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Resumo de direito civil I

Direito Civil
Universidade Estácio de Sá (Estácio)
7 pag.

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RESUMO DIREITO CIVIL

A PESSOA NATURAL
Art. 1° - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres, na ordem civil.

 Nome que o direito civil atribui ao ser humano, considerado enquanto sujeito de direito e obrigações.
Para ser pessoa natural basta existir e ser da espécie humana.
 O art.1° não trata da forma como a pessoa vai exercer seus direitos e deveres, mas sim da
possibilidade de adquirilos.
 Trata da capacidade de direito ou de gozo que toda pessoa tem.
 Capacidade plena: Capacidade de direito = Nascido com vida
+
Capacidade de fato = Completou a maior idade 18 anos.

Capacidade limitada: Capacidade de direito, mas não possui a Capacidade de fato.

A PERSONALIDADE JURÍDICA

Art. 2° - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a
concepção os direitos do nascituro

 Ao desempenho desse papel na sociedade, que permite á pessoa humana ser sujeito de direitos e
obrigações ou deveres, chamamos de personalidade civil ou jurídica.
 Tal aptidão poderá ser exercida a partir do seu nascimento com vida, e dura até a morte.
 O simples fato de nascer, constatado pela oxigenação de seus pulmões é o suficiente para lhe garantir
sua personalidade jurídica.
 Nome do exame: Docimasia hidrostática de galena.
 Ainda que não nascido, mas concebido, vivo e aguardado no ventre materno, o estado já lhe garante a
proteção de sua personalidade por se um nascituro, um ser humano concepto. Direito á vida: o
aborto e ilegal, Integridade física, Saúde: a criança tem direito ao pré-natal.
 Nascituro: O ser concebido, mas que ainda está na barriga da mãe.
 Natimorto: É o ser expelido sem vida do ventre materno.
 As teorias sobre o inicio da personalidade civil são três:
1. Natalista: A personalidade da pessoa civil se inicia após seu nascimento com vida. Enquanto está no
ventre materno ele não adquiri direitos e deveres.
2. Concepcionista: É possível o ser humano adquirir a personalidade civil ou jurídica desde a concepção,
ou seja, antes de nascer.
3. Personalidade condicionada/formal: A personalidade fica condicionada e ele só adquire seus
direitos que lhe foram reservados após seu nascimento com vida.
“O enunciado l da l jornada de direito civil do conselho da justiça federal: A proteção que o código
defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade , tais
como: Nome, imagem e sepultura.”

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INCAPACIDADE: AS RESTIÇOES DO DIREITO.

Art. 3° - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os


menores de dezesseis anos; II – os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a pratica desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória,
não puderam exprimir sua vontade.
 Incapacidade absoluta: um ato praticado pelo incapaz acarreta a sua nulidade, pois se trata da
sua proibição total. Por tanto para praticar os atos da vida civil ele deverá ser representado por
outra pessoa capaz.

Art. 4° São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de exercê-los.


I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
 Incapacidade relativa: a lei permite aos relativamente capazes que pratiquem os atos da vida
civil , desde que assistidos; se praticarem atos sozinhos, o ato será anulável.

CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE CIVIL

Art. 5°. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de
todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor de dezesseis anos completos tenha economia própria.

 A incapacidade civil cessa quando o menor completa 18 anos. A partir de quando exercerá a
capacidade plena.
EMANCIPAÇÃO

 Voluntária: Pelos pais como ato voluntário reconhecendo que os filhos adquiriram maturidade
suficiente para zelar por si próprio e seus bens, não necessitando mais da proteção do estado.
 Judicial: quando completados 16 anos, torna-se possível a emancipação da pessoa, desde que o tutor
em favor do tutelado. Também condiciona a escritura pública e registro para produzir efeitos
(CC, art.9°, II – a emancipação por autorga dos pais ou por sentença do juiz.
 Legal: casamento, exercício de emprego publico efetivo, colação de grau em curso de nível
superior, abertura de estabelecimento, desde que possua economia própria.

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EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA

Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém,
desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar
a data provável do falecimento. (sem decretação de ausência.)

 A morte real se dá com o óbito comprovado da pessoa natural e o critério jurídico de morte no
Brasil é a morte encefálica (lei 9.434/97).
 Acidentes de avião, não foram encontrados todos os corpos, mas há certeza da morte de todos.
 A regra geral é que se tenha um atestado de óbito (para isso e necessário o corpo), para a
certeza do evento de morte.
 Com a certidão de óbito pode fazer o sepultamento.
 Na falta do corpo, recorre-se aos meios indiretos de comprovação morte reais.
 Morte real: a luz do cadáver. Morte presumida: Não há cadáver. A lei vai dizer (art. 7°)
 Extingue a personalidade
 Abre sucessão
 Extingue o vinculo matrimonial
 Extingue as obrigações personalíssima.
 Por fim ao poder familiar, exceto a obrigação de alimentar. Que passa para outro familiar.
 Os efeitos da morte presumida são patrimoniais (protege o patrimônio do ausente).
 A ausência só pode ser reconhecida por meio de um processo judicial composto por três fases.
1. Curadoria do ausente: se deixar administrativo 3 anos. Não deixou o administrativo 1
ano.
2. Abertura da sucessão provisória: declaração de ausência, herdeiros são imitidos na
pose provisória dos bens mediante. (caução-garantia). Se o ausente retornar, ele
recebe todos os seus bens de volta.
3. Abertura da sucessão definitiva: declaração de morte presumida aos herdeiros
levanta as cauções prestadas imitidas na posse definitiva. Se ele voltar no curso de 10
anos após a sucessão definitiva, receberá seus bens no estado em que se encontra e o
sub-rogado em seu lugar.

COMORIÊNCIA

Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo


averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.
 É uma presunção legal de morte simultânea entre duas ou mais pessoas que se
sucedem entre si e não se podem precisar quem precedeu ao outro. (ou seja, quem
morreu primeiro)
 A conseqüência prática é que se os comorientes forem herdeiros uns dos outros,
não haverá transferência de bens e direitos entre eles; um não sucederá o outro.

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Art. 9o Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a
emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta
ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: I - das sentenças que decretarem à nulidade ou
anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II -
dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;

DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

 São direitos inerentes ao próprio ser humano.


 Liberdade, vida, honra, integridade física, nome, intimidade.
 É o direito que a pessoa de defender seus direitos de existência.
1. Direito a vida
2. Integridade física
3. Integridade moral
4. Dignidade
 Todo ser humano possui o direito da personalidade como razão da sua própria
existência e esse não se pode confundir com os direitos patrimoniais que a pessoa
pode ou não adquirir – propriedade de uma casa / direito de credito.
 Atributos dos direitos da personalidade:
1. Intransmissíveis: não pode ser transferido, nasce e se esgotam com a
pessoa. Ex: identidade/ direito à vida.
2. Irrenunciáveis: não se pode abrir mão desse direito. Ex: não posso
renunciar minha filiação por não gostar de meus pais.
3. Ilimitados: não existe um numero certo de direito. Ex: não da para contar.
4. Absolutos: Todas as pessoas não devem praticar qualquer ato que possa
prejudicar a integridade humana. Ex: pai não tem direito de tirar a vida do
filho.
5. Extrapatrimoniais: não estão inseridos na esfera patrimonial, não estão
sujeitos a valores ou referencia econômicas. Ex: não se pode valorar a
vida ou a honra de uma pessoa.
6. Impenhoráveis: não servem como garantia.
7. Indisponíveis: a pessoa não pode dispor da forma que bem entender. Ex:
não posso doar meu coração para meu filho, porque o meu direito a vida e
indisponível.
8. Imprescritíveis: pode ser exercido a qualquer tempo. Ex: mesmo que eu
tenha 50 anos posso ajuizar uma ação para reconhecer quem e meu pai.
9. Vitalício: já que acompanha a pessoa do seu nascimento ate a morte.
Alguns permanecem ate mesmo após a morte: Honra, imagem. Alguns
antes do nascimento: direito a vida.
10. Relativamente disponível: a pessoa pode autorizar o uso da sua imagem
em propaganda, de forma gratuita ou onerosa. ( mediante pagamento).

Honra objetiva: o que as pessoas falam de nós, pode sofrer dano jurídico.

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Honra subjetiva: tem a ver com o direito administrativo, a imagem que nos temos de nos
mesmo. Imagem que não pode ser violada.

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Em se tratando de
morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo
único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei
especial.

 Por exigência médica


 Transplante de órgão e tecido / lei 9.434/97
 A integridade física é indisponível e irrenunciável.
 Ela e tutela do estado. Não se pode dispor do próprio corpo como bem entender
 Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 4º A lei disporá sobre as condições
e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de
sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Não pode ser vendido.

DOAÇÃO DO CORPO

LEI 9.434/97 – TRANSPLANTE DE ORGÃ

Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e


partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou
consangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer
pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.

§ 3º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de


partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do
doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave
comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou
deformação inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente
indispensável à pessoa receptora.

 Capacidade: capaz ou incapaz mediante autorização judicial


 Gratuidade: não se pode cobrar
 Favorecida: Se a doação for feita por cônjuge ou parentes consangüíneos até 4° grau, na
autorização deverá ser concedida preferencialmente por testemunhas;
 Objeto: Só e permitida a doação de órgãos duplos.
 Revogabilidade: pode ser revogada pelo doador ou pelos seus responsáveis a qualquer
momento antes de sua concretização.

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DISPOSIÇÃO DO PROPRIO CORPO

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no
todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente
revogado a qualquer tempo.

 Fins científicos: universidade / laboratórios


 Altruísticos: Doação de órgão.
 Requisitos: Gratuidade: não pode ser cobrado. Beneficiário: Para fins científicos
Revogabilidade: disposição manifestada mediante testamento ou escritura publica.
 Por ato livre do doador ou pela vontade de seus familiares.
 “... da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou
colateral, até o segundo grau inclusive, firmado em documento subscrito por duas
testemunhas presentes à verificação da morte...” Principio do consenso presumido/
afirmativo.
 A alteração legislativa não confere ao falecido direito de disposição, mas sim aos seus
parentes.

DIREITO A RECUSA AO TRATAMENTO MÉDICO

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.

O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal,
aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou
sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes
critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b)
manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente
à própria pessoa do declarante.

 Principio da autonomia da vontade.


 O testamento vital e um bom instrumento para quem pretende expressar sua vontade quanto ao seu
tratamento médico.

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