You are on page 1of 11

Manejos Clínicos, outros destinos e

caminhos já trilhados de libertação


ou do que se fala em uma análise
Masoquismo em mulheres e
outras histórias inventadas
uma relação de interioridade
(os rumos da discussão apontam a magnitude do problema)
a dimensão moralista do masoquismo moral
o problema da culpa está sempre implicado no masoquismo
Sobre dor, desejo e prazeres
Alice Walker: “Se você mentir a si mesma sobre sua própria dor, você será morta por aqueles que irão afirmar
que você gostou”.

Ao que desdobro:

“Se você mentir a si mesma sobre seus próprios desejos, você será morta por aqueles que irão afirmar que você
será sempre uma vítima.”

Se você mentir a si mesma sobre seus próprios prazeres e seu próprio deleite, você será morta por aqueles que
irão afirmar que você será para sempre uma mulher morta.”

(a provocação subversiva da ideia de um gozo vivificante das mulheres, que tem relação com o riso, com a
partilha, com a amorosidade)
O riso da Medusa - Hélène Cixous (1975) Bazar do tempo, 2022
Bastava, reza a lenda, que Medusa mostrasse todas as suas línguas para que os homens
saíssem correndo: eles confundiam essas línguas com serpentes. Precisava vê-los fugir,
tapando os ouvidos, com as pernas e também outras partes do corpo bambas,
ofegantes, já sentido a mordida. Eu até achava essa cena engraçada. Porém, mais tarde,
o Homem voltava de costas e, de um golpe forte, com sua espada ereta, sem nem
mesmo olhar o que fazia, cortava a cabeça dessa infeliz. Fim do mito.

No final, cansei-me dessas decapitações.

(p. 27)
Os arranjos da vida: amores possíveis no feminismo

Do problema econômico do masoquismo ao


masoquismo como posição subjetiva
Deslendo Ferenczi: Masoquismo, Trauma, Amparo e o Problema da
Responsabilização

O corpo falante e a responsabilização pelo dito


(Maria Letícia Reis)
Masoquismo e a questão do amparo:
: ser tratado como uma criança
: fazer consistir o Outro (como poder)
: paradoxos do amparo - a noção de apoio
: a mulher como sintoma do homem : quem precisa falar o que quer é a própria mulher
os problemas e paradoxos do manejo em Ferenczi
Caso Sacha Nacht
o masoquismo como busca pelo sofrimento
desfazendo o “paradoxo” do masoquismo
da pulsão de morte à repetição e ao automatismo de repetição - significante
A destruição como origem do devir
O conceito freudiano de pulsão de morte recalcou o conceito
spielreiniano de destrutividade (Renata Cromberg, p. 10)

destrutividade como movimento

Freud:
Deleuze - êxtase frio e o cruel

Estética suspensiva, fria e cruel (a pele está no outro)

Lógica sacrificial e religiosa

Lógica da servidão

Êxtase no sofrimento

Eu como o objeto - Gozo do Outro

Masoquismo como saída perversa para a neurose (Calligaris e Birman) pela via da
busca por um amparo e negação dos riscos
Gradiva, a mulher que avança
Gradiva congelada no Vaticano

E se Gradiva fosse escrito por uma


mulher?
uma fantasia pompeiana

Retomada de uma destrutividade


diferencial
(ódio, raiva, agressividade diferencial)
Deleuze: denegação e estética masoquista
Talvez se deva compreender a denegação como ponto de partida de uma operação que não
consiste em negar, nem mesmo destruir, mas sobretudo, em contestar a afirmação do que é,
em afetar o que é com uma espécie de suspensão e neutralidade capazes de nos abrir, para
além do que é dado, uma nova perspectiva não dada. O melhor exemplo dado por Freud é o
fetichismo: o fetiche é a imagem ou o substituto de um falo feminino, quer dizer, um meio
pelo qual se denega que à mulher lhe falta o pênis. (...)
O fetiche, então, de forma alguma seria um símbolo, mas algo como um plano fixo e estático,
uma imagem parada, uma fotografia, que se volta para conjurar as consequências importunas
do movimento, as descobertas importunas de determinada exploração.
O fetichismo, assim definido pelo processo de denegação e de suspense, é parte essencial do
masoquismo.

You might also like