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FICHA TÉCNICA

©2009 por Igreja Batista Central de Fortaleza

Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações, com indicação da fonte.

Todas as citações bíblicas são da NVI® – Nova Versão Internacional, salvo indicações contrárias
feitas no próprio texto.

Editor Geral: Armando Bispo


Editor Responsável: Mário Chaves
Coordenação Editorial: Jones Brandão
Revisão ortográfica: Ricardo Marques, Jamile Baltar, Janny Ramos, Denise Marçal, Maurício
Roberto e Bosco Monte.
Diagramação: Equipe Gráfica Expressão
Capa: Equipe Criativa – IBC

IGREJA BATISTA CENTRAL DE FORTALEZA


Rua Tibúrcio Frota, 1530 Dionísio Torres
CEP 60130301 Fortaleza, CE
Tel.: 0 xx 85 3444 3600
Fax: 0 xx 85 3444 3601
www.ibc.org.br
SUMÁRIO

Introdução

SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?


1º Dia – Porque somos MUITOS que formam UM corpo
2º Dia – Para que ALGUNS possam cuidar dos interesses de MUITOS
3º Dia – Para incluir MUITOS como se fossem UM único
4º Dia – Para que ALGUNS alcancem MUITOS com o amor de UM
5º Dia – Para que a ação de UM repercuta na vida de MUITOS
6º Dia – Para reconhecermos que só a UM cabe a glória
7º Dia – Porque cada UM depende de ALGUNS para ser frutífero

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


8º Dia – ...Se amarmos pelo menos ALGUNS como Jesus amou
9º Dia – ...Se ALGUNS amarem a MUITOS como Jesus amou
10º Dia – ...Se convencermos MUITOS de que UM morreu por TODOS
11º Dia – ...Se ALGUNS facilitarem a inclusão de MUITOS
12º Dia – ...Se UM hospedar ALGUNS que hospedarão a MUITOS
13º Dia – ...Se UM falar a língua de MUITOS para salvar ALGUNS
14º Dia – ...Se apenas UM tomar apenas UMA atitude digna de Cristo

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


15º Dia – O velho e o novo Adão que moram em cada UM de nós
16º Dia – Da parte de Deus, só UM sentimento: construir
17º Dia – Da parte da Igreja, só UM sentimento: construí-la
18º Dia – Os sentimentos que cada UM cultiva no coração
19º Dia – O pensamento que UM é o mais (menos) importante entre MUITOS
20º Dia – A segurança baseada em UM homem e em Deus
21º Dia – O sentimento do homem visando ALGUNS e o sentimento de Deus visando TODOS

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


22º Dia – Reconhecendo O valor que Deus tem dado ao outro
23º Dia – Apreciando O outro com quem Deus nos tem dado conviver
24º Dia – Orando, cada UM, incessantemente, por UM
25º Dia – Orando, cada UM, incessantemente, por ALGUNS
26º Dia – Orando, cada UM, incessantemente, por MUITOS
27º Dia – Falando A verdade com, pelo menos, UMA pessoa
28º Dia – Tendo comunhão profunda com, pelo menos, UMA pessoa

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


29º Dia – Crescemos na capacidade relacional com MUITOS
30º Dia – Aprendemos a ser confiáveis e a confiar em MUITOS
31º Dia – “Empatizamos” ALGUNS, pelo amor de UM por TODOS
32º Dia – Diminuímos o ritmo de ALGUNS para darmos atenção a UM
33º Dia – Aperfeiçoamos nossa habilidade de nos adaptarmos a ALGUNS
34º Dia – Aprendemos com UM a nos adaptarmos a TODOS
35º Dia – Temos TODOS, UM só coração, UM só pensamento e UM só propósito

SEMANA 6: Vivendo generosamente


36º Dia – Nos doamos consciente, entusiástica, voluntária e alegremente, em amor, a MUITOS
37º Dia – Criamos comunidade: como se MUITOS fossem UM só
38º Dia – Derrotamos o materialismo, fortalecendo a nossa fé em UM único pensamento
39º Dia – Investimos na eternidade, sensibilizados como UM investiu em TODOS
40º Dia – Doamos pouco, em comparação com a recompensa que cada UM tem recebido
41º Dia – Entendemos que a felicidade de UM, ao se doar, mudou a vida de MUITOS
42º Dia – Esmeramo-nos em parecer semelhantes a Jesus, em cada UM de nossos gestos
Palavra Final
INTRODUÇÃO

Amados,

Somos todos parte de um projeto de Deus que visa trazer glória ao nome de Jesus através da
restauração de todas as coisas. O instrumento divino para executar o seu plano é a IGREJA –
Corpo Vivo de Cristo na terra. A Igreja é formada por discípulos que se reúnem em grandes e
pequenos ajuntamentos, para celebração da comunhão, do amor, da fé e da salvação que nos
alcançou e que atrairá os muitos que haverão de crer.

Institucionalmente, somos conhecidos como Igreja Batista Central de Fortaleza, porém, aos olhos
de Deus somos um raça eleita, um reino de sacerdotes, o Corpo Vivo de Cristo que se manifesta
e é representado por cada indivíduo, cada Pequeno Grupo (PG) e por toda a congregação reunida
em nome de Jesus. Sempre que nos reunimos em torno da Palavra de Deus, vivenciamos os
valores do reino ensinado e vivido pela Igreja de Atos.

Evangelismo, edificação, comunhão, serviço e a boa administração dos bens que o Senhor tem
nos dado são os pilares que dão suporte ao nosso ajuntamento. A estes valores chamamos de 5
M´s, uma maneira simples de articular os valores de uma Igreja Viva e Relevante – Missão,
Maturidade, Mutualidade, Ministério e Mordomia.

Assim como o amor, nenhum desses valores podem ser vividos isoladamente, pois, a exemplo da
Trindade, fomos criados para viver em comunidade – você e seus irmãos, Cristo em nós e nós
Nele, no pequeno ajuntamento ou na grande congregação.

Na PIB, cada Pequeno Grupo é a manifestação da Igreja de Jesus que se reúne em torno da
Bíblia, aprofundando os relacionamentos na prátIca, a fim de que muitos creiam. Pensando em
proporcionar a cada discípulo uma plena experiência de comunidade, a liderança da PIB preparou
a série JUNTOS – PARA QUE MUITOS CREIAM, usando como base e exemplo um projeto da
comunidade Saddleback, do amigo Pr. Rick Warren, a exemplo do que fizemos com o programa
dos 40 Dias de Propósitos.

O objetivo da Campanha JUNTOS é fortalecer os relacionamentos em toda a igreja através dos


Pequenos Grupos. Durante esta série, você vai aprofundar o mútuo crescimento, a mútua ajuda e
o mútuo engajamento no serviço do Senhor.

A Campanha JUNTOS – PARA QUE MUITOS CREIAM será desenvolvida em três níveis
simultâneos:
- Um (individual): Neste nível, você participará diariamente através deste devocional.
Cada dia da campanha você fará as leituras do dia com dedicação, procurando novas lições e
fortalecendo o que você já sabe.
- Alguns (Pequeno Grupo): Esta será a parte mais importante da Campanha, pois o
verdadeiro sentido de comunidade não se aprende pelo ensino formal, mas pela vivência no PG.
Semanalmente, reunido com outros discípulos você vai estudar a Bíblia e praticar a mutualidade.
- Muitos (Culto): Neste nível, a cada domingo, você será desafiado pela Palavra de Deus
e JUNTOS celebraremos a glória e presença do Espírito de Cristo entre nós.

Durante as próximas seis semanas vamos descobrir por que precisamos uns dos outros para
experimentar a comunhão e a vida abundante que Jesus nos prometeu.

É hora de colocar nosso amor em ação. Imagine o que aconteceria se em cada Pequeno Grupo
os membros se unissem para alcançar outras pessoas pela prática do amor. Isso provocaria
grandes transformações em nossa sociedade. A Igreja se tornaria mais conhecida pelo amor
demonstrado do que por coisas que ela rejeita. É exatamente isso que Deus quer fazer através da
nossa Igreja.

Convido você a fazer parte dessa história! Este convite é uma oportunidade para participar de um
grande mover de Deus cujo foco é o relacionamento. Sei que você já imaginou que pouco
podemos fazer como indivíduos, mas posso garantir que JUNTOS, em unidade e na mutualidade
do Grupo Pequeno, podemos fazer diferença na cultura e no mundo que nos cerca. Esse é o
extraordinário poder da vida em comunidade!

Vamos juntos realizar o sonho de Deus e responder a oração de Jesus: “Que eles sejam
um...para que o mundo creia” – João 17:23.

JUNTOS com você – para que muitos creiam,

Renildo Ribeiro
SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

1º Dia – Porque somos MUITOS que formam UM corpo

Somos uma igreja perfeitamente contextualizada na sociedade em que vive.


Somos uma igreja inegociável e enraizadamente sedimentada na Palavra de Deus.
Somos uma igreja propositalmente organizada em Pequenos Grupos.
Somos uma igreja espiritualmente baseada em servos.
Somos... somos... somos!
E você, sabe por que somos? Porque toda e qualquer ação que pensamos em realizar, só a
realizamos JUNTOS! Nunca individualmente. Jamais sozinhos.
Juntos em uma só fé. Juntos em um só espírito. Juntos em uma só visão. Juntos em um só
coração.
Como ministra Paulo, em sua Carta aos Efésios: “Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo
auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte
realiza a sua função.” (4:16)
E entendemos que não poderia ser diferente se, na prática, quisermos vivenciar o modelo
deixado por Jesus Cristo, conforme consta no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 2: uma
comunidade aberta, receptiva, amorosa e solidária; um grupo de pessoas que, JUNTAS,
compartilhavam de todas as aspirações, objetivos e ações que o Espírito de Deus plantava em
seus corações piedosos.
Aliás, esse coração piedoso é marca registrada de um Corpo que se propõe evangélico,
apostólico, pentecostal, comunitário. Evangélico porque é baseado no Evangelho de Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo; apostólico porque é alicerçado na doutrina dos apóstolos;
pentecostal porque é herdeiro da sobrenatural ação do Espírito Santo no Dia de Pentecostes; e
comunitário porque vivido em comunidade.
Como igualmente nos revela a Carta de Paulo aos Romanos: “Assim também em Cristo nós,
que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.” (12:5)
Atente que o apóstolo nos chama de “muitos” ao mesmo tempo em que nos revela como
“corpo”, o qual, a exemplo do que acontece com nosso “invólucro físico”, tem cada membro ligado
a todos os outros para que possa, de maneira saudável, executar cada função que todo ser
precisa para ser considerado vivo.
Donde, sem sombra de dúvidas, podemos afirmar que o Corpo de Cristo – a Igreja pela qual
Ele se deu na cruz do Calvário –, ao contrário do que muitos consideram, é um organismo vivo e
atuante, ao invés de apenas uma representação institucional ou jurídica, cujos diretores e
funcionários almejam, única e exclusivamente, usufruir dos lucros que ela possa auferir.
Como Igreja de Jesus somos muito mais do que isso. Somos templos sem construções.
Sacerdotes sem paramentos. Ministros sem gabinetes. Príncipes sem palácios.
Porque nossa autoridade não tem paralelo nessa Terra, como o próprio Cristo afirmou às
autoridades eclesiásticas e políticas de sua época, no evangelho do apóstolo João: “Disse Jesus:
‘O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus
me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui’.” (18:36)
A verdade, meu amado irmão/minha amada irmã, é que dificilmente alcançaremos a plena
estatura de Cristo se não estivermos abertos e sensíveis a abençoarmos e sermos abençoados,
àqueles e por aqueles, que, como nós, foram resgatados da escuridão das trevas mundanas para
a resplandescência das luzes celestiais.
Como naquele tempo o amado Paulo advertiu aos gálatas, aplicando-se também a nós, na
atualidade, sobre a importância de se ver e viver igreja, como lhe ministrara o Espírito Santo de
Deus: “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da
família da fé.” (6:10)
Não é à toa que numa reflexão como essa, quando tratamos da igreja como Corpo de Cristo e
referencial dos crentes, onde se manifesta toda sorte de sinais e prodígios emanados do Alto, os
ensinamentos das cartas de Paulo ganhem tanto destaque.
Além de este apóstolo haver sido reconhecido como o maior artífice humano da Obra de Cristo
na Terra, depois da ressurreição do Senhor, soma-se em seu favor o entranhado amor que nutria
pela Igreja de Jesus e sua inegociável defesa quanto ao organismo vivo e atuante em sua
respectiva sociedade.
É assim que objetiva ser a nossa Igreja, intento esse que jamais poderia ser concretizado não
fosse a minha e a sua participação, JUNTOS, como singular e como coletivo.
Singular porque somos UM corpo; coletivo porque somos MUITOS ministrando e servindo com
um único ideal e objetivo: edificar a Igreja e glorificar a Jesus.

Passagem para memorizar


“Assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está
ligado a todos os outros.” (Romanos 12:5)

Ponto para refletir


Em sua opinião, a maior dificuldade de se viver, na prática, o ensinamento de Paulo
mencionado há pouco, residiria na forma como a igreja local o tem implementado ou na forma
como você mesmo o tem encarado?

Pergunta para responder


Qual o seu papel e como você se encaixa na comunidade de maneira a contribuir para uma
vida cristã saudável e equilibrada?

ANOTAÇÕES

SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

2º Dia – Para que ALGUNS possam cuidar dos interesses de MUITOS

Outro dia estava eu devidamente instalado à beira de um campo de futebol, perto da minha
casa, quando me chamou a atenção uma fila de diligentes e operosas formiguinhas.
Cada UMA sobrecarregada com pesado fardo de algumas vezes o dobro do seu tamanho e,
mesmo assim, sem parar para descansar nem apresentar qualquer sinal de fadiga ou desânimo.
Muito pelo contrário. A cada mergulho no buraco do formigueiro lá surgia de volta, devidamente
descarregada, a formiguinha em sentido diametralmente oposto à longa fila das que chegavam
carregadas.
Aos meus olhos admirados e perplexos, as formiguinhas se transformaram em minúsculas
figuras humanas – quase todas conhecidas – pertencentes ao meu círculo de conhecimento da
igreja.
É verdade! Cada formiguinha se transformou, aos meus olhos, num irmão da PIB. E esse
carregava um pedacinho de galho, aquele uma folhinha grande demais para o seu tamanho e o
outro um minúsculo pedaço de qualquer coisa que eu não conseguia distinguir.
Embora, é claro, aquela visão tivesse sido pura fantasia da minha mente, a verdade dos fatos é
que a nossa Igreja representa um verdadeiro aglomerado de “formiguinhas” a serviço do Reino de
Deus.
“Formiguinhas” que, em seu incessante vai-e-vem ministerial, inspiraram o nosso amado e
amigo Kleber Lucas a compor uma das mais belas canções que o Espírito Santo lhe deu (“Há uma
unção”). E só, verdadeiramente, uma unção divina impulsionaria tantas ações de serviço que
impulsionam nossa comunidade.
De igual tom seria a observação na Carta de Paulo aos Efésios, que ressalta o ajuste e a união
de cada UM em benefício de MUITOS: “Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas
as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua
função.” (4:16)
E sendo assim, como poderia eu, observando o febril e ondulante movimento das formiguinhas,
não lembrar da nossa Igreja?
E você, amado irmão/amada irmã, não se sente compelido a engrossar as fileiras que, dia a
dia, preparam e executam tarefas entre jovens, crianças e adolescentes, montam e desmontam
equipamentos de som, de luz, cenários, cadeiras e tantas outras ferramentas importantes à
realização de cultos e encontros, que salvam e edificam vidas...?!
Sei. Sei. É o Senhor quem realiza todas as obras miraculosas que temos presenciado.
Acontece que Ele – o Senhor – usa a Sua Igreja, que somos TODOS e cada UM de nós, para
semear o Evangelho, ensinar os crentes e glorificar o Seu Nome.
Razões temos até demais para nos considerar privilegiados em fazer parte de uma
comunidade viva e relevante na sociedade que a cerca. E isso não somos nós, os membros, que
afirmamos. São os próprios “vizinhos” que alardeiam a quem quiser ouvir.
E você sabe o porquê de tudo isso? O fato de cultivarmos, desde as mais tenras até as mais
maduras gerações, que fazer e viver Igreja de Jesus é, antes e acima de tudo, SERVIR ao outro.
Pois não foi exatamente para isso que o Filho de Deus se fez Homem, sofreu os mais terríveis
suplícios e enfrentou a mais ignominiosa das mortes – a cruz – para defender os interesses de
outros?
Paulo nos lega o ensinamento que transmitiu aos da Igreja de Filipos, inspirado na iniciativa de
UM, testemunhado por ALGUNS e a favor de MUITOS:
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.”
(2.4)
Quem, de sã consciência, nos tempos em que vivemos, deixa de cuidar de seus próprios
interesses para cuidar dos interesses de outros? Só se não tiver “juízo” como as formiguinhas da
minha história, não é verdade?
Ou, como nós, tiver um “juízo” inspirado pelo Espírito Santo de Deus, que nos move a servir ao
outro, às vezes, até mais do que serviríamos a nós mesmos.
Ou abrindo mão de nossos próprios interesses. Para o avanço do Reino de Deus; para a
edificação da Igreja de Cristo; para a glorificação do Nome do Senhor.
E que outra “mola propulsora” seria capaz de tamanha façanha, que não o amor? Um amor tão
extensivo que moveu o próprio Criador a abrir mão de Suas prerrogativas divinas e extraordinárias
e reduzir-se à insignificância da Criatura, para cuidar, única e exclusivamente, dos interesses
desta última. Mesmo sob condições humana e divinamente adversas. Para Ele é claro!
Se um amor como esse, amado irmão/amada irmã não o (a) sensibilizar, até as lágrimas, a
servir a outras pessoas, crentes ou descrentes, indistintamente, considere pelo menos refletir
sobre o assunto, tá bom?!
Lembre-se da visão das “formiguinhas espirituais” – ou “formiguinhas com dons espirituais”,
como queira –, que transpus de um minúscula realidade do formigueiro perto da minha casa para
a maiúscula realidade de uma tenda longe da minha casa.

Passagem para memorizar

“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.”
(Filipenses 2.4)

Ponto para refletir


Parece loucura deixar de lado seus próprios interesses para cuidar dos interesses de outrem.
Mas, essa loucura se torna em sabedoria nas mãos do Deus que se deu totalmente por nós.

Pergunta para responder


Qual serviço você identifica, em nossa igreja, que o impulsiona a, igualmente, servir aos
outros? O que você tem feito a esse respeito?

ANOTAÇÕES
SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

3º Dia – Para incluir MUITOS como se fossem UM único

Imagine duas pessoas diferentes. Agora exagere na dose. Pronto, você acaba de traçar o perfil
de casal que somos eu e a minha mulher.
Eu, introvertido, tímido, retraído, arredio; ela, exata e diametralmente o oposto.
Os dois, juntos, um verdadeiro paradoxo, destes que somente a inventividade do Criador
poderia explicar – se Ele se dispusesse a esse trabalho, o que não é o caso.
Nessa perspectiva, amado irmão/amada irmã, você poderia, facilmente, indicar qualquer
pessoa para falar de hospitalidade. Menos o irmãozinho aqui, não é mesmo?
Nem tanto. Acontece que, por razões de amor – e quem se atreve a querer encontrar razão
(lógica) no amor? – tenho aprendido, nesses anos todos, a lidar e, principalmente, a aceitar – e
amar – a minha mulher exatamente como Deus a fez. E me deu de presente!
Por isso até que posso me atrever a falar a respeito de hospitalidade. Em particular, quando se
trata do Corpo de Cristo, o qual, por inspiração e vocação deve – ou deveria – estar sempre de
braços e corações abertos para acolher os que lhe são acrescentados.
E é aí onde a conversa começa a fazer sentido pra você, caso não tenha entendido ainda
aonde pretendo chegar com essa história de “casal paradoxal”.
Acontece que uma das características acentuadas pela justificativa do porque precisamos
uns dos outros é exatamente a hospitalidade. Ou seja, a famosa cadeira vazia de que tanto
falamos quando nos referimos à abertura de nossos Pequenos Grupos para incluir os que
chegam.
Só que analisando a passagem bíblica que se refere ao assunto, na Primeira Carta do apóstolo
Pedro, tem-se a sensação – pelo menos eu tive, à primeira vista – de que estaria faltando alguma
coisa na argumentação apostólica. Senão, vejamos: “Sejam mutuamente hospitaleiros, sem
reclamação.” (4:9)
Não lhe parece mais uma advertência do que uma sugestão?! Ou uma palavra de ordem ao
invés de uma ministração?
Se parafrasearmos “receba bem, que é sua obrigação”, ou qualquer coisa assim, teria um
efeito parecido com o que está registrado na Bíblia Sagrada, não é verdade?
Acontece, amado irmão/amada irmã, que, como é o caso de toda e qualquer reflexão bíblica,
essa também não deve ser analisada fora de seu contexto.
E no versículo imediatamente anterior – o 4:8 – está a justificativa inquestionável do
mandamento em pauta, que não apenas o explica, como o torna quase uma vocação natural
(chamado) da vida do crente. Como acontece com a minha mulher, lembra?
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos
pecados.” Somente a primeira parte – “amem sinceramente uns aos outros...” – por si só já
bastaria para arrematar o assunto; mas o apóstolo ainda reforçou, quando complementa com a
inspiradora argumentação: “… porque o amor perdoa muitíssimos pecados”.
Eu não sei você, amado/amada, mas no meu caso, me sinto impulsionado – como, graças a
Deus, já tem acontecido – a dilatar o máximo que puder minha capacidade de aceitar e incluir as
pessoas, exatamente da maneira como elas são, assim como fez Jesus, na prática, durante Seu
ministério terreno.
Porque entendi que preciso de cada um de meus irmãos.
Porque entendi que meus irmãos precisam de mim.
Porque entendi que o plano de Deus não passa, em instância nenhuma, pelo isolamento.
Porque entendi que não posso – e não quero – esquecer que Cristo, perfeitamente puro e
santo, me aceitou como cheguei, isto é, completamente impuro e mundano.
Porque entendi uma das maneiras de retribuir a Deus é com ações inclusivas concretas, o que
inclui acolher e amar ao meu irmão exatamente como ele é.
Daí em diante, aí sim, ao caminhar JUNTOS, podemos ministrar na vida um do outro, a fim de
que, a partir de UM, possamos buscar a santificação e multiplicar a incompreensível Graça de
Deus, que nos alcançou a MUITOS através do sacrifício de Seu próprio Filho, na cruz.
Se você já exercita esse dom espiritual maravilhoso da hospitalidade, parabéns, continue
nessa mesma direção.
Agora, se você, a exemplo de mim, ainda tem dificuldade para fazê-lo, eis uma oportunidade
ímpar, da parte de Deus. Não a deixe passar em branco. Não perca o trem da história. Mais uma
que o Senhor de toda Graça e Misericórdia intentou realizar através da igreja local.
Passagem para memorizar
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos
pecados. Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação.” (1ª Pedro 4.8-9)

Ponto para refletir


Até que ponto TUDO que é seu tem sido usado como se não fosse, pela consciência de que,
na verdade, não é seu, mas de Deus?

Pergunta para responder


Que ação inclusiva, tanto em relação aos irmãos quanto em relação aos incrédulos, você acha
que poderia pôr em prática a partir de agora?

ANOTAÇÕES

SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

4º Dia – Para que ALGUNS alcancem MUITOS com o amor de UM

Você já participou, ao vivo e em cores, de uma ação solidária? Tipo aquelas em que a mídia
mobiliza um monte de gente para atender às necessidades emergenciais de determinada região
atingida por uma catástrofe da natureza, por exemplo?
E de uma ação dessa mesma característica, só que em um âmbito bem mais restrito, quando
você tem a oportunidade de estabelecer contato diretamente com a(s) pessoa(s) beneficiada(s)?
É de domínio público que a nossa Igreja tem se caracterizado, também, por ações de cunho e
alcance social, servindo como exemplos concretos os projetos inclusivos e extensivos de que
temos notícia em nossa comunidade.
Estou querendo chamar a sua atenção para o impacto que iniciativas desse tipo causam, não
apenas sobre quem está sendo alcançado, mas, principalmente, sobre quem está sendo
mobilizado.
Você já experimentou olhar nos olhos de uma criança que acabou de receber um brinquedo, ao
qual nunca havia tido acesso? Ou de uma mãe de família, sem marido, cuja mesa acabou de ser
provisionada? Posso lhe garantir, meu amado irmão/minha amada irmã, que não tem dinheiro no
mundo que cubra um lucro desse montante!
Não é por acaso que o apóstolo Paulo ressalta, em sua Primeira Carta aos Coríntios, ações
solidárias desse porte: “Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um
membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.” (12:26)
Isso mesmo! Estamos falando do Corpo de Cristo, de membros de uma mesma comunidade,
no seio da qual encontramos – e incluímos – toda e qualquer pessoa, independentemente de suas
condições sociais, intelectuais, econômicas ou quaisquer outras que sejam.
A isso não se chama apenas solidariedade; se chama cristianismo, se chama amor. Um amor
real, genuíno e prático pelo próximo. Como assevera o próprio Jesus, no evangelho de Mateus:
“E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.” (22:39)
O Mestre estava se referindo, nessa ocasião, aos Dez Mandamentos legados pelo Pai ao
patriarca Moisés, ainda no Velho Testamento. E ressaltava, em ordem de importância, que esse
mandamento do amor ao próximo, como sendo o segundo, abaixo apenas do amor a Deus. E Ele
assim colocou como se fosse de propósito. E realmente o é.
Nada, da parte de Deus, acontece por acaso ou coincidência. Toda e qualquer ação divina faz
parte de um plano preconcebido, em seus mínimos detalhes, a fim de alcançar o máximo possível
de resultado.
Consciência essa, aliás, que Paulo extrai das próprias Escrituras, da parte de Jesus, cuja
recomendação assume status de uma marca, uma identidade, algo forte e representativo de um
povo acolhido e separado para semear uma mensagem de esperança e solidariedade ao mundo.
A frase de Cristo é pontual e limpa, a fim de, segundo entendemos, não deixar qualquer
margem de dúvida sobre a expectativa divina à nossa perspectiva humana, sobre quem somos e
para que fomos chamados: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se
amarem uns aos outros” (João 13:35). Perceba que há um condicionante no mandamento bíblico,
como se fosse um selo, um sinal visível aos olhos do mundo.
Não acontece solidariedade sem amor. Não essa solidariedade a que se refere a Palavra de
Deus, mas uma solidariedade inclusiva que faz com que quem dá ganhe mais até do que quem
recebe. Ganha porque retribui ao Senhor, em gratidão e reconhecimento, o muito que Ele nos
deu, concentrando em UM o castigo que se destinava a TODOS para, com isso, incluir MUITOS.
Mesmo que seja a partir de ALGUNS.
Temos consciência, como igreja, que podemos fazer muito mais do que estamos fazendo, hoje.
No entanto, perseveramos na fé de que o Pai de toda misericórdia e amor, que um dia se curvou
até nossa ínfima altura para que O enxergássemos, há de continuar nos inspirando a aceitar,
incluir e amar todos quantos Ele puser ao nosso alcance.
Ao longo dessas próximas semanas, amado irmão/amada irmã, e ainda mais depois, você terá
a oportunidade – melhor dizendo, privilégio – de experimentar, na prática, tudo que acabamos de
falar: de olhar nos olhos de quem recebe com o olhar de Quem realmente dá sem pedir nada em
troca, o Senhor Jesus Cristo.
E de receber, de volta e com juros, muito do amor que você se dispôs a canalizar em benefício
do próximo. Que, num momento ímpar como esse, se torna mais próximo do que você mesmo
jamais imaginou que seria possível.
Aja com o amor de Cristo; inclua com o amor de Cristo; ame com o amor de Cristo. E eu posso
lhe garantir, em Cristo, que o próximo para você jamais será o mesmo. E, o mais importante de
tudo: você jamais será o mesmo pra você mesmo.

Passagem para memorizar


“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos
outros.” (João 13:35)

Ponto para refletir


Uma imagem vale mais do que mil palavras. Quanto valeria uma ação em relação a uma
promessa?

Pergunta para responder


Você teria coragem de pelo menos tentar retribuir ao próximo uma parcela de todo o amor que
Jesus lhe dispensou? Não perca tempo tentando responder; como resposta, ganhe tempo agindo.
Temos um projeto especial para você e para o seu grupo, disponha-se.

ANOTAÇÕES
SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

5º Dia – Para que a ação de UM repercuta na vida de MUITOS

Tempos atrás, passei por um sufoco dos grandes, quando meu computador pifou. É, eu sei.
Computador dá problema não representa lá essas coisas todas, isso normalmente falando.
Acontece que, exatamente naquele instante, eu estava atravessando um momento muito
complicado em termos profissionais e, por consequência, financeiros.
Em resumo: eu não tinha condições de mandar consertar o computador, minha ferramenta de
trabalho, no escritório de casa, na ocasião.
Liguei pra um irmão que mora perto da minha casa e mais perto ainda do meu coração. De
longa data. E bota longa nisso.
Expliquei o problema e ele respondeu, de pronto:
– Não se preocupe, irmão, passo na sua casa pra pegar a máquina e levo pra um amigo meu
que trabalha com isso.
E passou mesmo. E levou mesmo. E mandou consertar mesmo. E pagou! E quando veio
devolver a máquina devidamente funcional, que eu perguntei quanto tinha sido o conserto e como
eu precisaria pagar, ele respondeu:
– Se preocupa, não, irmão. Muito mais Deus tem me dado, e um pouco que divido com alguém
como você, que reconheço trabalhador, não me faz falta nenhuma. Quando você puder, me paga.
Fique tranquilo.
E fiquei. Mas isso por conhecer o irmão e saber que a ação que intentara a meu favor partia do
coração. Era um ato de amor.
O tempo passou e, finalmente, consegui o equilíbrio financeiro com uma porta que Deus me
abriu e pude saldar a dívida com o irmão amado. A dívida financeira, claro, porque a de amor
reconheço que jamais conseguirei pagar. Nem tentarei. Até porque foi paga na cruz.
Acima de tudo, refleti na recomendação do apóstolo Paulo aos Colossenses: “Portanto, assim
como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados
nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão.” (2:6-7)
Atente para o termo transbordando. Aqui pra nós, do Nordeste, transbordar é uma ação rara,
já que as chuvas são mais raras ainda.
Agora imagine transbordar de gratidão! É gratidão que não acaba mais, fruto de um coração
genuína e amorosamente reconhecido. Como o daquele leproso samaritano que, após ser curado
da lepra, por Jesus, juntamente com mais outros nove leprosos, voltou para agradecer pela cura
física. E o sentimento de gratidão daquele homem transbordava de tal forma que Cristo
reconheceu de imediato e curou também a sua alma: “Não se achou nenhum que voltasse e
desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? Então ele lhe disse: 'Levante-se e vá; a sua fé o
salvou'.” (Lucas 17:18-19)
Essa passagem é uma das que cultivo com o maior carinho para aplicar sempre que se faz
necessário, como foi o caso do meu irmão do conserto do computador.
E você acha que haveria forma mais concreta de demonstrar minha gratidão, em primeiro lugar
a Deus, e daí ao irmão, do que saldar a dívida que contraíra com ele?
Às vezes, amado irmão/amada irmã, nosso sentimento de gratidão no que diz respeito ao
sacrifício de Cristo se condiciona às circunstâncias em que estamos vivendo, no momento.
Pouco se pensa a respeito do assunto. Menos ainda se fala sobre. E bem menos ainda se age
com relação ao ato de amor de Jesus. Como aconteceu com o leproso da passagem acima. E, em
consequência da ação de UM, certamente MUITOS foram alcançados pelo testemunho que
aquele homem passou a dar a respeito de Cristo.
Não se reporta a Bíblia a respeito desse pecador limpo, de corpo e alma, em nenhum outro
momento. Mas a repercussão de sua atitude de gratidão, junto a Jesus, ficou registrada para que
outros soubessem e cressem.
Se você, amado irmão/amada irmã, não encontrar nenhum outro motivo para amar a igreja
desse Jesus, lembre que Ele agiu em seu favor, de forma concreta e prática, se deixando morrer
em seu lugar.
Corresponda, prontamente, a essa ação, como fez o leproso de Lucas 17. Em amor. Em
adoração. Em reconhecimento.

Passagem para memorizar


“Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele,
enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. ”
(Colossenses 2:6-7)

Ponto para refletir


Que dimensão teria uma ação capaz de causar tamanho impacto no coração de Cristo a ponto
de movê-lO a estender a salvação a alguém que, até onde se sabia, só poderia ter acesso à vida
eterna depois dos judeus?

Pergunta para responder


Teria, em sua opinião, o leproso de Lucas 17 pensado em qualquer tipo de recompensa
quando procurou Jesus para agradecer pela cura milagrosa? Você retornaria para agradecer?

ANOTAÇÕES

SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

6º Dia – Para reconhecermos que só a UM cabe a glória

Sem dúvida nenhuma um dos mais difíceis alvos a serem alcançados na caminhada cristã é a
humildade.
Quando exercitamos alguma habilidade inata ou que tenhamos desenvolvido é comum nos
sentirmos frustrados se não recebemos elogios.
É natural, na maioria dos seres humanos, essa tendência de esperar reconhecimento: “Sou
reconhecido, logo existo!”
Com relação aos dons espirituais não poderia ser diferente, não é mesmo? Afinal de contas, se
uma habilidade natural desperta vaidade e orgulho, imagine o que dizer de uma habilidade
extraordinária? Divina?
Já pensou no que se passa na cabeça de alguém que não conseguiu se destacar em nenhum
campo de atividade e que, de repente, se vê na igreja fazendo coisas até então completamente
fora de seu alcance ou capacidade? É de virar a cabeça de qualquer um. Mesmo daqueles que
tenham atingido algum cargo ou função secular de relativo destaque.
Ora, uma coisa é você ser, por exemplo, gerente de uma grande loja de departamentos; outra,
completamente diferente, é ser um diácono de uma grande igreja evangélica.
E aí não há ego que aguente. O “sucesso” sobe à cabeça e a humildade desce aos pés. E,
como não poderia deixar de ser, a semente de vaidade se desenvolve, logo, logo, numa árvore de
soberba.
Sabemos que não é nada fácil fugir desse estereótipo, embora, por outro lado, reconheçamos
ser o caminho mais curto para uma fracassada e infrutífera caminhada cristã.
Então, meu amado irmão/minha amada irmã, se curve primeiramente a Deus, reconhecendo
ser dEle toda glória e todo louvor, pelo(s) dom(s) espiritual(ais) que derramou sobre você. Mas
não faça isso apenas de boca, para convencer pessoas; afinal, Deus sonda os corações, e é Ele
quem primeiro examina nossas atitudes intenções, se ansiamos por elogios e reconhecimentos,
ou se de fato só queremos agradá-lO, servindo e dando aos irmãos sem esperar retribuição.
Sigamos o exemplo dado pelo apóstolo Paulo, em sua Segunda Carta aos Coríntios: “Mas
temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém
de Deus, e não de nós.” (4:7)
Como estamos tratando da importância da participação em comunidade, e do reflexo, negativo
ou positivo, que isso representa em nossas vidas, como indivíduos e, por extensão, na vida de
outras pessoas, como grupo, chequemos o que a Bíblia Sagrada recomenda.
Em sua Primeira Carta, o apóstolo Pedro ressalta: “Quanto ao mais, tenham todos o mesmo
modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e
humildes.” (3:8)
Como já aconteceu com outras passagens nas quais refletimos, a ação vem depois da unção,
ou seja, primeiro o sentimento, depois a ação, sendo esta consequência daquele.
Outro detalhe fundamental nessa passagem é que Pedro se dirige a pessoas e não a um
indivíduo em particular. E trabalha a reciprocidade como meio para atingir o fim maior: a
edificação da igreja, como resultado natural da edificação do indivíduo.
De novo, é UM investindo em ALGUNS para alcançar MUITOS. E indivíduos agindo
coletivamente, a fim de, JUNTOS, atingirem o objetivo comum: uma vida espiritual saudável e
equilibrada. É como assevera o apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, ensinando a
respeito da diversidade do Corpo de Cristo, cujo exercício deve redundar no crescimento do todo,
e não no reconhecimento de um ou de alguns.
“Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo,
ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação.
Tudo seja feito para a edificação da igreja.” (14:26)
Busque, pois, amado irmão/amada irmã, a excelência da humildade, redirecionando todo e
qualquer elogio ou enaltecimento a quem, de fato, se deve dar o mérito total de qualquer
realização, na igreja de Jesus: à Graça do Deus Todo-Poderoso e ao mover do Espírito Santo.
Não esqueça que o vaso é apenas o recipiente onde se deposita o verdadeiro tesouro, como
afirma Paulo no ensino à igreja de Corinto, que vimos poucas linhas acima.
E que, como o oleiro manuseia o barro, sua matéria-prima de trabalho, também Deus nos
molda de acordo com Sua soberana vontade e Seu soberano propósito.

Passagem para memorizar


“Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se
fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes.” (1ª Pedro 3:8)

Ponto para refletir


A soberba pode assumir proporções tão terríveis a ponto de causar prejuízos irreversíveis,
como aconteceu com Satanás, que intentou ser igual a Deus.

Pergunta para responder


Você tem cuidado de administrar da melhor forma possível os elogios ou o reconhecimento que
lhe têm feito, redirecionando Àquele que, de fato, tem todos os méritos sobre tudo que
conseguimos realizar, como crentes?

ANOTAÇÕES

SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?

7º Dia – Porque cada UM depende de ALGUNS para ser frutífero

Somos um povo diferente. Especial. À primeira vista poderia parecer uma afirmação pedante,
arrogante, discriminatória até. Mas não é.
E não é pelo simples fato – se é que podemos chamar de simples os textos bíblicos – de a
Bíblia Sagrada, que aceitamos e adotamos como a Palavra de Deus revelada aos homens,
ratificar a nossa afirmação inicial.
“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para
anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1ª Pedro
2:9)
Geração eleita, sacerdócio real, povo exclusivo de Deus.
Dificilmente assumimos para nós mesmos adjetivos dessa natureza sem sentir algum tipo de
orgulho ou vaidade, não é mesmo?
Claro que se os encararmos sob a perspectiva de Paulo ou de Isaías – esse último ainda mais
– com a história de vasos de barro e outras do tipo, nossa bola murcha um pouquinho,
concordam?
Murcha, mas não o suficiente para que deixemos de nos considerar, mesmo assim, um grupo
diferenciado de pessoas com uma certa intimidade com ninguém menos ninguém mais do que o
Criador do Universo.
Isso além do fato de sermos o motivo da maior e mais importante obra solidária de todos os
tempos: a crucificação, no Calvário, de um certo galileu chamado Jesus de Nazaré.
Ou seja, estamos, sim, com a bola toda. Ou quase.
Porque como a história do vaso de barro (2 Co 4:7), do apóstolo Paulo ou a contundente
afirmação do profeta Isaías, ainda temos outras passagens bíblicas que nos colocam em nosso
devido e verdadeiro lugar.
E que lugar seria esse? O de receptáculos – ou canais, como queira –, da Misericórdia, da
Graça e do Poder de Deus, dispensados aos homens. Poder de Deus que se revela através da
unção do Espírito Santo, manifestada, em ação, através dos Dons Espirituais.
Em nosso atual contexto, como igreja local, poderíamos considerar essa manifestação dos
Dons Espirituais como sendo a unção de UM sobre MUITOS para abençoar TODOS. Recíproca e
mutuamente JUNTOS.
Esse é o espírito da coisa. Essa é a razão de ser de todo o movimento que o Espírito está
realizando em nosso meio, a partir da nossa liderança e extensiva e inclusiva a quem acabou de
chegar. Ou até mesmo a quem ainda nem chegou, só está, como se diz, “tomando chegada”.
Voltemos um pouco à nossa argumentação inicial, quando chamávamos a sua atenção para
um pouquinho de orgulho ou vaidade que de vez em quando nos assalta. Até pelo que a Bíblia
afirma sobre nós, Povo de Deus, é fundamental não esquecermos que, assim como dependemos
da dispensação do Espírito Santo, igualmente dependemos uns dos outros.
É o que, em nossa Igreja, chamamos de diversidade. Ou seja, MUITOS trabalhando em
perfeita sintonia com cada UM. ALGUNS com esse Dom Espiritual; ALGUNS com aquele Dom
Espiritual e assim por diante.
Exatamente como o apóstolo Paulo tem o cuidado de esclarecer à Igreja de Corinto, em sua
Primeira Carta: “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.
(1ª Coríntios 12:7)
Essa característica multiforme descrita por Paulo existe para que o Povo de Deus exercite a
interdependência, tão saudável para o perfeito funcionamento de toda junta reunida por Deus em
um só lugar. Como ensina Paulo, é para o bem comum da igreja.
Num Pequeno Grupo, UM ensina outro, que, por sua vez, ensina a ALGUNS, os quais, e cada
um individualmente, repassam o que aprenderam a MUITOS, para que TODOS cresçam na Graça
e no Conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o único através do qual se pode
chegar ao Pai.
No exercício prático (ação) de cada Dom, independentemente de qual seja, já que todos são
igualmente importantes, reside em igual intensidade um alto fator de crescimento e
amadurecimento espiritual. Crescimento e amadurecimento que fluem, natural e
espontaneamente, da relação de interdependência que exercitamos em relação ao irmão.
Interdependência que gera em nós a consciência de que praticamente nada somos sem o outro,
pois é do outro que vem o complemento que me falta para apresentar-me diante de Deus íntegro,
como Ele mesmo requereu do patriarca Abrão, quando separou UM para, dele, gerar MUITOS
outros.
Diferentes. Especiais. Separados. Santos.

Passagem para memorizar


“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.” (1ª Coríntios
12:7)

Ponto para refletir


Eu preciso dos dons espirituais que Deus manifesta na vida dos meus irmãos, assim como eles
precisam dos dons, talentos e recursos que o Espírito Santo tem dado a mim.

Pergunta para responder


Até que ponto você tem admitido sua dependência de Deus para produzir frutos em sua
caminhada cristã? Você acredita que sem a especial capacitação do Espírito Santo conseguiria
fazer o que faz?

ANOTAÇÕES

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SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


8º Dia – ...Se amarmos pelo menos ALGUNS como Jesus amou

Entramos na segunda semana de nossa campanha, meu amado irmão (minha amada irmã), e,
no correr das próximas semanas, vamos transformar o discurso em ação.
Você terá a oportunidade (eu diria privilégio) de servir a alguém, fazer alguma coisa, na prática,
por outra pessoa, sem se preocupar com quem ela seja ou com o que (ou se) retribuirá.
Estas serão as semanas do alcance... Alcance social; alcance material; alcance espiritual.
Então, disponha-se, arregace as mangas, engaje-se no serviço e... faça da sua ação uma ponte
para alcançar o coração de alguém!
Lembre-se que Jesus Cristo, quando esteve entre nós, primeiro amou, depois agiu e, somente
então, evangelizou.
Foi assim com a mulher samaritana, com Zaqueu, com o cego de João 9, com o paralítico do
poço, com um monte de gente.
Vamos conferir, a título de ilustração, alguns trechos do Evangelho de Lucas – que
chamaremos de ações inclusivas –, que registram como Jesus alcançou Zaqueu:
“Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: 'Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus
bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais'. Jesus lhe
disse: 'Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o
Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido'.” (19.8-10)
Ação 1 amar (Jesus amou Zaqueu, odiado chefe dos publicanos); Ação 2 aceitar (Jesus
escolheu Zaqueu mesmo sabendo quem ele era); Ação 3 investir (Jesus se hospedou na casa de
Zaqueu); Ação 4 valorizar (Jesus reconheceu a mudança de Zaqueu); Ação 5 incluir (Jesus
“adicionou” Zaqueu aos Seus); Ação 6 estender (Jesus alcançou Zaqueu, um perdido).
E você, amado irmão (amada irmã), o que tem feito, na prática, para alcançar os perdidos, os
quais, na verdade, não estão perdidos assim, visto que você “esbarra” neles a toda hora, na
vizinhança, na escola, no trabalho, no supermercado, na farmácia, na banca de revista?...
Que ações você poderia implementar, junto com seu Pequeno Grupo – ou sozinho mesmo,
enquanto inclui um PG na sua vida –, a fim de alcançar alguém que conhece, mas que, até hoje,
não se dispôs a... amar?!
Não o bastante para querer, realmente, que se salve!
Memorize, para não correr o risco de esquecer, o que Jesus decidiu a respeito dos perdidos e
que está registrado no Evangelho de João:
“Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.” (6.37)
Cristo fala de aceitação, inclusão... Mente e coração abertos para amar, aceitar, investir,
valorizar... enfim, salvar! Ele assegura que jamais rejeitará. Exatamente assim como fez comigo e
com você!
Então, homem (mulher) de Deus, o que está esperando? Quanto tempo e oportunidades
perdeu para contar sobre o que Jesus fez por você, a exemplo do cego de João 9?
Fatos simples; reais; concretos; contundentes; inquestionáveis: “Uma coisa sei: eu era cego e
agora vejo!”
De que cegueira Jesus o(a) curou, de forma que você sentiu a ação dEle em sua vida? Será
que você era melhor do que Zaqueu, na casa de quem Cristo fez questão de se hospedar?!
E a pessoa que mora do seu lado? Quantas vezes você encontrou com ela e lhe desejou bom
dia, boa tarde ou boa qualquer coisa? E quando essa pessoa precisou de sua ajuda, você se
dispôs a ajudá-la?
E se você fez tudo isso – cumprimentou, ajudou, emprestou aquele potinho de açúcar, até
tomou café na casa dela e a convidou para tomar café na sua –, mas, apesar de toda essa
intimidade, nunca falou de Jesus?
Caiu a ficha sobre a oportunidade que está perdendo? Reconheceu que ela pode morrer a
qualquer momento e que o sangue dela recairá sobre suas mãos, porque conhece a Verdade,
mas nunca se dispôs (amou) a ponto de querer que se salvasse?
Sabe, amado irmão (amada irmã), de verdade, de verdade, somos muito mais do que pessoas
alcançadas por Jesus. Somos, segundo nos assegura o apóstolo Paulo, em sua Carta aos
Gálatas, a própria encarnação de Cristo:
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida
que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
(2.20) [grifo nosso]
Já pensou?! Até mesmo acima de embaixadores, como igualmente nos garante Paulo, em 2ª
Coríntios 5.20, podemos internalizar que somos a parte de Cristo, habitada pelo Espírito Santo,
que Ele deixou aqui no mundo para testificar de Sua mensagem. E ação!
Sim, porque você pode imaginar ação mais corajosa e desprendida do que entregar-se a Si
mesmo para morrer no lugar de outra pessoa? E sem ter feito nada que justificasse o castigo?
Pense nisso, amado irmão (amada irmã), quando for desafiado a amar ALGUNS, com a
intenção de alcançar MUITOS para que, JUNTOS, possamos imitar Jesus e investir na salvação
do perdido.

Passagem para memorizar


“Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.” (João 6.37)
Ponto para refletir
Jesus Cristo me amou e me incluiu exatamente como eu estava para me tornar semelhante a
Ele.
Pergunta para responder
O que tenho feito para alcançar os perdidos, nos quais tenho “esbarrado” o tempo todo?

ANOTAÇÕES

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


9º Dia – ...Se ALGUNS amarem a MUITOS como Jesus amou

Bom, a essa altura, talvez você esteja pensando:


– Tudo bem. Entendi. Mas e agora, como é que eu faço para me engajar nessa campanha, de
forma prática, a fim de alcançar pessoas pra Cristo?
Que tal caminharmos JUNTOS, numa sequência crescente e progressiva, como nos ensina a
Bíblia?
Para isso, teríamos que começar pelo coração. Afinal de contas, é a respeito de coração que
Deus mais chama atenção daquele que decide obedecer Seus mandamentos e realizar a Sua
vontade.
Imitemos, pois, a súplica do salmista, cuja clareza de visão salta aos nossos olhos diretamente
das páginas das Escrituras:
“Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.” (Salmo
51.10)
Você acha que em um coração puro há espaço para maus sentimentos, como inveja, rancor,
discriminação e outros do tipo, fortes empecilhos para nutrirmos amor até pelos nossos irmãos
quanto mais pelos perdidos?
Se concorda comigo nesse ponto, concordará igualmente que começamos bem, não é
mesmo? Deixar Deus mudar o nosso coração é a primeira ação.
Corramos, então, para a segunda base. Ou para o nível seguinte, como queira. E a segunda
ação é... oração!
É claro! Como você enfrentaria uma batalha como essa, que o próprio Paulo nos esclarece
não ser contra sangue ou carne, mas contra principados e potestades, sem estar devidamente
coberto pela oração?
E o melhor! Junto com um grupo de outras pessoas igualmente comprometidas com esse
mesmo objetivo, ou seja, alcançar o perdido.
Mais uma vez as pérolas que o Espírito deu a Paulo nos socorrem em momentos de aflição.
Dessa vez, extraídas da sua Carta aos Colossenses:
“Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa
mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual estou preso.” (4.3)
Perceba que o apóstolo ressalta a presença de ALGUMAS (ou MUITAS) pessoas, quando
articula orem, na palavra de ordem do versículo. Ou seja, ele contava com um grupo, a fim de que
o clamor pudesse chegar aos ouvidos de Deus para sensibilizá-lO
Pronto. Começamos pelo coração e demos sequência com oração. Faltariam, agora, a união e
a força (ou poder, como queira), para completarmos as ações primárias que nos capacitariam a
alcançar os perdidos, com nosso Pequeno Grupo.
Ou a partir dele, com a ação de UM convidando ALGUNS para, JUNTOS, alcançarem a
MUITOS!
Bom, deixemos de filosofar e voltemos a agir, que é o que realmente interessa.
Elegemos união e força como as duas ações que faltavam para completar o alicerce de um
Pequeno Grupo relevante, a partir de cada UM de seus membros, junto com coração e oração.
A união, como não poderia deixar de ser, nasce, invariavelmente, da amizade entre as
pessoas. Como também testemunha nosso amado Paulo à Igreja de Tessalônica, em sua
Primeira Carta àqueles irmãos:
“Sentindo, assim, tanta afeição por vocês, decidimos dar-lhes não somente o evangelho de
Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito amados por nós.” (2.8)
Olha não é idolatria não. Muito pelo contrário, é reconhecimento da maravilha que Jesus fez –
e faz – através desse homem, falível e frágil, como eu e você, e, não obstante, um verdadeiro
gigante do Evangelho, dada à sua submissão ao chamado divino e ao seu reconhecimento sobre
quem seria a única e genuína fonte de sua (dele Paulo) força.
O apóstolo estaria disposto a dar a própria vida por amor aos tessalonicenses, tamanho o
sentimento que dedica a esses. Não é inspiradora uma amizade como essa? Tem alguém em seu
Pequeno Grupo – ou na igreja, se você ainda não tem PG – que lhe inspire tamanha afeição?
Você já avaliou o alcance que uma amizade desse nível conseguiria, não apenas nas vidas dos
diretamente envolvidos, como, por consequência, em nossos círculos de relacionamento?
E onde tudo isso começa? Na decisão de amar! Decisão, por sua vez, que nasce de um
coração puro e um espírito saudável, como acabamos de ver. Só temos que pedir a Deus, a
exemplo do salmista.
E a força? Ora, meu amado (minha amada), essa é a mais fácil das quatro ações. Um coração
piedoso, que gera uma oração genuína e uma amizade sólida, só pode desaguar em uma união
inabalável.
“Vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles. Não podendo
levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus
estava e, pela abertura no teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico. Vendo a fé
que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: 'Filho, os seus pecados estão perdoados'.” (Marcos
2.3-5)

Passagem para memorizar


“Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.” (Salmo
51.10)
Ponto para refletir
Fortaleza está cheia de “paralíticos espirituais”.
Pergunta para responder
Quantos “paralíticos espirituais” você estaria disposto, juntamente com seu Pequeno Grupo, a
carregar até Jesus?

ANOTAÇÕES

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


10º Dia – ...Se convencermos MUITOS de que UM morreu por TODOS

Já nos referimos, mais de uma vez, ao cego de João 9. Ou melhor, sobre a sua forma direta e
objetiva de testemunhar da obra de Jesus em sua vida para outras pessoas.
Entendemos, amado irmão (amada irmã), da parte de Deus e pelo que nos revelam as
Escrituras, que essa é a maneira mais fácil, prática e simples de alcançar o perdido.
A história de UM compartilhada com ALGUNS para alcançar a MUITOS. Curta e grossa, como
diria minha avó.
E foi exatamente isso que o cego de nascença curado por Jesus, segundo os registros do
capítulo 9 do Evangelho de João, fez.
Disposição muito parecida encontramos no Velho Testamento, quando o salmista, igualmente
direto e objetivo, anuncia a obra de Deus em sua vida:
“Venham e ouçam, todos vocês que temem a Deus; vou contar-lhes o que ele fez por mim.”
(Salmo 66:16)
Assim como foi o caso do cego assim também é o do salmista. Ambos testemunharam para o
próprio povo de Deus. Aquele, aos judeus contemporâneos de Jesus, em particular as autoridades
eclesiásticas; esse, a Israel do tempo dos profetas, nação orgulhosa de ser “escolhida por Deus”,
mas negligente na sua responsabilidade de mostrar esse mesmo Deus aos povos à sua volta.
Assim também acontece conosco em determinadas circunstâncias da vida. Na maioria delas,
eu me atreveria a afirmar.
E exatamente por isso, amado irmão (amada irmã), é tempo de pôr as mãos no arado e
encarar o desafio, sem medo de ser feliz. Simples e unicamente contando a sua história. O
depoimento sobre o que Jesus fez – e continua fazendo – em sua vida. Nada mais.
A exemplo do cego e do salmista:
– Venha e ouça o que Cristo fez por mim. Ele me livrou do vício do cigarro. Ele me tirou no
mundo da prostituição. Ele me curou de uma doença terrível. Ele me salvou da morte para a vida
eterna!
É a sua história. Que, por mais simples que lhe possa parecer, se torna uma ferramenta
poderosíssima nas mãos de Deus.
E mais. Esses exemplos que acabamos de citar, são apenas ilustrativos e não
necessariamente tem que ser assim. Você não precisa ter sido livrado por Deus de coisas
assombrosas ou ameaçadoras para que sua história seja impactante.
Lembre de que seu vizinho ou colega de escola ou de trabalho pode ter uma história bem
parecida com a sua. Ou se identificar com algum detalhe dela.
Ou, se for o caso, não ter nada a ver com nada, entende?
Na verdade, amado irmão (amada irmã), o importante mesmo, o que Deus realmente quer é
que você fale. É que você abra a sua boca e testifique do seu relacionamento com Jesus, pessoal
e intransferível, como uma impressão digital.
Se você conseguir convencer alguém desse tipo de relação que Jesus deseja ter com cada ser
humano, já tem meio caminho andado. O resto é só dar um empurrãozinho e partir pro abraço.
E pense num abraço gostoso! Um abraço de quem pode contemplar o poder de Deus se
manifestando assim, bem de pertinho, bem claro e límpido, como as águas que descem do céu.
Não sei como você chegou ao Evangelho. Ou como o Evangelho chegou até você. Mas sei
exatamente como ele chegou a mim. E olha, amado(a), nem tenho palavras pra descrever meu
sentimento naquele instante em que me encontrei com Jesus.
Lembro que foi em consequência da insistente abordagem de crentes que se tornaram meus
amigos e me trouxeram para a igreja. E que, segundo me contavam, se sentiam constrangidos a
falar desse imensurável e incompreensível amor que Cristo lhes havia dispensado.
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por
todos; logo, todos morreram.” (2 Coríntios 5.14)
Assim como aconteceu com Paulo, viu?
Não poderíamos até traçar um paralelo do texto bíblico acima com o conceito de nossa
campanha?
Estamos convencidos de que UM morreu por MUITOS!
Abra seu coração e sua vida para que Deus possa passar e se instalar em corações e vidas
vazias do amor de Cristo.
Tire os olhos do seu umbigo e olhe ao seu redor. O balconista da farmácia; a caixa do
supermercado; a mulher grávida que entra pela porta da frente do coletivo; o senhor idoso que
passa em frente à sua casa rumo à pracinha pra fazer ginástica...
Nós não podemos – e nem temos o direito – de guardar conosco, como se só pertencesse a
nós, o tesouro com que Cristo nos presenteou. Da mesma maneira com que, igualmente, nos
comissionou, em Mateus 28.18-20: “IDE e fazei discípulos”!

Passagem para memorizar


“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por
todos; logo, todos morreram.” (2 Coríntios 5.14)
Ponto para refletir
Jesus Cristo morreu por TODOS. Basta ouvir e crer!
Pergunta para responder
Como foi seu encontro com Cristo e quais as consequências desse maravilhoso encontro em
sua vida?

ANOTAÇÕES

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


11º Dia – ...Se ALGUNS facilitarem a inclusão de MUITOS

Você já ouviu a palavra facilitador?


É usual em nossa igreja, em razão do Celebrando Restauração e de outras atividades que
realizamos e que trabalham com a dinâmica de grupos de afinidade. Ou de auto-ajuda, como
preferir.
E o que essa palavra lhe traz à mente? Ora alguém que facilita seja lá o que for, não é
mesmo?
E você, já lhe passou pela cabeça, em algum momento, desempenhar essa função em relação
a alguém ou em alguma atividade que fosse?
Veja bem. Um dia me convidaram para subir uma serra. Dessas mesmo aqui por pertinho de
Fortaleza e de altura alcançável para quem não tem aspirações alpinísticas.
E lá fui eu e mais um bando de gente aqui da igreja e de outros arraiais evangélicos
tupiniquins, serra acima.
Embora a subida não fosse assim tão acidentada ou problemática, a verdade é que, para
chegar ao ponto mais alto da serra, em segurança, tivemos que lançar mão de um guia. Ou seja,
de um facilitador!
Não fosse o trabalho atento e detalhista daquele nativo (alguém natural da região em questão),
e, com certeza, teríamos esbarrado em alguns obstáculos naturais que poriam em risco nossa
integridade física e até mesmo nos impediriam de continuar a subida.
Conhecedor profundo de cada detalhe do caminho, nosso facilitador proporcionou que
usufruíssemos muito mais daquela aventura de final de semana, bem diferente da rotina que
encaramos em nossos escritórios de ar condicionado ou no meio do caótico trânsito da Capital
cearense.
A mesma coisa pode acontecer com você. Não sei se é conhecedor desse negócio de subir
serra, mas, com certeza, tem alguma atividade, esportiva ou intelectual, que domina. E gosta!
Então, amado irmão (amada irmã), é só reunir o Pequeno Grupo ou um pequeno grupo de
pessoas – de preferência da igreja – e convidar, para cada facilitador, uma pessoa.
Nessa proporção, se você puder contar com 5 pessoas, por exemplo, já terá, pelo menos, 5
convidados, não é mesmo? Ou seja, 5 almas para as quais você facilitará a subida até o céu. Já
pensou?!
Uma escalada de proporções eternas! E facilitada por você e pelo seu Pequeno Grupo ou por
um grupo de facilitadores que se identifiquem com seu hobby... Ops, em português! Eu quis dizer,
diversão!
Que não precisa exatamente ser diversão. Pode ser navegar na rede; formar um grupo de
leitura; ver um filme; enfim, um montão de coisas. Agradáveis e inclusivas.
Semelhante a reunião que o nosso – e de Jesus – cobrador de impostos favorito, se é que
cobrador seja um bicho que possa ser considerado favorito, o qual, logo que foi alcançado por
Cristo, abriu sua casa e facilitou um farto banquete para todos os seus amigos. Cobradores de
impostos incluídos, é claro!
“Então Levi ofereceu um grande banquete a Jesus em sua casa. Havia muita gente comendo
com eles: publicanos e outras pessoas.” (Lucas 5.29)
Viu como é fácil?! Só precisa se dispor. Só precisa amar pra poder facilitar! E, diferente de
Mateus, você não precisa dar um banquete. Faça um cafezinho; convide a moçada pra ver um
jogo do seu time – e deles, claro –; aproveite uma data festiva, tipo aniversário, dia disso, dia
daquilo, qualquer coisa.
Na verdade, essa história de festejar é só uma desculpa pra reunir gente e facilitar uma
oportunidade pra falar de Jesus.
Lembra do nosso devocional de ontem? Conte a sua história, só que, nesse caso, adicionando
a ação inclusiva de ter convidado um monte de gente pra ouvi-la.
Como recomenda a Carta de Paulo aos Colossenses, se referindo, exatamente, ao que
estamos tratando aqui – facilitar a aproximação do perdido com o Evangelho da Graça:
“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as
oportunidades.” (4.5)
Não se trata apenas de aproveitar oportunidades, mas de criá-las. De estender o tapete
vermelho para o descrente caminhar até o “Oscar da Eternidade”.
Com você desempenhando o papel de anfitrião, como fez Mateus, que impactado pelo amor de
Jesus para com ele, providenciou, de imediato, uma forma de contar pra seus familiares, amigos,
colegas de trabalho e conhecidos, o que estava acontecendo, de novidade com ele.
Foi UM facilitando para ALGUNS a subida pelo caminho que leva aos céus. Para daí, esses
estenderem a mesma oportunidade para MUITOS, numa proporção geométrica que, temos
certeza, desaguaria nos mais de 3.000 convertidos, do livro de Atos dos Apóstolos, alguns poucos
anos depois.
Passagem para memorizar
“Então Levi ofereceu um grande banquete a Jesus em sua casa. Havia muita gente comendo
com eles: publicanos e outras pessoas.” (Lucas 5.29)
Ponto para refletir
Deus usou alguém para facilitar minha chegada até Ele.

Pergunta para responder


O que tenho feito para facilitar a escalada de alguém no monte que leva até o céu?

ANOTAÇÕES

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


12º Dia – ...Se UM hospedar ALGUNS que hospedarão a MUITOS

“O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr
em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar
o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a
sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de
você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda.” (Isaías 58.6-8)
Sabe o que é engraçado?! Esse texto de Isaías não me lembra, logo de cara, tudo que ele cita
como ação solidária, tipo alimentar o faminto, acolher o desabrigado e coisas desse tipo.
O que me vem, de imediato, à mente, quando o assunto é hospitalidade, são os nossos
convidados para os Encontros de Pastores e Líderes promovido pela nossa Igreja.
Todo ano é a mesma coisa. É sair no boletim o desafio para hospedar gente e eu me
quebrantar de tristeza por não morar numa casa que proporcione oportunidade como essa. De
receber os quem nos chegam para compartilhar do que Deus tem feito, em nossa casa!
E fico só assistindo de camarote a fila de irmãos cujas moradias lhe dão espaço para hospedar
visitantes e convidados.
Não é que isso me deixe frustrado com o que Deus tem me dado. Nada disso! Sou grato, a
cada dia, por morar onde moro e ocupar o espaço que ocupo com minha família. Que não é das
menores, diga-se de passagem.
É que assumo como privilégio poder abrir a casa e receber quem vem de fora e que aproveita
o fato de não pagar hospedagem para investir o dinheiro em recursos que abençoarão, com
certeza, as suas comunidades de origem.
Ou seja, quando você hospeda um participante de um Encontro de Pastores, na verdade, está
hospedando é uma igreja inteira. Já pensou nisso?!
Imagine todo material que aquela pessoa, que ficou na sua casa, levará pra sua comunidade
que, a exemplo de Celebrando Restauração, Pequenos Grupos, Geração Futuro e tantos outros
trabalhos, têm estendido a bênção que o Senhor nos tem dado e facilitado a inclusão de um
montão de gente em Igrejas locais de nosso país.
Brasil afora e além, como diria aquele bonequinho simpático (Buzz lightyear do Toy Story), que
sempre esqueço o nome, mas sempre lembro o filme.
Ou seja, é UM hospedando ALGUNS que edificarão a MUITOS.
E lá vamos nós, relembrar e reforçar o lembrete do que, na verdade, seria o motor propulsor de
toda essa “gana” por fazer discípulos de Jesus – o amor.
“Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que
está em Cristo Jesus, com glória eterna.” (2ª Timóteo 2.10)
Esse Paulo é mesmo um sujeito especial, não é não?! Aliás, daqui a pouco você talvez esteja
pensando:
– Esse camarada que escreveu esse devocional me parece até fã de artista ou de jogador de
futebol. Tudo ele aproveita pra meter o Paulo na história. Desde o primeiro dia não fala em outra
coisa que não seja Paulo, Paulo, Paulo...
Me perdoe se você pensou algo assim. Mas é que, quando se trata de amor pelos perdidos – e
outros tantos assuntos relevantes do Novo Testamento, em particular – o nosso Paulo, de Jesus,
é praticamente imbatível. Você não acha? Não é questão de partidarismo. É questão de
evangelismo, mesmo!
Bom, deixando, e ao mesmo tempo não deixando, o Paulo de lado, vamos seguir com nosso
arrazoado sobre hospitalidade.
Tudo que dissemos até aqui, meu amado irmão (minha amada irmã), não desconsidera, de
forma alguma, o outro lado da questão tratado – aliás, até único lado, eu diria – no nosso versículo
chave, de Isaías.
Muito pelo contrário. Quando pensamos em abrigar em nossas casas crentes de outras
comunidades que chegam até Fortaleza com o objetivo de aprender mais de Deus, estamos – até
diretamente eu diria – facilitando o alcance e inclusão de pessoas de todas as camadas sociais e
econômicas, ao Evangelho da Graça.
Que é o propósito de Deus, como nos revela o apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta ao
discípulo amado – dele Paulo – Timóteo:
“Que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.”
(2.4)
Prestou atenção à referência quantitativa de Deus, em relação à humanidade: todos os
homens! É muito mais do que UM; é bem mais do que ALGUNS; e é mais do que MUITOS. É...
TODOS!
E o melhor. Não precisa que eu e você nos preocupemos em alcançar TODOS. Basta que
alcancemos aqueles que Deus coloca sob nossa área de influência. E sabe por quê?
Porque “eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer” (1ª Coríntios 3.6), para que a
demos a glória única e exclusivamente ao Pai, O qual nos proporcionou estarmos hoje onde
estamos, recebendo-nos, de braços abertos, em Sua Casa.

Passagem para memorizar


“O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr
em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?” (Isaías 58.6)
Ponto para refletir
Deus me hospedou em Sua Casa, me incluiu em Sua Família e me adotou como Filho.
Pergunta para responder
Você cultiva o hábito de hospedar? Você já pensou em passar a cultivar esse hábito? Se não
pode hospedar você poderia pelo menos receber bem?

ANOTAÇÕES

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


13º Dia – ...Se UM falar a língua de MUITOS para salvar ALGUNS

Vimos falando, desde o início das reflexões sobre essa lição de evangelismo relacional – como
chamamos na PIB –, a respeito da proclamação do Evangelho Salvífico de Cristo.
Não tem outra forma melhor, segundo entendemos, de retribuir – se é que isso é possível – o
imensurável amor de Jesus do que levar adiante as Boas Novas da Salvação.
Discutimos em como: amar o perdido; buscar em Deus as estratégias; contar a nossa história;
facilitar a chegada do descrente; e hospedar ou abrigar os que precisem de guarida.
Mas tem um detalhe fundamental em tudo isso: a forma de se comunicar. Não há abertura sem
uma boa conversa ou aproximação sem um argumento compreensível
É preciso que quem nos ouça entenda perfeitamente o que estamos querendo dizer. A
exemplo do que se dispôs o apóstolo Paulo quando deixou as proximidades de Jerusalém em
busca dos confins da Terra.
“Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei,
tornei-me como se estivesse sujeito à Lei (embora eu mesmo não esteja debaixo da Lei); a fim de
ganhar os que estão debaixo da Lei. Para os que estão sem lei, tornei-me como sem lei (embora
não esteja livre da lei de Deus, e sim sob a lei de Cristo); a fim de ganhar os que não têm a Lei.
Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para
de alguma forma salvar alguns. (1 Coríntios 9.20-22)
E ele assim o fez. Como é público e notório o seu famoso discurso no Areópago de Atenas,
quando filosofou com os gregos sobre o Deus Desconhecido, ao qual eles adoravam, mesmo sem
ter a menor idéia de quem fosse e apenas para não correr o risco de deixar algum deus de fora de
suas manifestações religiosas.
Eu sei que, às vezes, dá aquele friozinho na barriga ou bate aquela insegurança terrível, em
particular quando temos que tomar alguma iniciativa em público.
Pausar antes de começar a comer, em um restaurante ou até mesmo na casa de familiares ou
amigos, por exemplo. Parece que todo mundo parou o que estava fazendo só a fim de voltar-se
pra nós.
Mas como podemos conferir na 2ª Carta a Timóteo, Deus não nos abandona em momentos
como esses, quando enfrentamos o ambiente e damos testemunho de nossa fé.
“Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (1.7)
Talvez o apóstolo tenha se inspirado, para construir essa frase, na passagem do Velho
Testamento em que o próprio Deus, em Pessoa, se dirige a Josué, com a intenção de encorajá-lo
a enfrentar a tarefa que tinha pela frente.
“O Senhor deu esta ordem a Josué, filho de Num: 'Seja forte e corajoso, pois você conduzirá os
israelitas à terra que lhes prometi sob juramento, e eu mesmo estarei com você'.” (Deuteronômio
31.23)
Pra nós, amado irmão (amada irmã), a disposição de comunicar de forma compreensível o
Evangelho de Jesus está diretamente ligada à disposição de enfrentar o público, seja ele qual for.
Assim como fez Paulo diante dos filosofais gregos.
O apóstolo sabia que, inclusive, corria risco de vida se não conseguisse comunicar bem a sua
mensagem. Sabia que aquelas pessoas estavam acostumadas a articular as palavras com
maestria e a dominar as nuances religiosas, intelectuais e artísticas. Tanto que não são poucos os
historiadores que consideram que “Roma conquistou a Grécia pela força da espada, mas a Grécia
conquistou Roma pela força da palavra”.
Eu sei que você não é nem um Paulo da vida. Não se preocupe que eu também não sou. No
entanto, somos eu e você – pelo menos temos que ser – instruídos na Palavra e controlados pelo
Espírito.
Só mais um detalhe para finalizarmos essa temática da comunicação. Não se preocupe em
“falar todas as línguas”, ou seja, em saber se comunicar com todo tipo de “tribo”.
Para isso Deus nos fez diversos, embora unos, dando a esse grupo um tipo de linguagem e
àquele grupo outro tipo de linguagem. Vide surfistas de Cristo, ralizeiros de Cristo, cavaleiros de
Cristo, Atletas de Cristo e tantos outros que proliferam em nosso meio.
Portanto, não se aflija. Se alguém chegar perto de você com um linguajar que não entende, só
lhe pergunte qual a “tribo” e, com certeza, teremos, na PIB, alguém versado naquele “dialeto”.
Mas, por outro lado, também não se acomode por causa disso. Prepare-se adequadamente
para enfrentar os “embates comunicativos” da vida, falando no estádio, como se estivesse num
estádio e, na faculdade, como se estivesse na faculdade. Para glória do Senhor de todas as
línguas.
Assim como aconteceu no Dia de Pentecostes, em Jerusalém. E todos, e cada um, ouviram a
mensagem em sua própria língua.

Passagem para memorizar


“Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos,
para de alguma forma salvar alguns.” (1 Coríntios 9.22)
Ponto para refletir
Deus nos deu espírito de poder, amor e equilíbrio. Poder para falar; amor para investir; e
equilíbrio para saber o momento certo.
Pergunta para responder
Com quantas pessoas você já falou sobre o Evangelho, desde que se converteu? E desde o
início dessa campanha? E desde o início dessa semana?
ANOTAÇÕES

SEMANA 2: Juntos alcançamos muitos...


14º Dia – ...Se apenas UM tomar apenas UMA atitude digna de Cristo

Chegamos ao final de nossa lição sobre evangelismo e, de propósito, deixamos pra esse último
devocional da semana um ponto fundamental quando o assunto é a proclamação do Evangelho.
Atitude!
É isso mesmo, atitude.
“Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com
as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim de que andem decentemente aos olhos dos que
são de fora e não dependam de ninguém.” (1ª Tessalonicenses 4.11-12)
Paulo sabia que uma vida reta, íntegra, limpa, representava muito mais do que todas as mais
belas palavras do mundo em total falta de sintonia com as respectivas atitudes. Do tipo: “Faça o
que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
De nada adianta tudo que vimos desde o início da semana se nosso discurso não combinar
com a nossa prática. Nem mesmo o amor. Sim, porque embora a Bíblia afirme que sem amor de
nada adianta fazer qualquer coisa, é exatamente a falta dele, nas atitudes, que põe abaixo
qualquer argumentação, por mais convincente que seja.
É o caso da política brasileira. Você acredita em todas as promessas de candidato? Porque eu
deixei de acreditar faz tempo. Toda eleição estou lá na fila esperando pra votar. Entendo que é a
minha obrigação, como cidadão e como crente. Mas não espero que o discurso que ouvi na TV ou
li no jornal ou na revista se transforme em ação na íntegra.
E você sabe o nome desse fenômeno? Descrédito. Os políticos do Brasil, quase de um modo
geral, caíram no descrédito da opinião pública, em consequência das promessas não cumpridas
da grande maioria deles.
A mesma coisa acontece conosco, a Igreja de Jesus. Quantos escândalos temos
acompanhado pelos meios de comunicação? Quanta diferença do elogio que Paulo faz aos
Filipenses, não é mesmo?
“Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de
Cristo, para que assim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha
ausência, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes
pela fé evangélica.” (1.27)
Atente para a expressão quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, usada pelo
apóstolo como se quisesse alertar a nós, mais de 2000 anos depois, a respeito da importância do
testemunho, como arma de evangelismo.
Este testemunho é diferente daquele testemunho que tratamos no devocional do 10º dia.
Aquele é a história de seu relacionamento com Cristo; este é o seu relacionamento com Cristo
contando a sua história.
Lembra da história do Zaqueu, que vimos no primeiro devocional desta semana? Pois bem. O
nosso destemido Zaqueu não era apóstolo, nem profeta, nem sacerdote, nem nada. Pelo
contrário. Era chefe dos publicanos, os famigerados coletores de impostos, considerados pelos
judeus como traidores por terem se colocado a serviço do opressor romano.
E sabe o que mais impressiona na história desse homem? A sua atitude (decisão) de restituir,
com juros e correção monetária, tudo que havia roubado, sob o manto de seu cargo oficial.
A ponto de impressionar o próprio Jesus de tal forma que extraiu dEle uma expressão de puro
júbilo: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão”.
Você já se imaginou tomando uma atitude desta natureza, que causaria similar impacto no
coração do próprio Cristo, nos céus? Já imaginou o Filho pulando de alegria e dando um soco no
ar – para perplexidade do Pai, bem ao lado – e gritando: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque
este homem também é filho de Abraão”?
Puxa vida! Eu não sei você, amado irmão (amada irmã), mas da minha parte fiquei com a pele
toda arrepiada e os olhos marejados de lágrimas.
Estamos falando de uma força descomunal e irresistível capaz de abalar as estruturas de uma
família inteira. E, a partir daí, de um sem-número de amigos, conhecidos e colegas de escola e
faculdade.
Um efeito dominó. UM impactando ALGUNS, que impactam MUITOS, que impactam TODOS
os que chegam ao seu alcance.
Como deve ter acontecido com as pessoas que conheciam Zaqueu. E que não acreditaram, a
não ser quando constataram in loco, na atitude que o publicano tomou em relação às pessoas que
havia lesado.
Imagine algo parecido acontecendo com você. E o seu círculo de relacionamentos abalado por
uma atitude impensável, em se tratando de alguém como você!
Pois essa, irmão (irmã), é a igreja contra a qual as portas do inferno não prevalecerão. E o
melhor de tudo: dentre as fileiras da qual podemos encontrar uma pessoa como você!
Capaz de qualquer coisa para dignificar o Nome de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!!!

Passagem para memorizar


“Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com
as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim de que andem decentemente aos olhos dos que
são de fora e não dependam de ninguém.” (1ª Tessalonicenses 4.11-12)
Ponto para refletir
Minha vida fala muito mais alto do que todas as mais belas palavras do mundo.
Pergunta para responder
Quando foi a última vez que você se entristeceu, de verdade, com uma atitude errada que
tomou com alguém? Que tal começar de agora em diante?

ANOTAÇÕES

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SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


15º Dia – O velho e o novo Adão atuando em cada UM de nós

Fechamos a semana passada trabalhando nossas atitudes. Chegamos à Concluímos que, de


todas as ferramentas de alcance que Deus tem nos proporcionado, sem dúvida, o testemunho de
vida (atitude) é o mais forte e de maior impacto sobre as outras pessoas.
Também já refletimos sobre o fato de sermos UM Corpo formado por MUITOS membros, que
trabalham em perfeita sintonia, UNS COM OS OUTROS, para edificar-se reciprocamente e
glorificar o nome de Deus.
“Assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está
ligado a todos os outros.” (Romanos 12.5)
Começaremos esta semana refletindo sobre algumas virtudes e falhas de caráter que
constroem e destroem os nossos relacionamentos.
Virtudes e falhas de caráter inerentes ao ser humano. A começar em Adão, o primeiro homem
criado, de forma extraordinária, pelas próprias mãos de Deus, com quem mantinha estreito e
amiúde relacionamento.
“Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando
soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.”
(Gênesis 3.8)
Vamos, juntos, analisar as circunstâncias de Adão:
Deus o criou à Sua imagem e semelhança; Deus o pôs sobre todo o restante da criação; Deus
lhe deu uma companheira para que não ficasse só; Deus passeava pelo jardim e, como Adão,
também estava por lá, logo supõe-se que os dois, pelo menos em algum instante, passeavam...
JUNTOS!
Adão e Eva sentiam-se tão à vontade com Deus que andavam nus, sem a menor cerimônia e
com toda naturalidade.
Só que no momento em que desobedeceram, os dois caíram em si do vexame que haviam
dado e se esconderam da presença de Deus... com vergonha!
Acredito, amado irmão/amada irmã, que o nosso intrépido e desobediente Adão, perfeitamente
“auxiliado” pela Eva, não estava com vergonha de sua nudez e, sim, de sua desobediência! E
naquele momento pensou exclusivamente em si mesmo (falha de caráter: egoísmo), e não na
relação bonita e íntima que tinha com Deus.
Se Adão tivesse pensado em Deus, pelo menos um pouquinho, com certeza teria se
apresentado, abnegadamente (virtude), reconhecendo ter falhado com Ele, no intuito de preservar
o relacionamento dos dois.
Mas não! O nosso intrépido e orgulhoso (falha de caráter) Adão jamais daria o braço a torcer,
não é mesmo?! Afinal de contas, o que iria pensar Eva, sua mulher, se ele se humilhasse (virtude)
diante de Deus?!
Ou o Criador não os criara à Sua própria imagem e semelhança? E não nomeara ele, Adão, o
senhor de toda a criação, tendo autoridade dada por Deus, para dar o nome que quisesse a quem
bem entendesse?
Acontece, que o primeiro homem, assim como cada um de nós, sentia a insegurança (falha de
caráter) natural do seu falível e frágil caráter.
Em nenhum momento, acredito, teria passado pela cabeça de Adão que Deus não o criara
para andar sozinho. Afinal de contas, não tinha sido Deus mesmo quem chegara à conclusão de
que “não era bom que o homem estivesse só” (cf. Gênesis 2.18)? Ou seja, Deus havia tomado
com Adão uma atitude de amor (virtude)!
Eva, por sua vez, fora criada para auxiliar Adão e ser-lhe companheira e amiga, mas “vacilou”
com ele. Ao invés de incentivar o marido a obedecer a Deus ou, mesmo depois da queda, cair em
si e acompanhá-lo à divina presença para reconhecer o erro e se desculpar, juntou-se a ele na
tentativa de se esconder de Deus.
Pode-se concluir que a serpente havia disseminado no coração de Eva, entre outros
sentimentos destrutivos, a semente do ressentimento (falha de caráter). Ressentimento este,
devido à equivocada conclusão da mulher de que Deus não lhes dera TODO o conhecimento.
Ou não seria um absurdo que os dois pudessem usufruir de tudo que havia no jardim, menos
daquela bendita árvore que, por coincidência ou não, florescera e frutificara bem no centro do
Éden?
Adão e Eva não lembraram, nem por um instante, do amor que Deus demonstrara pelos dois
quando havia dado um ao outro para que se amassem e enchessem a Terra dos frutos desse
amor. Frutos que cultivariam as sementes de sentimentos virtuosos.
Sentimentos cuja fonte era o próprio Deus, dos quais o amor era o principal, razão, inclusive,
da decisão do Criado em confiar ao homem, à mulher e à sua descendência, todo o restante da
criação. Amor tão grande que, com certeza, geraria, entre outras virtudes, o perdão.
Os sentimos do primeiro casal são os mesmos que nos acometem como sobra da velha vida
que vivemos sem Cristo, enquanto a nossa nova natureza em Cristo nos restaura a uma vida
segundo a vontade de Deus. Minhas falhas de caráter são projetadas nos espelhos que são meus
irmãos do Grupo Pequeno, e, através deles, o Espírito Santo vai me revelando e confronta com a
Palavra para que eu seja santificado e abandone as mazelas do velho Adão para me conformar e
me transformar na semelhança do novo, último e vivo Adão – Jesus.

Passagem para memorizar


“Então o Senhor Deus declarou: 'Não é bom que o homem esteja só'.” (Gênesis 2.18a)
Ponto para refletir
Meu passado refletia o primeiro e decaído Adão, minha nova vida deve refletir o segundo e
divino Adão – Jesus.
Pergunta para responder
Que Adão tenho permitido dominar a minha vida e as minhas atitudes?
 
ANOTAÇÕES
 
 
 

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


16º Dia – Da parte de Deus, só há UM sentimento: construir
 
Começamos a semana refletindo sobre virtudes e falhas de caráter que podem construir ou
destruir relacionamentos. Hoje, vamos trabalhar nosso relacionamento mais importante: a relação
com Deus, o Pai.
 
Por isso Deus tem que ser pra nós
Ponto de encontro uma mesma voz
Que nos converte um ao outro e nos traz a paz
Abismos nunca mais
(Abismo de Gerações, João Alexandre)
 
Não sei se João Alexandre estava lembrando de Gênesis 2.18 quando compôs estes versos,
mas quando considera Deus “ponto de encontro”, ou seja, a fonte que nos converte uns aos
outros e nos inspira paz, aí sua letra nos inspira um sentimento de segurança (amor).
Segurança porque nossa confiança – assim como a do poeta – passa a ser depositada em
Deus e não no irmão (irmã). E, assim, o Senhor se torna o centro das nossas relações. Ele é a
fonte que norteia nossas relações com tudo e com todos.
Quando Deus criou todas as coisas, como relata Gênesis 1, teve a mesma sensação ao
contemplar cada etapa realizada: “E Deus viu que ficou bom”. (10; 12; 18; 21; 25) [grifo nosso].
Em seguida, chegou à conclusão de que faltava algo, ou melhor, alguém. Alguém com quem
pudesse se relacionar e, até mais do que isso, em quem pudesse vislumbrar um pouquinho de
Sua própria Pessoa (cf. Gênesis 1.27).
Deus segue em frente com Seu projeto e, ao final de tudo, volta a fazer uma avaliação,
contemplando Sua obra: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom.”
(Gênesis 1.31a) [grifo nosso]
Sem o homem a obra da Criação de Deus teria ficado incompleta, porque faltaria UM com
quem Ele pudesse se relacionar e, a partir desse, gerar ALGUNS, que, por sua vez, dariam
origem a MUITOS. TODOS, é claro, com condições de se relacionar com o Criador, já que foram
criados à Sua imagem e semelhança.
Mas que características definem alguém que se relaciona de forma mais íntima e profunda
conosco? Várias, dentre as quais, decidimos selecionar algumas que a Bíblia apresenta como
inerentes à Pessoa de Deus em relação a nossa pessoa.
Que tal amoroso? Você quer demonstração maior de amor do que a registrada em João 3.16?
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna.” Sem comentários!
Outra. Já teve um momento em que você se viu muito triste e, de repente, apareceu uma
pessoa e lhe transmitiu um imenso conforto?
Pois foi Deus que agiu em sua vida através dessa pessoa, como revela 2º Coríntios 1.4: “Que
nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de
Deus possamos consolar os que estão passando por tribulações.”
E a atitude encorajadora de Deus para com Gideão, o menor da menor família da tribo de
Manassés? “Então o Anjo do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: 'O Senhor está com você,
poderoso guerreiro'" (Juízes 6.11-12).
Com Pedro, então, o horizonte que Cristo descortina para o ministério desse apóstolo não
combina em nada com a fragilidade e a inconstância do judeu pescador “pescado” por Jesus: “E
eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Inferno
não poderão vencê-la.” (Mateus 16.18)
O mesmo acontece em nosso relacionamento com Deus: a parte dEle é a mais simples e a
mais completa. De Deus podemos esperar sentimentos e atitudes construtivas, altruístas,
perdoadoras e, acima de tudo, amorosas!
Na semana em que tratamos sobre relacionamentos, vamos separar um dia de nosso
devocional para olhar Deus e reconhecer que, mais do que ter decidido nos criar como seres
completos – razão, emoção e vontade –, Ele nos criou com a clara intenção de ter conosco uma
relação de AMOR!
Dentro da filosofia das nossas 6 semanas de comunidade, podemos interpretar a relação de
Deus conosco como: UM amando TODOS, mesmo sabendo que somente ALGUNS, de MUITOS,
reconhecerão e se converterão a esse amor.
Na lição O que destrói e o que constrói nossos relacionamentos?, a parte de Deus é a mais
fácil, porque só tem uma opção: o que constrói!
 
Passagem para memorizar
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)
Ponto para refletir
O amor de Deus por nós é incondicional, imensurável, inclusivo e extensivo!
Pergunta para responder
Como sua vida tem refletido o seu relacionamento com Deus?
 
ANOTAÇÕES
 
 
 
 
 
 
 
 

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


17º Dia – Da parte da Igreja, só UM sentimento: construí-la
 
Hoje, vamos trabalhar a nossa relação com a Igreja de Deus. O que destrói e o que constrói
nossa relação com a Igreja?
Dentre os sentimentos que têm extrema capacidade destrutiva, mesmo no seio do Corpo de
Cristo, a inveja é um dos que mais causam prejuízo.
E não por acaso o apóstolo Paulo se preocupa demais com esse tipo de sentimento,
entendendo, da parte do Espírito, todo efeito destrutivo de sua disseminação entre os crentes.
“Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.” (Gálatas
5.26)
Em compensação, o mesmo Paulo ensina, em sua epístola aos romanos, o valor da
abnegação – altruísmo – ou seja, o desprendimento em favor do outro: “Dediquem-se uns aos
outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.” (Romanos
12.10)
Sabe aquela disposição de dividir com as pessoas a alegria pela vitória? “Aquele culto foi uma
bênção e o trabalho de todos os envolvidos – do rapaz da logística ao pregador – redundou em
edificação para a igreja, salvação para o perdido e glória para o Senhor”.
Outra semente maligna que é disseminada entre nós é a da intriga, a da fofoca. Paulo
manifesta sua indignação aos coríntios, em sua Segunda Carta, chamando a atenção para esse
tipo de atitude que só traz prejuízo e destruição no meio do povo de Deus: “Pois temo que, ao
visitá-los, não os encontre como eu esperava, e que vocês não me encontrem como esperavam.
Temo que haja entre vocês brigas, invejas, manifestações de ira, divisões, calúnias, intrigas,
arrogância e desordem.” (12.20)
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos
pecados”, rebate o apóstolo Pedro, em sua Primeira Epístola 4.8, ensinando-nos a essência do
viver igreja, cuidando da reputação e da dignidade dos nossos irmãos e irmãs.
Nessa teia de sentimentos que insiste em nos envolver, ao longo da caminhada cristã, meu
amado irmão/minha amada irmã, só nos resta encarar a Igreja de Jesus, como Ele o fez, com
amor.
Se cada UM de nós decidir, de coração, investir na igreja – organismo vivo –, com certeza
construiremos um Corpo saudável e equilibrado e um lugar seguro para nós e para qualquer
pessoa que a ele se chegar.
“Mas somos humanos”, argumentaria você. “Humanos, mas habitados pelo Espírito –
responderíamos nós – portanto, perfeitamente capazes de, a partir de cada UM, construir uma
comunidade de MUITOS, reunidos em torno de UMA única filosofia de vida: a da Palavra de
Deus”. “Lâmpada para os meus passos”, como descreve o salmista (cf. Salmos 119.105), luz que
ilumina o caminho a cada obstáculo, a cada encruzilhada, a cada nova estrada.
Volte-se para a Palavra e descubra, junto conosco, que pode ajudar a fazer igreja como a dos
primeiros cristãos (cf. Atos dos Apóstolos, capítulo 2), onde TODOS estavam voltados para os
interesses de cada UM! TUDO em comum!
Encontraremos dificuldades? Certamente. Teremos lutas? Com certeza. Mas a Bíblia Sagrada
nos ensina que “um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um
cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (cf. Eclesiastes 4.12).
Nessas semanas temos desafiado você a se encaixar em um Pequeno Grupo. A partir do seu
PG, uma igreja em miniatura, você pode, se quiser, se decidir assim, irradiar a luz irresistível da
Palavra de Deus!
Qualquer dificuldade, trate segundo a Palavra de Deus, em amor. Não permita que os
sentimentos destrutivos do seu coração enganoso espalhem um rastro trágico, a partir de
relacionamentos mal resolvidos.
Esmere-se no estudo de Gálatas, capítulo 5. Faça-o seu livro de cabeceira até que tenha
internalizado os frutos do Espirito o suficiente para discernir toda e qualquer situação, à luz das
Sagradas Escrituras.
Há, sim, em nosso meio, a manifestação de todos os sentimentos – bons e ruins – que
permeiam os relacionamentos. A grande e vital diferença, meu amado/minha amada, é que nós
temos o Espírito Santo de Deus.
Dessa fonte que está dentro de nós, pode fluir a Água Viva que lavará de nosso meio todo
engano. Mesmo que nunca possamos contemplar uma igreja perfeita, certamente, a partir da sua
e da minha decisão de fazermos e vivermos comunidade, como manda a Bíblia, poderemos
contemplar uma igreja crescente e qualitativamente melhor. A partir de cada UM de nós e a
começar em cada UM de nós.
Não olhe para o lado e nem lembre de quem quer que seja. Concentre-se no que o Espírito
quer lhe ensinar hoje. Uma igreja viva e relevante se faz a partir de crentes vivos e relevantes:
vivos no Espírito de Deus e relevantes na Palavra de Deus.
Dessa forma, o nosso relacionamento com a Igreja de Jesus jamais será o mesmo,  porque
será permeado pelo amor de Deus em nossos corações. Daí olharemos, independentemente das
circunstâncias, para a nossa igreja com os olhos e com o amor de Cristo!
 
Passagem para memorizar
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos
pecados.” (1ª Pedro 4.8)
Ponto para refletir
Essa igreja é o lugar onde Jesus Cristo decidiu me colocar. É, também, a minha igreja!
Pergunta para responder
Como você tem considerado seu relacionamento com a Igreja local, à luz da Palavra de Deus?
a) péssimo; b) ruim; c) razoável; d) bom; e) ótimo; f) excelente. O que decide fazer, a partir de
agora, para melhorar (ou melhorar ainda mais, se for o caso) esse relacionamento?
 
ANOTAÇÕES
 
 
 
 
 
 
 

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


18º Dia – Os sentimentos que cada UM cultiva no coração
 
A máxima do Celebrando Restauração é “um dia de cada vez”. Nossa Campanha JUNTOS
para que muitos creiam também acompanha o mesmo ritmo.
No domingo passado, refletimos sobre a decisão de Deus em se relacionar com alguém à Sua
imagem e semelhança; na segunda, trabalhamos o nosso relacionamento com Deus; e ontem,
aprendemos mais um pouquinho sobre nosso relacionamento com a Igreja local.
No exame de sentimentos que podem destruir e construir nossos relacionamentos, não
queremos deixar nada de fora – a fonte de nossos sentimentos destrutivos ou construtivos, a
forma de Deus encarar nossos corações enganosos e a forma de nossos corações enganosos
encararem a igreja de Deus.
Hoje, começamos nossa caminhada pelas quatro atitudes negativas que destroem
relacionamentos e seus respectivos “antídotos” (as que constroem), encarando, respectivamente,
o egoísmo e a abnegação.
Num ambiente de estreita interdependência como o da igreja, um sentimento egoísta que
prioriza, acima de qualquer coisa, o “EU”, só pode ser extremamente prejudicial. Em todos os
sentidos.
Agora, imagine uma oração mais ou menos assim: “Senhor Deus, MEU Pai. Por favor, atenda
a MINHA oração ao invés do monte de orações que, neste momento, MEUS irmãos devem estar
fazendo. Em Nome do MEU Senhor Jesus. Amém!”.
Precisamos ter o maior cuidado com o que permitimos que nosso coração alimente, em termos
de sentimentos. Só precisa uma brechinha e o Inimigo de nossas almas aproveita pra fazer um
enorme estrago. E relacionamentos íntegros podem ser quebrados, depois de anos de mútuo
investimento.
A inveja, a intriga, a acepção de pessoa são, por exemplos, sementes malignas que, de modo
algum, podemos deixar sequer brotar em nosso coração.
Bateu qualquer coisinha esquisita, meu amado/minha amada, por favor, cuide de resolver, o
quanto antes. Para edificação da igreja e para glorificação do nome de Jesus.
Sabe o que Tiago adverte? “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não
vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e
invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não
têm, porque não pedem.” (4.1-2)
Esse Tiago andou bem pertinho de Cristo, viu com seus próprios olhos e ouviu com seus
próprios ouvidos da boca do Mestre as advertências a respeito do sentimento e do coração
enganosos do homem. Por isso, a preocupação do apóstolo com os crentes do seu e dos tempos
que viriam. Inclusive nós, discípulos desta Igreja, é claro!
E o livro da sabedoria de Deus, o que ensina sobre esse sentimento sutil e ardiloso que se
instala em nossos corações e que alimentamos muitas vezes sem sentir? “O ganancioso provoca
brigas, mas quem confia no Senhor prosperará.” (Provérbios 28.25)
Cultive em seu coração, meu amado/minha amada, sementes de paz e de contentamento, a
exemplo do apóstolo Paulo, na Carta aos Filipenses, que, em meio a prisões e privações, estava
preocupado mais com os outros do que consigo mesmo.
Deixe a Palavra de Deus plantar em seu coração os frutos do Espírito, para que você se deleite
na vitória e no sucesso do outro, independente se isso vai lhe trazer ou não algum benefício.
Não esqueça que aquele irmãozinho da mansão e aquela irmãzinha do louvor formam, JUNTO
com você, o Corpo Vivo de Cristo, cuja Grande Comissão, dada pelo próprio Jesus, é levar o
Evangelho aos confins da Terra.
E, como já vimos em um dos devocionais das primeiras lições, são a minha e a sua vida as
mais e acessíveis pontes entre o perdido e o Justo (cf. Gálatas 6.8).
E o meio mais eficiente de representar bem o Evangelho Salvador é transparecer, em ações, a
ação construtiva da Palavra em nossos corações. “Cada um cuide, não somente dos seus
interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Filipenses 2.4)
Já pensou no impacto de uma atitude como essa do versículo acima, a exemplo de Zaqueu,
durante a visita de Jesus à casa dele? O que vai pensar seu vizinho ao perceber que você
aproveitou para varrer a calçada dele quando estava varrendo a sua? E seu colega de trabalho ao
ver sua alegria quando ele teve que mudar para uma sala maior em consequência da promoção à
qual concorria com você?
“Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.”
(Gálatas 5.16)
Aceite essa orientação de Paulo e, a partir de hoje, meu amado irmão/minha amada irmã, pare
de olhar para o seu próprio umbigo e levante os olhos para o quê (e quem) lhe cerca.
Imagine o impacto que causará nas pessoas de seu círculo de relacionamento ao tratá-las e
encará-las como mais importantes do que você, independente de sua posição, profissão ou
condição!
E o amor de Cristo que inundará seu coração transbordará pra tudo que é lado, salpicando de
vida os mortos em delitos e pecados que lhe rodeiam. Para glória de Deus!
 
Passagem para memorizar
“De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que
guerreiam dentro de vocês?” (Tiago 4.1)
Ponto para refletir
Olho ao MEU redor e só vejo a mim mesmo... E a mais ninguém.
Pergunta para responder
Você já alimentou, alguma vez, aquele sentimento de inveja pelo sucesso de alguém, ou ainda,
alegrou-se com o fracasso de outrem? 
ANOTAÇÕES
 
 
 
 
 

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


19º Dia – O pensamento que UM é mais (menos) importante entre MUITOS
 
O orgulho é outro sentimento perigosíssimo, pela influência que exerce em nosso ego. E um
ego “inchado” é sinônimo de arrogância, prepotência e outras ações danosas ao nosso
relacionamento com as pessoas e, em especial, com Deus.
Nos dias em que vivemos, quando a egolatria (o culto de si próprio) é cantada em verso e
prosa, evitar a todo custo o orgulho é fator essencial de saúde e crescimento espirituais.
Salomão, do alto da sabedoria que ele pediu – e recebeu – de Deus, nos admoesta: “O orgulho
só gera discussões, mas a sabedoria está com os que tomam conselho.” (Provérbios 13.10)
E tem mais. O cultivo do orgulho e da vaidade pelas habilidades especiais (ou naturais) que
Deus lhe tem dado, pode levar a um patamar ainda mais perigoso, o da soberba. Tão ou mais
danoso que o orgulho, esse sentimento exerce tamanha influência sobre qualquer um, que levou
Satanás, um anjo de luz, a intentar ser igual ao Senhor (cf. 1ª Timóteo 3.6). Atitude impensada e
soberba que o levaram a ser expulso da presença de Deus e condenado à perdição eterna (cf.
Apocalipse 20.10).
Agora raciocine junto conosco. Se o orgulho e a soberba levaram um anjo poderoso a uma
queda tão desastrosa, imagine o que poderá fazer com pobres mortais pecadores como NÓS?
“O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda.” (Provérbios 16.18)
É isso aí, meu amado/minha amada, caminhemos firme e resolutamente na direção
diametralmente oposta ao orgulho, enchendo-nos do fruto do Espírito chamado humildade.
Quanto mais baterem em suas costas, dizendo “o irmão é uma bênção!”, mais responda:
“Glória a Deus!”.
E tome como exemplo e modelo para sua vida e ministério a atitude proativa e consciente do
próprio Jesus, O qual, embora sendo totalmente Deus, assumiu o lugar de servo. “Nada façam por
ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si
mesmos. (...) Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus não
considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se.” (Filipenses 2.3,5-6)
Deixe-me confessar-lhe uma coisa: muitas vezes temos dificuldade em assumir Jesus como
modelo de vida. Pensamos na condição ímpar que Lhe era peculiar pelo fato de ser Deus e
homem ao mesmo tempo.
Sabemos que se não fosse Sua natureza essencialmente humana o sacrifício vicário não teria
nenhuma validade, já que a exigência para pagamento do preço do pecado exigia – a exemplo do
Velho Testamento – a imolação de um Cordeiro perfeito.
Por outro lado, nos agarramos a modelos bíblicos bem mais próximos de nossa realidade
humana, como os grandes heróis da fé que, de um modo ou de outro, legaram-nos suas ações
sacrificiais em benefício do Reino e da Obra de Deus.
Essa pequena partilha é para dizer que é possível fazer e viver igreja como Jesus sonhou.
Porque dEle vem a força, o poder, a unção e a capacitação que nos torna o que Paulo afirma que
podemos ser: “Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho
homem que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a
revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade
provenientes da verdade.” (Efésios 4.22-24)
Essa campanha e essa série de pregações, devocionais e ações práticas  têm por finalidade
levar você, conosco, para o mais perto de Deus que possamos conseguir, hoje.
Porque amanhã queremos que, JUNTOS e a partir de cada UM de nós, MUITOS possam
multiplicar essa ação de amor que o Espírito de Deus tem permeado em nossos corações, a fim
de que nos revistamos de poder o suficiente para uma caminhada saudável e relevante, como
discípulos e como igreja.
Sem você não vamos conseguir. E sabe por quê? Porque Deus sonhou pra nós um sonho só.
Somos a Igreja do Senhor, o Corpo de Cristo, no qual CADA membro é um ministro e cada
ministro UM servo.
Uma comunidade onde a glória, a honra e o louvor são canalisados em UMA só direção: o
trono do Deus Altíssimo, Senhor e Criador do Universo. E único digno de elogio e adoração!
 
Passagem para memorizar
“O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda.” (Provérbios 16.18)
Ponto para refletir
Ninguém sabe fazer tão bem o que eu faço quanto eu!
Pergunta para responder
Até que ponto, tenho dado a Deus a glória e a honra pelas ações que tenho realizado?
 
ANOTAÇÕES
 
 

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


20º Dia – A segurança baseada em UM homem e em Deus
 
Alguma vez você já se flagrou defendendo “ardorosamente” a sua função no Corpo de Cristo?
Como líder de ministério, líder de Pequeno Grupo, coordenador deste ou daquele evento e coisas
desse tipo? Ou reivindicando em causa própria sua participação numa determinada área da igreja,
para a qual você se considera “chamado” por Deus?
Se a sua resposta for “sim”, não se preocupe você não é nem um pouquinho diferente de
qualquer um de nós. Se a sua resposta for “não”, cuidado para não estar tentando enganar a si
mesmo.
Desculpe, não nos cabe julgar e jamais faríamos isso, mas acontece que é corriqueiro no ser
humano esse tipo de atitude.
Queremos, de um modo geral, nos destacar em meio ao grupo ou comunidade em que
vivemos. Seja na escola, no trabalho, na família, no círculo de amigos ou na igreja.
– Fui indicado aprendiz de líder do meu Pequeno Grupo!
– Fui nomeado coordenador da minha equipe de trabalho na igreja!
– Fui cumprimentado (de passagem, mas tudo bem) pelo pastor na entrada da tenda, no
domingo passado!
Anseio de se autopromover, desejo de se destacar. Nada mais natural em pobres mortais
pecadores como nós. Mas perigoso, traiçoeiro, destrutivo!
Insegurança é o título adequado a esse tipo de comportamento.
“Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.”
(Provérbios 29.25)
Quem pensa – e age – dessa maneira, corre o risco de passar por cima de qualquer pessoa, a
fim de se garantir ou alcançar esse ou aquele cargo de destaque.
E sabe por quê? Porque tem medo de uma possível concorrência e, principalmente, porque
não confia em si mesmo e no propósito que Deus tem separado para si, no Corpo de Cristo.
Lembra qual foi a resposta de Jesus à insegurança dos apóstolos, que disputavam entre si
posições no céu?
“Jesus lhes disse: 'Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha
direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para
quem foram preparados por meu Pai'.” (Mateus 20.23)
“Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai” , disse Jesus.
Meu irmão/minha irmã, as coisas já estão definidas quanto a nós e quanto a você, tanto na
eternidade quanto na atualidade.
Cada UM de nós ocupa, exatamente, o lugar que o Senhor reservou, no tempo e no espaço.
Nosso sentimento não pode ser o mesmo de Adão, no Éden, como já vimos em um de nossos
devocionais anteriores, quando, consciente de sua miserável condição e da superior situação de
Deus, intentou esconder-se de Sua presença, sob a desculpa de que estava nu (cf. Gênesis 3.10).
Adão não levou em conta que Deus, mercê do amor capaz de nos esvaziar de todo medo e
toda insegurança, nos permite vislumbrar, em meio às circunstâncias mais adversas, a proteção
que Ele dispensa ao Seu povo, como aconteceu com o moço do profeta:
“E Eliseu orou: 'Senhor, abre os olhos dele para que veja'. Então o Senhor abriu os olhos do
rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu. (2º Reis
6.17)
“No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe
castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.” (1ª João 4.18)
“Nossa luta não é contra carne nem sangue”. Pare de concentrar sua atenção no outro e foque
no que é realmente importante, a batalha espiritual e as armadilhas demoníacas que nos afligem
todos os dias de nossa vida cristã.
“Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele
em Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é
amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. Dessa forma o
amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste
mundo somos como ele.” (1ª João 4.15-17)
Essa é a realidade do discípulo de Jesus. Nossa confiança reside no Senhor e nEle
encontramos todo amor, que expulsa o medo e afasta a insegurança.
Na Igreja de Jesus nem UM de nós tem mais importância do que ALGUNS e muito menos do
que MUITOS. Somos – e estamos – TODOS num mesmo nível e recebemos do Pai a mesma
atenção e o mesmo carinho.
Não seria um título, por mais honroso que nos pudesse parecer, que nos aproximaria mais das
luzes celestiais, porque as luzes naturais só destacam o exterior e Deus, em Sua insuperável
capacidade de enxergar, consegue distinguir os desígnios de nosso interior. Interior, aliás, que é a
parte de nosso corpo na qual Deus está realmente interessado. Porque onde estiver o nosso
tesouro estará também o nosso coração, como nos revela a Escritura Sagrada.
 
Passagem para memorizar
“Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.”
(Provérbios 29.25)
Ponto para refletir
Minha fonte de inspiração é o meu serviço na igreja. Sem servir me sinto frustrado.
Pergunta para responder
Em que lugar do meu coração tenho colocado o meu serviço na igreja? Onde tenho posto o
meu coração, no serviço ou no Senhor do serviço?
 
ANOTAÇÕES
 
 
 

SEMANA 3: O que destrói e o que constrói relacionamentos?


21º Dia – O sentimento do homem visando ALGUNS e o sentimento de Deus visando
TODOS
 
Temos tratado, desde o início desta semana, de males que afligem o Corpo de Cristo,
abalando as estruturas relacionais entre irmãos.
Egoísmo, orgulho e insegurança estiveram em nosso campo de visão, a exemplo de seus
respectivos “antídotos”, que, da parte do Espírito de Deus, como esclarece Paulo, em sua Carta
aos Gálatas, fortalecem o espírito de cada UM de nós para vencer o velho homem.
Nessa caminhada, que esperamos esteja sendo ascendente para você, assim como tem sido
para nós, chegamos à última das quatro atitudes negativas que fragilizam e até destroem os
nossos relacionamentos.
“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e
cause perturbação, contaminando muitos.” (Hebreus 12.15)
Repare bem que o autor da Carta aos Hebreus fala de contaminação e exclusão. A primeira
relacionada à igreja e a segunda em relação ao próprio Deus. Não resta dúvida, a partir da análise
de um ensinamento como esse, sobre a capacidade de destruição de tal sentimento, não é
mesmo?
E, amado irmão/amada irmã, nossa experiência nos tem ensinado, a custo de lágrimas e
ranger de dentes, que a amargura é um tipo de tumor maligno, de origem emocional e diabólica
que, se não tratado a tempo e a hora, costuma levar até mesmo à morte um, até então, sólido laço
de amizade.
A semente da amargura brota em um coração fertilizado pela inveja, pela facção, pela
insegurança e por outros tipos de sentimentos de natureza negativa e destrutiva.
O salmista chega a falar da profundidade que tal mal alcança na alma de uma pessoa, a ponto
de anular qualquer traço de sensatez e de capacidade de discernimento, reduzindo a imagem e
semelhança de Deus à condição animalesca.
“Quando o meu coração estava amargurado e no íntimo eu sentia inveja, agi como insensato e
ignorante; minha atitude para contigo era a de um animal irracional.” (Salmos 73.21-22)
“Se a amargura tem tanta capacidade destrutiva, como posso me defender de tal coisa?”, você
pode estar se perguntando. Com a Palavra de Deus, amado irmão/amada irmã. Para todo e
qualquer tipo de sentimento, pensamento, ação ou reação do ser humano, a Bíblia tem o remédio
e, até mais importante do que isso, tem a prevenção.
E para a amargura que provoca o ressentimento, a raiva e até mesmo o ódio pelo outro, a
Escritura receita: o perdão!
Não há nada que o perdão não resolva, principal e primeiramente no coração de quem libera.
Olha que “tratado teológico” maravilhoso nos oferece Tito em sua carta, resumindo, em poucas
linhas, todo o Plano de Salvação do Criador para a criatura: “Houve tempo em que nós também
éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de
paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando uns aos
outros. Mas quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor
pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua
misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele
derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de
que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna. ”
(Tito 3.3-7)
Agora, por favor, venha conosco se debruçar sobre os textos sagrados e, deles, extrair toda
essência do viver cristianismo.
Se Deus, que é santo, puro, justo, perfeito e, apesar da aversão ao pecado, conseguiu nos
perdoar a ponto de sacrificar uma parte essencial de Si mesmo, para nos reconciliar consigo,
como é que nós, seres humanos limitados, cheios de defeitos, temos a ousadia de intentar nos
separar de um irmão, só porque ele, num momento de fraqueza, atingiu ao Senhor, em primeiro
lugar, e a nós, por consequência?
Examine com atenção o ensinamento de Tito. Fomos justificados pela Graça, ou seja,
ganhamos, sem nenhum mérito termos para isso, o maior de  todos os presentes. Por puro amor,
da parte de Deus!
Como Paulo enfatiza aos colossenses, com palavras mais diretas e um pensamento mais
sucinto, embora afinado com o ensino de Tito:
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros.
Perdoem como o Senhor lhes perdoou.” (Colossenses 3.13)
Perdoou – a ação está no passado. Já aconteceu. Já fomos perdoados por Deus, então, o que
você está esperando para arrancar essa raiz de amargura do fundo do seu coração e correr pra
liberar perdão, envergonhando o Diabo, edificando a igreja e glorificando o Nome de Jesus?
Feche o seu dia com chave de ouro, se deleitando nas maravilhosas palavras do profeta
Isaías, transcritas em nossa “Passagem para memorizar”.
 
Passagem para memorizar
“Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já
está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no
ermo.“ (Isaías 43.18-19)
Ponto para refletir
Cultivo em meu coração raízes de amargura que já viraram árvores de ressentimento.
Pergunta para responder
Qual foi a última vez que tratei um assunto mal resolvido, arrancando a raiz de amargura e
plantando a semente do perdão?
 
ANOTAÇÕES
 

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SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


22º Dia – Reconhecendo O valor que Deus tem dado ao outro

Chegamos à quarta semana de nossa Campanha JUNTOS para que muitos creiam e se
você, meu amado (minha amada), tem acompanhado, domingo a domingo, a nossa série e, dia a
dia, o nosso devocional, damos graças a Deus por sua vida.
Para crescer na fé e firmar a caminhada, precisamos comprometer-nos, em primeiro lugar com
Cristo e, a seguir, com a Igreja de Cristo – Seu Corpo Vivo aqui neste mundo.
A esse comprometimento chamamos maturidade espiritual. Maturidade que só se alcança com
simplicidade, diligência e piedade.
“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo”,
(5.11), é a recomendação do apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos Tessalonicenses,
baseado na premissa de que temos a necessidade de investir nas vidas UNS DOS OUTROS, a
fim de que, JUNTOS, cresçamos na Graça e no Conhecimento de Jesus.
Em um mundo dominado pelo egocentrismo (culto a si próprio), temos que ser fortes sob pena
de sucumbirmos à competição, a mais das vezes desigual e desleal, tendo que “matar um leão a
cada dia”.
Às vezes, no caso do crente, não é bem apenas um leãozinho de nada. Parece mais com
gigantes do tipo Golias, que, de cima dos seus quase três metros de altura, o encara com gana de
trucidá-lo.
E não se vence batalhas espirituais, meu irmão (minha irmã) lutando sozinho. Além de jejum e
oração, como nos recomenda Cristo, carece ainda contar com pessoas que nos amam e nos
conhecem de perto, a fim de, entendendo nossas fraquezas – e as delas – possam ombrear-se
conosco na árdua batalha de se manter de pé “só por hoje”.
“Um dia de cada vez”, como diz o pessoal do Celebrando Restauração!
Mas nada fazemos de construtivo, se não reconhecermos que aquele(a) que caminha do nosso
lado tem um valor inestimável para nós, como um diamante bruto que Jesus vem lapidando, dia
após dia, desde que o(a) alcançou.
E sabe o que Paulo – que sempre tinha alguém do seu lado, como Silas, por exemplo –
ministra, a respeito, em sua Carta aos Romanos?
“Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que
vocês glorifiquem a Deus.” (15.7) [grifos nossos]
O apóstolo tinha consciência clara de que, sozinho, não conseguiria cumprir com excelência o
mandato de que Cristo o tinha incumbido, ou, ao menos, manter-se em equilíbrio frente a suas
próprias lutas.
Assim como nós e como você, Paulo discernia, da parte do Espírito, que precisava aceitar as
pessoas como eram, a fim de ganhar o espaço necessário para crescerem, UM investindo na vida
do OUTRO, a fim de que MUITOS igualmente amadurecessem.
Lembra daquele (a) irmãozinho (irmãzinha) complicado (a) – e bota complicado nisso –, pois é
exatamente esse (a) que Cristo pôs pertinho de você para que, JUNTOS, se exercitem no amar
incondicional.
Como o próprio Jesus amou. Ou você esqueceu a história de Pedro, o discípulo “da montanha
russa”?! Ora estava no alto do monte, cheio de discernimento e sabedoria; ora estava no fundo do
vale, cheio de engano e cegueira espiritual.
E foi exatamente a ele que o Mestre disse: “... Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo.21:17)
Cristo dispensou atenção a Pedro. E você, quanta atenção tem dispensado às pessoas do seu
Pequeno Grupo ou de seu círculo de relacionamento mais chegado, na igreja e fora dela?
“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família
da fé.” (Gálatas 6.10)
Quantas vezes tem parado para dedicar tempo e atenção ao (à) irmão (ã), que, do outro lado da
linha, teima em conversar com você, ignorando completamente suas “cortadas”?!
Nesses dias mesmo, enquanto trabalhávamos nos preparativos da Campanha, saímos pra
almoçar perto do Kerigma.
Queríamos dar uma espairecidazinha, sabe? Relaxar um pouco, almoçando fora do ambiente
de trabalho, diferente da nossa rotina diária. Afinal de contas era sábado e ninguém é de ferro,
não é mesmo?
Pois bem. Preparamos o nosso prato, sentamos à mesa, pedimos um suco de cajá ao solícito
garçom que nos atendeu. Encaramos “cobiçosos”, as iguarias que escolhêramos e... O celular
gritou escandalosamente!
Tudo em nosso ser – razão, emoção e vontade – clamavam para que completássemos o gesto
e levássemos a colher cheia à boca!... Mas, repousamos a colher no prato e levamos o telefone
ao ouvido.
A conhecidíssima voz do outro lado indagou ansiosa: – Você tem tempo agora? – Claro! Foi a
pronta resposta. E era verdade. Minha fome podia esperar. O irmão, não! Para o amor não tem
tempo ruim, sempre é hora de amar... E ser amado! Preservados os famosos “limites saudáveis”!
Pra não tomar muito do seu tempo, saiba que a conversa durou “intermináveis” 20 a 30
minutos. E a comida? Bem, estava esfriando no prato, não é?! Afinal de contas ar condicionado e
comida quente nunca combinaram.
Quando, finalmente, pudemos voltar ao prato e, enquanto degustávamos nosso delicioso
repasto, pensávamos quão importantes tinham sido aqueles 20 a 30 minutos... De atenção!

Passagem para memorizar


“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo.” (1ª
Tessalonicenses 5.11)
Ponto para refletir
De quanto me valeram aqueles preciosos minutos em que pude desabafar, com alguém do
meu Pequeno Grupo – ou irmão (ã) da igreja – num momento em que estava tão aflito?
Pergunta para responder
Nesses últimos meses, quanto tempo tem separado para ouvir alguém? E nas últimas
semanas? E nos últimos dias? E esta semana?

ANOTAÇÕES

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


23º Dia – Apreciando O outro com quem Deus lhe tem dado conviver
Você sabe qual sentimento norteou nossa decisão quando, naquele sábado, deixamos de lado
nosso prato de deliciosa comida e dedicamos tempo e atenção ao irmão do outro lado da linha?
Afeto.
“(...) sm (lat affectu) 1 Sentimento de afeição ou inclinação para alguém. 2 Amizade, paixão,
simpatia”, esses são os conceitos do verbete afeto, em um conceituado dicionário. Atente que as
“ações inclusivas” são destaques na definição desse sentimento, do ponto de vista linguístico.
Da mesma forma como acontece na Bíblia Sagrada: “Saúdem uns aos outros com beijo santo.
Todas as igrejas de Cristo enviam-lhes saudações” (Romanos 16.16).
Paulo faz questão de ressaltar o gesto carinhoso e íntimo na recíproca prática de
demonstração de afeto entre irmãos em Cristo.
Qualquer semelhança não é mera coincidência. Enquanto o mundo enfatiza e cultua a
aproximação e a intimidade interesseira, a igreja enfatiza e cultua o relacionamento generoso e
desprendido.
Somos UM Corpo, de MUITOS Membros, dentre os quais, precisamos aproximar-nos mais de
ALGUNS. Temos que ser carinhosos UNS COM OS OUTROS, para que TODOS sintam o amor
incondicional de Deus.
Lembro que, quando pela primeira vez cheguei a um culto em nossa Igreja, descrente e cheio
de malícia, fui impactado pelas ações afetuosas desprovidas, completamente, de quaisquer
libertinagens e lascívias.
Fui abraçado, beijado e acarinhado como jamais havia sido em toda a minha vida. Contando,
inclusive, a minha família.
Da recepção, no culto, à relação profissional, no dia a dia, parece que aquelas pessoas
cuidavam mais das outras do que de si mesmas. Era impactante!
E eu ali, bem no meio delas, me sentindo um “peixe fora d’água”!
Mas aquele sentimento que transbordava das atitudes daquela gente, até bem pouco tempo
completamente estranha pra mim, amoleceu, pouco a pouco, meu endurecido e manipulador
coração e me deslocou, irresistivelmente, à intimidade de Cristo.
Havia um clima de respeito e consideração entre as pessoas daquele lugar. E quando alguém
atingia outra pessoa, logo se preocupava em resolver, a fim de preservar esse relacionamento,
como se fosse muito mais importante do que seus próprios interesses e opiniões.
Era a apreciação que reinava naquele círculo de pessoas, de todas as cores, formas e
tamanhos.
“Agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no
trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham.” (1ª Tessalonicenses 5.12)
Veja que Paulo complementa o mandamento que deu à igreja de Filipos e que inserimos no
devocional de ontem. Confira, por favor, 1ª Tessalonicenses 5.11, em nosso estudo do 22º dia.
Muitas das vezes o desgaste do dia a dia, natural e compreensível num grupo de pessoas que
trabalha no mesmo lugar, provoca o afastamento desse (a) ou daquele (a) irmão (ã). Uma palavra
mais dura, um gesto mais ríspido e, pronto, desejamos passar um monte de dias sem rever a cara
do (a) irmão (ã).
Essa é a tendência natural do velho Adão que insiste em se manifestar dentro de cada um de
nós.
– Perdoei, mas prefiro tratar com outra pessoa, quando precisar de novo daquele ministério!
Nunca vi grosseria e arrogância maiores!
Atente para as palavras de Paulo, meu amado (minha amada). Veja que o apóstolo faz questão
de destacar que devemos ter consideração para com os que trabalham junto conosco. E com os
que lideram e aconselham.
Sabe a opinião de seu (sua) líder de Pequeno Grupo sobre aquele assunto delicado que você
precisava resolver? Pois é. Ele (a) estava se baseando, como estamos fazendo agora, na Palavra
de Deus.
A intenção dele (a), meu amado (minha amada) era exortar você, em amor, da parte do que
ensina a Bíblia sobre o assunto em questão.
Mas sabe o que acontecia? Você não queria saber do que Deus diz sobre aquilo; queria
mesmo era fazer o que lhe desse na cabeça. Daí seu sentimento de rejeição para com o(a)
irmão(ã), que, mais das vezes, estava mesmo era valorizando você!
Aceitando-o (a), dando-lhe atenção, dedicando-lhe afeto e o (a) apreciando, a fim de que,
através de UM, Cristo reinasse na vida de ALGUNS e, daquele pequeno ajuntamento,
respingasse em MUITOS.
Para que a Igreja de Jesus, organismo vivo, nascido na cruz do Calvário e ungido no Dia de
Pentecostes, crescesse na Graça e no Conhecimento de Deus, para glorificação do Nome do
Senhor.
Termine o seu dia, meu amado irmão (minha amada irmã), recebendo, da nossa parte, a
saudação do apóstolo Pedro: “Saúdem uns aos outros com beijo de santo amor. Paz a todos
vocês que estão em Cristo.” (1 Pedro 5.14) Até pra você não sair por aí dizendo que só Paulo
gostava dessa história de beijo santo, tá?!

Passagem para memorizar


“Agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no
trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham.” (1ª Tessalonicenses 5.12)
Ponto para refletir
Ser aceito e apreciado não quer dizer, necessariamente, ser acatado em tudo que penso, falo e
prefiro.
Pergunta para responder
Quanto tenho investido no meu e no crescimento espiritual de outra(s) pessoa(s)?

ANOTAÇÕES

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


24º Dia – Orando, cada UM, incessantemente, por UM

“Epafras, que é um de vocês e servo de Cristo Jesus, envia saudações. Ele está sempre
batalhando por vocês em oração, para que, como pessoas maduras e plenamente convictas,
continuem firmes em toda a vontade de Deus.” (Colossenses 4.12)
Quando vi esse nome Epafras – que significa “amável” – decidi fazer uma pesquisa em busca
de maiores informações sobre alguém que Paulo chama, em outros trechos da Bíblia, “nosso
amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco” (Colossenses 1.7) e “meu companheiro
de prisão por causa de Cristo Jesus” (Filemom 1.23).
Isso porque uma pessoa que Paulo se refere como quem “está sempre batalhando (...) em
oração, para que (...) pessoas (...) continuem firmes em toda a vontade de Deus”, só pode ser
alguém muito especial.
O termo sempre é muito abrangente e inclusivo. Os dicionários conceituam esse verbete como:
“adv (lat semper) 1 A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2 Constantemente,
continuamente, sem cessar”.
Sem cessar foi a definição que mais se encaixa em nosso caso, pois é dessa mesma forma
que o apóstolo recomenda que nos posicionemos em relação à intercessão, na Igreja de Jesus.
Vamos esmiuçar Colossenses 4.12?
a) Epafras era um colossense (“é um de vocês”); b) se preocupava com os irmãos (“envia
saudações”); c) orava por toda a igreja (“está sempre batalhando por vocês em oração”); d) orava
com objetividade (“para que (...) continuem firmes em toda a vontade de Deus”); e) orava,
inclusive, pelos que considerava firmes na fé (“pessoas maduras e plenamente convictas”).
Você já imaginou um (a) irmão (ã) da igreja que ora, sem cessar, por você, mesmo que lhe
considere uma pessoa madura na fé e que vocês não tenham nenhum contato?
E você sabe por que essa pessoa ora com essa constância?
Para que “vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o
comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo
conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus”, conforme ensina
Efésios 3.18-19.
Então, que tal invertermos os papéis e, a partir de hoje e durante todo o restante dessa
semana, você escolher, aleatoriamente, um (a) irmão (ã) pelo (a) qual vai orar, incessantemente!
Ore caminhando, correndo, dirigindo, comendo, descansando... Ore, ore, ore! A toda a hora, a
todo o momento, em todo o tempo!
Outra coisa. Não precisa orações elaboradas ou recheadas de clichês evangélicos, tipo
“Louvado seja o Nome do Senhor, pra sempre seja louvado”, ou qualquer coisa do tipo!
Basta, a cada novo momento, interceder pelo (a) irmão (ã), em uma área diferente e de modo
claro e simples. Tipo “Senhor, por favor, cuida da família do (a) irmão (ã) __________________, a
fim de que sobre ela recaia toda sorte de bênçãos espirituais e toda proteção contra os desígnios
do mal, seja esse mal humano ou angelical”.
E assim por diante. Cada momento, uma oração, cada oração, um assunto, cada assunto, uma
frase.
Lembre da importância que Deus dá à oração:
“Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que
ele cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os
presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A
oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele
será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros
para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele
orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e
meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos.” (Tiago 5.13-
18) [grifos nossos]
Escudados nesse e em outros trechos sagrados que atestam e testificam do poder da oração,
meu amado (minha amada), vamos, a contar de hoje, dedicar três dos nossos devocionais desta
semana à oração.
E lhe convidamos para que, JUNTO conosco, faça desse tempo uma verdadeira cruzada
intercessora que cobrirá TODA a igreja, UM por UM de seus membros.
Temos especial carinho por heróis bíblicos tipo Epafras, cujo perfil combina com qualquer um
de nós. Ele era uma pessoa comum, feito nós, feito você. Nada de especial, tipo diácono,
presbítero ou profeta é registrado sobre ele.
Por isso mesmo, sua participação se torna ainda mais singular, já que Paulo a ele se refere
como alguém sempre disposto a servir a outras pessoas.
Ele é, para Paulo, o “amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco” e o “meu
companheiro de prisão”, além de alguém que “está sempre batalhando em oração”. Era moleza o
nosso Epafras, ou não?!
Se você não considerar “herói” alguém que se encaixa nesse perfil descrito por Paulo, então
temos muita dificuldade em discernir quem satisfaria sua exigente expectativa.
De qualquer maneira, independentemente do que nós ou você pensamos, internalize o ensino
bíblico que garante a oração como um serviço primário e essencial na Igreja de Jesus. Por isso a
ela dedicaremos, igualmente, tempo e atenção especiais!

Passagem para memorizar


“Epafras, que é um de vocês e servo de Cristo Jesus, envia saudações. Ele está sempre
batalhando por vocês em oração, para que, como pessoas maduras e plenamente convictas,
continuem firmes em toda a vontade de Deus.” (Colossenses 4.12)
Ponto para refletir
Senhor, eu quero ser como Epafras, um “servo de Cristo Jesus que está sempre batalhando
pela igreja em oração, para que ela continue firme em toda a Sua vontade”.
Pergunta para responder
Como você se sentiria abraçando um ministério como o de Epafras, até o final de nossa
Campanha? Vamos experimentar?!

ANOTAÇÕES

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


25º Dia – Orando, cada UM, incessantemente, por ALGUNS

Como você se sentiu abraçando (ou não) um ministério do caráter do de Epafras? Conseguiu,
desde ontem, orar incessantemente por alguém? Não conseguiu orar por ninguém? Orou só em
alguns momentos?
Bom. Compreendemos que essa é uma das mais difíceis batalhas que o crente enfrenta em
seu crescimento espiritual. Compreendemos, também, no entanto, que, sem oração, não há quem
consiga galgar na direção da estatura de Cristo.
Por isso, decidimos, em nosso coração e diante de Deus, “comprar essa briga”, como pessoas
maduras na fé ou, pelo menos, como alguém que, sensível ao mover do Espírito, se coloca “na
brecha”, em favor da Igreja de Jesus.
E, para qualquer dos perfis acima em que você se encaixe, seria muito importante que fizesse
suas as palavras do autor de Hebreus: “O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe
de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, os aperfeiçoe em
todo o bem para fazerem a vontade dele, e opere em nós o que lhe é agradável, mediante Jesus
Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.” (13.20-21)
Por favor, não se preocupe em decorar nada. Também não precisa reler o que acabamos de
transcrever. Muito pelo contrário. Só internalize a mensagem implícita na oração do autor
inspirado pelo Espírito. Mas ore com suas próprias palavras, da maneira que souber se expressar.
Lembre-se de que Deus está preocupado com seu coração e não com sua expressão. E,
encontrando em você um coração piedoso, disposto a interceder, genuína e incessantemente,
pela Igreja que Ele mesmo decidiu resgatar, com certeza tornará realidade, em sua vida, a oração
do apóstolo Paulo em favor dos Romanos:
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que
vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (15.13)
Esperança, confiança e poder são, pra nós, as palavras chave dessa passagem bíblica.
Na esperança está calcada nossa confiança de que Deus está no controle de tudo que
acontece conosco, a Igreja dEle; no poder está calcada nossa confiança de que Deus age em
nosso favor e, por consequência, nos capacita quando nos sentimos incapazes, como fez com
Gideão, cf. Juízes 6.12.
Como já enfatizamos, amado irmão (amada irmã), a oração é um problema na vida de MUITOS
dos crentes. Para UNS, porque demandaria conhecimento bíblico; para outros, porque
demandaria separar tempo e atenção, requisito inalcançável, na maioria dos casos; e, finalmente,
para ALGUNS ainda, porque demandaria a disposição de encarar minutos de joelhos, em ação
inclusiva e extensiva a Deus.
Em resumo. Nos casos que citamos e quaisquer outros, a oração requer uma virtude
fundamental na vida de TODA pessoa: disciplina. No nosso caso, em particular, disciplina
espiritual.
Disciplina espiritual, amado irmão (amada irmã), que se adquire paralelo ao amadurecimento
espiritual, objetivo da Campanha JUNTOS para que muitos creiam, esta semana.
Temos falado de ações, de várias e diferentes características. E, sabe, meu amado (minha
amada), em muitas das oportunidades que temos na vida caberia o ditado popular “por falta de um
grito se perde uma boiada”!
E gritar, nada mais é do que pôr em ação uma capacidade inata ao ser humano. Donde se
pode filosofar, de livre interpretação, que se estaria exercitando uma habilidade que nos foi legada
por Aquele que nos criou à Sua imagem e semelhança, não é mesmo?!
Então, meu amado (minha amada), o que você está esperando? Temos falado tanto em ação,
nessas últimas semanas, por que não aceita o nosso convite e se JUNTA a nós nessa verdadeira
cruzada, e se torna mais UM nas fileiras dos guerreiros (cf. Juízes 6.12) que Cristo tem convocado
nessa comunidade?
Ou tem alguma semente de dúvida em seu coração? Se for esse o caso – e mesmo que não
seja – cresça mais um pouquinho refletindo sobre a oração de Paulo, dessa vez em favor dos
Efésios:
“Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e
de revelação, no pleno conhecimento dele.” (1.17)
Sabedoria, revelação e conhecimento, meu amado irmão (minha amada irmã), são, pra nós, as
palavras chave desse trecho bíblico. Sabedoria para que você compreenda o momento histórico
que Deus está vivenciando em nosso meio; revelação para que o seu espírito sintonize com o
Espírito de Deus e, JUNTOS, possam crescer no conhecimento do Senhor.
Para que você se deixe sensibilizar pela límpida compreensão do sacrifício vicário de Cristo e
tome posse dessa vitória que já lhe foi conferida pelo Próprio, quando orou ao Pai, com as últimas
forças que restavam ao Seu humano e martirizado corpo: “Está consumado!”.
O que está esperando, meu amado (minha amada)? Entenda que, sem você, os MUITOS que
estão aqui, hoje, não serão os mesmos, já que, de entre ALGUNS, sua vida piedosa transbordará
Graça e Misericórdia a TODA esta comunidade de discípulos – nossa amada Igreja.
Passagem para memorizar
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que
vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (Romanos 15.13)
Ponto para refletir
Tenho eu me disciplinado para crescer no conhecimento de Deus o suficiente para estar
sensível ao mover do Seu Espírito na minha vida e na vida da minha comunidade?
Pergunta para responder
Como você vai reagir à saudação que Cristo está lhe fazendo, nesse exato momento, “O
Senhor está com você, poderoso guerreiro”, a exemplo do que aconteceu com Gideão,
insignificante aos seus próprios olhos, mas importantíssimo aos olhos de Deus?

ANOTAÇÕES

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


26º Dia – Orando, cada UM, incessantemente, por MUITOS

Chegamos ao quinto dia da semana do crescimento espiritual e ao terceiro dia de nossa


“cruzada intercessora”.
Se você ainda está conosco, louvamos a Deus por sua perseverante disciplina; se parou em
algum momento, mas voltou hoje, louvamos a Deus por sua sensibilidade ao mover do Espírito; se
só hoje conseguiu se debruçar sobre essas humildes peças devocionais, louvamos a Deus,
exultantes, e o (a) recepcionamos em o Nome de Jesus!
Só estava faltando você, poderoso (a) guerreiro (a)!
“O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo
Jesus.” (Romanos 15.5)
Diga-nos uma coisa. Não tem certas ocasiões em que o texto bíblico lhe parece escrito como
se o autor estivesse referindo-se, exclusivamente a você, naquele exato momento de sua vida?
Pois acredite que, pra nós, este Romanos 15.5 veio, da parte do Espírito, se encaixar como uma
luva em nossa presente realidade, como crentes e como Igreja.
Consideramos, pois, a ministração de UM (Paulo) para o crescimento de ALGUNS (PIB), que
se refletirá, com certeza, nas vidas de MUITOS (Fortaleza). A fim de que eles creiam!
Não existe, em nosso entendimento, ação que se encaixe melhor, no momento que estamos
vivendo, do que perseverar. Em se tratando de um movimento de tamanha intensidade e impacto
na vida de uma comunidade cristã, sem sombra de dúvida que a perseverança é a ferramenta
mais importante e eficaz de que podemos lançar mão.
“O Senhor conduza o coração de vocês ao amor de Deus e à perseverança de Cristo.” (2ª
Tessalonicenses 3.5)
Viu como o apóstolo aos gentios se esmerou na ministração à Igreja de Tessalônica?
“Conduza o coração” e “perseverança de Cristo” são palavras de comando do mais alto impacto,
não só nos imemoriais tempos de Paulo, como, igualmente, em nossos atribulados dias.
Você, em algum momento de sua caminhada nessa Igreja, já parou para refletir, só um
pouquinho, a respeito da mensagem que vem de Deus, através do púlpito, chamando nossa
atenção para o projeto que o Espírito plantou no coração da liderança da igreja local?
Qual dimensão você tem dado, meu amado (minha amada), à propalada visão de “Ganhar
nossa cidade pra Cristo”?!
Que parte você considera caber-lhe nesse ministério? Qual o tamanho da “Fortaleza” que você
dimensionou, em seu coração, e que atenderia a esse chamado de Deus?
Nós não sabemos de você e de sua realidade pessoal e ministerial quanto a essa visão que
Deus nos tem dado, mas no que nos diz respeito, meu amado (minha amada), tem tudo a ver com
a mensagem do apóstolo Paulo aos Efésios:
“Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com
poder, por meio do seu Espírito.” (3.16)
Preste atenção no que o Espírito diz à Igreja, meu amado irmão (minha amada irmã), e que
transborda na primícia das ações que Paulo intenta em favor dos seus – e nossos – irmãos
efésios: oro!
Paulo não convoca os efésios a orarem. Paulo não convoca outras pessoas a orarem pelos
efésios. Paulo toma a iniciativa, assume a responsabilidade, se apresenta diante de Deus, em
intercessão pelos MUITOS irmãos de sua amada igreja, em Éfeso.
Não espere – ou permita – que outra(s) pessoa(s) ore(m) em seu lugar. Assim como aconteceu
com Gideão, o Anjo do Senhor tem uma expectativa e uma comissão especiais, a seu respeito, e
para você. E não com relação a outra pessoa.
A cada um de nós Ele se reporta de acordo com o respectivo e específico propósito. Sua
expectativa é que cada UM esteja pronto para atender a esse chamado e investir, daí, na vida de
ALGUNS, a fim de que, cada qual fazendo a sua parte, TODOS saiamos ganhando, na Graça e
no Conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Como Ele mesmo orou, ainda na cruz, em favor dos que O haviam machucado até à morte, e
morte abominável: Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”, cf. Lucas
23.34!
Jesus, o Justo, a quem não foi imputada nenhuma falha, mesmo sendo castigado pelo que não
havia feito, teve a maturidade espiritual de interceder em favor até mesmo dos que O haviam
flagelado!
Sim, nós sabemos, amado irmão (amada irmã), que em NENHUM de nós há tamanha
capacidade de perdoar. Acontece que se, pelo menos, não nos esforçarmos para chegar o mais
perto que nos for possível do Mestre, jamais satisfaremos a convocação que Deus fez a Abrão,
ainda no início da caminhada espiritual do patriarca:
“Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhe apareceu e disse: 'Eu
sou o Deus todo-poderoso ande segundo a minha vontade e seja íntegro'.” (Gênesis 17.1)
E Abrão atendeu. E tornou-se Abraão, o “pai de muitos”, ao longo de uma caminhada de
perseverança, obediência e intercessão diante de Deus.
Intercessão por si mesmo e pelos MUITOS que o Senhor gerou, a partir de UM só... Homem!
Feito nós e feito você!!!

Passagem para memorizar


“O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo
Jesus.” (Romanos 15.5)
Ponto para refletir
“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação
produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.”
(Romanos 5.3-4)
Pergunta para responder
Que propósito assumo, a cada dia, diante de Deus, na firme decisão de interceder,
incessantemente, por cada UM de nós?

ANOTAÇÕES

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


27º Dia – Falando A verdade com, pelo menos, UMA pessoa

“Integridade. sf (lat integritate) 1 Qualidade do que é íntegro. 2 Inteireza moral, retidão,


honestidade.”
Lembra de Gênesis 17.1, que vimos em nosso devocional de ontem? Pois bem. Quando o
Senhor chamou Abrão à integridade, o patriarca já contava “noventa e nove anos de idade”! Ou
seja, já tinha caminhado bastante na estrada da vida, não é mesmo?
Então, por que achamos, em determinados momentos, que “pau que nasce torto morre torto”,
como reza a sabedoria popular, em relação a outras pessoas? Ou até em relação a nós mesmos?
Por favor, meu amado (minha amada), se aposse da Graça! Cristo não foi à cruz para que
passássemos a vida inteira negando o Seu sacrifício!...
E o conceito que Ele tinha a respeito de Si mesmo: “Respondeu Jesus: 'Eu sou o caminho, a
verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim'.” (João 14.6) [grifo nosso]
Agora, me responda, com honestidade: quantas vezes já fomos capazes de reconhecer um
erro, voltar atrás e reparar o que se havia quebrado ou reconciliar com quem havíamos atingido?
Fácil?! Fácil nós sabemos que não é. A questão é que é necessário!
Na Igreja de Jesus, meu amado (minha amada) – e você está cansado (a) de saber disso – não
existe espaço pra mentira, engano, falsidade. Fomos chamados à verdade, em Cristo. Ponto final.
Não tem negociação, assim como não havia saída pro nosso encanecido (que tem cãs, grisalho)
patriarca.
“Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois
todos somos membros de um mesmo corpo.” (Efésios 4.25)
Veja que Paulo não recomenda que você pode abandonar a mentira; ele determina que você
deve abandonar a mentira... E, mais, falar a verdade ao seu próximo!
Veja também que Paulo não recomenda que você deve falar a verdade para Deus, para o
Espírito Santo ou somente para o pastor ou o líder de Pequeno Grupo. Ele determina que você
fale a verdade para o seu próximo.
Ou seja, é fundamental que a verdade seja o alicerce de todos os nossos relacionamentos.
Todos não quer dizer, os da igreja; todos quer dizer TODOS mesmo!
Nós sabemos que, num mundo em que a acirrada e desleal competição do dia a dia, implica,
muitas vezes, em mentir para garantir um “lugar ao Sol”, é muito complicado falar a verdade o
tempo todo.
Acontece, meu amado irmão (minha amada irmã), que, como crentes em Cristo, não temos
alternativa outra que não a de obedecer à Palavra de Deus. Salomão, do alto da sabedoria que
pediu – e recebeu – de Deus, ensina, em Provérbios 9.10, que “o temor do Senhor é o princípio
da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento”! [grifos nossos]
Donde se conclui que obedecer é a única via de acesso que nos garante estar trilhando a
rodovia de Deus. E não uma estrada transversal que pode levar-nos para longe do Trono da
Graça.
Se você, neste exato momento, está pensando nos prejuízos que acumulará na sua escola, no
seu trabalho, no seu círculo de relacionamentos – e até mesmo na igreja –, com essa história de
falar a verdade, sempre, não se perturbe o seu coração.
Da parte de Deus temos promessas de benefícios, de alcance eterno, para quem se dispõe a
caminhar na verdade, a exemplo do que Deus requereu de Abrão.
“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem
curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” (Tiago 5.16)
Esse é o primeiro de quatro benefícios que selecionamos e a Bíblia Sagrada nos garante, se
andarmos na verdade: a cura emocional.
Atente que a expressão serem curados, vem como consequência direta da confissão de
pecados.
Sabe aquela famosa lei da Física “a cada ação corresponde uma reação de igual intensidade e
sentido contrário”? Pois essa poderia ser a referência bíblica correspondente, caso quiséssemos
justificar, do ponto de vista bíblico, a afirmação científica.
Agora, como acontece com cada passagem bíblica que nos ocupamos de examinar, é
necessário todo cuidado para não tirar o texto do contexto. Veja bem que a cura se dá em
consequência da confissão.
Na livre interpretação que fizemos acima, ilustrando com uma máxima da Física, a cura seria a
reação divina à nossa humana ação de confessar o pecado.
“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona
encontra misericórdia.” (Provérbios 28.13)
Viu?! Encontrar misericórdia é uma reação (consequência) de Deus à nossa ação (iniciativa)
genuína de confessar e abandonar o pecado.
E para que incorrer em tamanho risco de falar paras as pessoas das coisas que temos feito e
as quais temos consciência de serem nocivas, em primeiro lugar a nós mesmos, e, em seguida, a
outras pessoas?
Pela oportunidade de um novo começo! Um recomeço que, a cada dia, nos amadureça
espiritualmente na árdua caminhada que intentamos empreender com Cristo.
Passagem para memorizar
“Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois
todos somos membros de um mesmo corpo.” (Efésios 4.25)
Ponto para refletir
A mentira é o hábito doentio que só acarreta prejuízos; a verdade, o hábito saudável que só
acumula lucros.
Pergunta para responder
Quantas vezes me peguei na mentira nas últimas semanas? Quantas vezes me peguei na
mentira nos últimos dias? Quantas vezes pretendo encarar a verdade daqui pra frente?

ANOTAÇÕES

SEMANA 4: Como promover o crescimento mútuo


28º Dia – Tendo comunhão profunda com, pelo menos, UMA pessoa

“Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.” (Tiago 4.10)


Meu querido irmão (minha querida irmã), há uma enorme diferença em ser humilhado e se
humilhar. A primeira ação tem a ver com humilhação; a segunda, com humildade.
Vamos ao dicionário? “Humilhação. sf (lat humiliatione) 1 Ato ou efeito de humilhar ou
humilhar-se. 2 Aquilo que humilha ou afronta.” “Humildade. sf (lat humilitate) 1 Virtude com que
manifestamos o sentimento de nossa fraqueza. (...) 4 Demonstração de respeito, de submissão.”
Donde concluímos, até com certa facilidade, que o versículo que abre o nosso devocional de
hoje, tem a ver com humildade e não com humilhação. E você percebeu por quê? Ora, porque a
consequência (reação) da iniciativa (ação) recomendada pelo apóstolo é a exaltação.
Esse é mais um dos benefícios advindos da honestidade – como igualmente vimos no
devocional de ontem – o poder de Deus para mudar.
Mas as Escrituras vão mais longe. Sabe aquela história de falar sempre a verdade com o
próximo? Pois bem. Além da cura prometida – garantida, seria melhor, não é mesmo? – pela
Bíblia, aos que se esmeram no mandamento bíblico, outra consequência da honestidade é a
comunhão profunda com os irmãos.
E sabe o que significa comunhão profunda? Significa uma aliança que estabelecemos entre
nós, sob o selo do Senhor, de que a verdade será o alicerce inabalável sobre o qual firmaremos o
relacionamento UNS COM OS OUTROS. Para mútuo crescimento.
“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1ª João 1.7)
É o Evangelho relacional de Jesus, demonstrado na prática de uma vida piedosa diante do Pai;
defendido à custa de sacrifício e renúncia diante da cruz; e estabelecido nos céus, diante dos
homens.
Ao finalizarmos esta semana dedicada ao crescimento espiritual, não podemos – e nem
queremos – negligenciar o modelo que o próprio Cristo vivenciou, em sua estada entre nós.
Dentre a multidão que O seguia a todo lugar, o Mestre arregimentou doze discípulos para que
convivessem, de pertinho, com Ele. Dentre esses doze, Jesus afunilou ainda mais o filtro e, daí,
retirou três. Dentre os três, escolheu UM para que, JUNTOS, pudessem crescer no ministério que
tinham abraçado, diante de Deus.
E nem diga que Jesus não precisava crescer no ministério, porque a própria Bíblia argumenta
em nosso favor. Ou melhor, em favor da pureza da doutrina que acabamos de compartilhar.
“Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas
2.52) [grifo nosso]
Como qualquer ser humano O menino experimentou um crescimento normal, como, aliás,
havia acontecido com o processo de gestação e o parto propriamente dito, experiências vividas
por Maria, a fim de que O bebê trilhasse o caminho natural, tornando-se homem, em sua essência.
Se não fosse tudo isso, o sacrifício da cruz de nada teria valido, já que, como vimos, em
devocional anterior, para cumprimento das Escrituras, o espécime do holocausto do Calvário teria
que ser perfeito. E perfeitamente, humano!
Ou seja, com relação ao ministério terreno, O jovem galileu também teve de caminhar, passo a
passo, rumo ao seu destino final, a abominável, porém redentora morte de cruz, crescendo na
Graça e no Conhecimento do Pai.
E, para isso, meu amantíssimo irmão (minha amantíssima irmã), carecia Cristo de parceiros
que O acompanhassem até o limiar do suplício. Para que a carne não superasse o espírito e Ele,
à custa, inclusive, de uma desesperada oração final, pudesse curvar-se ante a soberana e
inevitável decisão tomada no Trono.
“Isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé.” (Romanos 1.12)
Em muitos momentos da espinhosa e estreita estrada que escolhemos trilhar, meu irmão
(minha irmã), cambaleamos debaixo do fardo que parece querer-nos esmagar.
E a coragem de prosseguir se esvai por entre os gemidos de nossa alma fragilizada. É nesse
preciso momento que nos chega a palavra encorajadora e reconfortante daquele (a) irmãozinho
(a) do Pequeno Grupo.
Que não atende do outro lado da linha com a disposição de censurar, exortar – nem que seja
em amor – ou qualquer outra ação do tipo. E, sim, para ouvir e dar atenção, valorizando cada
palavra e apreciando nossa disposição de lhe confiar a fraqueza.
Disposição que não se traduz como sinal de fraqueza. Muito pelo contrário. É um tremendo
prodígio divino, desses que MUITOS, infelizmente, procuram em encontros e cultos “de poder”.
Quando o genuíno e relevante poder se manifesta “quando dois ou três se reúnem no Nome de
Jesus e eis que Ele se cristaliza em seu meio”, a partir da palavra e da ação de UM em favor de
ALGUNS.
Para que, JUNTOS, todos cresçam na Graça e no Conhecimento de Nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo.

Passagem para memorizar


“Isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé.” (Romanos 1.12)
Ponto para refletir
A decisão do meu coração, a partir de hoje, é ouvir com os ouvidos de Cristo; aceitar com a
disposição de Cristo; e amar com o amor de Cristo.
Pergunta para responder
Como pretendo encarar meu Pequeno Grupo, daqui em diante, sob a luz do que a Palavra e o
Espírito de Deus ministraram ao meu coração esta semana?

ANOTAÇÕES

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SEMANA 5: Chamados para servir juntos


29º Dia – Crescemos na capacidade relacional com MUITOS

Chegamos à quinta semana de nossa Campanha JUNTOS para que muitos creiam.
Ao longo desses dias aprendemos bastante sobre muitas coisas importantes. Mas o que nos
alegra mesmo é termos aprendido bem mais daquilo que sabíamos – e experimentávamos –
sobre o amor de Deus que se manifesta nos muitos serviços que Ele nos presta, através do Seu
Corpo, um organismo vivo e não uma construção inerte.
Veja bem... Quantas vezes você precisou abrir o portão para entrar no Pedras? Quantas vezes
você teve que pegar uma cadeira e levá-la para o seu lugar preferido, a fim de participar do culto?
E quantas vezes, nos domingos à tarde, você encontrou a cantina fechada? E o que dizer do som,
dos instrumentistas e dos vocalistas? Pense também se o banheiro estava sempre limpo quando
você precisou usar. E o seu carro, você ficou preocupado em voltar do culto e encontrá-lo
arrombado? Ou nem encontrá-lo, onde havia deixado?
Para finalizar: você teria uma palavra para definir tudo isso?
Pois nós temos: AMOR!
Há uma cultura no arraial evangélico nos nossos dias que prega o Cristianismo de resultados –
como um empreendimento secular qualquer,como um clube de futebol, por exemplo,onde os
resultados garantem, ou não, os empregos dos que ali trabalham. Ao contrário, Jesus não ensinou
nada disso. Ele não falou que a Sua Igreja seria uma prestadora de serviços. Ao contrário,
combateu, pública e veementemente, qualquer tipo de relação utilitária entre os homens e Deus.
“O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o
seu próprio trabalho.” (1ª Coríntios 3.8)
O serviço na Igreja de Jesus não é uma obrigação ou um compromisso entre pessoas, mas sim
uma ação de amor ao Pai, como preito de gratidão pelo que Ele nos propiciou, em instância
primária, a vida eterna em o Filho.
Nesta semana que trabalharemos o serviço no Corpo, gostaríamos de convidar você, amado(a)
irmão(ã), para experimentar do privilégio de servir a Deus na Igreja local.
Quando dizemos experimentar, queremos dizer experimentar mesmo! Não é essa coisa de
ouvir falar ou olhar de longe, não. É arregaçar as mangas e se engajar numa equipe de trabalho.
É testemunhar o resultado de seu esforço no crescimento do crente e na salvação do perdido.
O que você acharia se alguém chegasse lá na frente e dissesse que tinha sido impactado –
como aconteceu conosco quando chegamos pela primeira vez a um culto da nossa Igreja,
lembra? – pelas ações solícitas e gentis de um guardador de carros (centurião) e você
reconhecesse a si mesmo e à sua equipe de trabalho como agentes dessa conquista em grupo?
Você não se sentiria até mesmo orgulhoso (no bom sentido) de ter contribuído de forma
anônima do ponto de vista humano, mas de forma reconhecida, do ponto de vista de Deus?!
E você tem idéia de como se poderia definir um esforço como esse? Trabalho de equipe. Sabe
por quê? Conforme Paulo nos ensina no versículo que abrimos o nosso devocional de hoje, cada
um contribui com um “mosaicozinho”, num caminho aplainado que leva a Cristo.
Outro ponto muito importante a respeito do serviço e, consequentemente, do trabalho em
equipe, é o aperfeiçoamento da capacidade de nos relacionarmos.
Aí você pode estar pensando “Mas eu não tenho problema com relacionamentos!”. Tudo bem.
Nós não dissemos que você precisava aprender a se relacionar. Nós dissemos que você poderia
se aperfeiçoar nessa matéria.
Aí você retruca “mas para melhorar minha capacidade de me relacionar com as pessoas,
preciso necessariamente, abraçar uma área de serviço da Igreja?” Também não dissemos isso.
Nós dissemos que fazer parte de uma equipe de serviço, de um ministério, promove seu
crescimento espiritual, no que diz respeito à área de relacionamentos.
E sabe por quê? Porque lhe ajuda a pôr em prática quatro ingredientes fundamentais para um
bom trabalho (relacionamento) em equipe: confiança, empatia, adaptação e missão.
“Timóteo, guarde o que lhe foi confiado. Evite as conversas inúteis e profanas e as idéias
contraditórias do que é falsamente chamado conhecimento.” (1ª Timóteo 6.20)
Veja que Paulo faz questão de ressaltar para Timóteo, a importância de desenvolver
confiabilidade. Você confia que seu carro estará no lugar em que estacionou ou fica o culto todo
preocupado em encontrá-lo quando voltar?
Nós não sabemos o seu caso, mas no nosso caso, nem lembramos que temos carro enquanto
participamos do culto. Às vezes, por distração, até nem lembramos direito onde o deixamos, mas
temos certeza que, procurando, o encontraremos.
A outra face dessa moeda chamada confiança, se refere a você ficar tranqüilo quanto à
participação de seus parceiros de serviço. Você não precisa fazer tudo, pois tem quem toma de
conta direitinho, de todas as outras coisas que precisam ser feitas.
Para que tudo isso se torne realidade na vida de sua igreja e também na sua, você tem que
fazer a parte que lhe cabe, ou seja, ocupar o lugar que Deus lhe reservou no Corpo de Cristo.
Você é importante e sua ausência está sendo sentida por alguém, enquanto não se dispõe a
arregaçar as mangas e abraçar a Igreja de Jesus, com amor!
Passagem para memorizar
“O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo
com o seu próprio trabalho.” (1ª Coríntios 3.8)

Ponto para refletir


“Trabalhando juntos com um só coração, uma só mente e um só propósito.” (Filipenses 2.2b –
Bíblia Viva)

Pergunta para responder


Você já experimentou a sensação de ver alguém se convertendo a Cristo num evento em que
você trabalhou? Se sim, persevere para experimentar essa maravilhosa sensação outra vez; se
não, faça um teste, avalie o seu sentimento.

ANOTAÇÕES

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


30º Dia – Aprendemos a ser confiáveis e a confiar em MUITOS

Ontem,depois de ponderarmos sobre a importância do serviço para nosso crescimento


espiritual, na área de relacionamentos,começamos a refletir sobre os quatro ingredientes que
consideramos essenciais para trabalhar em equipe: confiança, empatia, adaptação e missão.
Em meio ao nosso arrazoado, tocamos em um ponto considerado por muitos especialistas,
como delicado, no que diz respeito ao trabalho em equipe, que é a questão da confiança.
Podemos afirmar, sem medo de errar, que sem confiança não há como trabalhar em equipe, ser
um time.
Só que esse princípio não deve ser aplicado apenas às pessoas com relação a você,mas é
preciso que se aplique, igualmente, de você com relação às pessoas.
Em outras palavras,o que alguém precisa para ser considerado(a) de confiança?
Entendemos que uma pessoa confiável tem que ser constante e marcar presença.
Agora, imagine trabalhar com alguém que aparece um dia e some dois? Ou que garante que
vem, mas não aparece? E o pior, nem avisa!
Se você considera terrível um tipo de comportamento como esse,amado(a) irmão(ã), pare por
um instante e faça um honesto – lembra de Abrão? – “inventário moral” sobre seu nível de
comprometimento.
Tipo o que o pessoal do Celebrando Restauração costuma fazer, sabe? Não sabe?! É assim.
Você pega uma folhinha de papel, em branco, e começa a anotar tudo que se lembra – tudo
mesmo – com relação a uma determinada área de sua vida. As coisas boas numa coluna e as
coisas ruins na coluna ao lado. Ao final, é só conferir qual das duas colunas está mais recheada
de informações.
Bom. Voltemos ao nosso “inventário” sobre a constância. Ou melhor, sobre o assunto ser
confiável no que diz respeito a essa qualidade. “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e
quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito.” (Lucas 16.10) Na seqüência do
pensamento registrado nesse verso, Jesus questiona que, se não formos confiáveis para lidar
com as riquezas deste mundo, como o seremos para cuidar das riquezas eternas?
Temos recebido, de Cristo, a confiança para cuidar de Sua mensagem redentora e do
conseqüente testemunho, ao mundo. Será que temos sido constantes nesse aspecto? E com
relação à contribuição regular que sustenta a Obra do Senhor?
A par das diuturnas lutas espirituais que enfrentamos, temos conseguido nos manter no
Caminho, em equilíbrio, mesmo que vacilante, em alguns momentos?
E se o Salvador voltasse, hoje, nos encontraria como as cinco virgens prudentes ou como as
cinco virgens insensatas descritas no Evangelho de Mateus?
Você sabe o que nós cremos? Acreditamos que confiança é um negócio que demanda tempo.
Não se passa a confiar em uma pessoa assim que a conhecemos. O que também não deve
acontecer, é desconfiarmos de alguém, antes que ela tenha chance de provar com que tipo de
pessoa estamos lidando.
Agora, sabe de outra ação (atitude) concreta que inspira confiança? É o fato de você se fazer
presente na vida de alguém. “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade.”
(Provérbios 17.17)
Lembra daquela história que contamos sobre o irmão que pagou o conserto do computador,
ferramenta indispensável para o nosso trabalho? Assim que tivemos a menor condição,
reembolsamos o irmão, mas no momento da adversidade, como ensina Provérbios, ele marcou
presença.
E, “chegando junto”, como se diz na gíria, não apenas cobriu o buraco aberto em nosso
orçamento, pelo desemprego, como extirpou a semente de amargura que começara a brotar em
nosso coração, em relação a Deus, pelo longo tempo sem oportunidade de trabalho que vivíamos
naquela ocasião. É assim que igualmente funciona,amado(a) irmão(ã), com relação ao serviço, no
Corpo de Cristo, no que diz respeito ao nosso amadurecimento espiritual.
Servir significa também ensinar... e aprender! É um processo de mutualidade, uma via de mão
dupla. Ao servirmos, somos abençoados pelos resultados que o nosso serviço provoca nas vidas
das outras pessoas. Isso pode ser visto na alegria dos nossos recepcionistas, no domingo à tarde,
quando chegamos para prestar culto a Deus ou quando olhamos para a tenda que Ele nos
presenteou.
Se por outro lado, você não se sentir impactado por aquela alegria toda, que recebe, logo de
cara, ao sair do estacionamento em direção ao local de culto, então me perdoe: o(a) irmão(ã)
precisa urgentemente, permitir que Deus trabalhe em sua sensibilidade e na sua habilidade em se
relacionar com, pelo menos, ALGUNS...

Passagem para memorizar


“O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade.” (Provérbios 17.17)

Ponto para refletir


Sirvo, logo existo.

Pergunta para responder


Que conseqüências o serviço na igreja tem trazido para sua vida com Cristo? Que
conseqüências tem trazido para sua vida com Cristo o fato de não se dispor a servir?

ANOTAÇÕES

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


31º Dia – “Empatizamos” ALGUNS, pelo amor de UM por TODOS

A empatia segundo o terapeuta ocupacional norte-americano Robert Hoffman é a resposta


afetiva vicária a outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva apropriada à situação de outra
pessoa, e não à própria situação.
Transcrevemos essa definição de empatia, de uma confiável fonte da internet, porque nos
chamou a atenção a expressão “resposta afetiva vicária a outras pessoas”.
O conceito de vicário, em fonte igualmente confiável que consultamos, é “que faz as vezes de
outrem”. Ou seja, alguém que substitui outra pessoa em uma determinada circunstância.
Esse termo, vicário, é usual em argumentações de cunho bíblico, com referência ao sacrifício
ao que Jesus se submeteu, voluntariamente, não apenas na cruz do Calvário, mas nas terríveis
horas que antecederam a crucificação.
É claro que não temos como saber o que estaria pensando o(a) responsável pela definição de
empatia, “logada” na rede mundial de computadores.
Por outro lado, não podemos deixar de considerar a “Jesuscidência” – como brinca um amigo
da nossa Igreja – no que diz respeito a serviço no Corpo de Cristo, tema de nossos devocionais
desta semana. Acontece que empatia é exatamente o segundo dos quatro ingredientes
indispensáveis à formação e desempenho de uma equipe de trabalho.
Agora, e do ponto de vista da Bíblia Sagrada, o que seria essa história de empatia? Podemos
extrair uma resposta a essa pergunta do ensinamento do apóstolo Pedro: “Quanto ao mais,
tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam
misericordiosos e humildes.” (1ª Pedro 3.8)
Lá vem a história de amar, de novo, como ação umbilicalmente conectada a qualquer tema
ligado ao aperfeiçoamento relacional e à interdependência no seio do Organismo cristão.
Não tem saída, amado(o) irmão(ã). Temos que amar... Todo o resto vem depois – e abaixo –
dessa primícia de nossas ações relacionais como crentes em Cristo.
Difícil?! É. Não dissemos que era fácil. Dissemos que era necessário!
Por que necessário? Ora, porque se não fosse pelo amor, nenhum de nós estaria aqui,
participando da Campanha JUNTOS para que muitos creiam!
Aliás, nem haveria uma Igreja como a nossa, ou qualquer outra comunidade. Não haveria
tampouco Evangelho,o mundo ou o homem. Não existiria nada. Tudo que podemos ver e até
mesmo as coisas – e bichos – que não podemos ver, foram criados do NADA, para que TODOS
pudessem se relacionar com o Criador!
Outro detalhe fundamental nessa história de empatia e fé, e tudo mais, é que, como temos
refletido ao longo dessas semanas, fomos criados – e chamados – para vivermos comunidade e
para ensinarmos e aprendermos sobre relacionamentos.
Em primeiro lugar com Deus, através de Cristo e do Espírito Santo; em segunda instância, com
a Igreja de Jesus; e, finalmente, com o mundo que nos cerca. E tudo isso – TUDO mesmo – em
AMOR! E com AMOR!
Sublinhe, grife, passe um marca texto, faça qualquer negócio, mas destaque a expressão
amem-se fraternalmente, na passagem chave de nosso devocional de hoje.
E tenha em mente UM só pensamento, daqui em diante. Se não for da maneira que Pedro nos
ensina, amando, jamais alcançaremos um nível superior ao que nos encontramos, em nossa
incessante subida na direção da estatura de Cristo.
Porque do amor pelo próximo, inspirado no amor que Deus nos dispensou, é que
primeiramente ganhamos condições de cumprir o restante do mandamento bíblico, fazendo-o
prática em nossa vida cotidiana: “Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam
compassivos, (...) sejam misericordiosos e humildes.” Pulamos o “amem-se fraternalmente” de
propósito. A fim de que você, JUNTO a nós, permita que este trecho salte das páginas de nossas
Bíblias para as paredes de nossos corações.
Assim, que a partir dessa semente minúscula, mas devida e cuidadosamente cultivada, possa
se desenvolver uma frondosa árvore, carregada de enormes frutos de aceitação, atenção, afeto e
apreciação para com os MUITOS que, hoje fazem parte conosco da Família de Deus. E os
MUITOS que nos serão acrescentados.
A fim de que, JUNTOS, sirvamos, impactando nossa comunidade e a comunidade em nossa
volta. Alcançando, UM a UM, todos aqueles a quem nossa rotina possibilitar que nos
relacionemos.
Por outro lado,no momento em que Jesus mais precisava, Seus discípulos mais chegados se
deixaram dominar pelo sono e O abandonaram, no auge da angústia, e não serviram de conforto,
consolo e encorajamento. Não os censuremos! Antes voltemos nossas atenções para nós
mesmos e nos questionemos a respeito do nível de comprometimento que temos assumido em
relação aos que servem e vivenciam conosco cotidianamente em Pequeno Grupo.
Então, amemos, sirvamos e “empatizemos” UNS AOS OUTROS!

Passagem para memorizar


“Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se
fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes.” (1ª Pedro 3.8)
Ponto para refletir
O amor é a chave que abre todas as portas às três grandes áreas de nosso ser: razão, emoção
e vontade.

Pergunta para responder


O quanto tenho ME permitido amar as pessoas, assim como Jesus ME amou primeiro?!

ANOTAÇÕES

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


32º Dia – Diminuímos o ritmo de ALGUNS para dar atenção a UM

Na Epístola de Tiago e no Livro de Provérbios, as Sagradas Escrituras nos ensinam duas


maneiras de manifestarmos empatia pelas outras pessoas. Na verdade, diminuir o ritmo e fazer
perguntas (demonstrar interesse), são ações que trazem à superfície o sentimento de
compreensão a respeito do outro (colocar-se em lugar de), que é a manifestação afetiva
relacionada com a empatia.
Como já vimos em um de nossos devocionais anteriores, priorizar o outro em detrimento dos
próprios interesses é uma das virtudes mais festejadas, do ponto de vista bíblico.
O corre-corre do dia a dia nas atividades de serviço na igreja, não nos atrapalham apenas no
que tange ao relacionamento com os nossos irmãos,mas também no que se refere à nossa
relação pessoal com Deus. Não pensemos que servir na Igreja, em várias áreas diferentes, quer
dizer, necessariamente, maturidade espiritual. Muito pelo contrário.
É melhor, portanto, fazer pouco, e bem feito, do que fazer muito, e mal feito, inferior ao que
realmente Deus nos capacitou fazer. Essa hiperatividade se reflete, direta e prejudicialmente, em
nossos relacionamentos interministeriais. Se podemos chamar assim.
Por essa e outras, é que o apóstolo Tiago recomenda à Igreja: “Meus amados irmãos, tenham
isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se.” (1.19)
Ele não recomenda que se faça desta prática um hábito fortuito (casual, eventual). Pelo
contrário, ele enfatiza que devemos ter isto em mente, ou seja, “se discipline a parar tudo que está
fazendo para ouvir o que o outro tem pra dizer”.O que, para você, tem pouco ou quase nenhum
valor, pra ele(a), pode ser a coisa mais importante da vida!
Quer um exemplo? No trecho do Evangelho de Mateus, capítulo 8, do versículo 23 ao 26, a
Bíblia narra o episódio da tempestade que Jesus acalmou.
E, amado(a) irmão(ã), você sabe qual é, para nós, a moral da história? É o fato de Jesus ter
aberto mão de seu descanso – Ele estava dormindo no barco – para atender aos apelos aflitos
dos discípulos, apavorados com a possibilidade do barco naufragar. O que para os discípulos – e
para nós também – se configurava uma verdadeira catástrofe natural, para Cristo não passava de
uma circunstância perfeitamente sob controle.
Mesmo assim, Ele se levantou, foi lá e... resolveu o assunto! Só para atender à necessidade
momentânea de seus “seguidores de pequena fé”.
Esse é modelo bíblico que devemos nos esmerar em imitar.
Assim como, fazendo perguntas (demonstrando interesse) sobre os assuntos que nossos
irmãos consideram importantes. “Os propósitos do coração do homem são águas profundas, mas
quem tem discernimento os traz à tona.” (Provérbios 20.5)
Só um parêntese, antes de continuarmos nessa direção. Cuidado para não confundir as coisas
e misturar demonstração de interesse com fofoca. Aquela é instrutiva e construtiva; essa é
“desinstrutiva” e destrutiva.
Voltando ao ponto em que paramos. Veja que o autor do provérbio fala em profundidade e
superfície. Ele trata dos opostos na clara tentativa de nos instruir quanto ao perigo dos extremos.
Por mais profundos que estejam os sentimentos, um genuíno e espontâneo interesse tem força de
penetração suficiente para trazê-los à tona. E olhe que os sentimentos mais escondidos,
geralmente, são, igualmente, os mais reprováveis. Ou, pelo menos, não tão construtivos assim.
Em razão do que acabamos de refletir sobre as melhores formas de manifestar empatia, na
prática, em relação às pessoas que nos cercam, gostaríamos de lhe sugerir que separe um
tempo, no espaço de serviço a que tem se dedicado, na igreja, para vivenciar momentos de
interação com os irmãos.
E quer saber do que mais? Até mesmo em sua escola, faculdade ou local de trabalho há pelo
menos uma vez na semana, espaço para usufruir de momentos que você pode até transformar
em encontros facilitadores, quando se criam oportunidades para manifestação do Espírito, em sua
vida e nas vidas das pessoas com quem se relaciona naquele lugar.
Lembra do que fez Jesus, em sua primeira aparição pública, mesmo, de início, recriminando
sua mãe pela intempestiva intervenção? Ele transformou água em vinho – e vinho da melhor
qualidade – servindo, na prática, com o Dom Espiritual extraordinário de que o Pai O havia
revestido.
Se esse episódio tivesse pouca relevância, teria sido relegado à mesma condição dos que
João cita, como tendo acontecido mas ficado de fora da narrativa escriturística (21.25).
Foi a disposição de servir de Jesus, atendendo à necessidade de seus anfitriões, que justifica
em nosso modo de ver, o registro de tal acontecimento.

Passagem para memorizar


“Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para
falar e tardios para irar-se.” (Tiago 1.19)

Ponto para refletir


Não posso parar para conversar, muito menos me preocupar com os assuntos particulares de
ninguém.

Pergunta para responder


Em quantas áreas de serviço da igreja você está envolvido? Em qual delas você tem separado
um tempo para cuidar dos relacionamentos?

ANOTAÇÕES

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


33º Dia – Aperfeiçoamos nossa habilidade em nos adaptarmos a ALGUNS

Logo no verso 2, do 12º capítulo de sua Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo recomenda que
“Não se amoldem ao padrão deste mundo”.
Em um de nossos conceituados dicionários, o termo amoldar quer dizer “ajustar(-se) ao molde;
modelar(-se)”. Ou, usando palavras de mais fácil entendimento: tomar a forma de.
Logo que batemos os olhos nesse texto lembramos de barro, não é verdade? É o material que
se nos parece mais próximo do que “realizamos” a partir do conceito que o dicionário registra
sobre amoldar.
Por conseguinte, a palavra, em português, do texto bíblico que transcrevemos acima, se
encaixa nesse mesmo perfil. Donde, a partir de toda essa argumentação, se conclui que o
apóstolo quis ensinar aos romanos a não tomarem a forma do mundo. Não se deixar influenciar
pelo “modus vivendi” dos incrédulos.
Apos essas preliminares,chegamos ao terceiro dos quatro ingredientes que identificamos
essenciais para um bem sucedido trabalho em equipe: a adaptação.
Por circunstâncias alheias à nossa vontade, nos últimos sete anos, nos mudamos três vezes.
Ou seja, em média, uma vez a cada dois anos e pouco. Se você levar em conta a trabalheira e a
despesa que cada mudança acarreta, vai concordar conosco que essa “vida cigana” tem causado
sérios transtornos à família como um todo. Se nos voltamos para a adaptação que cada uma
dessas mudanças exige, aí é que a história se complica. É um tal de “onde fica isso?” e “onde fica
aquilo?” que não acaba mais.
Por outro lado,não podemos esquecer, é claro, na circunvizinhança. Sim, porque não são
somente as relações com os vizinhos mais próximos que interferem em nosso cotidiano. Os
vizinhos mais distantes, dependendo da filosofia de vida que adotem, podem nos trazer sérios
aborrecimentos.
É só você imaginar, prezado(a) irmão(ã), – viu, até o tratamento caiu um pouco de qualidade
só de falar no assunto! – um camarada que decidiu botar no seu carro uma verdadeira
parafernália de som! E o que é pior. Não se incomoda nem um pouquinho de ouvir os “forrós” da
vida nas mais extravagantes horas que você possa imaginar.
Diante de situações como essa, as fezes do cachorrinho da vizinha simpática, do apartamento
do lado, teimando em nos fazer escorregar na escada, parece brincadeirinha de criança, não é
mesmo?
Por tudo isso e algumas “cositas” mais, é que adaptação é um negócio muito complicado.
Não à toa, então, é a preocupação do nosso querido Paulo, ainda no mesmo capítulo de sua
Carta aos Romanos, quando adverte, em tom, até certo ponto, autoritário: “Façam todo o possível
para viver em paz com todos.” (Romanos 12.18)
Os termos TODO e TODOS numa frase tão curtinha, não deixa dúvidas sobre o zelo paulino
com os relacionamentos no seio da incipiente comunidade romana.
Sabia o apóstolo, quão traiçoeiros e ardilosos são os sentimentos que nosso coração
enganoso e nosso caráter duvidoso, persistentemente humanos, militam – para usar um termo
usual de Paulo – contra nosso convertido espírito cristão.
Daí a tão grande dificuldade em nos adaptarmos – leia-se amoldar ou acostumar-se a; tolerar –
às pessoas com as quais convivemos nas tarefas ministeriais.
Mesmo Jesus, em determinados momentos, perdeu um pouquinho a paciência, e do alto de
Sua autoridade divina-humana, chamou a atenção de um de Seus três mais chegados discípulos,
até de forma um tanto quanto brusca, mas que se fez necessária: “Jesus virou-se e disse a Pedro:
'Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de
Deus, mas nas dos homens'.” (Mateus 16.23)
Coisa semelhante aconteceu com Paulo em relação a Pedro, como narra o livro de Atos dos
Apóstolos.
Entretanto não temos intenção de mergulhar nessa direção,mas sim, destacar a disposição do
coração de UM para admoestar o outro, a fim de que ALGUNS que forem alcançados,
posteriormente, pela mesma advertência, possam entender a importância de uma relação
interpessoal, cristã, honesta e saudável.
Às vezes, amado(a), precisamos nos esforçar um pouco mais, a fim de que, não apenas o
serviço, mas, principalmente, o nosso relacionamento com as pessoas, possa edificar o Corpo de
Cristo e glorificar o Seu Santo Nome.
Para isso, se faz necessário, amar, em primeiro lugar, e, a partir daí, aceitar, valorizar e investir
na vida do outro, a fim de que MUITOS creiam... E enxerguem que o relacionamento com Jesus
Cristo deve ser o objetivo maior da vida de qualquer ser humano.

Passagem para memorizar


“Façam todo o possível para viver em paz com todos.” (Romanos 12.18)

Ponto para refletir


O intolerante, perfeccionista e crítico é de difícil adaptação a um novo ambiente ou a novas
pessoas.

Pergunta para responder


Qual tem sido o seu papel na inclusão de pessoas novas em seu grupo de serviço ou de
afinidade? Qual tem sido o seu papel quando precisa se amoldar a um novo grupo de serviço ou
afinidade?

ANOTAÇÕES

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


34º Dia – Aprendemos com UM a nos adaptarmos a TODOS

Que somos, cada UM de nós, uma verdadeira “colcha de retalhos” física, intelectual, emocional
e por aí afora, isso já estamos cansados de saber.
Só que, quanto a essa questão da adaptação, a consciência dessa diversidade precisa ser
ainda mais acentuada. Não somos apenas diferentes UNS DOS OUTROS, somos diferentes
demais!
Era essa consciência que parecia ter Paulo, ao se dirigir aos efésios, na tentativa de fazê-los
entender que as diferenças de UM para OUTRO, reunidas por Deus em UM mesmo lugar, de
verdade, tinha o objetivo de mostrar ao mundo a unidade que só o Espírito Santo tem condições
de promover e sustentar.
Assim,nos adverte Paulo: “antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce
e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” (Efésios
4.15-16) [grifos nossos]
Observando a importância da excelência relacional e funcional,nessa citação de Paulo,
internalizamos seu ensinamento, com o objetivo de montar e trabalhar construtivas e competentes
equipes ministeriais. Nessa incessante busca, temos que nos adaptar ao jeito diferente das
pessoas e às imperfeições das pessoas.
Reconhecemos ainda que a administração de “interpessoalidade” não é nada fácil, conforme o
apóstolo Pedro chama a atenção, na primeira de suas duas Epístolas: “Cada um exerça o dom
que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas
formas.” (4.10) [grifos nossos]
Como podemos observar, Pedro se preocupa em enfatizar o cuidado especial que precisamos
ter com os homens (e as mulheres) que Deus deu à igreja, como dons.
Temos que administrar fielmente, conforme o apóstolo, a graça de Deus em suas múltiplas
formas, de modo que cada UM sirva, segundo seus Dons e de forma excelente, a ALGUNS, para
que MUITOS sejam impactados e, cheios do Espírito, transbordem Graça, Misericórdia e Amor a
TODOS que consigam alcançar.
E aí, amado(a) irmão(iã), temos que lançar mão de virtudes espirituais indispensáveis à visão
de viver e fazer igreja de forma relacional e relevante.
“Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com
amor.” (Efésios 4.2)
A tradução de João Ferreira de Almeida registra esse mesmo versículo da seguinte forma:
“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor.” (Efésios 4.2)
Veja que, tanto na Nova Versão Internacional, que temos usado em nossos devocionais, como
na João Ferreira de Almeida, acima, as palavras chave transmitem a força de palavras de ordem.
Naquela versão, a palavra chave é completamente; nesta, o termo escolhido é toda.
De uma forma e de outra, os especialistas se esmeraram na ênfase ao tratamento especial a
ser dispensado, por nós, a cada UM que nos apresentamos para o serviço ministerial.
Não sei da sua parte, mas em nosso modo de ver, aprender a como lidar bem com as
imperfeições das pessoas, tem o peso de um ministério, em si mesmo.
Quanto melhor conseguimos administrar as diferenças e as imperfeições dos que nos cercam,
melhor vamos viver e fazer o serviço que nos foi confiado, por Deus, aliás, isto é discipulado.
Outro detalhe que reputamos importantíssimo é que cada pessoa, assim como cada dom
espiritual tem sua importância no Corpo de Cristo. Ou seja, não existe Dom mais importante do
que outro. Todos estão em um mesmo patamar, sob a ótica de Deus.
Assim, em obediência ao ensino bíblico e focado no grande amor de Deus por nós, não olhe o
serviço do outro como se fosse inferior ao seu. Porque não é! Mesmo que lhe pareça, à primeira
vista, que exercer um determinado Dom, que põe a pessoa em destaque diante da congregação,
seja mais espiritual ou especial, olhe TODOS com os olhos de Cristo.
Olhando para a história de Lázaro, em princípio achamos que Marta estava realmente,
servindo, ao passo que Maria, sua irmã, não fazia nada, quieta, junto a Jesus, Ele mesmo tratou
de esclarecer: “respondeu o Senhor: 'Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas
coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada'.”
(Lucas 10.41-42)
Cuidado! Não estamos dizendo, aqui, que você deve parar de servir. Estamos ilustrando o
ensinamento sobre a importância peculiar de que cada Dom Espiritual se reveste.
Portanto, irmão (ã), sirva. Sirva, como se fosse para o próprio Cristo, em Pessoa. Consciente
de que é para o próprio Corpo de Cristo. Em Pessoas!

Passagem para memorizar


“Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de
Deus em suas múltiplas formas.” (1ª Pedro 4.10)

Ponto para refletir


Preciso que SEU ministério dê todo apoio ao MEU, a fim de que EU possa servir com
excelência.

Pergunta para responder


Você tem lidado com o jeito peculiar e as imperfeições de seus(suas) irmãos(ãs), de modo: a)
muito ruim; b) mais ou menos; c) até que bem; d) tenho me garantido; e) preciso consultá-los(as).

ANOTAÇÕES

SEMANA 5: Chamados para servir juntos


35º Dia – Temos TODOS, UM só coração, UMA só mente e UM só propósito

Chegamos ao final de nossa semana dedicada ao serviço. Esperamos que você esteja
meditando nesse último devocional, já com a decisão firmada, em seu coração, de servir, no
Corpo de Cristo, de forma ainda mais excelente.
Sim, porque mesmo que você não esteja engajado no serviço, nesta igreja, saiba que sua
presença é igualmente importante, do ponto de vista do crescimento espiritual. Para os outros e
para você mesmo.
Tenha certeza - e podemos afirmar por experiência própria - que não tem a menor condição de
você amar as pessoas, à sua volta, e não sentir a necessidade de mover-se na direção delas...
servindo!
Por isso mesmo, independentemente de sua atual circunstância ministerial, dispare de
imediato, o gatilho do amor com relação aos que o cercam. “… amem uns aos outros, concordem
uns com os outros de todo coração, trabalhem juntos com um só coração, uma só mente e um só
propósito.” (Filipenses 2.2 – Bíblia Viva)
Você é UM comigo; assim como eu sou UM com cada irmão(ã) que JUNTOS, nos dedicamos a
preparar esse devocional. Somos um time, uma equipe dividindo ações, exercitando habilidades,
assumindo tarefas e crescendo JUNTOS, em amor.
Não se engane. Em meio ao corre corre do dia a dia, sobram arranhões pra esse e pra aquele
lado. Mas a dinâmica – um só coração, uma só mente e um só propósito – que nos rege é tão
forte que conseguimos superar nossas diferenças, lidar bem com nossas imperfeições e focar no
alvo que queremos alcançar: nossa missão!
Ei, e por falar nisso, você seria capaz, neste exato momento, de lembrar da nossa missão,
como igreja? Tente trazer à memoria.
Caso tenha mentalizado “Tornar pessoas descrentes em verdadeiros e frutíferos discípulos de
Jesus Cristo”, parabéns. Fez direitinho a lição de casa!
Caso contrário, não fique triste, isso acontece com as melhores famílias de Londres, Paris,
Conjunto Ceará e adjacências.
Agora, preste bastante atenção ao que vamos compartilhar com você. Sem uma missão, um
alvo a ser alcançado, um objetivo claro e específico, nenhuma equipe de trabalho consegue
alcançar um desempenho satisfatório.
Isso porque somos – TODOS nós, indistinta e até inconscientemente – movidos a resultados.
Mesmo que tenhamos entranhada consciência de que glorificar a Deus, em toda e qualquer
circunstância da nossa vida, seja a missão mais importante que recebemos, ao nos converter a
Cristo, sempre buscamos realizar coisas que nos satisfaçam emocional, psicológica e até mesmo
espiritualmente.
Então, amado(a) irmão(ã), façamos nossas as palavras do autor da Carta aos Hebreus: “Não
deixemos de reunir-nos como igreja (…) mas procuremos encorajar-nos uns aos outros (...).”
(10.25)
Mandamentos como esse, são a mola que nos impulsiona em sua direção e na de cada UM
que faz parte deste Corpo. O interesse não é de que mais pessoas se envolvam no serviço,
aliviando aqueles que já estão engajados. Nada isso. O que nos move, de verdade, é a convicção
de que somente servindo UM crente consegue progredir na difícil escalada rumo ao caráter de
Cristo.
Não se vive e também não se faz cristianismo sozinhos! Somos chamados para servir
JUNTOS. Fomos escolhidos para viver JUNTOS. Somos adotados em UMA família, portanto
fazemos parte UNS DOS OUTROS.
E, provavelmente, o mais importante de tudo: precisamos UNS DOS OUTROS para nos
mantermos de pé. E em equilíbrio diante de Deus.
Lembra da determinação de Deus a Abrão? “(...) Eu sou o Deus todo-poderoso, ande segundo
a minha vontade e seja íntegro.” (Gênesis 17.1)
Você acha, de sã consciência, que alguém pode cumprir UM mandamento como esse, sem ter
pelo menos UMA pessoa do seu lado, em quem possa confiar e com a qual possa caminhar
JUNTO?!
Estamos de acordo com o apóstolo Paulo,ao afirmar que: “Não importa o que aconteça,
exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e
os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês
permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica.” (Filipenses 1.27)
Sublinhe, por favor, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando
unânimes pela fé. Confira que Paulo escreve vocês e não, você; e num só espírito e não, em
vários espíritos!
Ou seja, ao mesmo tempo em que diversifica o alcance, unifica a missão e a fonte. TODOS
nós temos que atuar JUNTOS, ao mesmo tempo em que devemos focar em UM único alvo,
regidos por UM único Senhor.

Passagem para memorizar


“… amem uns aos outros, concordem uns com os outros de todo coração, trabalhem juntos
com um só coração, uma só mente e um só propósito.” (Filipenses 2.2 – Bíblia Viva)

Ponto para refletir


Decido, em meu coração, hoje, que manterei, sempre, pelo menos UMA pessoa sintonizada
com meu serviço e caminha com Cristo o tempo todo.

Pergunta para responder


Você tem um “parceiro de prestação de contas” ou um “padrinho”? Você nem sabe o que é
isso? Procure o pessoal do Celebrando Restauração e tome uma iniciativa ou, se for o caso, tire
suas dúvidas.

ANOTAÇÕES

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SEMANA 6: Vivendo generosamente


36º Dia – Nos doamos consciente, entusiástica, voluntária e alegremente, em amor, a
MUITOS

Acreditamos que você já deve ter ouvido o termo “koinonia”, em algum momento de sua
história nesta Igreja. Pelo menos foi o que aprendemos ontem.
Do grego popular (grego koiné), o termo koinonia assume, em português, o significado de
“comunhão”, que, por sua vez, tem a ver com comunidade. Ou seja, igreja.
Podemos até mesmo, se for o caso, justificar biblicamente nossa livre tradução do original
grego, tendo em vista os quatro elementos essenciais da koinonya, segundo as Sagradas
Escrituras:
1. comunidade, versículo chave, Filipenses 2.1; 2. participação, versículo chave, 1ª Coríntios
10.16; 3. contribuição, versículo chave, Romanos 15.26; e, finalmente, 4. generosidade, versículo
chave, 2ª Coríntios 9.13.
Você não quer conferir?!
Bom, como acabamos de ser ministrados – já que este devocional abre o último bloco de
reflexões da CAMPANHA JUNTOS PARA QUE MUITOS CREIAM –, generosidade é o tema base
desta semana.
E você acha que haveria tema mais apropriado para fechar uma maratona espiritual e proativa
como essa, onde o ser humano, matéria prima da Igreja de Jesus, é o foco principal?
Só muita generosidade, aliás, só generosidade até não acabar mais, pra justificar o
desprendimento de Jesus de abandonar sua condição divina e se humanizar, desde a concepção
até a expiração na cruz: “Está consumado!”.
E só a compreensão inspirada – e inspiradora – de Paulo para esboçar um gesto de gratidão,
quase que imperceptivelmente semelhante ao do Homem de Nazaré:
“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama a quem dá com alegria.” (2ª Coríntios 9.7)
Assim como no coração divino, assim também em nossos corações, podemos, segundo o
apóstolo, determinar o quanto cada UM vai dar em favor de MUITOS.
Essa passagem, diga-se de passagem, contém também quatro elementos, a exemplo dos que
relacionamos à comunhão, que podemos considerar essenciais a genuínas e espontâneas ações
generosas:
1º você deve dar conscientemente; 2º você deve dar entusiasticamente; 3º você deve dar
voluntariamente; e 4º você deve dar alegremente.
Nada e nem ninguém deve influenciar sua decisão de dar. Mas, antes de continuarmos,
precisamos conhecer mais a cerca da importância que Deus dá ao desprendimento das riquezas
materiais.
Ao longo dos textos bíblicos, podemos encontrar mais de 2.000 registros da expressão “dar”,
evidência mais do que concreta do quanto devemos encarar com zelo a virtude da generosidade.
O próprio Jesus nos revela uma pista sobre a que riqueza Deus atribui real valor:
“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes
serão acrescentadas.” (Mateus 6.33)
E olhe que o essas coisas a que se referia o Mestre não eram carro do ano, mansão com
piscina, roupas de grife e outras coisas do tipo. Ele estava falando era do essencial à dignidade: o
que comer, o que beber e o que vestir. Nada mais.
Por aí, meu amado irmão (minha amada irmã), você tem uma noção clara de que teria valor do
ponto de vista divino.
Enquanto a grande maioria de nós se deixa encantar pela febre de consumo e de ostentação
do mundo, o dono do Universo e de tudo que ele contém, inclusive todo tipo de preciosidade,
valoriza as coisas essenciais à sobrevivência.
Como, aliás, já tinha demonstrado a Adão e Eva, no jardim do Éden. Dê uma olhadinha em
Gênesis e veja se não temos razão. Não havia pedras preciosas e finas iguarias à disposição dos
primeiros seres humanos e, sim, árvores frutíferas, animais silvestres e águas cristalinas.
Certos estão os defensores da natureza, não é mesmo? Pelo menos demonstram clara
consciência de que estamos correndo o sério risco de esgotarmos, por má administração, os
bens naturais primários do nosso planeta. Água e ar em destaque.
Outro detalhe fundamental, fechando nossa reflexão de hoje, seria em quanto importa o valor
ideal, do ponto de vista da expectativa de Deus quanto à nossa generosidade.
“Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e
não de acordo com o que não tem.” (2ª Coríntios 8.12)
Não é preciso se preocupar quando, do púlpito, você for desafiado a uma oferta especial. Tudo
depende da necessidade que a igreja sente em um determinado setor ou em uma determinada
circunstância.
Aí talvez você se abale e fique nervoso: “Mas se já estou dando tudo que posso, como é que
eles acham que tenho condições de contribuir com ainda mais?”
Calma. Já tivemos, aqui mesmo em nossa comunidade, o privilégio de conferir as maravilhas
que Deus opera em meio a um povo de coração genuinamente generoso.
Houve casos, inclusive, em que a pessoa deu sacrificialmente. E, pouco tempo depois, como
por milagre – e sendo milagre mesmo – ganhou, de forma lícita, pelo menos uma vez e meia mais
do que havia aberto mão.
Quando nós não temos, mas nos dispomos de coração a dar, o Senhor providencia uma
maneira criativa de viabilizar a nossa decisão.
Consciente, entusiástica, voluntária e alegremente, como só Ele sabe ser e... Se doar!

Passagem para memorizar


“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama a quem dá com alegria.” (2ª Coríntios 9.7)
Ponto para refletir
O Filho Se doou para que nos reconciliássemos com o Pai.
Pergunta para responder
Quantas vezes você tem ganho, dando mais do que recebendo?

ANOTAÇÕES

SEMANA 6: Vivendo generosamente


37º Dia – Criamos comunidade: como se MUITOS fossem UM só

– A generosidade cria comunidade; derrota o materialismo; fortalece a fé; investe na


eternidade; retribui com bênçãos; produz felicidade; e nos assemelha a Cristo. (Rick Warren)
Parafraseamos o pensamento do pastor da igreja irmã de Saddleback, Estados Unidos, para
abrirmos o estudo de sete temas que faremos, JUNTOS, até o final desta última semana de nossa
Campanha, respondendo à pergunta “Por que Deus quer que sejamos generosos?”.
Das páginas da Bíblia, como não poderia deixar de ser, extraímos a argumentação que justifica
o pensamento que compartilhamos com esse amado irmão em Cristo.
A generosidade cria comunidade porque, desde o princípio, a Igreja de Jesus ganhou, da parte
do Espírito, a consciência de que TUDO que alguém possuísse lhe havia sido dado por Deus e,
consequentemente, ao Senhor pertencia.
Como dizemos em nosso meio, somos apenas e tão somente mordomos dos nossos bens, os
quais, na realidade, pertencem ao Criador.
“Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo
o que tinham.” (Atos dos Apóstolos 4.32b)
Os textos desses capítulos iniciais do livro de Atos deixam bem claro o mover de Deus em
corações piedosos, que discerniam, espiritualmente, quais riquezas tinham real valor aos olhos
divinos.
E o fato de compartilharem de UM único pensamento, lhes inspirava o sentimento de
comunidade, família, interdependência, sinergia.
Agora, por favor, venha junto conosco. Quando você vem a nossa Tenda, bem no meio da
propriedade e levanta seus olhos ao redor.
– O que vê? “Um grande terreno com árvores, construções e uma tenda meio futurística, bem
grandona”, assim imaginamos como você nos responderia (você).
– E de quem é tudo isso? – insistiríamos. “Nosso, ora.” Aí sim, temos certeza de que seria essa
a resposta. E não é verdade?!
A propriedade da Igreja Batista Central, no bairro Pedras, foi paga religiosamente em dia e
dentro do prazo acordado, com recursos que o Senhor proveu, única e exclusivamente, no seio de
nossa comunidade.
Nenhum centavo veio de fora. Foi tudo fruto da generosidade de cada UM de nós, que, àquela
época, fazíamos parte desta comunidade de discípulos.
Homens, mulheres, velhos, crianças, TODOS deram, dentro de suas possibilidades e,
ALGUNS, até um pouco além, como vimos na ilustração do devocional de ontem. Entusiástica e
voluntariamente!
Alguma semelhança com os crentes da igreja de Atos seria mera coincidência, em sua
opinião?!
– De jeito nenhum – é nossa vez de responder. Assim como naquele tempo, nos dias que
chamamos atuais, o Espírito é o mesmo.
Como afirma Jesus, numa das passagens mais conhecidas dos Evangelhos chamados
Sinóticos:
“Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” (Mateus 6.21)
Abre parêntese: Mateus, Marcos e Lucas são chamados sinóticos pelos estudiosos da Bíblia,
os exegetas, devido às semelhanças que suas narrativas apresentam entre si. Fecha parêntese.
Jesus chama a atenção da multidão, no famoso Sermão da Montanha, sobre o perigo de nos
preocuparmos mais com os bens perecíveis do que com os tesouros de valor eterno.
Qual teria sido o impacto dos bens e valores que doamos para quitar o terreno do Pedras, se
os mantivéssemos em nossas mãos? Você faz idéia de quantas almas já foram alcançadas pra
Cristo depois que começamos a nos reunir na tenda?
Ou melhor. Antes que a Igreja levantasse sua Tenda, quando fazíamos churrascadas, em meio
a batismos num tanque improvisado sob árvores, o Evangelho já abria verdadeiras brechas nas
cadeias do inferno, resgatando almas para o Reino do Filho do amor de Deus.
Resultado da ação do Espírito Santo? Com certeza. Mais ação facilitada pelo ajuntamento de
pessoas, que, de pronto, talvez recusassem convite para assistir a um culto evangélico num
templo tradicional.
Nada contra templos tradicionais. Deus se manifesta em todos os lugares, independentemente
do ambiente e até mesmo das pessoas. Não é isso.
É que aprendemos, ao longo da nossa história, que a tenda e a propriedade de largos portões,
à entrada de Fortaleza, proporciona um ambiente muito mais atraente para quem chega ao nosso
grande ajuntamento, aos domingos à tarde, do que se estivéssemos em um luxuoso prédio
refrigerado.
Dá uma olhadinha para os lados, no próximo domingo, logo que sentar no meio da
congregação. Observe que o Sol derrama sobre nós seus últimos raios, ao mesmo tempo em que
uma suave brisa balança, de leve, nossos cabelos, ao sabor do vento.
Não nos lembramos de nenhum outro lugar, mesmo a saudosa palhoça de imemoriais
lembranças, no auditório antigo, que transmita tanta sensação de liberdade e aconchego.
Dá impressão que podemos ir e vir, a nosso bel prazer, já que não há paredes ou portas que
limitem os nossos movimentos. Pelo contrário. Há uma incrível sensação de liberdade.
Ou o sentimento de podermos ficar e esperar pra ver o que vai acontecer debaixo daquela
tenda, naquela tarde de domingo. Diferente de qualquer outra.
Passagem para memorizar
“Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” (Mateus 6.21)
Ponto para refletir
Tudo que nos rodeia, no Pedras, é fruto de corações generosos a ponto de doar tudo que
tinham, se preciso.
Pergunta para responder
Você já experimentou a sensação de ser parte de algo muito grande tendo doado só um
pouquinho?

ANOTAÇÕES

SEMANA 6: Vivendo generosamente


38º Dia – Derrotamos o materialismo fortalecendo a nossa fé em UM único pensamento

Ontem aprendemos que a generosidade cria comunidade. Hoje, vamos aprender, juntos, que
ela também derrota o materialismo e fortalece a nossa fé.
E por que a generosidade derrota o materialismo?
Nós poderíamos responder, simplesmente, porque a Bíblia diz. E o que a Bíblia diz não se
discute, já que é filosofia de nossa comunidade ser a Palavra de Deus soberana, em nossas
vidas. Soberana e inerrante.
Mas aí, meu amado (minha amada), não seria devocional, não é mesmo? Seria lavagem
cerebral. E nessa igreja não temos por hábito “fazer a cabeça” de ninguém.
Muito pelo contrário. Damos oportunidade para que cada UM, de acordo com seu próprio
entendimento, possa aprender de Deus, no ritmo em que a sua cabeça lhe permite. Respeitamos
as diferenças, por isso, tentamos, o mais que podemos, nos expressar de forma compreensível, a
TODOS.
Materialismo, dentre outros conceitos, quer dizer “tendência para tudo que é material, vulgar,
grosseiro”. E é exatamente isso que Jesus ensina aos judeus, numa época em que todos os bens
daquele povo estavam, pela força da espada, à disposição do Império Romano.
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.” (Mateus 6.24)
Por dinheiro, no caso, leia-se bens materiais e não apenas valor em moeda. E Jesus não se
preocupava, ao ensinar dessa maneira, somente com a avareza ou com a ganância, mas com a
batalha espiritual que representava fazer do dinheiro um senhor.
E você sabe por quê? Porque ao mesmo tempo em que a generosidade fortalece a nossa fé, o
dinheiro a enfraquece e a debilita, ao ponto de, até, imitarmos o exemplo de Ananias e Safira,
registrado no livro de Atos.
“Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com
fartura, também colherá fartamente.” (2ª Coríntios 9.6)
Eis a “receita” de Paulo para uma bem sucedida relação com Deus, através dos bens materiais
que Ele nos proporciona usufruir.
Vamos juntos. Suponhamos que você compra um terreno e não queira construir alguma coisa
lá. Então, contrata uma pessoa para cuidar do terreno e lhe fornece sementes e brotos de vários
tipos de frutos e legumes, a fim de que semeie.
Mas não lhe dá as ferramentas necessárias para tal finalidade. Algum tempo depois você
chega pra visitar o terreno e o encontra do jeitinho que deixou, ou seja, nu e cru.
Você acha que tem moral pra reclamar do pobre encarregado, pelo fato de não ter nada pra
colher?
“Mas eu tinha dado sementes e brotos de frutos e legumes, como você mesmo afirmou!”, até
pode nos rebater, em resposta.
É. Lembramos do que dissemos. Acontece, meu amado (minha amada), que sem as
ferramentas adequadas não se pode semear com fartura e, por consequência natural, também
não se pode colher com fartura.
Agora, vamos examinar tudo isso do ponto de vista espiritual. Jesus plantou a semente de Sua
Palavra em nossos corações, certo? Muito bem. Ele também nos tem dado as ferramentas –
dons, talentos, recursos – para semearmos o Evangelho nos férteis campos ao nosso redor,
concorda?
Certo. Agora, a pergunta que não pode calar: Diferentemente do encarregado do terreno de
nossa ilustração, nós, encarregados da lavoura do Senhor, não podemos reclamar de nada, já
que Ele nos tem provido de tudo que precisamos, não é mesmo?
Donde podemos concluir, facilmente, que, se está faltando ainda muito campo para ser
semeado, em Fortaleza – que é a visão que Deus nos tem dado, como igreja – então, meu amado
(minha amada), o problema está em cada UM de nós.
“E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as
coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.”
(2ª Coríntios 9.8)
Se, até aqui, você achava que estávamos falando de conhecimento próprio, meu amado
(minha amada), então eis a Palavra de Deus que afirma, cabalmente, que tendo tudo o que é
necessário, vocês transbordem em toda boa obra.
Ou seja, sendo generosos não apenas alcançaremos o mundo que nos cerca, mas,
igualmente, seremos, dia a dia, fortalecidos em nossa fé.
Porque testemunharemos o poder de Deus – como já temos feito, dominicalmente, na tenda –
quebrando cadeias, derrubando muros e libertando almas, ao nosso redor e bem sob nossos
olhares, às vezes, infelizmente, ainda um tanto quanto... incrédulos! Ou pouco crédulos, se você
preferir suavizar o termo.
Meu amado (minha amada), permita que durante o restante dessa semana – como se fosse
um período de experiência – o dom da generosidade transborde de seu interior e salpique nas
pessoas com as quais você convive.
Temos certeza absoluta de que os resultados dessas ações generosas, de sua parte, serão tão
compensadores pra você mesmo, que, a partir de então, nunca mais deixarão de fazer parte de
sua filosofia de vida.
Para que, através de UM, pelo menos ALGUNS venham a ser salvos! E, de UM em UM,
possamos alcançar TODA essa Fortaleza pra Cristo, “conforme a visão que Deus nos tem dado”.

Passagem para memorizar


“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.” (Mateus 6.24)
Ponto para refletir
Tenho, dentro em mim, uma semente capaz de germinar vida eterna!
Pergunta para responder
Você tem noção de quantas pessoas Deus ainda quer alcançar, através de sua semeadura,
nessa cidade?

ANOTAÇÕES

SEMANA 6: Vivendo generosamente


39º Dia – Investimos na eternidade sensibilizados como UM investiu em TODOS

Temos certeza que, do devocional de ontem, já ficou, com antecedência, a resposta ao nosso
ponto de hoje. Deus quer que sejamos generosos porque é um investimento para a eternidade.
Da ilustração que usamos pra facilitar o entendimento daquela reflexão já sobraram respingos
de conhecimento sobre o objetivo final de nossa semeadura: a salvação do perdido!
“Por isso, eu lhes digo: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que,
quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas.” (Lucas 16.9)
Tivemos durante um período razoavelmente longo, em nosso meio, um programa chamado
Encontro Facilitador.
Eram reuniões que promovíamos, em ambientes abertos, como nas escolas através do
Ministério Cativar, Minha Vida Meu Púlpito,a fim de que os crentes da IBC pudessem trazer pra
igreja familiares, amigos e conhecidos que não aceitariam convite pra assistir a um culto.
A própria palavra culto, já representava, por si só, em alguns casos, um obstáculo
intransponível para que a pessoa chegasse à igreja e, por consequência, ao Evangelho de Cristo.
Do formato institucional, encorajamos e até, em certos casos, patrocinamos, a que nossos
membros pudessem, em suas próprias casas e até em ambientes escolares e profissionais,
realizar reuniões dessa natureza.
Houve uma ocasião em que participamos de um encontro desses, com direito, inclusive, a
convidados especiais da Igreja que fizeram uma apresentação de danças e cânticos, numa certa
associação profissional da cidade.
E o que Deus fez naquela tarde, num minúsculo e acanhado auditório, foi quase inacreditável.
Só pra você ter uma idéia, frutos daquela semeadura ainda podem estar sendo colhidos, hoje, em
nosso meio.
Pessoas continuam sendo alcançadas por pessoas que, ali, foram alcançadas.
Olha, meu amado (minha amada), a Obra de Deus não pára. Assim como diz a Palavra, “estou
convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo
Jesus”, cf. Filipenses 1.6.
Nada nem ninguém pode obstacular um propósito de Deus. Agora que pode atrapalhar um
bocado, lá isso pode.
“Mas isso é uma heresia, irmão!”, pode você até ter se exaltado. Pior que não é, sabia?
Acontece que Deus nos chamou com o propósito de sermos seus lavradores, os trabalhadores de
sua lavoura.
Como aquele cidadão da ilustração de ontem, certo? Pois bem. Acontece, meu amado (minha
amada), que, em consequência de nossa natureza pecaminosa, em determinadas circunstâncias,
nos tornamos o que a Bíblia chama de “pedra de tropeço”!
“Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra
de tropeço para os fracos.” (1ª Coríntios 8.9)
Viu?! Paulo fala em exercício da liberdade. Nesse exato momento – pra nós, pra você, há
alguns dias – temos a liberdade de pôr no papel pensamentos que nos vêm à cabeça.
Estamos em uma sala refrigerada, bem acomodados em uma cadeira com rodinhas – aquela
que você desfila de um lado a outro da sala, sem levantar, sabe? – e ainda contando com
cafezinho, água mineral e, claro, um bom almoço, ao meio dia.
Agora, melhor que tudo isso é a liberdade que temos, da parte da liderança dessa igreja, a fim
de que possamos pôr em ação o dom que Deus nos deu de desenvolver textos. Nesse caso, de
fundo teológico-doutrinário.
Claro que o que escrevemos aqui passa, inegociavelmente, pelo crivo e revisão pastoral. Isso
sem falar nos irmãos e irmãs que nos abençoam com seus dons e talentos, aperfeiçoando o texto
que estamos produzindo.
Mesmo assim, meu amado (minha amada), quando focamos no objetivo principal de nosso
trabalho – frutos para a eternidade –, temos que ficar ainda mais atentos e zelosos, quanto às
sutis e dissimuladas armadilhas diabólicas.
E o Diabo não usou da própria Escritura para tentar Jesus, no deserto? E ele não se aproximou
de Deus para conseguir autorização para testar Jó?
Então. Para batalhas espirituais, armas espirituais. Não pense, meu amado (minha amada),
que cada palavra que você tem lido, e vai continuar lendo, até o final desse arrazoado, não tem
um peso para a eternidade.
Tem sim. Cada passo que damos, por menor que nos possa parecer, meu querido (minha
querida), na direção de Cristo, tem uma medida bem diferente da que conseguimos mensurar, em
nosso entendimento humano.
Tipo aquela frase do astronauta Neil Armstrong, ao pisar no solo da Lua: “Este é um pequeno
passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade”!
Armstrong contou, depois, que, embora parecesse o contrário, ele só havia pensado naquela
frase épica poucos momentos antes de descer da nave, que acabara de pousar na superfície
lunar.
Por tudo isso, meu irmão (minha irmã), tenha muito cuidado com as palavras e, principalmente,
com as ações. Porque cada uma delas tem um peso eterno de proporções imensamente
superiores ao peso que, à primeira vista, parecem realmente ter, pra nós.
Tanto do ponto de vista positivo; como do negativo. Conforme Paulo ensina em sua Primeira
Carta a Timóteo:
“Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir.
Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que
há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida.” (6.18-19)
Passagem para memorizar
“Por isso, eu lhes digo: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que,
quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas.” (Lucas 16.9)
Ponto para refletir
Vou fazer um amigo, de cada vez, até alcançar o máximo de pessoas possível, em meu círculo
de relacionamento.
Pergunta para responder
Quantos amigos de verdade você tem, no mundo? Quantos amigos de verdade você tem, na
igreja? Quantos amigos de verdade você, realmente, tem?

ANOTAÇÕES

SEMANA 6: Vivendo generosamente


40º Dia – Doamos pouco em comparação com a recompensa que cada UM tem recebido

Recompensado com bençãos. Você guardou o esboço que o pastor nos ensinou a completar,
no domingo passado?
Se guardou, confira que este é o ponto 5, das 7 respostas para a pergunta “Por que Deus quer
que eu seja generoso?”
“Porque sou recompensado com bençãos” é a resposta completa do nosso esboço, preenchido
o respectivo espaço em branco.
Atente, por favor, para dois detalhes importantes nessa frase: 1. sou recompensado e não,
compensado; ou seja, ganho do que já investi – semeei, no caso – ao invés de ser reembolsado
por um gasto que tenha feito. 2. com bençãos, ao invés de benção; ou seja, recebo muito mais do
que investi, já que minha palavra ou ação assume peso eterno, assunto que estudamos no
devocional de ontem.
Tudo isso aprendemos só em examinar uma frase simples e curta como essa. Sob o ponto de
vista espiritual, percebe?
Como diz o texto bíblico, no livro de Deuteronômio:
“Dê-lhe generosamente, e sem relutância no coração; pois, por isso, o Senhor, o seu Deus, o
abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o que você fizer.” (15.10)
Não estamos falando, quando tratamos sobre generosidade, de você dar tudo que tem.
Estamos falando da disposição do seu coração, isso sim. Como você pode constatar, facilmente,
examinando com atenção o verso acima, Deus está preocupado, sempre, com o nosso coração e
não com o quê ou com o quanto nos dispomos a dar.
Vá que demos só um pouquinho. Como aconteceu com a campanha pra quitar o nosso terreno,
sobre a qual já falamos essa semana. Teve criança que doou um par de patins... usado!
Ora, a exemplo da “viúva pobre das duas pequeninas moedas de cobre”, de Lucas 21, aquela
criança só tinha – de seu mesmo – aquele velho par de patins. Que não estava tão velho assim!
Então, do ponto de vista de Deus, ela deu o melhor que possuía, ou seja, tudo que Ele gostaria
que ela tivesse dado!
E é isso que faz toda diferença, na eternidade, e move o coração de Deus a nos retribuir,
independentemente do que tenhamos dado, com bençãos para cada investimento, ao invés de
uma só benção para cada investimento. Entendeu?!
Vamos confirmar, na Bíblia, o que acabamos de estudar?
“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas
plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.”
(Provérbios 3. 9-10)
Que tal sublinhar os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de
vinho? E, agora, compare em que o Senhor se baseou pra derramar bençãos dessa natureza
sobre o personagem em questão.
Isso mesmo. Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas
as suas plantações.
A Bíblia não diz entregue, doe, abra mão. Ela diz honre!
O que Deus requer de nós, repetimos, é a disposição do coração. Só. Ponha tudo que você
tem à disposição de Deus, em honra, em gratidão, em reconhecimento. Essa é a primícia de seu
coração com que Ele se alegra!
Assim como fez Davi. Quando lhe ofereceram, de graça, o terreno que ele precisava pra
construir um altar pro Senhor, o rei fez questão de recusar, explicando que nada que lhe fosse
gratuito tinha relevância na eternidade.
“O rei Davi, porém, respondeu a Araúna: 'Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não darei
ao Senhor aquilo que pertence a você, nem oferecerei um holocausto que não me custe nada'.
Então Davi pagou a Araúna sete quilos e duzentos gramas de ouro pelo terreno.” (1º Crônicas
21.24-25)
O rei tinha consciência de que Deus examinava o seu coração quando lhe instou a usar o
terreno de Araúna para erguer um altar de sacrifícios e sustar a destruição que estava pendente
sobre Jerusalém.
Ou seja, a disposição do coração de UM anulou a indisposição do coração de MUITOS, diante
do Senhor.
Assim como fez Jesus. Você acha que o ladrão, crucificado ao lado de Cristo, ainda tinha
chance de realizar alguma coisa nesta vida?
Ele estava, como o Filho de Deus, no limiar da morte, mesmo assim teve aceita e valorizada a
disposição do seu coração impiedoso e encontrou o perdão de seus pecados e a salvação de sua
alma.
E foi recompensado com bençãos sem par. A ponto de ter sua expectativa eterna mudada
radicalmente, só por causa do seu gesto de generosidade quando encorajou e valorizou Jesus,
mesmo vendo-O ali na cruz, completamente desfigurado, completamente indefeso,
completamente incompetente para realizar qualquer obra de alcance humano.
Só que realizando a imensurável e inigualável Obra divina de Se entregar, voluntária e
generosamente, em nosso lugar. Para que tivéssemos, a partir de Seu gesto generoso, acesso a
bençãos sem limite, na eternidade com Deus.

Passagem para memorizar


“Dê-lhe generosamente, e sem relutância no coração; pois, por isso, o Senhor, o seu Deus, o
abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o que você fizer.” (Deuteronômio 15.10)
Ponto para refletir
Estou pronto para contribuir, regularmente, para a Obra de Deus, entendendo que o que Ele
valoriza mesmo é um coração generoso.
Pergunta para responder
Você tem contribuído regularmente para a Obra de Deus? Porque não experimenta começar a
partir de hoje?

ANOTAÇÕES

SEMANA 6: Vivendo generosamente


41º Dia – Entendemos que a felicidade de UM, ao se doar, mudou a vida de MUITOS

Bem, vamos começar o devocional de hoje recapitulando o que vimos, até aqui, esta semana.
Respondendo à indagação “Por que Deus quer que eu seja generoso?”, encontramos, na
Bíblia, sete justificativas: 1. porque cria comunidade; 2. porque derrota o materialismo; 3. porque
fortalece a minha fé; 4. porque é um investimento para a eternidade; 5. porque sou recompensado
com bençãos; 6. porque produz felicidade; e 7. porque me torna mais semelhante a Jesus.
Já estudamos os cinco primeiros pontos e, hoje, vamos refletir sobre a felicidade de ser
generoso.
O livro de Atos dos Apóstolos, em sua argumentação inicial, nos apresenta o modelo de igreja
que Jesus sonhou fosse constituída pelos Seus discípulos, a partir da Grande Comissão de
Mateus 28.18-20, que podemos resumir em uma palavra chave: IDE!
No correr desses trechos bíblicos a que acabamos de nos referir, podemos encontrar, em mais
de uma ocasião, a referência à disposição daqueles corações piedosos em considerar como de
TODOS qualquer bem material que pertencesse a cada UM.
O disponibilizar, o repartir, o tudo em comum era a filosofia básica da principiante igreja de
Jerusalém, reunida de casa em casa, logo após os terríveis e, ao mesmo tempo maravilhosos,
acontecimentos finais da morte do Nazareno entre os homens.
Por conhecermos tudo isso, não é nenhuma surpresa o registro do versículo 35, do capítulo 20,
do referido livro de Atos:
“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos,
lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: 'Há maior felicidade em dar do que
em receber'.”
Confessamos a você, meu amado (minha amada), nossa dificuldade em mensurar o nível de
disposição do coração de Cristo, ao pronunciar tais palavras, sabedor que era do que lhe
esperava num futuro bem próximo desse pronunciamento.
Porque, não esqueça em nenhum momento, o Mestre estava se referindo ao exemplo que Ele
mesmo protagonizaria, em carne e osso, doando o Seu próprio corpo, em sacrifício vicário pela
humanidade.
Trazendo à mente as cenas fictícias, mas perfeitamente sintonizadas com a narrativa bíblica,
do filme de Mel Gibson – A Paixão de Cristo, se torna ainda mais incompreensível esse
sentimento de felicidade de Jesus.
A não ser que, nem que seja por um momento, larguemos nossa vida, como Ele mesmo
requer, em outro trecho bíblico, e tomemos, cada UM, nossa própria cruz e O sigamos, em
disposição e generosidade.
E nos apresentemos ao Pai, não apenas com nossos corpos, como sacrifícios vivos e
agradáveis, mas com corações cheios de grata felicidade pela felicidade com que o Filho, focado
no alvo a ser atingido e não nos percalços a serem enfrentados, materializou o ensino.
Em alguns breves momentos, conseguiremos vislumbrar, mesmo de relance, a grandeza do
gesto de Cristo, e olhar o perdido com a mesma perspectiva com que alguém nos olhou, no
passado, e, sensibilizado pelo sofrimento da cruz, nos estendeu uma palavra de vida... eterna!
Feliz em compartilhar, de graça, o que, de graça, havia recebido!
Assim como o Mestre mesmo fez com relação à mulher samaritana, no capítulo 4, do
Evangelho de João:
“Então Jesus declarou: 'Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você'.' (26)
Preste atenção na alegria de Jesus, ao Se revelar à mulher. Foi como se Ele gritasse
alegremente: “Não precisa procurar mais, porque este sou Eu, que estou aqui falando com você!”
E a alegria dos samaritanos, ao discernirem, em seus corações, que haviam encontrado,
mesmo sendo estrangeiros, o Messias que os judeus anunciavam que viria para salvar só a eles?!
“E disseram à mulher: 'Agora cremos não somente por causa do que você disse, pois nós
mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador do mundo'.” (42)
A felicidade é contagiante, meu amado irmão (minha amada irmã). Basta uma pessoa, em um
grupo, começar a rir e, logo, logo, todo mundo ou, pelo menos a grande maioria, vai estar rindo
também.
Às vezes a gente nem sabe direito porque está rindo, mas, não importa, a sensação que a
alegria proporciona é tão grande que o motivo é o que menos interessa. O bom mesmo é rir até
não acabar mais!
Agora pare um pouquinho e pense na felicidade que você já proporcionou a alguém, que,
depois de ter contato com o Evangelho, por seu intermédio, experimentou a alegria de um
encontro pessoal com Cristo.
Assim como aconteceu com Saulo, no caminho de Damasco. Aquele encontro com Jesus
deixou Saulo tão feliz que não mudou apenas a sua forma de pensar. Mudou a sua forma de
valorizar a vida.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida
que agora vivo no corpo vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
(Gálatas 2.20)

Passagem para memorizar


“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos,
lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: 'Há maior felicidade em dar do que
em receber'.” (Atos 20.35)
Ponto para refletir
Quero sentir a felicidade de ver alguém conduzido por mim aos pés de Cristo, como me senti
feliz quando fui conduzido a Ele.
Pergunta para responder
Não quer fazer um propósito de, até o final desse ano, levar pelo menos uma pessoa a Cristo?

ANOTAÇÕES

SEMANA 6: Vivendo generosamente


42º Dia – Esmeramo-nos em parecer semelhantes a Jesus em cada UM de nossos gestos

Pronto. Acabou! Ou vai começar tudo de novo! Hoje fechamos essa série de 42 devocionais,
que, a cada dia, vimos estudando, no embalo das seis lições que recebemos de Deus, através do
púlpito desta igreja.
Temos uma proposta pra você, meu amado (minha amada), a nível de sugestão. Releia tudo
de novo, como se fosse um livro e não como um programa de devocionais diários.
Qual a diferença? É que lendo um livro, temos a oportunidade de relaxar, buscando na leitura o
prazer de pensamentos agradáveis e não uma rotina obrigatória. Isso nos deixa mais à vontade
para o deleite de uma boa leitura e não o compromisso de um estudo.
A cada passo, sublinhe os trechos, bíblicos e literários, que mais lhe chamarem a atenção e, ao
final de tudo, repasse esses trechos para um caderno, agenda ou coisa do tipo.
Esse exercício tanto ajuda na memorização dos trechos escolhidos como, igualmente, renova,
na mente, os detalhes você sentiu vontade de guardar, mas, por algum motivo, deixou passar.
De tudo, a mensagem mais importante que você deve internalizar é a fonte de inspiração de
todo esse movimento que vivenciamos, nestas últimas semanas, em nossa Igreja: o Espírito
Santo de Deus.
Essa mesma fonte é responsável pela disposição do coração de cada pessoa envolvida no
trabalho que você tem em suas mãos e de onde, esperamos, tenha extraído cada mensagem que
Deus já lhe havia destinado, mesmo antes que nos debruçássemos sobre as Escrituras em busca
da inspiração divina.
Poderíamos considerar isso tudo o mover de Deus, a fim de nos tornar, UM a UM, mais
semelhantes a Jesus. E, por consequência, alcançar ALGUNS e, desses, alcançar a MUITOS.
“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do
Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (…) Todos recebemos da sua plenitude,
graça sobre graça.” (João 1.14,16)
No mesmo sentimento que vimos caminhando até esse ponto, reflita conosco sobre o peso, na
eternidade, da declaração do apóstolo João, no trecho bíblico que transcrevemos acima.
Sublinhe todos, plenitude e graça. Agora, releia, bem devagar, o texto do versículo 14 “Aquele
que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito
vindo do Pai, cheio de graça e de verdade”.
Para finalizar, reescreva tudo, com suas palavras, usando apenas os trechos que mais
impactaram o seu coração.
Por exemplo: “A glória do Unigênito do Pai, cheio de graça, recebemos, todos, na sua
plenitude”.
O que quisemos, com esse exercício, foi ajudar você a extrair das Escrituras os trechos de
cada passagem que mais falam ao seu coração.
A frase com que exemplificamos é apenas um modelo, não deve ser copiada. A sua frase deve
ser guiada pelo Espírito, de acordo com o que o Senhor está querendo que você aprenda, nesse
último devocional, sobre a generosidade dEle para com você.
Jesus, completamente homem, mas, ao mesmo tempo, completamente Deus, se doou por
inteiro, conforme registra o texto de João. Ele abriu mão, generosamente, de Sua divindade,
descarregando-a em Seu corpo humano, de modo que, mesmo em nossa limitada capacidade,
pudéssemos nos tornar o mais semelhante possível à Sua pessoa!
Olhando sob esse prisma, meu amado irmão (minha amada irmã), podemos nos sentir capazes
de, semelhantemente ao que fez o Mestre, nos mover na direção das pessoas, a fim de que
possam, através de nossas ações piedosas, enxergar Cristo, conforme temos o privilégio de
conhecer.
“E eles também darão glória a Deus pela oferta generosa que vocês estão dando a eles e a
todos os outros.” (2ª Coríntios 9.13 – NTLH)
Paulo está se referindo à generosidade que a Igreja de Corinto estava deixando transparecer,
em suas ações de serviço, espelhando o caráter de Cristo a todos àqueles que a rodeavam.
Assim como temos tentado fazer, nas várias frentes de serviço social que temos implementado
em nossa comunidade.
Não apenas em nossa cidade, mas até mesmo no interior do Estado, membros da nossa Igreja
estão se doando, generosamente, como fez Jesus nas áridas terras da Palestina.
Caminhando entre a multidão, o Filho de Deus deixava pelo caminho pedacinhos de Sua
Pessoa maravilhosamente generosa, como aconteceu com a mulher do fluxo de sangue, a qual
nem precisou que Ele a encarasse de frente.
Mesmo às Suas costas, e apenas e tão somente tocando a ponta da túnica, ela sugou dEle
tanto poder que o fez virar-se para ver quem O havia tocado.
Ou seja, a sensibilidade de Jesus era acentuada a ponto de transbordar de Seu coração,
alcançando toda pessoa que a Ele se achegasse.
Nossa oração a Deus, nas últimas linhas desse devocional é que o Senhor toque a nós e a
você de uma forma tão poderosa, que, a partir de hoje sejamos generosos o bastante para que
todos à nossa volta possam exclamar admirados:
– Tamanha generosidade só pode vir da pessoa de Jesus Cristo!

Passagem para memorizar


“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do
Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (…) Todos recebemos da sua plenitude,
graça sobre graça.” (João 1.14,16)
Ponto para refletir
Quero me tornar, a partir de hoje, mais parecido com Cristo, a cada dia.
Pergunta para responder
Reúna seu Pequeno Grupo e, juntos, celebrem o cumprimento dessas seis semanas
devocionais. O quanto você foi abençoado, enquanto tentava, dia a dia, cumprir o compromisso
que assumiu, no início dessa Campanha?

ANOTAÇÕES

UMA PALAVRA FINAL DE ENCORAJAMENTO

Quero parabenizá-lo por completar a jornada de leitura diária. Foram 6 semanas intensas e
cheias de muitas descobertas. Imagino o quanto você deve ter sido desafiado pelas verdades que
leu, ouviu e viveu durante nossa Campanha JUNTOS PARA QUE MUITOS CREIAM.
Tudo o que aprendemos e experimentamos durante a Campanha é maior do que ela
mesma. Portanto, desafio você a perseverar na continuidade da prática dos valores e princípios
que foram apresentados e ministrados durante a campanha.
Mantenha a unidade e dedique-se à vida em comunidade através do seu Pequeno Grupo.
Nossa comunhão vai continuar influenciando nossa sociedade e revolucionando nossa cultura. O
Reino de Deus progride na medida em que formos UM. Muitos vão crer por ver Jesus sendo
representado por você e pelo seu Grupo onde quer que estejam.
Juntos seremos a manifestação visível do Corpo de Cristo.
A Campanha terminou, mas a vida em comunidade continua. Cada discípulo discipulando
e sendo discipulado. Esse é o movimento do Reino. Esse é o movimento de uma Igreja de
Pequenos Grupos.

Armando Bispo

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