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Atividade Avaliativa

Aluno: Pablo Corrêa de Lemos;


Curso de Pós Graduação: Engenharia Elétrica com Ênfase em Sistema de Automação;
Disciplina: Fundamentos na Engenharia Elétrica.

Fundamentos na Engenharia Elétrica.


1. Caro avaliador, irei descrever sobre os conteúdos abordados na disciplina de Fundamentos na
Engenharia Elétrica, dispostos em 2 formatos: Teórico, com referência nas bibliografias
indicadas no ambiente virtual da faculdade UniBF, e Práticos, conforme vídeo aulas
transmitidas por especialistas no assunto, utilizando o youtube, de acordo com os links de
indicação de vídeo aula presentes no ambiente virtual da faculdade UniBF.
2. A Engenharia Elétrica possui um amplo e abrangente leque de aplicações, têm como principal
objetivo canalizar inúmeros estudos científicos, físicos e práticos, buscando explicar os
fenômenos que ocorrem quando os elétrons, partículas negativas presentes nos átomos,
entram em movimento em condutores elétricos, sejam gerados por energia química, por
indução eletromagnética ou fotovoltaica.
3. A eletricidade e seus fenômenos são os principais assuntos abordados em engenharia elétrica,
mas não podemos deixar de expressar que estes assuntos fazem parte de uma fração do
conhecimento necessário para gerir e conduzir estudos sobre o mesmo, visto que é necessário
equacionar, descrever, analisar, modelar e pesquisar quando se desenvolve qualquer trabalho,
estudo ou pesquisa sobre o assunto. Podemos destacar algumas das atividades e
conhecimentos necessários para evoluir neste assunto e ter sucesso em sua aplicação:
a. Cálculo avançado;
b. Fenômenos físicos e seus correlatos;
c. Computação e programação lógica;
d. Transformação de energia mecânica em elétrica;
e. Eletromagnetismo;
f. Probabilidade e estatística;
g. Circuitos Elétricos;
h. Análise e interpretação de normas técnicas;
i. Ética, cidadania e políticas do setor elétrico.
4. É muito importante e fundamental se conhecer as grandezas e denominações utilizadas sobre
qualquer assunto que venhamos a tratar, pois esta é a linguagem padronizada e que auxilia no
entendimento sobre o assunto e suas particularidades, então quando falarmos de engenharia
elétrica, basicamente teremos as seguintes grandezas em nossos discursos:
a. Corrente elétrica, representada pela letra I nas equações e denominada em Amperes (A);
b. Tensão elétrica, representada pela letra U nas equações e denominada em Volts (V);
podemos passar mais de 3 circuitos em um mesmo eletroduto;
c. Potência elétrica, representada pela letra P nas equações e denominada em Watts (W);
d. Resistencia elétrica, representada pela letra R nas equações e denomina em Ohm (Ω);
e. Frequência elétrica, representada pela letra f nas equações e denominada em Hertz (Z).
Existem outras grandezas, mas iremos nos deter nas descritas acima, visto que são as
principais aplicadas no estudo da eletricidade e estão presentes nas duas leis de Ohm.
5. Todo o profissional que venha a trabalhar com engenharia elétrica deve ter familiaridade com
as mais variadas equações e numerais, sejam eles reais e imaginários, em N dimensões. Por
isso é fundamental se conhecer as unidades do sistema internacional assim como seus
prefixos, auxiliando no entendimento e facilitando o método de expressão dos valores
numéricos.
6. A eletricidade é o principal fenômeno estudado em engenharia elétrica, onde este fenômeno é
utilizado nas mais variadas aplicações, desde um simples ligar de lâmpada até a complexa
tarefa de transmitir sinais do espaço até suas bases de recepção aqui na terra.
7. A grande maioria das pessoas nem sequer imagina como a eletricidade chega em suas casas,
apenas utiliza para facilitar suas atividades diárias, mas por trás de um ligar de lâmpada existe
uma cadeia estruturada e muito complexa por trás, que garante a geração, transmissão e
entrega nos pontos consumidores.
8. Tudo começa na geração da eletricidade, que pode ser por meio de indução eletromagnética,
química ou fotovoltaica, onde o principal objetivo é colocar em movimento os elétrons livres
presentes nos elementos condutores, assim possibilitando o transporte destes elétrons nos
mais variados meios, sejam em corrente contínua ou corrente alternada.
9. No Brasil possuímos uma das maiores hidroelétricas do mundo, a Itaipu, que transforma a
energia mecânica em energia elétrica quando a queda d’agua movimenta seus geradores,
neste caso geração de energia elétrica através de indução eletromagnética, onde a corrente
gerada é alternada em 60Hz, fator este padronizado para todo o Brasil e controlado pelos
injetores de agua presentes junto aos geradores, que mantem uma velocidade constante.
10.Após a geração de energia, inicia o processo de transmissão desta energia para os mais
distintos locais e consumidores, porém para que consigamos ter efetividade nesta transmissão
é necessário passar por diversas estações que elevam e outras que rebaixam a tensão
transmitida, este sistema de elevação e rebaixamento de tensão é necessário para tornar
possível a transmissão de energia elétrica para longas distancias, visto que quando
aumentamos a tensão em uma linha de transmissão podemos diminuir a secção dos
condutores e evitar perdas significativas por efeito joule e queda de tensão, que poderiam
gerar danos aos sistemas padronizados de fornecimento. Em resumo, quando se ganha em
tensão se perde em corrente, porém quando esta tensão alta chega em uma estação
rebaixadora de tensão, iremos perder em tensão mas ganhar em corrente, conseguindo
garantir a potência gerada lá no gerador em nossos pontos terminais, isto só é possível por
causa que a potência elétrica é uma relação entre corrente elétrica e tensão elétrica, então
independente de perdermos em corrente elétrica quando elevamos a tensão, teremos a
mesma relação quando diminuirmos a tensão visto que a corrente elétrica irá aumentar.
11.Mas nem tudo é perfeito, em todos os nós, sistemas e conexões dos meios de transmissão
possuímos perdas e estas ocorrem:
a. Pelo efeito da resistência dos condutores com relação ao comprimento, material e
secção, geralmente perdendo energia por efeito joule;
b. Sempre que a energia passa por transformadores, sejam elevadores ou rebaixadores, no
mínimo 10% de perda energética é criada, pois não existe transformadores ideais, que
mantém a relação de potência de entrada igual a potência de saída;
c. Nas emendas dos condutores de transmissão também geram perdas por efeito joule;
d. Por fuga de corrente elétrica.
12.O sistema de geração de energia elétrica na forma de corrente elétrica alternada tem uma
vantagem enorme sobre a transmissão de energia elétrica em forma de corrente elétrica
continua, quando se trata de longas distâncias de transmissão e potências elevadas. A
corrente elétrica alternada gerada pelos modelos mais comuns de geradores, sistema triangulo
ou estrela, são responsáveis pelo padrão mais conhecido por todos nós, distribuídos em 3
fases (R,S,T) quando em triangulo e (R,S,T,N) quando em estrela, estes modelos permitem
um sistema de transmissão senoidal de corrente elétrica, gerado pelo arranjo interno do
transformador, que possui 3 bobinas defasadas 120˚ entre elas mecanicamente. Então, se
fossemos transmitir 3 fases de forma contínua, precisaríamos ter uma fase e seu respectivo
retorno, neste caso o polo positivo (+) e seu negativo (-), perfazendo 6 condutores de
transmissão para garantir 3 fases, já com o sistema trifásico de corrente alternada precisamos
apenas de 3 condutores, visto que a distribuição em frequência e a defasagem entre as fazes
faz com que não seja preciso existir um condutor de referência entre elas, pois uma é sempre
referência da outra. Por este motivo, 99% das transmissões de energia elétrica no mundo são
feitas em corrente alternada, nas mais variadas tensões, divididas em:
a. Baixa tensão (BT) – Tensões menores que 1kV;
b. Média tensão (MT) – Tensões maiores que 1kV até 69kV;
c. Alta tensão (AT) – Tensões maiores que 69kV até 230kV;
d. Extra alta tensão (EAT) -Tensões maiores que 230kV até 750kV;
e. Ultra alta tensão (UAT) – Tensões acima de 750kV.
13.Após a energia elétrica passar por todos seus elementos de transmissão ela precisa ser
distribuída nas cidades, visto que seu consumo está concentrado nestes polos. Nas cidades
geralmente possuímos as linhas de transmissão aéreas, através de postes de transporte, que
em sua grande maioria possui uma transmissão de média tensão na parte mais alta do mesmo
e uma linha de distribuição em baixa tensão mais abaixo. A linha de transmissão de média
tensão vai distribuir a energia para os bairros e locais mais distantes, onde para cada rua ou
empreendimento, esta energia será transformada em baixa tensão, passando por um
transformador rebaixador. Algumas indústrias e grandes empreendimentos possuem sua
própria subestação rebaixadora, assim a energia que é fornecida para esta subestação é de
média tensão.
14.Os consumidores finais podem optar em receber 3 modelos diferentes de fornecimento de
energia elétrica, são eles:
a. Ligação monofásica - Fase + Neutro;
b. Ligação bifásica – Fase + Fase + Neutro;
c. Ligação trifásica – Fase + Fase + Fase + Neutro.
Todos os arranjos acima, devem possuir sistemas de proteção contra choques elétricos e
descargas eletrostáticas, geralmente equipotencializados ao aterramento do poste externo
juntamente com o circuito de proteção da residência.
15.Ao entrar em nossa residência a energia elétrica passa por um medidor de energia elétrica,
que tem a finalidade de mensurar o consumo energético do cliente final, que é medido em
kWh. Antes de chegar ao seu destino, a energia elétrica precisa ser distribuída em circuitos e
estes circuitos devem ser protegidos por elementos de proteção, disjuntores, fusíveis, DPS,
IDR e afins, para garantir a qualidade e proteção dos circuitos e seus equipamentos.
16.Hoje em dia possuímos uma demanda energética muito maior que existia há 30 anos atrás,
pois quase tudo que nos facilita a vida e gera conforto tem sua fonte de alimentação por
energia elétrica. Porém com o aumento desta demanda deveria ter um avanço, na mesma
velocidade, dos meios de geração e transmissão, porém isso não ocorre, fazendo com que os
custos de energia fiquem cada vez mais autos, a qualidade da nossa energia cada dia mais
instável e a geração de reativos e harmônicos elevados e danosos ao sistema de geração
como um todo. Por esse motivo que atualmente os medidores de energia estão contabilizando
não apenas a energia ativa (aquela que gera trabalho efetivo), mas também a energia reativa,
fator de potência e harmônicos de rede, para poderem atuar nos consumidores que possuem
cargas geradores destes reativos, assim conseguindo agir de forma pontual nestes clientes
evitando que outros clientes sejam lesados por apagões, qualidade de energia ruim e seus
maléficos fenômenos.

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