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Exercício e Prescrição em Fisioterapia Cervicalgias - Grupo Raquel Ferreira
Exercício e Prescrição em Fisioterapia Cervicalgias - Grupo Raquel Ferreira
Licenciatura em Fisioterapia
3º Ano – 2022/2023
Cervicalgias
1. Introdução.............................................................................................................................. 3
2. Fundamentação Teórica .................................................................................................... 4
2.1. Anatomia .......................................................................................................................... 4
2.2. Patologia da Cervical ..................................................................................................... 5
2.3. Importância da Atividade Física ................................................................................... 6
2.4. Prescrição de Exercício ................................................................................................. 6
2.5. Importância do Fisioterapeuta na Prática de Atividade Física ................................ 7
3. Metodologia ........................................................................................................................... 7
4. Balanço Final ...................................................................................................................... 14
5. Conclusão ............................................................................................................................ 16
6. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 17
7. Apêndices ............................................................................................................................ 19
7.1. Apêndice 1 – Tabela de Passos e Chester Step Test – António Abraços .......... 19
7.2. Apêndice 2 – Tabela de Passos e Chester Step Test – Ana Carolina Bernardo 20
7.3. Apêndice 3 – Tabela de Passos e Chester Step Test – Diogo Camacho ........... 22
7.4. Apêndice 4 – Tabela de Passos e Chester Step Test – João Ávila ..................... 22
7.5. Apêndice 5 – Tabela de Passos e Chester Step Test – Luken Lapeyra ............. 24
7.6. Apêndice 6 – Tabela de Passos e Chester Step Test – Raquel Ferreira ............ 25
7.7. Apêndice 7 – Tabela de Passos e Chester Step Test – Rúben Bento ................. 26
8. Anexos .................................................................................................................................. 27
2
1. Introdução
Esta dor apresenta também um elevado impacto na vida social do indivíduo, bem
como na realização das suas atividades de vida diária (AVD), podendo diminuir a sua
funcionalidade e/ou independência de terceiros.2,3
3
2. Fundamentação Teórica
2.1. Anatomia
A cervicalgia é definida como dor ou desconforto na região cervical, entre C1 e
C7. Abaixo, encontra-se uma tabela da anatomia das estruturas musculares e
articulares relacionadas com a dor cervical.
4
2.2. Patologia da Cervical
As cervicalgias resultam de anomalias nos tecidos moles, como os músculos ou
ligamentos, e/ou nas estruturas ósseas da coluna cervical. As causas mais comuns são
lesões provocadas por traumatismo ou excesso de sobrecarga. Mais raramente, as
cervicalgias podem resultar de tumores, infeções ou anomalias congénitas e essas
possibilidades nunca devem ser ignoradas. A artrite reumatoide pode também
degenerar as vértebras cervicais e causar dor e rigidez no pescoço.4, 5
O facto de a cervical ser uma região tão flexível torna-a mais vulnerável a
traumatismos. Os desportos motorizados, a prática de saltos em piscina, os desportos
de contacto e as quedas podem resultar em lesão das vértebras cervicais. As colisões
de automóveis por trás que causam hiperextensão ou hiperflexão do pescoço para além
dos seus limites normais podem também conduzir a lesão dos músculos e ligamentos.
Em casos de maior gravidade, pode ocorrer fratura da coluna com lesão da medula.5
Estas causas constituem alguns “Red Flags” associados à dor cervical que têm
como consequência potenciais condições, a que estão associados sinais e sintomas
descritos na Tabela 1 abaixo.5
5
2.3. Importância da Atividade Física
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física é definida
como qualquer movimento produzido pelo músculo esquelético que requer um dispêndio
de energia. A recomendação global para a população geral pertencente à faixa etária
dos 18 aos 64 anos como o mínimo para a manutenção da saúde é de 150 a 300 minutos
de atividade aeróbia de intensidade moderada ou de 75 a 150 minutos de atividade
aeróbia de intensidade vigorosa ou ainda uma combinação equivalente de de atividade
de intensidades moderada e vigorosa ao longo da semana. Exercícios de força muscular
dos grandes grupos musculares devem também ser incluídos pelo menos 2 vezes por
semana.6
A atividade física tem sido sugerida como uma das formas de aumentar a
qualidade de vida do indivíduo e o seu bem-estar7, sobretudo para os adultos mais
velhos.8 Com o envelhecimento, existe uma diminuição da capacidade aeróbia, de
massa magra, massa óssea e de amplitudes articulares, o que torna estes indivíduos
com um maior risco para patologias.9
O exercício físico encontra-se dentro da atividade física, sendo que este define-
se como toda a atividade estruturada que tem como objetivo manter ou melhorar uma
ou mais componentes da aptidão física. Esta última é definida como “a habilidade de
realizar atividades ocupacionais, recreacionais e diárias sem chegar à fadiga”.10 Por
isso, a prática de atividade física regular torna-se importante para aumentar a aptidão
física e diminuir o impacto da perda de massa muscular, óssea e de amplitudes
articulares.
6
2.5. Importância do Fisioterapeuta na Prática de Atividade
Física
A Fisioterapia possui um papel importante na promoção da atividade física
relacionada com a saúde. O Fisioterapeuta trabalha todos os dias com exercício físico
e, por isso, deve conhecer e seguir a melhor evidência científica para a população com
que está a trabalhar, de modo a ajudar essa mesma população a atingir a máxima
funcionalidade e qualidade de vida. Como especialista do movimento, deve estar
capacitado acerca dos fatores de risco e das diversas patologias12 que podem
influenciar a prescrição do exercício, e ainda ser capaz de interpretar os dados da
avaliação do doente, no sentido de promover o bem-estar e a aptidão física do mesmo.
3. Metodologia
O planeamento da sessão foi realizado com recurso à evidência científica atual
através de motores de busca fidedignos como a PubMed, PEDro e Cochrane. No
decorrer da nossa pesquisa selecionámos diversos exercícios com o auxílio de
diferentes materiais, como bolas terapêuticas e de espuma, fitas elásticas e pesos, o
que tornou a nossa sessão variada e apelativa.
7
Tivemos 5 inscrições na sessão para prevenção de cervicalgias, no entanto
estiveram apenas presentes na nossa sessão três indivíduos do sexo feminino, com
idades de 19, 21 e 43 anos (que apresentava dor na cervical, ombros e coluna), que são
praticantes de atividade física regular. O primeiro indivíduo pratica Muay Thai três vezes
por semana durante 150 minutos; o segundo pratica voleibol e trabalho de ginásio duas
vezes por semana durante 150 minutos e o último pratica natação uma vez por semana
durante 60 minutos. Umas das participantes apresentou um historial clínico de
retificação da cervical.
Anteriorização e retracção
da cabeça Realizar anteriorização 2 a 3
segundos. Realizar retracção da
cabeça e manter 2 a 3 segundos
Duração: 30s
8
Flexão/extensão cervical Sentado ou de pé, realizar flexão
com abertura e fecho de da cervical ao aduzir
braços horizontalmente os ombros.
Realizar extensão da cervical ao
Duração: 30s abduzir horizontalmente os ombros
Circundução do ombro
Realizar circundução do ombro
para ambos os sentidos
Duração: 30s
Shoulder Roll
Sentado ou de pé, olhar em frente.
Levar os ombros para cima/baixo e
rodar até à posição inicial. Trocar
Duração: 20s em cada de direcção
sentido
9
Flexão/extensão da cervical Com a bola encostada à
isométrico parede, realizar contração
isométrica no sentido da
flexão. Repetir, mas no
Repetições: 3x 10s sentido da extensão.
10
Colocar a banda elástica em
volta da cabeça (fechada ao
Rotação da cervical
lado). A cabeça parte da
posição de rotação, em
direção à mão que sustenta
Repetições: 8 (cada lado)
a banda elástica. Rodar a
cabeça para o lado oposto.
11
Extensão e flexão da cabeça Extensão e flexão da cabeça
no plano no plano
Anteriorização e retracção da
Realizar anteriorização 2 a 3
cabeça
segundos. Realizar retracção
da cabeça e manter 2 a 3
segundos
Duração: 15s
Associar à respiração
Duração: 15s (x2)
(Repetir para o outro lado)
12
Duração: 15s (x2)
Alongamento do peitoral e
Dar as mãos atrás das
deltóide anterior
costas e tentar levar as
mãos o mais para trás
possível
Duração: 15s
13
4. Balanço Final
14
Na componente do retorno à calma, verificou-se na comunicação a falta de
explicação relacionada ao objetivo dos alongamentos para os músculos até então
recrutados.
15
5. Conclusão
16
6. Referências Bibliográficas
3. ICD-11 Coding Tool Mortality and Morbidity Statistics (MMS) [Internet]. 2023
[citado 23 de março de 2023]. Disponível em:
https://icd.who.int/ct11/icd11_mms/en/release
8. Marquez DX, Aguiñaga S, Vásquez PM, Conroy DE, Erickson KI, Hillman C, et
al. A systematic review of physical activity and quality of life and well-being. Translational
Behavioral Medicine. 2020 Oct;10(5):1098–109.
9. Groessl EJ, Kaplan RM, Rejeski WJ, Katula JA, Glynn NW, King AC, et al.
Physical Activity and Performance Impact Long-term Quality of Life in Older Adults at
17
Risk for Major Mobility Disability. American Journal of Preventive Medicine. 2019
Jan;56(1):141–6.
10. Heyward VH, Gibson AL. Advanced Fitness Assessment and Exercise
Prescription. Human Kinetics; 2018.
13. Andersen, L. L., Kjær, M., Søgaard, K., Hansen, L., Kryger, A. I., & Sjøgaard,
G. (2008). Effect of two contrasting types of physical exercise on chronic neck muscle
pain. Arthritis Care and Research, 59(1), 84–91. https://doi.org/10.1002/art.23256
14. Ma, C., Szeto, G. P., Yan, T., Wu, S., Lin, C., & Li, L. (2011). Comparing
biofeedback with active exercise and passive treatment for the management of work-
related neck and shoulder pain: A randomized controlled trial. Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation, 92(6), 849–858.
https://doi.org/10.1016/j.apmr.2010.12.037
17. Park DJ, Park SY. Long-term effects of diagonal active stretching versus static
stretching for cervical neuromuscular dysfunction, disability and pain: An 8 weeks follow-
up study. BMR. 5 de maio de 2019;32(3):403–10.1
18. Ylinen JJ. Stretching therapy: for sport and manual therapies. Edinburgh:
Churchill Livingstone, Elsevier; 2008. 286
18
7. Apêndices
Tabela de Passos
Segunda- Quarta-
Domingo Terça-Feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado
feira feira
5211 8526 12075 18677 8348 11523 12395
19
Foi realizado o Chester Step Test, num step de 20cm. Uma vez que tenho uma
idade superior a 40 anos e com pouca actividade física, o step indicado seria o
de 15cm, mas na ausência deste step, optou-se por fazer o teste no step de
20cm. De acordo com a tabela o resultado foi aproximadamente 42 mlO 2/kg/min,
que se enquadra numa condição física excelente, de acordo com a tabela de
fittness rating.
20
O Chester Step Test foi realizado com recurso a um step de 20 cm, uma vez que
me encontro na população com idade inferior a 40 anos e que pratica atividade física de
intensidade moderada a vigorosa, no caso natação, três vezes por semana, cerca de
uma hora, porém, não de forma constante e regular nos últimos tempos. O resultado do
teste foi 52,85 mlO2/kg/min, que corresponde à classificação “Excellent” das tabelas de
“Fitness Rating”. Este score, para a idade em que me encontrou é o melhor, pelo que
se recomenda a manutenção da atividade física atualmente praticada, com mais
consistência e regularidade de forma a manter ou aumentar os parâmetros.
21
7.3. Apêndice 3 – Tabela de Passos e Chester Step Test –
Diogo Camacho
Foi também realizado o Chester Step Test, com um step de 30cm de altura, uma
vez que me encontro abaixo dos 40 anos e que realizo atividade física regular de
intensidade moderada a vigorosa. O resultado deste teste foi de 50,3 mlO2/Kg/min, que
se encontra no patamar “Good” das tabelas de “Fitness Rating”.
22
A tabela de passos apresenta o número de passos realizados durante cada
dia da semana, ao longo de 1 semana. Dividindo o total de 70965 passos pelos 7 dias
da semana, conclui-se que a média de passos por dia foi 10138. Uma vez que este valor
está incluído entre os 10000 e 12500 passos, observando a tabela de referência
anexada, constata-se que a classificação atingida para o nível de atividade física foi
“Active”. É, no entanto, importante salientar que esta classificação corresponde ao nível
de atividade física alcançado somente nesta semana, e que isto não implica que a média
de passos por dia nas semanas seguintes mantenha esta consistência. Ademais,
embora a média de passos por dia seja 10138, verificaram-se dias de menor atividade,
como sexta-feira e sábado, em que foram realizados menos do que 7000 passos.
23
7.5. Apêndice 5 – Tabela de Passos e Chester Step Test –
Luken Lapeyra
TABELA DE PASSOS
Esta tabela mostra os passos dados em uma semana. Pode-se observar como
o número de passos dados oscila entre 9.000 e 11.000 passos por dia, chegando alguns
dias perto de 12.000 (terça-feira). O número médio de passos é de 8.968 por dia, o que
significa que ele estaria no nível "somewhat active". O ideal seria manter esse nível ou
mesmo aumentá-lo, para se tornar uma pessoa "ativa" (10.000 passos diários).
Neste caso, no Chester Step Test, com um step de 30 cm, consegui um score
de teste de 45 ml O2/Kg/min, o que significa que estaria no nível “Good” nas tabelas de
Fitness Score.
24
7.6. Apêndice 6 – Tabela de Passos e Chester Step Test –
Raquel Ferreira
Foi também realizado o Chester Step Test, com um step de 20cm de altura, uma
vez que me encontro abaixo dos 40 anos e com pouca atividade física regular. O
resultado deste teste foi de 38 mlO2/Kg/min, que se encontra no patamar “Average” das
tabelas de “Fitness Rating”. Com a melhoria da aptidão física, sobretudo com a
realização de atividade aeróbia de forma regular, seria expectável a subida de patamar
para o “Good”, que não se encontra distante do patamar atual.
25
7.7. Apêndice 7 – Tabela de Passos e Chester Step Test –
Rúben Bento
Foi também realizado o Chester Step Test, com um step de 30cm de altura, uma
vez que me encontro abaixo dos 40 anos e que realizo atividade física regular de
intensidade moderada a vigorosa. O resultado deste teste foi de 47,5 mlO2/Kg/min, que
se encontra no patamar “Good” das tabelas de “Fitness Rating”.
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8. Anexos
Tabela 5 15
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