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TCC: COMO A TERAPIA

COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
REALMENTE FUNCIONA?
INTRODUÇÃO�������������������������������������������������������������������������������������������������������3
O QUE É A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)?�������������������5
QUANDO A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
É MAIS RECOMENDADA?����������������������������������������������������������������������������������11
COMO A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL É TRABALHADA
COM PACIENTES NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA?���������������������������� 13
QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS INDICATIVOS DE QUE UMA CRIANÇA
OU DE QUE UM ADOLESCENTE PRECISAM DE TERAPIA?����������������������� 16
CONCLUSÃO����������������������������������������������������������������������������������������������������� 20
SOBRE O COGNITIVO�������������������������������������������������������������������������������������� 22
Introdução
Consistindo na união entre a terapia cognitiva e a terapia
comportamental, a terapia cognitivo-comportamental —
ou simplesmente TCC — foi desenvolvida no início dos
anos 60 por Aaron Beck e tem como foco o modo como um
indivíduo processa e também interpreta as circunstâncias ao
seu redor e o que podem gerar sofrimento.

Essas interpretações, que nada mais são do que atribuições


de significados a pessoas ou a situações, acabam por gerar os
chamados “pensamentos automáticos”, que são capazes de
“ligar” estruturas inconscientes básicas da nossa mentalidade:
as crenças e os esquemas.

Os esquemas, aqui, podem ser compreendidos como as


estruturas mentais que fazem a “organização” do significado das
experiências que foram vividas. Ou seja, podemos entendê-los
como as concepções e as informações, de forma conjunta, a
respeito de uma determinada situação, por exemplo.

Sendo assim, basicamente, esse modelo de abordagem tem


como objetivo a identificação de pensamentos e de crenças
que são disfuncionais, conhecidos como “distorções cognitivas”.
Você, como profissional, desempenha, então, o papel de
“averiguar” o que é real e de fazer as correções necessárias,
de modo a transformar o que está distorcido.

Neste e-book, falaremos justamente do emprego da TCC e de


suas abordagens caso a caso. Continue a leitura!

INTRODUÇÃO 4
O que é a terapia
cognitivo-comportamental (TCC)?
Como introduzido acima, a terapia cognitivo-comportamental é
uma modalidade de abordagem do ramo da Psicoterapia que utiliza
como base a combinação dos conceitos das teorias cognitivas com
o Behaviorismo radical. A TCC, em outras palavras, compreende o
modo como o ser humano é capaz de perceber e de interpretar os
acontecimentos “traduzidos” para a forma como eles geram reflexos
sobre nós — e não os acontecimentos por si só.

Em palavras mais simples, é o modo como cada um pensa, vê ou


sente-se diante de um cenário que gera incômodo/desconforto, tristeza,
dor ou qualquer outra sensação de cunho negativo.

Beck — psiquiatra norte-americano e neurologista — conhecido como


o “pai da terapia cognitivo-comportamental”, de início, propôs
o que seria um “modelo cognitivo da depressão”. Posteriormente,
porém, houve a evolução para a compreensão e para o tratamento que
abarcavam outros tipos de transtornos.
O QUE É A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)? 6
O FUNCIONAMENTO DE UMA SESSÃO DE TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)

Direta, específica e clara — essas são as características que podemos


utilizar para definir a TCC. Atualmente, a abordagem é empregada no
tratamento dos mais distintos transtornos mentais de modo bastante
eficiente. O seu principal propósito é permitir a identificação de padrões
comportamentais, de pensamentos, de crenças e de hábitos que
originam os problemas experienciados pelos pacientes.

A partir disso, o profissional torna-se capaz de fazer uso de técnicas


que visam modificar essas percepções, tornando-as mais positivas.
Em suma, a TCC busca detectar, estudar e transformar pensamentos
automáticos e crenças, procurando oferecer ao paciente um modo
adaptativo de enxergar as ocorrências rotineiras.

Quando esse indivíduo passa a entender, então, como perceber e de


que modo “corrigir” as reflexões que não são funcionais para si,
é comum que haja uma melhora no humor e que as suas condutas
diante da vida tornem-se mais otimistas.
O QUE É A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)? 7
AS PESSOAS PARA AS QUAIS É INDICADA A TCC

A terapia cognitivo-comportamental é voltada não apenas ao


tratamento dos transtornos psicológicos diversos, como dito,
mas também aos emocionais, como ansiedade, depressão,
transtornos alimentares, transtornos psicossomáticos, traumas,
dependências químicas, fobias, entre outros.

Além disso, o método pode funcionar como um forte aliado nos


mais variados aspectos que envolvem a vida de maneira geral,
como o luto, as separações, as dificuldades de aprendizagem,
as dificuldades para se relacionar etc.

O profissional que emprega a TCC, então, frente a padrões mal


adaptativos, ajuda o paciente a ver novas possibilidades de reflexões
alternativas e que permitam uma boa adaptação à sua realidade social.
O QUE É A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)? 8
Isso acontece por meio do estabelecimento de um foco e
também de metas, de modo que, ao longo do tempo,
o indivíduo vá ganhando a sua autonomia e conseguindo
lidar com as questões por conta própria. É disso que se fala
quando é mencionada a reestruturação comportamental e
cognitiva que dá nome ao método.

O QUE É A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)? 9


AS PRINCIPAIS TÉCNICAS EMPREGADAS NA
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Entre as técnicas que são utilizadas pelos terapeutas


objetivando a alteração de comportamento na TCC,
podemos mencionar:

• a modificação de hábitos, a fim de elevar a percepção


do paciente a respeito de cada um dos episódios que
geram desconforto, buscando construir a capacidade de
interromper essa sensação por meio de uma resposta
mais apropriada por parte dele;

• o registro e o monitoramento de cada vivência,


com anotações feitas acerca da localização, da data,
do horário, dos sentimentos, dos pensamentos e das
emoções experienciadas;

• o aumento da consciência do paciente para permitir


a identificação de gatilhos e de sequências de
acontecimentos que tenham associação com um
sintoma ou com um comportamento determinado;

• o domínio do estresse, estimulando o indivíduo a


aprender modos eficientes de controlar a respiração,
de relaxar os músculos e de lidar com a angústia;
entre outras.

O QUE É A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)? 10


Quando a terapia
cognitivo-comportamental
é mais recomendada?
Um fato é que todos podem fazê-la: crianças, adultos, homens,
mulheres, pessoas com algum transtorno mental e indivíduos que
estejam atravessando algum conflito de âmbito interno.

No entanto, a terapia cognitivo-comportamental é altamente indicada,


como dito, para o tratamento de quadros de depressão, de transtorno
obsessivo-compulsivo (TOC), de transtornos de ansiedade, de fobia
social, da síndrome do pânico, entre outras condições que têm por base
os pensamentos, as emoções e os comportamentos do indivíduo.

Além disso, é válido ressaltar que para que o tratamento seja bem-
sucedido, deve existir uma colaboração mútua entre o profissional e
o paciente. Isso porque a sua eficácia se dá justamente pela qualidade
da relação que é estabelecida entre essas partes, afinal, a manutenção
de um bom vínculo com o terapeuta acaba por estimular o indivíduo
em atendimento a manifestar com mais clareza e transparência os seus
sentimentos e pensamentos durante a sessão.

QUANDO A TERAPIA COGNITIVO-


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COMPORTAMENTAL É MAIS RECOMENDADA?
Como a terapia
cognitivo-comportamental é
trabalhada com pacientes na
infância e na adolescência?
A cada dia, torna-se mais e mais comum a visita semanal ou
quinzenal de crianças e adolescentes a terapeutas. Esse fato reside
não apenas na elevação do número de distúrbios que atingem essa
faixa etária, como depressão e ansiedade, mas também porque,
nesses períodos da vida, as emoções são desenvolvidas, do mesmo
modo que a personalidade do indivíduo. Logo, a TCC também pode
desempenhar um papel preventivo.

Exatamente em virtude disso, o atendimento psicológico a pacientes


que atravessam as etapas da infância e da adolescência pode ser
de grande ajuda para os processos de desenvolvimento e para o
enfrentamento de questões emocionais, como a necessidade de
vivenciar um período de luto. Nesse contexto, inclusive, a TCC traz
excelentes resultados.

COMO A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL É TRABALHADA


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COM PACIENTES NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA?
O TRATAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Há algum tempo, havia uma crença de que crianças e adolescentes,


em geral, não tinham atingido a maturidade cognitiva
necessária para tirar proveito das vantagens do tratamento
psicoterapêutico. A terapia cognitivo-comportamental,
porém, se necessário, faz uso de estratégias e de linguagens
não verbalizadas, entrando em um universo mais lúdico para
possibilitar o diálogo com os jovens.

Nesse caso, é importante que o profissional vá além, não


atuando como um mero terapeuta, mas sendo um agente ativo
para o empoderamento da criança ou do adolescente no seu
próprio processo de construção psíquica. Em outras palavras,
independentemente de ter recebido um diagnóstico de algum
tipo de patologia, o indivíduo que ali se desenvolve deve
compreender como identificar as emoções de forma geral —
tanto as suas próprias quanto as daqueles que o cercam.

Essa capacidade, inclusive, quando é trabalhada de forma


conjunta com as estratégias de interação e de comunicação,
coopera para o estabelecimento de relacionamentos interpessoais
bem mais saudáveis ao longo da vida.

COMO A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL É TRABALHADA


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COM PACIENTES NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA?
Quais são os possíveis indicativos
de que uma criança ou de que um
adolescente precisam de terapia?
É frequente que o encaminhamento de crianças e jovens na fase
da adolescência para o atendimento terapêutico aconteça por
parte da família ou de outros adultos que convivem com eles —
por exemplo, coordenadores de instituições de ensino. Porém,
é muito comum (e até compreensível) que haja muitas dúvidas em
torno dessa iniciativa e da existência (ou não) dessa necessidade,
já que dificilmente esses indivíduos ainda em formação, por si só,
comunicarão essa demanda.

Então, com o intuito de auxiliar nesse processo, existe a necessidade de


manter a atenção a determinados sinais de que a criança ou o adolescente
estejam enfrentando problemas emocionais ou comportamentais.

QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS INDICATIVOS DE QUE UMA CRIANÇA


OU DE QUE UM ADOLESCENTE PRECISAM DE TERAPIA?
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Mudanças drásticas na conduta do jovem, por exemplo, devem
“ligar o alerta”. Como exemplos dessas alterações, podemos citar
um desinteresse atípico por atividades antes apreciadas, a recusa a ir
para a escola (ou a participar das aulas a distância, caso o retorno à
modalidade presencial ainda não tenha ocorrido), uma maior agitação
ou uma irritabilidade excessiva nas atitudes etc.

Além disso, há que se falar dos casos em que os jovens enfrentam


ou enfrentaram situações traumáticas, seja no período da infância ou
na etapa da adolescência, como quadros de violência e/ou abuso
ou até a perda de um ente querido. Diagnósticos de transtornos,
como depressão ou TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção com
Hiperatividade), é claro, também devem motivar a busca de um
suporte terapêutico.

QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS INDICATIVOS DE QUE UMA CRIANÇA


OU DE QUE UM ADOLESCENTE PRECISAM DE TERAPIA?
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O TRABALHO DO PROFISSIONAL COM CRIANÇAS
E ADOLESCENTES

O atendimento psicológico direcionado à infância e à juventude,


naturalmente, não se desenvolverá da mesma forma como acontece
com os adultos, haja vista que crianças e adolescentes ainda não têm
um repertório comunicacional e emocional tão evoluído, pode-se assim
dizer. No entanto, as especificidades e as particularidades terapêuticas
dependerão de cada paciente, que é único.

Um fator a ser levado em consideração por você, profissional da


área, então, é a idade. Ou seja, quanto mais novo o paciente for,
mais empenho da sua parte será necessário, por exemplo, por meio
do uso de recursos de interação que vão além do diálogo comum.

Ao lidar com crianças na fase da primeira infância, é muito útil apostar


em histórias, jogos e brincadeiras. Tudo isso fará com que elas se
sintam mais à vontade para exteriorizar as suas dificuldades, os seus
medos e as suas angústias.

Já ao lidar com pacientes na adolescência, que é uma etapa da vida um


pouco mais complexa, é importante ser mais cauteloso, por exemplo,
quanto à linguagem utilizada e à forma de abordagem. O ideal, nesses
casos, é buscar criar uma atmosfera mais favorável, conquistando
a confiança do jovem e procurando estabelecer um vínculo. Desse
modo, será mais fácil tê-lo participativo e engajado no tratamento.

QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS INDICATIVOS DE QUE UMA CRIANÇA


OU DE QUE UM ADOLESCENTE PRECISAM DE TERAPIA?
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Conclusão
Como você pôde ver, a terapia cognitivo-comportamental —
TCC — pode ser empregada para o tratamento de uma infinidade
de desordens, tanto com pacientes adultos quanto com crianças
e adolescentes, ainda que de forma preventiva. Naturalmente, os
formatos de abordagem são adaptados, mas é possível dizer que,
quando um vínculo é estabelecido entre o profissional e o indivíduo
em atendimento e existe uma colaboração conjunta em prol do
sucesso de tratamento, os resultados tendem a ser positivos e
gerar reflexos contínuos.

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CONCLUSÃO
O Cognitivo é uma instituição especializada em cursos
de pós-graduação/especialização. Eles oferecem os
seguintes cursos: especialização em psicoterapia
cognitiva, especialização em TCC da infância,
especialização em terapia do esquema e formação em
terapia cognitivo-comportamental.

O Cognitivo tem origem na atividade clínica de seus


professores, que transportam para a sala de aula o
conhecimento teórico associado à experiência prática
de forma ética e profissional. O Corpo Docente
Convidado do Cognitivo é constituído por professores
de ampla atuação, como terapeutas cognitivo-
comportamentais, oriundos de vários estados do país
e vinculados às mais diversas instituições de ensino e
pesquisa do Brasil e do exterior.

o O Cognitivo tem sede em Santa Maria (RS) e conta

vo com outras unidades do sul, como Porto Alegre e


Florianópolis, estando presente também em outras
regiões do país.
Os seus diferenciais são:

• histórico: experiência e pioneirismo no país em cursos


com mais de 20 anos de experiência específicos nessa
área, com um histórico de mais de 5.000 alunos que já
passaram pela instituição;

• corpo docente: composto por 180 professores


convidados, sendo 94% mestres e doutores
(muito acima das exigências do MEC);

• sistemática de avaliação do curso efetivada em


todas as aulas com os seguintes resultados: 93%
de avaliações excelentes e muito boas; 40 turmas
presenciais em andamento, totalizando mais de 1.000
alunos atualmente vinculados ao curso;

• turmas presenciais: em todos os estados da federação;

• modalidade EAD: em andamento com dezenas


de alunos inscritos;

• vídeos temáticos complementares e biblioteca virtual:


com mais de 1.000 artigos científicos para download;

• conteúdo programático organizado e abrangente:


visando ao aprendizado gradativo relacionado à
atividade prática.

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