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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Actividades da 1ª Sessão

As cidades

Nita Rafael – 708208342

Nampula, Abril/2023
1
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Actividades da 1ª Sessão

As cidades

Nita Rafael – 708208342

Curso: Licenciatura Ensino de


Geografia
Disciplina: Geografia de Urbanismo
Ano de Frequência: 4º Ano, Turma H
Docente: Manuel Momade

Nampula, Abril/2023

2
Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota
maxima do
tutor
Capa 0.5
índice 0.5
Aspectos introdução 0.5
estrutura Organizacionai discussão 0.5
s conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
conteúdo Articulação e domínio
Do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada,
Análise coerência/coesão
Discussão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Paginação, tipo e
gerais Formatação tamanho de letra, 1.0
parágrafo, espaçamento
entre linhas
Referencias Normas APA Rigor e coerência das
Bibliográficas 6ª edição em citações/referências 4.0

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Recomendações de melhoria:

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Índice
Introdução....................................................................................................................................6
1. As cidades............................................................................................................................7
2. Cidade na antiguidade..........................................................................................................7
2.1. As primeiras cidades........................................................................................................7
2.2. Organização......................................................................................................................8
2.3. Administração..................................................................................................................9
3. Cidade na idade media.........................................................................................................9
3.1. Organização....................................................................................................................10
3.2. A administração..............................................................................................................10
3.3. Economia.......................................................................................................................10
4. Cidade na época de renascimento.......................................................................................11
5. Crescimento urbano............................................................................................................12
6. As cidade do presente: A exploração urbana......................................................................13
7. As cidade do mundo de hoje: O nascimento das grandes aglomeracoes.............................14
8. Problemas da organização do espaço urbano......................................................................16
9.1. A cidade Muçulmana/Árabe...........................................................................................17
9.2. Cidade Antiga.................................................................................................................17
10. A cidade da África Negra...............................................................................................18
Conclusão...................................................................................................................................19
Referencias bibliográficas..........................................................................................................20

5
Introdução

O trabalho em alusão é pertencente a cadeira de Geografia de Urbanismo, que trás como


tema “ As cidades”. Neste tema ter-se-á varias abordagem que complementa o assunto
deste trabalho. Tendo como objectivos: definir o termo cidade; fundamentar em cada
um dos pontos lustrados nas páginas seguintes. A cidade, sendo um produto humano,
reflecte a cultura do homem, o seu passado e o seu presente, pois acompanha a sua
evolução no tempo e no espaço. A cidade é fruto da sedentarização e da vida em
comunidade. Por outro lado, ela nasce com a especialização e divisão do trabalho. A
urbanização é geral e atinge todas as partes do mundo. Entretanto, cumpre
observar que o fenómeno da urbanização não teve o mesmo ritmo e não se deu por
igual nos diversos países do mundo. O grande desenvolvimento das cidades e das
formas de vida urbana é um fenómeno que caracteriza melhor a civilização
contemporânea. O que constitui o verdadeiro sintoma do nosso tempo é o explosivo
crescimento dos grandes centros urbanos, o que não se verificava anteriormente porque
o crescimento demográfico era muito mais lento e não era absorvido
desproporcionadamente pelas grandes cidades. A urbanização do continente africano
encontra-se pouco desenvolvida, mercê da colonização a que esteve sujeito
durante séculos. O continente Africano apresenta menos de 1/3 da população
urbana.

O trabalho em epígrafe, foi possível contextualizar através das obras e artigos


científicos referenciados na última página deste trabalho. O mesmo, obedece a seguinte
organização: capa, índice, página de feedback, página de recomendações, introdução,
desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

6
1. As cidades

De acordo com Nakata (1978), cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas
e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população,
densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara definição não seja
precisa, sendo alvo de discussões diversas. (p. 69)

O termo “cidade” é geralmente utilizado para designar uma dada entidade político-
administrativa urbanizada. (p. 69)

A cidade é um centro de relações e de decisões, é um núcleo aglutinador de


população, onde se trocam produtos, onde se difundem ideias e onde se reúnem
actividades diferenciadas (comércio, serviços, actividades industriais, etc.). (p. 69)

Sítio urbano é o local onde a cidade nasceu e se desenvolveu, o “assoalho” da


cidade.

Situação urbana é a posição que a cidade ocupa em relação aos factos naturais
da sua região que pode ser um rio, uma jazida mineira, o mar, cruzamento de rotas
terrestres, etc. (p. 69)

2. Cidade na antiguidade

2.1. As primeiras cidades

Segundo (Leite: 1989), a sociedade urbana começaram a aparecer com a revolução


agrícola do Neolítico, que garantiu a passagem do nomadismo á sedentarismo. Onde
aglomerações de chocas e cabanas eram primeiros estabelecimentos permanentes,
os aglomerados transformaram – se rapidamente dado o excedente agrícola. A
aldeia torna – se mercado e foi crescendo e algumas tornam – se cidade quando
desenvolveram o artesanato. (p. 78)

A cidade mais antiga do Mundo parece ser “Jericó”, na Palestina, as casas eram feitas
de tijolos confeccionados á mão e recobertos de uma camada espessa. (p. 78)

7
A revolução urbana desenvolveu – se na Palestina, na Mesopotâmia e no Vale do Rio
Nilo, Região do Crescente Fértil. A partir desta região a civilização urbana estendeu –
se para Oeste e Leste até ao Vale do Indo. (p. 78)

A cidade é a consequência da especialização de actividades do meio rural. E


cada época histórica vai corresponder sempre uma geração de cidades que vai
dominar o espaço rural vizinho. (p. 78)

Lentamente, a vida urbana foi – se afirmando no Mediterrâneo Oriental, a saber:

- No século VI, a.C. Babilónia era grande cidade com aproximadamente 80.000
pessoas;

- As cidades litorais da Fenícia – Biblos, Sidon e Tiro, desenvolveram – se pelos


entrepostos comerciais e com a cidade de Mesopotâmia;

- No vale do rio Indo (3000 anos a.C.) – cidade Mohenjo – Daro;

- No Mediterrâneo Oriental (3º milénio a.C.), cidade de Knossos (em Creta), Troia
(na Ásia Menor) e Micena (Grécia Continental);

- No séc. V a.C. cidade de Atenas com 100.000 – 150.000 pessoas.

E esta Cidade - Estado aparece com novos elementos como edifícios públicos,
comerciais, político – administrativo e económico. (p. 78)

A localização geográfica de várias cidades teve grande influência no decorrer da


história. Algumas cidades devem a sua existência graças à sua proximidade com
meios de transportes tais como ferroviários, rodoviários, portos e/ou aeroportos. (p.
79)

O outro factor que se tomava em consideração no surgimento da cidade era


protecção de eventuais guerras. A grande maioria das cidades antigas eram
cercadas por muralhas e algumas localizavam-se em zonas de difícil acesso. (p. 79)

Durante a pré-história, os homens eram primariamente nómadas, movimentando-se


de uma região para outra constantemente, em busca de água e alimentos. (p. 79)

2.2. Organização

8
A maioria das cidades da antiguidade não possuíam mais do que 10 mil habitantes e
não tinha mais que 1 km². Porém, algumas delas eram muito maiores em termos
populacionais e territoriais. Ex; Atenas, no seu apogeu, tinha uma população estimada
entre 200 a 300 mil habitantes, espremidos em 10 km².

Roma, durante o apogeu do Império Romano, no séc. I e II, tinha mais de 1 milhão de
habitantes e é considerada por muitos como a primeira e única cidade a superar os um
milhão de habitantes até ao início da Revolução Industrial.

2.3. Administração

À medida que antigas vilas rurais cresciam e tornavam-se cidades, maior organização
passou a ser necessária. Sistemas governamentais foram criados.

Estes eram responsáveis pelo fornecimento de serviços tais como tais como
construção de estruturas como muralhas, templos, centros de entretenimento
populares, a organização do comércio, criação de leis e da defesa da cidade contra
ataques inimigos.

3. Cidade na idade media

Segundo Leite (1989) afirma que por volta do séc. X, com novo sistema social e
económico, o Feudalismo, voltaram – se a estabelecer relações de trocas e
construíram – se cidades. Só no séc.. XI e XII o povoamento Europeu conhece
um novo impulso.

Após o declínio ou ruína das cidades antigas, devido a guerras e/ou invasões, assiste-se
a um renascer da cidade no período medieval. 1989)

Para tal facto contribuíram especialmente, três factores:

Expansão económica;
Concentração do poder político;
Necessidade de defesa.

As cidades europeias da Idade Média mudaram muito em relação às cidades da


Antiguidade. As cidades na Idade Média desenvolveram-se a partir de um núcleo

9
primitivo, muitas vezes um mosteiro, igreja ou castelo, que frequentemente constituía o
foco difusor do aglomerado. (Leite, 1989)

A cidade vai-se desenvolver em volta desse núcleo primitivo, segundo anéis


concêntricos, acabando por aglutinar os burgos situados fora das muralhas.

Este surto urbano, muito intenso no século XIII, é resultado de um período de


prosperidade económica com consequente aumento demográfico. (Leite, 1989)

3.1. Organização

As cidades europeias eram menores que as cidades romanas, não possuíam mais
que 1 Km². A população destas cidades também era pequena. A maior cidade do
continente durante as primeiras décadas da Idade Média foi Veneza, com seus 70
mil habitantes, que cresceram para os 1000 em 1200. Entretanto, Londres tornaria
a maior cidade europeia no Renascimento. Em outros continentes, existiam também
cidades com maiores dimensões, são os casos das cidades de Hangzhou e
Shangzhou, ambas na China com 320 a 250 mil habitantes respectivamente. (Leite,
1989)

3.2. A administração

Na Europa Ocidental, o feudalismo desenvolveu -se ao longo dos primeiros


séculos da Idade Média. Reinos continuaram a existir, porém, estes estavam
divididos em várias secções chamados feudos. (Leite, 1989)

As cidades continuaram a fazer parte de um dado país, mas o rei deste reino tinha o
controle apenas sob as áreas que eram de sua propriedade. Isto diminuiu muito o
poder destes reis. Uma dada cidade era na realidade governada pelo dono, que
podia ser um senhor feudal ou um bispo, membro da igreja católica. (Leite, 1989)

No séc. XI, com o crescimento da população e do comércio, a burguesia em


crescimento nestas cidades, começou a ressentir o forte controle dos senhores
feudais nas cidades. (Leite, 1989)

3.3. Economia

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Na Europa medieval, o sistema económico baseava-se na posse de terra, onde os
vassalos trabalhavam em troca de protecção. Este sistema entrou em declínio no séc.
X. (Leite, 1989)

Os vassalos que antes trabalhavam para o senhor feudal, migraram para as cidades
onde se tornaram em artesãos, pequenos mercadores, vendendo directamente os seus
produtos nos mercados das cidades. (Leite, 1989)

Artesãos, auxiliados por avanços tecnológicos e pela invenção da pólvora, barril e


outros, conseguiram criar e vender cada vez mais produtos em um dado espaço de
tempo. Estes artesãos a pouco e pouco foram-se tornando na classe média. (Leite,
1989)

4. Cidade na época de renascimento

Conforme o autor Vesentini (2008), afirma que o séc. XVI foi um marco
fundamental na história da expansão urbana. Os descobrimentos e expansão para
novas terras permitiram os europeus construir cidades na costa africana, no
Oriente e na americana. E do litoral difundiram – se para o interior dos Continentes. (p.
55)

Por toda a Europa novas ideias sobre arquitectura surgiram e transformaram – se


as cidades. As cidades do renascimento apareceram com novos aspectos
arquitectónicos, edifícios monumentais, palácios e novos planos de urbanização.
Foram os arquitectos italianos que dão novas formas á arquitectura e ao
planeamento urbano em que ponham em evidência a arte, o fácil acesso e o
aperfeiçoamento das muralhas e fortificações que rodeavam as cidades. (2008)

As cidades antigas foram transformadas na morfologia pela abertura de grandes


avenidas em linha recta com as casas bem alinhadas, de fachadas regulares e
loteamento 2º plano geométricos, precursores de novos bairros. (2008)

Estas reformas conduziram a uma planificação rádio concêntrica em Páris, Londres,


Moscovo e noutras capitais europeias. Mas é, no entanto, nas cidades planeadas de
novo que se afirma esta concepção do traçado das ruas e avenidas. É, por isso, que
cidades como Palma Nuova, nascidas no momento oportuno e como consequência
de uma necessidade militar, adquirem a nova planificação(2008)
11
Os descobrimentos e expansão para novas terras permitiram os europeus construir
cidades na costa africana, no Oriente e na americana. E do litoral difundiram –
se para o interior dos Continentes. (2008)

As cidades antigas foram transformadas na morfologia pela abertura de grandes


avenidas em linha recta com as casas bem alinhadas, de fachadas regulares e
loteamento 2º plano geométricos, precursores de novos bairros. Estas reformas
conduziram a uma planificação rádio concêntrica em Paris, Londres, Moscovo e
noutras capitais europeias.

Desde o Norte de África ate ao Golfo Pérsico e à Índia as cidades muçulmanas


apresentam características semelhantes e próprias que não se parecem nada com as
outras civilizações. A maneira de ser dos árabes, os seus conceitos religiosos e o seu
espírito guerreiro marcaram profundamente todas as cidades sob o seu domínio. As
sucessivas destruições e reconstruções do espaço urbano deram um aspecto uniforme às
cidades conquistadas, e uma característica idêntica às das cidades construídas e
concebidas de novo. (2008)

5. Crescimento urbano

Ainda para Vesentini (2008), o crescimento das cidades, tanto em quantidades como
em tamanho, é a grande característica do mundo moderno. A urbanização é geral e
atinge todas as partes do mundo. Entretanto, cumpre observar que o fenómeno da
urbanização não teve o mesmo ritmo e não se deu por igual nos diversos países e
regiões do mundo. (p. 62)

Com efeito, os mais elevados índices de urbanização são encontrados nos países
e regiões mais desenvolvidos do mundo, como é o caso da Europa Ocidental,
América do Norte e Japão. A Inglaterra, pais mais urbanizado do mundo, possui mais de
80% de sua população vivendo em cidades. (Vesentini, 2008)

Por outro lado, os menores índices de urbanização são encontrados nos países e
regiões do mundo onde a industrialização é mais recente e restrita. São países de
economia agrícola com elevada percentagem da população activa no sector primário.
Compreende a maior parte dos países da África, Ásia e da América latina. (Vesentini,
2008)

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Os mais elevados índices de urbanização são encontrados nos países mais
desenvolvidos do mundo, como é o caso da Europa Ocidental, América do Norte
e Japão. A Inglaterra, pais mais urbanizado do mundo, possui mais de 80% de
sua população vivendo em cidades. (Vesentini, 2008)

Por outro lado, os menores índices de urbanização são encontrados nos países em
desenvolvimento. O crescimento das cidades pode resultar na formação de
aglomerado, tas como as conturbações, as metrópoles e as megalópolis. (Vesentini,
2008)

6. As cidade do presente: A exploração urbana

De acordo com de Goitia (1992), o grande desenvolvimento das cidades e das formas de
vida urbana é um fenómeno que caracteriza melhor a civilização contemporânea.

O rápido desenvolvimento urbano é produto da revolução Industrial. Com efeito,


os mais elevados índices de urbanização localizam-se no hemisfério norte, nos
chamados países desenvolvidos e os menores índices no hemisfério sul, nos
chamados países em via de desenvolvimento. Goitia (1992)

Nos países desenvolvidos a tendência actual aponta para um papel cada vez menos
activo da cidade, mas o mesmo não acontece nos países subdesenvolvidos, como nova a
sua urbanização galopante. Goitia (1992)

Este desenvolvimento global da população urbana, que desde 1900 aumento 10 vezes
mais rapidamente que a população mundial, corresponde a quatro tipos de
concentração urbana:

- O Tipo Europeu, onde um movimento precoce de expansão urbana, tem hoje


tendência a afrouxar;

- O Tipo Dos Países de Colonização Europeia, (EUA, Canadá, Austrália e Nova


Zelândia) onde o impulso foi grande e apesar de ainda muito vigoroso tem tendência a
diminuir;

- O Tipo dos Países do Leste Europeu e de Influência Soviética, cuja expansão das
cidades é medida de acordo com os planos de desenvolvimento económico;

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- O Tipo dos Países do Terceiro Mundo, onde a população sofre actualmente um
crescimento vertiginoso, depois de uma longa estagnação.

7. As cidade do mundo de hoje: O nascimento das grandes aglomeracoes

Na opinião de Goitia (1992), o grande desenvolvimento das cidades e das formas de


vida urbana é um dos fenómenos que melhor caracteriza nossa civilização
contemporânea. A cidade não é um feito recente: é resultante de um processo histórico.
Ao longo deste século e do passado observa-se um aumento vertiginoso da migração da
população rural para as cidades. Tal fato tem modificado a distribuição da população
mundial.

Ainda segundo o autor, uma das grandes marcas desse século tem sido o “formidável
crescimento dos grandes centros urbanos, que não se verificava anteriormente porque o
avanço demográfico geral era muito mais lento e porque esse excedente demográfico
não era absorvido desproporcionadamente 45 pelas grandes cidades”. Contudo, nas
últimas décadas, o ritmo de crescimento das cidades está sendo muito superior ao das
possibilidades de previsão das autoridades públicas, a sua capacidade de assimilar os
problemas e geralmente dos recursos disponíveis para proceder às reformas de grande
vulto que se fazem necessárias para criar novas estruturas eficazes. (1992)

Uma parte da população que chega às cidades é forçada a se distribuir nos locais mais
“miseráveis e abandonados, invadindo propriedades alheias ou zonas com condições
urbanas inadequadas. Isto deu lugar aos chamados Elgrqyloohv das cidades francesas ou
argelinas, as FKDERODV (barracas de madeira) ou chabolismo espanhol, as famosas
favelas brasileiras, os ranchos venezuelanos, etc. Não há cidade em processo de
crescimento agressivo que não sofra destas manifestações patológicas”. (Goitia, 1992).

Há uma transformação incongruente porque o ritmo de crescimento é muito


superior à capacidade e previsão definida pelas autoridades. Vai – se acumulando
na cidade uma população composta de imigrantes, que se vão distribuindo ao acaso
pelas franjas mais miseráveis e abandonadas, invadindo propriedades alheias ou
zonas com condições.

14
Isto deu lugar aos chamados Bidonvilles das cidades francesas ou argelinas, as
Chabolas das cidades espanholas, às Favelas brasileiras, as Rancheros venezuelanos,
aos Muceques de Luanda, aos Caniços do Maputo, aos bairros de lata de Lisboa.

Segundo Leite (1989) não há cidade em processo de crescimento agressivo que não
sofra destas manifestações patológicas. Estes bairros marginais serão para alguns o
lugar por onde se começa a subir, enquanto para outros são o último escalão de
uma subida dolorosa. São subúrbios resultantes do crescimento incontrolado da
cidade, assim como, também, os bairros clandestinos que proliferam em áreas não
urbanizadas fora da alçada dos organismos públicos Tudo isto levanta problemas de
organização do espaço nas grandes metrópoles, problemas estes que se têm vindo a
agravar com o tempo.

A aglomeração urbana nascida deste tipo de crescimento engloba a cidade


antiga e os seus arredores; a cidade expande – se, as suas casas justapõem
– se às casas rurais, absorvem – nas progressivamente e fazem – no
desaparecer.

Durante um certo tempo houve luta, mas finalmente e aldeia de ontem não é mais,
hoje, que a continuação da grande cidade. A maré estende – se, estravaza e nada
faz recuar. Num raio cada vez maior em torno de Lisboa, quase todas as aldeias estão
em transformação.

A conturbação representa, enfim, uma forma de organização complexa: é


constituída por varias aglomeração por varias aglomerações que tendem a
juntar – se. Quando uma de entre elas tem um grande peso económico,
ela chega rapidamente ate às outras; é assim a conturbação de Lille – Roubaix
– Tourcoina – Madeleine, em França, que forma um único conjunto urbano,
pois, os vazios entre os espaços construídos destas cidades são
progressivamente preenchidos.
A Megalópolis é uma forma de conturbação, mas de enormes proporções.
São verdadeiras regiões urbanas que resultaram do extraordinário
crescimento das periferias de varias cidades, ao longo dos eixos de
circulação que as unem. Ao longo de 700km, de Boston a Washington, vivem
mais de 50 milhões de pessoas num vasto conjunto urbano que inclui, além

15
daquelas cidades. Nova Yorque, Filadelfia, Baltimore e outras mais pequenas.
Do mesmo modo no Japão, uma extensa área fortemente urbanizada estende –
se de Tóquio a Cobe e onde se englobam as grandes cidades de Yokohama,
Nagoia, Osaka e Kioto, além de outras.
Um outro fenómeno urbano é a tendência actual para o gigantismo, isto é,
o crescimento desmesurado de algumas cidades do mundo. Com efeito, um
número muito grande de cidades aumenta sem cessar: 16 cidades
ultrapassavam 1 milhão de habitantes no princípio do século, mas hoje são 180.

As aglomerações gigantescas são cada vez mais numerosas e certas cidades registam
ritmos de crescimento espectaculares. É o caso da cidade do cairo com 5 milhões de
habitantes em 1970, 10 milhões em 1980 e 12 milhões em 1984 e que deve esta
explosão a uma natalidade muito forte e `a chegada contínua de populações jovens.
Actualmente, são as cidades da América Latina aquelas onde se observam os
ritmos mais acelerados.

8. Problemas da organização do espaço urbano

Segundo Jofrice (S/d)O urbanismo em expansão levanta nos núcleos centrais das
cidades problemas relacionados com o congestionamento que são cada vez maiores à
medida que crescem as áreas exteriores de residentes, em virtude da consequente falta
de acessos e de transportes. (p. 24)

A dimensão da cidade deve ser resolvida em termos de acesso: a circulação deve


ter em conta os caracteres dos vários meios de transportes e as necessidades das
outras funções, na sua ordem de importância. O automóvel tem sido a alavanca de
expansão e tornou – se no elemento mais perturbador e incómodo da vida urbana.
(p. 24)

A cidade moderna submeteu – se à tirania do trafego, com demasiada frequência


enquanto para alguns o trafego esta acima de tudo e tudo se deve submeter `a solução
dos problemas de trânsito, outros não pensam assim – o importante não é o
trafego, o importante e a maneira como as pessoas vivem. A cidade é: habitar,
trabalhar, cultivar o corpo e o espírito, circular. (p. 24)

16
A localização das indústrias pesadas é outro grande problema da organização do
espaço das grandes metrópoles. Foi este motivo que desencadeou a primeira
regulamentação da utilização do solo urbano. Porem o grande desenvolvimento
das fontes de energia e dos meios de transporte desencadeou a invasão da cidade pela
indústria. Esta, invadiu a cidade de modo caótico e lamentável de tal maneira que
gerou o alarme dos urbanistas e dos governantes; provocou uma acumulação grande de
tráfego pesado, de ruídos, maus cheiros, fumos, emanações, enfim uma poluição
que viciou a atmosfera e pós problemas graves para a saúde pública. A cidade
ainda não resolveu de maneira organizada os problemas que a indústria levanta.
Os interessados apresentam algumas soluções desde aquelas que consideram
necessárias, o tal isolamento dos complexos industriais como se tratasse de
verdadeiros “ghettos”, ate às que consideram que as áreas industriais devem ser
colocadas na vizinhança das habitações operárias. Está provado que a grande
cidade é mais conveniente para a pequena indústria que para os grandes
complexos. A descentralização das industriais sobretudo das pesadas é qualquer
coisa a que toda a planificação de tipo económico devera subordinar – se no
futuro. (p. 25)

O urbanismo em expansão levanta nos núcleos centrais das cidades problemas


relacionados com o congestionamento que são cada vez maiores à medida que crescem
as áreas exteriores de residentes, em virtude da consequente falta de acessos e de
transportes. (p. 25)

9. As cidades africanas.

No continente africano consideram-se dois tipos de cidades, tendo em conta seguintes


factores:

Localização;
Idade da sua implantação;
Características dos povos que as habitam.

9.1. A cidade Muçulmana/Árabe

Para Jofrice (S/d), na África do norte, também conhecida por África branca, encontrasse
um tipo de cidade uito antiga, de planta irregular, provavelmente fundada pelos

17
romanos, fenícios ou gregos, e que na sua maioria funcionou como cidade portuária de
antigas feitorias. Incluem-se neste tipo de cidades Rabat, Fez, Riade, Casablanca,
Argel, Tunes e muitas outras.

9.2. Cidade Antiga

É a “medina”, que data de muito antes do período colonial. A maioria vem da


Idade Média e sua arquitectura original é típica da civilização árabe. A cidade rodeada
de muralhas foi edificada com intenções de defesa, pelo que é no seu interior que a
cidade se localiza. As casas são de forma cúbicas, sem telhado, com terraço e pátio
interior, caiadas de branco e muito juntas umas às outras a fim de fazerem sombra (pois
a insolação é elevada). As ruas são muito estreitas e tortuosas, cheias de mercados, que
terminam num beco sem saída ou em pátios interiores, sempre apinhados de gente
ruidosa que exibe os seus produtos para vender. (Jofrice, S/d)

10. A cidade da África Negra

Ainda para Jofrice, (S/d)A sul do Sahara estende-se toda a África Negra, onde não há
uma tradição urbana. Aqui encontramos cidades do período colonial, localizadas ao
longo da costa e servindo de porto marítimo para a exportação de produtos coloniais.
Mais tarde surgiram cidades no interior servido por uma via-férrea de penetração e
ligadas a exploração de riquezas mineiras, ou simplesmente cidades com função
administrativa. Mas a cidade característica da África negra é a cidade litoral
portuária. (p. 19)

Em África, as antigas cidades coloniais estão em transformação, mitos edifícios


estão a ser demolidos e no seu lugar surgem novas construções mais funcionais. A
renovação iniciou -se junto ao porto, onde já surgem edifícios mito importantes, que
dão lugar a uma nova zona, a cidade moderna. (Jofrice, S/d) . (p. 20)

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Conclusão

Ao terminar a atora do trabalho em alusão conclui, há uma grande dificuldade em


uniformizar critérios para a definição universal de cidade. Sendo assim, é
preferível aceitar a definição local e seguir os critérios adoptados individualmente.
Em suma, cidade é uma aglomeração importante, organizada pela vida colectiva e onde
que certa percentagem da população não vive de agricultura.

As cidades apresentam as seguintes características: as cidades constituem importantes


aglomerados populacionais; Maiorias dos seus habitantes dedicam-se às actividades
do sector secundário e terciário; Dado a não produção de todos alimentos, o comércio
torna-se necessário e intenso nas cidades, etc.

A actual localização dos centros urbanos é justificada por determinados factores


como vias de comunicação, comércio, turismo, defesa, cultural e religioso. A cidade
é a consequência da especialização de actividades do meio rural. E cada época
histórica vai corresponder sempre uma geração de cidades que vai dominar o espaço
rural vizinho. As cidades na Idade Média desenvolveram-se, regra geral, em volta das
grandes muralhas. Os edifícios eram construídos sob padrões do estilo gótico,
resultado da grande influência da igreja católica na época.

Em África, as antigas cidades coloniais estão em transformação, mitos edifícios


estão a ser demolidos e no seu lugar surgem novas construções mais funcionais. A
renovação iniciou -se junto ao porto, onde já surgem edifícios mito importantes, que
dão lugar a uma nova zona, a cidade moderna.

19
Referencias bibliográficas

Goitia, F.C. Breve história do hurbanismo, Lisboa, Editorial Presença, 1992.

Jofrice, C. C. (s/d), Geografia do Urbanismo G0154, Manual de Curso de licenciatura


em Ensino de GEOGRAFIA – 4º ano, Beira-Moçambique.

Leite, I. Geografia. Geral, Lisboa, Edições ASA, 1989.

Nakata, H. e Coelho, M. A., Geografia geral, S. Paulo, Editora Moderna, 1978.

Vesentini, J. W. Sociedade & Espaço. São Paulo: Editora Afiliada. 2008.

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