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FONÉTICA E FONOLOGIA:

INTRODUÇÃO

Prof. Dr.Nailton Matos


FONÉTICA
Estudo dos sons da fala
 O que estuda a Fonética?
 Por que falamos em Fonética
Experimental?
 Áreas de estudo:
 Articulatória
 Acústica
 Perceptiva
FONÉTICA ARTICULATÓRIA

A fonética articulatória estuda o


modo como todos os componentes
do aparelho fonador se conjugam
para produzir um som.
FONÉTICA ACÚSTUCA
 A voz aparece fisicamente como uma
variação de pressão do ar causada pelo
sistema articulatório.
 A Fonética acústica estuda este sinal
 Transformando-o, geralmente, primeiro para
um sinal elétrico.
 Atualmente, o sinal é digitalizado, sendo
depois submetido a um conjunto de
tratamentos que têm por objetivo evidenciar
os chamados traços acústicos: frequência
fundamental, energia e duração.
 Estudo das relações entre a estrutura acústica e os sons
da fala codificados na onda sonora
 Relação entre as “pistas” acústicas presentes na
onda sonora e os traços fonéticos dos sons

 No exemplo, as características acústicas como as


transições, a oclusão ou a explosão fornecem informação
sobre a classe da consoante
 A Fonética Acústica utiliza o método experimental
FONÉTICA PERCEPTIVA

Descreve o modo como as ondas sonoras, elementos


acústicos objetivos, são interpretados, percepcionados,
de forma subjetiva..

- pelo sistema composto pelo aparelho auditivo e


sistema nervoso (central).

Na origem da percepção estão as modificações operadas sobre a


onda sonora, pelo aparelho auditivo.
OBJETIVOS DA FONÉTICA

 Propor modelos de descrição da


capacidade da fala humana;
 Identificar, descrever, definir cada uma
das unidades fônicas;
 Estudar o modo como se articulam na
fala;
 Representar por um símbolo cada um dos
sons descritos.
FONÉTICA: ÁREAS DE
APLICAÇÃO
 Investigação Fundamental - Descrição das
Línguas Naturais, no decorrer da sua evolução ou
no seu estado atual
 Ensino das Línguas – Materna e/ou Estrangeira
 Terapia de Fala
 Síntese de voz
 Reconhecimento de voz
 Fonética Forense
PRODUZIR VOZ
 FALAR
 Produzir Voz/Falar é o meio de
comunicação exclusivo dos seres
humanos
FONÉTICA ARTICULATÓRIA

Mecanismos de produção
(de vogais e consoantes)

Descrição dos sons do


Português
O APARELHO FONADOR
Órgãos do aparelho fonador:
“CORDAS” VOCAIS

 A laringe é constituída por 5 cartilagens


principais ligadas entre si por diversos músculos
e ligamentos
 cartilagens: epiglote, tiróide, cricóide e 2
aritenóides
 A laringe pode efetuar movimentos ascendentes
e descendentes, alterando volume e pressão
acima
 a laringe abriga as cordas vocais, duas
membranas
 o espaço entre elas chama-se glote
AS CAVIDADES SUPRA GLOTAIS

 Modulam o fluxo de ar vindo da laringe, dando-


lhe timbres particulares diferenciando-os
 De entre elas distinguem-se:
 A cavidade faríngea

 A cavidade bucal

 A cavidade nasal - de forma e volume

“fixos”
ARTICULADORES
Para a produção dos sons, os órgãos do
sistema articulatório se dividem em
passivos e ativos. Os articuladores ativos
são os que se movimentam em direção ao
passivo: lábio inferior, língua, véu palatino
e cordas vocais. Os articuladores
passivos são: lábio superior, dentes
incisivos superiores, alvéolo, palato duro,
véu palatino e úvula.
PONTOS DE ARTICULAÇÃO
 Os pontos de articulação determinam os
traços articulatórios dos sons da fala:
 Lábio superior
 Dentes
 Alvéolos
 Palato (duro)
 Véu palatino (palato mole ou velum)
 úvula
CLASSIFICAÇÃO DOS SONS DO
PORTUGUÊS
 PONTOS DE ARTICULAÇÃO
 (região do trato vocal onde há maior constrição imposta pelos
articuladores no canal bucal)
 MODO DE ARTICULAÇÃO
 (modo de passagem do ar pelo trato vocal – fechamento
completo dos articuladores/ obstrução parcial)
 PRESENÇA/ AUSÊNCIA de VOZEAMENTO
 (vibração ou não das cordas vocais)
 PRESENÇA/ AUSÊNCIA de NASALIDADE
 (intervenção ou não de ressoadores nasais)
VOGAIS E CONSOANTES
 É nas cavidades supra-laríngeas que se opera a
divisão entre consoantes e vogais
 As consoantes são realizadas com um obstáculo
total (as oclusivas) ou parcial (as fricativas, laterais e
vibrantes) ao fluxo de ar vindo da laringe – com ou
sem vibração das cordas vocais
 As vogais e glides são realizadas sem qualquer
obstáculo à passagem do ar no canal bucal –
realizadas sempre com a vibração das cordas vocais
CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO
DAS CONSOANTES
 São descritas e classificadas em função de:
 modo de articulação

 que especifica a natureza da obstrução


 oclusivas - obstrução total
 nasais - oclusão apenas da passagem oral
 fricativas
 laterais
 vibrantes - vibração de um articulador
 ponto de articulação
 que determina o lugar onde a obstrução acontece
 exemplos: bilabial, uvular
 ORAIS/NASAIS
 VOZEADAS/NÃO VOZEADAS (DESVOZEADAS)
TABELA DE CONSOANTES
/
Papel das cavidades bucal e nasal Orais Nasais

Modo de Articulação Oclusivas Constritivas .

. . Fricativas Laterais Vibrantes .

. . . . Simples Múltiplas .

Surda Sonoras Sonoras Sonoras Sonoras Sonoras Sonoras Sonora

Ponto de articulação Bilabiais /p/ /b/ . . . . . /m/

. Labiodentais . . /f/ /v/ . . . .

. Linguodentais /t/ /d/ . . . . . /n/

. Alveolares . . /s/ /z/ /l/ /ɾ/ . .

. Palatais . . /∫/ /ʒ / /ʎ/ . . /ŋ/

. Velares /k/ /g/ . . . . / (R) .


CRITÉRIOS PARA
CLASSIFICAÇÃO DA VOGAIS
1 . lugar ou zona de articulação
anteriores, centrais, posteriores
2. grau de abertura
abertas, semi-abertas, semi-fechadas, fechadas
3. Altura da língua
baixas, médias, altas
 nasalidade

orais e nasais
 labialização

arredondadas ou não
Todas as vogais são vozeadas
QUADRO DAS VOGAIS ORAIS

BIBLIOGRAFIA
SIMÕES, Darcilia. Considerações sobre a fala e a
escrita. Fonologia em nova chave. São Paulo:
Parábola, 2006.

SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do


português: roteiro de estudos e guia de
exercícios. 4a. ed. São Paulo: Contexto, 2000.

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