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Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações, com indicação da fonte.
Todas as citações bíblicas são da NVI® – Nova Versão Internacional, salvo indicações contrárias
feitas no próprio texto.
Introdução
Amados,
Somos todos parte de um projeto de Deus que visa trazer glória ao nome de Jesus através da
restauração de todas as coisas. O instrumento divino para executar o seu plano é a IGREJA –
Corpo Vivo de Cristo na terra. A Igreja é formada por discípulos que se reúnem em grandes e
pequenos ajuntamentos, para celebração da comunhão, do amor, da fé e da salvação que nos
alcançou e que atrairá os muitos que haverão de crer.
Institucionalmente, somos conhecidos como Igreja Batista Central de Fortaleza, porém, aos olhos
de Deus somos um raça eleita, um reino de sacerdotes, o Corpo Vivo de Cristo que se manifesta
e é representado por cada indivíduo, cada Pequeno Grupo (PG) e por toda a congregação reunida
em nome de Jesus. Sempre que nos reunimos em torno da Palavra de Deus, vivenciamos os
valores do reino ensinado e vivido pela Igreja de Atos.
Evangelismo, edificação, comunhão, serviço e a boa administração dos bens que o Senhor tem
nos dado são os pilares que dão suporte ao nosso ajuntamento. A estes valores chamamos de 5
M´s, uma maneira simples de articular os valores de uma Igreja Viva e Relevante – Missão,
Maturidade, Mutualidade, Ministério e Mordomia.
Assim como o amor, nenhum desses valores podem ser vividos isoladamente, pois, a exemplo da
Trindade, fomos criados para viver em comunidade – você e seus irmãos, Cristo em nós e nós
Nele, no pequeno ajuntamento ou na grande congregação.
Na PIB, cada Pequeno Grupo é a manifestação da Igreja de Jesus que se reúne em torno da
Bíblia, aprofundando os relacionamentos na prátIca, a fim de que muitos creiam. Pensando em
proporcionar a cada discípulo uma plena experiência de comunidade, a liderança da PIB preparou
a série JUNTOS – PARA QUE MUITOS CREIAM, usando como base e exemplo um projeto da
comunidade Saddleback, do amigo Pr. Rick Warren, a exemplo do que fizemos com o programa
dos 40 Dias de Propósitos.
A Campanha JUNTOS – PARA QUE MUITOS CREIAM será desenvolvida em três níveis
simultâneos:
- Um (individual): Neste nível, você participará diariamente através deste devocional.
Cada dia da campanha você fará as leituras do dia com dedicação, procurando novas lições e
fortalecendo o que você já sabe.
- Alguns (Pequeno Grupo): Esta será a parte mais importante da Campanha, pois o
verdadeiro sentido de comunidade não se aprende pelo ensino formal, mas pela vivência no PG.
Semanalmente, reunido com outros discípulos você vai estudar a Bíblia e praticar a mutualidade.
- Muitos (Culto): Neste nível, a cada domingo, você será desafiado pela Palavra de Deus
e JUNTOS celebraremos a glória e presença do Espírito de Cristo entre nós.
Durante as próximas seis semanas vamos descobrir por que precisamos uns dos outros para
experimentar a comunhão e a vida abundante que Jesus nos prometeu.
É hora de colocar nosso amor em ação. Imagine o que aconteceria se em cada Pequeno Grupo
os membros se unissem para alcançar outras pessoas pela prática do amor. Isso provocaria
grandes transformações em nossa sociedade. A Igreja se tornaria mais conhecida pelo amor
demonstrado do que por coisas que ela rejeita. É exatamente isso que Deus quer fazer através da
nossa Igreja.
Convido você a fazer parte dessa história! Este convite é uma oportunidade para participar de um
grande mover de Deus cujo foco é o relacionamento. Sei que você já imaginou que pouco
podemos fazer como indivíduos, mas posso garantir que JUNTOS, em unidade e na mutualidade
do Grupo Pequeno, podemos fazer diferença na cultura e no mundo que nos cerca. Esse é o
extraordinário poder da vida em comunidade!
Vamos juntos realizar o sonho de Deus e responder a oração de Jesus: “Que eles sejam
um...para que o mundo creia” – João 17:23.
Renildo Ribeiro
SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?
ANOTAÇÕES
Outro dia estava eu devidamente instalado à beira de um campo de futebol, perto da minha
casa, quando me chamou a atenção uma fila de diligentes e operosas formiguinhas.
Cada UMA sobrecarregada com pesado fardo de algumas vezes o dobro do seu tamanho e,
mesmo assim, sem parar para descansar nem apresentar qualquer sinal de fadiga ou desânimo.
Muito pelo contrário. A cada mergulho no buraco do formigueiro lá surgia de volta, devidamente
descarregada, a formiguinha em sentido diametralmente oposto à longa fila das que chegavam
carregadas.
Aos meus olhos admirados e perplexos, as formiguinhas se transformaram em minúsculas
figuras humanas – quase todas conhecidas – pertencentes ao meu círculo de conhecimento da
igreja.
É verdade! Cada formiguinha se transformou, aos meus olhos, num irmão da PIB. E esse
carregava um pedacinho de galho, aquele uma folhinha grande demais para o seu tamanho e o
outro um minúsculo pedaço de qualquer coisa que eu não conseguia distinguir.
Embora, é claro, aquela visão tivesse sido pura fantasia da minha mente, a verdade dos fatos é
que a nossa Igreja representa um verdadeiro aglomerado de “formiguinhas” a serviço do Reino de
Deus.
“Formiguinhas” que, em seu incessante vai-e-vem ministerial, inspiraram o nosso amado e
amigo Kleber Lucas a compor uma das mais belas canções que o Espírito Santo lhe deu (“Há uma
unção”). E só, verdadeiramente, uma unção divina impulsionaria tantas ações de serviço que
impulsionam nossa comunidade.
De igual tom seria a observação na Carta de Paulo aos Efésios, que ressalta o ajuste e a união
de cada UM em benefício de MUITOS: “Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas
as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua
função.” (4:16)
E sendo assim, como poderia eu, observando o febril e ondulante movimento das formiguinhas,
não lembrar da nossa Igreja?
E você, amado irmão/amada irmã, não se sente compelido a engrossar as fileiras que, dia a
dia, preparam e executam tarefas entre jovens, crianças e adolescentes, montam e desmontam
equipamentos de som, de luz, cenários, cadeiras e tantas outras ferramentas importantes à
realização de cultos e encontros, que salvam e edificam vidas...?!
Sei. Sei. É o Senhor quem realiza todas as obras miraculosas que temos presenciado.
Acontece que Ele – o Senhor – usa a Sua Igreja, que somos TODOS e cada UM de nós, para
semear o Evangelho, ensinar os crentes e glorificar o Seu Nome.
Razões temos até demais para nos considerar privilegiados em fazer parte de uma
comunidade viva e relevante na sociedade que a cerca. E isso não somos nós, os membros, que
afirmamos. São os próprios “vizinhos” que alardeiam a quem quiser ouvir.
E você sabe o porquê de tudo isso? O fato de cultivarmos, desde as mais tenras até as mais
maduras gerações, que fazer e viver Igreja de Jesus é, antes e acima de tudo, SERVIR ao outro.
Pois não foi exatamente para isso que o Filho de Deus se fez Homem, sofreu os mais terríveis
suplícios e enfrentou a mais ignominiosa das mortes – a cruz – para defender os interesses de
outros?
Paulo nos lega o ensinamento que transmitiu aos da Igreja de Filipos, inspirado na iniciativa de
UM, testemunhado por ALGUNS e a favor de MUITOS:
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.”
(2.4)
Quem, de sã consciência, nos tempos em que vivemos, deixa de cuidar de seus próprios
interesses para cuidar dos interesses de outros? Só se não tiver “juízo” como as formiguinhas da
minha história, não é verdade?
Ou, como nós, tiver um “juízo” inspirado pelo Espírito Santo de Deus, que nos move a servir ao
outro, às vezes, até mais do que serviríamos a nós mesmos.
Ou abrindo mão de nossos próprios interesses. Para o avanço do Reino de Deus; para a
edificação da Igreja de Cristo; para a glorificação do Nome do Senhor.
E que outra “mola propulsora” seria capaz de tamanha façanha, que não o amor? Um amor tão
extensivo que moveu o próprio Criador a abrir mão de Suas prerrogativas divinas e extraordinárias
e reduzir-se à insignificância da Criatura, para cuidar, única e exclusivamente, dos interesses
desta última. Mesmo sob condições humana e divinamente adversas. Para Ele é claro!
Se um amor como esse, amado irmão/amada irmã não o (a) sensibilizar, até as lágrimas, a
servir a outras pessoas, crentes ou descrentes, indistintamente, considere pelo menos refletir
sobre o assunto, tá bom?!
Lembre-se da visão das “formiguinhas espirituais” – ou “formiguinhas com dons espirituais”,
como queira –, que transpus de um minúscula realidade do formigueiro perto da minha casa para
a maiúscula realidade de uma tenda longe da minha casa.
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.”
(Filipenses 2.4)
ANOTAÇÕES
SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?
Imagine duas pessoas diferentes. Agora exagere na dose. Pronto, você acaba de traçar o perfil
de casal que somos eu e a minha mulher.
Eu, introvertido, tímido, retraído, arredio; ela, exata e diametralmente o oposto.
Os dois, juntos, um verdadeiro paradoxo, destes que somente a inventividade do Criador
poderia explicar – se Ele se dispusesse a esse trabalho, o que não é o caso.
Nessa perspectiva, amado irmão/amada irmã, você poderia, facilmente, indicar qualquer
pessoa para falar de hospitalidade. Menos o irmãozinho aqui, não é mesmo?
Nem tanto. Acontece que, por razões de amor – e quem se atreve a querer encontrar razão
(lógica) no amor? – tenho aprendido, nesses anos todos, a lidar e, principalmente, a aceitar – e
amar – a minha mulher exatamente como Deus a fez. E me deu de presente!
Por isso até que posso me atrever a falar a respeito de hospitalidade. Em particular, quando se
trata do Corpo de Cristo, o qual, por inspiração e vocação deve – ou deveria – estar sempre de
braços e corações abertos para acolher os que lhe são acrescentados.
E é aí onde a conversa começa a fazer sentido pra você, caso não tenha entendido ainda
aonde pretendo chegar com essa história de “casal paradoxal”.
Acontece que uma das características acentuadas pela justificativa do porque precisamos
uns dos outros é exatamente a hospitalidade. Ou seja, a famosa cadeira vazia de que tanto
falamos quando nos referimos à abertura de nossos Pequenos Grupos para incluir os que
chegam.
Só que analisando a passagem bíblica que se refere ao assunto, na Primeira Carta do apóstolo
Pedro, tem-se a sensação – pelo menos eu tive, à primeira vista – de que estaria faltando alguma
coisa na argumentação apostólica. Senão, vejamos: “Sejam mutuamente hospitaleiros, sem
reclamação.” (4:9)
Não lhe parece mais uma advertência do que uma sugestão?! Ou uma palavra de ordem ao
invés de uma ministração?
Se parafrasearmos “receba bem, que é sua obrigação”, ou qualquer coisa assim, teria um
efeito parecido com o que está registrado na Bíblia Sagrada, não é verdade?
Acontece, amado irmão/amada irmã, que, como é o caso de toda e qualquer reflexão bíblica,
essa também não deve ser analisada fora de seu contexto.
E no versículo imediatamente anterior – o 4:8 – está a justificativa inquestionável do
mandamento em pauta, que não apenas o explica, como o torna quase uma vocação natural
(chamado) da vida do crente. Como acontece com a minha mulher, lembra?
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos
pecados.” Somente a primeira parte – “amem sinceramente uns aos outros...” – por si só já
bastaria para arrematar o assunto; mas o apóstolo ainda reforçou, quando complementa com a
inspiradora argumentação: “… porque o amor perdoa muitíssimos pecados”.
Eu não sei você, amado/amada, mas no meu caso, me sinto impulsionado – como, graças a
Deus, já tem acontecido – a dilatar o máximo que puder minha capacidade de aceitar e incluir as
pessoas, exatamente da maneira como elas são, assim como fez Jesus, na prática, durante Seu
ministério terreno.
Porque entendi que preciso de cada um de meus irmãos.
Porque entendi que meus irmãos precisam de mim.
Porque entendi que o plano de Deus não passa, em instância nenhuma, pelo isolamento.
Porque entendi que não posso – e não quero – esquecer que Cristo, perfeitamente puro e
santo, me aceitou como cheguei, isto é, completamente impuro e mundano.
Porque entendi uma das maneiras de retribuir a Deus é com ações inclusivas concretas, o que
inclui acolher e amar ao meu irmão exatamente como ele é.
Daí em diante, aí sim, ao caminhar JUNTOS, podemos ministrar na vida um do outro, a fim de
que, a partir de UM, possamos buscar a santificação e multiplicar a incompreensível Graça de
Deus, que nos alcançou a MUITOS através do sacrifício de Seu próprio Filho, na cruz.
Se você já exercita esse dom espiritual maravilhoso da hospitalidade, parabéns, continue
nessa mesma direção.
Agora, se você, a exemplo de mim, ainda tem dificuldade para fazê-lo, eis uma oportunidade
ímpar, da parte de Deus. Não a deixe passar em branco. Não perca o trem da história. Mais uma
que o Senhor de toda Graça e Misericórdia intentou realizar através da igreja local.
Passagem para memorizar
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos
pecados. Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação.” (1ª Pedro 4.8-9)
ANOTAÇÕES
Você já participou, ao vivo e em cores, de uma ação solidária? Tipo aquelas em que a mídia
mobiliza um monte de gente para atender às necessidades emergenciais de determinada região
atingida por uma catástrofe da natureza, por exemplo?
E de uma ação dessa mesma característica, só que em um âmbito bem mais restrito, quando
você tem a oportunidade de estabelecer contato diretamente com a(s) pessoa(s) beneficiada(s)?
É de domínio público que a nossa Igreja tem se caracterizado, também, por ações de cunho e
alcance social, servindo como exemplos concretos os projetos inclusivos e extensivos de que
temos notícia em nossa comunidade.
Estou querendo chamar a sua atenção para o impacto que iniciativas desse tipo causam, não
apenas sobre quem está sendo alcançado, mas, principalmente, sobre quem está sendo
mobilizado.
Você já experimentou olhar nos olhos de uma criança que acabou de receber um brinquedo, ao
qual nunca havia tido acesso? Ou de uma mãe de família, sem marido, cuja mesa acabou de ser
provisionada? Posso lhe garantir, meu amado irmão/minha amada irmã, que não tem dinheiro no
mundo que cubra um lucro desse montante!
Não é por acaso que o apóstolo Paulo ressalta, em sua Primeira Carta aos Coríntios, ações
solidárias desse porte: “Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um
membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.” (12:26)
Isso mesmo! Estamos falando do Corpo de Cristo, de membros de uma mesma comunidade,
no seio da qual encontramos – e incluímos – toda e qualquer pessoa, independentemente de suas
condições sociais, intelectuais, econômicas ou quaisquer outras que sejam.
A isso não se chama apenas solidariedade; se chama cristianismo, se chama amor. Um amor
real, genuíno e prático pelo próximo. Como assevera o próprio Jesus, no evangelho de Mateus:
“E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.” (22:39)
O Mestre estava se referindo, nessa ocasião, aos Dez Mandamentos legados pelo Pai ao
patriarca Moisés, ainda no Velho Testamento. E ressaltava, em ordem de importância, que esse
mandamento do amor ao próximo, como sendo o segundo, abaixo apenas do amor a Deus. E Ele
assim colocou como se fosse de propósito. E realmente o é.
Nada, da parte de Deus, acontece por acaso ou coincidência. Toda e qualquer ação divina faz
parte de um plano preconcebido, em seus mínimos detalhes, a fim de alcançar o máximo possível
de resultado.
Consciência essa, aliás, que Paulo extrai das próprias Escrituras, da parte de Jesus, cuja
recomendação assume status de uma marca, uma identidade, algo forte e representativo de um
povo acolhido e separado para semear uma mensagem de esperança e solidariedade ao mundo.
A frase de Cristo é pontual e limpa, a fim de, segundo entendemos, não deixar qualquer
margem de dúvida sobre a expectativa divina à nossa perspectiva humana, sobre quem somos e
para que fomos chamados: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se
amarem uns aos outros” (João 13:35). Perceba que há um condicionante no mandamento bíblico,
como se fosse um selo, um sinal visível aos olhos do mundo.
Não acontece solidariedade sem amor. Não essa solidariedade a que se refere a Palavra de
Deus, mas uma solidariedade inclusiva que faz com que quem dá ganhe mais até do que quem
recebe. Ganha porque retribui ao Senhor, em gratidão e reconhecimento, o muito que Ele nos
deu, concentrando em UM o castigo que se destinava a TODOS para, com isso, incluir MUITOS.
Mesmo que seja a partir de ALGUNS.
Temos consciência, como igreja, que podemos fazer muito mais do que estamos fazendo, hoje.
No entanto, perseveramos na fé de que o Pai de toda misericórdia e amor, que um dia se curvou
até nossa ínfima altura para que O enxergássemos, há de continuar nos inspirando a aceitar,
incluir e amar todos quantos Ele puser ao nosso alcance.
Ao longo dessas próximas semanas, amado irmão/amada irmã, e ainda mais depois, você terá
a oportunidade – melhor dizendo, privilégio – de experimentar, na prática, tudo que acabamos de
falar: de olhar nos olhos de quem recebe com o olhar de Quem realmente dá sem pedir nada em
troca, o Senhor Jesus Cristo.
E de receber, de volta e com juros, muito do amor que você se dispôs a canalizar em benefício
do próximo. Que, num momento ímpar como esse, se torna mais próximo do que você mesmo
jamais imaginou que seria possível.
Aja com o amor de Cristo; inclua com o amor de Cristo; ame com o amor de Cristo. E eu posso
lhe garantir, em Cristo, que o próximo para você jamais será o mesmo. E, o mais importante de
tudo: você jamais será o mesmo pra você mesmo.
ANOTAÇÕES
SEMANA 1: Por que precisamos uns dos outros?
Tempos atrás, passei por um sufoco dos grandes, quando meu computador pifou. É, eu sei.
Computador dá problema não representa lá essas coisas todas, isso normalmente falando.
Acontece que, exatamente naquele instante, eu estava atravessando um momento muito
complicado em termos profissionais e, por consequência, financeiros.
Em resumo: eu não tinha condições de mandar consertar o computador, minha ferramenta de
trabalho, no escritório de casa, na ocasião.
Liguei pra um irmão que mora perto da minha casa e mais perto ainda do meu coração. De
longa data. E bota longa nisso.
Expliquei o problema e ele respondeu, de pronto:
– Não se preocupe, irmão, passo na sua casa pra pegar a máquina e levo pra um amigo meu
que trabalha com isso.
E passou mesmo. E levou mesmo. E mandou consertar mesmo. E pagou! E quando veio
devolver a máquina devidamente funcional, que eu perguntei quanto tinha sido o conserto e como
eu precisaria pagar, ele respondeu:
– Se preocupa, não, irmão. Muito mais Deus tem me dado, e um pouco que divido com alguém
como você, que reconheço trabalhador, não me faz falta nenhuma. Quando você puder, me paga.
Fique tranquilo.
E fiquei. Mas isso por conhecer o irmão e saber que a ação que intentara a meu favor partia do
coração. Era um ato de amor.
O tempo passou e, finalmente, consegui o equilíbrio financeiro com uma porta que Deus me
abriu e pude saldar a dívida com o irmão amado. A dívida financeira, claro, porque a de amor
reconheço que jamais conseguirei pagar. Nem tentarei. Até porque foi paga na cruz.
Acima de tudo, refleti na recomendação do apóstolo Paulo aos Colossenses: “Portanto, assim
como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados
nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão.” (2:6-7)
Atente para o termo transbordando. Aqui pra nós, do Nordeste, transbordar é uma ação rara,
já que as chuvas são mais raras ainda.
Agora imagine transbordar de gratidão! É gratidão que não acaba mais, fruto de um coração
genuína e amorosamente reconhecido. Como o daquele leproso samaritano que, após ser curado
da lepra, por Jesus, juntamente com mais outros nove leprosos, voltou para agradecer pela cura
física. E o sentimento de gratidão daquele homem transbordava de tal forma que Cristo
reconheceu de imediato e curou também a sua alma: “Não se achou nenhum que voltasse e
desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? Então ele lhe disse: 'Levante-se e vá; a sua fé o
salvou'.” (Lucas 17:18-19)
Essa passagem é uma das que cultivo com o maior carinho para aplicar sempre que se faz
necessário, como foi o caso do meu irmão do conserto do computador.
E você acha que haveria forma mais concreta de demonstrar minha gratidão, em primeiro lugar
a Deus, e daí ao irmão, do que saldar a dívida que contraíra com ele?
Às vezes, amado irmão/amada irmã, nosso sentimento de gratidão no que diz respeito ao
sacrifício de Cristo se condiciona às circunstâncias em que estamos vivendo, no momento.
Pouco se pensa a respeito do assunto. Menos ainda se fala sobre. E bem menos ainda se age
com relação ao ato de amor de Jesus. Como aconteceu com o leproso da passagem acima. E, em
consequência da ação de UM, certamente MUITOS foram alcançados pelo testemunho que
aquele homem passou a dar a respeito de Cristo.
Não se reporta a Bíblia a respeito desse pecador limpo, de corpo e alma, em nenhum outro
momento. Mas a repercussão de sua atitude de gratidão, junto a Jesus, ficou registrada para que
outros soubessem e cressem.
Se você, amado irmão/amada irmã, não encontrar nenhum outro motivo para amar a igreja
desse Jesus, lembre que Ele agiu em seu favor, de forma concreta e prática, se deixando morrer
em seu lugar.
Corresponda, prontamente, a essa ação, como fez o leproso de Lucas 17. Em amor. Em
adoração. Em reconhecimento.
ANOTAÇÕES
Sem dúvida nenhuma um dos mais difíceis alvos a serem alcançados na caminhada cristã é a
humildade.
Quando exercitamos alguma habilidade inata ou que tenhamos desenvolvido é comum nos
sentirmos frustrados se não recebemos elogios.
É natural, na maioria dos seres humanos, essa tendência de esperar reconhecimento: “Sou
reconhecido, logo existo!”
Com relação aos dons espirituais não poderia ser diferente, não é mesmo? Afinal de contas, se
uma habilidade natural desperta vaidade e orgulho, imagine o que dizer de uma habilidade
extraordinária? Divina?
Já pensou no que se passa na cabeça de alguém que não conseguiu se destacar em nenhum
campo de atividade e que, de repente, se vê na igreja fazendo coisas até então completamente
fora de seu alcance ou capacidade? É de virar a cabeça de qualquer um. Mesmo daqueles que
tenham atingido algum cargo ou função secular de relativo destaque.
Ora, uma coisa é você ser, por exemplo, gerente de uma grande loja de departamentos; outra,
completamente diferente, é ser um diácono de uma grande igreja evangélica.
E aí não há ego que aguente. O “sucesso” sobe à cabeça e a humildade desce aos pés. E,
como não poderia deixar de ser, a semente de vaidade se desenvolve, logo, logo, numa árvore de
soberba.
Sabemos que não é nada fácil fugir desse estereótipo, embora, por outro lado, reconheçamos
ser o caminho mais curto para uma fracassada e infrutífera caminhada cristã.
Então, meu amado irmão/minha amada irmã, se curve primeiramente a Deus, reconhecendo
ser dEle toda glória e todo louvor, pelo(s) dom(s) espiritual(ais) que derramou sobre você. Mas
não faça isso apenas de boca, para convencer pessoas; afinal, Deus sonda os corações, e é Ele
quem primeiro examina nossas atitudes intenções, se ansiamos por elogios e reconhecimentos,
ou se de fato só queremos agradá-lO, servindo e dando aos irmãos sem esperar retribuição.
Sigamos o exemplo dado pelo apóstolo Paulo, em sua Segunda Carta aos Coríntios: “Mas
temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém
de Deus, e não de nós.” (4:7)
Como estamos tratando da importância da participação em comunidade, e do reflexo, negativo
ou positivo, que isso representa em nossas vidas, como indivíduos e, por extensão, na vida de
outras pessoas, como grupo, chequemos o que a Bíblia Sagrada recomenda.
Em sua Primeira Carta, o apóstolo Pedro ressalta: “Quanto ao mais, tenham todos o mesmo
modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e
humildes.” (3:8)
Como já aconteceu com outras passagens nas quais refletimos, a ação vem depois da unção,
ou seja, primeiro o sentimento, depois a ação, sendo esta consequência daquele.
Outro detalhe fundamental nessa passagem é que Pedro se dirige a pessoas e não a um
indivíduo em particular. E trabalha a reciprocidade como meio para atingir o fim maior: a
edificação da igreja, como resultado natural da edificação do indivíduo.
De novo, é UM investindo em ALGUNS para alcançar MUITOS. E indivíduos agindo
coletivamente, a fim de, JUNTOS, atingirem o objetivo comum: uma vida espiritual saudável e
equilibrada. É como assevera o apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, ensinando a
respeito da diversidade do Corpo de Cristo, cujo exercício deve redundar no crescimento do todo,
e não no reconhecimento de um ou de alguns.
“Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo,
ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação.
Tudo seja feito para a edificação da igreja.” (14:26)
Busque, pois, amado irmão/amada irmã, a excelência da humildade, redirecionando todo e
qualquer elogio ou enaltecimento a quem, de fato, se deve dar o mérito total de qualquer
realização, na igreja de Jesus: à Graça do Deus Todo-Poderoso e ao mover do Espírito Santo.
Não esqueça que o vaso é apenas o recipiente onde se deposita o verdadeiro tesouro, como
afirma Paulo no ensino à igreja de Corinto, que vimos poucas linhas acima.
E que, como o oleiro manuseia o barro, sua matéria-prima de trabalho, também Deus nos
molda de acordo com Sua soberana vontade e Seu soberano propósito.
ANOTAÇÕES
Somos um povo diferente. Especial. À primeira vista poderia parecer uma afirmação pedante,
arrogante, discriminatória até. Mas não é.
E não é pelo simples fato – se é que podemos chamar de simples os textos bíblicos – de a
Bíblia Sagrada, que aceitamos e adotamos como a Palavra de Deus revelada aos homens,
ratificar a nossa afirmação inicial.
“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para
anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1ª Pedro
2:9)
Geração eleita, sacerdócio real, povo exclusivo de Deus.
Dificilmente assumimos para nós mesmos adjetivos dessa natureza sem sentir algum tipo de
orgulho ou vaidade, não é mesmo?
Claro que se os encararmos sob a perspectiva de Paulo ou de Isaías – esse último ainda mais
– com a história de vasos de barro e outras do tipo, nossa bola murcha um pouquinho,
concordam?
Murcha, mas não o suficiente para que deixemos de nos considerar, mesmo assim, um grupo
diferenciado de pessoas com uma certa intimidade com ninguém menos ninguém mais do que o
Criador do Universo.
Isso além do fato de sermos o motivo da maior e mais importante obra solidária de todos os
tempos: a crucificação, no Calvário, de um certo galileu chamado Jesus de Nazaré.
Ou seja, estamos, sim, com a bola toda. Ou quase.
Porque como a história do vaso de barro (2 Co 4:7), do apóstolo Paulo ou a contundente
afirmação do profeta Isaías, ainda temos outras passagens bíblicas que nos colocam em nosso
devido e verdadeiro lugar.
E que lugar seria esse? O de receptáculos – ou canais, como queira –, da Misericórdia, da
Graça e do Poder de Deus, dispensados aos homens. Poder de Deus que se revela através da
unção do Espírito Santo, manifestada, em ação, através dos Dons Espirituais.
Em nosso atual contexto, como igreja local, poderíamos considerar essa manifestação dos
Dons Espirituais como sendo a unção de UM sobre MUITOS para abençoar TODOS. Recíproca e
mutuamente JUNTOS.
Esse é o espírito da coisa. Essa é a razão de ser de todo o movimento que o Espírito está
realizando em nosso meio, a partir da nossa liderança e extensiva e inclusiva a quem acabou de
chegar. Ou até mesmo a quem ainda nem chegou, só está, como se diz, “tomando chegada”.
Voltemos um pouco à nossa argumentação inicial, quando chamávamos a sua atenção para
um pouquinho de orgulho ou vaidade que de vez em quando nos assalta. Até pelo que a Bíblia
afirma sobre nós, Povo de Deus, é fundamental não esquecermos que, assim como dependemos
da dispensação do Espírito Santo, igualmente dependemos uns dos outros.
É o que, em nossa Igreja, chamamos de diversidade. Ou seja, MUITOS trabalhando em
perfeita sintonia com cada UM. ALGUNS com esse Dom Espiritual; ALGUNS com aquele Dom
Espiritual e assim por diante.
Exatamente como o apóstolo Paulo tem o cuidado de esclarecer à Igreja de Corinto, em sua
Primeira Carta: “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.
(1ª Coríntios 12:7)
Essa característica multiforme descrita por Paulo existe para que o Povo de Deus exercite a
interdependência, tão saudável para o perfeito funcionamento de toda junta reunida por Deus em
um só lugar. Como ensina Paulo, é para o bem comum da igreja.
Num Pequeno Grupo, UM ensina outro, que, por sua vez, ensina a ALGUNS, os quais, e cada
um individualmente, repassam o que aprenderam a MUITOS, para que TODOS cresçam na Graça
e no Conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o único através do qual se pode
chegar ao Pai.
No exercício prático (ação) de cada Dom, independentemente de qual seja, já que todos são
igualmente importantes, reside em igual intensidade um alto fator de crescimento e
amadurecimento espiritual. Crescimento e amadurecimento que fluem, natural e
espontaneamente, da relação de interdependência que exercitamos em relação ao irmão.
Interdependência que gera em nós a consciência de que praticamente nada somos sem o outro,
pois é do outro que vem o complemento que me falta para apresentar-me diante de Deus íntegro,
como Ele mesmo requereu do patriarca Abrão, quando separou UM para, dele, gerar MUITOS
outros.
Diferentes. Especiais. Separados. Santos.
ANOTAÇÕES
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Entramos na segunda semana de nossa campanha, meu amado irmão (minha amada irmã), e,
no correr das próximas semanas, vamos transformar o discurso em ação.
Você terá a oportunidade (eu diria privilégio) de servir a alguém, fazer alguma coisa, na prática,
por outra pessoa, sem se preocupar com quem ela seja ou com o que (ou se) retribuirá.
Estas serão as semanas do alcance... Alcance social; alcance material; alcance espiritual.
Então, disponha-se, arregace as mangas, engaje-se no serviço e... faça da sua ação uma ponte
para alcançar o coração de alguém!
Lembre-se que Jesus Cristo, quando esteve entre nós, primeiro amou, depois agiu e, somente
então, evangelizou.
Foi assim com a mulher samaritana, com Zaqueu, com o cego de João 9, com o paralítico do
poço, com um monte de gente.
Vamos conferir, a título de ilustração, alguns trechos do Evangelho de Lucas – que
chamaremos de ações inclusivas –, que registram como Jesus alcançou Zaqueu:
“Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: 'Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus
bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais'. Jesus lhe
disse: 'Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o
Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido'.” (19.8-10)
Ação 1 amar (Jesus amou Zaqueu, odiado chefe dos publicanos); Ação 2 aceitar (Jesus
escolheu Zaqueu mesmo sabendo quem ele era); Ação 3 investir (Jesus se hospedou na casa de
Zaqueu); Ação 4 valorizar (Jesus reconheceu a mudança de Zaqueu); Ação 5 incluir (Jesus
“adicionou” Zaqueu aos Seus); Ação 6 estender (Jesus alcançou Zaqueu, um perdido).
E você, amado irmão (amada irmã), o que tem feito, na prática, para alcançar os perdidos, os
quais, na verdade, não estão perdidos assim, visto que você “esbarra” neles a toda hora, na
vizinhança, na escola, no trabalho, no supermercado, na farmácia, na banca de revista?...
Que ações você poderia implementar, junto com seu Pequeno Grupo – ou sozinho mesmo,
enquanto inclui um PG na sua vida –, a fim de alcançar alguém que conhece, mas que, até hoje,
não se dispôs a... amar?!
Não o bastante para querer, realmente, que se salve!
Memorize, para não correr o risco de esquecer, o que Jesus decidiu a respeito dos perdidos e
que está registrado no Evangelho de João:
“Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.” (6.37)
Cristo fala de aceitação, inclusão... Mente e coração abertos para amar, aceitar, investir,
valorizar... enfim, salvar! Ele assegura que jamais rejeitará. Exatamente assim como fez comigo e
com você!
Então, homem (mulher) de Deus, o que está esperando? Quanto tempo e oportunidades
perdeu para contar sobre o que Jesus fez por você, a exemplo do cego de João 9?
Fatos simples; reais; concretos; contundentes; inquestionáveis: “Uma coisa sei: eu era cego e
agora vejo!”
De que cegueira Jesus o(a) curou, de forma que você sentiu a ação dEle em sua vida? Será
que você era melhor do que Zaqueu, na casa de quem Cristo fez questão de se hospedar?!
E a pessoa que mora do seu lado? Quantas vezes você encontrou com ela e lhe desejou bom
dia, boa tarde ou boa qualquer coisa? E quando essa pessoa precisou de sua ajuda, você se
dispôs a ajudá-la?
E se você fez tudo isso – cumprimentou, ajudou, emprestou aquele potinho de açúcar, até
tomou café na casa dela e a convidou para tomar café na sua –, mas, apesar de toda essa
intimidade, nunca falou de Jesus?
Caiu a ficha sobre a oportunidade que está perdendo? Reconheceu que ela pode morrer a
qualquer momento e que o sangue dela recairá sobre suas mãos, porque conhece a Verdade,
mas nunca se dispôs (amou) a ponto de querer que se salvasse?
Sabe, amado irmão (amada irmã), de verdade, de verdade, somos muito mais do que pessoas
alcançadas por Jesus. Somos, segundo nos assegura o apóstolo Paulo, em sua Carta aos
Gálatas, a própria encarnação de Cristo:
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida
que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
(2.20) [grifo nosso]
Já pensou?! Até mesmo acima de embaixadores, como igualmente nos garante Paulo, em 2ª
Coríntios 5.20, podemos internalizar que somos a parte de Cristo, habitada pelo Espírito Santo,
que Ele deixou aqui no mundo para testificar de Sua mensagem. E ação!
Sim, porque você pode imaginar ação mais corajosa e desprendida do que entregar-se a Si
mesmo para morrer no lugar de outra pessoa? E sem ter feito nada que justificasse o castigo?
Pense nisso, amado irmão (amada irmã), quando for desafiado a amar ALGUNS, com a
intenção de alcançar MUITOS para que, JUNTOS, possamos imitar Jesus e investir na salvação
do perdido.
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
Já nos referimos, mais de uma vez, ao cego de João 9. Ou melhor, sobre a sua forma direta e
objetiva de testemunhar da obra de Jesus em sua vida para outras pessoas.
Entendemos, amado irmão (amada irmã), da parte de Deus e pelo que nos revelam as
Escrituras, que essa é a maneira mais fácil, prática e simples de alcançar o perdido.
A história de UM compartilhada com ALGUNS para alcançar a MUITOS. Curta e grossa, como
diria minha avó.
E foi exatamente isso que o cego de nascença curado por Jesus, segundo os registros do
capítulo 9 do Evangelho de João, fez.
Disposição muito parecida encontramos no Velho Testamento, quando o salmista, igualmente
direto e objetivo, anuncia a obra de Deus em sua vida:
“Venham e ouçam, todos vocês que temem a Deus; vou contar-lhes o que ele fez por mim.”
(Salmo 66:16)
Assim como foi o caso do cego assim também é o do salmista. Ambos testemunharam para o
próprio povo de Deus. Aquele, aos judeus contemporâneos de Jesus, em particular as autoridades
eclesiásticas; esse, a Israel do tempo dos profetas, nação orgulhosa de ser “escolhida por Deus”,
mas negligente na sua responsabilidade de mostrar esse mesmo Deus aos povos à sua volta.
Assim também acontece conosco em determinadas circunstâncias da vida. Na maioria delas,
eu me atreveria a afirmar.
E exatamente por isso, amado irmão (amada irmã), é tempo de pôr as mãos no arado e
encarar o desafio, sem medo de ser feliz. Simples e unicamente contando a sua história. O
depoimento sobre o que Jesus fez – e continua fazendo – em sua vida. Nada mais.
A exemplo do cego e do salmista:
– Venha e ouça o que Cristo fez por mim. Ele me livrou do vício do cigarro. Ele me tirou no
mundo da prostituição. Ele me curou de uma doença terrível. Ele me salvou da morte para a vida
eterna!
É a sua história. Que, por mais simples que lhe possa parecer, se torna uma ferramenta
poderosíssima nas mãos de Deus.
E mais. Esses exemplos que acabamos de citar, são apenas ilustrativos e não
necessariamente tem que ser assim. Você não precisa ter sido livrado por Deus de coisas
assombrosas ou ameaçadoras para que sua história seja impactante.
Lembre de que seu vizinho ou colega de escola ou de trabalho pode ter uma história bem
parecida com a sua. Ou se identificar com algum detalhe dela.
Ou, se for o caso, não ter nada a ver com nada, entende?
Na verdade, amado irmão (amada irmã), o importante mesmo, o que Deus realmente quer é
que você fale. É que você abra a sua boca e testifique do seu relacionamento com Jesus, pessoal
e intransferível, como uma impressão digital.
Se você conseguir convencer alguém desse tipo de relação que Jesus deseja ter com cada ser
humano, já tem meio caminho andado. O resto é só dar um empurrãozinho e partir pro abraço.
E pense num abraço gostoso! Um abraço de quem pode contemplar o poder de Deus se
manifestando assim, bem de pertinho, bem claro e límpido, como as águas que descem do céu.
Não sei como você chegou ao Evangelho. Ou como o Evangelho chegou até você. Mas sei
exatamente como ele chegou a mim. E olha, amado(a), nem tenho palavras pra descrever meu
sentimento naquele instante em que me encontrei com Jesus.
Lembro que foi em consequência da insistente abordagem de crentes que se tornaram meus
amigos e me trouxeram para a igreja. E que, segundo me contavam, se sentiam constrangidos a
falar desse imensurável e incompreensível amor que Cristo lhes havia dispensado.
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por
todos; logo, todos morreram.” (2 Coríntios 5.14)
Assim como aconteceu com Paulo, viu?
Não poderíamos até traçar um paralelo do texto bíblico acima com o conceito de nossa
campanha?
Estamos convencidos de que UM morreu por MUITOS!
Abra seu coração e sua vida para que Deus possa passar e se instalar em corações e vidas
vazias do amor de Cristo.
Tire os olhos do seu umbigo e olhe ao seu redor. O balconista da farmácia; a caixa do
supermercado; a mulher grávida que entra pela porta da frente do coletivo; o senhor idoso que
passa em frente à sua casa rumo à pracinha pra fazer ginástica...
Nós não podemos – e nem temos o direito – de guardar conosco, como se só pertencesse a
nós, o tesouro com que Cristo nos presenteou. Da mesma maneira com que, igualmente, nos
comissionou, em Mateus 28.18-20: “IDE e fazei discípulos”!
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
“O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr
em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar
o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a
sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de
você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda.” (Isaías 58.6-8)
Sabe o que é engraçado?! Esse texto de Isaías não me lembra, logo de cara, tudo que ele cita
como ação solidária, tipo alimentar o faminto, acolher o desabrigado e coisas desse tipo.
O que me vem, de imediato, à mente, quando o assunto é hospitalidade, são os nossos
convidados para os Encontros de Pastores e Líderes promovido pela nossa Igreja.
Todo ano é a mesma coisa. É sair no boletim o desafio para hospedar gente e eu me
quebrantar de tristeza por não morar numa casa que proporcione oportunidade como essa. De
receber os quem nos chegam para compartilhar do que Deus tem feito, em nossa casa!
E fico só assistindo de camarote a fila de irmãos cujas moradias lhe dão espaço para hospedar
visitantes e convidados.
Não é que isso me deixe frustrado com o que Deus tem me dado. Nada disso! Sou grato, a
cada dia, por morar onde moro e ocupar o espaço que ocupo com minha família. Que não é das
menores, diga-se de passagem.
É que assumo como privilégio poder abrir a casa e receber quem vem de fora e que aproveita
o fato de não pagar hospedagem para investir o dinheiro em recursos que abençoarão, com
certeza, as suas comunidades de origem.
Ou seja, quando você hospeda um participante de um Encontro de Pastores, na verdade, está
hospedando é uma igreja inteira. Já pensou nisso?!
Imagine todo material que aquela pessoa, que ficou na sua casa, levará pra sua comunidade
que, a exemplo de Celebrando Restauração, Pequenos Grupos, Geração Futuro e tantos outros
trabalhos, têm estendido a bênção que o Senhor nos tem dado e facilitado a inclusão de um
montão de gente em Igrejas locais de nosso país.
Brasil afora e além, como diria aquele bonequinho simpático (Buzz lightyear do Toy Story), que
sempre esqueço o nome, mas sempre lembro o filme.
Ou seja, é UM hospedando ALGUNS que edificarão a MUITOS.
E lá vamos nós, relembrar e reforçar o lembrete do que, na verdade, seria o motor propulsor de
toda essa “gana” por fazer discípulos de Jesus – o amor.
“Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que
está em Cristo Jesus, com glória eterna.” (2ª Timóteo 2.10)
Esse Paulo é mesmo um sujeito especial, não é não?! Aliás, daqui a pouco você talvez esteja
pensando:
– Esse camarada que escreveu esse devocional me parece até fã de artista ou de jogador de
futebol. Tudo ele aproveita pra meter o Paulo na história. Desde o primeiro dia não fala em outra
coisa que não seja Paulo, Paulo, Paulo...
Me perdoe se você pensou algo assim. Mas é que, quando se trata de amor pelos perdidos – e
outros tantos assuntos relevantes do Novo Testamento, em particular – o nosso Paulo, de Jesus,
é praticamente imbatível. Você não acha? Não é questão de partidarismo. É questão de
evangelismo, mesmo!
Bom, deixando, e ao mesmo tempo não deixando, o Paulo de lado, vamos seguir com nosso
arrazoado sobre hospitalidade.
Tudo que dissemos até aqui, meu amado irmão (minha amada irmã), não desconsidera, de
forma alguma, o outro lado da questão tratado – aliás, até único lado, eu diria – no nosso versículo
chave, de Isaías.
Muito pelo contrário. Quando pensamos em abrigar em nossas casas crentes de outras
comunidades que chegam até Fortaleza com o objetivo de aprender mais de Deus, estamos – até
diretamente eu diria – facilitando o alcance e inclusão de pessoas de todas as camadas sociais e
econômicas, ao Evangelho da Graça.
Que é o propósito de Deus, como nos revela o apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta ao
discípulo amado – dele Paulo – Timóteo:
“Que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.”
(2.4)
Prestou atenção à referência quantitativa de Deus, em relação à humanidade: todos os
homens! É muito mais do que UM; é bem mais do que ALGUNS; e é mais do que MUITOS. É...
TODOS!
E o melhor. Não precisa que eu e você nos preocupemos em alcançar TODOS. Basta que
alcancemos aqueles que Deus coloca sob nossa área de influência. E sabe por quê?
Porque “eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer” (1ª Coríntios 3.6), para que a
demos a glória única e exclusivamente ao Pai, O qual nos proporcionou estarmos hoje onde
estamos, recebendo-nos, de braços abertos, em Sua Casa.
ANOTAÇÕES
Vimos falando, desde o início das reflexões sobre essa lição de evangelismo relacional – como
chamamos na PIB –, a respeito da proclamação do Evangelho Salvífico de Cristo.
Não tem outra forma melhor, segundo entendemos, de retribuir – se é que isso é possível – o
imensurável amor de Jesus do que levar adiante as Boas Novas da Salvação.
Discutimos em como: amar o perdido; buscar em Deus as estratégias; contar a nossa história;
facilitar a chegada do descrente; e hospedar ou abrigar os que precisem de guarida.
Mas tem um detalhe fundamental em tudo isso: a forma de se comunicar. Não há abertura sem
uma boa conversa ou aproximação sem um argumento compreensível
É preciso que quem nos ouça entenda perfeitamente o que estamos querendo dizer. A
exemplo do que se dispôs o apóstolo Paulo quando deixou as proximidades de Jerusalém em
busca dos confins da Terra.
“Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei,
tornei-me como se estivesse sujeito à Lei (embora eu mesmo não esteja debaixo da Lei); a fim de
ganhar os que estão debaixo da Lei. Para os que estão sem lei, tornei-me como sem lei (embora
não esteja livre da lei de Deus, e sim sob a lei de Cristo); a fim de ganhar os que não têm a Lei.
Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para
de alguma forma salvar alguns. (1 Coríntios 9.20-22)
E ele assim o fez. Como é público e notório o seu famoso discurso no Areópago de Atenas,
quando filosofou com os gregos sobre o Deus Desconhecido, ao qual eles adoravam, mesmo sem
ter a menor idéia de quem fosse e apenas para não correr o risco de deixar algum deus de fora de
suas manifestações religiosas.
Eu sei que, às vezes, dá aquele friozinho na barriga ou bate aquela insegurança terrível, em
particular quando temos que tomar alguma iniciativa em público.
Pausar antes de começar a comer, em um restaurante ou até mesmo na casa de familiares ou
amigos, por exemplo. Parece que todo mundo parou o que estava fazendo só a fim de voltar-se
pra nós.
Mas como podemos conferir na 2ª Carta a Timóteo, Deus não nos abandona em momentos
como esses, quando enfrentamos o ambiente e damos testemunho de nossa fé.
“Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (1.7)
Talvez o apóstolo tenha se inspirado, para construir essa frase, na passagem do Velho
Testamento em que o próprio Deus, em Pessoa, se dirige a Josué, com a intenção de encorajá-lo
a enfrentar a tarefa que tinha pela frente.
“O Senhor deu esta ordem a Josué, filho de Num: 'Seja forte e corajoso, pois você conduzirá os
israelitas à terra que lhes prometi sob juramento, e eu mesmo estarei com você'.” (Deuteronômio
31.23)
Pra nós, amado irmão (amada irmã), a disposição de comunicar de forma compreensível o
Evangelho de Jesus está diretamente ligada à disposição de enfrentar o público, seja ele qual for.
Assim como fez Paulo diante dos filosofais gregos.
O apóstolo sabia que, inclusive, corria risco de vida se não conseguisse comunicar bem a sua
mensagem. Sabia que aquelas pessoas estavam acostumadas a articular as palavras com
maestria e a dominar as nuances religiosas, intelectuais e artísticas. Tanto que não são poucos os
historiadores que consideram que “Roma conquistou a Grécia pela força da espada, mas a Grécia
conquistou Roma pela força da palavra”.
Eu sei que você não é nem um Paulo da vida. Não se preocupe que eu também não sou. No
entanto, somos eu e você – pelo menos temos que ser – instruídos na Palavra e controlados pelo
Espírito.
Só mais um detalhe para finalizarmos essa temática da comunicação. Não se preocupe em
“falar todas as línguas”, ou seja, em saber se comunicar com todo tipo de “tribo”.
Para isso Deus nos fez diversos, embora unos, dando a esse grupo um tipo de linguagem e
àquele grupo outro tipo de linguagem. Vide surfistas de Cristo, ralizeiros de Cristo, cavaleiros de
Cristo, Atletas de Cristo e tantos outros que proliferam em nosso meio.
Portanto, não se aflija. Se alguém chegar perto de você com um linguajar que não entende, só
lhe pergunte qual a “tribo” e, com certeza, teremos, na PIB, alguém versado naquele “dialeto”.
Mas, por outro lado, também não se acomode por causa disso. Prepare-se adequadamente
para enfrentar os “embates comunicativos” da vida, falando no estádio, como se estivesse num
estádio e, na faculdade, como se estivesse na faculdade. Para glória do Senhor de todas as
línguas.
Assim como aconteceu no Dia de Pentecostes, em Jerusalém. E todos, e cada um, ouviram a
mensagem em sua própria língua.
Chegamos ao final de nossa lição sobre evangelismo e, de propósito, deixamos pra esse último
devocional da semana um ponto fundamental quando o assunto é a proclamação do Evangelho.
Atitude!
É isso mesmo, atitude.
“Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com
as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim de que andem decentemente aos olhos dos que
são de fora e não dependam de ninguém.” (1ª Tessalonicenses 4.11-12)
Paulo sabia que uma vida reta, íntegra, limpa, representava muito mais do que todas as mais
belas palavras do mundo em total falta de sintonia com as respectivas atitudes. Do tipo: “Faça o
que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
De nada adianta tudo que vimos desde o início da semana se nosso discurso não combinar
com a nossa prática. Nem mesmo o amor. Sim, porque embora a Bíblia afirme que sem amor de
nada adianta fazer qualquer coisa, é exatamente a falta dele, nas atitudes, que põe abaixo
qualquer argumentação, por mais convincente que seja.
É o caso da política brasileira. Você acredita em todas as promessas de candidato? Porque eu
deixei de acreditar faz tempo. Toda eleição estou lá na fila esperando pra votar. Entendo que é a
minha obrigação, como cidadão e como crente. Mas não espero que o discurso que ouvi na TV ou
li no jornal ou na revista se transforme em ação na íntegra.
E você sabe o nome desse fenômeno? Descrédito. Os políticos do Brasil, quase de um modo
geral, caíram no descrédito da opinião pública, em consequência das promessas não cumpridas
da grande maioria deles.
A mesma coisa acontece conosco, a Igreja de Jesus. Quantos escândalos temos
acompanhado pelos meios de comunicação? Quanta diferença do elogio que Paulo faz aos
Filipenses, não é mesmo?
“Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de
Cristo, para que assim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha
ausência, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes
pela fé evangélica.” (1.27)
Atente para a expressão quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, usada pelo
apóstolo como se quisesse alertar a nós, mais de 2000 anos depois, a respeito da importância do
testemunho, como arma de evangelismo.
Este testemunho é diferente daquele testemunho que tratamos no devocional do 10º dia.
Aquele é a história de seu relacionamento com Cristo; este é o seu relacionamento com Cristo
contando a sua história.
Lembra da história do Zaqueu, que vimos no primeiro devocional desta semana? Pois bem. O
nosso destemido Zaqueu não era apóstolo, nem profeta, nem sacerdote, nem nada. Pelo
contrário. Era chefe dos publicanos, os famigerados coletores de impostos, considerados pelos
judeus como traidores por terem se colocado a serviço do opressor romano.
E sabe o que mais impressiona na história desse homem? A sua atitude (decisão) de restituir,
com juros e correção monetária, tudo que havia roubado, sob o manto de seu cargo oficial.
A ponto de impressionar o próprio Jesus de tal forma que extraiu dEle uma expressão de puro
júbilo: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão”.
Você já se imaginou tomando uma atitude desta natureza, que causaria similar impacto no
coração do próprio Cristo, nos céus? Já imaginou o Filho pulando de alegria e dando um soco no
ar – para perplexidade do Pai, bem ao lado – e gritando: “Hoje houve salvação nesta casa! Porque
este homem também é filho de Abraão”?
Puxa vida! Eu não sei você, amado irmão (amada irmã), mas da minha parte fiquei com a pele
toda arrepiada e os olhos marejados de lágrimas.
Estamos falando de uma força descomunal e irresistível capaz de abalar as estruturas de uma
família inteira. E, a partir daí, de um sem-número de amigos, conhecidos e colegas de escola e
faculdade.
Um efeito dominó. UM impactando ALGUNS, que impactam MUITOS, que impactam TODOS
os que chegam ao seu alcance.
Como deve ter acontecido com as pessoas que conheciam Zaqueu. E que não acreditaram, a
não ser quando constataram in loco, na atitude que o publicano tomou em relação às pessoas que
havia lesado.
Imagine algo parecido acontecendo com você. E o seu círculo de relacionamentos abalado por
uma atitude impensável, em se tratando de alguém como você!
Pois essa, irmão (irmã), é a igreja contra a qual as portas do inferno não prevalecerão. E o
melhor de tudo: dentre as fileiras da qual podemos encontrar uma pessoa como você!
Capaz de qualquer coisa para dignificar o Nome de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!!!
ANOTAÇÕES
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Chegamos à quarta semana de nossa Campanha JUNTOS para que muitos creiam e se
você, meu amado (minha amada), tem acompanhado, domingo a domingo, a nossa série e, dia a
dia, o nosso devocional, damos graças a Deus por sua vida.
Para crescer na fé e firmar a caminhada, precisamos comprometer-nos, em primeiro lugar com
Cristo e, a seguir, com a Igreja de Cristo – Seu Corpo Vivo aqui neste mundo.
A esse comprometimento chamamos maturidade espiritual. Maturidade que só se alcança com
simplicidade, diligência e piedade.
“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo”,
(5.11), é a recomendação do apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos Tessalonicenses,
baseado na premissa de que temos a necessidade de investir nas vidas UNS DOS OUTROS, a
fim de que, JUNTOS, cresçamos na Graça e no Conhecimento de Jesus.
Em um mundo dominado pelo egocentrismo (culto a si próprio), temos que ser fortes sob pena
de sucumbirmos à competição, a mais das vezes desigual e desleal, tendo que “matar um leão a
cada dia”.
Às vezes, no caso do crente, não é bem apenas um leãozinho de nada. Parece mais com
gigantes do tipo Golias, que, de cima dos seus quase três metros de altura, o encara com gana de
trucidá-lo.
E não se vence batalhas espirituais, meu irmão (minha irmã) lutando sozinho. Além de jejum e
oração, como nos recomenda Cristo, carece ainda contar com pessoas que nos amam e nos
conhecem de perto, a fim de, entendendo nossas fraquezas – e as delas – possam ombrear-se
conosco na árdua batalha de se manter de pé “só por hoje”.
“Um dia de cada vez”, como diz o pessoal do Celebrando Restauração!
Mas nada fazemos de construtivo, se não reconhecermos que aquele(a) que caminha do nosso
lado tem um valor inestimável para nós, como um diamante bruto que Jesus vem lapidando, dia
após dia, desde que o(a) alcançou.
E sabe o que Paulo – que sempre tinha alguém do seu lado, como Silas, por exemplo –
ministra, a respeito, em sua Carta aos Romanos?
“Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que
vocês glorifiquem a Deus.” (15.7) [grifos nossos]
O apóstolo tinha consciência clara de que, sozinho, não conseguiria cumprir com excelência o
mandato de que Cristo o tinha incumbido, ou, ao menos, manter-se em equilíbrio frente a suas
próprias lutas.
Assim como nós e como você, Paulo discernia, da parte do Espírito, que precisava aceitar as
pessoas como eram, a fim de ganhar o espaço necessário para crescerem, UM investindo na vida
do OUTRO, a fim de que MUITOS igualmente amadurecessem.
Lembra daquele (a) irmãozinho (irmãzinha) complicado (a) – e bota complicado nisso –, pois é
exatamente esse (a) que Cristo pôs pertinho de você para que, JUNTOS, se exercitem no amar
incondicional.
Como o próprio Jesus amou. Ou você esqueceu a história de Pedro, o discípulo “da montanha
russa”?! Ora estava no alto do monte, cheio de discernimento e sabedoria; ora estava no fundo do
vale, cheio de engano e cegueira espiritual.
E foi exatamente a ele que o Mestre disse: “... Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo.21:17)
Cristo dispensou atenção a Pedro. E você, quanta atenção tem dispensado às pessoas do seu
Pequeno Grupo ou de seu círculo de relacionamento mais chegado, na igreja e fora dela?
“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família
da fé.” (Gálatas 6.10)
Quantas vezes tem parado para dedicar tempo e atenção ao (à) irmão (ã), que, do outro lado da
linha, teima em conversar com você, ignorando completamente suas “cortadas”?!
Nesses dias mesmo, enquanto trabalhávamos nos preparativos da Campanha, saímos pra
almoçar perto do Kerigma.
Queríamos dar uma espairecidazinha, sabe? Relaxar um pouco, almoçando fora do ambiente
de trabalho, diferente da nossa rotina diária. Afinal de contas era sábado e ninguém é de ferro,
não é mesmo?
Pois bem. Preparamos o nosso prato, sentamos à mesa, pedimos um suco de cajá ao solícito
garçom que nos atendeu. Encaramos “cobiçosos”, as iguarias que escolhêramos e... O celular
gritou escandalosamente!
Tudo em nosso ser – razão, emoção e vontade – clamavam para que completássemos o gesto
e levássemos a colher cheia à boca!... Mas, repousamos a colher no prato e levamos o telefone
ao ouvido.
A conhecidíssima voz do outro lado indagou ansiosa: – Você tem tempo agora? – Claro! Foi a
pronta resposta. E era verdade. Minha fome podia esperar. O irmão, não! Para o amor não tem
tempo ruim, sempre é hora de amar... E ser amado! Preservados os famosos “limites saudáveis”!
Pra não tomar muito do seu tempo, saiba que a conversa durou “intermináveis” 20 a 30
minutos. E a comida? Bem, estava esfriando no prato, não é?! Afinal de contas ar condicionado e
comida quente nunca combinaram.
Quando, finalmente, pudemos voltar ao prato e, enquanto degustávamos nosso delicioso
repasto, pensávamos quão importantes tinham sido aqueles 20 a 30 minutos... De atenção!
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
“Epafras, que é um de vocês e servo de Cristo Jesus, envia saudações. Ele está sempre
batalhando por vocês em oração, para que, como pessoas maduras e plenamente convictas,
continuem firmes em toda a vontade de Deus.” (Colossenses 4.12)
Quando vi esse nome Epafras – que significa “amável” – decidi fazer uma pesquisa em busca
de maiores informações sobre alguém que Paulo chama, em outros trechos da Bíblia, “nosso
amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco” (Colossenses 1.7) e “meu companheiro
de prisão por causa de Cristo Jesus” (Filemom 1.23).
Isso porque uma pessoa que Paulo se refere como quem “está sempre batalhando (...) em
oração, para que (...) pessoas (...) continuem firmes em toda a vontade de Deus”, só pode ser
alguém muito especial.
O termo sempre é muito abrangente e inclusivo. Os dicionários conceituam esse verbete como:
“adv (lat semper) 1 A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2 Constantemente,
continuamente, sem cessar”.
Sem cessar foi a definição que mais se encaixa em nosso caso, pois é dessa mesma forma
que o apóstolo recomenda que nos posicionemos em relação à intercessão, na Igreja de Jesus.
Vamos esmiuçar Colossenses 4.12?
a) Epafras era um colossense (“é um de vocês”); b) se preocupava com os irmãos (“envia
saudações”); c) orava por toda a igreja (“está sempre batalhando por vocês em oração”); d) orava
com objetividade (“para que (...) continuem firmes em toda a vontade de Deus”); e) orava,
inclusive, pelos que considerava firmes na fé (“pessoas maduras e plenamente convictas”).
Você já imaginou um (a) irmão (ã) da igreja que ora, sem cessar, por você, mesmo que lhe
considere uma pessoa madura na fé e que vocês não tenham nenhum contato?
E você sabe por que essa pessoa ora com essa constância?
Para que “vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o
comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo
conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus”, conforme ensina
Efésios 3.18-19.
Então, que tal invertermos os papéis e, a partir de hoje e durante todo o restante dessa
semana, você escolher, aleatoriamente, um (a) irmão (ã) pelo (a) qual vai orar, incessantemente!
Ore caminhando, correndo, dirigindo, comendo, descansando... Ore, ore, ore! A toda a hora, a
todo o momento, em todo o tempo!
Outra coisa. Não precisa orações elaboradas ou recheadas de clichês evangélicos, tipo
“Louvado seja o Nome do Senhor, pra sempre seja louvado”, ou qualquer coisa do tipo!
Basta, a cada novo momento, interceder pelo (a) irmão (ã), em uma área diferente e de modo
claro e simples. Tipo “Senhor, por favor, cuida da família do (a) irmão (ã) __________________, a
fim de que sobre ela recaia toda sorte de bênçãos espirituais e toda proteção contra os desígnios
do mal, seja esse mal humano ou angelical”.
E assim por diante. Cada momento, uma oração, cada oração, um assunto, cada assunto, uma
frase.
Lembre da importância que Deus dá à oração:
“Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que
ele cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os
presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A
oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele
será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros
para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele
orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e
meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos.” (Tiago 5.13-
18) [grifos nossos]
Escudados nesse e em outros trechos sagrados que atestam e testificam do poder da oração,
meu amado (minha amada), vamos, a contar de hoje, dedicar três dos nossos devocionais desta
semana à oração.
E lhe convidamos para que, JUNTO conosco, faça desse tempo uma verdadeira cruzada
intercessora que cobrirá TODA a igreja, UM por UM de seus membros.
Temos especial carinho por heróis bíblicos tipo Epafras, cujo perfil combina com qualquer um
de nós. Ele era uma pessoa comum, feito nós, feito você. Nada de especial, tipo diácono,
presbítero ou profeta é registrado sobre ele.
Por isso mesmo, sua participação se torna ainda mais singular, já que Paulo a ele se refere
como alguém sempre disposto a servir a outras pessoas.
Ele é, para Paulo, o “amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco” e o “meu
companheiro de prisão”, além de alguém que “está sempre batalhando em oração”. Era moleza o
nosso Epafras, ou não?!
Se você não considerar “herói” alguém que se encaixa nesse perfil descrito por Paulo, então
temos muita dificuldade em discernir quem satisfaria sua exigente expectativa.
De qualquer maneira, independentemente do que nós ou você pensamos, internalize o ensino
bíblico que garante a oração como um serviço primário e essencial na Igreja de Jesus. Por isso a
ela dedicaremos, igualmente, tempo e atenção especiais!
ANOTAÇÕES
Como você se sentiu abraçando (ou não) um ministério do caráter do de Epafras? Conseguiu,
desde ontem, orar incessantemente por alguém? Não conseguiu orar por ninguém? Orou só em
alguns momentos?
Bom. Compreendemos que essa é uma das mais difíceis batalhas que o crente enfrenta em
seu crescimento espiritual. Compreendemos, também, no entanto, que, sem oração, não há quem
consiga galgar na direção da estatura de Cristo.
Por isso, decidimos, em nosso coração e diante de Deus, “comprar essa briga”, como pessoas
maduras na fé ou, pelo menos, como alguém que, sensível ao mover do Espírito, se coloca “na
brecha”, em favor da Igreja de Jesus.
E, para qualquer dos perfis acima em que você se encaixe, seria muito importante que fizesse
suas as palavras do autor de Hebreus: “O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe
de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, os aperfeiçoe em
todo o bem para fazerem a vontade dele, e opere em nós o que lhe é agradável, mediante Jesus
Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.” (13.20-21)
Por favor, não se preocupe em decorar nada. Também não precisa reler o que acabamos de
transcrever. Muito pelo contrário. Só internalize a mensagem implícita na oração do autor
inspirado pelo Espírito. Mas ore com suas próprias palavras, da maneira que souber se expressar.
Lembre-se de que Deus está preocupado com seu coração e não com sua expressão. E,
encontrando em você um coração piedoso, disposto a interceder, genuína e incessantemente,
pela Igreja que Ele mesmo decidiu resgatar, com certeza tornará realidade, em sua vida, a oração
do apóstolo Paulo em favor dos Romanos:
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que
vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (15.13)
Esperança, confiança e poder são, pra nós, as palavras chave dessa passagem bíblica.
Na esperança está calcada nossa confiança de que Deus está no controle de tudo que
acontece conosco, a Igreja dEle; no poder está calcada nossa confiança de que Deus age em
nosso favor e, por consequência, nos capacita quando nos sentimos incapazes, como fez com
Gideão, cf. Juízes 6.12.
Como já enfatizamos, amado irmão (amada irmã), a oração é um problema na vida de MUITOS
dos crentes. Para UNS, porque demandaria conhecimento bíblico; para outros, porque
demandaria separar tempo e atenção, requisito inalcançável, na maioria dos casos; e, finalmente,
para ALGUNS ainda, porque demandaria a disposição de encarar minutos de joelhos, em ação
inclusiva e extensiva a Deus.
Em resumo. Nos casos que citamos e quaisquer outros, a oração requer uma virtude
fundamental na vida de TODA pessoa: disciplina. No nosso caso, em particular, disciplina
espiritual.
Disciplina espiritual, amado irmão (amada irmã), que se adquire paralelo ao amadurecimento
espiritual, objetivo da Campanha JUNTOS para que muitos creiam, esta semana.
Temos falado de ações, de várias e diferentes características. E, sabe, meu amado (minha
amada), em muitas das oportunidades que temos na vida caberia o ditado popular “por falta de um
grito se perde uma boiada”!
E gritar, nada mais é do que pôr em ação uma capacidade inata ao ser humano. Donde se
pode filosofar, de livre interpretação, que se estaria exercitando uma habilidade que nos foi legada
por Aquele que nos criou à Sua imagem e semelhança, não é mesmo?!
Então, meu amado (minha amada), o que você está esperando? Temos falado tanto em ação,
nessas últimas semanas, por que não aceita o nosso convite e se JUNTA a nós nessa verdadeira
cruzada, e se torna mais UM nas fileiras dos guerreiros (cf. Juízes 6.12) que Cristo tem convocado
nessa comunidade?
Ou tem alguma semente de dúvida em seu coração? Se for esse o caso – e mesmo que não
seja – cresça mais um pouquinho refletindo sobre a oração de Paulo, dessa vez em favor dos
Efésios:
“Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e
de revelação, no pleno conhecimento dele.” (1.17)
Sabedoria, revelação e conhecimento, meu amado irmão (minha amada irmã), são, pra nós, as
palavras chave desse trecho bíblico. Sabedoria para que você compreenda o momento histórico
que Deus está vivenciando em nosso meio; revelação para que o seu espírito sintonize com o
Espírito de Deus e, JUNTOS, possam crescer no conhecimento do Senhor.
Para que você se deixe sensibilizar pela límpida compreensão do sacrifício vicário de Cristo e
tome posse dessa vitória que já lhe foi conferida pelo Próprio, quando orou ao Pai, com as últimas
forças que restavam ao Seu humano e martirizado corpo: “Está consumado!”.
O que está esperando, meu amado (minha amada)? Entenda que, sem você, os MUITOS que
estão aqui, hoje, não serão os mesmos, já que, de entre ALGUNS, sua vida piedosa transbordará
Graça e Misericórdia a TODA esta comunidade de discípulos – nossa amada Igreja.
Passagem para memorizar
“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que
vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (Romanos 15.13)
Ponto para refletir
Tenho eu me disciplinado para crescer no conhecimento de Deus o suficiente para estar
sensível ao mover do Seu Espírito na minha vida e na vida da minha comunidade?
Pergunta para responder
Como você vai reagir à saudação que Cristo está lhe fazendo, nesse exato momento, “O
Senhor está com você, poderoso guerreiro”, a exemplo do que aconteceu com Gideão,
insignificante aos seus próprios olhos, mas importantíssimo aos olhos de Deus?
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
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Chegamos à quinta semana de nossa Campanha JUNTOS para que muitos creiam.
Ao longo desses dias aprendemos bastante sobre muitas coisas importantes. Mas o que nos
alegra mesmo é termos aprendido bem mais daquilo que sabíamos – e experimentávamos –
sobre o amor de Deus que se manifesta nos muitos serviços que Ele nos presta, através do Seu
Corpo, um organismo vivo e não uma construção inerte.
Veja bem... Quantas vezes você precisou abrir o portão para entrar no Pedras? Quantas vezes
você teve que pegar uma cadeira e levá-la para o seu lugar preferido, a fim de participar do culto?
E quantas vezes, nos domingos à tarde, você encontrou a cantina fechada? E o que dizer do som,
dos instrumentistas e dos vocalistas? Pense também se o banheiro estava sempre limpo quando
você precisou usar. E o seu carro, você ficou preocupado em voltar do culto e encontrá-lo
arrombado? Ou nem encontrá-lo, onde havia deixado?
Para finalizar: você teria uma palavra para definir tudo isso?
Pois nós temos: AMOR!
Há uma cultura no arraial evangélico nos nossos dias que prega o Cristianismo de resultados –
como um empreendimento secular qualquer,como um clube de futebol, por exemplo,onde os
resultados garantem, ou não, os empregos dos que ali trabalham. Ao contrário, Jesus não ensinou
nada disso. Ele não falou que a Sua Igreja seria uma prestadora de serviços. Ao contrário,
combateu, pública e veementemente, qualquer tipo de relação utilitária entre os homens e Deus.
“O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o
seu próprio trabalho.” (1ª Coríntios 3.8)
O serviço na Igreja de Jesus não é uma obrigação ou um compromisso entre pessoas, mas sim
uma ação de amor ao Pai, como preito de gratidão pelo que Ele nos propiciou, em instância
primária, a vida eterna em o Filho.
Nesta semana que trabalharemos o serviço no Corpo, gostaríamos de convidar você, amado(a)
irmão(ã), para experimentar do privilégio de servir a Deus na Igreja local.
Quando dizemos experimentar, queremos dizer experimentar mesmo! Não é essa coisa de
ouvir falar ou olhar de longe, não. É arregaçar as mangas e se engajar numa equipe de trabalho.
É testemunhar o resultado de seu esforço no crescimento do crente e na salvação do perdido.
O que você acharia se alguém chegasse lá na frente e dissesse que tinha sido impactado –
como aconteceu conosco quando chegamos pela primeira vez a um culto da nossa Igreja,
lembra? – pelas ações solícitas e gentis de um guardador de carros (centurião) e você
reconhecesse a si mesmo e à sua equipe de trabalho como agentes dessa conquista em grupo?
Você não se sentiria até mesmo orgulhoso (no bom sentido) de ter contribuído de forma
anônima do ponto de vista humano, mas de forma reconhecida, do ponto de vista de Deus?!
E você tem idéia de como se poderia definir um esforço como esse? Trabalho de equipe. Sabe
por quê? Conforme Paulo nos ensina no versículo que abrimos o nosso devocional de hoje, cada
um contribui com um “mosaicozinho”, num caminho aplainado que leva a Cristo.
Outro ponto muito importante a respeito do serviço e, consequentemente, do trabalho em
equipe, é o aperfeiçoamento da capacidade de nos relacionarmos.
Aí você pode estar pensando “Mas eu não tenho problema com relacionamentos!”. Tudo bem.
Nós não dissemos que você precisava aprender a se relacionar. Nós dissemos que você poderia
se aperfeiçoar nessa matéria.
Aí você retruca “mas para melhorar minha capacidade de me relacionar com as pessoas,
preciso necessariamente, abraçar uma área de serviço da Igreja?” Também não dissemos isso.
Nós dissemos que fazer parte de uma equipe de serviço, de um ministério, promove seu
crescimento espiritual, no que diz respeito à área de relacionamentos.
E sabe por quê? Porque lhe ajuda a pôr em prática quatro ingredientes fundamentais para um
bom trabalho (relacionamento) em equipe: confiança, empatia, adaptação e missão.
“Timóteo, guarde o que lhe foi confiado. Evite as conversas inúteis e profanas e as idéias
contraditórias do que é falsamente chamado conhecimento.” (1ª Timóteo 6.20)
Veja que Paulo faz questão de ressaltar para Timóteo, a importância de desenvolver
confiabilidade. Você confia que seu carro estará no lugar em que estacionou ou fica o culto todo
preocupado em encontrá-lo quando voltar?
Nós não sabemos o seu caso, mas no nosso caso, nem lembramos que temos carro enquanto
participamos do culto. Às vezes, por distração, até nem lembramos direito onde o deixamos, mas
temos certeza que, procurando, o encontraremos.
A outra face dessa moeda chamada confiança, se refere a você ficar tranqüilo quanto à
participação de seus parceiros de serviço. Você não precisa fazer tudo, pois tem quem toma de
conta direitinho, de todas as outras coisas que precisam ser feitas.
Para que tudo isso se torne realidade na vida de sua igreja e também na sua, você tem que
fazer a parte que lhe cabe, ou seja, ocupar o lugar que Deus lhe reservou no Corpo de Cristo.
Você é importante e sua ausência está sendo sentida por alguém, enquanto não se dispõe a
arregaçar as mangas e abraçar a Igreja de Jesus, com amor!
Passagem para memorizar
“O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo
com o seu próprio trabalho.” (1ª Coríntios 3.8)
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
Logo no verso 2, do 12º capítulo de sua Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo recomenda que
“Não se amoldem ao padrão deste mundo”.
Em um de nossos conceituados dicionários, o termo amoldar quer dizer “ajustar(-se) ao molde;
modelar(-se)”. Ou, usando palavras de mais fácil entendimento: tomar a forma de.
Logo que batemos os olhos nesse texto lembramos de barro, não é verdade? É o material que
se nos parece mais próximo do que “realizamos” a partir do conceito que o dicionário registra
sobre amoldar.
Por conseguinte, a palavra, em português, do texto bíblico que transcrevemos acima, se
encaixa nesse mesmo perfil. Donde, a partir de toda essa argumentação, se conclui que o
apóstolo quis ensinar aos romanos a não tomarem a forma do mundo. Não se deixar influenciar
pelo “modus vivendi” dos incrédulos.
Apos essas preliminares,chegamos ao terceiro dos quatro ingredientes que identificamos
essenciais para um bem sucedido trabalho em equipe: a adaptação.
Por circunstâncias alheias à nossa vontade, nos últimos sete anos, nos mudamos três vezes.
Ou seja, em média, uma vez a cada dois anos e pouco. Se você levar em conta a trabalheira e a
despesa que cada mudança acarreta, vai concordar conosco que essa “vida cigana” tem causado
sérios transtornos à família como um todo. Se nos voltamos para a adaptação que cada uma
dessas mudanças exige, aí é que a história se complica. É um tal de “onde fica isso?” e “onde fica
aquilo?” que não acaba mais.
Por outro lado,não podemos esquecer, é claro, na circunvizinhança. Sim, porque não são
somente as relações com os vizinhos mais próximos que interferem em nosso cotidiano. Os
vizinhos mais distantes, dependendo da filosofia de vida que adotem, podem nos trazer sérios
aborrecimentos.
É só você imaginar, prezado(a) irmão(ã), – viu, até o tratamento caiu um pouco de qualidade
só de falar no assunto! – um camarada que decidiu botar no seu carro uma verdadeira
parafernália de som! E o que é pior. Não se incomoda nem um pouquinho de ouvir os “forrós” da
vida nas mais extravagantes horas que você possa imaginar.
Diante de situações como essa, as fezes do cachorrinho da vizinha simpática, do apartamento
do lado, teimando em nos fazer escorregar na escada, parece brincadeirinha de criança, não é
mesmo?
Por tudo isso e algumas “cositas” mais, é que adaptação é um negócio muito complicado.
Não à toa, então, é a preocupação do nosso querido Paulo, ainda no mesmo capítulo de sua
Carta aos Romanos, quando adverte, em tom, até certo ponto, autoritário: “Façam todo o possível
para viver em paz com todos.” (Romanos 12.18)
Os termos TODO e TODOS numa frase tão curtinha, não deixa dúvidas sobre o zelo paulino
com os relacionamentos no seio da incipiente comunidade romana.
Sabia o apóstolo, quão traiçoeiros e ardilosos são os sentimentos que nosso coração
enganoso e nosso caráter duvidoso, persistentemente humanos, militam – para usar um termo
usual de Paulo – contra nosso convertido espírito cristão.
Daí a tão grande dificuldade em nos adaptarmos – leia-se amoldar ou acostumar-se a; tolerar –
às pessoas com as quais convivemos nas tarefas ministeriais.
Mesmo Jesus, em determinados momentos, perdeu um pouquinho a paciência, e do alto de
Sua autoridade divina-humana, chamou a atenção de um de Seus três mais chegados discípulos,
até de forma um tanto quanto brusca, mas que se fez necessária: “Jesus virou-se e disse a Pedro:
'Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de
Deus, mas nas dos homens'.” (Mateus 16.23)
Coisa semelhante aconteceu com Paulo em relação a Pedro, como narra o livro de Atos dos
Apóstolos.
Entretanto não temos intenção de mergulhar nessa direção,mas sim, destacar a disposição do
coração de UM para admoestar o outro, a fim de que ALGUNS que forem alcançados,
posteriormente, pela mesma advertência, possam entender a importância de uma relação
interpessoal, cristã, honesta e saudável.
Às vezes, amado(a), precisamos nos esforçar um pouco mais, a fim de que, não apenas o
serviço, mas, principalmente, o nosso relacionamento com as pessoas, possa edificar o Corpo de
Cristo e glorificar o Seu Santo Nome.
Para isso, se faz necessário, amar, em primeiro lugar, e, a partir daí, aceitar, valorizar e investir
na vida do outro, a fim de que MUITOS creiam... E enxerguem que o relacionamento com Jesus
Cristo deve ser o objetivo maior da vida de qualquer ser humano.
ANOTAÇÕES
Que somos, cada UM de nós, uma verdadeira “colcha de retalhos” física, intelectual, emocional
e por aí afora, isso já estamos cansados de saber.
Só que, quanto a essa questão da adaptação, a consciência dessa diversidade precisa ser
ainda mais acentuada. Não somos apenas diferentes UNS DOS OUTROS, somos diferentes
demais!
Era essa consciência que parecia ter Paulo, ao se dirigir aos efésios, na tentativa de fazê-los
entender que as diferenças de UM para OUTRO, reunidas por Deus em UM mesmo lugar, de
verdade, tinha o objetivo de mostrar ao mundo a unidade que só o Espírito Santo tem condições
de promover e sustentar.
Assim,nos adverte Paulo: “antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce
e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” (Efésios
4.15-16) [grifos nossos]
Observando a importância da excelência relacional e funcional,nessa citação de Paulo,
internalizamos seu ensinamento, com o objetivo de montar e trabalhar construtivas e competentes
equipes ministeriais. Nessa incessante busca, temos que nos adaptar ao jeito diferente das
pessoas e às imperfeições das pessoas.
Reconhecemos ainda que a administração de “interpessoalidade” não é nada fácil, conforme o
apóstolo Pedro chama a atenção, na primeira de suas duas Epístolas: “Cada um exerça o dom
que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas
formas.” (4.10) [grifos nossos]
Como podemos observar, Pedro se preocupa em enfatizar o cuidado especial que precisamos
ter com os homens (e as mulheres) que Deus deu à igreja, como dons.
Temos que administrar fielmente, conforme o apóstolo, a graça de Deus em suas múltiplas
formas, de modo que cada UM sirva, segundo seus Dons e de forma excelente, a ALGUNS, para
que MUITOS sejam impactados e, cheios do Espírito, transbordem Graça, Misericórdia e Amor a
TODOS que consigam alcançar.
E aí, amado(a) irmão(iã), temos que lançar mão de virtudes espirituais indispensáveis à visão
de viver e fazer igreja de forma relacional e relevante.
“Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com
amor.” (Efésios 4.2)
A tradução de João Ferreira de Almeida registra esse mesmo versículo da seguinte forma:
“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor.” (Efésios 4.2)
Veja que, tanto na Nova Versão Internacional, que temos usado em nossos devocionais, como
na João Ferreira de Almeida, acima, as palavras chave transmitem a força de palavras de ordem.
Naquela versão, a palavra chave é completamente; nesta, o termo escolhido é toda.
De uma forma e de outra, os especialistas se esmeraram na ênfase ao tratamento especial a
ser dispensado, por nós, a cada UM que nos apresentamos para o serviço ministerial.
Não sei da sua parte, mas em nosso modo de ver, aprender a como lidar bem com as
imperfeições das pessoas, tem o peso de um ministério, em si mesmo.
Quanto melhor conseguimos administrar as diferenças e as imperfeições dos que nos cercam,
melhor vamos viver e fazer o serviço que nos foi confiado, por Deus, aliás, isto é discipulado.
Outro detalhe que reputamos importantíssimo é que cada pessoa, assim como cada dom
espiritual tem sua importância no Corpo de Cristo. Ou seja, não existe Dom mais importante do
que outro. Todos estão em um mesmo patamar, sob a ótica de Deus.
Assim, em obediência ao ensino bíblico e focado no grande amor de Deus por nós, não olhe o
serviço do outro como se fosse inferior ao seu. Porque não é! Mesmo que lhe pareça, à primeira
vista, que exercer um determinado Dom, que põe a pessoa em destaque diante da congregação,
seja mais espiritual ou especial, olhe TODOS com os olhos de Cristo.
Olhando para a história de Lázaro, em princípio achamos que Marta estava realmente,
servindo, ao passo que Maria, sua irmã, não fazia nada, quieta, junto a Jesus, Ele mesmo tratou
de esclarecer: “respondeu o Senhor: 'Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas
coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada'.”
(Lucas 10.41-42)
Cuidado! Não estamos dizendo, aqui, que você deve parar de servir. Estamos ilustrando o
ensinamento sobre a importância peculiar de que cada Dom Espiritual se reveste.
Portanto, irmão (ã), sirva. Sirva, como se fosse para o próprio Cristo, em Pessoa. Consciente
de que é para o próprio Corpo de Cristo. Em Pessoas!
ANOTAÇÕES
Chegamos ao final de nossa semana dedicada ao serviço. Esperamos que você esteja
meditando nesse último devocional, já com a decisão firmada, em seu coração, de servir, no
Corpo de Cristo, de forma ainda mais excelente.
Sim, porque mesmo que você não esteja engajado no serviço, nesta igreja, saiba que sua
presença é igualmente importante, do ponto de vista do crescimento espiritual. Para os outros e
para você mesmo.
Tenha certeza - e podemos afirmar por experiência própria - que não tem a menor condição de
você amar as pessoas, à sua volta, e não sentir a necessidade de mover-se na direção delas...
servindo!
Por isso mesmo, independentemente de sua atual circunstância ministerial, dispare de
imediato, o gatilho do amor com relação aos que o cercam. “… amem uns aos outros, concordem
uns com os outros de todo coração, trabalhem juntos com um só coração, uma só mente e um só
propósito.” (Filipenses 2.2 – Bíblia Viva)
Você é UM comigo; assim como eu sou UM com cada irmão(ã) que JUNTOS, nos dedicamos a
preparar esse devocional. Somos um time, uma equipe dividindo ações, exercitando habilidades,
assumindo tarefas e crescendo JUNTOS, em amor.
Não se engane. Em meio ao corre corre do dia a dia, sobram arranhões pra esse e pra aquele
lado. Mas a dinâmica – um só coração, uma só mente e um só propósito – que nos rege é tão
forte que conseguimos superar nossas diferenças, lidar bem com nossas imperfeições e focar no
alvo que queremos alcançar: nossa missão!
Ei, e por falar nisso, você seria capaz, neste exato momento, de lembrar da nossa missão,
como igreja? Tente trazer à memoria.
Caso tenha mentalizado “Tornar pessoas descrentes em verdadeiros e frutíferos discípulos de
Jesus Cristo”, parabéns. Fez direitinho a lição de casa!
Caso contrário, não fique triste, isso acontece com as melhores famílias de Londres, Paris,
Conjunto Ceará e adjacências.
Agora, preste bastante atenção ao que vamos compartilhar com você. Sem uma missão, um
alvo a ser alcançado, um objetivo claro e específico, nenhuma equipe de trabalho consegue
alcançar um desempenho satisfatório.
Isso porque somos – TODOS nós, indistinta e até inconscientemente – movidos a resultados.
Mesmo que tenhamos entranhada consciência de que glorificar a Deus, em toda e qualquer
circunstância da nossa vida, seja a missão mais importante que recebemos, ao nos converter a
Cristo, sempre buscamos realizar coisas que nos satisfaçam emocional, psicológica e até mesmo
espiritualmente.
Então, amado(a) irmão(ã), façamos nossas as palavras do autor da Carta aos Hebreus: “Não
deixemos de reunir-nos como igreja (…) mas procuremos encorajar-nos uns aos outros (...).”
(10.25)
Mandamentos como esse, são a mola que nos impulsiona em sua direção e na de cada UM
que faz parte deste Corpo. O interesse não é de que mais pessoas se envolvam no serviço,
aliviando aqueles que já estão engajados. Nada isso. O que nos move, de verdade, é a convicção
de que somente servindo UM crente consegue progredir na difícil escalada rumo ao caráter de
Cristo.
Não se vive e também não se faz cristianismo sozinhos! Somos chamados para servir
JUNTOS. Fomos escolhidos para viver JUNTOS. Somos adotados em UMA família, portanto
fazemos parte UNS DOS OUTROS.
E, provavelmente, o mais importante de tudo: precisamos UNS DOS OUTROS para nos
mantermos de pé. E em equilíbrio diante de Deus.
Lembra da determinação de Deus a Abrão? “(...) Eu sou o Deus todo-poderoso, ande segundo
a minha vontade e seja íntegro.” (Gênesis 17.1)
Você acha, de sã consciência, que alguém pode cumprir UM mandamento como esse, sem ter
pelo menos UMA pessoa do seu lado, em quem possa confiar e com a qual possa caminhar
JUNTO?!
Estamos de acordo com o apóstolo Paulo,ao afirmar que: “Não importa o que aconteça,
exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e
os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês
permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica.” (Filipenses 1.27)
Sublinhe, por favor, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando
unânimes pela fé. Confira que Paulo escreve vocês e não, você; e num só espírito e não, em
vários espíritos!
Ou seja, ao mesmo tempo em que diversifica o alcance, unifica a missão e a fonte. TODOS
nós temos que atuar JUNTOS, ao mesmo tempo em que devemos focar em UM único alvo,
regidos por UM único Senhor.
ANOTAÇÕES
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Acreditamos que você já deve ter ouvido o termo “koinonia”, em algum momento de sua
história nesta Igreja. Pelo menos foi o que aprendemos ontem.
Do grego popular (grego koiné), o termo koinonia assume, em português, o significado de
“comunhão”, que, por sua vez, tem a ver com comunidade. Ou seja, igreja.
Podemos até mesmo, se for o caso, justificar biblicamente nossa livre tradução do original
grego, tendo em vista os quatro elementos essenciais da koinonya, segundo as Sagradas
Escrituras:
1. comunidade, versículo chave, Filipenses 2.1; 2. participação, versículo chave, 1ª Coríntios
10.16; 3. contribuição, versículo chave, Romanos 15.26; e, finalmente, 4. generosidade, versículo
chave, 2ª Coríntios 9.13.
Você não quer conferir?!
Bom, como acabamos de ser ministrados – já que este devocional abre o último bloco de
reflexões da CAMPANHA JUNTOS PARA QUE MUITOS CREIAM –, generosidade é o tema base
desta semana.
E você acha que haveria tema mais apropriado para fechar uma maratona espiritual e proativa
como essa, onde o ser humano, matéria prima da Igreja de Jesus, é o foco principal?
Só muita generosidade, aliás, só generosidade até não acabar mais, pra justificar o
desprendimento de Jesus de abandonar sua condição divina e se humanizar, desde a concepção
até a expiração na cruz: “Está consumado!”.
E só a compreensão inspirada – e inspiradora – de Paulo para esboçar um gesto de gratidão,
quase que imperceptivelmente semelhante ao do Homem de Nazaré:
“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama a quem dá com alegria.” (2ª Coríntios 9.7)
Assim como no coração divino, assim também em nossos corações, podemos, segundo o
apóstolo, determinar o quanto cada UM vai dar em favor de MUITOS.
Essa passagem, diga-se de passagem, contém também quatro elementos, a exemplo dos que
relacionamos à comunhão, que podemos considerar essenciais a genuínas e espontâneas ações
generosas:
1º você deve dar conscientemente; 2º você deve dar entusiasticamente; 3º você deve dar
voluntariamente; e 4º você deve dar alegremente.
Nada e nem ninguém deve influenciar sua decisão de dar. Mas, antes de continuarmos,
precisamos conhecer mais a cerca da importância que Deus dá ao desprendimento das riquezas
materiais.
Ao longo dos textos bíblicos, podemos encontrar mais de 2.000 registros da expressão “dar”,
evidência mais do que concreta do quanto devemos encarar com zelo a virtude da generosidade.
O próprio Jesus nos revela uma pista sobre a que riqueza Deus atribui real valor:
“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes
serão acrescentadas.” (Mateus 6.33)
E olhe que o essas coisas a que se referia o Mestre não eram carro do ano, mansão com
piscina, roupas de grife e outras coisas do tipo. Ele estava falando era do essencial à dignidade: o
que comer, o que beber e o que vestir. Nada mais.
Por aí, meu amado irmão (minha amada irmã), você tem uma noção clara de que teria valor do
ponto de vista divino.
Enquanto a grande maioria de nós se deixa encantar pela febre de consumo e de ostentação
do mundo, o dono do Universo e de tudo que ele contém, inclusive todo tipo de preciosidade,
valoriza as coisas essenciais à sobrevivência.
Como, aliás, já tinha demonstrado a Adão e Eva, no jardim do Éden. Dê uma olhadinha em
Gênesis e veja se não temos razão. Não havia pedras preciosas e finas iguarias à disposição dos
primeiros seres humanos e, sim, árvores frutíferas, animais silvestres e águas cristalinas.
Certos estão os defensores da natureza, não é mesmo? Pelo menos demonstram clara
consciência de que estamos correndo o sério risco de esgotarmos, por má administração, os
bens naturais primários do nosso planeta. Água e ar em destaque.
Outro detalhe fundamental, fechando nossa reflexão de hoje, seria em quanto importa o valor
ideal, do ponto de vista da expectativa de Deus quanto à nossa generosidade.
“Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e
não de acordo com o que não tem.” (2ª Coríntios 8.12)
Não é preciso se preocupar quando, do púlpito, você for desafiado a uma oferta especial. Tudo
depende da necessidade que a igreja sente em um determinado setor ou em uma determinada
circunstância.
Aí talvez você se abale e fique nervoso: “Mas se já estou dando tudo que posso, como é que
eles acham que tenho condições de contribuir com ainda mais?”
Calma. Já tivemos, aqui mesmo em nossa comunidade, o privilégio de conferir as maravilhas
que Deus opera em meio a um povo de coração genuinamente generoso.
Houve casos, inclusive, em que a pessoa deu sacrificialmente. E, pouco tempo depois, como
por milagre – e sendo milagre mesmo – ganhou, de forma lícita, pelo menos uma vez e meia mais
do que havia aberto mão.
Quando nós não temos, mas nos dispomos de coração a dar, o Senhor providencia uma
maneira criativa de viabilizar a nossa decisão.
Consciente, entusiástica, voluntária e alegremente, como só Ele sabe ser e... Se doar!
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
Ontem aprendemos que a generosidade cria comunidade. Hoje, vamos aprender, juntos, que
ela também derrota o materialismo e fortalece a nossa fé.
E por que a generosidade derrota o materialismo?
Nós poderíamos responder, simplesmente, porque a Bíblia diz. E o que a Bíblia diz não se
discute, já que é filosofia de nossa comunidade ser a Palavra de Deus soberana, em nossas
vidas. Soberana e inerrante.
Mas aí, meu amado (minha amada), não seria devocional, não é mesmo? Seria lavagem
cerebral. E nessa igreja não temos por hábito “fazer a cabeça” de ninguém.
Muito pelo contrário. Damos oportunidade para que cada UM, de acordo com seu próprio
entendimento, possa aprender de Deus, no ritmo em que a sua cabeça lhe permite. Respeitamos
as diferenças, por isso, tentamos, o mais que podemos, nos expressar de forma compreensível, a
TODOS.
Materialismo, dentre outros conceitos, quer dizer “tendência para tudo que é material, vulgar,
grosseiro”. E é exatamente isso que Jesus ensina aos judeus, numa época em que todos os bens
daquele povo estavam, pela força da espada, à disposição do Império Romano.
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.” (Mateus 6.24)
Por dinheiro, no caso, leia-se bens materiais e não apenas valor em moeda. E Jesus não se
preocupava, ao ensinar dessa maneira, somente com a avareza ou com a ganância, mas com a
batalha espiritual que representava fazer do dinheiro um senhor.
E você sabe por quê? Porque ao mesmo tempo em que a generosidade fortalece a nossa fé, o
dinheiro a enfraquece e a debilita, ao ponto de, até, imitarmos o exemplo de Ananias e Safira,
registrado no livro de Atos.
“Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com
fartura, também colherá fartamente.” (2ª Coríntios 9.6)
Eis a “receita” de Paulo para uma bem sucedida relação com Deus, através dos bens materiais
que Ele nos proporciona usufruir.
Vamos juntos. Suponhamos que você compra um terreno e não queira construir alguma coisa
lá. Então, contrata uma pessoa para cuidar do terreno e lhe fornece sementes e brotos de vários
tipos de frutos e legumes, a fim de que semeie.
Mas não lhe dá as ferramentas necessárias para tal finalidade. Algum tempo depois você
chega pra visitar o terreno e o encontra do jeitinho que deixou, ou seja, nu e cru.
Você acha que tem moral pra reclamar do pobre encarregado, pelo fato de não ter nada pra
colher?
“Mas eu tinha dado sementes e brotos de frutos e legumes, como você mesmo afirmou!”, até
pode nos rebater, em resposta.
É. Lembramos do que dissemos. Acontece, meu amado (minha amada), que sem as
ferramentas adequadas não se pode semear com fartura e, por consequência natural, também
não se pode colher com fartura.
Agora, vamos examinar tudo isso do ponto de vista espiritual. Jesus plantou a semente de Sua
Palavra em nossos corações, certo? Muito bem. Ele também nos tem dado as ferramentas –
dons, talentos, recursos – para semearmos o Evangelho nos férteis campos ao nosso redor,
concorda?
Certo. Agora, a pergunta que não pode calar: Diferentemente do encarregado do terreno de
nossa ilustração, nós, encarregados da lavoura do Senhor, não podemos reclamar de nada, já
que Ele nos tem provido de tudo que precisamos, não é mesmo?
Donde podemos concluir, facilmente, que, se está faltando ainda muito campo para ser
semeado, em Fortaleza – que é a visão que Deus nos tem dado, como igreja – então, meu amado
(minha amada), o problema está em cada UM de nós.
“E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as
coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.”
(2ª Coríntios 9.8)
Se, até aqui, você achava que estávamos falando de conhecimento próprio, meu amado
(minha amada), então eis a Palavra de Deus que afirma, cabalmente, que tendo tudo o que é
necessário, vocês transbordem em toda boa obra.
Ou seja, sendo generosos não apenas alcançaremos o mundo que nos cerca, mas,
igualmente, seremos, dia a dia, fortalecidos em nossa fé.
Porque testemunharemos o poder de Deus – como já temos feito, dominicalmente, na tenda –
quebrando cadeias, derrubando muros e libertando almas, ao nosso redor e bem sob nossos
olhares, às vezes, infelizmente, ainda um tanto quanto... incrédulos! Ou pouco crédulos, se você
preferir suavizar o termo.
Meu amado (minha amada), permita que durante o restante dessa semana – como se fosse
um período de experiência – o dom da generosidade transborde de seu interior e salpique nas
pessoas com as quais você convive.
Temos certeza absoluta de que os resultados dessas ações generosas, de sua parte, serão tão
compensadores pra você mesmo, que, a partir de então, nunca mais deixarão de fazer parte de
sua filosofia de vida.
Para que, através de UM, pelo menos ALGUNS venham a ser salvos! E, de UM em UM,
possamos alcançar TODA essa Fortaleza pra Cristo, “conforme a visão que Deus nos tem dado”.
ANOTAÇÕES
Temos certeza que, do devocional de ontem, já ficou, com antecedência, a resposta ao nosso
ponto de hoje. Deus quer que sejamos generosos porque é um investimento para a eternidade.
Da ilustração que usamos pra facilitar o entendimento daquela reflexão já sobraram respingos
de conhecimento sobre o objetivo final de nossa semeadura: a salvação do perdido!
“Por isso, eu lhes digo: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que,
quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas.” (Lucas 16.9)
Tivemos durante um período razoavelmente longo, em nosso meio, um programa chamado
Encontro Facilitador.
Eram reuniões que promovíamos, em ambientes abertos, como nas escolas através do
Ministério Cativar, Minha Vida Meu Púlpito,a fim de que os crentes da IBC pudessem trazer pra
igreja familiares, amigos e conhecidos que não aceitariam convite pra assistir a um culto.
A própria palavra culto, já representava, por si só, em alguns casos, um obstáculo
intransponível para que a pessoa chegasse à igreja e, por consequência, ao Evangelho de Cristo.
Do formato institucional, encorajamos e até, em certos casos, patrocinamos, a que nossos
membros pudessem, em suas próprias casas e até em ambientes escolares e profissionais,
realizar reuniões dessa natureza.
Houve uma ocasião em que participamos de um encontro desses, com direito, inclusive, a
convidados especiais da Igreja que fizeram uma apresentação de danças e cânticos, numa certa
associação profissional da cidade.
E o que Deus fez naquela tarde, num minúsculo e acanhado auditório, foi quase inacreditável.
Só pra você ter uma idéia, frutos daquela semeadura ainda podem estar sendo colhidos, hoje, em
nosso meio.
Pessoas continuam sendo alcançadas por pessoas que, ali, foram alcançadas.
Olha, meu amado (minha amada), a Obra de Deus não pára. Assim como diz a Palavra, “estou
convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo
Jesus”, cf. Filipenses 1.6.
Nada nem ninguém pode obstacular um propósito de Deus. Agora que pode atrapalhar um
bocado, lá isso pode.
“Mas isso é uma heresia, irmão!”, pode você até ter se exaltado. Pior que não é, sabia?
Acontece que Deus nos chamou com o propósito de sermos seus lavradores, os trabalhadores de
sua lavoura.
Como aquele cidadão da ilustração de ontem, certo? Pois bem. Acontece, meu amado (minha
amada), que, em consequência de nossa natureza pecaminosa, em determinadas circunstâncias,
nos tornamos o que a Bíblia chama de “pedra de tropeço”!
“Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra
de tropeço para os fracos.” (1ª Coríntios 8.9)
Viu?! Paulo fala em exercício da liberdade. Nesse exato momento – pra nós, pra você, há
alguns dias – temos a liberdade de pôr no papel pensamentos que nos vêm à cabeça.
Estamos em uma sala refrigerada, bem acomodados em uma cadeira com rodinhas – aquela
que você desfila de um lado a outro da sala, sem levantar, sabe? – e ainda contando com
cafezinho, água mineral e, claro, um bom almoço, ao meio dia.
Agora, melhor que tudo isso é a liberdade que temos, da parte da liderança dessa igreja, a fim
de que possamos pôr em ação o dom que Deus nos deu de desenvolver textos. Nesse caso, de
fundo teológico-doutrinário.
Claro que o que escrevemos aqui passa, inegociavelmente, pelo crivo e revisão pastoral. Isso
sem falar nos irmãos e irmãs que nos abençoam com seus dons e talentos, aperfeiçoando o texto
que estamos produzindo.
Mesmo assim, meu amado (minha amada), quando focamos no objetivo principal de nosso
trabalho – frutos para a eternidade –, temos que ficar ainda mais atentos e zelosos, quanto às
sutis e dissimuladas armadilhas diabólicas.
E o Diabo não usou da própria Escritura para tentar Jesus, no deserto? E ele não se aproximou
de Deus para conseguir autorização para testar Jó?
Então. Para batalhas espirituais, armas espirituais. Não pense, meu amado (minha amada),
que cada palavra que você tem lido, e vai continuar lendo, até o final desse arrazoado, não tem
um peso para a eternidade.
Tem sim. Cada passo que damos, por menor que nos possa parecer, meu querido (minha
querida), na direção de Cristo, tem uma medida bem diferente da que conseguimos mensurar, em
nosso entendimento humano.
Tipo aquela frase do astronauta Neil Armstrong, ao pisar no solo da Lua: “Este é um pequeno
passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade”!
Armstrong contou, depois, que, embora parecesse o contrário, ele só havia pensado naquela
frase épica poucos momentos antes de descer da nave, que acabara de pousar na superfície
lunar.
Por tudo isso, meu irmão (minha irmã), tenha muito cuidado com as palavras e, principalmente,
com as ações. Porque cada uma delas tem um peso eterno de proporções imensamente
superiores ao peso que, à primeira vista, parecem realmente ter, pra nós.
Tanto do ponto de vista positivo; como do negativo. Conforme Paulo ensina em sua Primeira
Carta a Timóteo:
“Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir.
Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que
há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida.” (6.18-19)
Passagem para memorizar
“Por isso, eu lhes digo: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que,
quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas.” (Lucas 16.9)
Ponto para refletir
Vou fazer um amigo, de cada vez, até alcançar o máximo de pessoas possível, em meu círculo
de relacionamento.
Pergunta para responder
Quantos amigos de verdade você tem, no mundo? Quantos amigos de verdade você tem, na
igreja? Quantos amigos de verdade você, realmente, tem?
ANOTAÇÕES
Recompensado com bençãos. Você guardou o esboço que o pastor nos ensinou a completar,
no domingo passado?
Se guardou, confira que este é o ponto 5, das 7 respostas para a pergunta “Por que Deus quer
que eu seja generoso?”
“Porque sou recompensado com bençãos” é a resposta completa do nosso esboço, preenchido
o respectivo espaço em branco.
Atente, por favor, para dois detalhes importantes nessa frase: 1. sou recompensado e não,
compensado; ou seja, ganho do que já investi – semeei, no caso – ao invés de ser reembolsado
por um gasto que tenha feito. 2. com bençãos, ao invés de benção; ou seja, recebo muito mais do
que investi, já que minha palavra ou ação assume peso eterno, assunto que estudamos no
devocional de ontem.
Tudo isso aprendemos só em examinar uma frase simples e curta como essa. Sob o ponto de
vista espiritual, percebe?
Como diz o texto bíblico, no livro de Deuteronômio:
“Dê-lhe generosamente, e sem relutância no coração; pois, por isso, o Senhor, o seu Deus, o
abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o que você fizer.” (15.10)
Não estamos falando, quando tratamos sobre generosidade, de você dar tudo que tem.
Estamos falando da disposição do seu coração, isso sim. Como você pode constatar, facilmente,
examinando com atenção o verso acima, Deus está preocupado, sempre, com o nosso coração e
não com o quê ou com o quanto nos dispomos a dar.
Vá que demos só um pouquinho. Como aconteceu com a campanha pra quitar o nosso terreno,
sobre a qual já falamos essa semana. Teve criança que doou um par de patins... usado!
Ora, a exemplo da “viúva pobre das duas pequeninas moedas de cobre”, de Lucas 21, aquela
criança só tinha – de seu mesmo – aquele velho par de patins. Que não estava tão velho assim!
Então, do ponto de vista de Deus, ela deu o melhor que possuía, ou seja, tudo que Ele gostaria
que ela tivesse dado!
E é isso que faz toda diferença, na eternidade, e move o coração de Deus a nos retribuir,
independentemente do que tenhamos dado, com bençãos para cada investimento, ao invés de
uma só benção para cada investimento. Entendeu?!
Vamos confirmar, na Bíblia, o que acabamos de estudar?
“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas
plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.”
(Provérbios 3. 9-10)
Que tal sublinhar os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de
vinho? E, agora, compare em que o Senhor se baseou pra derramar bençãos dessa natureza
sobre o personagem em questão.
Isso mesmo. Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas
as suas plantações.
A Bíblia não diz entregue, doe, abra mão. Ela diz honre!
O que Deus requer de nós, repetimos, é a disposição do coração. Só. Ponha tudo que você
tem à disposição de Deus, em honra, em gratidão, em reconhecimento. Essa é a primícia de seu
coração com que Ele se alegra!
Assim como fez Davi. Quando lhe ofereceram, de graça, o terreno que ele precisava pra
construir um altar pro Senhor, o rei fez questão de recusar, explicando que nada que lhe fosse
gratuito tinha relevância na eternidade.
“O rei Davi, porém, respondeu a Araúna: 'Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não darei
ao Senhor aquilo que pertence a você, nem oferecerei um holocausto que não me custe nada'.
Então Davi pagou a Araúna sete quilos e duzentos gramas de ouro pelo terreno.” (1º Crônicas
21.24-25)
O rei tinha consciência de que Deus examinava o seu coração quando lhe instou a usar o
terreno de Araúna para erguer um altar de sacrifícios e sustar a destruição que estava pendente
sobre Jerusalém.
Ou seja, a disposição do coração de UM anulou a indisposição do coração de MUITOS, diante
do Senhor.
Assim como fez Jesus. Você acha que o ladrão, crucificado ao lado de Cristo, ainda tinha
chance de realizar alguma coisa nesta vida?
Ele estava, como o Filho de Deus, no limiar da morte, mesmo assim teve aceita e valorizada a
disposição do seu coração impiedoso e encontrou o perdão de seus pecados e a salvação de sua
alma.
E foi recompensado com bençãos sem par. A ponto de ter sua expectativa eterna mudada
radicalmente, só por causa do seu gesto de generosidade quando encorajou e valorizou Jesus,
mesmo vendo-O ali na cruz, completamente desfigurado, completamente indefeso,
completamente incompetente para realizar qualquer obra de alcance humano.
Só que realizando a imensurável e inigualável Obra divina de Se entregar, voluntária e
generosamente, em nosso lugar. Para que tivéssemos, a partir de Seu gesto generoso, acesso a
bençãos sem limite, na eternidade com Deus.
ANOTAÇÕES
Bem, vamos começar o devocional de hoje recapitulando o que vimos, até aqui, esta semana.
Respondendo à indagação “Por que Deus quer que eu seja generoso?”, encontramos, na
Bíblia, sete justificativas: 1. porque cria comunidade; 2. porque derrota o materialismo; 3. porque
fortalece a minha fé; 4. porque é um investimento para a eternidade; 5. porque sou recompensado
com bençãos; 6. porque produz felicidade; e 7. porque me torna mais semelhante a Jesus.
Já estudamos os cinco primeiros pontos e, hoje, vamos refletir sobre a felicidade de ser
generoso.
O livro de Atos dos Apóstolos, em sua argumentação inicial, nos apresenta o modelo de igreja
que Jesus sonhou fosse constituída pelos Seus discípulos, a partir da Grande Comissão de
Mateus 28.18-20, que podemos resumir em uma palavra chave: IDE!
No correr desses trechos bíblicos a que acabamos de nos referir, podemos encontrar, em mais
de uma ocasião, a referência à disposição daqueles corações piedosos em considerar como de
TODOS qualquer bem material que pertencesse a cada UM.
O disponibilizar, o repartir, o tudo em comum era a filosofia básica da principiante igreja de
Jerusalém, reunida de casa em casa, logo após os terríveis e, ao mesmo tempo maravilhosos,
acontecimentos finais da morte do Nazareno entre os homens.
Por conhecermos tudo isso, não é nenhuma surpresa o registro do versículo 35, do capítulo 20,
do referido livro de Atos:
“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos,
lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: 'Há maior felicidade em dar do que
em receber'.”
Confessamos a você, meu amado (minha amada), nossa dificuldade em mensurar o nível de
disposição do coração de Cristo, ao pronunciar tais palavras, sabedor que era do que lhe
esperava num futuro bem próximo desse pronunciamento.
Porque, não esqueça em nenhum momento, o Mestre estava se referindo ao exemplo que Ele
mesmo protagonizaria, em carne e osso, doando o Seu próprio corpo, em sacrifício vicário pela
humanidade.
Trazendo à mente as cenas fictícias, mas perfeitamente sintonizadas com a narrativa bíblica,
do filme de Mel Gibson – A Paixão de Cristo, se torna ainda mais incompreensível esse
sentimento de felicidade de Jesus.
A não ser que, nem que seja por um momento, larguemos nossa vida, como Ele mesmo
requer, em outro trecho bíblico, e tomemos, cada UM, nossa própria cruz e O sigamos, em
disposição e generosidade.
E nos apresentemos ao Pai, não apenas com nossos corpos, como sacrifícios vivos e
agradáveis, mas com corações cheios de grata felicidade pela felicidade com que o Filho, focado
no alvo a ser atingido e não nos percalços a serem enfrentados, materializou o ensino.
Em alguns breves momentos, conseguiremos vislumbrar, mesmo de relance, a grandeza do
gesto de Cristo, e olhar o perdido com a mesma perspectiva com que alguém nos olhou, no
passado, e, sensibilizado pelo sofrimento da cruz, nos estendeu uma palavra de vida... eterna!
Feliz em compartilhar, de graça, o que, de graça, havia recebido!
Assim como o Mestre mesmo fez com relação à mulher samaritana, no capítulo 4, do
Evangelho de João:
“Então Jesus declarou: 'Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você'.' (26)
Preste atenção na alegria de Jesus, ao Se revelar à mulher. Foi como se Ele gritasse
alegremente: “Não precisa procurar mais, porque este sou Eu, que estou aqui falando com você!”
E a alegria dos samaritanos, ao discernirem, em seus corações, que haviam encontrado,
mesmo sendo estrangeiros, o Messias que os judeus anunciavam que viria para salvar só a eles?!
“E disseram à mulher: 'Agora cremos não somente por causa do que você disse, pois nós
mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador do mundo'.” (42)
A felicidade é contagiante, meu amado irmão (minha amada irmã). Basta uma pessoa, em um
grupo, começar a rir e, logo, logo, todo mundo ou, pelo menos a grande maioria, vai estar rindo
também.
Às vezes a gente nem sabe direito porque está rindo, mas, não importa, a sensação que a
alegria proporciona é tão grande que o motivo é o que menos interessa. O bom mesmo é rir até
não acabar mais!
Agora pare um pouquinho e pense na felicidade que você já proporcionou a alguém, que,
depois de ter contato com o Evangelho, por seu intermédio, experimentou a alegria de um
encontro pessoal com Cristo.
Assim como aconteceu com Saulo, no caminho de Damasco. Aquele encontro com Jesus
deixou Saulo tão feliz que não mudou apenas a sua forma de pensar. Mudou a sua forma de
valorizar a vida.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida
que agora vivo no corpo vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
(Gálatas 2.20)
ANOTAÇÕES
Pronto. Acabou! Ou vai começar tudo de novo! Hoje fechamos essa série de 42 devocionais,
que, a cada dia, vimos estudando, no embalo das seis lições que recebemos de Deus, através do
púlpito desta igreja.
Temos uma proposta pra você, meu amado (minha amada), a nível de sugestão. Releia tudo
de novo, como se fosse um livro e não como um programa de devocionais diários.
Qual a diferença? É que lendo um livro, temos a oportunidade de relaxar, buscando na leitura o
prazer de pensamentos agradáveis e não uma rotina obrigatória. Isso nos deixa mais à vontade
para o deleite de uma boa leitura e não o compromisso de um estudo.
A cada passo, sublinhe os trechos, bíblicos e literários, que mais lhe chamarem a atenção e, ao
final de tudo, repasse esses trechos para um caderno, agenda ou coisa do tipo.
Esse exercício tanto ajuda na memorização dos trechos escolhidos como, igualmente, renova,
na mente, os detalhes você sentiu vontade de guardar, mas, por algum motivo, deixou passar.
De tudo, a mensagem mais importante que você deve internalizar é a fonte de inspiração de
todo esse movimento que vivenciamos, nestas últimas semanas, em nossa Igreja: o Espírito
Santo de Deus.
Essa mesma fonte é responsável pela disposição do coração de cada pessoa envolvida no
trabalho que você tem em suas mãos e de onde, esperamos, tenha extraído cada mensagem que
Deus já lhe havia destinado, mesmo antes que nos debruçássemos sobre as Escrituras em busca
da inspiração divina.
Poderíamos considerar isso tudo o mover de Deus, a fim de nos tornar, UM a UM, mais
semelhantes a Jesus. E, por consequência, alcançar ALGUNS e, desses, alcançar a MUITOS.
“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do
Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (…) Todos recebemos da sua plenitude,
graça sobre graça.” (João 1.14,16)
No mesmo sentimento que vimos caminhando até esse ponto, reflita conosco sobre o peso, na
eternidade, da declaração do apóstolo João, no trecho bíblico que transcrevemos acima.
Sublinhe todos, plenitude e graça. Agora, releia, bem devagar, o texto do versículo 14 “Aquele
que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito
vindo do Pai, cheio de graça e de verdade”.
Para finalizar, reescreva tudo, com suas palavras, usando apenas os trechos que mais
impactaram o seu coração.
Por exemplo: “A glória do Unigênito do Pai, cheio de graça, recebemos, todos, na sua
plenitude”.
O que quisemos, com esse exercício, foi ajudar você a extrair das Escrituras os trechos de
cada passagem que mais falam ao seu coração.
A frase com que exemplificamos é apenas um modelo, não deve ser copiada. A sua frase deve
ser guiada pelo Espírito, de acordo com o que o Senhor está querendo que você aprenda, nesse
último devocional, sobre a generosidade dEle para com você.
Jesus, completamente homem, mas, ao mesmo tempo, completamente Deus, se doou por
inteiro, conforme registra o texto de João. Ele abriu mão, generosamente, de Sua divindade,
descarregando-a em Seu corpo humano, de modo que, mesmo em nossa limitada capacidade,
pudéssemos nos tornar o mais semelhante possível à Sua pessoa!
Olhando sob esse prisma, meu amado irmão (minha amada irmã), podemos nos sentir capazes
de, semelhantemente ao que fez o Mestre, nos mover na direção das pessoas, a fim de que
possam, através de nossas ações piedosas, enxergar Cristo, conforme temos o privilégio de
conhecer.
“E eles também darão glória a Deus pela oferta generosa que vocês estão dando a eles e a
todos os outros.” (2ª Coríntios 9.13 – NTLH)
Paulo está se referindo à generosidade que a Igreja de Corinto estava deixando transparecer,
em suas ações de serviço, espelhando o caráter de Cristo a todos àqueles que a rodeavam.
Assim como temos tentado fazer, nas várias frentes de serviço social que temos implementado
em nossa comunidade.
Não apenas em nossa cidade, mas até mesmo no interior do Estado, membros da nossa Igreja
estão se doando, generosamente, como fez Jesus nas áridas terras da Palestina.
Caminhando entre a multidão, o Filho de Deus deixava pelo caminho pedacinhos de Sua
Pessoa maravilhosamente generosa, como aconteceu com a mulher do fluxo de sangue, a qual
nem precisou que Ele a encarasse de frente.
Mesmo às Suas costas, e apenas e tão somente tocando a ponta da túnica, ela sugou dEle
tanto poder que o fez virar-se para ver quem O havia tocado.
Ou seja, a sensibilidade de Jesus era acentuada a ponto de transbordar de Seu coração,
alcançando toda pessoa que a Ele se achegasse.
Nossa oração a Deus, nas últimas linhas desse devocional é que o Senhor toque a nós e a
você de uma forma tão poderosa, que, a partir de hoje sejamos generosos o bastante para que
todos à nossa volta possam exclamar admirados:
– Tamanha generosidade só pode vir da pessoa de Jesus Cristo!
ANOTAÇÕES
Quero parabenizá-lo por completar a jornada de leitura diária. Foram 6 semanas intensas e
cheias de muitas descobertas. Imagino o quanto você deve ter sido desafiado pelas verdades que
leu, ouviu e viveu durante nossa Campanha JUNTOS PARA QUE MUITOS CREIAM.
Tudo o que aprendemos e experimentamos durante a Campanha é maior do que ela
mesma. Portanto, desafio você a perseverar na continuidade da prática dos valores e princípios
que foram apresentados e ministrados durante a campanha.
Mantenha a unidade e dedique-se à vida em comunidade através do seu Pequeno Grupo.
Nossa comunhão vai continuar influenciando nossa sociedade e revolucionando nossa cultura. O
Reino de Deus progride na medida em que formos UM. Muitos vão crer por ver Jesus sendo
representado por você e pelo seu Grupo onde quer que estejam.
Juntos seremos a manifestação visível do Corpo de Cristo.
A Campanha terminou, mas a vida em comunidade continua. Cada discípulo discipulando
e sendo discipulado. Esse é o movimento do Reino. Esse é o movimento de uma Igreja de
Pequenos Grupos.
Armando Bispo