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DESAFIO 21 DIAS

AULA 1 – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Destacamos os seguintes pontos quanto à competência da Justiça do


Trabalho:

1 – Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações decorrentes do


exercício do direito de greve (art. 114, II, CF). A Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência
do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada
(Súmula Vinculante 23, STF).

2 – Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre


representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores (art. 114, III, CF).

3 – Compete também à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, das


contribuições sociais previstas nos art. 195, I, “a”, e II, da Constituição Federal,
e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. Nos termos
do art. 876, parágrafo único, da CLT, da Súmula 368, I, do TST e da súmula
vinculante 53 do STF, a competência da Justiça do Trabalho quanto à
execução das contribuições previdenciárias limita-se às sentenças
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo
homologado, que integrem o salário de contribuição.

4 – Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato


questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição (art. 114, IV).

5 – Compete ao juiz do trabalho homologar acordo extrajudicial, nos termos dos


arts. 855-B a 855-E da CLT. O processo de homologação de acordo extrajudicial
terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes
por advogado. As partes não poderão ser representadas por advogado
comum. Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de
sua categoria. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz
analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá
sentença. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo
prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.

Por outro lado, não compete à Justiça do Trabalho.

1 – Processar e julgar crimes (ADI 3684), nem mesmo crimes contra


organização do trabalho, que são de competência da Justiça Federal (art. 109,
VI, CF).

2 – Apreciar as ações entre o poder público e seus servidores estatutários (ADI


3395).

3 – Processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal


contra cliente (Súmula 363, STJ).

4 – Ações contra o INSS.


QUESTÕES

1 - Com relação à competência material da Justiça do Trabalho, é correto


afirmar que:

a) Compete à Justiça do Trabalho julgar crimes contra a organização do


trabalho.
b) Cabe a Justiça do Trabalho executar de ofício as contribuições sociais
incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual.
c) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é da
competência da Justiça do Trabalho processar e julgar a ação de cobrança
ajuizada por profissional liberal contra cliente.
d) A Justiça do Trabalho é competente para julgar ação ajuizada por sindicato
de categoria profissional em face de determinada empresa para que esta seja
condenada a repassar-lhe as contribuições assistenciais descontadas dos
salários dos empregados sindicalizados.

2 - Com relação à competência material da Justiça do Trabalho, é


incorreto afirmar que:

a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação


possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada.
b) Compete à Justiça do Trabalho as ações entre o poder público e seus
servidores estatutários.
c) A Justiça do Trabalho é incompetente para julgar crimes, inclusive contra a
organização do trabalho.
d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações decorrentes do
exercício do direito de greve
GABARITO E COMENTÁRIOS

1 - Com relação à competência material da Justiça do Trabalho, é correto


afirmar que:
a) Compete à Justiça do Trabalho julgar crimes contra a organização do
trabalho.
b) Cabe a Justiça do Trabalho executar de ofício as contribuições sociais
incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual.
c) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é da
competência da Justiça do Trabalho processar e julgar a ação de cobrança
ajuizada por profissional liberal contra cliente.
d) A Justiça do Trabalho é competente para julgar ação ajuizada por
sindicato de categoria profissional em face de determinada empresa para
que esta seja condenada a repassar-lhe as contribuições assistenciais
descontadas dos salários dos empregados sindicalizados.

Comentário:

A assertiva A é incorreta, pois é competência da Justiça Federal julgar crimes


contra a organização do trabalho (art. 109, VI, CF).

A assertiva B está incorreta, pois a competência da Justiça do Trabalho em


relação às contribuições previdenciárias limita-se às sentenças condenatórias
em pecúnia e homologatórias de acordo (art. 876, § único, da CLT, súmula 368,
I, TST e súmula vinculante 53, STF).

A assertiva C está incorreta, uma vez que a Súmula 363 do STJ estabelece que
compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por
profissional liberal contra cliente.
Por fim, a assertiva D é a correta, visto que está de acordo com o inciso III do
art. 114 da CF, segundo o qual compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

2 - Com relação à competência material da Justiça do Trabalho, é


incorreto afirmar que:
a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada.
b) Compete à Justiça do Trabalho as ações entre o poder público e seus
servidores estatutários.
c) A Justiça do Trabalho é incompetente para julgar crimes, inclusive contra a
organização do trabalho.
d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações decorrentes do
exercício do direito de greve

Comentário:

A alternativa incorreta é a letra “b”, uma vez que a Justiça do Trabalho não é
competente para processar e julgar as ações entre o poder público e seus
servidores estatutários, segundo o entendimento do STF, firmado na ADI 3395.

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