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EFPJ Cursos Jurídicos

Preparatório OAB 2ª fase - Trabalhista


Prof. Efren Fernandez Pousa Junior

CONTRATO DE TRABALHO DE APRENDIZAGEM = gera vínculo empregatício

De acordo com o disposto no art. 428 da CLT, o contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a
assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e
o aprendiz, a executar com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. A idade
máxima permitida para celebrar contrato de aprendizagem passou a ser de até 24 anos.
Anteriormente a idade máxima era de 18 anos. No entanto, a idade mínima não foi alterada,
permanecendo de 14 anos. A idade máxima no contrato de aprendizagem não se aplica a
aprendizes com deficiência, ou seja, estes poderão ser contratados como aprendizes mesmo com
idade superior a 24 anos.

O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando
se tratar de aprendiz portador de deficiência. A jornada de trabalho do aprendiz é de no máximo 06
(seis) horas diárias (art. 432 da CLT), ficando vedado a prorrogação e a compensação de jornada,
podendo chegar ao limite de 8 (oito) horas diárias, desde que o aprendiz tenha completado o ensino
fundamental e se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.

Obrigatoriedade de contratação de aprendizes


De acordo com o art. 429 da CLT os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a
empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem (SESI, SENAI, SENAC,
etc.), considerando o número de trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções
demandem formação profissional, número de aprendizes equivalente a: 5% (cinco por cento), no
mínimo e 15% (quinze por cento), no máximo. As frações de unidade serão arredondadas para o
número inteiro subsequente, hipótese que permite a admissão de aprendiz.

Funções que demandam formação profissional


Para a definição das funções que demandem formação profissional, deverá ser considerada a
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho. Ficam
excluídas da definição as funções que demandam, para o seu exercício, habilitação profissional de
nível técnico ou superior, ou, ainda, as funções que estejam caracterizadas como cargos de direção,
de gerência ou de confiança, nos termos do inciso II e do parágrafo único do art. 62 e do § 2o do
art. 224 da CLT.

Atividades insalubres e perigosas - restrições


A contratação de aprendizes deverá atender, prioritariamente, aos adolescentes entre 14 e 18 anos,
exceto quando: I - as atividades práticas da aprendizagem ocorrerem no interior do estabelecimento,
sujeitando os aprendizes à insalubridade ou à periculosidade, sem que se possa elidir o risco ou
realizá-las integralmente em ambiente simulado; II - a lei exigir, para o desempenho das atividades
práticas, licença ou autorização vedada para pessoa com idade inferior a dezoito anos; e III - a
natureza das atividades práticas for incompatível com o desenvolvimento físico, psicológico e moral
dos adolescentes aprendizes

CONTRATO DE ESTÁGIO = não gera vínculo empregatício

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial
e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos. O estágio, que faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário
formativo do educando, visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para
o trabalho.

Normas do estágio
A Lei 11.788/2008, que revogou a Lei 6.494/1977, estabeleceu novas normas quanto à contratação
de estudantes na condição de estagiários. Conforme determinação das diretrizes curriculares da
etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso, o estágio poderá ser:
Obrigatório: é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para
aprovação e obtenção de diploma. Não-obrigatório: é aquele desenvolvido como atividade
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. As atividades de extensão, de monitorias
e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser
equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso. A realização de
estágios aplica-se aos estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no
País, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma
da legislação aplicável.

Limites
O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de
estágio deverá atender às seguintes proporções: de 1 a 5 empregados: 1 estagiário; de 6 a 10
empregados: até 2 estagiários; de 11 a 25 empregados: até 5 estagiários; acima de 25 empregados:
até 20% (vinte por cento) de estagiários. A fração deve ser arredondada para o número inteiro
imediatamente superior. A lei considera quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados
existentes no estabelecimento do estágio. Para as empresas que possuem várias filiais ou
estabelecimentos, as quantidades previstas acima deverão ser aplicadas para cada filial ou
estabelecimento em separado.

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