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Sam Crescent - The Skulls 03 - Nash
Sam Crescent - The Skulls 03 - Nash
Sam Crescent
#3 Nash
~2~
SINOPSE
Sophia nunca percebeu a proteção que recebia dos Skulls até que
foi atacada. Lash a salvou, mas lhe deu um ultimato. Ela ajuda a salvar
seu irmão, ou não está mais sob a proteção dos Skulls.
~3~
A SÉRIE
Sam Crescent
~4~
Prólogo
~5~
— Quando os outros irão chegar aqui? — Snitch não estava mais
interessado na puta. Nos últimos vinte anos ele esteve esperando para
conseguir sua cidade de volta, e ele estava tão perto que podia sentir o
gosto.
— Não.
— Isso vai funcionar. Rupert era uma ponta solta. Nós vamos
conseguir o que sempre quisemos, e você vai rir nesse momento. —
Snitch acendeu outro cigarro e olhou o relógio. Os sons de gemidos
estavam o deixando louco. Ele não estava no clima pra essa merda. A
única coisa que ele queria era acabar com os malditos Skulls do caralho
e retomar o controle da cidade que ele tinha possuído uma vez.
~6~
pequena cidade. Em seguida, suas memórias concentraram-se em Tiny,
e a raiva voltou. Ele iria usar qualquer coisa para conquistar a cidade.
— Os policiais não mexem com eles. Eles não são nada mais do
que civis com crachás. Eles fodem com tudo. — Scars apontou para os
homens, nenhum dos quais Snitch reconhecia. — A segurança deles é
fraca. Eles estão reconstruindo tudo desde que os traficantes tentaram
assumir a cidade.
Scars explicou tudo o que Snitch já sabia. O dano que tinha sido
feito aos Skulls era lendário. A maioria dos grupos MC nas imediações
tinha ouvido falar sobre isso.
— Por que nós achamos que isso vai funcionar quando outro
clube, os Lions, tentou derrubar Tiny e não conseguiu, e logo depois
traficantes tentaram e falharam também? Os Skulls são intocáveis.
~7~
— Nós pegaremos suas mulheres? — Scars perguntou.
— Eles não vão ser um problema, porque não estão por perto. Da
última vez que eu ouvi, eles estavam rastreando uma prostituta, —
disse Snitch. Ele sempre mantinha um olho nos clubes das imediações.
~8~
Capítulo Um
~9~
esmagá-lo. Nada iria estragar sua viagem. Não é de admirar que Kate
amasse as drogas. Ele via seu atrativo.
Rindo, Nash deixou sua mão cair ao chão. Ele ficou pendurado
para fora da beirada da sua cama, olhando para tudo estranhamente.
Pensar em Kate lhe que trazia de volta memórias de Sophia, não
importava quantas vezes ele tentasse esquecer ela, e esse lançamento
desabava em torno dele. A única mulher que ele queria mais do que
tudo, e não poderia tê-la por causa do seu relacionamento com a puta
da sua irmã.
1 Referência ao livro 1984, que George Orwell, que também inspirou o programa de
televisão. Trata-se do “grande irmão”, ou “big brother”, um sistema que vigiava todos
os habitantes de um lugar e sabia tudo que eles estavam fazendo.
~ 10 ~
— Ele está drogado, porra. — Lash puxou-a para dento do quarto,
batendo a porta atrás de si.
— Você tem que ajudar ele. — Angel era tão doce quanto a sua
voz. O que as mulheres inocentes tinham que agradavam tanto os
Skulls? Nash estava começando a odiar toda essa inocência em torno
do clube. Eles precisavam encontrar mulheres excêntricas, que
gostavam de ser amarradas e espancadas. Então ele teria um tempo
muito melhor com tudo. Rolando, ele acabou de bunda no chão, rindo.
— Ele está realmente mal.
Uma vez que ele estava nu, Angel levou a roupa suja para longe.
Ele ficou surpreso por Lash ter deixado Angel ver a sua bunda. Da
última vez que ele tinha checado, seu irmão estava do lado
extremamente possessivo.
~ 11 ~
Do que você está tentando escapar? Sua vida não é o problema.
Usar drogas é a porra do problema.
Seu rosto foi agarrado com força. Ele abriu os olhos, vendo Lash o
olhando irritado. Nash não conseguia se lembrar de uma época em que
Lash tinha estado com tanta raiva assim ou, pelo menos, quando essa
raiva tinha sido dirigida a ele.
— Você não vai fugir dessa merda fácil assim. Quando você
começou a usar essa porra? — perguntou Lash.
Com o canto do olho, ele viu Lash falar com Angel, e então beijá-
la nos lábios antes de se voltar para ele. O som da porta do quarto
sendo batida ecoou no banheiro.
Nash congelou sob a água e não disse uma palavra. Ele pensou
que tinha apagado seus rastros. Procurar drogas em Fort Wills era
perigoso e estúpido. Tiny sabia tudo o que acontecia dentro de sua
cidade. Se você arrumava confusão com Tiny, mexia com todos os
Skulls. Nash só queria um estimulante.
2Quem faz o trabalho braçal, que exige força e bom condicionamento físico, porque
envolve matar e espancar pessoas.
~ 12 ~
Lash parou, afastando-se. — Alex vai ficar furioso com isso. Você fodeu
o próximo carregamento, porque agora temos que ser discretos.
Inimigos são criados por não negociar pechinchas, seu idiota.
Nash ouviu tudo o que Lash disse sentindo seu estômago revirar.
— Tiny esta puto e pronto para a briga, e quando ele vier para
você, é melhor ter cuidado, — disse Lash.
Lash se virou para sair. Formando punhos com as mãos aos seus
lados, Nash se impediu de pedir ajuda.
Ele não tinha um problema, e de jeito nenhum ele iria deixar seu
irmão convencê-lo a pensar que ele tinha um.
~ 13 ~
alimento estavam começando a ficar visíveis. Sua pele estava pálida e
possuía um brilho nada saudável.
Porra, ele parecia fodido, nada como o homem que ele tinha sido
alguns meses atrás.
Nash tinha muito respeito por Hardy. Ele odiou o olhar de repulsa
do outro homem. Nash ficou chocado com a olhar que seu irmão e
agora Hardy lhe deram.
~ 14 ~
Com essas palavras de despedida, Hardy o deixou. Parado no
clube vazio, Nash olhou para foto de Mikey. O motoqueiro mais velho
havia sido morto há quatro meses por um de seus inimigos. Fazia muito
pouco tempo que o velho tinha morrido, mas parecia muito mais. Nash
sentia falta dele. Mikey era o cara que sabia lidar com tudo. Tiny era o
líder, o cara no comando, mas Mikey tinha sido a voz da razão. Nash
estava usando drogas há mais de dois meses. O fato de que ele ainda
não tinha sido pego o chocou. Tiny realmente devia estar muito
distraído com a reconstrução do clube, o casamento de Tate e tudo o
mais para cuidar de suas vidas. A sorte de Nash acabaria mais cedo ou
mais tarde. Ele sabia isso com a sua alma.
*****
Sophia Wright olhou para a caixa à sua frente. Desde que seu
senhorio tinha reclamado sobre o aluguel, ela não teve outra escolha
além de conseguir outro emprego na fábrica de caixas. Entre seu
emprego como garçonete e esse na fábrica, ela estava ganhando o
suficiente para pagar suas contas. Se nada acontecesse em sua vida,
como ficar doente ou, bem, ter de fato uma vida, ela ficaria bem.
Quando ela soube que Edward Myers, ou Nash, como ele era conhecido
pela a maioria das pessoas, que pagava o seu aluguel e então, de
repente, ele tinha parado de fazer isso, ela ficou chocada, e depois,
magoada. Ele fez ela se mudar para um lugar que Sophia não podia
pagar, mas ela o adorava.
~ 15 ~
Ela não parava de se dizer a mesma coisa uma e outra vez. Com
tudo o que aconteceu em sua vida nos últimos meses, ela tinha
abandonado a faculdade. Seu coração não estava mesmo pronto para os
estudos. Depois que ela saiu, jogou todos os seus livros no lixo. Não
havia necessidade de tentar melhorar de vida. Fort Wills não estava
cuspindo ofertas de trabalho. A cidade era controlada por motoqueiros,
e só isso já fazia ser difícil encontrar um emprego. Para ela era mais
difícil por causa de sua irmã, Kate, que tinha uma reputação que
muitos acreditavam que era compartilhada por Sophia.
Muitas das mulheres com quem ela tinha crescido queriam ser
old ladies ou prostitutas do clube MC. Quando Kate, sua falecida irmã,
trouxe para casa um Skull, Sophia ficou chocada. Edward, ou Nash,
como era mais conhecido, não era nada como os motoqueiros que ela
tinha imaginado. Ele foi doce, atencioso e o oposto total da imagem de
um motoqueiro que ela tinha em mente. Sempre que estavam juntos,
ele tinha sido tão legal, e nenhuma vez fez qualquer comentário sobre o
seu corpo plus size3. Na verdade, ela começou a se perguntar o que ele
tinha visto em sua irmã.
Seu chefe veio direto e parou atrás dela. Ela não fez um som e
continuou trabalhando como se ele não estivesse ali. — Você precisa
manter esse ritmo o tempo, se você quiser manter este trabalho.
Ele ameaçava demiti-la todos os dias. No início ela teve medo que
ele a mandasse embora, e era por isso que aguentava toda a sua merda.
Depois ela o acusou de assédio sexual, e ele jogou Kate na sua cara.
Quem iria acreditar nela quando todos sabiam como Kate era? Ela não
sabia por que algumas pessoas a julgariam pelas ações de Kate, mas
era uma cidade pequena, e ela sabia o que aquilo significava. Sua vida
tinha realmente tinha virado uma bosta desde a morte de sua irmã e
dela ter chutado Nash para longe.
3Para os padrões dos EUA, uma mulher mais curvilínea já é chamada de “plus size”,
ou seja, seria o nosso “tamanho grande ou extragrande”. Na verdade ela deve ser uma
garota normal, que não beira a anorexia.
~ 16 ~
Lute.
Nas ultimas semanas ela tinha sido parada por muitas pessoas
que tinham a intenção de falar com ela ou dizer algo horrível sobre sua
irmã.
~ 17 ~
— O que você quer? — ela perguntou, ficando mais irritada a
cada segundo por ter sido encurralada em um canto.
Sua respiração era rançosa. Ela gritou quando a mão dele cobriu
a sua boca, abafando o barulho. Ninguém podia ouvi-la, e sua outra
mão estava descendo pelo seu corpo.
Tão de repente como ele tinha a prendido, ela estava livre. Qual
era a desses caras? Eles tinham vindo para Fort Wills a pouco mais de
um mês. Eles eram vistos na fábrica, mas nunca pela cidade. Algum
dos Skulls os conhecia? Sophia amaldiçoou sua falta de conhecimento.
Ela nem sabia o que estava acontecendo em sua própria cidade.
~ 18 ~
Aí estava sua resposta. Os Skulls não os conheciam. Sophia
olhou para cima esperando ver Edward. No entanto, seu irmão, Nigel,
estava em seu lugar. O corte de sua jaqueta de couro mostrava o
emblema dos Skulls claramente. Ela respirou fundo, amando o fato de
poder relaxar. Os Skulls sempre faziam com que ela se sentisse segura.
Ele se virou para ela carrancudo. — Você tem visto Nash, — ele
perguntou.
— Tem certeza?
~ 19 ~
Ela assentiu com a cabeça, engolindo através do pânico. Merda,
ela tinha acabado de ser ameaçada e nem ao menos tinha visto Nash
em bastante tempo.
Não os chame pelos nomes reais. Eles não são Edward e Nigel.
Eles são Nash e Lash.
E eu o mandei embora.
Respirando fundo, ela pegou suas chaves e olhou para cima. Ela
parou quando viu Nash encostado em sua moto.
Esta era a primeira vez que ela o via desde que o expulsou do seu
apartamento naquele dia. Ele parecia mais magro, e seus cabelos
escuros estavam oleosos.
~ 20 ~
Capítulo Dois
Suas mãos tremiam. Ele tinha tomado três doses de uísque antes
de sair para vê-la. Tendo a chance de estar com ela, Nash estava se
debatendo sobre sua decisão de ter bebido. Ele também pensava que
Lash tinha estado aqui minutos atrás, mas não tinha certeza.
— Sim, eu estou bem. Senti sua falta e quis ver como você está
indo. — Ele foi à faculdade e não a encontrou por lá.
Ele viu quando ela olhou para além do seu ombro. — Já faz muito
tempo desde que eu te vi pela última vez. Eu não gosto de não te ver.
~ 21 ~
— Eu sei, eu sinto muito. Eu não deveria ter dito aquelas coisas.
Então, como você tem passado?
— O quê?
Uma máscara caiu sobre o rosto dela. Suas mãos pousaram nos
quadris. — Não, você não tem. Eu não posso acreditar que você esteve
pagando pelo meu apartamento. — Ela parou de falar e ele a viu fechar
os olhos.
Ele já tinha visto ela faz fazer isso várias vezes, enquanto estava
com Kate. Quando ele perguntou o porquê disso, Kate lhe disse que
Sophia tinha problemas para controlar a raiva. Nash não acreditou
nisso. Desde que a conheceu, Nash nunca viu Sophia perder a cabeça.
Quando ela usou seu nome, Nash fez uma careta. Ela sempre o
chamava pelo seu nome de batismo. — Não se trata da porra do
dinheiro, Sophia. Eu estava te ajudando.
— Por quê? Você não me deve nada. Não devemos nada um para
o outro. Você estava com Kate, e agora ela está morta. — Ela passou
por ele, encerrando a conversa.
~ 22 ~
Sophia abriu a porta de seu apartamento e entrou. Ela tentou
fechar a porta na cara dele, mas ele não deixou. Nash foi mais forte do
que ela e usou sua força para abrir espaço, determinado a obter
respostas.
— Kate sabia as regras. Além disso, ela era uma cadela total com
você. Com toda certeza de merda ela não dava a mínima para você. —
Ele chegou mais perto, querendo, não, precisando tocá-la.
— Não importa o que havia entre Kate e eu. Nós éramos irmãs.
— Por quê?
— Não, você queria muito mais do que amizade. Minha irmã foi
embora e você já estava procurando a próxima garota.
Ele sentiu sua raiva crescer com acusações dela. — Isso não foi o
que aconteceu, e você sabe disso, — disse ele, rosnando.
Nash ficou sem palavras com o que estava vendo. Sophia era
sempre tranquila em torno dele. A mulher à sua frente não era doce ou
iluminada. Havia um tom escuro sobre ela que ele não conseguia
descrever ou entender. O que ele estava perdendo?
~ 23 ~
— Nada. Você está aqui tentando obter respostas. Eu quero que
você responda a minha pergunta. — Sua voz se levantou, ela estava
gritando com ele.
— Quê?
Nash pôs tudo para fora, sem deixar nada pendente entre eles.
Ela parecia um pouco pálida após a sua explosão. Por muito tempo ele
manteve seus sentimentos escondidos, mas não ia deixar que Sophia os
confundisse novamente.
— Você usou minha irmã para chegar até mim? — Ele acenou
com a cabeça. — Por quê?
Ele deu um passo mais perto e ela deu um passo para trás. Nash
a perseguiu até que ela estava presa contra o balcão da cozinha.
Colocando as mãos sobre o balcão, em cada lado dela, ele se inclinou
mais perto. — Você me faz doer, Sophia. Quando eu olho para você,
~ 24 ~
quero te fazer minha o tempo todo. Só posso pensar em você. Eu te
quero demais.
Ele ficou tenso. Essas palavras eram a última coisa que ele
esperava que ela dissesse. — Como é?
— Eu não sei do que você está falando. — Ele não olhou em seus
olhos. No momento em que ele cedesse e olhasse nos olhos dela, tudo
estaria acabado.
Levantando o olhar, ele viu a acusação nos olhos dela. Era demais
para ele.
— Você ficou bem sem mim nestes últimos meses. Tenho certeza
que você pode lidar com toda essa porcaria sem mim.
Nash ficou olhando para a porta aberta. Ela estava olhando para
o chão.
~ 25 ~
— Como assim? — ela olhou para cima, finalmente encontrando
seus olhos.
— Não. Eu não quero ter nada a ver com isso. Nós estamos
acabados.
— Sophia, abra a porta, — disse ele. Nash esperou ate que ela
dissesse alguma coisa.
~ 26 ~
*****
Não havia mais nada que ela pudesse fazer para ajudar Nash.
Kate tinha estado chapada na última parte da sua vida, e ela não ia
lidar com drogas novamente.
~ 27 ~
Levantando-se do chão, ela se dirigiu ao banheiro. Depois de um
banho rápido, ela entrou em seu uniforme de garçonete e acrescentou
um par de meias-calças para cobrir as pernas. Ela não gostava de
mostrar muita pele.
Essa ia ser uma noite longa. Entrando pelo lado, ela pendurou o
casaco e a bolsa. Jackie, a proprietária, estava falando sozinha
enquanto fazia palavras cruzadas no jornal.
— Não, está tudo bem. — Não havia nada esperando por ela em
casa.
Jackie começou a rir. — Querida, você não chuta para fora a lei
nesta cidade.
~ 28 ~
Prendendo o avental ao redor de sua cintura, Sophia caminhou
para fora. Molly e as outras mulheres que trabalhavam no restaurante
estavam balançando a cabeça.
— Eu não vou servi-los. Você pode ir lá. Sua irmã era próxima
deles. Eu não quero ter nada a ver com eles. — Molly saiu e a deixou
sozinha.
— Você vai dificultar as coisas para mim? — Tate falou mais alto
para ganhar sua atenção.
Ela olhou para a bela mulher loira, que estava ficando em um tom
de vermelho escuro. Os homens na outra mesa gritaram.
— Lash irá se juntar a nós em breve. Ele está lidando com alguns
problemas do clube, — disse Angel. Sua voz saiu baixa.
— Eu não posso acreditar que você não exigiu saber mais sobre o
que ele está fazendo, — disse Tate.
~ 29 ~
Sophia anotou todos os pedidos e os leu de volta. Quando ela
começou a se afastar, Eva agarrou sua mão. — Como você está,
querida? Você não foi mais ao clube.
— Que besteira. Não é Nash que decide o que você faz ou aonde
vai. Você será sempre bem-vinda no clube, até onde me concerne.
Todos sabiam que ela não aceitaria nenhuma das ofertas. Ela
preferia ficar sozinha a ter que lidar com os motoqueiros diariamente.
~ 30 ~
nenhum ela queria ver o lado ruim de Lash. Ela não queria ver o seu
lado bom ou o ruim. Sophia sabia que ele amava seu irmão e faria tudo
para proteger Nash.
— Você está errada. Nash quer que você, e ele esta encontrando
consolo nas drogas.
Nash com prazer teria sido o único homem em sua vida a lhe dizer
palavras de amor, e você o mandou embora.
~ 31 ~
Seu coração estava disparado. Isso ia acabar mal. Ela tinha
certeza disso.
— Nash!
— Você não é nada como sua irmã, e você sabe disso. Ignore-o.
Ele vai se arrepender disso amanhã.
Ela assentiu com a cabeça e voltou para fora. O resto dos Skulls
tentou impedi-lo de dizer qualquer outra coisa para ela. Ela se fechou
para Nash. Sophia engoliu os comentários e continuou trabalhando. De
vez em quando ela sentia que as lágrimas estavam perto da superfície.
*****
~ 32 ~
— Ele está fora dos trilhos. Eu nunca tinha visto ele assim, —
disse Lash. Depois de tudo o que tinha visto naquele dia, ele sabia que
era apenas uma questão de tempo antes que Tiny tirasse tudo de Nash.
— Você não pode fazer tudo pelo seu irmão. Nash precisa se
ajudar também.
Esta foi a primeira vez que ele falou com ela sobre os negócios do
clube. Nash era seu irmão, mas sua dependência por drogas iria se
transformar em um problema para todos.
— Eu sei. Eu estou com mais medo é do que Tiny vai fazer. Ele
odeia drogas, e vendo Nash desse jeito, ele vai arrancar a cabeça dele
fora. Meu irmão está estragando tudo que Tiny tentou proteger. Drogas
ficam fora de Fort Wills. — Lash passou os dedos pelo cabelo, tentando
clarear seus pensamentos. Eles lidavam e comercializavam negócios de
drogas, mas Tiny deixava claro que nada daquilo era para ser usado por
eles.
~ 33 ~
Capítulo Três
— Hey, fodido, não olhe para o meu irmão. Eu quero uma cerveja,
então me dê a maldita cerveja.
~ 34 ~
Virando-se na direção do seu irmão, Nash viu ele tinha o cenho
franzido. — Que porra é essa de dizer aos prospectos para não me dar
bebida?
— Ele nunca deu a mínima antes. Por que ele mudou de ideia
agora? — perguntou Nash.
Outra vez Nash deu risada. Levantando-se, ele pegou sua arma e
a levantou no ar. Algo não estava certo com ele. — Vamos, rapazes, a
vida é uma festa. Não deveríamos desperdiça-la com vadias ou
prostitutas ou old ladies.
~ 35 ~
Blaine estava se levantando do chão. — Eu vi para onde ele
estava apontando. Ele tinha a cabeça de Eva na mira.
— Eu não ia.
— Ele está fora de si, — disse Hardy. Nash ficou chocado que o
outro membro do clube o defendeu, especialmente depois que ele
ameaçou a todos.
~ 36 ~
— Aqui está, senhor. — Virando-se, Nash viu um dos prospectos
segurando seu saco de pó branco. A visão do seu vício o enviou em uma
espiral de humilhação.
Eu fodi tudo.
Drogado.
Viciado.
~ 37 ~
Perdedor.
Imbecil.
Perigoso.
Ele olhou para seu irmão e viu dor nos olhos de Lash. Nash
sentiu como se estivesse quebrando por dentro.
Nash tinha visto Tiny perder a cabeça com os homens que tinham
causado dor à sua família. O clube era parte dessa família, e Nash fez o
clube motivo de chacota. Suas ações colocaram uma marca escura em
torno do clube e os fez parecer fracos perante seus inimigos. Caindo de
joelhos, Nash baixou a cabeça.
Ninguém falou nada, e Nash percebeu que ele tinha fodido demais
as coisas dessa vez. Quando ele não se levantou, Tiny o pegou pelo
cabelo o obrigou a levantar.
Desde que se juntou aos Skulls, Nash nunca pensou que ele seria
aquele que enfrentaria este castigo. Ele se orgulhava de ser uma parte
integrante do grupo. Nos últimos meses, ele estragado tudo. Olhando
~ 38 ~
fixamente nos olhos de Tiny, Nash sabia que não tinha escolha.
Erguendo os punhos, Nash estava pronto para se defender.
Este era o preço por trazer drogas para o clube. Ele foi estúpido o
suficiente para pensar que poderia sair impune disso. A ira de Tiny
também tinha a ver com ele ter colocado Eva em perigo. Seu líder não
tinha a pretensão de ter Eva como sua old lady, mas todos sabiam a
verdade. Qualquer pessoa que colocasse um dedo sobre a mulher
acabaria morto depois de ter sido torturado.
— Seu pai teria vergonha de você, porra, — disse Tiny. — Ele era
o meu braço direito. Ele deixou você para mim, e eu cuidei de você
junto com Patrícia, Eva e Mikey, caralho. Você tinha tudo que podia
querer, e ainda assim se transformou na porra de um drogado. — Tiny
deu um chute no estômago de Nash.
Isso não tinha nada a ver com os Skulls. O clube foi o que lhe fez
forte. O que ele tinha feito hoje fodeu tudo de maneiras que ele nem
achava que podia.
*****
~ 39 ~
— Você tem que detê-lo, Lash, — disse Sandy. — Ele está
sangrando, e se ele receber mais golpes, vai morrer.
~ 40 ~
— Por que ele vai tomar a surra? — perguntou Killer.
— Você não pode fazer isso, Lash. Você faz isso, e você pode ser
morto. Eu não posso cuidar desse bebê sozinha.
Lash fez a única coisa que podia para silenciá-la. Ele bateu seus
lábios nos dela. Quando ela relaxou em seus braços, ele se afastou.
~ 41 ~
— Se Nash tivesse levantado essa arma e apontado para você,
mesmo que acidentalmente, como ele fez, eu o mataria. Eu não iria
deixá-lo fugir depois de ter machucado a minha mulher. Ele é meu
irmão, e eu vou dar a ele a surra de uma vida. — Ele olhou por cima do
ombro para ver Tiny esperando. — Eva pertence à Tiny. Nós todos
sabemos disso, e se alguma coisa acontecesse com ela, Nash não se
perdoaria. Eu vou fazer isso e depois vou lidar com o meu irmão. —
Acariciando seu rosto, ele a forçou a olhar para ele. — Mas eu vou
precisar que você seja forte por nós dois.
— Que bom. Tire ela daqui, Murphy. Ela não vai gostar disso.
Angel lutou com Murphy. Lash foi embora sabendo que Tate
estaria consolando a sua mulher. Ele parou na frente de Tiny e esperou
que a punição começasse. As próximas semanas iam ser doloridas pra
caralho.
*****
~ 42 ~
Alguns dos trabalhadores riram, e ela olhou ao redor e então se
virou para encará-lo. — Não, você não pode lidar comigo, e se você
continuar esfregando esse pau pequeno contra a minha bunda eu vou
processá-lo por assédio sexual. — Sophia já tinha sido empurrada o
suficiente, por ele, por Kate, e até mesmo por Nash. Ela foi empurrada
por todos ao seu limite.
Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, ele foi embora.
Nenhuma quantidade de dinheiro iria fazer com que ela amasse esse
trabalho. Ela o odiava e todas as pessoas que vinham com ele. Era uma
merda da porra. Bloqueando tudo, ela se focou em terminar seu turno.
~ 43 ~
outra vez o cabelo dos olhos. Ela realmente precisava cortá-lo. A última
fazia muito tempo, e os fios estavam ficando muito rebeldes.
Ter tempo livre não era uma opção para ela nesse momento. Sua
vida se constituía em trabalho e mais trabalho. A vida era mais fácil
quando Kate trazia dinheiro, mas então ela ficou viciada em drogas, e
não trouxe mais dinheiro também.
A lógica era confusa, mas era a única coisa na qual ela podia
pensar para desculpar as ações de Kate.
Ela se foi.
Sua vida não era sempre tão agitada, mas ela pegou o ritmo
rapidamente. Engatando a bolsa em seu ombro, ela manteve a cabeça
baixa. As estradas perto de onde a fábrica estava localizada raramente
tinham movimento.
~ 44 ~
Gill, junto com alguns de seus amigos, estava sentado olhando
para ela.
Andando mais rápido ela tentou evitá-lo. Gill agarrou seu braço
parando-a de sua caminhada. Ele a empurrou contra o muro de metal
atrás dela.
Quando sua mão se estendeu para tocar seu seio, ela lhe bateu
com força. — Não me toque.
— Agora, eu estou tentando ser legal com você, e tudo que você
está fazendo é me empurrar para longe. — Gill passou os dedos em
torno de pescoço dela, apertando. Ela arranhou as mãos dele, tentando
afastá-lo.
~ 45 ~
— Eu tenho sido bom e paciente com você, Sophia, mas minha
paciência está se esgotando.
~ 46 ~
Ela deu uma boa olhada nele e viu vários hematomas em seu
rosto. Ele também estava usando a mão esquerda ao invés da direita.
Lash parecia estar em péssimo estado.
~ 47 ~
Capítulo Quatro
Lash olhou para a arma, e então para ela. — Não, não vou usar.
Só acho que ela ajudou a enfraquecer a intenção dos homens em
relação ao estupro
Ela vacilou, recordando das mãos de Gill em seu corpo. Lash não
precisava ter parado para lhe ajudar, mas ele tinha feito isso mesmo
assim. — Obrigada. Eu não sei o que teria acontecido se você não
tivesse aparecido.
— Próxima vez?
~ 48 ~
— Sim, um fodido doente como aquele, ele quer você o bastante
para tentar de novo.
Sophia olhou para seu salvador, esperando que ele dissesse algo
sobre lhe proteger. — Eu não sou forte o suficiente, mas eu preciso
desse trabalho, — disse ela quando ele não fez nenhum movimento ou
disse qualquer coisa.
Lash ficou lhe olhando sem dizer uma palavra. Ela começou a se
sentir incomodada, odiando aquele exame detalhado.
— Quê?
— Nash tomou uma surra hoje. Ele está pendurado por um fio, e
Tiny está assim de chutar a bunda dele para a rua e para fora da vida
do clube para sempre. — Ele apertou o polegar e o indicador juntos,
para indicar o que Tiny estava prestes a fazer.
— Não, ele não está bem. Eu fiz um acordo para manter Nash nos
Skulls. Se você quer proteção, vai ter que me ajudar agora, — disse
Lash.
— Eu vou fazer Nash voltar a ser o que era. Isso não vai ser
bonito, mas se você se preocupa com ele, vai ajudar. Em troca, você
volta a receber proteção dos Skulls e nenhum homem irá te tocar. —
Ele deu um passo para frente, bloqueando o seu caminho.
~ 49 ~
Sua proximidade era enervante, e ela sabia que ele estava fazendo tudo
isso de propósito. — Se você não me ajudar, da próxima vez eu não vou
impedi-los. Eu vou garantir que todos saibam que você não está mais
sob a proteção dos Skulls e é carne livre.
— Mas Nash...
Ele apertou um dedo sobre os lábios dela. — Mas Nash nada. Ele
não vai ter uma palavra sobre esse assunto, e eu não dou a mínima
para você. Você não é importante para mim, e vou ter certeza de que
você acabe machucada.
Ela não esperava qualquer coisa diferente. Angel era uma bela
mulher, e ela via porque Lash a amava.
~ 50 ~
— Onde estamos? — ela perguntou, passando a perna por cima
da moto e caindo de bunda no chão. Lash também desceu e lhe ajudou
a levantar.
— Nenhum. Ele está com muita dor. Sandy está checando-o agora
para ter certeza de que ele não vai morrer. — O homem olhou para ela.
— Então, por que nós ajudamos a garota? Ela não é uma das
prostitutas do clube.
~ 51 ~
— Hardy, esta é Sophia. Você deve se lembrar dela. Ela é a irmã
de Kate.
~ 52 ~
— Lash, — disse Nash.
— Certo. Ele não vai sair das algemas. Meu irmão é forte, e ele vai
machucar qualquer um para conseguir o que quer. Nada de bebida,
analgésicos ou drogas. Tudo está totalmente proibido. Eu não vou dar o
que ele quer. É só água e mingau. Nada mais.
— E se isso matá-lo?
— Não vai. Nós temos uma médica aqui que disse que isso deve
funcionar, — disse Lash apontando para Sandy.
~ 53 ~
*****
Com o canto do olho, ele viu seu irmão falar com a médica. — Em
péssimo estado. Tiny fez um bom trabalho nele. Eu não acho que há
hemorragia interna. Ele pode ter uma costela quebrada, e eu vou trazer
algumas ataduras para ajudar.
— Nada para a dor. Ele vai aguentar isso como ele merece.
Ela saiu pela porta. A mesma porta pela qual Sophia tinha saído
alguns minutos antes. Ele tinha visto cortes e hematomas em seu rosto.
Quem tinha machucado a mulher?
~ 54 ~
— Um pouco difícil? Mano, a vida é uma maldita estrada dura e
cheia de dor.
Lash olhou para o chão. — Você não vai querer ouvir isso.
~ 55 ~
encontrado consolo na droga. Seu maior erro do caralho foi ter
experimentado essa merda. — Eu posso aguentar, Lash.
— Sim, isso é o que ela tem feito nos últimos dois meses. Eu não
sei o que vem acontecendo no trabalho dela, mas esta tarde ela foi
atacada. Eu os impedi antes que a machucassem pra valer.
— Ela não está protegida pelos Skulls. Kate está morta, e Sophia
agora está exposta. É por isso que protegemos os nossos. Nós não
vamos deixá-la sozinha novamente. Ela concordou em ajudar com você.
— Até que eu esteja bem você tem que me prometer que vai
protegê-la. Que vai fazer tudo o que puder para mantê-la segura, —
disse Nash, precisando da palavra de seu irmão que ele faria isso.
— Por que você acha que ela está me ajudando com você? Vou
manter vocês dois seguros, e se eu tiver que fazer isso sozinho, então
que seja. — Lash se levantou e se afastou. — Estou indo ver se tudo
está funcionando, e espero que até lá ela esteja de volta.
~ 56 ~
Seu irmão saiu do quarto, deixando a porta aberta. Nash testou
suas restrições e ficou satisfeito quando elas não se mexeram.
*****
Ele observou que Kate nem sempre estava com ele. Nash notou que
o álcool estava consumido a cadela.
— Ótimo lugar esse seu, — disse ele. Ele não estava totalmente
bêbado, mas ele percebeu que Kate para de lhe incomodar o tempo todo
se ela pensasse que ele estava. Nash achava engraçado se fingir de
bêbado, em vez de ser um bêbado de verdade.
Ela acendeu a luz e lhe disse para fazer silêncio. — Minha irmã
está em casa. Essa puta gorda nunca sai. Aposto que ela está comendo
sorvete e assistindo a um filme desejando que fosse ela no lugar da
mocinha.
Nash riu, sem realmente achar graça. Ele não tinha conhecido a
irmã da garota. Em sua mente, ele imaginava uma versão gorda de Kate.
~ 57 ~
Quando ela ficou fora de vista, ele largou a garrafa de uísque que
Kate tinha trazido e sentou de volta no sofá. As molas cavaram em suas
costas. Ele duvidava que Kate ganhasse o suficiente para manter este
lugar em boas condições. Se não fosse por sua boca talentosa e buceta
quente, ele não estaria interessado nela.
— Kate? É você? Eu achei que você tivesse dito que ia ficar fora
essa noite? — A voz feminina invadiu seus pensamentos. Nash ficou
chocado com o calor instantâneo que inundou sua virilha. Nenhuma
mulher o havia feito se sentir assim. Levantando-se do sofá, ele se virou
para ver quem era.
— Acho que você é Sophia, a irmã de Kate, — disse ele. Ela não
parecia em nada com Kate. Seu cabelo estava preso em um coque no alto
da cabeça. Escuras mechas negras contrastavam com sua pele pálida.
Sua carne era impecável, não havia uma marca sobre ela. Ela tinha um
nariz bonito e os olhos mais doces que ele já tinha visto.
Todos esses maus pensamentos estavam indo direto para seu pau,
fazendo com que ele a quisesse.
~ 58 ~
Seus olhos não se moveram pelo corpo dele. Ela focou seu olhar no
dele.
— Sim, ela está muito feliz em estar com você. — Suas bochechas
ficaram um tom de vermelho escuro, e ela terminou de preparar seu chá.
— Você quer uma bebida?
Esta era uma nova experiência para ele, e foi muito estranha.
Raiva pelo nome jeito que ela se referiu a Sophia se arrastou sobre
ele. Com Sophia de costas para eles, Nash passou os dedos ao redor da
garganta de Kate. — Nunca mais a chame assim de novo. — Ele se
inclinou para perto fingindo beijá-la. — Ou eu vou acabar com você,
porra, e me certificar de que ninguém possa identificar o corpo.
*****
~ 59 ~
Snitch perdeu a paciência, agarrando Scars pelo pescoço e
batendo-o contra a parede mais próxima. — Eu não dei permissão para
que eles provocassem uma mulher, especialmente uma tão próxima dos
Skulls, porra. Estamos esperando o momento certo. Se Lash começa a
olhar para esses filhos da puta, Tiny vai saber sobrem mim. Temos que
ser discretos.
~ 60 ~
Capítulo Cinco
Virando-se para ele, ela esperou que ele falasse. Ela nunca esteve
sozinha com este Skull. Lash e Nash foram os únicos Skulls com que
ela esteve a sós. Ele não deu qualquer indício de que iria dizer alguma
coisa.
~ 61 ~
para casa e transava com ele no quarto ao lado. Toda vez que ela o via,
tinha sido incapaz de olhá-lo nos olhos.
— Eu o amo. Ele tem sido bom para mim, e ele foi bom para a
minha irmã. — Ela se virou para Zero. — Eu realmente lamento muito
por Kate ter levado as drogas para a vida dele.
Zero riu. — Não são muitas pessoas que diriam que eu sou legal.
Ela sorriu. — Você está sendo legal comigo, isso é tudo o que me
interessa.
— Obrigada.
~ 62 ~
Ela fez uma pausa, largando suas roupas na mala, e olhou para o
homem alto. Zero era um homem cheio de músculos. Seu cabelo era
raspado junto à cabeça. Ela viu uma tatuagem que saia de sua camisa
e rodeava o pescoço.
Sua mão foi até o quadril dela, e ele a girou para encará-lo. — Eu
nunca peguei a sua irmã. Ela era uma foda muito fácil, e eu achei que
poderia pegar alguma coisa. Você acha que seus sentimentos têm algo a
ver com Kate?
Seu coração estava acelerado, e ela não sabia por quê. O ponto
entre suas coxas não estava pulsando, e ela não se sentia excitada. Se
ela sentia alguma coisa, era que estava cometendo um grande erro.
Ele colocou seus lábios nos dela. O beijo de Nash, que ela se
lembrava, tinha sido doce e gentil. Ele tinha tomado seu tempo, abrindo
os lábios dela para recebê-lo. Zero atacou sua boca. Não houve tempo
para a técnica. Ele simplesmente pegou o que queria, sem esperar por
ela.
~ 63 ~
Em nenhum momento as mãos dele estavam vagando sobre seu
corpo, e ela odiou tudo isso.
— Eu que fiz.
Ela bufou. — Eu duvido que ele queira ter algum a ver comigo.
Ele provavelmente me considera responsável porque um de seus
homens está fora dos trilhos.
Zero terminou a sua fatia de bolo, levando a coisa toda com ele. —
Você vai se surpreender. Tiny não a consideraria culpada por nada.
Todos os homens que se tornam Skulls assumem o compromisso de
serem fortes o bastante para lidar com qualquer coisa que apareça.
Nash precisa ser forte, não importa qual merda surja em seu caminho.
Qual o ponto em ter homens que não podem lutar quando a bucetinha
deles está com problemas?
~ 64 ~
— Você tem que falar assim? — perguntou ela.
— Você acha que Lash vai deixar seu irmão sair impune depois de
ele ter levado uma surra? Lash vai se certificar que Nash pague. Tiny e
todo o clube vão precisar de uma prova de que Nash está fazendo
progressos e que sua recuperação está sendo o mais dolorosa possível.
— Eles são irmãos. Por que você não pode aceitar isso?
~ 65 ~
— Não, não vai. Se você sabe o que é bom pra você, vai se virar e
fazer exatamente o que Lash mandar.
*****
~ 66 ~
— Ela é inocente, Lash. Não a coloque nisso.
Ele viu como seu irmão avançou contra ele. — Eu acho que está
na hora de abrir os olhos sobre a sua mulher, irmão. — Lash pegou um
punhado de cabelo de Nash. — Dê uma boa olhada nela. Ela não é
inocente. Eu não estou chamando-a de prostituta. Sophia é forte, Nash.
Ela não é fraca, e se alguém vai te ajudar, é ela.
Sophia olhou para Nash. Ele não conseguia desviar o olhar para
longe dela. Ficando de pé, ele a encarou, odiando que ela o visse assim.
As algemas que seu irmão tinha colocado em seus pulsos eram
compridas o suficiente para ir até a beira do colchão. Elas deviam ter
vindo de algum tipo de loja BDSM, especialmente desenhada para
prender uma pessoa, e ainda assim permitir algum movimento. As
correntes eram presas a ganchos na parede. Nash deu a seu irmão
crédito pelo estilo. Ele nunca imaginou que veria o dia em que seria
preso com algemas excêntricas do caralho. Felizmente ele não estava
completamente preso com as costas contra a parede.
— Você não está preparada para o estilo de vida dos Skulls, baby.
Você não pode lidar com isso.
~ 67 ~
Sua falta de fé na capacidade dela viver essa vida foi a razão dele
nunca ter tentando nada mais com Sophia.
Ciúme agarrou cada parte dele, e ele ficou tenso nas algemas.
Sophia se virou, então ele teve uma boa vista quando ela atacou a boca
de Zero com a sua língua. Seu irmão motoqueiro passou as mãos sobre
o corpo dela, apertando aquela bunda cheia.
Ele empurrou os quadris para tentar chegar até ela. Nash estava
imóvel no seu lugar.
~ 68 ~
Ela não esperou pela resposta dele e saiu em direção ao que seria
seu quarto.
— Toque ela outra vez e eu vou cortar suas bolas fora. Ela é
minha.
Porra, o olhar nos olhos dela iria ficar com ele para sempre. Em
todo o tempo que a tinha conhecido, ele nunca tinha visto seu olhar tão
sexy. Ela sempre foi bonita para ele, mas muito inocente para explorar.
~ 69 ~
Deixando escapar um suspiro, ele apoiou os braços sobre os
joelhos. "Certo. No dia em que eu ajudei Sophia a fazer sua mudança a
gente se beijou, e ela me disse que não queria isso. Ela me chutou para
fora com uma caixa de pertences que eram de Kate. Eu encontrei um
saquinho com pó branco e percebi que eu poderia conseguir um pouco
de esquecimento.
— De nada.
Nash não disse uma palavra. Ele manteve seu olhar fixo sobre
Lash.
~ 70 ~
própria cabeça. Sophia era uma mulher completa, arredondada em
todos os lugares certos. Os caras iriam amá-la. Ele sabia disso seu
coração e alma. Não levou muito tempo para se apaixonar por ela desde
o seu primeiro encontro.
*****
— Sim, mas eu tenho uma ideia. Quando você for lá fora, não
quero que você o chame de Nash.
~ 71 ~
Zero se levantou.
— Vamos lhe dar tudo que ele merece. — Lash olhou para Sophia,
sabendo que o ciúme poderia ajudá-los a trazer seu irmão de volta. Esta
mulher tinha dado a seu irmão uma razão para ser melhor. Ele tinha
visto o amor nos olhos de Edward quando ela entrou em seu mundo
meses atrás. Se dependesse de seu irmão, os homens que colocaram as
marcas no rosto dela estariam mortos.
— Sim. Ele não vai gostar, mas eu acho que pode ajudar.
— Porque você não vai. Eu vou precisar que você seja forte. —
Lash esperou sua confirmação.
— Ele tem ciúmes de você, Sophia. Quando você beijou Zero ele
ficou com raiva. Ele queria machucá-lo. Eu preciso que você o deixe
ciumento e o faça querer lutar.
— Ele verá os outros Skulls aqui com você. Vou deixar todos
saberem que é apenas encenação. Você não tem que dar pra ninguém
para conseguir o que eu quero. Você vai garantir que Edward não
precise mais das drogas. — Você quer o meu irmão? Não estou me
referindo à amizade.
~ 72 ~
— Então você precisa fazer com que ele acredite que tem uma
chance com você. Todos sabem que Edward sempre te quis. Kate era só
um meio para estar perto de você.
— Ok, tudo bem, eu vou fazer isso, mas é melhor você ter certeza
de que todos seus homens saibam que eu só estou atuando.
— Eu posso lidar com qualquer coisa que o clube joga pra mim.
Eu só espero que Sophia possa lidar com Edward. Isso vai durar
algumas semanas.
~ 73 ~
Capítulo Seis
— Estou bem. Eu tenho que estar bem. Isso é tudo que posso
fazer. Lash se certificou disso.
— Eu não sei. — Ela se virou para olhar para ele. — Eu tenho que
aceitar a opinião de Lash de que podemos consertar Edward e que ele
me quer. Da última vez que eu chequei, não era assim que o mundo
funcionava.
— Eu vi Nash, não Edward, com Kate. Ele não podia suportar ela
a maior parte do tempo, mas sempre que a mulher dizia que precisava
~ 74 ~
voltar para casa e pedia uma carona, ele estava sempre lá. Ninguém
tinha permissão de levar ela para casa, só ele.
— Ela fazia isso para ficar perto de você. Naquele dia em que você
chegou no clube gravemente ferida, ele ficou fora si. Você é tudo para
ele, Sophia. — Ela se virou e lhe entregou uma xícara de chocolate
quente. — Você pode até achar que não, mas eu sei que você pode lidar
com ele no meio disso tudo.
— Ela dava pra todo mundo, Sophia. Sua missão na vida era ter
todos os Skulls comendo ela. Eu não entrei nessa, e ela me odiava por
isso. Edward foi para ela apenas porque Kate era fácil.
~ 75 ~
— Eu precisava ouvir isso. Você acaba de me confirmar que eu
não sou nada como a minha irmã. Eu não conseguiria dormir por aí
com qualquer um, e minha missão de vida não é foder com todo mundo.
Obrigada.
O sexo tinha sido tão ruim que ela não tinha sequer ido à procura
de mais.
~ 76 ~
lhe dizer o que fazer. Correndo para a cama, ela colocou os braços em
torno de suas costas, acariciando seus cabelos.
Ela levantou o olhar para ele. — Lash não disse nada sobre não
estar aqui para ele. Eu estou lhe abraçando, é o que todo mundo
merece quando está passando mal.
Edward também não estava consciente. Ela podia dizer pelo jeito
que ele estava agindo. Seu corpo estava coberto de suor, e o cheiro do
vômito estava deixando ela própria enjoada. Quando ele terminou, ela
saiu do seu lado instantaneamente, embora ele estendesse a mão para
ela.
— Eu não vou tentar nada com você. Parece que você precisa de
um abraço. Eu estou lhe dando conforto, Sophia, sem qualquer outra
porcaria.
~ 77 ~
Ela se virou para ver a sinceridade em seu rosto. Lentamente os
braços dele se acomodaram ao redor dela. Sophia não queria lutar
contra ele, e se aninhou mais perto.
— Ele não quer dizer nada do que está dizendo. São as drogas. A
desintoxicação faz você falar merda.
— Ele deveria ter sido mais forte. Sim, você o mandou embora,
mas você não empurrou a porra das drogas no nariz dele. Você
realmente acredita que poderia tê-lo impedido de começar com isso? —
perguntou Zero.
Quando ela acordou no dia seguinte, viu Lash olhando para eles.
— Vejo que vocês dois tiveram uma noite movimentada.
~ 78 ~
deveria ter deixado que Zero a aconchegasse. Ela não queria que ele
ficasse com a ideia errada sobre ela de jeito nenhum.
Arriscando uma olhada em Edward, ela viu que ele estava tenso e
suas mãos estavam apertadas em punhos.
Indo até o outro quarto, ela pegou um livro e foi se sentar à mesa.
De vez em quando ela estremecia quando Lash acertava um golpe em
seu irmão. Quando ele soltou as algemas que o prendiam à parede ela
ficou surpresa.
~ 79 ~
Eles lutaram duro. Edward não acertou muitos golpes. Levou
tudo dentro dela para não parar o que estava acontecendo. Ela
precisava confiar que Lash sabia o que estava fazendo.
Sophia esperava que ela pudesse levar isso até o fim para ver
Edward melhor. Ela odiava vê-lo nesse estado.
*****
~ 80 ~
que estavam usando isso há anos eram capazes de parar. Ele estava
passando por um momento difícil nisso.
Edward sabia que esse não era ele. Cada desafio que seu irmão
jogava nele, o enviava a caminho da recuperação. Ele não ser capaz de
se defender e ser atingido pelo seu próprio irmão o havia irritado. Houve
uma época em que ninguém conseguira lhe dar um soco, mas agora ele
estava indefeso. Quando Lash puxou para perto o forçou a olhar para o
rosto de Sophia, para os hematomas no seu rosto, ele deixou claro que
a culpa daquilo era de Edward.
— Meu irmão sempre foi um filho da puta e sempre vai ser. Não
tem como lhe impedir de conseguir o que ele quer.
— E você disse que nunca esteve sozinho outra vez. O clube lhe
deu uma grande família, cheia de irmãos e irmãs.
Ela segurou a mão dele com mais força. Seu aperto era firme. Ele
se sentiu feliz e seguro ao ter suas mãos presas dessa forma.
~ 81 ~
— Por que você ainda está me ajudando? — perguntou ele.
— Eu preciso que você vença esse vício. Se você não se livrar dele
e voltar a ser o Nash que foi uma vez, isso vai te matar. — Ela limpou a
umidade debaixo dos olhos. — Eu quero o homem que ajudou com a
minha mudança. Que me beijou daquele jeito. Eu o quero de volta. Não
esse aqui.
Ele queria dar isso a ela. Edward queria tanto dar a ela tudo que
ela desejasse.
~ 82 ~
— Significa que você deve lutar contra isso. Que deve chutar esse
vício para longe. Devolva o meu homem e eu vou ser sua se você me
quiser, Nash.
Ela cobriu seu rosto. — Você consegue fazer isso. Eu amo você.
Eu te quero. Devolva o meu homem. — Sophia o beijou novamente e
saiu de seu colo.
— Tiny vai vir aqui amanhã. Vai ser um dia longo para todos nós.
— Ela se virou e foi embora.
Edward fez disso um mantra dentro de si. Havia algo pelo qual
lutar. Não ia ser fácil. Ele não era estúpido. Ele sabia em seu coração
que teria que lutar contra todas as partes de si mesmo para conseguir o
que queria.
*****
~ 83 ~
O bastardo tinha apontado uma arma e quase matado Eva.
Fechando os olhos, ele tentou se concentrar nas folhas de papel que
Alex tinha deixado para ele. Tiny não conseguia focar em qualquer um
dos números. O clube estava tranquilo, o que era incomum. Na maioria
dos dias ele estava sempre estourando de atividades. Desde que Edward
tinha ido embora, ninguém estava no clima para festas. A ameaça aos
Skulls era maior do que nunca, e todos sabiam que era por causa de
um dos seus próprios. Edward não havia se quebrado em particular,
não, ele tinha fodido tanto as coisas que os rumores poderiam chegar
até seus inimigos, e Tiny tinha muitos inimigos. Ele esperava que a
maioria deles não estivesse sequer por perto para saber o dano que
poderia ser feito.
— E daí?
— E daí? Edward tem sido parte de sua vida por muito tempo, e
você só vai jogar tudo isso fora porque ele cometeu um erro?
~ 84 ~
Ela jogou os braços no ar. — Por que você está sendo tão difícil,
porra? Durante os vinte e nove anos que você o conhece, ele só deslizou
uma vez. Que desculpa você vai usar para machucar ele?
— Eu não posso.
Observando-a ir, ele voltou para sua mesa e deixou cair a cabeça
nas mãos. Ele seria para sempre amaldiçoado a estragar tudo perto
dela? Eva evocava sentimentos dentro dele que o aterrorizavam pra
caralho. Ele não estava pronto para deixá-la ir. Tiny sentia que era
apenas uma questão de tempo antes que ela se mudasse, e ele não teria
escolha sobre isso.
~ 85 ~
Capítulo Sete
Seu toque o fez queimar de dentro para fora. Porra, ele queria
tanto estar dentro dela. Quando ele estivesse bem e sóbrio, ia passar
um mês fodendo ela duro. Ela ia gostar que o sexo fosse mais áspero.
— Não, você ser capaz de me dizer isso que é bom. — Ela beijou
seus lábios e torceu o nariz. — Alguém precisa escovar os dentes. Você
está fedendo.
~ 86 ~
— Vai ficar tudo bem. — Ela se levantou, pegando suas coisas e
deixando seu lado. Edward levantou o olhar para ver o cara que tinha
lhe dado a maior surra. Tiny era enorme e assustador pra caralho. A
carranca em seu rosto dava provas de seu temperamento. Ótimo, se
Tiny o pegasse agora, ele estava fodido.
— Ele está passando mal. Eu estava lhe limpando — Sua voz era
pequena, mas ela não se acovardou perante o homem.
— Ela não é o seu problema. Sophia está ajudando você, mas isso
não lhe dá o direito de ser um babaca com ela. Eu sou o único com
quem você tem problemas. Fui eu quem quase matou Eva. Lide comigo.
Tiny soltou Sophia. — Você está certo. Meu problema é com você.
Lash soltou seus pulsos e lhe ajudou a sair da sala. Ele olhou
para trás e viu Sophia pronta para ir com ele. Killer a deteve. Seu braço
estava em seu peito, impedindo-a de se mover.
~ 87 ~
Tiny abriu uma porta distante à direita que dava para o que
parecia ser um ginásio. — Alguns dos meninos têm utilizado esse lugar
pra sua própria diversão. Achei bastante criativo da parte deles.
Edward não fez comentários. Essa era a primeira vez que ele
conseguia se mover. Em vez de usar o tempo a seu favor, ele caiu
sentado no chão.
— Não, eu sei que não devo mendigar. Você não vai me dar o seu
perdão até que sinta que eu mereço. — Ele estava com frio longe de seu
cobertor. Foda-se, sua vida tinha ficado tão confusa. — Você vai
terminar o que você começou?
— Se eu vou te matar?
— Sim.
~ 88 ~
Ele enxugou as lágrimas. Edward era muitas coisas, mas não era
a porra de um maricas.
Edward não disse nada. Ele não quis arriscar irritar Tiny.
— Você conquista o seu lugar de volta no clube, ele vai ser seu.
Eu vou te apoiar, mas você tem que parar totalmente com as drogas.
Lash lhe ajudou a voltar para a sala principal. Ele viu Sophia
parando abruptamente o que parecia ser uma caminhada de um lado
para o outro quando eles chegaram no cômodo. — Eu estava pirando.
Tiny não é o tipo de homem pra quem se diz não.
~ 89 ~
Killer resmungou.
— Nós ainda vamos ficar de olho em você, e ela não vai ficar
sozinha.
— Tudo bem.
Ele repetiu a história que contou a Lash. Era a verdade, e ele não
viu um ponto em escondê-la.
— Por minha causa? Eu o levei a usar isso porque fui uma idiota
e te mandei embora?
— Eu nem sabia que Kate tinha esse tipo de coisa. Deus, eu era
uma péssima irmã.
— Você era boa demais para ela. — Ele pegou a sua mão e
segurou firme.
— Nem eu.
~ 90 ~
Ela riu. — Não vamos falar sobre o passado. Você estava com
Kate, e eu estava com um cara. Podemos seguir em frente.
— Um cara?
Olhando fixamente para sua cabeça baixa, ele sentiu seu coração
explodir de felicidade. Ele sabia tudo sobre o cara com quem ela esteve,
mas não ia pensar sobre isso. Quando ele estava com os Skulls, antes
de foder tudo, ele podia ter qualquer coisa. Mulheres e bebidas vinham
até ele, junto com outras coisas. Mas os Skulls não poderiam lhe dar o
que ele realmente queria, Sophia.
— Eu acho que você pode fazer qualquer coisa que colocar na sua
cabeça.
*****
~ 91 ~
— Vamos tirar as algemas hoje, — disse Lash sexta-feira à noite,
quando fazia duas semanas que eles estavam na fábrica. — Além disso,
hoje também temos um trabalho para fazer, então você vai ficar sozinha
com Edward essa noite.
— Quando você acha que ele vai voltar a ser chamado de Nash?
— perguntou ela.
— Você está com medo de que ele deslize outra vez quando estiver
fora desse galpão.
Ela se virou para ele. Edward estava sentado contra a parede. Ele
estava vestindo roupas e se parecia mais com o cara que ela conheceu
do que nunca.
~ 92 ~
— Você estava acordado?
— Sim, eu sabia o que estava fazendo. Eu vou ter que viver com
isso pelo resto da minha vida. — Ele parecia triste, e ela ficou triste por
ele.
Ele olhou para ela. Debruçando-se sobre ele, ela soltou uma
algema e depois a outra. Afastando-se, ela colocou as chaves sobre a
mesa e foi verificar o chili que estava preparando no fogão.
Ele se levantou da cama fez seu caminho até ela. — Eu sou o meu
velho eu. O que aconteceu foi um terrível pesadelo. — Suas mãos se
~ 93 ~
uniram em torno da cintura dela. Sophia engasgou porque não estava
preparada para sua atenção.
Ambos riram.
Ele foi sem protestar. Pegando dois pratos, ela serviu o suficiente
para cada um e então polvilhou um pouco de queijo em cima antes de ir
para a mesa com ele.
— Sim.
— Ok, como é?
Ela deixou cair a colher. — Não, você não pode lutar com
ninguém. Você só está começando a superar... Tudo isso. Eu não vou
deixar que te machuquem.
~ 94 ~
Ele pegou a mão dela. — Eu não tenho uma escolha nisso, baby.
Ser um Skull é tudo na minha vida. Eu não posso desistir. Se eu não
lutar, eu estou fora.
Voltando-se para ele, ela o olhou nos olhos. Eles eram escuros,
penetrantes. Toda vez que olhava suas profundezas, ela se sentia
atraída para ele.
— Você é uma mulher forte. Sophia, você pode lidar com isso. —
Ele segurou o rosto dela, mantendo seu foco sobre ele.
Ela bateu na parede, e ele parou na sua frente. Ele pegou as mãos
dela e as pressionou contra a parede. Ela baixou o olhar para os lábios
dele.
~ 95 ~
profundamente enquanto segurava as mãos dela acima da cabeça. Seus
dedos estavam trancados juntos. Seu pênis estava apertado contra a
buceta dela, fazendo com que ela sentisse toda sua grossura.
Ela já tinha se negado isso uma vez antes e quase o perdeu para
sempre. Sophia não ligava para o que ele tinha dito. A única razão pela
qual ele começou a usar drogas foi porque ela o rejeitou.
— Tem certeza?
Ele arrancou a camisa que ela usava. Ela tentou ajudá-lo puxar a
peça sobre a cabeça. Eles se moviam freneticamente. Com sua camisa
no chão, ela começou a trabalhar nas suas outras roupas enquanto ele
se esforçava para ficar nu.
Essa era a primeira vez que eles ficavam nus juntos. Ela tirou a
calça jeans e ficou apenas em suas roupas íntimas. A cueca boxer
preta não fez nada para esconder a visão do seu pau duro feito pedra
pressionando contra a frente.
*****
~ 96 ~
— Os Skulls precisam ser exterminados, — Rick bateu com o
punho na mesa, fazendo os óculos chacoalhar. — Eles governaram por
tempo suficiente. É hora de alguém tomar a iniciativa.
Ele viveu nos arredores de Fort Wills a maior parte de sua vida. A
cidade era tudo o que ele precisava: pequena, pitoresca e preparada
para ter uma liderança que não fosse a lei. Quando ele tinha sido
contatado há mais de um mês para reunir um grupo de homens com a
missão de observar os Skulls, Gill tinha ficado animado. Ele não contou
aos homens quais seus planos reais. Se os homens dessa sala
soubessem o que ele estava os usando, ele estaria morto em segundos.
— Eles não são fracos, e qualquer um que ache isso está louco, —
disse Bishop.
~ 98 ~
Capítulo Oito
~ 99 ~
Alguns homens não gostariam da carne extra ou das curvas que
ela possuía. Ele mal podia esperar para tomar posse dessas curvas e
fazê-la sua.
Estendendo a mão, ele correu do seu estômago até seus seios. Ele
tocou o mamilo duro apontando para ele. — O que você está esperando?
— perguntou ela.
— De paraíso.
Mas ele sabia que ela não era tão experiente assim. Havia uma
falta de jeito em seus movimentos, e ainda assim ele não ia reclamar.
Sophia abriu os lábios para ele ver antes de voltar ao seu eixo. Ele
observou enquanto ela lambia a ponta. A pele da base de seu pênis foi
~ 100 ~
esticada com a força de sua excitação. Uma pequena quantidade de pré-
sêmen vazava da ponta, o suficiente para cobrir a cabeça.
Olhando fixamente para baixo, ele viu que seus olhos estavam
fechados enquanto ela continuava trabalhando no seu eixo.
~ 101 ~
Ela agarrou seus quadris e apertou-o contra a parede. — Eu
quero fazer isso. Eu acho que você merece um pouco de prazer.
Com ele de costas para a parede, ela agarrou seu eixo e voltou a
lambê-lo. Sua língua acariciava ao longo de todo o comprimento,
cobrindo-o com saliva antes de levá-lo inteiro na boca.
Ela pegou as bolas dele com a mão livre, acariciando-as. Isso foi
demais. O prazer da sua língua e a sensação dela em suas bolas era o
suficiente para fazer com que ele ultrapassasse a borda. Ele não teve
tempo de lhe avisar antes que metesse tão fundo na sua boca quanto
ele ousava e liberasse seu esperma. Sophia engoliu. As mãos dela foram
para as coxas, segurando-se nele.
Ela cobriu o rosto com as mãos. Ele ouviu sua risada nervosa. —
Eu tinha vontade de fazer isso para você há muito tempo.
~ 102 ~
Ele olhou para ela. — Você já fantasiou sobre nós dois juntos? —
Sua cabeça balançou em resposta. — Com o que mais você fantasiou?
Sophia estaria ao seu lado em uma cama nova. Ele não podia sair
desse edifício até que o clube o aceitasse de volta. Edward precisava
reconquistar seu lugar e voltar a ser Nash outra vez.
Uma vez que ganhasse seu lugar de volta, nunca mais iria
arriscar perdê-lo.
~ 103 ~
Esta é a nossa noite juntos. A primeira de muitas, e de jeito nenhum
vou deixar você me empurrar.
— Quanto tempo faz que você fez sexo pela última vez? — ele
perguntou.
— A última vez que transei com alguém foi na noite em que perdi
minha virgindade. Ele foi péssimo, e eu não quis repetir a experiência.
*****
Ela não tinha estado com ninguém em mais de dois anos. Perder
a virgindade aos dezoito anos tinha sido um erro, mas isso aqui não
era. Ela já estava mais quente que o inferno para o homem dedilhando
sua buceta. Um terceiro dedo foi empurrado dentro dela, e Sophia
engasgou quando ele os dobrou e começou a acariciar seu ponto G. O
prazer era intenso e diferente de tudo o que ela já havia sentido.
~ 104 ~
Rápido demais ele retirou seus dedos e os chupou na boca. Ela
nunca tinha visto nada mais erótico do que o olhar de prazer em seu
rosto toda vez que ele experimentava o seu gosto.
Ela nunca o ouviu atormentar sua irmã desse jeito, e disse isso a
ele.
— Não traga Kate para isso, eu nunca me importei com ela. Com
você é diferente, quero você gritando, implorando por mais. — Seus
dentes morderam sua carne, fazendo-a arquear pelo seu toque.
~ 105 ~
Fechando os olhos, ela ficou tensa e tentou se soltar das algemas.
Ele desceu mais e parou entre as suas coxas. Seus dedos abriram
os lábios de seu sexo. — O que você está fazendo? — ela perguntou
tensa.
Ela sentiu os dedos dele abrindo seu sexo enquanto chupava seu
clitóris com a boca. O creme dela vazava pela buceta e escorria para
revestir seu ânus.
Sophia ficou imóvel quando a língua deixou seu clitóris e foi para
baixo, mergulhando dentro dela. Levantando o olhar, ela viu que ele
tinha movido as mãos para agarrar seus quadris. Ele a fodeu com a
língua. Foi a sensação mais estranha do mundo, mas o prazer também
foi incrível.
— Relaxa baby. Eu não vou fazer nada que você não goste, —
disse ele.
~ 106 ~
— Eu sou um homem grande, como você sabe. Não quero te
machucar quando eu te comer. — Ele murmurou as palavras contra o
seu clitóris. Ela entendeu o que ele quis dizer. Era provavelmente a
primeira vez em sua vida que ela tinha sido considerada
demasiadamente pequena para alguma coisa.
~ 107 ~
Rindo, ela tentou envolver os braços ao redor dele, mas ainda
estava presa. — Eu não posso me mover.
— Você nunca vai deixar o clube, não é? — Ela olhou para ele. A
cabeça dela estava descansando em seu peito. Um dos braços dele
estava nas costas dela, enquanto a outra estava debaixo da sua própria
cabeça. Ele olhou para ela.
Ela pensou sobre o que Lash tinha dito. O clube era tudo para
Edward. Perder isso seria como perder uma parte de si mesmo. Para
não mencionar todos os inimigos que ele tinha conquistado fazendo
trabalhos para o clube.
Será que ela realmente queria que ele deixasse o clube? O clube
tinha feito o homem que ele era, o homem por quem ela tinha se
apaixonado. Ela não queria que ele mudasse.
~ 108 ~
As lágrimas encheram seus olhos, e ela as empurrou para longe.
Ela estava cansada de chorar. Durante o ano passado ela tinha chorado
muito, tanto enquanto Kate estava viva, como depois que ela morreu.
Sua mão desceu até a bunda dela. Seus dedos deslizaram pela
fenda, acariciando o ânus. Ela ficou tensa e ofegou.
— Eu não vou mentir para você, Sophia, a vontade está lá. Lash
me disse há alguns dias que o problema não era a desintoxicação. Seu
plano era arriscado e poderia ter matado. Ainda assim, a maior
problema que um viciado tem é a necessidade de voltar a usar.
~ 109 ~
Capítulo Nove
Seu rosto ficou ainda mais vermelho. Ela assentiu com a cabeça,
e seus lábios não se abriram.
Sorrindo, ele a rolou de costas. Sophia abriu suas coxas para ele,
e ele se estabeleceu entre elas. Inclinando-se, ele reivindicou seus
lábios, fazendo com que ela se abrisse para ele. Ela separou os lábios, e
ele atacou. Seus gemidos se misturavam.
— Eu quero isso.
~ 110 ~
— Tenha certeza. Depois que estiver dentro de você, eu não vou
parar.
~ 111 ~
Tremendo, ele se concentrou nela. Ela soltou seus braços,
lutando para respirar.
~ 112 ~
Ele deslizou um dedo entre suas dobras molhadas e acariciou seu
clitóris. Em poucos segundos ela se partiu em torno dele. Ele não sabia
como ia durar com as vibrações da sua buceta ao redor do seu pau.
Ele segurou seus quadris quando começou a lhe foder duro. Ele
não diminuiu, foi implacável, e percebeu que ela não estava
empurrando-o para longe. Sophia estava lhe segurando com força
enquanto ele estocava dentro dela uma e outra vez.
Inclinando-se, ele atacou sua boca da mesma forma que seu pau
estava saqueando sua buceta. Ela o recebeu impulso por impulso.
~ 113 ~
— Esta foi a sua segunda vez fazendo sexo. Eu amei tomar o meu
tempo. — Ele acariciou suas costas, precisando tocar cada centímetro
de sua pele.
— Tenho certeza que você não está acostumado com mulheres lhe
pedindo para ir devagar. Eu não imagino Kate...
Pegando a sua mão, ele apertou-a contra o seu peito. — Você está
aqui, Sophia. É muito mais do que sexo do caralho. Você é muito mais
importante para mim que uma simples foda. Eu posso ter um monte de
mulheres dispostas. Mas você é diferente.
~ 114 ~
— Eu não vou. Eu vou ganhar de volta a confiança do clube e vou
ir atrás deles. Nenhum dos rapazes gosta de homens que não respeitam
a palavra não.
*****
Sophia gemeu, sentindo Edward debaixo dela. Por que ela estava
ouvindo a voz de Zero? Ontem à noite tinha sido maravilhoso. Ela não
conseguia se lembrar de uma época em que fosse tão feliz. Durante toda
a noite Edward tinha feito amor com ela, levando-a para novos
patamares de prazer.
Edward repôs o cobertor sobre ela, mas não antes que todo o
clube tivesse dado uma olhada em seu corpo.
~ 115 ~
— Você poderia ter batido ou nos dado um aviso, — disse
Edward.
Ela ouviu Edward gemer. — Uma manhã com você e ela vai fugir
de mim.
— Vocês vão dar o fora daqui para que a minha mulher possa se
vestir sem vocês olhando para ela? — perguntou Edward.
~ 116 ~
Ele saiu da cama, agarrando sua cueca antes de se levantar. Ela
deu uma verificada na sua bunda, e então ele estava se movendo em
direção ao banheiro. Envolvendo seu corpo com o lençol, Sophia se
aproximou da mesa.
— É natural.
~ 117 ~
— Hoje eu não quero que você interfira. O que você vai ver é
difícil, mas vai valer a pena. — Balançando a cabeça ela se afastou,
indo em direção ao banheiro.
Olhando-se no espelho, ela viu três marcas dos lábios deles. Ela
corou lembrando-se da forma como ele chupou seu pescoço.
— Sim, sinto muito por isso. — Ele bateu no próprio joelho para
que ela se sentasse.
~ 118 ~
Sophia tomou café da manhã, e a todo momento tinha que
empurrar a mão dele para longe. Ela não se importava em nada com a
água quente, mas gostava do jeito que ele ficava tentando tocá-la,
independentemente disso. Uma vez que o café da manhã terminou, ela
ajudou Tate com os pratos. Os homens estavam conversando sobre
tudo. Ela não conseguia acompanhá-los, mas Tate parou ao seu lado
sem parecer alterada.
~ 119 ~
Ela parou de lutar contra ele, odiando o fato de que ele estava
certo.
— Certo.
— Eu também te amo.
~ 120 ~
que atualmente estava dando alguns socos em Edward. Ela apertou as
mãos sobre os olhos, não sendo capaz de assistir.
~ 121 ~
Capítulo Dez
A médica loira foi correndo para baixo para verificar suas feridas
pós-luta. Ele ainda manteve o olhar em Sophia. Sua mulher parecia
preocupada. Edward acenou com a cabeça para ela descer. Ela foi em
direção a ele, colocando um pouco de seu cabelo preto atrás da orelha.
Sophia riu quando Zero sussurrou algo em seu ouvido. Será que
ela não percebia que ele estava se aproveitando da sensação de tocá-la
por trás? O filho da puta sabia o que estava fazendo, e isso estava
deixando Edward louco. Quando ele ganhasse seu lugar de volta, Zero
não estaria atrás de sua mulher.
~ 122 ~
— Você ficou longe como eu pedi. — Abrindo os braços, ele
esperou por ela dar um passo mais perto. Sophia hesitou. — O que
houve?
— Estou com dor, mas estou vivo. Eu fui melhor do que achei que
seria possível.
— Que porra é essa, Lash? Fiz tudo o que você pediu. Tomei a
porra de uma surra. Para quê? — Edward tinha toda a intenção de
voltar a ser um membro.
~ 123 ~
participar dos negócios do clube. Ele não ia conseguir manter essa
merda longe de Sophia.
— Você vai. Só que Tiny tem outros negócios em sua mente agora.
O pai de Eva não está feliz, e ele está prestes a mexer os pauzinhos para
levá-la de volta para Las Vegas. Alex está intervindo. Nós precisamos de
você, mano. Você escolheu a porra de um péssimo ano para ter um
colapso. — Lash pôs a mão no ombro de Edward.
~ 124 ~
— Nada.
Lash assentiu. — Eu vou dizer a ele. Tenho certeza que ele não
tinha pensado nisso.
Seu irmão lhe deu um tapa no ombro e voltou para Angel. Edward
observou todos irem embora, desejando que ele próprio estivesse
levando Sophia com ele de volta ao clube. Merda, ele teria que conseguir
um lugar para eles. Ele não ia conseguir ficar no pequeno apartamento
dela.
Ela o ajudou a tirar sua roupa. Olhando para seu próprio corpo,
ele viu os hematomas que os caras tinham lhe dado. — De um a dez,
sendo dez o pior e o um algo não tão ruim, como o meu rosto se parece?
— Um grupo de homens tinha lhe dado uns socos no rosto.
~ 125 ~
Sophia riu. — Você acabou ter tomar uma surra e está
preocupado em ser beijado?
— Podemos sim.
— Se você não quer que eu te foda, tudo bem. Se for quer, então
tire a porra dos seus jeans e fique de joelhos.
~ 126 ~
Ajoelhando-se diante dela, ele empurrou a calça para fora do
caminho. Sua paciência estava se esgotando rapidamente.
Ele bateu na sua bunda, ficando excitado por ela xingar. Ela
gritou, mas não se afastou. Sophia ficou de quatro diante dele. Sua
bunda exuberante o encarou. Abrindo os joelhos levemente, ele correu
os dedos por sua fenda encharcada e apertada. Sua mulher estava toda
molhada e pronta para ele.
— Me fode, Edward.
Ele guiou seu pau até o seu núcleo e empurrou fundo. Ela gritou,
mas não lutou com ele. — Eu vou te dar uma surra, baby. — Ele bateu
na sua bunda outra vez.
~ 127 ~
— Não, eu não vou parar nada. Estou tão excitado quanto você.
Pare de lutar contra isso.
*****
Sophia nunca pensou que ela se sentiria assim com outra pessoa.
Edward estava fazendo com que sensações explodissem dentro dela, e
ela não queria escondê-las. O aperto dele voltou aos quadris, apertando
sua carne.
Ela não o contestou enquanto ele batia dentro dela. Seu pau
tocou cada centímetro de suas paredes internas, puxando-a mais perto
do que nunca do orgasmo.
~ 128 ~
Gritando, Edward a atirou em um orgasmo de explodir a mente.
Apenas o aperto sobre seus ombros a manteve estável e a impediu de
cair no chão duro.
Ela não ira aguentar muito mais, então de repente ele ficou tenso.
Sophia o sentiu se liberando dentro dela. O prazer a deixo sem fôlego.
Aonde ele tinha segurado em seus ombros, ela sabia que haveria
contusões. Seu agarre era tão apertado. Lentamente, ele a baixou para
o chão, indo logo atrás.
— Não.
— Eu sinto, às vezes.
— Ela era uma cadela com você, baby. Eu sei que ela era sua
irmã, então não comece a me xingar.
~ 129 ~
Rindo, Sophia virou-se para olhar para ele. — Eu costumava ficar
com ciúmes dela quando ela o levava para casa. Eu odiava ouvir vocês
dois juntos.
~ 130 ~
arredondada por causa do nosso filho ou filha. Pra não mencionar como
seus peitos vão ficar grandes.
Sophia montou sua cintura e pegou seu eixo. Ela alinhou seus
corpos antes de começar a descer em cima dele. Ele não estava
completamente duro, e ela foi capaz de se sentar sem doer.
— Quando toda essa merda ficar para trás, eu vou comer a sua
bunda. Vai ser o meu maior prazer.
~ 131 ~
bateu para baixo tão fundo que ela teve que se segurar em seus
ombros. — Agora é a minha vez deixar você louca.
Edward ia lhe dar muito mais. Ele queria uma casa e uma
família. Há muito tempo que Sophia tinha desistido do sonho de ter
uma família. Ela estava em seus vinte e poucos anos, e não queria a
responsabilidade de criar filhos. Quando era só ela e Kate, as coisas
tinham sido duras para ela. Não ter os pais para cuidar delas tinha feito
com que fosse ainda mais difícil para ela pensar em formar uma família.
Kate estava fora a maior parte do tempo, deixando-a sozinha para lidar
com as contas e a comida.
Ela nem tinha percebido que seus olhos estavam fechados ou que
ela tinha parado de se mover. Seu pênis pulsava dentro dela, mas ele
tinha parado de empurrar para dentro.
— Eu amo você.
~ 132 ~
sobre ele. Sophia gritou. O prazer que tinha diminuído em meio ao seu
pânico agora estava de volta sobre ela.
Ela montou seu pau duro, o levando tão profundo quanto era
possível.
Ele continuou, batendo dentro dela com tanta força que a deixou
sem fôlego. Seus impulsos incansáveis lhe enviaram sobre a borda de
outro orgasmo.
Ela não achava que fosse possível, mas ele provou que ela estava
errada, fazendo-a perder a cabeça novamente. Edward era o único no
controle. Ele a montou com força, lhe tocando de formas que a faziam
se sentir especial.
~ 133 ~
Capítulo Onze
— Quê?
~ 134 ~
— Sim, você pode, e você vai fazer exatamente isso, ou Deus me
ajude, eu vou acorrentar a sua bunda na parede outra vez. — Ela
cutucou seu peito e seu olhar o fez calar a boca.
~ 135 ~
— Quem quer que sejam nossos inimigos, eles foram atrás de
nossas mulheres.
6Um bloqueio, que pode ser do clube todo ou de algumas pessoas, é quando essas
pessoas, que estão sofrendo algum tipo de ameaça, ficam trancadas em um lugar
seguro, sem poder sair, até que a ameaça seja eliminada.
~ 136 ~
— Você não vai para casa. — Ele não estava disposto a arriscar
sua vida. Sophia era a única razão pela qual ele lutou tanto na
desintoxicação. Se ele a perdesse, voltaria a usar drogas para encontrar
a felicidade que ele sempre encontrava ao lado dela.
— Eu não vou te levar para casa. — Ele pegou a bolsa dela e saiu.
Lash e Murphy não vieram de moto. Eles estavam com um caminhão.
~ 137 ~
Depois de ajudar Sophia a subir na parte de trás, ele subiu ao lado dela
e bateu a porta fechada.
Lash estava dirigindo, mas Murphy virou-se para olhar para ela.
Nash viu que ela tinha razão. Os últimos meses tinham sido um
pouco vagos devido ao seu consumo de drogas. Ele esteve fora do
circuito de várias maneiras.
~ 138 ~
Na parte de trás do caminhão não havia janelas para ver do lado
de fora. Ele olhou para a parede de metal branco, desejando que
houvesse algo que pudesse fazer ou se lembrar para ajudar. Um inimigo
desconhecido era o pior tipo de inimigo. Sem saber com quem era o
problema, eles estavam presos, sem saber o que fazer ou para onde se
virar.
Algo prendeu seu pescoço, e tudo o que ele podia ouvir era a voz
de Lash. Mas o que mais o aterrorizava não era a voz de seu irmão. Era
o fato de que Sophia não tinha dito uma palavra. Ela não estava nem
mesmo se mexendo.
*****
~ 139 ~
— Nash! — Lash gritou para seu irmão entre a dor e o nevoeiro
em sua mente. Ele não conseguia entender nada além do fato de que
seu irmão estava sendo levado. Quando ele viu Sophia sendo levantada,
ouviu as risadinhas dos homens. Tossindo, ele lutou contra o cinto de
segurança que o segurava. Murphy estava gemendo ao seu lado.
— Se fosse Tate, ela teria a minha bunda por falar assim com ela,
— disse Murphy.
~ 140 ~
— Neste momento eu estou de cabeça para baixo no caminhão.
Os cintos funcionaram que foi uma beleza. Não consigo me livrar dessa
porra.
*****
Cada parte de seu corpo estava doendo. Não havia uma parte dela
que não doía. Sophia gemeu, tentando apertar a cabeça com as mãos,
só para ser parada quando viu que seus braços estavam presos.
Abrindo os olhos, ela gemeu de novo por causa da dor. Sua cabeça doía
tanto que estava lhe deixando enjoada.
~ 141 ~
não tinha conseguido uma visão clara de tudo o que estava
acontecendo.
Ela não reconheceu a voz. A voz de Nash era a única que ela
conhecia.
— Esta puta é nojenta. Eu não sei por que alguém iria querer
ficar com ela.
~ 142 ~
cinto foi enrolado ao redor do seu tronco, e uma corda amarrava os
seus pulsos e as pernas na cadeira.
Ela odiou a visão dele amarrado e desejou que houvesse algo mais
que pudesse fazer para lhe ajudar. Ele estava olhando para ela. Ele
arregalou os olhos quando viu que ela estava acordada.
— Nós capotamos?
~ 143 ~
— Por que você está rindo? — ele perguntou.
Nada aconteceu.
— Gill, deixe ela em paz. Nós não estamos aqui para isso, ainda.
Temos que esperar até eles chegarem. Eu não estou disposto a arriscar
minha bunda até que negócio esteja concluído. — Willy empurrou a
mão do outro homem para longe. — Nós temos muito mais surpresas
na manga antes disso.
~ 144 ~
Fechando os olhos, ela queria pedir a ele para calar a boca. Estes
homens eram perigosos pra caralho. Ela sentia isso vindo deles desde o
primeiro momento em que os viu.
— Claro que conhece. Ele não sabe o meu nome. Eu sou o seu
fornecedor. O fornecedor em quem ele deu uma surra. Você se lembra
de mim, Nash?
~ 145 ~
Capítulo Doze
~ 146 ~
— Eu não preciso de dinheiro. Os meninos e eu paramos de
viajar, e nós já nos estabelecemos em um lugar nosso. — O outro
homem caiu sentado em uma cadeira. Lash ficou surpreso pela madeira
não quebrar sob o seu peso. Devil não era gordo, mas ele era um filho
da puta grande e perigoso. Ele colocou a arma sobre a mesa, assim
como um maço de notas de cem dólares. — Eu tenho dinheiro suficiente
para comprar o que eu quiser. Vou te ajudar a matar esses filhos da
puta, e eu quero dizer mortos e enterrados, e então você vai me ajudar
com algumas informações.
~ 147 ~
— Não sacaneie ninguém no meu território, Devil.
— Olhe, eu vou lidar com minhas coisas do meu jeito, e você lida
com a merda em seu caminho. Temos um acordo — perguntou Devil.
— Você tem alguém que possa encontrar essa vadia? Eu não tive
sorte até agora.
*****
~ 148 ~
— Eu vou te proteger.
Ela riu. — Você realmente acha que vamos sair daqui? — Ela não
estava lutando contra as restrições, e ele não gostava de como ela
parecia desolada.
— Nós vamos sair daqui. Meus irmãos virão atrás de nós dois.
Eles não vão nos abandonar. Eu sei que eles não fariam isso, — disse
Nash. Ele pedia a Deus que eles trouxessem o Chaos Bleeds junto.
Antes de ser sequestrado, ele não queria esse clube perto de Fort Wills,
mas agora ele podia ver o valor dos motoqueiros.
Nash olhou para o homem mais velho, desejando estar livre. Ele
adoraria arrancar o sorriso do rosto do bastardo. Willy sequer lhe deu
atenção. O outro homem caminhou para o lado de Sophia.
~ 149 ~
que Sophia é parte do negócio é apenas um bônus para mim. — Willy
acariciou um dedo pelo seu rosto. — Eu não sei o que vai acontecer com
você, mas eu estou entediado, e eu gosto de machucar as pessoas.
Nash não gostou de onde esta conversa estava indo. Quem diabos
havia contratado Willy e Gill, junto com todos os capangas que ele tinha
visto? Havia muito mais coisas acontecendo do que ele pensava.
— Fort Wills não vai mais ser comandada pelos Skulls. Você e
seus homens já não são mais bem-vindos. É hora de sangue fresco
assumir a cidade, e os homens que nos contratam são os únicos
capazes de fazer isso.
~ 150 ~
O homem se voltou para o seu ex-fornecedor, que estava
segurando uma seringa. O cara amarrou um torniquete em volta do
braço dela e encontrou uma veia. A agulha foi pressionada no braço de
Sophia. Nash observou sua mulher ficar tensa. As drogas na seringa
entraram no seu sistema.
Ele olhou para os três homens. Willy estava olhando para Sophia
um pouco intensamente demais. Porra, ele esperava que ela não fosse
alérgica a qualquer merda dentro da droga. Hoje era para ser o melhor
dia do caralho da sua vida, e no momento estava se transformando na
pior merda da sua vida.
~ 151 ~
— Ladrões sem importância? — perguntou Nash.
Outro soco veio para sua mandíbula. Quando ele estivesse livre,
ia cortar fora as bolas desse homem e alimentá-lo com elas.
Ele gritou com o golpe instantâneo de dor. Sim, ele ia matar todos
os filhos da puta nesta sala, e ia rir enquanto fizesse isso.
— Isso pode ser mais fácil ou mais difícil, — disse Gill. — Você
decide.
— Ela não está nem lutando contra mim, — disse Willy. — Talvez
eu devesse obrigar ele a ver enquanto a toco?
Se ele não tivesse se viciado em drogas, ele não teria colocado ela
nessa posição. Ele ia fazer tudo ao seu alcance para arrumar as coisas.
~ 152 ~
— Você não está em condições de pedir nada. — O homem que o
torturou andou em torno dele, formando um círculo. Estes homens
sabiam que ele tinha ido até o inferno e voltado? O que eles estavam
jogando para ele não era nada que os Skulls não pudessem fazer.
Outro golpe em seu rosto não impediu o seu riso. Willy se afastou
de Sophia. Nash queria mantê-los longe dela.
— Pare de bater nele, Gill. Eu quero saber o que ele acha tão
divertido. — Willy parou com os braços cruzados.
~ 153 ~
— Seus homens foram capturados. Os Skulls, — Nash parou para
rir, — eles são assassinos. Meu irmão quebrou o pescoço de um homem
por tocar na mulher dele. Vocês não iriam durar dez minutos com os
meus irmãos. — Eles também tinham Killer junto com vários outros
homens. — Nós mataríamos todos vocês em um piscar de olhos.
— Você disse que tinha isso na bolsa. Você disse que eu ia ser
protegido e que eles garantiam nossa proteção, — disse o traficante.
*****
Ela tinha ouvido falar que uma dose podia te deixar viciado.
Deitada na mesa, em perigo que algo muito pior fosse feito com ela,
Sophia estava determinada a não ficar viciada nisso. Ela ia entrar em
qualquer programa que fosse necessário para não entrar nessa.
O cara que havia injetado heroína nela se moveu para trás. Mais
gritos voaram pelo ar.
Antes das drogas sua boca se sentia horrível e inchada. Agora, ela
não conseguia sentir nada ou sentir qualquer toque ou gosto.
Lambendo os lábios ela olhou para o teto, onde tinha havido luz solar
horas atrás. Sophia não sentia mais a dor das lesões, o que ela sabia
que era um mau sinal.
~ 154 ~
Mantendo o seu olhar no teto, ela se perguntou como eles iam
sair dessa. Se os Skulls não chegassem logo ela sabia que em seu
destino haveria algo do que ter drogas injetadas contra sua vontade.
Seu vestido estava meio aberto, e a malícia que tinha visto nos olhos de
Willy não podia ser confundida com qualquer outra coisa. Ela também
ouviu o que Gill disse. Eles iam se revezar enquanto a estupravam.
Seu corpo parecia tão leve. Sophia tentou manter o foco sobre
esse pensamento, mas nada estava acontecendo.
Ele segurou seu rosto com força. — Do que diabos você está
rindo, sua puta?
— Você vai morrer. Vocês todos vão morrer, — disse ela, rindo
mais.
— Você está blefando, e você quer saber, eu vou foder a sua puta
aqui mesmo, — disse Willy.
Vamos lá, alguém nos salve. Por favor, por favor, por favor.
Por uma fração de segundo Sophia gostou dele, mas depois ela se
lembrou do que ele tinha feito para ela. O pânico parecia estar em
outras partes do seu cérebro. Ela não podia se mover, mas sentia suas
~ 155 ~
emoções, em vez de reagir a elas. Aquele filho da puta estava vindo
machucá-la. Como ele se sentiria ao ter suas próprias drogas de merda
injetadas na porra do seu braço?
Sua mente estava em todo o lugar. Ela não podia lidar com uma
forma sólida. Seu vestido foi rasgado um pouco mais e ela gritou,
precisando, querendo empurrar o homem o mais longe possível dela.
— Ela vai aprender o seu lugar, e esse fodido está prestes a ver
isso, — disse Willy.
— Não, se você transar com ela, estamos todos ferrados. Isso não
faz parte do plano. Há um clube inteiro procurando por eles. Eu não
vou arriscar minha vida por isso. Ela pode ser sua uma vez que ele
esteja fora da equação e nós estejamos a quilômetros de distância desse
lugar do caralho. — Seja lá o que Nash fez com seu fornecedor, o deixou
com muito medo.
— É hora do show.
~ 156 ~
Capítulo Treze
— Devil sabia onde você estava. Ele perguntou por você pela área
e apareceu com isso. Eu não podia sequer pensar nessa porra, — disse
Lash.
Lash lhe ajudou a ficar de pé. Os sons de tiros e gritos podiam ser
ouvidos de longe. Ele estava tão feliz que os homens tinham saído do
armazém para ajudar seu grupo. Mancando até a mesa, ele colocou o
vestido de Sophia no lugar. Ele pegou a faca de Lash e cortou a corda
que a prendia no lugar.
— Eles injetaram heroína nela. Eu preciso que você fique com ela,
Lash. — Nash acariciou sua bochecha. — Amo você, baby, mas eu vou
lá ferir alguns homens.
~ 157 ~
— Eu vou levar ela pra fora, Nash. Não se preocupe com isso.
Temos homens mais que suficiente para conter a gangue que pegou
você. Eles não vão sair daqui vivos. — Lash enxugou a testa. — Nós
corremos muito para chegar até aqui.
~ 158 ~
Nash olhou para os três homens sentindo a raiva crescer dentro
dele. Ele precisava acabar com eles, mas antes disso ele se virou para
sua mulher.
— Mate eles, Nash. Eles iam nos torturar. — Ela parou, lambendo
o lábio cortado. — E eles iam fazer coisas muito piores comigo. Eu
preciso ver todos mortos, não quero ter que passar a vinda olhando por
cima do meu ombro.
Nash não parou de injetar no homem até que não houvesse mais
pulsação. Não houve satisfação dentro dele. Ele se virou para se
certificar que Sophia estava conseguindo lidar com o que estava vendo.
Quando ele não viu repulsa em seus olhos, andou até Willy.
*****
~ 159 ~
Snitch ficou furioso ao ver seu plano desmoronar. Tiny estava
com Devil do Chaos Bleeds. Se o outro clube de motoqueiros tivesse
escolhido isso não teria importado. Ele teria conseguido o que mais
queria, vingança contra Tiny, o líder dos Skulls.
— Durma bem, Tiny. Você não vai dormir por muito tempo. —
Ligando sua moto, ele se afastou sem ser visto.
*****
~ 160 ~
Ela também estava com uma concussão e várias costelas
quebradas. O acidente no caminhão tinha lhe causado danos muito
maiores do que as drogas. O médico não gostou do que viu e mandou
que ela fizesse alguns exames, como raio-X e exame de sangue.
Encarando a parede branca, Sophia queria lhe atualizasse sobre o que
estava acontecendo.
Ela ouviu Tate falar. Era bom ouvir a outra mulher falar, pra
variar. Ela esteve tanto tempo sozinha com motoqueiros que começou a
se esquecer de como era ter uma companhia feminina.
7Na verdade essa expressão não existe no mundo MC, mas ela faz um paralelo com a
expressão old lady, que é como se fosse ‘primeira-dama’ e old man seria o masculino
disso.
~ 161 ~
Gill, ele tinha esmagado seu rosto. Ela não tinha medo de Nash. Ele
tinha lhe protegido quando ela precisou. Seu amor não estava
vacilando. Ela ainda queria estar em sua vida, sem qualquer dúvida.
— Eu estou bem, baby. Nada vai acabar comigo assim tão fácil.
Estou um pouco inchada, e em parte é pelo bebê. — Tate cobriu a mão
dele, sorrindo.
~ 162 ~
— Zero, eu estou com Nash.
— Eu sei que você tem sentimentos por mim. O jeito como você
me trata é diferente de como trata as outras mulheres. Eu vi naquele
dia que você estava testando Nash. Você não tratou nenhuma das
outras mulheres de um jeito diferente. — Ela não podia ignorar esses
pensamentos quando sabia a verdade.
Lágrimas encheram seus olhos. Ela não sentia nada por esse
homem que não fosse amizade.
— Eu sei. Pela primeira vez na minha vida estou fazendo algo sem
pedir nada em troca. — Ele se inclinou para baixo, pressionado os
lábios nos dela. — Isso é tudo que eu vou tirar de você.
Ela observou ele ir. Deitada na cama, ela soltou um suspiro. Seus
pensamentos correram para Nash. Talvez se ela tivesse conhecido Zero
primeiro pudesse ter havido uma chance para eles, mas ela duvidava.
Zero não fazia seu coração correr. Ela nunca procurou por ele no
quarto. Nash a atraía de uma maneira que ela não entendia. Seu amor
por ele tinha sido parte dela por tanto tempo que ela sabia que não
poderia desistir desse relacionamento.
*****
~ 163 ~
enquanto ele dava aos dois um pouco de espaço. Checando o relógio, ele
concedeu a Zero a chance de colocar seus sentimentos para fora.
— Ela saiu do coma, e nós estamos esperando que ela fique bem
para ir para casa em breve. Todos os rapazes estão cansados de sempre
acabarmos no hospital. Nossas mulheres devem ser protegidas o tempo
todo. — Ele fechou a porta e foi até a cama. Nash não se sentou. Ele se
deitou ao lado dela e Sophia se enroscou nele.
~ 164 ~
— Não dou à mínima. Eu não pude te abraçar hoje e eu preciso
disso.
— As drogas estão fora da minha vida, baby. Eu não vou ter nada
a ver com elas. Eu vou lutar contra isso a cada passo do caminho.
Depois do que aconteceu hoje, eu vou estar com você. Você não vai se
livrar de mim.
~ 165 ~
Capítulo Catorze
Fora da sua névoa induzida por drogas Nash foi capaz de chorar
decentemente pela morte de Mikey e até mesmo levou flores para o
túmulo de Kate junto com Sophia. Justo, eles se despediram da sua
irmã. Ele não se sentiu tentado a usar drogas, e não estava bebendo
~ 166 ~
nada também. Durante as festas loucas do clube ele sempre ficava na
água ou no refrigerante. Ele não estava preparado para sair dos trilhos
outra vez.
Sophia ficou com ele e até mesmo voltou para a faculdade. Após
três semanas procurando, eles acharam uma casa perto da do seu
irmão. Eles tinham alugado um depósito e estavam se mudando na
próxima semana. Os irmãos do clube estavam ajudando com tudo. Zero
também ajudou e ele passava muito tempo com Sophia. A amizade
entre os dois era confusa, mas funcionava, e ele não ia fazer algo para
afastá-los. Nash não podia parar os sentimentos do homem. Ele só
esperava que Zero não fosse estúpido o bastante para tentar alguma
coisa.
Ela não tinha se casado com ele ainda. Tate estava organizando o
casamento para o Natal. Ele não se importava, desde que seu nome
estivesse em um pedaço de papel comprovando que eles eram marido e
mulher.
~ 168 ~
— Então, eu proponho um brinde a Angel e Lash, ao seu filho
ainda não nascido e à criança que perderam. Vocês merecem tanta
felicidade, e eu sei que essa criança vai ser mimada. À Tate e Murphy,
nós nunca nos esqueceremos do que vocês poderiam ter perdido, e
vamos abraçar o que futuro trouxer. E à minha neta. Um brinde à
Nash, você fodeu tudo cara, mas isso está no passado. Eu tenho sorte
de ter você no clube. Sophia, você o trouxe de volta e fez dele um
homem melhor. Os Skulls sempre irão te proteger, pelo resto da sua
vida. — O copo de Tiny subiu ainda mais alto. — Aos novos começos,
aos maus términos e a um futuro cheio de promessas.
Nash ficou para trás, enquanto observava sua mulher cercada por
suas amigas. Ele tinha tanta sorte por chamá-la de sua mulher.
~ 169 ~
Depois de vê-la dançar e cantar por quatro horas junto com as
outras old ladies e prostitutas, Nash perdeu a paciência. Ele a pegou e
levou para o carro. Sua moto estava precisando desesperadamente de
alguns reparos.
Palavras não eram necessárias. Ele estava tão apaixonado por ela,
e tudo que ele queria era se afogar no seu perfume. Segurando seus
quadris, ele a pôs de quatro. O cu dela brilhou para ele na meia luz.
~ 170 ~
*****
Sophia estava tão excitada que não podia mais esperar para
transar com ele. Ao longo das últimas semanas ele sempre tinha
brincado com a sua bunda, fazendo com que ela tivesse pensamentos
selvagens dele a comendo por trás. Olhando para ele por cima do
ombro, ela sorriu. Ele estava se masturbando, acariciando seu eixo. Seu
olhar estava fixo na bunda dela.
— Não fique tensa. Pense em como você gostou dos meus dedos.
Ela fez o que ele pediu a acariciou seu clitóris. Seu orgasmo
estava tão perto da superfície, e ela sentiu Nash indo mais fundo na sua
bunda. Ele levou o seu tempo com as estocadas, indo mais devagar
nesse momento.
~ 171 ~
Gemendo, ela fechou os olhos e se permitiu partir sob o seu
assalto. Aos gritos, ela gemeu quando seu orgasmo tomou conta,
batendo dentro dela.
Nash agarrou seus quadris e montou ela com força. Não havia
dor, apenas o prazer que a levava até a borda.
Quando ele deu outro tapa no seu rabo, ela gritou, querendo mais
dele. Ela empurrou mais contra ele e aumentou os golpes contra o
clitóris.
Eles foram em direção ao pico juntos, até que finalmente ela foi
arremessada além da borda. Sophia o sentiu enrijecer dentro da sua
bunda e calor veio em seguida. Caindo sobre a cama, ela respirou fundo
várias vezes, tentando acalmar seus nervos.
Ela estava tremendo toda. Nash arrastou os seus dedos pela sua
pele, seu corpo curvado atrás do dela. — Você é tão sexy. Eu sou o
homem mais sortudo do mundo, — disse ele, sussurrando em seu
ouvido. Ele beijou a bochecha dela e depois o pescoço. Seus mamilos
endureceram e ela ficou excitada.
— Não foi a última vez. Nós vamos fazer isso de novo e de novo.
~ 172 ~
— Eu quero isso o tempo todo. Eu vou ter que ser forte quando as
aulas começarem mês que vem. — Ela tinha voltado para a faculdade.
Seus professores tinham exigido que ela fizesse vários trabalhos e
fizesse uma prova antes de ser autorizada a retomar o curso de onde
parou. Eles queriam ter certeza de que ela era dedicada e não ia
desistir.
— Um bebê?
~ 173 ~
Nash nunca ia ganhar um prêmio por ser o homem mais
romântico, mas Sophia o amava desse jeito, e não havia nada que ela
não faria por ele. Ser uma old lady certamente tinha suas vantagens.
~ 174 ~
Epílogo
Ele estava tentando, mas em sua mente e coração Eva era sua
mulher.
~ 175 ~
— Você trepou com as suas mulheres lá, Tiny. Eu já ouvi todas
elas falando das suas proezas na cama. Você é um monstro, uma
máquina de sexo. Essa vida não é para mim. Tate está crescida. Lash e
Nash estão de volta aos trilhos. Você não precisa mais de mim.
O que ele sentiu uma vez por Patrícia não chegava nem perto do
que ele sentia agora por Eva. A mulher diante dele tinha trabalhado um
caminho para debaixo da sua pele, e não havia como fugir disso. Eva
estava em seu sangue.
Ele tinha cuidado dela uma e outra vez. Fazia anos que Tiny já
não senta mais nada por Patrícia. Essa parte da sua vida se foi, e assim
como Devil, ele estava indo tomar o que queria.
— Isto não é sobre ela. É sobre nós. — Ele a puxou para mais
perto, acariciando seus seios. — E nós vamos fazer isso, Eva. Você vai
ser minha mulher.
~ 176 ~
— Meu pai está vindo me buscar. Estou deixando Fort Wills
definitivamente. Eu vou voltar para Las Vegas.
Fim!
~ 177 ~