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1 4 7 A esfera cd os recursos s hidr 1.0 ciclo hidrolégico 0 conjunto de todos 0s reservat6rios de égua que existem no planeta forma a hidrosfera, Muito provavelmente, a origem da hidrosfera estd associada & conden- cio do vapor d'’igua que existia na atmosfera primitiva quando ovorreu 0 esfria- mento da superficie da Terra, nos primérdios de sua histéria geoldgica. Entretanto, ainda nio existe uma teoria cientifica conclusiva sobre a origem deste vapor primor dial, sem o qual nao existiria nem agua nem vida no planeta. Supostamente, ahidrosfera é um sistema fechado. Isso significa que. ao longo das eras geologicas, a quanti ola nf. Sadanom destruids, apenas migra entre diferentes ti Tceanos,T10s €Tagos. Sulurados e nuvens. OB ceberg Antico, Agus com muhaes de anos de idade. Esse procesto continua de runsterincla ereck- ‘geni, movido pela torca da gravidade ou pola enengia Des: Sout € rambodea hercgice oon Lo amiharesdeanos. © tempo de esidtnca da 4a em Cada tipo de reservatonio ambm varia enormemen teem media a agua permanece 10 di na amosters, soba forma de nuvensou de chuva, enquanto nosoce. anos ea permanece em médlia 37 mil anos. A maior Partedos cursos fuvisis do planta se renewa comple tamente em 16 das, enquanto geleraselengOs re ia Rt ee eas to, trata-Se de um processo muito caro e que envolve 6 salgad gS ea ore eum eevad consumo engin rzi0 pela ala “eis para consumo hummanose pase corer: Cipacdade mundalrtlae mui pequene Torso caro € compieno de dessalinizacdo. As aguas eS TELS i.1e.2,5%% do total, ©6190 3 pelo quala iqua penetra nas formacbes rochosas eatin mazenadas essencialmente nas calotas polares, golei- Ge olengol subterrdneo, Por fim. ua retorma aos [Hic depisiios subiernincos. Os Iagas de agua doce e “Qceanos alravés do escoamento pelos leilos dos 10s ©. Gres dcondepsimamiorniciaenivs pote a para consumo humano, representam infimos 03% "A diversidade geoldgica, climatica e botdnica do © processo de dessalinizacdo, que pode ser realza 60 por meio de diferentes tecnologas, consiste na remogao dos mineraisdissolvdos mas dguas oceani- ‘cas cu subterriness que tenham se tornado salobas, No mundo inteio, exstem 75 mil usinas de dessal ‘zag, dors tergas das quais em operagio no Oren: te Médio, Na Ardbia Seudita, onde se localiza a maior ‘usa do mundo, as éguas dessalinizadas represen- tam a maior parte do consumo domestica, Entretan do esioque global de agua doce ig. meio natural exence f da Em grande parte, 0 ciclo hidralsaico funciona “qua que alinge a superficie, em uma érca semi-dcica, oraue os oceanos perdem mais gua pcla evapo ‘por exemplo, a evaporagao tendea ser maior ¢e infil Facao do que recebem na farma de precipitacio (1) tragdo, menor, Areas florestadas apresentam taxas fig. 2 na pagina sequinte). Na atmosfera, o vapor “maiores de transpiraco do que regides recobertas por pera dégua em forma de nuvens se transforma em pre-_ “vegelacdo rasteira. Nos Solos ar cipitacae, que atinge continentes ¢ oceanos ¢ tanto “agua ocorre mais rapidamente, enquanto.os.solos.ar- Bode ser sida (graniz0 ou u- _gllosos retém a agua por um periodo de tempo maior “Val, dependendo das condicdes climaticas (2). ~~ Alem diss0, essa dversidade condiciona uma dis Nos continentes, uma parte das precipitagdes € tribuic2o muito desigual das dguas de escoamento, devolvida para a atmostera, gi revaporagdo que —alimentadas pelos diferentes regimes de precipitacdes. se di a partir dos reservatérios de agua liquid tals Cerca de 20% de toda a ‘igua que escoa no planeta como rios, mares elagos, e a transpiragdo, pela quala —grigina-se na Bacla AmazOnica, 0 que al xpi cobertura vegetal perde vapor 'aguapareeatmoste. caraTiderancn dot feranga do Brasil entre os paises com maior ra (3) Uma outra parte escorre para os rivs, lagos e _estoque de agua doce do mundo, Também por causa mares por meioda drenagem 41 Quirocanifheaue “8a Aumeidniara Amiri do Sue ocontinente com 0 ode ser tomado pela agua de chuva consiste n infil “malor volume de escoamento superficial, apesar de trago no slo ena besser perelache, DGS? SEgIY RES TE primeira mi (CTEM Distribuicso das éguas na Terra | elena Cate: Reif 3003 P7 ule do século nao foram registradas precipitacdes ante 40 anos consecutivos em{Arica_no Che | -e08 25 maiores rios do mundo, trés situari-SeTia \ rca, quatro na América do Sul, 11 na Asia, cinco América do Norte ¢ dois na Europa tig. 3) Qslagos, por sua vez, esto concenirados no He- snistério Norte, onde a eros glacial gerou profun- Seats or RR Gogo BST Tapressdes na crosia lerrestre, © Lago Baikal-na “Tas aeTeHT-SorTHITO Corea de un fo esio~ Tealobal de agua doce lacustre, en ran. eetagenae Rice door. Cer Scone baat Se aes pee comes Prctage Inercptasto contents seuvegeagio & Os maiores rios do mundo _ Erosao glaci A grosdo glacial consste no trabalho de desgast, _dsrodus provers po mosmentadas ges cafmente, see fendneno rstinge-se praticaien- te 8 Antarida, aos arredores do Aico, 20 norte de Lurdsia e do Canada eas atas montanhas. Entreten to, a Fistora geologica da Terra foi pontihade por idades glaciais — nas queis a diminuigdo da tempe- ratura média da supetice permit 2 expansao das ‘alotas polares ea consequent regressao marinha. (COSEBD_0 ciclo hidrolégico Trantorinaa de das Fonte: Tuvoss se Galata Foun poste it ‘eerands eceser S20 Caos me, 2005.96 < / } os re eee | i SS a oe oo Loe cane mxcmco ocean ee es rr : | Se 2. As sociedades e a utilizacdo de agua Ha milénios, as atividades humanas interferem diretamente no ciclo da agua no planeta, O controle sobre os cursos e a vazio dos rios foi fundamental para muitas das civilizacdes da Antiguidade. A construcdo de barragens para aumentar as ‘esorvas de gua evtaro-escoamento, por exe- lo, comecou no rio Nilo ha mais de cinco mil anos, quando a primeira represa foi erguida para reter uma parte das éguas que abundavam durante as cheias. Foi o inicio de uma longa histéria de intervengdes, qué culminu com a construcao as sucessivas am- pllacdes da barragem de Assua, que deu origem a9 fiaetan age Naser ba foaiire area Baits ‘Sudao. A capacidade de retencio dessa barragem é Tal que.a 1 dela. umdosmaiares ios damun- do; ransforma em pougo mals que um canal “Na Era industrial, a pratica de regularizacao dos cursos fuvials, por meio da construcdo de barragens, represas e canais, se disseminou a tal ponto que, no mundo inteiro, so raros os sistemas de drenagem que mantém intactas suas caracteristicas naturais. Nas areas urbanizadas. a.ciclo hidroldgice épra- fundamente alteradto pelasatividades humanas, Como, _wcobertura vegetal € quase toda retirada, 0 processo de transpiracao diminui sensivelmente. Por isso, oar Se torna menos timido e ocorre um aumento da dze- ‘nagem superficial, acentuado pela impermeabilizagao Gas superficies por concreio, asfalto e telhados, que Impedem a infiltragao e a percolagao fig. 4). Apesar Aacorplec estritira de canals Sfcels de rena. gem, esse conjunto de alteracdes aumenta exponen- cialmenteo risco de inundacSes nas grandes cidades. Tos domésticos ¢ efluentes ago Bata na Rossa, er) 1937. 0 maior ag do mundo possui 25 aquidmetrescibices ce agua doce Por outro lado. o aumento acelerado do consu- mo de agua e a poluicao dos mananciais por esgo- industriais tornam 03 sis {Temas de abastecimento uribano. isca As cidades do sul da Califérnia (EUA), por exemplo, sio abastecidas por um complexo sistema de aque- dutos, organizados em torno do imenso Aqueduto a Califia (fig. 5. na pagina seguinte) que atraves- sa montanhas e desertos e se ramifica nos aquedutos menores que abastecem os reservatirios. Fonte: aboado pals ators |) Mananciais_ m ser Manancias 580 2s resenas de detuperloc oo abiertnens ulluades paaconer ‘ho humano, por indistrias ou para imgacgo..Ne ‘aor parte das megeadades do.mundo, os ma rhancias préximos a elas so protegidos pot legisla 20, so especie. us vse combate A.acupacao |re- _guar€ a poluicdo dos reservattxios oceANO pacieco paso tort ‘Aquat arin! Forte: Calfona Dept of ter Resouces, 2001 “pare em. Aeesso om 22004, No mundo inteiro, mais de um bilhdo € meio de besSoas, a maior parte dels vivendo no meio urba~ “no, depend Suprir suas necessidades bisicas. Aproximadamente Tetadeaas ci 8 Subterraneos.acima da capacidade de reposicio.na- Turale, portanto, no tem garantido o sistema de abas- Scimento no futu Trento dessa agua cau ‘Grolégico. Grande parte dos rio spende do lengoi Barrage de Aes Abia col imerengoes hur ‘fuze das éguas do ra Nia, as sob ‘Alm disso, a retirada da dgua subt ter como conseqicncla um efeito de subsidéncta, ja que a rocha que serve de subsirato possui um volume inenor quando desidratada. Em regides costeiras, 0, lugar antes ocupado pela agua subterrinea pode ser prvenchido pela dgua do mar, A agua que seria ui 7ada para.as atividades urbanas se torna salina. Bancoc, capital da um bom exemplo desse proceso: algumas das regies da cidade so. fein aoevamento” gue cheaaa Ut centine teor de sal do lengol subterraneo au- REALE progressivamente. Na Indonésia, as Aguas 4s avancaram por 45 quilometros pelo inte- ‘Flom devido & exploracio excessiva dos 9! ‘Deka poluda do fo Niger em 2004, nas proxrmdaces da Companhia de Gas Liqueteta Nigeraro. No mundo into, esta se que 10 minges de pessoas moram anualmenve por doencas ‘autades pela comervnarae da agua pelos polueres incusies Na Cidade do México, ondecerrade 7255 detodaa Squltcratttie torre adeomoaiate Sando a COM DROMEtEr a SSMS aE islOricys, Em Bangladesh, dezenas ‘epovos de agua es bus de gua esto contaminados por arsénico, ‘gerado por reagbes quimicas derivadas n ic pessoas jd apresentam sinais de intoxicacio, (O esqoto tamb rave problema, em es- pecial nas cidades dos paises pobres, que nio dis ‘Diem de redes compla ide-eslagaes ‘adequadas de tratamento, Na maioria delas, a dgua asada nas indUstrias e residenelas.€ despejada dire- famente nos rios e correqos ou em pocos, dos quais {95 poluentes contaminam o lengol fredtico. A Orga~ nizagho fe Saude (OMS) estima que, no ‘mundi intro, pelo menos cinco milhoes de crian- ‘gas morrem anualmente devido-a doencas provoca: Sispalsngestan deayua contaminadasorengotor omgSTICOS (aE Tngia.ecblera}. No conjun to do mundo subdesenvolvido, cerca de 90% de to- das as doengas inecciosas so transmitidas pela gua. No Brasil, em 2004, 89° das pessoas hospitalizadas nido possuiam acesso & dqua de boa qualidade. A crise da agua ‘Como vimos, as alteragées.no-ciclo-hidrolégico ‘io implicam a diminuicio da estoque total das re Cursos hidricos. A crise da agua diz respeitodescas- ‘Ser de agua potivel, e& poncinalmente suid ‘Poluigao dos mananciais disp Soconsumo. Uma parcela cada vez maior da agua dace. gue ula polo iit est conlaminada, sola por as duos de processos Tadstras, por esgotos domést, “COR, Ou sine por fertlzantes e pest “ubllizados na agricultura agricultura. .deiqua residual que.celorna.2o ciclo, ou seja élane: -do sem iratamento em rigs ¢ lagos ou atinge os depé Silos subterraneos, contamina oitelros de dqua doce. ‘Aquantidadedeigua contaminada que exisiena nuns. dst coee de 20 mi bn oe tos doaus 120 mil km olume tot janelal MilhOes de pessoas em todo 0 mundo ul “am €584 agua poluida para suprir suas necessidades, bisicas: esima-se que cerca 35% da populacao mun- ial nao tenha acesso d dgua potivel e 43% no con- lam com servigos adlequadis de saneamento Basico No que diz. respeito ao sistema de abastecime to, as desigualdadies entre os paises econtinentes Siu “graces No conjuntodocontinentealricano. 30% __Gaipopulagio urbana nao conia com servigo dea tecimento de agua, enquanto na Europa esse num eclmenta de dgua, enquank eda ampliagao maior consumo mundial a r ‘nos ilimos cinglionta anos, em drande parte devido ao creseimento da popula {ada Por ano, so consumidos no planeta cerca de 21.500 kde gua dace, que correspondem a metade da disponibildade anual cfetva de todos os recursos hidricos acessives,incluindo-se ros, lagos, aqiferos sublerrdneos ¢ quas de degelo sazonal.,A Asia, com sua enorme populacio, respo ‘Tiss ds cuiammo GbE TERE continents oso "i lo consumo total. oprincipal uso éindus- ial, Mas, globaimente, ha forte predominio do uso ‘agricola, principalmente pela irrigagao (fig. 6). Esti- ma-se que.15% das ferras cultivadas no mundo sejam irriqadas, © que nesta parcela sejam produzidos 40% ‘do volume global de alimentos. Muitos paises, tais “como a China, Israel, 0 Paquistio ¢ a Libia produzem ‘@maiorparics -alimentos cmterras irrigadas, e aS principais areas de fruticullura-da mundo — tas ‘como vale central da California — também depen- Distribuigdo do consumo mundial de 8gua por usos Fonte: Word Resources institute, 2003, spaniel em. Gawain ‘ees em: 2 pl. 2008 gacto agricola nas promidades de El Cena, Calta, em 2002. No rice do secule XK, 0 toa de terasiigades no mundo {ade aproxmadamente 6 mihaes de hecetes;auaimente, ese total gra em tora de 280 miaes de neces _Devido a irrigagi, diversas reas agricolas tam. Jas eco no nordeste da Chin, oleate diminuihdo a rarao de corca de um r nF ano, ¢ algo similar ocorre em um q Fide caltivo irrigado dos Estados Unidos. Enire os diversos usos da aqua, airrigacio ¢o que presenta maior taxas de despersicio, rigs maior parte do mundo, ba n Wenicas pou »clicazes ¢ ie aixo rendimento. O método de. _O.mais difundido, apresenta al [Trlaxas de evaporacdo esun efcienciainarcela da agua Trlocada i disposicao das plantas) ¢ inferior a 30%. A. sosivuaé produz alguns efeitos desastros9s. Oaguffero de Ogallala, nas Grandes Pla sTados Unidos} ponte o-equivalonte a ‘Teolumes do Ho Colorado eesti sob ame aio, No Egito, as €guas do rio Nilo dest nse basicamente d agricultura endo ha fontes para : demanda crescente dos usos domésticos ¢ industri s. Na Libia, a situacdo é ainda mais grave, pois.os jcios de irriqagao extensiva exigiram a excessiva Aceso em, 2p 2008 (TERA bacias hidrogratcas marge dos 9) | = | | mimes 33 | Peace HF idracteee 13 Hanitarts port Deze co es 100 | | | pacrco Fonte: Ato Rebouas © anbione trasleo, 500 anos de epcag 5 rece ences Ye REE "hap Cosa (Ory) Fatrrving amber) brasteva Sie Pao topmost as. 2005.5 201 A gestao dos recursos hidricos Naesfera governamental, as competéncias acer ca da gestao dos recursos hidricos espelham as pri- ridades atribuidas & questio em cada momento Rinonco. «da de 1930, quando o essencial da econy- ‘nia brasileira girava em torn das aividades agrico- so Ministero da Agricaura cra responsive eb i. je 1960, em pleno proceso de in- ya geracio de energia hidrelétrica s eas airibul s hidricos ‘rializagao) tfansformou em GE governamentais sobre os re nacional, © s sobre os recurs assaram puta. o DNAEE. vnculado.ao Minisistio das Minas e Energia. ‘Em 1997, quando a.escassez, de.dgua.potavelha- yia se fornado.um_dos. grandes temas.da.agenda am foi criada a Agéncia Nacio: Embiental internaci ea jeintegra nie, No-novo arranio institucional proposto nam como ios recursos hidricos, fescentralizar os processos decisorios Allegislacio prové a formacao de Comités de Bacia, compostos por representantes dos gover- Ro Paraiba do Sul, atngido por produtos qumyicos despejados (UC), em abril de 2005, 0 despeio abu c também a vide de dezenas de famfas Ge pescadores da rego. Pel i sd responseblidade de tbnce, S financiar 2s pr nos federal, estadual, municipal, por usuarios da ‘jue € por ongunizaydes civis. Esses comiles dle vyem fracaras estratégias de preservacao da quali dade das Aguas ou de recuperacio dos rios. hem. ‘como administrar possiveis canflitos pelo uso das ‘iguasdas bacias. Também est previsto que — ais como inchistrias, companhias de saneamen: to’e de irrigagao — que captam agua ov despejam poluentes paguem pelo.use.das aguas, de forma a -ojetos de sustentabilidade € gestao ‘Glas hidrograficas. O Comite do Rio Paraiba do Su que envolve idos de Sao Paulo, Minas Gerais Rio de Janeiro, foi o primeiro a implantar a co branca; desde 2002, esto em-vigor tarifas pela.uti Tizacao das dquas da bacia, Pela lei, quem polui mais também é obrigado a pagar mais, O gerenciamento efetivo das bacias hidrografi- brasileiras, porém, ainda esta longe de ser uma realidade. Pelo menos por enquanto. 05 comités esto em funcionamento em parcela muito restrita das bacias hidrogrificas brasileiras, ¢ 0 desperdi- cio ea contaminacao dos recursos hidricos conti- nuam sendo a regra. fence de celulose de Catguazes aor balsto de biosvers de pees do co, € (0s danos arbiertaise soca Pa 3 Responda em seu caderno, : Revendo o capitulo 1. Ocick movimentado pe Dé exemplos que comprovem esse fai energie solar ou pela forga de gravidade. 2. Explique por que os mares sistemas lacustres do mundo estio localizadas no Hemisfério Norte. 3. De acordo com Marq de Viliers, “o esgotamento dos lengdis fredticos ¢ uma das grandes crises invisiveis, mas ameagadoras, que o planeta enfrenta, com todas as suas implicagoes de queda na oferta de alimentos, miséria humana, tome, confli- toe guerra ERS tara De Agua Re de neo urn, 2002. 72 Quais argumentos poderiam ser utlizados para sustentar essa idée? 4. A dstribuigdo dos servigos de agua e saneamento basico € profundamente des ual entre os paises, como mostram os exemplos abaio. Procure explicar essa desigualdade. Populagao atendida por senicas de agua e sancarnarto (em %) Com rn de ‘com ntalagbes _sgserneinoradt Sentars sea Fonte: PUD Dispoiv few cenevandog Beuso am 2 2008 5. Em 1905, quando houve uma grande inundacgo em S3o Paulo, foi medida a quan tidade de agua que saia pelo Rio Teté da rego metropoltana. A mesma medicto foi feita em 1997, e mostrou que a quantidade de gua, no mesmo ponta da calha do ro, era duas vezes maior. Procure encontvar as razdes desse aumento, O capitulo no contexto Leia com atencao 0 trecho abaixo, extraido de uma reportagem que discute 0 problema da utlizagio intenswva da dgua subterrénea: “No México, a superexploragiio do aguffero Hermosillo obrigou a edigdo de uma lei especial, em 1992, segundo a qual cada habitante term uma cota de digua, que pode ser negociada. Muitos fazendeiros, apesar de ter reduziddo 0 uso de gus subterrdnea para irigagdo, foram inicialmente obrigados a comprar cotas extras. Diante dos custos proibitivos, gradativamente acabaram com as cultura irrigadas de alto consumo de dzua como milho ¢ feijo ¢ passaram a provuzir uvas ou b6boras, de maior valor agsegado por litro de agua consumida. Em dez anoy. a lei conseguiu reduzir o consumo das dguas do Hermosillo em 50%.” ona ped tengo une adberrdnoce lana Lhe, Ago Estado) Deporte em “Shinveracne com >, Aira em 15 eet 2008 ‘Assim coma acontece no Méxco, 0 aumento do custo de utlizaczo vem senda adotado por muitos patses como esvatégie pare conter a reduc2o dos estoques de gua doce. Disouta 2s possiveis implicagSes Socias e econdmicas dessa estratégia, 2 questdo do abastecimento de agua & objeto de uma ecirrada pol’mica, Leia a matitia e responda as questdes propostas ‘Os movimentos sociais da Bolivia passaramy a in!luir «1 formulayao © exceuysio das polficas piblicas de Agua e esgoto a partir da vitoriosa guerra pela Sgua ‘ravada em Cochabamba, entree 11 de abril de 2000. COpondo mithares de eamponeses ¢ trabalhadores das eas urbanas ao zoverne do deprtamento de Coch bbamba c 2 multinacionat Bechtel, dos Estados Unidos -que assumina no inicio de 1999 0 servico de dgua e esgoto do departamento -—, 0 confi civil provocou tuma morte e devenas de feridos. Com a enirada da Bechtel na Bolivia, a tarifas de fomecimentode igua subiram de 150% a 180%, e os tradicionais comités ccomunitirios de dgua potivel foram obrigados a pe garparautilizarggua, No dia 11 de abril de 2000, aps, uma semana de uma verdadeira guerra pela agua, o govemo de Cochabamba eancelou 0 eonirato de con- eessdo com a Bechtel. Com a vitéria do movimento popular, o servigo de agua e exxoto de Cochabamba balxou a tarifa ao patamar anterior & privatizagio. O servigo, vinculado ao governo do departamento, tam- ‘bem passou a contar com a participagio de trés mem- bros de organizagdes no-governamentais em sua di retoria, para promover o conttole social da empress Fonte: iene Fone Jot Abewo Coneehes xpontarta pce cour segura gacra pela agun, ence Ca ee ‘peril em. evaporated comb oeesa ao 2.2004 4@) Estabeleca relacdes entre a “guerre da agua" na Bolivia © 2 crise mundial de escassez de dgua potavel b)Os movimentos socis bolnianos e as mulina- cionais que operam nos servicos de gua e sane- ~amento encaram 96 recursos hidrcos de perspec- tivas diferentes. Comente essas perspectives 8. Considerando que, no mundo intero, mais de 300 bacias hidrogréficas cruzam as fronteiras entre os Es- tados¢ utlizando os exemplos abaivo, dscuta as pos siveis implicagées da “crise da égua’ nos confitos intemacionais conternporéneos. “Outra tendéncia, que reforga o quadro de erise mun ial da gua, & x dos conflitos em regides, onde dois ‘ou mais paises — ou até duas ov mais cinias de um mesmo pais — companitham a agua de ios ow aquiteros subterrineos comuns, Desde a fase de pl fngjamento, 0 sistema de explora do aquifero do Nordeste do Saara, pela Libia. gerou conflites com (0 vizinhos Argélia e Tunisia, Embor rio estejam explorando o aguffero, questionam © dircito da Libia retirara gua de todos para usufruto proprio. Sio igualmente conhecidas as disputas por ‘4gua nas origens dos conflitos no Oriente Medi. & ‘nao faltam areas diplomaticamente sensiveis, por- ‘que as diguas dos rips transfronicirigos vem se tor rnando mais escassas ou potuidas, problema que atin- gc tanto a Europa do rie Damibio como as nascentes do rio Orinoco, na Amazonia, por onde se espatha o ‘merctirio dos garimpeiros brasileiros.” 2 agua come objet te putes rants Una ohn ea sade Depa em: civntestadan cam b> eerso em 1342008, Apesar do imenso potencial da rede hidrografica € dos fluxos de dgua subterrinea que caracteriza 0 Brasil, diversas cidades do pals enfentam graves ci ‘ses de abastecimento de agua, Procure explicar essa aparente contradiczo VO. "As Nacies Unidas estimam que, até 2025, dis ter 605 da populagio mundial sofrerio escasser, mode~ Tada ou severa, de gua’, Essa stuagdo tem sido iter pretada como resultante da falta Fisica de dgua doce para o aiendimento da demanda das populagdes da ‘Terra. Eniretanto, no plano geral, hi gua suficiente ‘no mundo [..] para satisfazer as necessidades de to- dos. De fato, este cenério de escasser significa que rno ano 2025, apenas um tergo da humanidade dever’ dispor de dinheiro suficieat para pagar 0 servigo de abastecimento d’sgua decent, isto €, com regulari- dade de fornecimento.e qualidade garantida da gua.” EBOUCAS, Alo. ambien alec, 500 ars de ex, fects hice REE, gre Co (Ot) ‘Parmréneorbertel bess 50 Pas ‘eassomperse Oa, 2003 p 208 Apresente e discuta 0 argumento central desse fag mento de texto. etki eed A gua doce ja to! considereda um recurso abundante, praticamente inesgotdvel co, aexparisdo da irigacdo ¢ a poluicdo acelerada de manan \ ssotarraram esas crengas. Hoje, a gua doce é considerada um recurso potenal: } ite esc2ss0, em escala global Contudo, a oferta de agua doce per capita, que depende dos cimas e da grafa, exbe forte variagio geogrflica, Isso € o que mostra o mapa seguinte. see i Disponibilidade de agua doce per copita on = mine + Saga tS Si, 3 _ i 4 ® | Forte: Wei! Resources insite, 2001. Dspanbe em: cess em 2 jl 2008 1. A China 0 Canada detém estoques semelhantes de agus doce (tespectivamen- te, 5,7% @ 5,680 do estoque global do planeta). Procure explicar por que o Cana~ i dd & menos vuinerdvel 8 escassez de recursos hidricos. 2, Explique a concentracao de pafses com grave déficit de agua no none da Africae no Oriente Médi. 3. Disconta sobre as cousas do conflitoligado 8 exploracdo de agua em pelo menos um dos casos registrados no mapa fextos complementares Pct rnc Um deserto antrépico Fm 1960 profundidate média do guar de Ani. o- calizao wa Avia Central, na Repablica do Casaguiso. cc 948 sole de Serie Betas Os dts slimentavam omard Aral, Ariucda she o volume do.aar.por unto, 0 proeto de estabel So irigado aumenton 2 de Esse 1.050 km Drineipals os qui eSydanya, mantiv muitos scculos, Entre pendéncia de varias republicas da Asia Central {Crnayuisto, Taiquitao, Urboyuisto) digas > ‘Qaymento da demanda resultou.no desvio crescemse dedsua para inrigucio L..Lacarretando redugao dristica do volume de wibuttios go marde Agal- A srea reduria 6.900 km em 1960 para 31.938 km? em 1994 @ volume m 1960 co do. Ogi des miles de hctives, como tsutadoredugho em fo deserto-expande-se a Jano e tem alia concent volume do mar de Aral. Esse novo deverto exp: tuna taxa de 150 mil ect go de sais [..J. A cultura doa am a0 infensivo ds pesticidas que, juntamente com a sainizagio. produziram um yolo toxico inutilizado, seddbgck O testemunho da paisagem aes os sas € a povira,t 0.664 fica opwo, como um Ieite Feito ama maneira sinistro, Rodan do em dingo norte ao longo do rin Amudarya, a noroeste dde Bukhara, parao mar de Aral ~ovoque uma vez foi omar de Aral, vé-se que as fazendis também so brancas, ‘gue parece uma neve fina, Mas nao & E sal fixiviado para a superficie depois de décadas de ago descuidads, Continuando, passtse pela melanes e pequenina cidade de Naku, no Uzbequstio até che ira Muynak. que wi dia ja foi amargem do Aral, odo mundo. A vista do cume na s sais famo wvel ede ‘emponis com al ‘quarto maior k ia cidade talver soja nos deprimentes anais do ambientalism: até onde a vista alcanga, no fst nada alee sad morto, ver plantas tbsicas, ¢ eascos em decomposigio de do area secs, ossns bance de pesca e bureagas, detitos patéticos de uma cultura pesqu ra outtora prospera. No prinveiro plano, esto as madeira ‘quebradas do que outrora foi um ancoradouras mais adiante ‘esto encalhads seis ou sete eases de bate0, ‘exo, apontandlo para lugar nenhum, alguns ain dos. mas quebrados, a pintura redarida a peuenos pedagos de ferrugem, Mais akim hi corcovas na areia, onde outros akgin disso, somente dunas, ceascos ficaraim enterrados Dialogando com os textos 1. Descreva sucintamente as causas de rastica redugao do volume do mar de Aral, ocorrida apo a década de 1960, 2. O antigo leito de marde Aral, que agore esté exposta, foi descrito por Marg de ‘como “uma sopa de sal, rest- duos de pesticidas e produtos quimi os t6xicos", Explique por qué. 3. De acarda com um especialista israe- lense, 0 prncipal legado do ma & que ele vai ajudar a mel s25.em outros lugares, por det Projeto de trabalho Investigando o passado, agindo no presente Aziz Ab"Stber, 9 mals conhecide sesso bore on acacia ‘Tefugios, cujo fundamento ontrass TBICMTRTE 6 corridas na Amer ca dose Ost Tra secon dua ees eoned D revit Clete Hoje om nar Ab'S! Dorante 0 Quaternitio,a Furisia conheceu cinco grate América do Novte, quatro, separakts por aciugdes estiveram associa 3 s ehuciages smpligay do efeto de continentafidade, Sas epocss ss a ens vreoeteto de vitae big 4 eros das rohan e deixou Marcus Bu pagER 2 mbm repereutiu nos donvinioe de ago. A glaciagao mais TEC MTanose terminou por volta de 12 mil anos atrés. O seu ‘ncerramento assinala inicio do periodo Holoeena, 2 ‘ansigao ene Ticistoveno os dominios naturais do periodo Holoceno, Ciencia Hoje — Como 0 senbor chegou @ teoria os refitgios? Azir Ab'Sdber’— Em 1957, quando Jean Tricart um rande gedgrafo de eampo, voltou a0 Br 1 numa excursio a Salto, Jundiaf, Sorocaba e Campi SPL. Um dia paramos perto de um barranco onde havia sma ocoméncia de stone fines (lias de pedra) sobre ©osmais antigos Togo abaixo,terTenos cristalinds. Trica ne disse entdo que gqueas inhas de peda deviam Ser um cmanescente de um cho pedregoso do passado, Poder. Desens rcnosoe @ doers costeroe anda 7 arene broae¢ temporada Jas deans [TTT Ferestas ropicas, rans ae eotige [A cotratas ebreos" de encosias Gaoires de aitude do seter | \__.s sulldos Andes e tuncras' arannico “+ Ens de expanse da seri-aridez CConante marivma tie << Corante mara quate Analise de um processo de elaboracao de uma teoria cientifica batho & anal o processo de el! gins” O totero seguir Compe Genta, ‘exeenit a “tea dos sao das grupos de ave orclessntes envolvtes no sente as principns dfereng ninios de vegetacdo brastras na final da glacacto (epresentados no mapa) ena época de chegada dos colonizadores portuguese Vo process we eaboraraa de uma tenia cienifica,fatos empivcos sin ineaprerados a tur de conceitos te6ricos, para pro ue 05 tos emmpiicns que mya atencdo de A rados na sa iterprelagio F uma naratna ve "ee alguns conceltos tesricos ut A dedurao & o processo peio qual. a partir de uma au meis premissas, se chega a uma co ‘9, por mee da apicac3o adequate des regras logicas Fxplie 0 no da deuuan na wabura 620 ce teora Gos refigas. uv a proserya de chto pedragoso estd associads a climas so exerpos do paisoge f05 a5 qua exo ess as:0C90. eg da eucheepeucte | exiténca dos “brejos nordestinos” com a tenia dos refigios, © Pela: A figura a sea ovela que regietos feseis do dersos mamntferns ¢ siocena, foram encontrados na AmazSnia Codertal, Consideranda que o hébitat atutal desses animats s20 0s campos abertus, expique como esse achedo se relaiora com a to pot, dato "Qo | SFP Omen ho SR ocean marco Fonte: Garcia ge, 31, go. 1985, p 51 Pesquisas recentes revelam que j8 exist ume floresta no lugar atualmente ocupada pela caztin- 2, no serri-dido nordestino, Esse descoberta pode ser utilzada para apoiet Ou pare refutar a “reoria dos retigos” Explique por que. © Usllzando fotos, mapas e as respostas das perguntas antenores elabore um panel istrative da “eora dos tofégios’ e das priapeis evidénaas nas quai ela se apvia, Finaize seu tab=ho explcendo coma essa teona pode se: usada como argummento er favor da presenvacdo ce. vesidade dos principals ecossisternas fovesais brass. Lae es Tecnologias e recursos naturais aa res a0 espago geogrifico, Durante 0 “ciclo do earvio » em meados do século XIX e inaugurou a siderurgia mo- reciino natural era utilizado intensivament® como fonte de ORIG Muateria-prima, As grandes aglomeragdes fubris situadys nas prints de depé iferos e dominadas pelas induistrias SRterFGieas, als Como a que se estende a0 longo do vale do rio Ruhr, na Alemanha, tiveram origem neste ciclo, Desde entio, sucessivos Ciclos tec poligicos #sullarans na ampliagio exponencial da capacidade produtiva thas sociedades industriais ¢ no aumento inédito do consumo de energia.A da usina nuclear Cattenom, na Franca, ilustra 0 esforco tecnolégi- co das sociedades industriais em busca de novas alternativas energéticas novagdes mais recente, surgido da “revolugio da infor do sobretudo na cigneia e nas comunicagdes. OVale do unt exemplo de regio industrial que re- 9 tecnoldgico ¢ centros de pesquisa, nologias e 08 conhecimentos necessitios ‘oceS505 produtivos. As biotecnologias, respon- siveis pi produgio de organismos geneticamente modificados (OGM), timo ciclo de inovagdes sobre ov ambientes revelam o avango deste campo. 10 Natureza, agricultura e biotecnologia > Pe LUnha de montagem ‘da Rowe, em Birmingham, no Reino nid, en 2000. Os tilos da ndista sf defridos pels reendoges sponives, que etermnam 0 lugar o uebahio, das fenerga no sistema produtve, Os ciclos industriais 1. Os ciclos tecnolégicos da Revolucao Industrial Desde 0 surgimento das primeiras fébricas, a economia industrial desenvolve ‘se em ciclos longos. que apresentam uma fase iniial de rapido crescimento e ac Tmuiuqio de capitals,alravessam uma fase de establlizacao e em seguida entram gm uma fase descendent, carsceizada pee reduco do cescimenie€ -dos lucros emapresarials. De acordo com o-economista ausiciaco Joseph Schumpeter, a “des ‘Tuigdo criadora” movimenta.tais.ciclos. - Cuando um conjunto de novas tecnologias encontra aplicagao produtiva, as tecnologias tradicionais so “destruidas’, isto é. deixam de criar produtos capazes de zompetir m6 mercado ¢ acabam sendo abandonadas. Na fase inicial do.ciclo (ascen- ‘Gente, as mova TecHiologias distinguem os empresérios inovadores dos que continu- am utilizando as tecnologias tradicionais. Qs inovadores sao “premiados” com eleva~ ses tas dors eerie ve verdadeiros impérios empresarias. sm, pois a maior parte das empresas ado- fot nais acirrada, Finalmen- acteriza-se por tt em relagdo a demanda. Te inauguraramo Clo tornaram-se tradicionais. A queda acentuada dos lucros prenuncia mais uma rupiura na base técnica, que dellagrard novo ciclo. So cemea mmm {Em poucos anes, 0 sistema VHS (‘to A) cedeu lugar 0 stra “al (foto B) ro mercado de fimes doméstcas. © eapitalizma se enta da continua inovegio tecnalégea. Destrui¢ao criadora A fase inicial de cada cicto de inovacao éa época de ouro dos empreendedores. Adaptando pioneira- mente as novidades tecnol6gicas a producao, empre- endedores ousados conquistam vastos mercados. Re- pentinamente, surgem empresas de grande porte, que se tornam simbolos do seu tempo, Enquanto isso, irandes empresas baseadas em padrdes tecnol6gicos superados entram em crise ¢ acabam sendo obriga- das a se reformular ou simplesmente desaparecem. na fase inicial que ocorre a “destruigdo criado- ra". Quando o ciclo de inovacdo atinge a fase de es- tabilizagao, as novidades tecnolégicas consistem em aperfeigoamentos do padrao tecnolégico estabele- Zz Ciclos de inovagao tecnolégica da economia industrial — (carve mineral | |tewas Ferrovse Pero |Nawos a vapor |Seeruga A cos = Fone: adept de The Ecanarast 20 fen 1999, Suv. & cido. Essa é a época de ouro das grandes empresas, ‘que dominam mercados ja plenamente configurados, Os pequenos empreendedores, que nao dispdem de recursos financeiros vultosos, sao Incapazes de con- correr com elas. Freqilentemente, seus empreendi- ‘mentos e suas inovagdes sido incorporados pelas empresas dominantes, Outras vezes, tecnologias me- Ihores sdo rejeitadas, pois um padrao menos efici- ente adquiriu aceitacao geral do mercado, Na fase descendente co ciclo de inovagio,asmer- cados esido saturados. A economia registra superpro- ‘Gucao. Inimeras empresas revelam-se incapazes de ‘tenta'a concorrencta. cada ver mas fanaa-20 Tcorporadas por_conalomecados-mais padenasos. ssa € a Epoca de ouro.da centraliza¢ao de capitais, Quando, finalmente, um novo ciclo se inica, surgem mercadorfas revoluciondrias, Sob o impacto da “des- (ruicdo erfadora’-a superproduga £ elimin idugao € eliminada pois aor dingem: s reve tas dsptieoia Aesia, 0 cco toeome- a, em novas bases tecnoldgicas. Os ciclos tecnotégicos estio associados & valo- \c40 de determinados recursos naturais es for mas de organizagio do espago geografico. Com base nas idéias de Schumpeter, é possivel identifi- car cinco ciclos longos — ou ondas - de inovacao tecnolégice na era industrial, desde os tempos das primeiras fabricas téxteis inglesas até a “revolu- 40 da informagio" (fig. 1), Beccoestinsio de capitais Denomina-se centralizaco de capitais o processo ro qual os maiores empresaiosessumem o con tole de empresas e patrimanios por meio de ft- ses e aquissBes. Desta forma, ocore uma dimi- nuigge do numero de empresas em cada setore | um aumento do contole das giandes empresas sobre o mercado. —__| i \ A — 2 |rwvoqumeay-“ |raies sas |2 (peers [Soper jee |Boteenooga ~ senciammrente pela Torea da ajua corrente dos {cnergia hidrautical As rodasd agua transferiam ener- ‘ia para os fearés hidrdulicos e, assim, o sistema fa- bA’se impunha sobre a manufatura tradicional, que cera baseada no tear manual. Os cursos sempre serviram como vias de transporte, passavam 1 funcionar como fonte de energia para o mundo in- ‘dustrial. As fbricas se estabeleciam junto a0s rios. "Ko lado da industria {extil, a modernizacao. fundigdes de ferro impulsionou o ciclo inicial da.in- dustriaizacio. Hi séculos. 0 fornalhas a lenha. A utilizagdo do carvao mineral em ‘altos fornos capazes de_gerar temperaturas levadissimas Inaugurou a siderurgia moderna. ~~ ‘Noséculo XIX. o.ciclahidriulice deu tugar.aa.cicto .doZarvio. A ulilizacio.do.carvao mineral como.forga _Mottiz eve inicio com o aperfeigoamento.daméquisa ‘Lvapor. cm 1769, Mas apenas em meados do século XIX, nainglaterra, a maquina a vapor substituiu o tear hidréulco. Na Franca e nos Estados Unidos, a energia hidréulica sobreviveu por mais tempo ainda. Fora das fabricas, a revolucio do carvao expres- sou-se no setor de transportes. As Terrovias eosna- Mos a vapor “encurtaram” as distancias, ou seja. di ‘minuiram o tempo utilizado nos deslocamentos re- duzindo brutalmente os custos de transporte-de-ma- térias-primas e alimentos, No segundo ciclo Tecnolégico da era industrial a terras das planicies ‘centrais dos Estados Unidos tornaram-se celeiros de 05 para as cidades européias. ~ (0 segundo ciclo tecnologico caracterizou-se, ain- yr um_grande salto produtive na sidenurgia. O forno Bessemer, nventado em 1855, utlizava rajadas de oxigénio no refino do ferro fundido, permitindo & obtengiio de acos de alta qualidade. No oeste da Ale- manhe, junto as jazidas carbonitferas do Vale do Rio Ruhr, desenvolveram-se os conglomerados siderir- gicos da maior concentragao industrial européia de 1914 Cimpdo sderirco da familie Krupp abostecey 0: arsenals prusslanos na guetta conta a Franga, em 1870.1871.0 rodemo moximenta operro © ‘Sndcal alemdo nasceu ert Essen se alastou pelas ouras ‘edades do Rub ‘Olonia-e Essen. na arte ¢ localizavam.-se junto is bacias carbonfferas. Elas concentravam a produgao sidenirgica ea pro- dugio de téxteis de algadio, Nesses centros urba. ‘nos, o ritmo da producao fabril regulava a vida da maioria da populagdo, composta de empregados assalariados das indiistrias. Oprimeiro ciclo teenoldgico da era industrial res twingiu-se, praticamente, a0 Reino Unido. No segun- do ciclo, desde meados do século XIX.a industraliza ‘Gio se espraiou pela Europa, fincando raizes na Bel- ica, Franca, Alemanha, Suécia ¢, um pouco depois, nos Paises Baixos, Itdlia, Austria e Russia. Do outro lado do Oceano Allantico, a industria estabelecia-se nas cidades do nordeste dos Estados Unidos, NoTinal do século XIX, sob ompulso da centralizacao do po- dof politico, 0.Japao decolava para o industralismo. As geografias do petréleo O longo reinado do petréleo, iniciado no tercei- no ciclo tecnoldgico da Revolucdo Industrial, impri- iu suas marcas em diferentes escalas do espaco ge- oagréfico. Afinal, a tecnologia do motor a combustio interna, impulsionado pela explosao de dleo diesel ‘ou Gasolina (ambos derivados do petréleo) dentro de um cilindro, movimenta ndo apenas caminhdes e automéveis como também barcos e aeronaves,con- _tinuando a ser um ponto-chave na logistica de trans “portes das sociedades modernas. atom de sua inegvel importéncia como fonte priméria de combustivel para os transportes € para a geracdo de calor em fornos e caldeiras industriais, ‘gperrdieo também serve de matéria-prima para um dos mais importantes setores.industriais.da atuali- dade: a industria petroquimica Consolidado apenas na déc serivolvimenta: de 1930, com a de- ufabricacao das pri- ‘Freiras resinas pldsticas, @setor petroquimicose trans PI formou em = parte dos artigos de consumo comercializados no Prd. Eniretano, rta-se de um set0r quo exge andes investimentos tecnolégicas e, por isso mes- mo, € fortemente dominado pelos paises desenvo)- vidos: Juntos, os Estados Unidos, 0 Japao € a Ale- tmanha respondem por quase metade da producéo’ Petroquimica basica mundial. Nas industrias petroquimicas, as motéculas de hidrocarbonetos presentes na nafta (também um derivado do petréleo} ou do gas natural 80 que- bradas e recombinadas de forma a se transforma- rem em um grande niimero de produtos, utilizados por diferentes setores industriais. O petrdteo es presente, por exemplo, em embalagens, pneus, tin- as, tubulacées, brinquedos, sapatos, tecidos sinté- ticos, insumos agricolas, remédios, e nos demais produtos de plistico. Os mais diferentes materiais descartaveis, de copos de refrigerantes até luvas para a realizado de cirurgias e bolsas para arma- venamento de Sangue, também sao produridos com a transformagao quimica da nafta. ‘A.geogratfia do petréleo comandada pelas ativida- des petroquimicas se materializa por meio de re s gran Ges geragdes (ou estigios) da cadeia produtiva do se- ‘or. A primeira geracao é constituida pelas industrias “Ge Fornecem 0s produtos petroquimicos bésicos,tais Tomo eteno eo propens, Nas industries da segunda eragao, e553 prOdUtOs basicos sao transformados Gm produtos petroquimicos finais, tais como 0 polietileno, o polovinilcloretg (mais conhecido.camo PVC) © 08 poliésteres, utlizados pela indistria de “Confecgoes. Apenas nas indistrias de,terceira ge- ragdo € que sdo produzidas as mercadorias prontas “Bara’o consumo. Instalagées da Capes, no Pio Petoguirico de Trunto (RS). A fore itagragio entre 35 empresas do Setor ajuda a entender a ensiénéa de grandes polos petoquiricos, ‘As duas primeiras geracdes, isto é, a produgao petroquimice bésica e final, tendem ase concen- trar, na maior parte dos casos, Unto. refinarias que Tomecem a nafta ou.o gis natural. A existencia de grandes polos petroquimicos expressa essa tendén- Cia concentradora, Nos pdlos, as empresas compar tilham servigos bisicos de infra-estrutura e abaste- cimento, além de se interligarem fisicamente para facilitar as trocas de matérias-primes e produtos. Ji oterceio estagio, no qual aindistria de er 6 Incontestivel lideranca, geralmente localiza-se proximo aos grandes mercados consumidores *O Brasil conta com trés importantes pSlos pe- troquimicos, todos nucleados por refinarias.da.Pe- ‘Trobris: o polo paulista, na regia 1C..0.pdlo SoM Conde co su, en Trunfo.coudiodabania sm Camacafi, esse ulfimo responsdvel por mais de aoa PIB estadual, Fles abrigam.a maior parie de segunda geragao 2. Tecnologia e localizacao industrial ‘A economia capitalista caracteriza-se pela pro- priedade privada do capital. das maquinas ¢ instru mentos de trabalho, dos edificios industrais. 0s proprietirios dos meios de produgao orga- nizam seus negécios em condicdes de concorrén- cia. Todos procuram maximizar seus lucros, dimi- nuindo os custos de produgio e ampliando seus mercados. Nessa operacdo, o sucesso significa cre Cimento dos negdcios € acumulacao dec '+%s. 0 fracasso significa a falencia e a perda do capital in- vestido. Na guerra da concorréncia, os derrotados deixam 0 campo de batalha. A guerra da concorséncia tem inicio quando 0s empresérios industrials tomam as decisdes relativas a localizacio das suas fabricas, A opcdo por um de- terminado lugar & 0 elemento inicial dessa guerra e pode até mesmo definir 0 sucesso ou 0 fracasso do empreendimento.A melhor localizacio é aqueta que possibilita a mnalof PenaDtate lace Fatearone “Sterreer Teoria de focal zag industrial, Nos ciclos iniciais da industrializagao, os custos de transtorencla eran ext ente elevados em fun- ao do reduzie vimento da tecnologia de “Noseulo RIK, o carviio mineral representava a fonte de energia bésica tanto para as Jndastrias de fone de energia bésica tanto para as base, em especial a siderurgia, como para a dusirias de bens de consumo, tais como as téx- £015, POrIsS0, as bacias de hulha tornaram-se focos es principais concentraces fabs NAEWFOpA, Por ‘exemplo, as bacias carboniferas condicionaram @ fOrimagao de Grandes Fegioes Industriais (fig. 2). Concentragées industrials menores formavam-se nas éreas produtoras de minério de ferro. Ao longo da primeira metade do século XX, en- tretanto, 0 carvao Toi perdendo o dominio que exercia 0 canao e a industria européia sobre o suprimento energético industrial. Com in cio do terceiro ciclo de inovagdes tecnolégicas, 0 pe “Tole, o Gas natural ea eletricidade, cujos custos de ‘Wansporte S40 muito menores, substituiram_o car “Vio mineral largamente como fonte de forga motiz r ica. Os melos de transporte co- inheceram um desenvolvimento espantoso, reduzin- do o tempo € 68 Custos de transferéncia. Industrias de base As industrias de ba: abém.conhecides como in- fistias de bens de producdo, sfo aquelas que dest "Nam suas mercadonas para a producao cu otrenspor | jemica te de outas mercado A siderugia eapet | Sisass copie iesried nie | Industria de bens de consumo _Asindhistias de bens de consumo sto aquelas que destinam suas metcadorias pare o consumiderf- | Dal, € 0 ca30, por exemplo, das indistnas t&xteis © | “alimenticias. | sign [Ei iasccme] 3 (aes industri | Fonte: beseao em Atlante goograticametddco De Agostny Nowra: De Agni 1935 p 125 ' ' Mesmo assim, as velhas regides fabris que nas- ceram associadas a jazidas carboniferas ou a reser- Sas miierais-Continuaram a responder pela maior parte da produgio industrial do mundo. A introdu; Tarde thas de montage é Sp sistema de producéo em série, dirigido para o ee a as_massas, rear s-vantagens reatTonais das grandes concentragoes industriais. Hpresas e os setore eneficiaram do ambiente industrial. cria- dopslas industrias j instaladas, aproveltando- mercado consumidor ¢ da fongade trabalho, das r expresso, ransporte e comu ‘Nas dimas décadas do século XX, com 0 esgot mento do Tordismo e a emergéncia da nevolugao ‘Wenocientifiea e informacional, os novos padrdes lo- Gee pacial das indiistrias e na emengéncia de-novos-pélos _DROCUTIVSS, AFastados das aglomeracdes tradicionais. No plano internacional, essa tendéncia é resultante da industrializacdo de vastas regides do mundo sub- ‘assenvolvias, em especial no Sudeste astalico € na “América Latina, quo ocupam fatias cada vez mais sig- nificativas da produgao mundial em muitos setores. O caso da industria téxtil ésignificativo, Trata-se dc tim setor industrial de trabalho.intensivo,pois.em- _brega grande.quantidade de mio-de-obra..¢.a peso “Gos salérios no custo final das mercadorias ¢ expres- ‘swvo. Essa circunstancia explica a tendéncia de des locamento de indistrias texteisede-confecgdes para aises ¢ regides onde os salirios so mais baixos. Desde a década de 1970 a participagao dos paises asiaticos na producao de textes e de vestuario vem aumentado de manera significativa. indistia tel em Sherahen, China, em 200, Neste c2s0, 0 bab0 reco da mode obra €a principal vantager competiiva © nadador brasievo Gustevo Borges em sus prowa de despedida das competes de nataca, ‘as Oimpiadas de ‘eras de 2004, ‘tecnologia meorporada fem tensor de fbras sinigtcas pote foiltaro eaminho até pédio, China 6 o maior produtor téxtil mufdial, mas também a india, 0 Paquistdo e a “Tndonésia vem incrementando sua produca0'€-Suas ‘Vendas no mercado extemno. Enquanto sso,as indiis- Trias texteis dos Estados Unidos e da Unigo Furopéia, passaram a invé jas, tais como bras quimicas. torn: cada vez mais intensi- vas em capital € espeializando-se em prodtos de inalor valor agroqado ~~ Tainbém no Sctor auitomobilistico, o peso das in- dsirias situadas em paises subdesenvolvidos tem au- mentado significativamente. Atraidas pelos menores custos de mao-de-obra, a Volkswagen, a Ford, a Chrysler, a Citrden e a Peugeot passaram a fabricar motores em suas fiiais no México. Além disso, varias fabpricas de montagem final de auioméveis para expor- tacdo foram implantadas na cidade de Monterrey, en- quanto a Volkswagen se instalou em Puebla ea Nissan tem Aguascalientes. Os Estados Unidos so 0 destino final de grande parte da produgio mexicana. oe Brasil ¢ considerado-esiratégico no mapa das grandes mantadoras: nesse caso, elas, “Sa0tiTaldas nao s6 pelos baixos saléios, como tam bem pela grande dimensio da mercado intemo. A Goréia do Sul representa um caso singular: 0 pais de- Senvolveu uma inctstria automobilistica propria, que concorre em muitos mercados com as montadoras ‘sediadas nos paises desenvolvidos._ ‘Mesmo setores considerados-como-de-alta tecnologia, como 0 de informstice, conhecem uma des- _Zeoncentragao internacional, ainda que seletiva. Enquan- “Too setor de pesquisa e de concepcao de novos produ- tos e equipamentos permanece fortemente concentra do nos Estados Unidos, no Japio e na Unigo Européia, Parte da inna de produgdo.das cts e microprocess Gores, assim como a montagem final dos equipamen- tos e d produgao de alguns tipas de software, migrou para o mundo subdesenvolvido. em especial para os “NPIS (navOs paises industralizados) e a india | 2004, Esuma-se que a indis Linhas de producio de umas eletnicas em Bangalore, Ind, em ra de iformica empregue pela "05 5 mi rabahadores nesta cidade, que funciona coro © ato dos furdos” do Vale do Sic, Internamente, as velhas concentragbes industriais dos paises desenvolvidos vem perdendo terreno para as novas regides produtivas, marcadas pelo uso de tecnologias modernas, pelo baixo consumo energético epela forte integragao com os centros de producéo de pesquisa e desenvolvimento e as universidades. Ainda gue as concentragdes industriais originals continuiem apresentando importancia no cendrio Mundial, nos tltimos decénios multas délas vem en- frentando graves crises sociais, resultantes da escas- sez de novos investimentos e da perda do dinamismo suas economias. A maior parte das velhas regides industriais formadas em torno das bacias carboniferas da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo, so- freu ou esta sofrendo programas de reconver dustrial e de combate aa desemprego. Miners do cao em Arthorp, Reino Unida, em 1992, Os mines censtituita 0 nile da classe tabalhadora «formaram a vanguarda do seideaismo bridnica, Hoye, red 2 pouces mihares, 580 testemunhas do parsada eds, i Reconversao industrial fm mutes regides industiais em decadénca, fo- fem ciados programas de reconversie industrial, por meio dos quais 0 poder piiblico busca atrair novos. ivestimentos modemzando a infra-estutur, cor ‘cedendo subsidios e amphando a oferta de mao- de-cbra qualfcada indiistrias de alta tecnologia ~ eletrénica ¢ itor telecomunicacdes, biotecnologia e qui mica fina, aerondutica, aeroespacial e bélica ~ que apresentam forte expansao nos Estados Unidos, Ja ‘pio e Europa procuram novas localizagBes nos su birbios afastados dos nicleos metropolitanos ou £m cidades interioranas. Elas estéo na base do nopolos, regides que retinem as indlstrias de alta tecnologia, os centros de pesquisa ¢ Tantem a forma;ao continua de novos pesquisadores, 3. A siderurgia no Brasil nportancia estratégia da siderurgia no Bra- sil revela a posic¢do do pais nos circuitos da econo- mia globalizada, As indiistries de alta tecnolog! nascidas da *revolucao da informacaa”. que marci Tillimo ciclo de inovacio tecnolégica da economia ‘industrial (reveja a fig. 1), ocupam_uma_posicio ‘marginal no conjunto da produsao industrial brasi- {Wirz Emm conirasie,industrias baseadas em tecno- logias tradicionais, desenvolvidas ainda no “ciclo do carv3o", ocupam posigiio de destaque na producao ena pauta de exportagdes do pais. Este €0 caso da metalurgia do aco. No Brasil, até meados do século XX, a produ rurgica estava praticamente limitada a pequer ‘Glabelecimentos_A unica usina de grande parce Companhia Sideringica Mineira,criada em 19 {ransformada em 192? na Companhia Belgo-Mine!- Ta. A Belgo-Mineira era uma associagao entre capi- tais privados nacionais e estrangeiros, utilizava car- vao vegetal e produzia mais de metade.dos lingotes de aco do pais. ‘A criacao da Companhia Siderirgica Nacional (@SNJ-financiada pelos Estados Unidos, obedeceu a Prioridades estratégicas do gaverno de Getilio ‘Vargas, que pretendia utiliza-la como estimulo a in- dustrializacdo do pais e simbolo da soberania nacio- de realizados pela Comi Felatério do governador i Comissio, argumentava gue o fator preponderante aceon deveria ser a proximidade das jazidas ferriferas, ma: teria-prima basica para a fabricagao do ago. Entre- into, 0 parecer final da Comissdo consagrou Volta .dorida (RJ) como a localizacao mais adequada “Os tecnicos acentuaram a proximidade de mer- cadlos consumidores constituidos pelas indiistrias instaladas no eixo do “Gade transporie do minério produzido.naesivo do Quadrikitero Ferrifero (MG), através da E. F.Cen- a1 do Brasil, @@ proximidade dos portos do Ria de Janeiro de Angra dos Reis. para receber o carvao imineral importado ¢ o produzico em Santa Catarina, A grande usina estatal consagrou a opcio pelo car- ‘do mineral, revertendo a tendéncia anterior a0 uso ‘madeira das florestas tropicais. —Tdecisto de produzir aco no Vale do Paralba foi, mesmo tempo, técnica e politica. Por meio dela, 0 Estado canalizava os investimentos.futuros.das_em ipresas privadas para a entdo capital do pais e para So Paulo, Nesse contexto, as reservas minerais do uadlrildtero Ferrifero funcionavam apenas como re- iguarda para 0 crescimento do eixo econdmico es bbelecido entre as duas principais metrdpoles brasi- iras. Mas comegava ai a luta de Minas Gerais para airair os investimentos piiblicos para. o setor sidert gico do estado. ‘Durante a década de 1950 comecaram a surgir mais duas empresas sidenirgicas estatais de grande jorte: a Companhia Sidersrgica Paulista (Cosipa),em Cabatio, e a Usina Siderirgica de Minas Gerais (Tsiminas} em Ipatinga. A Cosipa faiplanejada como siderdrgica privada mas, durante o empreendimen- to, o Estado tornou-se 0 principal acionista, através, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econdmico (ENDE.A usina entrou em funcionamento em 1985, recebendio minério de ferro pela, F. Central do Bra- sil Desde 1969, ocarvao mineral. pruveniente de San: ta Catarina ou do exterior, passou.adesembarcar no “Terminal portuiio especializado junto a.usina ‘A.Usiminas surgiu pela agsociacZo de-capitals.es- tatais, dos governos federal e estadual. com um.con- S6rcio de investidores Japoneses. A usina entyou em ago em 1963 e, de todos os grandes empreencl. “mentas siderirgicos estatais, revelou-se a mais mo derna tecnologicamente, ¢eficiente, do ponio de vista ~ produtivo e financoino, Na década de 1970, a politica ddeexpansan do parque industrial brasfiro gerou mais duas siderurgicas estatais de grande porte: a gominas, em Ouro Branco (MG);e a Compania Si “Gersrgica de Tubardo (CS), em Vitérla, na Espirito santo. Esse qupo de usinas de grande porte. integra- es-a coq, materializaram a opcio pelo carvao.mi- ineral como combustivel "As pressbes das elites pollticas ¢ econdmicas de ‘Minas Gerais, amparacas nas jazidas do Quadrilat ro Ferrifero, surtiram efcito: além da. Usiminas.e.da ‘Acominas, outras importantes usinas configuraram 6.Vale do Aco, que é a maior concentracao siderir- ica do pais. Em seu interior, aparecem tambémusi- ras integradias a carvao vegetal entre elas a pionei cesila e & Mannesman ~ que sta geal da Usirnsas, fer fptngs (MC Uma das maiores 8 braslovar, a empre capacidade para proces 447 mies de toneladas de A grande siderurgia brasileira nasceua partic de duas empresas estatais: CSN e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A segunda encarregou-se da ex- ‘Waco, transporte (iitio.e-naval-e-da- Zomercializacao dos minérios do Quadrilatero Fecxi- Tero, antes de expandir suas atividades para iniime~ ‘as outras jazidas do pais. Porte dos_minérios do Quadrilétero Ferritero (fig. 3)_A EF. Central cipal suporte GaCSN eda Cosipa. A E. F. Viléria-Minas, construida ‘pela CVRD parao transporte dos minérios até porto, Tubario, gerou a concentracio industrial do Val SoAgo Praia Mole . \alou-se a Companhia Sideringica de Tubardo (CST). A CVRD é uma das acionistas controladoras dessa usina, que foi privatizada em 1992. Desde sua privatizagao..a CVRD deseavolveu estratégias de integracio vertical ¢ horizontal em seus negécios. O fundamento dessas estratégias encontra-se no seu controle sobre a E. F. Vitoria- Minas, 0 complexo portuaria de Tubaraore 0 ter- ‘minal de contwineres de Sepetiba. ~Participando ativamente do programa de priva- tizacdo da siderurgia, a empresa adquiriu participa ges na Acominas e na CSN. Junto com a CST, essas Uusinas possibilitam uma infegracao vertical de alii “Wades que abrange a producao.e o transporte-de.ni- “nérios de ferro e manganés e a fabricagao de aco. Seu controle sobre as infra-estruturas de trans- Portes também sustentou a diversificagao de ativi- dades, que se iniciou ainda antes d: “Desde o final da década de 1970, uma “celulose de eucalipto para exportacfo. Outra fébrica™ de celulose, constituida por uma associagzo com a “Companhia Suzano, comegou a operar na década de dois empreendimentos¢ fornecida ‘pela Florestas Rio Doce, que atua no reflorestamen- “toe comércio de madeira em_ttabira (MG) e Sao Mateus, no norte do Espirito Santo. Y spans acesiTA gM, peLoomninn g Bolo Horizonte i [MANNEStANN a ‘agowins ‘sin Redonda xe Sem Flee Jan EF Conval do Bras Fonte eaborado pels autores. 0098 Sao uerivate EF visre-nae DD casero Forces A Gunde sderinca = ro ie Responda em seu caderno. pes Revendo o capitulo apts seguintes, sobre: 0s de Schumpeter |. A teora dos cidos associa © desenvolvimento eco nOmico a inevarao tecnolégica. |l, A fase descendente do ciclo apresenta as melhores condigdes para o sucesso de pequenos empreen- dedores com idéias brilhantes, i Segundo essateonao desenvohimento de ume eco- ‘nomia nacona! retardatdria beneficia-se de inovacdes geradas em outtes economia nacionais IVA teoria de Schumpeter é um importante insurer to de andlise econdmica mas nao tem utilidade para a grog \ Novas fonts de obtenao de ener desempenhaca apes decsics ros eels indus do seco XX Indique 4) se forem verdad apenas a afimagdes ei ) se fxer verdad azenas as afimactes IV eV €) se forem verdadeas apenes as afrmagbes | eV. ) se fore verdadeiras apenas as afrmacdes ll, Ve V. €) se forem verdadeiras apenas as afirmacées Ile V. 2. Critique as afrrmacoes falsas contidas no teste anterior 3. Saligue as relacbes entre a aridas de cand © a pine pass éreas dusts da Europa incicades no mapa abaixo: 3 (Os dois primeira estigios da cael produtva do sctor etroquimico obedecem a uma légica locacionel de Fonte daquele que catacterza o tercei estagio. Sx {que por qué. Em 1940, em entrevste 2 imprensa, 0 presidente Ge: tlio Verges expicou da seguinte forma a politica do eu governo pera @ siderurgia “A nossa produgio sidertrgica atual & reducida, cara ¢ antiecondmica, devido aos processos ado. tados. Trabalha com pequenos altos-fornos a ear= vo de madeira. Ainda mi, Seu crescimento de- pende de reservay florestuis, que vao diminuindo com 9 tempo e cuja reconstituigio é demorada e ‘custosa, sobretudo se considerarmos que s6 pode ser utilizado 0 earvao de madeira de lei. Admitin= do-se, mesmo, a passibilidade de um refloresta~ mento regular, a yidcrursia explorada nestas ba Ses se tomard ead vez mais oncrosa © previria, pelo consumo erescente das reservas floresiais [..1A solugiode problema esti, portanto,na gran de siderurgia” {aad or COMES, Faro Mapas, Hsien desks ro Gras clo Honere/So Fale hataa/sp, 1903 p.298 ‘Aceplicacdo de Vargas nao pode ser entendlida como: @) Ume defesa da utlizacdo do canvdo mineral como Ccombustivel para es usinas siderdrgicas brasleras. © canao e a indiistria européia A [2 arson canto || Fonte: bse em ait Arasinassas || ge0groko metedio F—liioes Be agnaoy News a) ps 'b) Um indicio da on¢80 adotada pelo goveino de de- vimerto da siderurgia com base em grandes Usinas de propriedade estatal © Uma tomade de posicao favordvel 8 implantacao da grande siderurgia em Minas Gerais, em funcao da proxmidade das reserves minereis do Quadrlétero Fetfero, d) Um sinal da opcdo governamental pela locaizecdo das usinas sideningicas junto as infr-estruturas de transporte do carvéo mineral €) Um posicionamento eco frente a capacidade das ‘orcas de mercado e do inicitiva prvada pare de- senvoher a siderurgia modema no pais = O capitulo no contexto 6. Os ciclos tecnolbgicos da era industial valonzarem de- terminados recursos naturais e geraram formas esp=- ciicas de organizacao do espaco geogréfico 2) Explique o papel desempenhado pelos cursos agua na origer da industia txt, entze 0 final do sécuio XVIll e meados do século XX ) Explique © papel desempenhado peles jaridas de ‘earvao mineral na oxgarizacao espacial da industria ro séaulo XX 6) Discuta algumes profundes mudancas na organiza 20 do espaco geogratico derivades da utiizaca0 do petréleo, no século 7. Leia atentamente 0 texto abzix: “A acumulagio flexivel nfo combina com a rigi- dez que earacteriza as paisagens (dominadas pela indistria pesads), as organizagdes (as firmas € 08 sindicatos), @ mercado de trabathe € os eompor- tamentos das velhasregides industriistradiionats. (Gs paises negros [como ficaram conhecidas as ba- cias de hula da Europa] € 05 antigos distritos si- derurgicos parecem terse transformado em zonas interditadas para 0 crescimento, Pitisburgh, por exemplo, apesar de ter reeebido vultosos investi- rmentos publicos em programas sociais, universi- dades e centros de pesquisa, ificilmente escapars dda espiral de declinio.” ENEACOL, Ce alacant skies Tr PALLY, Aone © outs (es). Exgecnrecte de (geosrphe Pate: Ecorerce, 1595 9 #2 a) Expique 0 significado do conceito de “acumulagao flexivel” b) De acordo com o texto, as velhas regides industiais tradicionais estao em processo de decadéncia Expi- que por que. 8. Leia etato de testo a seguit “A siderorgia participa de um quadro mais amplo de reconversdo econémica global, que gera uma novia divisio internacional do trabalho. Os paises descn- volvidos especializam-se na indéstria da revolugao tecnaeientifica. Os pafses subdesenvolvidos indus- trializados, nas industrias oriundas de ciclos de ino: vacdo anteriores. Os Estados Unidos e a Uniti Eu: ropéia tém definido as suas politicas comerciais no contexto da reconversdo econdmica global. De um Jado, forgam a eliminagdo de barreiras para produ- tos de alta tecnologia. De outro, erguem muralhas de eotas ¢ tarifas para produtos das inddstrias tradi cionais. a fim de proteger empresas domésticas e, tem certos casos, os resquicios de uma classe oper ria em vias de extingao.” “cuora do ago desmarcao cei do re come Mund = Geagratiae Pebio Irteoctr! ino 18 3, mace 2002 Com bese nele, responds £) Quais s20 0s fundamentos da "recorwersdo exons mica global’ a qual se refere 0 texto? b) Dé exemmplos que comprovem a emergencia de uma ‘nove diviséo internacional do trebalho © Procure stuar2 posicbo do Brasil nesta nova divisto intemacional do trabalho, Observe o gifico seguinte: 2) Analise e explique 8 concentragao regional da s- derurga no Brasil ) No interior da Regido Sudeste, justifique a distribu: «fo cbsewvade do producto sideringica por estados €) Discuta 2 importinca da sidenugia na organizacto do espaco geogréico de Minas Gerais. Distabuigso da produgao siderngica Fonte fatto Basiaia de Sd, 2004 Bsporivel em Sonwibson. Acasa em ar 2008 Responda em seu caderno. ‘Trabalhando.com mapas industal foi concebida a pati da Revolugdo Industrial do culo WX Nesee teria, 2 locazag2a des reservas de mata prima dosempenha papel dec 1 pete explcar a localirazao ce diversas tipos de indlstias, ‘A proucao indusial de aka tecnologia de revlucto teenodentfice conternporinen di nque-se racicalments da producéo das intistrastecicionais, pois sua dependéncia de maté- 2s pias pesadas & muito menor além disso, ea se deservohe em um embiente geral de it Fuider dos tansportes e das comunicaghes.Esses motives ajudem a entender as par usrdades das decisbes de localizacao das indistias de alta tecnologaa Observe atentemente 0 mapa abaivo Pélos de alta tecnologia 4 i Raion Giasoony Estocolmo 5 Dubin sel on tava Pec ge SOU e te ston en re Av . Lhd ota Anipaes THs Oe as *ioto Guacelaiara anaes Bangalore wen Kuala Lumpur QD PACIFICO oceano ampinas crspers more & . ae . oceaNo EMPREGADOS NOS POLOS DE Oceano ‘NoIcO ATATECNOLOGA ATANTICO Stcnel (mil funciondrios) = 1.280 400 | 109 ‘3 ‘onte ADNCAR Giber (Org) Ellas de Le Monde Dplomatqze Eaidbn Caro Sut Buenos Ares 790 2008 p10 1. Explique a distibuigdo espacial dos pélos de alta tecnologia no mundo, 2. Relacione as informacées centidas no mapa com a dvisto intemacional do wabalho que caractrza 2 geograa indusinal contermporénes Texto complementar Responda em seu caderno. A geografia faz diferenga ‘O cliché da era da informaggio diz que ws telecomuni cs glohais instantineas, as redes de Wlevisio ede cot) ca PBuladores irdo logo cerrubar as antigastiranias do tempoe _doespago. Empress Tis operario to eficientemente das suas easay, CarTOs 04 da praia como o fariam de escritérios que nio precisardo ‘may exist € eventos distantes meio mundo serio vistos, ‘ouvidos & sentidos 130 imediatamente como os do our Jado da rua = sma fang. ‘de sees, funciony se as rua ainda tiverem Hii algo de verdade nisso. Softwares para empresas Nofle-americanas ji sao eseritoy por indianos em Bungalo- Fe © transaitidos para o Vale do Silico por satgite. Os “Tnercados imtemnacionsis de edmbio ha tempo trabalham 24 horas por dia. Pelo menos uma empresa californiana literalmente nao tem sede: seus funcionaties vive onde ‘querem. seus vendedores estio sempre fa estrada © todos se comunicam através ce moddenis ¢ conrio eletrénice [of A nogio de que a tecnologia a pode suprimir as contingéncias de tempo e lugar & bastante disseminada, Muitos estrategistas de gabinete profetizaram durunte a Guorra do Golfo que os misseis halisticos e as armas intel gentes tomariam irelevante a tarefa de caplurwe conservar territérios. Eles estavam tio erzidas como os primeiros visi- toniios que predisseram que o¢ Estados Unichs poxteriam wera Guerra do Vietns por meio ce bombardeins aére0s, ‘Também nos negicios os esforgos part romper as ea dleias do espago e tempo tiveram no maximo um sucesso ‘Telativo. Transnacionais norte-americanas, ao se tomarem empresas globais, descobriram que — apesar de todos 0 scus produtos, publicidad, comunicagies-e gerenciamen- ‘omundial— por exemplo, um escritdrio em Nova lorque € incapaz |... de administear as operagies empresariais na Asia. As forgas globais precisam ser potencializadas por tsi da ight oxal ~ ua vs ato mo proporte- ra tal vivéncia, Desde 0 inicio da era industrial. as empresas de novos setores em riipido crescimento tenderam a se aglomerar '. Assim [| todas menos uma dis 20 meticanas de tapetes estio si- twadas nos arredores de Dalton, Georgia; até 1930, a in- distria norie-americana de pneus consistia uase comple- Dialogando com 0 texto tamente de um em firms operandoxm Akron, Ohio. A r radio. Essa € a F Zio pela qual o mundo hon o Vale do Silico, na Calle fornia, nos anos 1960 [. - Ihx0 agride no apenas os tecnoentusiastas, mas tam bbém a economia neoelissca: para ambos, 0 mundo deve tender para uma suave dispersso de pesos qualificayies « competGncia eeondmica, no pra a sua concentra Execto pelos eusios de transporte, no deve fazer diferen side um bern ou servigo Comercial A realidde 6 diferente. Alguns economists explicaram 6 fendmeno foealizando as Ts Ae eta (osm casos trabalho e dos mercado de capita), os padres de “demand geograficamente desigvas e os eustos de tals- “Porte,A prinipal rao é que a histria far diferenga: onde onde vor comegou. ‘AS novas tecnologia ito superar uma pare disso, ms ‘go muito. O mais avangado uso alé agora da lntemet, a ‘oF ds reds mundiais de computadores, no tem so 0 de © as pessoas € empress NO co- ‘ago do Vate do Silico. A medida que eresce © poder diminuem 0s eustos dos computacores e da comunicaci. 2s pessoas criam tipos de espago ¢ cormuniades diferentes ddajuetesexistentes oiginalmente, Maseysss modernascria @¢3 indo suplementar, mio marginaliza, as originals & as frimeires podem até reforgaras segunda |. ‘A razdo reside no mesmo fato |. que tore impos vel entender realmente, a partir apenas de estatsticas. © quanto é exeitante, por exemplo, 0 erescimento eeondim Codi China, a menos que vooé tena estado li isicamente pra semico. A pessoas nfo sto maquina pensantes (els absorvem no minimo a mesma quantile de informa des i partir da visio, cheiro e emoco quanto dos simbolos bsiratos),e 0 mundo no € material a “realidade vir Wo a realidad © ciberespogo una simula po tormaroespaco verdadeizo, nfo um genuino substitu dee ‘A imporiancia para a humanidade do tempo e espago, do Ambiente naturale da histéria~ em sintese, da geografia~ Emmaior que ade qualquer tecnologia futurisia. ‘oes rarer hae yu te oars OL 199% p12 roueds pels edo 1. As decisées de localizacdo empresarais evolve expectatives de cusios Essas expeciatives estéo, em sande parte, relacionadas @ transferéncia espacial de matérias-primas, produtas finals e informacoes. De que modo o desenvolvimento de uma rede de comunicagdes, tal camo a internet, pode aftr tais expecativas de custos? 2. texto ¢ ume aitce direta & idéia, defendide pelos “tecnoentusiastas’, segunda a qual no mas faz cliferen- 2.0 lugar onde voce estd. Ha uma fase que sintetza Lum argumento decisno para essa crtica hist faz diferenga: onde voce esté depende muito do ugar onde voeé comecou" Explque o sentido desse fase ‘Aconcluszo do texto traz uma compiexa e interessante ‘carecterizacdo a respeta da geogiafa, Comentea arr renee rman eel Agropecuaria e comércio global de alimentos 1. Agropecuaria, natureza e tecnologi A agropecuaiia consiste no conjunto de técnicas produtivas voltadas para o contro- Je do desenvolvimerito das plantas e animais para consumo alimentar trial. Blase “Gistingue da indisiria ponque.oseufluxo produtivo depende de processos biol6gicos. As plantas processam luz solar, em presenca de 4gua e nutrientes. O crescimento das plan- tas e animais € requlado pela interagdo da sua carga genética com o ambiente, Ha diver- sas limitagdes naturais a produgao ¢ a0 aumento da produtividade das culturas. Esse é clo qual eficiencia da agropecudria nio pode alcancaraeficincia daindisicia 1 todos os solos so propicios 4 agricultura e existem fortes dif fertlidade natural. Os baixos niveis de insolacdo impedem o cultivo de plantas nas ~alfas Tatitudes e a caréncia de dgua tem o mesmo efeito nos desertos. As espécies Vegetais ¢ animais apresentam requisitos ambientais minimos, que definem limites seogréficos para as culturas e a criacdo: o trigo ndo se adapta a climas quentes ¢ \imidos, 0 cacau e a cana-de-aclicar nao se desenvolvem em climas frios e secos, 0 aarroz necesita de agua em abundancia... Além disso, todos os seres vivos so vulne- raveis a pragas, que participam dos ecossistemas. CAPITULO Tabalhador ral com sementes de coca fem Alaina Costa do Marien, em 2003, agiculue sida-se na feta mével de fronteira entre 05 processes naluras © asteercloges, Toda a histéria da agropecuiria, desde a Revo- Olilico, cOnsiste na criagao de técnicas Santas, Em milénios de selecao dixigida.as socieda edades.de_plantas.e tes, mudas e reprodutores atravessaram oceanos edifundiram-se em novos ambientes. A irrigacao. as técnicas de cultivo em encostas ingremes e mais recentemente os fertilizantes quimicos possibili- taram a ampliagao dos solos cultivaveis. ‘As tecnologias industriais repercutiram profun- damenle sobre aagropecudria, substituindo a force de trabalho humana pela forca mecinica. Teatores, Ssemeadeiras, colheitadeiras. denulhadoras produzi- m_um salto nos niveis de produtividade da econo- ‘ia rural, que passou a depender da-enesgia forne ida pelos combustives.ftsseis-« pola eletricidade. Eiconsequéncia, o campo tornou-se um vasto mer- cado consumidor para as indistrias anaemia agri ticidas Revolugao do Neolitico © Neolitico, au "dade da Pedra Pode’, assinala a transigao da economia predatéria e ndmade ou serindmade para a economia produtva e seden- téria. Essa revolugso produtiva, que comegou na regido do Crescente Fértl (etual Oriente Medio), hd cerca de 10 mil anos, baseou-se na domes- ticagdo de animais e cultivo de plantas. Os exce- dentes gerados pelas novas técnicas possibiitaram co surgimento das mais antigas aglomer nas e das primeas civlza;des. Aplcag ce pesnedas em faerdacanadense & tacnalogaalvenca a produtnidade causa mpactos ambiemai ne agreutur [iselesio dirigida did conse uma ntenenesa sabae | rolutivas naturas: por meio de cru- zamentos entre vatiedades ou racas da mesma es- | pécie, sto gerados descendentes com algumas ca- ractersicas desejadas. Assi promovendo 0 intercar bio de material genético no interior das especies, a selecao dirgida origina novas racas de animais e va riedades de plantas. A agricultura empresarial nos Estados Unidos Aagricultura no! ‘i su-se sob 0 Jonizacio de povoamente ¢_descavalyeu-se so Signo da expansio di fronleira demosndlica na dire, Sie das grandes planicies ¢ do Oeste. A distribuigéo Oficial de terras, através do Flomesiead Act ea colo nizacio privada do século XIX transformaram as in- findavels pradarias em campos de cultivo e criac2o. Osimigraneseuropes consiuiram uma asta cas- iilares dedica- “A consirucao-das-ferrovias-transcontinentais, Modernizacao do escoamento fluvial ea navegagao.a ‘vapor abriram os mercados urbanos da costa este dos Estados Unid0S G95 mencados.curopeus pata.os pro- “utos agropecurios.norte-americanos. Em 1820, so ‘mente 20% da produgdo agricola destinava-se 4 co- ‘mercializacdo; em 1870, 40% da produgdo jé se dest ava ao mercado, Aagric ‘comecou a ser radicalmen- te tfansformada durante a Grande. Depressio da @écada de 1930. A retracao do mercasio interno ¢ “International arruinou centenas de milhares de pro- prietérios.cujas terras, submetidas a hipoteca, fo- ram transferidas para os bancos, Nessa época, co- mecou o processo de concentra¢ao da propriedade fundideia, que prosseguiria por {odo 0 Século XX (NG, T.na pagina sequinte). Atualmente, grandes fazen- das familiares respondem pete ator parie da pro- “ducio agropecuéria [[Colonisagio de poveamento | Tipo de colonizaro orientada para a ccupacio produ | | va dos tertoxios por meio do trabalho familiar © | marcada pele consticio precoce de um mercado | interno de dimensbes signiicatvas.Disinguese red- calmente de colonizacao de exploracao, marcada peas grandes propiedades votades pare 0 abastec- mento de mercados edernos, tal como acontecex no Nordeste brasileiro com a cultura de cana-de-acicar, |

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