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Bacharelado em Medicina Veterinária

Ginecologia e obstetrícia veterinária

Partos distócicos em cadelas:


quando e como intervir?
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INTRODUÇÃO

 Frequente atendimento obstétrico.


 Importância do conhecimento sobre gestação e
parto.

Fonte: https://meusanimais.com.br/e-
possivel-fazer-uma-ecografia-em-uma-
cadela/
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Parto normal
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PARTO NORMAL

 Anatomia:
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PARTO NORMAL

 Anatomia:

Fonte: http://www.uff.br/webvideoquest/PA/artigo6.htm
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PARTO NORMAL

 1º estágio: +ACTH fetal* Descolamento


Sensibilização
uterina a
placentário
 Estresse fetal. ocitocina

+ Cortisol Trabalho de
materno e fetal - Progesterona parto

+ Estrogênio +Prostaglandina
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PARTO NORMAL

 2º estágio:
 Cérvix completamente dilatada;
 Reflexo de Ferguson;
 Duração em média de 6 horas.
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PARTO NORMAL

 3º estágio:
 Expulsão da placenta.

Fonte: http://www.mastim.com.br/informacoes/imagem/parto_hernandes_2.jpg
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PARTO NORMAL

 Posicionamento ideal:
 Apresentação longitudinal anterior ou posterior,
posição superior e atitude estendida.

Fonte: http://medvetrepro2009.blogspot.com/2009/04/parto-distocico.html
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Distocias
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Distocias

 Dificuldade de nascer ou a inabilidade materna em expelir os


fetos pelo canal do parto, sem assistência.
25%

Distocias maternas
Distocias fetais

75%
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Distocias de
origem
materna
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Desvio de útero

 O útero pesado se aloja longe da entrada pélvica e da cérvice. A


ascensão se instala para cérvice e por consequência ocorre a
obstrução parcial, o que afeta a passagem fetal.
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Prolapso uterino

 Emergência pós-parturiente.
 Intervenção imediata.
 Esforço excessivo durante ou após o parto.

Fonte: http://petcare.com.br/blog/prolapso-de-utero-ou-hiperplasia/
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Atonia ou Inércia Uterina

 Termo inertia.
 Falta de tônus (contração).
 Incapacidade do útero em expulsar o feto normalmente.
 Causa comum.

Primária Secundária
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Atonia primária

 Incapacidade do útero em se contrair suficientemente para


que um feto de tamanho normal seja expulso através do canal
pélvico desobstruído.
 Estímulos endógenos.
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Atonia primária

Desbalanço
hormonal
Defeitos  Obesidade
metabólicos Outros
 Componente genético
de nível fatores
 Hidropsia fetal
celular
 Gestação prolongada
Falha
completa  Idade
ou
parcial
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Atonia secundária

 Consequência de outra causa de distocia:


 Desproporção fetopélvica;
 Prolongada contração uterina sem êxito;
 Dilatação cervical incompleta;
 Más apresentações;
 Alterações que bloqueiem o canal do parto.
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Anormalidades ósseas

 Tamanho ou na forma do canal do parto pélvico.


 Congênitas ou adquiridas.

Fonte: http://canaldopet.ig.com.br/guia- Fonte: https://www.animalwised.com/dog-


bichos/cachorros/boston-terrier/57a23d3c5ac14f092055b261.html breeds/scottish-terrier.html
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Anormalidade dos Tecidos Moles

 Via fetal mole apresenta quatro estruturas:


 Cérvix;
 Vagina;
 Vestíbulo;
 Vulva.
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Anormalidade dos Tecidos Moles

 Estenose congênita e outras anormalidades podem afetar qualquer


parte dos tecidos moles.
 Estenose vaginal na região vestibular.

Fonte: http://tudosobrecachorros.com.br/cavalier- Fonte: http://www.happydogheaven.com/cavalier-king-charles-


king-charles-spaniel/ spaniel/baby-cavalier-king-charles-spaniel-tricolor-photo/
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Torção uterina

 Rotação do órgão sobre seu eixo longitudinal.


 Rotação de mais de 45° do útero em torno do seu eixo axial.
 Mais fixo e tubular em relação às outras espécies.

Fonte: http://www.mcguido.vet.br/pat__gestacao_2.htm
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Distocias de
origem fetal
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Distociais de origem fetal

 Deficiência de corticosteroides adrenais do feto.


 Hipertrofia fetal.
 Estática fetal anômala.
 Desenvolvimento fetal anormal.
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Deficiência de corticosteroides
adrenais do feto

Sensibilização
+ACTH fetal* Descolamento uterina a
placentário ocitocina

+ Cortisol fetal e - Progesterona Trabalho de


placentário parto
Luteólise

*Fetos mortos

+ Estrogênio +Prostaglandina Sinais


insuficientes * Ninhadas
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Hipertrofia fetal

 Hipertrofia fetal absoluta:


 O diâmetro ou peso do feto está além da capacidade da pélvis
materna.
 Hipertrofia fetal relativa:
 O feto apresenta tamanho compatível com a sua raça e a
parturiente possui uma pélvis diminuta (materno).
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Estática fetal anômala

 A estática fetal anômala é a causa mais frequente de distocia


fetal e a segunda maior causa de distocias em cadelas.
 Alterações na apresentação, posição e/ou na atitude do feto.
 Apresentação (coluna vertebral do feto e da mãe).
 Posição (dorso do feto e da mãe).
 Atitude (membros e cabeça).
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Estática fetal anômala

 Apresentação e Posição:
 É a relação entre os eixos
longitudinais(coluna vertebral) e a
posição é a relação entre os dorsos.
 Longitudinal.
 Longitudinal anterior (ventral).
 Longitudinal posterior (ventral).
 Transversal (rara).
 vertical
Fonte: Luz et al. Novos enfoques na distocia em cadelas.
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Estática fetal anômala

 Atitude (cabeça e
pescoço):
 Desvio lateral.
 Desvio ventral.
 O desvio lateral da
cabeça frequentemente
ocorre no último feto.

Fonte fotos:
http://www.mcguido.vet.br/distocias.htm
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Estática fetal anômala

 A flexão unilateral ou bilateral dos


membros anteriores (ombro) ou a
extensão incompleta do cotovelo.
 Raças grandes x Raças pequenas.

Fonte fotos:
http://www.mcguido.vet.br/distocias.htm
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Estática fetal anômala

1. Apresentação: Longitudinal anterior.


Posição: dorsal. Atitude: membro
anterior esquerdo flexionado, desvio
lateral da cabeça (direita)

2. Longitudinal anterior
dorsal, desvio ventral da
cabeça, membros 3. Longitudinal posterior
flexionados. dorsal, flexão bilateral dos
membros posteriores.

Fonte fotos: http://www.mcguido.vet.br/distocias.htm


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Desenvolvimento fetal anormal

Hidrocefalia
Hidropisia
Gêmeos siameses
Ascite

Fontehttps://www.youtube.com/watch?v=-ZXWrsa1Spk
Fonte: siameses:
Fonte:
Fonte: Luz et al. Novos enfoques na distocia
http://ana-sarca.blogspot.com/
http://www.pubvet.com.br/
em cadelas.
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Quando
intervir?
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Quando intervir?

Anamnese e
histórico
Exame físico
Exame
radiográfico
Exame
ultrassonográfico
Exames
complementares
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Velocidade de
atendimento?
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CASO EMERGENCIAL

 O paciente é prematuro ou atrasado?  O paciente sofreu qualquer doença ou


 O paciente já pariu antes? acidente durante a gestação? Se sim
quais os detalhes?
 Esta é sua primeira ninhada (primípara)
 O animal descorou durante os últimos
ou ele já teve ninhadas anteriormente
dias?
(plurípara)?
 Houve qualquer problema prévio no  Houve alguma secreção vaginal, partes
nascimento? Se sim, qual foi? Como foi fetais ou placentárias que foram
resolvido? E qual foi o resultado? observadas na vulva?

 Existe uma grande diferença no  Alguém tentou ajudar o paciente?


tamanho  A possibilidade de interferência leiga e
lesões sempre devem ser lembradas.
 Entre o reprodutor e a fêmea?
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EXAME FÍSICO

Palpação do
abdômen

Períneo

Palpação
vaginal
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EXAMES COMPLEMENTARES

Radiografia
Ultrassonografia

Fonte: farejapet.com.br
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Tempo Mudança
de da fisiologia
gestação materna
BOM AUXÍLIO
NO PARTO

Desenvolvimento
embrionário e
fetal
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Como intervir?
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Plano de tratamento

Avaliar o histórico do caso, checar a saúde e os


resultados dos exames.

Qual a causa ?

Remoção dos Fetos presentes, Estimulação do útero


para expulsar os filhotes para a entrada da pelve.
Explicar e discutir com o proprietário qual o plano de
sua escolha.

Qual Plano?
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Tratamento conservativo

Vesícula amniótica ou
feto próximo da
entrada da pelve.
Tempo Tônus uterino
limite satisfatório

Espera Acompanhamento

Espera de seis a doze Sob observação do


horas médico veterinário
(JACKSON, 2006)
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Estimulantes da Contração Uterina

Avaliar a dilatação
Gluconato de Ca 10% (2-
20ml)
0,5 a 1,0 mg/kg) IV lento 1
ml/min.

Fracasso
Sucesso
Ocitocina 1 – 5UI (IV)
2,5 a 10 UI (IM).
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Estimulantes da Contração Uterina

Ocitocina 1 – 5UI (IV)


2,5 a 10 UI (IM).

Fracasso Sucesso

Fórceps Cesariana Episiotomia


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Estimulantes da Contração Uterina

Ações são espasmolítica, Reduzir o tônus muscular


Tocoespasmolíticas analgésica e vaginal e uterino, sem
musculotrópica. cessar as contrações

10 min após a
aplicação IM e Podem ser
Pode associar com Ca,
alcançam o nível aplicadas antes do Ocitocina
máximo nos nascimento
próximos 15 min.

Fonte:farmahigiene.es
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Tratamento manipulativo

Jackson, et al., (2005)


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Tratamento manipulativo

Jackson, et al., (2005)


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Fórceps

O uso de instrumentos, como fórceps e pinças cirúrgicas,


não é recomendado. (Johnston et al., 2001)

O uso da Fórceps esta limitado paras os casos em que o


ultimo feto esta morto, trauma no tecido materno.
(Gendler et al., 2007; Münnich e Küchenmeister, 2009).

Fórceps é raramente utilizado, a utilização do fórceps


pode ajudar a cadela após a retirada de seu primeiro
feto com a eliminação. (MÜNNICAR, 2017).
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Fórceps

Jackson, et al., (2005)


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Episiotomia

Quando
Vulvas
há apenas
pequenas
um feto

Feto
com
Incisão
cabeça
grande.

 Fontbonne et al., 2007; England e Heimendahl, 2011).


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Cesariana

Morte Fetal

Inércia uterina 1ªou 2º


Mumificação
Fetos Grandes
Estenose Pélvica
Distorcias
Profilática
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Cesariana
54

Profilaxia
55
PROFILAXIA

Seleção do
reprodutor

Local da cobertura
PRÉ-COBRIÇÃO
Momento da
cobertura
Frequência de
cobertura

Idade da cobrição
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PROFILAXIA

Histórico do caso

Diagnostico
gestacional
PRÉ-NATAL
Confirmação da
data do parto
Vacinação
(Herpesvírus
canino)
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PROFILAXIA

Alimentação

Exercício SAÚDE NA
GESTAÇÃO
Vermifugação

Parasitas externos
58

OBRIGADO!!!

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