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1- A figura do agente de retenção, como o empregador que retém o imposto de renda do

empregado, pode ser qualificado como responsável tributário. O responsável tributário


é a pessoa que, mesmo sem ser o contribuinte direto do tributo, tem a obrigação de
recolher e repassar o imposto devido ao Fisco.
No caso do imposto de renda retido na fonte (IRRF), o empregador tem a
responsabilidade de reter o valor do imposto devido pelo empregado diretamente de
seu salário ou remuneração e repassar esse valor à Receita Federal. Essa retenção
ocorre de acordo com as alíquotas e a tabela do imposto de renda estabelecidas pela
legislação. A figura do responsável tributário está prevista no Código Tributário Nacional
(CTN), em seu artigo 121, parágrafo único, inciso II, que estabelece que a
responsabilidade tributária pode ser atribuída a terceiros vinculados ao fato gerador da
obrigação, como no caso do agente de retenção. Portanto, o agente de retenção, como
o empregador que retém o imposto de renda do empregado, é sim qualificado como
responsável tributário, uma vez que ele é responsável pela retenção e repasse do
imposto devido ao Fisco, mesmo não sendo o contribuinte direto do tributo.

2- O Código Tributário Nacional, trata da responsabilidade tributária em casos de sucessão


empresarial. De acordo com o referido código, a empresa sucessora pode ser
responsável pelos créditos tributários relacionados ao estabelecimento adquirido, até a
data da aquisição. A responsabilidade tributária da empresa sucessora pode variar
conforme o contexto e o tipo de tributo envolvido. No caso de impostos relacionados à
propriedade ou posse de bens imóveis, a responsabilidade se transfere
automaticamente para a empresa sucessora. Já para outros tipos de tributos, a
responsabilidade pode ser integral (se o alienante cessar suas atividades) ou subsidiária
(se o alienante continuar suas atividades ou iniciar novas atividades na mesma área no
período de seis meses).
No que diz respeito às multas moratórias ou punitivas, a legislação não é totalmente
clara. No entanto, a empresa sucessora pode ser responsabilizada pelo pagamento
dessas multas, já que elas fazem parte do crédito tributário. Ou seja, a responsabilidade
da empresa sucessora por multas moratórias ou punitivas dependerá da análise da
situação específica e da interpretação da legislação aplicável.

3-A) Não é correto o entendimento do Estado de Minas Gerais no sentido de que a


responsabilidade da pessoa jurídica Beta é integral, pois tendo em vista que a pessoa
jurídica Delta iniciou atividade no mesmo ramo sob outra razão social, a Delta é
responsável integral pelo pagamento dos tributos devidos, sendo a Beta responsável
solidária. Conforme disposto no art. 133 do CTN, in verbis:
“Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à
data do ato:I - integralmente, se o alienante cessar a exploração
do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o
alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de
seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
3-B) Na ausência de eleição de um domicílio tributário por parte da pessoa jurídica Beta, que
adquiriu o estabelecimento comercial Delta, a administração tributária deve considerar o local
onde se encontra a sede da empresa ou o local onde ocorreu a aquisição do estabelecimento
como domicílio tributário para fins de notificação.

De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), em seu artigo 127, na ausência de eleição
de domicílio tributário, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida,
o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sede, ou,
em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante.

Dessa forma, a administração tributária deve indicar o local da sede da pessoa jurídica Beta ou
o local do estabelecimento comercial adquirido, o Delta, para fins de notificação, considerando-
os como domicílio tributário da empresa.

Nicole Yukie Pisciottano RA 14038434

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