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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A)

JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DO JURI DA COMARCA DE SÃ O PAULO


-SP
PROC. DE N° 0000000-00.0000.0.00.0000 - AÇÃ O
PENAL
RESPOSTA À ACUSAÇÃ O
Nome já devidamente qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe, vem,
com o devido respeito e superior acatamento, através de seu Advogado
(procuraçã o anexa), perante Vossa Excelência, apresentar, tempestivamente,
RESPOSTA À ACUSAÇÃ O , conforme artigos 396 e 396-A, ambos do Có digo de
Processo Penal, em conformidade com as alteraçõ es da Lei 11.719/08, pelos
motivos, fundamentos e fatos a seguir delineados.

I - SÍNTESE DOS FATOS


Segunda a Denú ncia da Doutora Promotora, no dia 08 de abril 2022, por volta das
23hs48, na Endereçobairro Jardim Clímax, nesta cidade Sã o Paulo, o denunciado
por motivo torpe e com emprego de arma de fogo, atirou em sua companheira
Maria Eleuzina Dos Santos De Andrade com os ferimentos veio a falecer.
Discorre também que a vítima eram casados cerca de 32 (trinta dois) anos, e que
Maria quis por fim no relacionamento, devido aos desentendimento constantes
entre eles.
E que Acusado nã o se conformar com decisã o da vítima na data dos fatos foi até a
residência onde ela morava com os filhos e ao perceber que o cadeado do porta da
entrada do imó vel havia sido trocado, impedindo sua entrada, iniciou uma
discussã o verbal com a vítima, que na sequencia o acusado sacou arma de fogo, a
vítima tentou fugir pela casa e se trancou no banheiro, neste momento o acusado
efetuo três disparos contra a vítima que causou ferimentos e veio a falecer
PRELIMINAR- DA FALTA DE JUSTA CAUSA
Insuficiência probató ria, nulidade nos moldes artigo, 564 CPP, no caso dos autos,
inexiste materialidade suficiente a sufragar eventual açã o penal, na medida de nã o
constar o laudo necroscopia da vítima, laudo de exame de corpo delito do
denunciado, e laudo pericial do local.
II - DO MÉ RITO
II. I - DA PRESENÇA MANIFESTA DA EXCLUDENTE DE TIPICIDADE - ABSOLVIÇÃ O
SUMÁ RIA, ART. 397, INCISO I, DO CPP
Conforme apurado nos autos nã o existem provas concretas, se realmente os tiros
disparado pelo acusado acertaram a vítima, ou mesmo se acertaram, nã o há
elementos que provam o evento morte neste sentido "
Denota-se que os elementos caracterizadores de excludente de tipicidade estã o
presentes, pois existiu o ato, porém nã o há provas cabais do evento morte.
Assim, com base nos fatos e alegaçõ es aduzidos acima, é o caso de reconhecer a
excludente da tipicidade do delito, isto é nã o é considerado nem mesmo existência
da conduta típica, assim deverá absolver sumariamente o réu com base no inciso I,
do art. 397 do CPP.

II. II - DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE HOMICÍDIO


QUALIFICADO PARA O CRIME DE HOMICIDIO SIMPLES -
PARAGRAFO 1° CODIGO PENAL.
Na hipó tese de nã o acatamento da tese supra, roga-se pela desclassificaçã o da
acusaçã o de homicídio qualificado para qualificaçã o de crime simples de morte,
tendo em vista que a intençã o precípua do acusado era de fazer, cessar as
provocaçõ es da vítima, em face do acusado, sendo que mesma dizia que tinha um
relacionamento extra conjugal com outra pessoa chamado Pedro, e dizia;
Que iria ver o mundo com os olhos do Pedro,
E curtir minha vida com seu dinheiro,
Você é um fraco nã o mata ninguém seu merda,
Eu só nã o fui embora com o Pedro, porque ele nã o me chamou, vocês homens sã o
covardes e nã o tem atitude.
Se ele tivesse me chamado eu tinha ido com roupa do corpo.
E pasme Excelência, imagine um homem ouvindo estas palavras da sua esposa,
estamos diante do crime privilegiado, o acusado desferiu os tiros, nem sabe se
acertou, impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sobre o
domínio e violenta emoçã o, logo apó s a injusta provocaçã o da vítima, perdendo o
controle por conta sua emoçã o estar forte, é o caso que ocorreu no caso em tela,
conforme preceitua o artigo 121, 1° paragrafo
Pena - reclusã o, de seis a vinte anos
Pará grafo 1° Se o agente cometer crime impelido por motivo de relevante valor
social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoçã o, logo em seguida a injusta
provocaçã o da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço
Das Provas
Além da oitiva testemunha abaixo, requer- se que os celulares da vítima e seu
amante sejam quebrado o sigilo e periciado para ouvir que seja ouvidas as
conversas destes desde novembro 2021 até abril 2022.
Cujo os nú meros sã o; (00)00000-0000 - S.Endereço.6039- Nome.
No caso em tela, há provas condizente da situaçã o ocorrida, do qual desde já
requer caso nã o entenda pela excludente de Tipicidade, é nítida que a conduta do
defendente se limitou a um eventual crime privilegiado sem qualquer intençã o de
tirar a vida do seu esposa mas de apenas fazer cessar as injustas provocaçõ es.
Desse modo, requer a desclassificaçã o do crime de homicídio qualificado para o
delito de homicídio simples.

III - DOS PEDIDOS


Ante o exposto, roga-se:
I - Roga-se pelo imediato reconhecimento da excludente Tipicidade do delito, com
a consequente absolviçã o sumá ria do senhor Nome, com fulcro no inciso I, do art.
397 do CPP;
II - De modo alternativo, requer a desclassificaçã o da acusaçã o de homicídio
qualificado para o crime de homicídio simples
III - Nã o sendo acatados quaisquer dos pedidos acima, roga- se pelo
prosseguimento da presente açã o penal, bem como a oitiva das testemunhas
abaixo elencadas, assim como a produçã o de todas as provas admitidas em Direito .
Nestes termos, pede e espera deferimento
SÃ O PAULO 23 DE MAIO 2022
Nome
00.000 OAB/UF
Rol testemunha; Nome
RG 00000-00
Endereço- Praça Eduardo Costa Manso,54
CEP 04177-380- Sã o Paulo - SP

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