento; sentimentos positivos e
formas de superar. Os dados colhidos foram tratados a partir do
método fenomenológico.

Apresentação e Discussão dos


Resultados
Sentimentos Negativos e Di culdades
Encontradas no Atendimento
Surgem vários sentimentos negativos, quanto ao próprio
estagiário, que os leva a pensar e duvidar sobre sua própria
competência, culpa a si mesmo. Os sentimentos vivenciados são os
seguintes: medo, traumatizante, culpa incompetência, impotência,
arrasador, horrível, choque, dor. De acordo com os estudos de
Chaieb (19--), abandono suscita vários sentimentos, entre eles:
frustração e sentimentos de raiva, irritação e negação, sentimentos
de impotência por não poder continuar ajudando o paciente.

“No início é bem mais complicado[...] quei bem frustrada[...]tipo


no início foi bem traumatizante, nossa horrível, meu Deus não
consigo fazer isso vou largar esse curso e sumi.” (E1). “Sô uma
ameba de terapeuta. O que eu estou fazendo aqui? Porque não
tranco essa bosta dessa faculdade?” (E4).

“Na hora ... a gente tem uma visão bem pessimista[...] o que eu
vivenciei foi bem (silêncio) bem arrasador[...] é que também ...  foi
primeiro ..., primeira vez quando a gente começou mesmo a
atender então foi um choque, a gente começa a atender ...  e de
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repente tu tá ali com teu cliente e não aparece mais[...]desestrutura



... a pessoa é isso que realmente a gente passa quando o cliente
abandona” (E6).

“Vieram duas vezes assim e daí desistiram eu me senti rejeitada


no início [...] o sentimento então é rejeição, é pensa que a culpa era
minha realmente [...] não me senti competente” (E3).

“Com todos eles tive essa mesma sensação de impotência [...]


uma situação dessas assim de abandono eu sempre até me
questiono até chego a questiona minha competência.” (E5).

Todos esses sentimentos relatados conforme Chaieb et al (19--),


são formas que os psicoterapeutas encontram para lidar com a
perda, e que a elaboração de seus lutos frente a perda de seus
pacientes faz parte do processo de crescimento e da busca da
identidade e integração pro ssional.

Segundo Coelho, Peres e Oliveira (2005), geralmente, o contato


do estagiário frente a sua primeira consulta ou atendimento, este se
encontra, muitas vezes, mais inseguro que o próprio paciente, sendo
assim tem como  desa o manejar os sentimentos despertados
nesse contato com o outro.

Normalmente, quando o abandono de psicoterapia acontece, o


estagiário começa a pensar sobre o que levou a pessoa a abandonar
o processo terapêutico, levando-o a repensar suas condutas frente a
seus atendimentos. Outro ponto fundamental em um
atendimento/consulta, é o estagiário saber identi car/diferenciar o
que é seu e o que é da outra pessoa. As falas a seguir relatam, do
quão é difícil separar os sentimentos do terapeuta com os
sentimentos que surgem do paciente/cliente.

            “Tem sentimentos que é mais difícil, de tu saber levar, ou


coisas que batem com coisas tuas, tipo que a gente teria muito que
fazer terapia, mas no caso não vai e daí ca pesado, daí tem coisas
que bate contigo realmente” (E1).

“De não saber separar o que é meu o que é da outra pessoa, aí


aquela coisa de levar pra casa” (E3).

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É necessário que o terapeuta aprenda a identi car o que é seu e



o que é da outra pessoa, quais as sensações, emoções e impressões
sucedidas dessa relação.   Para isso, precisa ser perturbado,
contrariado, viver a experiência da estranheza, da exposição. todo o
processo terapêutico implica um grande envolvimento pessoal do
terapeuta porém em muitos momentos, pode haver confronto com
as questões da vida de outras pessoas que talvez não estejam
resolvidas em sua própria vida. A vulnerabilidade do terapeuta pode
torná-lo receptivo as questões do cliente, mas, se não for
reconhecida e trabalhada em sua terapia pessoal, pode transformar-
se em obstáculo na relação, ou até prejudicar o processo do cliente
(CARDELLA , 2002).

O processo terapêutico pessoal mostra-se imprescindível, pois


auxilia o estagiário a compreender os pontos-cegos da sua
personalidade. Propor que o autoconhecimento, a tolerância à
frustração e a disponibilidade interna, associadas a uma
fundamentação teórica consistente, instrumentalizam o estagiário a
conduzir um processo terapêutico (COELHO, PERES e OLIVEIRA,
2005).

Sentimentos Positivos e Forma de Superar


Pode-se observar que o que ajudou os estagiários a superar e de
alguma forma vivenciarem sentimentos positivos foi a
orientação/supervisão e resultados positivos com outros
pacientes/clientes. Coelho, Perez e Oliveira (2005), a rmam que se
torna patente a relevância do processo de supervisão dos
estagiários, pois a mesma pode auxiliar a identi car as
particularidades dos casos. Devido ao fato de o supervisor ser mais
experiente, este é capaz de perceber a dinâmica da sessão relatada
pelo estagiário, de modo pode elucidar movimentos inconscientes
dos quais o mesmo ainda não havia se dado conta.

“Trouxe pra orientação, a orientação ajuda muito cem por cento.


Com a primeira situação foi à orientação que me levantou um
monte, e quando eu percebi que eu consegui ajuda outras pessoas,
que eu estava conseguindo ajudar os outros que daí, tu percebe
que tu é capaz, tipo volta o ânimo então a autoestima levanta

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então tu continua, [...] tipo que a gente teria muito que fazer

terapia, mas no caso não vai e daí ca pesado, daí tem coisas que
bate contigo que realmente, a gente tem orientação, eu trago pra
orientação, daí eu e a prof [...]  daí eu me abro muito bem e ela me
ajuda muito também, ca mais fácil” (E1).

“Discuti em orientação[...] uma das coisas mais importantes é a


orientação sincera mesmo”(E4).

As supervisões permitem troca de ideias, o compartilhamento de


ansiedades geradas pelas incertezas e inexperiência do estudante, é
um local de acolhimento efetivo para o futuro pro ssional
(YOSHIDA, 2005).

Coleta, Cava e Silva (2005) comentam em suas pesquisas que o


estágio supervisionado é de importância fundamental, percebendo-
o como uma oportunidade de praticar e aprender, e é atribuído ao
estágio  uma oportunidade de criar um estilo próprio de atuação, o
que se refere à formação da identidade e do per l pro ssional.

Observa-se assim, que a orientação oferece suporte aos


estagiários, para que estes lidem melhor com as situações de
abandono de psicoterapia.  Percebe-se também, uma melhor
superação quando as estagiárias vivenciam momentos em que
outros clientes/ pacientes melhoram, quando acompanham os
resultados.  Coleta, Cava e Silva (2005), perceberam que os
estagiários sentem-se competentes quando percebem resultados
positivos nos tratamentos, recebem “feedback” positivo do paciente,
acham o foco do problema e estabelecem uma relação de
con ança.

“Eu  tive ... não a sorte, mas eu tive uma cliente assim que me
proporcionou muitas coisas e que através   dela, assim, logo na
primeira sessão eu saí da sala e pensei nossa eu posso trabalhar,
eu tenho saber, eu tenho capacidade, dá certo e depois dela eu
comecei a perceber sim dava certo nos outros, a única coisa que eu
não enxergava, só via os meus defeitos ou que eu poderia ter feito
como eu devia ter falado tudo aquilo que a gente pensa que é
regra vai funcionar e depois não, eu descobri que eu tinha um jeito
particular de trabalhar e que só ia dar certo se eu zesse daquele
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jeito que a nal de contas era o meu jeito e daí tipo dai eu eu quei

segura e dai e dai mudou o jeito de trabalhar o jeito de ver,  o jeito
até de olha pra aqueles que não viera”(E4).

  “Os meus outros clientes me levantaram e aí quando tu


começa a ver um resultado, tu percebe que teu cliente tá
melhorando que ele coloca pra ti que tá melhorando, já levanta a
tua autoestima de novo daí tu se sente capaz novamente então pra
aquela”( E1).

Através das experiências de interrupção e abandono de


tratamento, cria-se uma oportunidade de aprendizagem e de
crescimento. O crescimento se dá quando se pode utilizar essa
experiência para a autore exão. Pensar, estudar, dividir ansiedades
com supervisores, colegas e terapeutas/analistas são formas de
aprender com a experiência da perda, bem como uma forma de
ampliar o conhecimento acerca do processo psicoterápico (CHAIEB
et al. 19--).

Motivos do Abandono/ Dúvidas/Perguntas


Através das entrevistas pode se perceber que saber o motivo do
abandono, o que aconteceu com seu paciente/cliente, alivia, de certa
forma, as estagiárias de psicologia, parece necessário saber o que
ocasionou o abandono. Muitas vezes as próprias estagiárias entram
em contato com os pacientes/clientes para saber o que aconteceu e
em outros casos elas esperam que seus pacientes/clientes entrem
em contato.

“[...] uma vez eu até liguei e entrei em contato pra ver se ela
voltaria, pelo que me falou foi pelo fato de ela ter mudado de
cidade, essas coisas, então, daí alivia” (E1).

“[...] eu liguei pra ver se ele ia retornar” (E5).

Chaieb (19--), relata que a frustração gerada pela perda dos


pacientes acionou sentimentos de impotência/onipotência, que
geraram a verbalização de outros tantos sentimentos frente a perda:
sentimentos de abandono, incômodo, desconforto, desvalorização,
surpresa, decepção, e alívio entre outros. Sentimentos relativos a

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raiva e decepção eram mais presentes nas situações em que o



paciente não compareceu mais às sessões e o terapeuta cou sem
conhecer o motivo pelo qual ele abandonou seu tratamento.

Percebe-se um consenso nas respostas a respeito do motivo do


abandono, concordam que no decorrer do processo
psicoterapêutico ocorrem mudanças, e muitas dessas mudanças
mexem com os pacientes/clientes fazendo com que eles
abandonem a psicoterapia.

“A gente sente que é porque mexe com o cliente penso assim


porque mexe quando ele tá no processo muito, e isso mexe com ele
[...] é que ele se bate de frente com os sentimentos dele e não sei
parece que é uma fuga”( E2).

 “Muitas vezes um abandono não é um abandono é uma alta [...]


só precisavam de um desabafo, funciona que uma, algumas
sessões funcionam mais como plantão, vem descarrega, a pessoa
vem e fala o que ta transbordando do copo e aí pra frente não
voltou mais porque daqui pra frente eu dou conta sozinha.  [...]
mexeu muito com ele porque ele se deu conta de coisas que ele
não podia sozinho, eu acho que isso assustou ele e ele não veio
mais”(E4).

“Tu vai mexe, tem pessoas que quando tu começa a cutuca


fogem” (E1).

De acordo com Chaieb et al (19--), os sentimentos de frustração


desencadeiam  duas formas de lidarem com esse sentimento: uma
forma mais projetiva, colocando nos pacientes a impossibilidade de
trabalharem com conteúdos suscitados no transcurso da
psicoterapia, levando ao abandono e, por outro lado, as frustrações
levaram alguns  a tomarem contato com seus próprios sentimentos,
de uma forma mais depressiva, e revisar os fatores que precipitaram
abandono, tanto do ponto de vista pessoal, quanto de técnica e
vinculação.

Diante dos abandonos questionam-se sobre seus atendimentos,


sobre suas atuações e sobre seus próprios jeitos particulares de ser e,
a partir disso surge a dúvida: será que eu vou ajudar alguém? Isso
aparece claramente nas seguintes falas:

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“O que eu z de errado [..] mas será que eu vou conseguir



ajudar”(E1).

“Será que não sentiu segurança em mim,... meu Deus, será que
eu não vi realmente o que está acontecendo com ele” (E2).

“Será que eu vou conseguir realmente  ser terapeuta” (E3)

“O que foi que eu z de errado [...] será que foi alguma coisa,
será que foi meu jeito que ele não gostou”(E5).

“Por que eles não gostaram de mim? Não quiseram mais vir por
que? [...] acharam que era uma coisa e é outra[...] o que aconteceu
com eles que não vieram mais [...] a pessoa, de repente, não foi
ouvida como deveria ter sido” (E6).

De acordo com Ceitlin e Cordioli (1998), no inicio de uma


psicoterapia ocorrem uma variedade de sentimentos e emoções nos
participantes e grande parte do sucesso vai depender do
entendimento e manejo adequado. Um aspecto crucial para o
prosseguimento da terapia é a formação de um vínculo afetivo e de
con ança de tal forma que o paciente se perceba acolhido e aceito
em suas di culdades pelo terapeuta.

  Fantasias Antes do Atendimento/Expectativas e


Esperanças
Quando o estagiário vai para o primeiro atendimento com o
cliente/paciente, este já carrega consigo ideias de como vai fazer,
colocando expectativas e esperanças antes e após o atendimento.
Muitas vezes durante e após o atendimento, quando houve o
abandono, percebem que o abandono foi diferente do que tinham
imaginado, que as expectativas foram frustradas gerando assim
sentimentos desagradáveis.

Ceitlin e Cordioli (1998) a rmam que o terapeuta traz para a


consulta aspectos seus, suas fantasias expectativas diante de um
novo paciente, sua insegurança diante do desconhecido, suas
dúvidas ou con ança de que será capaz de ajudar.

 “Dói um monte, tipo tu se sente lá no chão, tu cai tudo que tu


imaginou pra ti, bá tô conseguindo ajuda, não era [...] que ódio
agora que eu ia conseguir ajudar”(E1).
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25/09/2018 Formação do Psicoterapeuta: lidando com o abandono de psicoterapia - Atuação - Psicologado: Artigos de Psicologia - Psicologa…

“Que nem eu atendi foi tudo ... mil maravilhas eu achei que ia

fazer um ótimo trabalho ..., e na próxima sessão não vieram [...]Fica
idealizando todo aquele processo inteiro ali é tudo o que pode
acontecer quero desvendar mil e uma coisa e, de repente, assim tu
é cortado [...]tu ia fazer  tudo aquilo ...  você não fez nada, daí só fez
aquilo ..., daí ca tentando achar aquilo que não deu certo” (E6).

“Eu identi quei vários aspectos assim que poderiam ser


trabalhados ao longo da terapia, mas quei nessa expectativa
porque não houve  [...] tendência de levar  tudo pra mim, assim
quando uma coisa não sai do jeito que eu pensei, mas isto é uma
questão mais minha do que do cliente” (E5).

O primeiro encontro frente a frente entre estagiário e paciente,


não raro acontece o desencontro, pois ocorre uma alteração de
expectativas que o estagiário antes alimentava sobre a relação
terapêutica, e sendo assim tem-se início a adoção de uma nova
postura. O estagiário começa a se questionar, a enxergar a si mesmo
de forma diferente e a reconhecer efetivamente a existência do
paciente. A nova postura ocorre devido ao contato autêntico e
profundo que o estagiário estabelece com seu paciente (COELHO,
PERES e OLIVEIRA, 2005).

Considerações Finais
Esse estudo objetivou conhecer como os psicoterapeutas em
formação lidam com o abandono de psicoterapia de seus
pacientes/clientes, conhecer os sentimentos, questões  que esta
vivência suscitou nos estagiários de psicologia.

Muitos dos sentimentos abordados pela literatura foram


identi cados nas falas dos participantes. O abandono de
psicoterapia traz vários sentimentos negativos, dúvidas, e, além
disso, faz com que o estagiário em formação pense na sua forma de
atuar, se questione sobre seus limites e capacidades, sendo assim,
entende-se que o abandono de psicoterapia ajuda no processo de
crescimento do pro ssional.

Através das entrevistas, percebeu-se que a maioria das


participantes, relataram um caso especi co no qual ocorreu o
abandono, este geralmente foi considerado sua primeira vivência
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com o abandono de psicoterapia, a maioria procurou saber o motivo



que ocasionou este abandono. Seria interessante saber se o relato
dos casos deve-se ao fato de este ser marcante para estagiárias.
Observou-se também que a partir do momento em que as
estagiárias vão adquirindo mais experiências, estas lidam melhor
com a situação do abandono, e que no começo, os primeiros
atendimentos são os mais difíceis.

Tanto na literatura quanto nas entrevistas realizadas percebe-se


que não se tem um consenso sobre a de nição do abandono de
psicoterapia. Nas entrevistas nenhum dos participantes questionou
o que seria o abandono de psicoterapia, cada qual relatou sua
vivência da forma que entendiam, teve outras participantes que não
participaram da entrevista, pois disseram que não passaram por
essa situação, e o que vivenciaram, para elas não se caracterizava
como abandono. Devido a essas contradições, discordâncias das
de nições, e as diferentes percepções visões dos terapeutas em
relação ao abandono de psicoterapia faz-se necessário mais
pesquisas que procurem estabelecer uma de nição no geral, sem
envolver na linha teórica em especi co.

É preciso também saber o que os psicoterapeutas entendem por


abandono, por alta, por desistência, pois através dos relatos pode-se
perceber que quando o paciente/cliente não vem mais, mas que o
terapeuta percebe que este estava melhor considera como altas e
quando algo no processo da psicoterapia incomodou, mexeu com os
pacientes/clientes, nesse caso é considerado como abandono.  Se for
considerado que o paciente/cliente tem autonomia no processo
psicoterápico é possível então questionar se realmente existe
abandono de psicoterapia?

Sobre os Autores:
Referências:

Ant (/atuacao/psicologia-clinica/o-que-e-psicologia-clinica)

Próximo (/atuacao/psicologia-clinica/a-importancia-da-reconstrucao-
da-identidade-de-um-alcoolista-dentro-de-uma-visao-psicossocial)

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