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Pulsão de Morte e Agressividade - Out - 2020
Pulsão de Morte e Agressividade - Out - 2020
PULSÃO DE
MORTE E
AGRESSIVIDADE
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PULSÃO DE MORTE
E AGRESSIVIDADE
Revisão
Marcelo Ivson
carlosmario@terra.com.br
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Dr. Carlos Mario Alvarez - Psicanalista e supervisor clínico.
Professor convidado da Université Sorbonne (Paris 2).
Mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ)
e Doutor em Letras (PUC-Rio).
Professsor, Pesquisador visitante na universidade
Rutgers (2010/2011), NJ - EUA.
Membro fundador da Formação Freudiana (RJ).
Criador e curador do projeto em Mídias Sociais,
Psicanálise Descolada, onde desde 2010 realiza intervenções
nas plataformas digitais, articulando artes visuais, música,
psicanálise e estilo de vida.
Mora no Rio de Janeiro, com consultório no Leblon.
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“
Qualquer coisa que façamos
qualquer
nunca encontraremos uma relação plena.
Damos uma “gozadinha” e
continuamos no circuito da pulsão
precisando encontrar outras coisas.
Porque a dimensão de compulsão à pulsão
é absoluta
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PULSÃO DE MORTE E AGRESSIVIDADE
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teoria das pulsões de forma monista, mas sim dualista. E
dualista significa que ele está sempre contrapondo dois
pólos. Então temos a primeira dualidade entre pulsões
sexuais e pulsão de autoconservação por exemplo.
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metem, transgridam, acanham. Então terão uma série de
outros elementos, que vão estar sempre, segundo Freud,
em função de como nós nos posicionamos em relação à
sexualidade.
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eliminar o pai, a autoridade e assim por diante?
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ou melhor, ela porta em si a dimensão do disjuntivo e ele
agora desloca a sexualidade, coloca a sexualidade dividida
entre a vida e a morte. Essa é a grande sacada do Freud
em 1920, ou seja, a sexualidade pode estar, digamos as-
sim, a serviço de uma pulsão sádica ou de uma ideia de
masoquismo originário. A sexualidade pode estar funcio-
nando à revelia das dimensões de contenção e vai querer
ficar numa espécie de gozo eterno de gozo absoluto e
quando a gente está no gozo absoluto a gente está na di-
mensão de mortificação de uma certa experiência. Essa
construção freudiana vai permitir entender porque é tão
difícil as pessoas largarem determinados pontos de fixa-
ção, às vezes muito neuróticos, que causam sofrimentos,
que causam desarmonias com a vida delas, que causam
desconforto, que causam dificuldades de realizar proje-
tos, que muitas vezes levam a pessoa num processo de
mortificação em vida. Vejam que tudo aquilo que se re-
pete, sem que possa ser interpelado repete desembes-
tado, está dentro da dimensão da morte, dentro desta
pulsão mortífera, não quer dizer há vontade de morrer,
não quer dizer que seja vontade do ego se destruir. É uma
espécie de isolamento de uma função que não conversa
com o resto, ou seja, a pulsão de morte isola uma espécie
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de circuito da repetição e leva necessariamente a uma
ênfase daquilo que ganha destaque, no caso a pessoa em
si, se puder dizer, aquela pessoa que está tentando dar
conta daquilo, ela está numa espécie de desequilíbrio em
relação ao que Freud queria dizer lá atrás com o Princípio
do Prazer.
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de determinados modelos que talvez funcionassem mais
harmônicos. Essa é a minha fala em Freud sobre a pulsão
de morte.
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vai chegar a noção de que a pulsão precisa ser pensada nas
suas compartimentações tais quais o Freud havia dito, ou
seja, os quatro componentes da pulsão segundo Freud:
- A fonte
- O alvo
- O objeto
- A pressão
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trar objeto. Não há objeto para pulsão. Mas isso está no
Freud, certamente.
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Ela volta porque ela não se satisfaz. Essa questão que está
em Freud também, ou seja, o objeto perdido, a errância
da própria situação é o que mostra, por exemplo, que
nós seremos sempre seres fadados a experimentação ou a
própria repetição sem que a gente se realize totalmente.
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realizamos alguma coisa, nós esvaziamos aquela coisa de
libido. A libido fica solta, enlouquecida, atrás de outro
objeto e se ele estiver numa dimensão de gozo, ela vai
ficar batendo tambor, batendo biela, ali rodando em si
próprio, sem admitir que o objeto pode ser até o outro,
ou seja, os pontos de fixação, por exemplo neurótico que
o Freud falava, são exatamente esses pontos que levam
uma pessoa a não sair do lugar, a ficar prisioneiro de me-
mórias.
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há, estaremos nos enterrando. Porque o que há, já está.
Como é que você situa seu mais? Que o Lacan vai chamar
de Plus, quer dizer mais de gozar.
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Por exemplo, o que você faz com teu relacionamento
amoroso? Aí você verá pessoas que vão ficar no pleito,
“Ah, como seria bom se eu tivesse um namorado (a). Ah,
como seria bom se eu estivesse casado (a). Ah, eu não
tenho ninguém, vou ficar para titia. Ah, mas o namorado
dela é muito melhor que o meu. Ah, mas o meu é muito
melhor que o dela. ” E isso dá no mesmo.
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fim, é um complexo de elementos que nos dão, de algu-
ma maneira, a chance de pensar nossa vida, fazer a nossa
vida um pouco mais próxima das nossas características
e capacidades em lidar com esses objetos impossíveis,
vazios e ao mesmo tempo não sofrer tanto. Porque nós
sofremos é por ignorância.
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repetição e satisfação desejante de amarração da fantasia,
das suas ideias, lá do papai e da mamãe. E seu édipo se
atualiza nisso.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COMENTÁRIO FINAL
Nós da equipe PSICANÁLISE DESCOLADA ficamos muito felizes em
compartilhar com você, ideias, reflexões e experiências da psicanálise.
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www.psicanalisedescolada.com
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