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Atividade Avaliativa

Aluno: Pablo Corrêa de Lemos;


Curso: Curso de Extensão;
Disciplina: Arquitetura das Instalações Elétricas Residenciais.

Instalações Elétricas Residenciais: Qualidade e Segurança.


1. Caro avaliador, vou descrever sobre os conteúdos abordados na disciplina de Arquitetura das
Instalações Elétricas Residenciais, dispostos em 2 formatos: Teórico, com referência nas
bibliografias indicadas no ambiente virtual da faculdade UniBF, e Práticos, conforme vídeo
aulas transmitidas por especialistas no assunto, utilizando o youtube, de acordo com os links
de indicação de vídeo aula presentes no ambiente virtual da faculdade UniBF.
2. As Instalações Elétricas, em seu amplo e abrangente leque de aplicações, têm como principal
objetivo transportar a energia elétrica das mais variadas fontes geradoras até seus
consumidores. Como irei descrever sobre Instalações Elétricas Residenciais, é possível
descartar inúmeras variáveis de utilização e focar apenas nos consumidores residências, de
baixa tensão (BT) e suas características normativas, construtivas, de qualidade e segurança.
3. Antes de iniciar qualquer projeto, nós profissionais devemos avaliar se existe alguma
regulamentação, normativa ou âmbitos legais que necessitam ser seguidos e aplicados ao
projeto alvo, em nosso caso instalações elétricas residências é regida pela NBR5410,
NBR5419 e para simbologia dos projetos unifilares a NBR5444.
4. Antes de iniciar o projeto da instalação elétrica de uma residência, precisamos ter em mãos o
projeto arquitetônico (planta baixa) da residência além das características elétricas da região,
adequando e seguindo o padrão apresentado nos modelos e regulamentos das
concessionárias de energia de cada estado/cidade, por exemplo o RIC (Regulamento de
Instalações Consumidoras).
5. A planta baixa do projeto arquitetônico da residência irá nos possibilitar iniciar o projeto elétrico
de acordo com as diretrizes recomendadas pela NBR5410, visto que as dimensões da
residência e seus cômodos possuem influência direta no projeto de iluminação, tomadas,
tomadas especiais, distribuição de cargas, critério de definição dos condutores e seus circuitos
de proteção, assim como no traçado dos mesmos. de cada estado/cidade, por exemplo o RIC
(Regulamento de Instalações Consumidoras).
6. A norma NBR5410, no âmbito de segurança, diz que todo circuito elétrico deve possuir um
meio de seccionar o mesmo, ou em outras palavras abrir o circuito para eventuais
manutenções e verificações. Para este requisito utilizamos os disjuntores, que podem ser
disjuntores termo magnéticos (DTM) ou ainda os disjuntores diferenciais residuais (DDR), que
já possibilitam tanto seccionar os circuitos quanto proteger contra sobrecarga, curto circuitos e
choques elétricos acidentais, salvando vidas.
7. Para desenvolvermos um projeto elétrico residencial, precisamos seguir algumas premissas:
a. A caixa de distribuição (CD) deve estar no ponto que melhor distribua os circuitos,
geralmente centralizada no interior da residência;
b. Não podemos passar mais de 3 circuitos em um mesmo eletroduto;
c. Todo circuito precisa ter um elemento que possibilite sua abertura para eventuais
manutenções e verificações de forma segura;
d. Tomadas de uso específico TUE’s devem possuir um circuito dedicado, sem emendas e
bifurcações para outros pontos;
e. O circuito de iluminação pode ser misto com os de tomadas, mas precisa respeitar as
regras desta exceção, como um cabo mínimo de 2,5mm;
f. Tomadas de uso em locais especiais/úmidos devem iniciar com 600VA e precisam ser
localizadas há 1,3m do piso;
g. Os eletrodutos de áreas de banho e úmidas devem ser aterrados junto ao sistema de
aterramento da residência;
h. Todos os elementos metálicos da residência, como ferragem, perfilados de metal e
demais elementos condutores, devem estar aterrados e equipotencializados ao circuito de
proteção da residência;
i. Banheiros possuem divisões internas para inclusão de pontos de tomada e interruptores,
não podendo ser incluído pontos de tomada na área de banho e bacia sanitária, apenas
na entrada da porta do banheiro sobre a pia;
j. Ter ciência do modelo de fornecimento de energia, tensão de fase e tensão de linha,
127/220V, 220/380V, monofásico, bifásico ou trifásico.
8. Os circuitos de Iluminação e tomadas geralmente são os circuitos que mais possuem pontos
em uma residência, a norma NBR5410 nos fala que para circuitos de iluminação devemos
sempre centralizar as caixas de passagem ou semelhantes no local que mais proporcione a
homogeneização luminosa do ambiente, além ter que prever no mínimo uma demanda de
100VA por ponto. A norma NBR5410, sempre fala no mínimo necessário, fica em aberto e a
critério do projetista a inclusão de demandas maiores em pontos, porém sempre devem entrar
nos critérios de escolha dos condutores e seus respectivos elementos do circuito o valor
escolhido e multiplicado pelos fatores de demanda, de acordo com as tabelas da NBR5410,
sendo também possível incluir tomadas no mesmo circuito, porém neste caso a secção
mínima do condutor passa de 1,5mm para 2.5mm.
9. Regras para iluminação: “ em cômodos com área igual ou inferior a 6 m² deve ser prevista
uma carga mínima de 100 VA e com área superior a 6 m² deve ser prevista uma carga mínima
de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros”
10.Em áreas úmidas é obrigatório o uso de sistemas de proteção dos circuitos do tipo diferencial
residual (DR), onde geralmente para uso doméstico utilizamos os modelos DDR, com corrente
máxima de dispara de 30mA, visto que esta corrente é segura e evita maiores complicações
aos seres humanos quando submetidos aos choques elétricos.
11.Para se definir quantas tomadas devem ser projetas por ambiente e seus modelos, devemos
avaliar o perímetro e área do mesmo, onde a norma exige, por exemplo: “em banheiros deve
ser previsto pelo menos um ponto de tomada próximo ao lavatório em cozinhas, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos deve ser previsto no mínimo um
ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro. Também possuí regras especificas
para tomadas em cozinhas, além de 3 modelos de acordo com a distância do piso, tomadas de
30cm, 1,3m e 2.2m.
12.Tomadas de uso específico, são geralmente utilizadas para cargas superiores há 10A, como
chuveiros elétricos, fornos elétricos, micro-ondas e equipamentos que consomem uma
potencia elevada em relação aos modelos TUE, ambas tomadas devem possuir 3 pontos de
conexão, sendo eles fase, neutro e terra, ou ainda fase, fase e terra (FNT, FFT), dependendo
do tipo de arranjo elétrico de sua região.
13. Os critérios aplicados na escolha dos condutores elétricos e seus elementos de proteção
estão definidos como:
a. critério da capacidade de corrente que verifica o limite de temperatura dos cabos em
função da corrente;
b. limite de queda de tensão, máximo 3% do CD até o ponto mais distante do circuito e 5%
do medidor de energia até o ponto mais distante do circuito;
c. escolha da proteção contra correntes de sobrecarga e aplicação dos critérios de
coordenação entre condutores e proteção, disjuntores em relação ao Ib (corrente de
projeto), In (corrente do dispositivo de proteção), Iz (corrente máxima do condutor);
d. escolha da proteção contra correntes de curto-circuito e aplicação dos critérios de
coordenação entre condutores e proteção;
e. verificação da bitola mínima estipulada para os circuitos, iluminação 1,5mm, tomadas em
geral e especificas 2.5mm;

14.Os eletrodutos, são os elementos que concentram e direcionam os circuitos para seus
específicos pontos, eles podem ser de vários materiais e formas, assim como instalados em
vários arranjos. A NBR5410 determina fatores de correção para o cálculo de capacidade de
corrente de um circuito baseado também no tipo de instalação do seu eletroduto, ver tabela de
fatores e capacidade máxima de corrente conforme arranjo e instalação, visto que quanto mais
difícil for a troca de calor dentro do mesmo, maior será a resistência dos condutores, gerando
aquecimento e possibilitando problemas e até incidentes. Os eletrodutos devem possibilitar a
passagem de todos os circuitos projetado para seu caminho e garantir que terá no mínimo
30% de espaço interno livre, assim garantindo uma melhor troca de calor e facilitando
eventuais manutenções.
15.Basicamente após desenvolver os cálculos para os critérios de escolha dos condutores e seus
elementos de proteção, caso os cálculos falhem em algum critério, o padrão de resolução é
aumentar a secção do condutor, visto que os circuitos de proteção e todos os critérios
abordados para garantir as normativas, servem para evitar que o condutor não aqueça e gera
incidentes, então basicamente sempre devemos proteger os condutores e não os
equipamentos que estão em suas “pontas”, como é muito comum se ouvir por ai.
16.O sistema de aterramento serve para proteger contra choques acidentais, diretos e indiretos,
assim como garantir o escoamento de eventuais fugas de corrente elétrica oriundas de raios e
descargas induzidas ou conduzidas. Ele sempre deve estar equipotencializado com todos os
pontos PE da residência e com a entrada da residência, que possui uma haste de aterramento
de acordo com as especificações da concessionária. Não é aconselhável realizar a proteção
contra choques elétricos utilizando o neutro, mas a norma prevê um sistema chamado PEN,
onde o neutro está ligado ao circuito de proteção.
17.Ao traçar o circuito unifilar no projeto elétrico, devemos entender a simbologia aplicada na
NBR5444, assim conseguimos desenvolver um projeto que qualquer eletricista possa ler e
entender, aplicando o mesmo de forma correta. Por exemplo, cada circuito deve ter seu
número descrito sobre seu elementos, um traço cortando a linha de um eletroduto, indica que
uma fase deve passar por aquele caminho, porém esta fase deve ser identificada com um
número sobre ela, que irá definir de qual circuito ela faz parte, assim como o condutor neutro
que é um L “virado”, o terra que é um T e os circuitos de retorno que são linhas sobre os
circuitos. Cada retorno também deve ser evidenciado e representado por letras, como por
exemplo, “a’ vai no desenho de um interruptor simples que também vai no traço que
acompanha seu caminho e no ponto de iluminação dele.
18.A qualidade e segurança no processo de execução da instalação elétrica residencial projetada
está diretamente ligada ao profissional e seu conhecimento técnico. Vou descrever alguns
cuidados básicos que o profissional deve seguir para garantir a qualidade e segurança no
processo de instalação dos condutores, elementos de proteção e aterramento:
a. Os condutores devem seguir o padrão de cores estipulado pela NBR5410, para
as fases vermelho, branco e preto, para o neutro deve ser azul e circuito de
proteção verde ou verde/amarelo, é comum utilizar também cabos da cor amarela
para os retornos de interruptores;
b. Analisar o circuito unifilar e traçar um plano de ação;
c. Ao iniciar o processo de passagem dos condutores dos circuitos, sempre buscar
ir até o ponto mais distante com o cabo sem emendas e apenas realizar as
emendas para os pontos que derivam deste principal;
d. Quando realizar emendas do tipo T, geralmente utilizadas para bifurcar um ramal,
apenas decapar a capa do condutor principal, sem cortar o conduto,
posteriormente dividir em dois conjuntos maiores de capilares o cabo que será
inserido ao condutor principal, onde um lado de um dos conjuntos de capilares
deve ser “enrolado” sobre o espaço cru do condutor principal e o outro conjunto
de capilar “enrolado” para o outro lado. Ainda para emendas deste tipo, se orienta
fazer uma pressão com um alicate universal e após aplicar solda estanho, além
de fita de alta fusão com acabamento de fita isolando no final;
e. Emendas terminais devem ser feito no formado “rabo de rato”, torcendo todos os
condutores juntos, geralmente utilizado no circuito neutro;
f. A ligação dos interruptores e tomadas, deve ser feita com uma pouco de sobra de
cabos junto as caixas 4x2, pois facilita o processo de instalação;
g. Para circuitos de chuveiros utilizar conectores cerâmicos;
h. Nunca aplicar estanho nos terminais dos cabos para “facilitar” o processo de
conexão com os terminais de tomadas, disjuntores, interruptores e similares, pois
isso fragiliza o condutor além de gerar uma menor área de conexão nos
terminais;
i. Sempre deixar um espaço para no mínimo mais 3 disjuntores no painel de
disjuntores, pois é uma exigência de norma e garante a ampliação segura de
novas demandas energéticas;
j. Toda e qualquer emenda deve ser isolada e protegida com fita isolante;
k. O circuito de aterramento deve ser separado do circuito neutro na caixa de
distribuição, onde cada um deles deve possuir seu próprio barramento, onde
apenas o PE deve ter ligação elétrica com a caixa e elementos metálicos dela;
l. Para circuitos de iluminação, sempre devemos fixar o neutro no ponto de
iluminação e levar a fase ao interruptor;
m. O eletricista deve seguir à risca os modelos especificados pelo projetista, pois
existem vários modelos de disjuntores, cabos e materiais, que muitas vezes são
mais baratos, mas não devem ser utilizados.
19. Os disjuntores e cabos devem seguir o modelo utilizado no projeto, pois dependendo do
material pode influenciar diretamente na segurança da instalação. Vamos avaliar alguns
critérios importantes:
a. Curva de desarme dos disjuntores, B, C e D – Se escolhido errado pode
desarmar com corrente de disparo de motores elétricos, ou pior, não desarmar
com curto circuito de baixo tempo de duração;
b. Capa de proteção dos cabos/fios, PVC, Silicone, EPR, XLPE, etc. – Se escolhido
errado pode gerar aquecimento e incidentes, ou um custo elevado para a
aplicação;
c. Corrente de desarme do DR, 30mA ou 300mA – Se escolhido errado pode não
desarmar quando uma pessoa está levando um choque, ou ainda se utilizar um
de 30mA em circuitos com motores, por exemplo, pode ser que desarme sempre
por causa das correntes de fuga do motor;
d. Modelo de cabos, indoor ou outdoor – Se escolher errado pode danificar com o
tempo, ou onerar o bolso do cliente.

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