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Apresentação Seminário 2
Apresentação Seminário 2
-Introdução formal
-O que é a lei
Bom então vamos por partes, primeiro o que é a lei 14.021? Ela é uma lei
proposta no contexto da pandemia de COVID-19 e tem em vista criar medidas
que auxiliem o combate à doença, prevenir o contágio e criar planos de ação
para garantir a segurança alimentar dos povos indígenas, comunidades
quilombolas e pescadores artesanais.
-Artigos violados
Já o artigo 196 do Título VIII, Da Ordem Social, Capítulo II, Da Saúde; garante
que a saúde e a redução do risco de doenças são uma obrigação do Estado e,
portanto, permitir as ações religiosas num contexto de pandemia colocaria em
cheque esse direito para os povos originários.
E por fim o artigo 231, também do Título VIII, Da Ordem Social, Capítulo VIII,
Dos Índios; garante aos povos indígenas que serão reconhecidos sua
organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, e assim, a
catequização desses indígenas pode ferir esse direito também.
A APIB aponta que a FUNAI tem historicamente adotado medidas para não
permitir missionários em terras de indígenas isolados para proteger a sua
saúde, cultura e escolha por isolamento. Além de apontar que os serviços de
saúde aos indígenas são precários caso essa interação gerasse essa
necessidade e questiona a falta de órgãos responsáveis por fazer essa
avaliação médica prevista na lei.
-Lado do governo
Do outro lado a AGU junto com seus amicus, advogam que a lei na verdade é
constitucional. Eles apontam que não existe direito superior a outro e que
quando há conflito entre dois direitos, os dois devem ser respeitados, com a
solução não podendo ferir nenhum deles. Eles argumentam que nesse caso a
lei é clara em permitir que apenas missões já estabelecidas permaneçam nos
territórios e que novas missões estão proibidas. Também sustentam que essa
permanência só pode ocorrer mediante avaliação médica e que isso mostra o
espirito da lei de cuidado com as populações indígenas.
Assim a PGR opina validando argumentos dos dois lados, mas ainda sim
reconhece uma possível brecha na lei onde pessoas que teriam sido
autorizadas a entrar nas terras de indígenas isolados antes da pandemia e
tivessem se retirado, poderiam voltar por meio de avaliação médica. Sendo
assim a PGR reconhece a medida cautelar, para a necessidade de correção
desse possível equivoco interpretativo.
-Povos isolados
-Impactos