Professional Documents
Culture Documents
Apostila Introducao Historia Da Arte
Apostila Introducao Historia Da Arte
História da Arte
Banco de Imagens
www.pixabay.com/
www.commons.wikimedia.org/
www.flickr.com/
5
Lista de Ícones
PESQUISE
Hiperlinks de texto
Lista de ícones 5
Sumário 6
Apresentação 7
Sumário Introdução à História da Arte. 8
Teatro, Cinema e Televisão - 45h 8
Introdução 9
Cronologia da Arte 13
PRÉ-HISTÓRIA 13
Antiguidade Egípcia 15
Antiguidade Grega 19
Arte Romana 23
Arte Bizantina 25
Arte Islâmica 26
IDADE mÉDIA 28
Renascimento 30
maneirismo 32
Barroco 33
Rococó 36
Neoclássico 37
Romântica 38
Barroco 40
Expressionismo 40
Cubismo 41
Cubismo 42
Construtivismo ou Abstracionismo Geométrico 42
Construtivismo 43
Construtivismo 43
Dadaísmo 44
OP ART 44
POP ART 44
Futurismo 45
ARTE NAÏF 45
Arquitetura Cenográfica 47
7
Apresentação
E mpreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para
trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o
profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o
profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas
e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse
contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento
de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam garantir o
desenvolvimento dessas competências.
Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação
profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de
Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos,
nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção
Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos
Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e
promoção do empreendedorismo.
Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de
servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando
e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos,
ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.
Artes Visuais
Objetivos
l Conhecer o conceito de Arte.
l Observar e compreender a evolução
da Arte e suas classificações.
l Analisar o percurso da Arte e seu
panorama na atualidade.
l Estudar o processo percorrido pela
Arte no desenvolvimento da humanidade.
l Diferenciar as fases artísticas e suas
produções.
l Compreender os fatores relevantes
1
no processo de construção de identidades
Imagem da página 307 do jornal Die Gartenlaube de 1876.
artísticas. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Die_Gartenlaube_(1876)_b_307.jpg
Introdução
Aula 1
Objetivos
Conhecer o conceito de Arte. Observar e compreender a evolução da Arte e suas classificações.
Entender o percurso da Arte e seu panorama na atualidade.
O QUE É ARTE?
Observemos o seguinte conceito de arte, buscando perceber a importância dele para nossa compreensão
artística e sua relação com a Cenografia. Podemos dizer que arte é:
Criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que
sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um
conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos
conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a
escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida
pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Hoje,
alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da
arte e da técnica para comunicar-se. (AZEVEDO, 2012, p.2)
A arte poderá equilibrar criação livre e técnica, apresentando-se fundamentada tanto em uma quanto
em outra área do pensamento humano. Ela equilibra razão e emoção.
Arnheim (1980) nos orienta a compreender a expressão das artes como “percepção artística e estética”,
também, em contraponto à percepção meramente funcional dos objetos.
Mais que como elementos do uso diário, cotidiano, o homem passaria a representar seus desejos, sua
imaginação e as representações que imaginava a respeito da sua rotina, transformando artisticamente o que
lhe era apenas útil como ferramenta.
O ser humano desenvolveu as suas representações e expressões artísticas, inicialmente, para transmitir
os acontecimentos do seu cotidiano. Com o desenvolvimento das técnicas de expressão gráfica, passou-se a
materializar o seu pensamento no interesse do resgate da memória e na preservação de hábitos e costumes,
representados de acordo com suas vontades, desejos e diversos fatores relacionados às sociedades e suas
normativas e tradições.
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser:
l feita para decorar o mundo
l para espelhar o nosso mundo (naturalista)
l para ajudar no dia a dia (utilitária)
l para explicar e descrever a história
l para ser usada na cura de doenças
l para ajudar a explorar o mundo (AZEVEDO, 2012).
A EVOLUÇÃO DA ARTE
Aula 2
Cronologia da Arte
Objetivos:
l Entender os caminhos da arte no desenvolvimento da humanidade.
l Diferenciar as fases artísticas e suas produções.
l Compreender os fatores relevantes no processo de construção de identidades artísticas individuais e
coletivas.
PRÉ-HISTÓRIA
Durante a pré-história, o homem representava o seu cotidiano: suas atividades diárias, dentre elas a caça e
suas novas descobertas. Ele retratava seu cotidiano em rochas expostas e em cavernas, utilizando pigmentos
naturais extraídos de plantas e de formações geológicas que acreditava produzir cor semelhante à situação real.
míDIAS INTEGRADAS
Assista ao vídeo!! Ele ajudará você a compreender melhor esse momento da
História da arte.
https://youtu.be/uKu2VzjsoBE
Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a
época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo
é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna
ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem (AZEVEDO, 2012, p. 10).
As simbologias recorrentes eram de animais, vivos ou mortos durante a caça e vegetação. O homem
expressava suas ideias, estabelecendo ligações também com a liderança, o poder e a territorialidade.
A divisão da Pré-história:
Observemos como esse período foi constituído, visando compreender melhor seu papel na construção da
História da Arte:
l ”aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;
l primeiros hominídeos;
l caça e coleta;
l controle do fogo;
l instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados” (AZEVEDO, 2012).
14
Paleolítico Superior
Neste momento, o homem começa a especializar os seus meios de expressão artística, testando e se
afirmando em novas tecnologias para a representação gráfica dos seus hábitos rotineiros e conquistas.
Desenvolve e estabelece:
l ”instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha,
lançador de dardos, anzol e linha;
l desenvolvimento da pintura e da escultura”.
míDIAS INTEGRADAS
Assista ao seguinte vídeo para complementar
seus estudos: A Origem do Homem (Dublado)
Vídeo: https://youtu.be/uKu2VzjsoBE
Neolítico
Antiguidade Egípcia
Foram erguidas estruturas gigantescas, como os palácios, templos e tumbas. Nelas, sobre a rocha cortada,
em cerâmicas, metais e papiros, a arte egípcia estava representada.
Percebemos que a arte egípcia estava completamente ligada à glorificação dos deuses e à figura do Rei, que
também era considerado divino.
16
7
Cerimônia da “abertura da boca”
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c1/Opening_of_the_mouth_ceremony.jpg
8
17
Foram erguidas estruturas gigantescas, como os palácios, templos e tumbas. Nelas, sobre a rocha cortada,
em cerâmicas, metais e papiros, a arte egípcia estava representada.
Percebemos que a arte egípcia estava completamente ligada à glorificação dos deuses e à figura do Rei, que
também era considerado divino.
Pintura
10
A Arte egípcia
Características
l Bidimensional, com ausência de perspectiva.
l Cor “chapada”, sem degradês.
l Lei da frontalidade: corpo em vista frontal e cabeça, pernas e pés em perfil.
Os egípcios desenvolveram três formas de escrita:
l Hieróglifos - escrita sagrada;
l Hierática - escrita simplificada, utilizada pelos nobres e sacerdotes;
l Demótica - escrita popular, cotidiana.
18
11
Pedra da Roseta
A Rosetta Stone é uma pedra estela, encontrada em 1799, se inscreveu com um decreto emitido em Memphis, Egito, em 196 aC, em
nome do rei Ptolomeu V. O decreto aparece em três roteiros:. O texto superior é egípcios antigos hieróglifos, a porção média egípcio antigo, e
a menor é grego antigo . A pedra apresenta essencialmente o mesmo texto em todos os três linguas (com algumas pequenas diferenças entre
eles) e assim por fornecidas a chave para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios.
https://en.wikipedia.org/wiki/Rosetta_Stone
míDIAS INTEGRADAS
Para complementar seu estudo, assista ao seguinte vídeo:
https://youtu.be/uLai0ElgzF0
19
Antiguidade Grega
Arte e arquitetura:
A arte grega esteve bastante ligada às representações das crenças, em forma de estátuas, em homenagens
aos deuses e deusas e na construção de templos para adoração desses deuses.
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à
inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se
dedicavam ao bem-estar do povo (AZEVEDO, 2012, p. 12).
A racionalidade nas relações gregas com a arte permitiu a produção de exemplos importantes nas artes
figurativas: a representação realista do ser humano nas esculturas e cenas cotidianas, calcada:
12
Hércules. Estatuária grega.
pixabay.com/pt
13
Grécia. Arte grega expressiva nas construções dos templos e de outros edifícios.
pixabay.com/pt
20
míDIAS INTEGRADAS
Para complementar seus estudos sobre Arte Grega, assista ao seguinte vídeo:
https://youtu.be/9OiiOuyiGLm
Arquitetura
-Skéne: cena;
-Konistra: orquestra;
-Kóilon: ou arquibancada.
14
O teatro grego.
https://pixabay.com/pt/teatro-antigos-monumento-hist%C3%B3ria-1345934/
Pintura
A arte grega era bastante especializada. Representava-se praticamente: a vida comum, rotineira, as guerras e os
esportes, a religião e a Mitologia.
l A pintura grega aparece na arte cerâmica.
l Os vasos pintados serviam aos rituais religiosos e ao armazenamento de água,
vinho, azeite, provisões.
l A forma correspondia a sua função.
l As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e
cenas da Mitologia Grega (AZEVEDO, 2012) .
22
15
Tipologia de vasilhames gregos. Pintura. Ânfora, cratera e hidra.
http://4.bp.blogspot.com/-y6DP3xPxHhE/TmAYIn3k6vI/AAAAAAAAA90/OKQOTGg1eYo/s640/ceramicagrega.jpg
Escultura
Na escultura, os gregos foram grandes artistas. Representaram à luz da racionalidade os seus principais
personagens, sejam eles comuns ou os deuses que reverenciavam.
Características:
l Esculturas de formas humanas, inicialmente, no Período Clássico, em
bronze, depois em mármore pela sua resistência maior;
l busca pela perfeição na estatuária;
l antropomorfismo absoluto e movimento (AZEVEDO, 2012).
Mitologia
l Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada quatro anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram
em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo.
l Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de Sófocles.
l música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional (AZEVEDO, 2012, p.13).
míDIAS INTEGRADAS
Visite: Glossário de termos do teatro grego (em inglês):
http://www.currituck.k12.nc.us/cms/lib4/NC01001303/Centricity/
Domain/121/Greek_Theatre_Terms.pdf
23
Arte Romana
As artes romanas se destacaram pela reprodução escultórica dos seus líderes, as autoridades máximas, pelos
deuses que veneravam e pelas construções de palácios e templos.
17
Tipologia de vasilhames gregos. Pintura. Ânfora, cratera e hidra.
http://4.bp.blogspot.com/-y6DP3xPxHhE/TmAYIn3k6vI/AAAAAAAAA90/OKQOTGg1eYo/s640/ceramicagrega.jpg
PESQUISE
míDIAS INTEGRADAS
PESquISE
Pesquise: Imagens das artes romanas na pintura,
Imagens das
na Arte e Arquitetura Romana: artes romanas na
pintura, na Arte e
https://youtu.be/FxYL9D5dgvm Arquitetura Romana
24
Arquitetura
Havia diversas representações artísticas na Roma republicana e na Roma imperial. As construções eram de
cinco tipologias, de acordo com a função as quais se destinavam:
Templos, para cultos;
Basílica, para comércio e atividades cívicas;
Termas, com ginásio, piscinas e jardins, que eram os centros
de socialização dos romanos;
Lazer: circo, teatro e anfiteatro;
Monumentos decorativos, como os arcos do triunfo; Moradias
(AZEVEDO, 2012).
18
PESQUISE
PESquISE
Imagens de templos,
basílica, termas,
anfiteatro, arcos do
triunfo, residências.
19
https://c1.staticflickr.com/3/2928/14581349920_883bc97c38_b.jpg
25
Pintura
Escultura
Arte Bizantina
A Arte Bizantina está profundamente enraizada nas crenças do cristianismo, seu crescimento e construção
dos templos cristãos.
PESQUISE
Arte Islâmica
22
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9c/Imam_Mosque_by_Amir.jpg
Mesquita islâmica de Shah localizada em Isfahan, Irã. Ricos detalhes na decoração: arcos, pórticos, janelas
e decoração das paredes com arabescos.
míDIAS INTEGRADAS
Assista ao seguinte vídeo, visando complementar seus conhecimentos sobre Arte Islâmica:
https://youtu.be/_mOqyq0q8zk
Arquitetura
A arquitetura islâmica é representada em sua maior parte pelas mesquitas construídas. Dado o seu grau de
complexidade arquitetônica, seus projetos eram confiados aos geômetras.
27
“O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem
realmente projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.”
(AZEVEDo, 2012,p.25).
PESquISE
importância para a sua realização. Nesse sentido, a As Mesquitas de Basora e Kufa, no Iraque; a
geometria era extremamente valorizada, pois estava Cúpula da Roca, em Jerusalém e a Grande
Mesquita de Damasco.
diretamente ligada à imponência e relevância das
grandes construções.
Tapetes
23
Pintura
PESQUISE
PESquISE
Bastante detalhada e rica em ornamentação, a Pesquise: Varanda de Lindajara | Cervo de
pintura islâmica está representada em: Medina Azahara |Tapete de Alcaraz | Taj
l Afrescos; Mahal | Domo da Rocha (Israel) | Muxarabis.
Para Argan (2008), interpretando WORRINGER, na historiografia da arte há diferenças por áreas geográficas:
o clássico estaria ligado ao mundo mediterrâneo, onde a relação dos homens com a natureza é clara e positiva;
romântico, o mundo nórdico, onde a natureza é uma força misteriosa, frequentemente hostil.
Podemos compreender, portanto, que a origem das artes está diretamente ligada à percepção do ser
humano diante da sua vida cotidiana, no devido momento em que busca uma expressão verbal ou artística,
replicando suas próprias experiências de vida e memória na arte que conduz o seu fazer artístico, na ideia ou
efetivamente sobre os suportes disponíveis.
28
24
Pintura Islâmica
IDADE MÉDIA
SAIBA mAIS
Saiba mais – artes e
Saiba mais – artes e arquitetura do medievo arquitetura do medievo:
https://youtu.be/fA0mrh7Jhc0
Arquitetura
A arquitetura na Idade Média caracterizou-se pelas grandes construções – na maioria de caráter religioso,
pesadas estruturalmente, para erguerem-se às maiores alturas, tornando-se marcos na morfologia e estética
das cidades medievais.
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era
semelhante às construções dos antigos romanos (AZEVEDO, 2012, p. 21).
Pintura
29
Principais características:
l A pintura era o meio mais comum de comunicação.
l Através dela as mensagens eram passadas e
entendidas.
l Técnica mais utilizada no período: afrescos.
l Temas predominantemente de natureza religiosa.
l Cores chapadas.
l Mosaicos: composição artística formada pela
junção de pequenas pedras, coloridas, que justapostas,
formam desenhos diversos (AZEVEDO, 2012).
Gótica
Arquitetura
PESquISE
Escultura
Imagens
representativas
A Escultura Gótica apresenta os seguintes aspectos: desse período.
l Verticalidade; PESQUISE
Assista ao vídeo:
l Formas estendidas; “Iluminuras
l Realismo nas representações artísticas das figuras humanas; Medievais”
https://youtu.
be/9Gotz1m-ug4
Iluminuras
Pintura
Giotto
Obra destacada: “Afrescos da Igreja de São
Francisco de Assis ”, Itália.
PESquISE
Jan Van Eyck PESQUISE
RENASCIMENTO
Renascimento
27 28
Invenção pólvora e da bússola pelos chineses
http://www.mychinesestudy.com/blog/wp-content/
Características gerais:
l Racionalidade – a técnica direcionando a produção artística
l Antropocentrismo
l As ciências como base experimental para questionamentos
l Rigor científico 29
l Releitura das artes greco-romanas http://www.historicalfirearms.info/
post/100269913415/early-european-
handguns-gunpowder-was-first
Vídeo: https://youtu.be/Gl6dEa7A41m
31
30
A invenção de Johannes Gutenberg ampliou a produção de livros e difusão da arte
https://goo.gl/images/9OA7hq
Pintura
Na pintura, surgem conceitos mais aprofundados sobre perspectiva, profundidade e realismo e também a
técnica de pintura “a óleo”.
Principais artistas:
maneirismo
ARQUITETURA
ANDREA PALLADIO – Arquiteto. Projetou as Igrejas “San Giorgio Maggiore ” e “Chiesa del
Santissimo Redentore”. Referência obrigatória para arquitetos ingleses e franceses do período barroco.
PESQUISE: obras arquitetônicas de Andrea Palladio e de outros artistas maneiristas.
A pintura renascentista foi caracterizada, de modo geral, pela reprodução relativamente literal da realidade,
ou seja, com um grau quase absoluto no realismo artístico na pintura. Foi influenciada fortemente ´pelo “ideal”
grego de beleza perfeita.
A grande inovação da pintura renascentista foi a aplicação de técnicas de perspectiva, que demonstravam
profundidade nas obras, permitindo que fossem realizadas pinturas realistas. Outra técnica importante no
período foi a pintura a óleo ( AZEVEDO, 2012 ).
ESCULTURA
Na escultura renascentista, Michelangelo é o principal representante. Seu estilo é único. É dramático, intenso
e realista, expressando as condições emocionais do ser humano de maneira autêntica e quase que tangível.
Destacam-se, nesse período, como principais características e elementos componentes das artes escultóricas:
l A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num
equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorções extremadas e exagerado alongamento
dos músculos.
l O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas
compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e
a graciosidade de todo o conjunto (AZEVEDO, 2012, p. 28).
33
Barroco
PESquISE
l Itália, século XVII Imagens das obras de
Michelangelo – “Teto da
l Portugueses e espanhóis o estenderam às Américas Capela Sistina”, “Pietà”, “A
Criação de Adão”.
l A emoção é uma característica marcante e notável nas produções
PESquISE: imagens
artísticas
PESQUISE
de arte no período
barroco italiano.
l Efeitos decorativos e visuais em profusão
Barroco no Brasil:
https://youtu.be/
AxzsqSVhX0c
Pintura
A pintura barroca é realista, repleta de detalhamentos, apelo visual e uso de cores quentes em profusão.
Usava a técnica da composição diagonal, técnica, ao mesmo tempo em que expressava notadamente cenas de
conteúdo emocional intenso, equilibrando a racionalidade e a emotividade.
Pintores Barrocos
32
Caravaggio
“Vocação de São Mateus”
34
33
Andrea Pozzo
“A Glória de Santo Inácio”
35
34
Rubens
“ O Jardim do Amor”
35
Velázquez
“O Conde Duque de Olivares”
36
Rembrandt
“Aula de Anatomia”
PESquISE
Imagens das obras dos
artistas citados acima,
incluindo a escultura no
período barroco. Inclua
GIAN LORENzO BERNINI,
arquiteto, urbanista,
36 decorador e escultor, cujas
obras serviram
de elementos
decorativos das
PESQUISE
igrejas como,
ESCULTURA por exemplo, o
baldaquino e a
cadeira da Basílica
Características: Linhas curvas, drapeados e dourados, dramaticidade. de São Pedro, no
Vaticano.
Rococó
O estilo rococó apresenta algumas características gerais como a utilização massiva de curvas e outros
componentes decorativos como as volutas e elementos do mundo natural: conchas e flores, especialmente.
Foi visto como um estilo elegante e exuberante pela riqueza de detalhes. PESquISE
Surgiu na Europa no século XVII e alcançou as Américas, em alguns lugares, Artistas e suas obras de estilo
Rococó, na Europa e
incluindo o Brasil. no Brasil, incluindo
o “estilo D. João V”, PESQUISE
característico no
mobiliário brasileiro
do século XVIII.
ARQUITETURA
A arquitetura rococó é marcada pelo planejamento minucioso dos seus interiores, ressaltando as qualidades
e necessidades específicas de cada usuário do espaço construído de forma sensível e personalizada. A decoração
é “carregada”, tanto na forma final da construção, quanto em cada espaço do interior (AZEVEDO, 2012).
As paredes ganham tons pastéis e o branco, delicados elementos dourados de plantas e flores e anjos.
37
Principais características:
PESquISE
Cores intensas substituídas por cores suaves, iluminação natural planejada e Principal representante da
texturização suave das superfícies, mais leveza estrutural nas construções. arquitetura nesse
período: Johann
Michael Fischer, PESQUISE
PINTURA
A pintura rococó se caracterizava pelo uso de cores suaves, ao contrário das cores barrocas, desenhos que
tinham como tema a natureza e seus elementos, a rotina da época, a aristocracia, o sensual e o exótico e o
distanciamento da temática religiosa.
Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e
pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o
resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de Rubens ( AZEVEDO, 2012).
PESquISE
imagens das obras
dos artistas citados
acima.
Neoclássico
Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, uma
nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do
Academicismo ou Neoclassicismo, que expressou os valores próprios de uma nova e
fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade europeia após a Revolução
Francesa e principalmente com o Império de Napoleão ( AZEVEDO, 2012, p. 31).
Principais características:
l Imitação dos modelos gregos e latinos nas construções e na decoração;
l Academicismo temático e técnico, satisfazendo as encomendas da burguesia
e não mais do clero e da nobreza local;
SAIBA mAIS
l Arte como imitação da natureza. Para complementar seu
conhecimento, assista
ao vídeo: Vídeo: https://
youtu.be/db-uqAwgGso
38
ARQUITETURA
em Paris e do
“Portão de
Brandemburgo”, em
Berlim.
PINTURA
Romântica
Ocorreu durante mudanças sociais, políticas e culturais despertadas pela Revolução Industrial e pela
Revolução Francesa, apresentando artes com mais complexidade em técnicas e representações artísticas,
usufruindo da então já livre expressão artística e o distanciamento do academicismo.
Características:
l (...) valorização dos sentimentos e da imaginação;
o nacionalismo;
l a valorização da natureza como princípios da criação artística; e
l os sentimentos do presente ( AZEVEDO, 2012 ).
ARQUITETURA E PINTURA
Francisco de Goya, pintor e gravador espanhol do século XVIII, é um agente na ruptura das artes
francesas no período. Contrapõe as literalidades pictóricas acadêmicas à racionalidade característica da
cultura francesa na revolução, fazendo com que o modelo classicista adquira um caráter “ético-ideológico”
(ARGAN,2008,p.14) nas suas produções artísticas.
Considera Argan que
“O ideal neoclássico não é imóvel. Certamente não se pode dizer, entre o final
do século XVIII e o século XIX, que a pintura de Goya seja neoclássica, mas a sua
violência anticlássica também nasce da ira de ver o ideal racional contrariado por uma
sociedade retrógrada e carola, e como não pintar monstros se o sono da razão os gera
[sic] e com eles preenche o mundo? (ARGAN,2008.p.14).
ESCULTURA
mIDIAS INTEGRADAS
Link para o IMDB/
Auguste Rodin e Camille Claudel são os mais expressivos representantes. informações sobre o
filme http://www.imdb.
com/title/tt0094828/
PINTURA
Suas características:
Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da
natureza. Ao artista não cabe “melhorar” a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é. Revelação dos
aspectos mais característicos e expressivos da realidade ( AZEVEDO, 2012 ).
Principais artistas:
Gustave Courbet e Jean-François Millet
40
Impressionismo
Na pintura, especialmente, destacou-se como a expressão da chamada Belle Époque francesa. A expressão
origina-se diretamente da obra do artista Claude Monet “Impressão: nascer do sol”, de 1872.
Características:
l A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado
momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
l As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar
imagens;
l As sombras devem ser luminosas e coloridas (...);
l Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares;
l As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor ( AZEVEDO,
2012 ).
Argan considera o impressionismo como a superação do clássico e do romântico, isto “enquanto poéticas
destinadas a mediar, condicionar e orientar a relação do artista com a realidade” ( ARGAN, 2008, p.75 ). É
a libertação das experiências na pintura, alçando voo, o artista, ao futuro que se aproximaria, trazendo a
fotografia como a representação máxima do realismo perseguido nas artes plásticas anteriormente.
mIDIAS INTEGRADAS
Vídeo: https://youtu.
be/7WnlnKx6Pjk
Expressionismo
O expressionismo foi um movimento artístico caracterizado pela valorização na pintura da subjetividade, das
emoções e dos sentimentos, transcritos para as telas em pinceladas intensas no uso da cor e na distorção visual
das formas e do conteúdo complementar. O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática,
subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores patéticas, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo,
à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores
emocionais sobre os intelectuais” ( AZEVEDO, 2012, p. 37).
O expressionismo é fortemente ligado à emoção. Através dela é que acontece a materialização, intensa, das
41
da trajetória artística da humanidade, seus pontos focais e seus Vincent van Gogh - https://youtu.be/
Auto-Retrato, 1887
moBAipb9xhs
rigores em cada fase.
Principais artistas:
Paul Gauguin, Paul Cézanne, Vincent Van Gogh, Henri de
Toulouse-Lautrec, Edvard Munch, Ernst Ludwig Kirchner, Paul Klee, Amedeo Modigliani
Cubismo
O Cubismo foi uma manifestação artística de vanguarda, europeia, iniciada no despertar do século XX,
caracterizado pelo uso da síntese das formas da natureza que, geometrizadas, compunham o conjunto artístico
transposto às pinturas. Surgiu em Paris, tendo como fundadores Pablo Picasso e Georges Braque.
Características:
l renúncia à perspectiva;
l o claro-escuro perde sua função;
l representação do volume colorido sobre superfícies planas;
l sensação de pintura escultórica;
l cores austeras, do branco ao negro, passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.
42
ABSTRACIONISmO
O abstracionismo considerou tudo que não representasse fielmente o que há na natureza. Foi a descons-
trução das formas e dos estilos anteriores, onde não havia mais o figurativo e o realismo materializado nas
pinturas. A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores
e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencial-
mente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser
abstrata ( AZEVEDO, 2012 ).
O mundo já não era mais imitado e a subjetividade substituiu a realidade física, concreta. Foi a negação das
linhas de expressão acadêmicas renascentistas, surgindo dos experimentos das vanguardas europeias daquele
período, o início do século XX.
Principais Artistas:
Wassily Kandinsky
Paul Klee PESquISE
Obras dos artistas citados.
PESQUISE
Franz Marc
Concepção, ou conjunto artístico, caracterizado pela geometrização das formas e utilização de cores, em
sua grande diversidade.
Principais Artistas:
43
37
Composição com vermelho, amarelo, azul e preto. Quadro de Piet Mondrian - 1921
PESquISE
Construtivismo
ARTE ABSTRATA AMERICANA,
PESQUISE
Surrealismo
Foi uma corrente artística surgida em Paris nos anos 20 do século passado, mais especificamente no ano
de 1924, que levou à pintura as expressões do subconsciente humano, seus delírios e fantasias, sua ausência
de racionalidade. O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do
subconsciente ( AZEVEDO, 2012 ).
Dadaísmo
O movimento “Dada” é “uma contestação absoluta de todos os valores, a começar pela arte.”
(ARGAN,2008p.353). Man Ray, norte-americano, é um fotógrafo que singulariza pela sua perspectiva, pelo seu
olhar, o ideário “Dada”, valorizando qualquer possibilidade que o permitisse registrar; esta arte pode “se valer
de qualquer instrumento, retirar seus materiais seja de onde for”. (ARGAN,2008,p.353).
Originou-se na Suíça no ano de 1916. “Dada” é uma palavra de origem francesa que significa, na
linguagem infantil, “cavalo de pau”. O fim do “Dada” aconteceu em 1921.
PESQUISE
PESquISE
Obras de DUCHAMP e ERNST
Principais artistas: Marcel Duchamp e Max Ernst
OP ART
“Op-art”: do inglês (optical art), apareceu em 1950 e resulta da intenção de trabalhar as ilusões de ótica nas
artes. O artista que iniciou o movimento foi Victor Vasarely.
Obras importantes: “Mach-C” do artista Victor Vassarely, “Pintura com Movimento Transformável” do
artista Yaacov Agam.
POP ART
A Pop Art foi caracterizada especialmente pelo uso da iconografia popular, das representações gráficas dos
bens de consumo, para a ação artística na pintura. Ocorreu principalmente nos Estados Unidos da América e
na Grã-Bretanha dos anos 50. A Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e
aproximou a arte das massas, desmistificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos ( AZEVEDO,
2012 )
Foi desenvolvida com o uso de referências em produtos da cultura popular oriundas nos Estados Unidos:
fotografia, HQ’s – histórias em quadrinhos, cinema e do universo
publicitário.
Artistas importantes: Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein e
Andy Warhol. PESQUISE mais sobre eles e suas obras e ainda sobre
a influência dos filósofos Adorno e Horkheimer na Pop Art.
PESquISE
Arte nas INSTALAÇÕES e a
INTERFERÊNCIA
LINK interessante, com diversas
ilustrações PESQUISE
https://issuu.com/
andrealtmann/docs/conceito_
revi4_acad Acesso em 14 set.
2016
Video: https://youtu.be/
D1kCB5xqk4m
38
45
Futurismo
Boccioni teoriza sobre a “síntese dinâmica” (ARGAN,2008,p.441), defendendo a lógica como necessária
e pertinente ao processo de concepção da composição artística, considerando fatores determinantes nessa
composição, como espaço, movimento, velocidade, elasticidade das formas e das estruturas do tema pintado
e atmosfera – do movimento.
Balla traduz a velocidade nas pinturas, anulando a figura real quase que em absoluto; ressalta o dinamismo
e a fusão dos componentes do conjunto imaginado e observado para a representação artística.
Carrà, na sua “metafísica” representada experiencia e realiza a sensorialidade dos espaços e formas,
considerando-os essenciais.
Esses artistas, citados acima, são os principais representantes do movimento futurista.
O movimento também produziu um manifesto, sustentado essencialmente pela adoração às novidades
provindas da indústria, bem como tudo que se originasse dela naquele momento e pudesse ser entendido
como parte da nova era, a era moderna.
O primeiro manifesto foi publicado no Le Figaro de Paris, em 22/02/1909, e nele, o poeta italiano Marinetti, dizendo
que o esplendor do mundo enriqueceu-se com uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um automóvel de carreira é mais
belo que a Vitória de Samotrácia. O segundo manifesto, de 1910, resultou do encontro do poeta com os pintores Carlo
Carrà, Russolo, Severini, Boccioni e Giacomo Balla. Os futuristas saúdam a era moderna, aderindo entusiasticamente à
máquina ( AZEVEDO, 2012 ).
A “maquinização” e mecanização da sociedade eram a materialização das reflexões artísticas desse período:
a máquina como inspiração.
Artistas importantes: Carlo Carrà, Umberto Boccioni e PESQUISE
PESquISE
Giacomo Balla.
Obras de Carrà, Boccioni e Balla.
Leia: manifesto Futurista
http://www.metodologiacientifica.com.
br/fpa/futurismo.pdf
ARTE NAÏF
O naïf é considerado uma arte primitiva, simples, empírica. É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica,
do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular. Claro
que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto. Art naïf (arte ingênua)
é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se
enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular. ” (
AZEVEDO, 2012 ).
O empirismo nas artes também tem valor. Não condicionada pelos recursos do universo teórico acadêmico,
o Naïf produz conteúdo artístico importante na expressão das ideias e sentimentos humanos, como a vida
cotidiana e o folclore.
Principal Artista: Henri Rousseau
PESQUISE
PESquISE
Obras naïf de HENRI ROuSSEAu e
ainda sobre a pintura METAFÍSICA de
GIORGIO DE CHIRICO e GIORGIO mORANDI.
46
Aula 3
As expressões artísticas são divididas em algumas classes específicas como artes plásticas, ambientações
ou decoração de ambientes, espetáculos e literatura. Dessa maneira, a pintura se configura como arte visual e
a poesia como arte literária.
As expressões artísticas de mais populares são: música, artes cênicas (teatro, dança e circo), artes plásticas
(pintura e escultura), literatura, arquitetura, cinema, produções televisivas, animação e histórias em quadrinhos.
Diante de quase infinitas possibilidades de expressão artística, no teatro o ator possui uma área “útil” para
atuação. Esta área útil, como chamaremos a partir de agora, é o espaço disponível para que o ator (ou o
bailarino, ou o dançarino, ou o circense), tem para si como lugar performático.
Esse espaço é delimitado primeiramente pelas sugestões de um diretor de cena, que trabalha os movimentos
nessa área útil, objetivando a maior interação possível entre o ator e sua performance mediante barreiras
físicas ou imateriais – as luzes de cena.
Considerando essas barreiras físicas o diretor orientará o artista conforme os complementos cenográficos
existentes, reforçando, sejam eles físicos ou não materiais, como a luz e outros efeitos de ambientação que
complementam o conjunto.
É válido lembrar que apenas a luz – orientada por um diretor de iluminação, poderá se configurar em
conjunto cenográfico, haja vista a possibilidade de ela própria determinar espaços, volumetria e contornos,
através do estudo das cores, da intensidade das luzes e do contexto do que está a ser apresentado, obviamente.
Cenografia e Dança
A dança e suas variações, notadamente, têm para si espaços específicos para sua apresentação, de acordo
com as propostas técnicas, artísticas e coreográficas, especialmente, que proponham.
Em espaços como teatros, utilizando-nos de exemplo como as apresentações de balé clássico, observamos
na maioria dos espetáculos, a necessidade de área útil que esteja em conformidade com a amplitude e o
alcance dos movimentos dos bailarinos e bailarinas.
Corridas e saltos dados pelos bailarinos e bailarinas são condicionantes e determinantes na contextualização
de um planejamento cenográfico de caráter específico, observando que os profissionais necessitam de espaços
livres para desenvolver as suas coreografias. “O balé é o espaço cênico ideal para a invenção pictórica porque a coreografia
exige um espaço cênico plano e em grandes dimensões livres. Assim o cenógrafo tem como espaço para sua representação a
moldura do palco, o fundo do palco e a criação dos figurinos “(NERO, 2016, p. 1).
47
Temos, nesses casos, a utilização de painéis cenográficos mais comumente, fixados nas varas de cenário,
ladeados paralelamente na maioria das vezes às pernas que delimitam o espaço do palco com as coxias. Estas
são “áreas de escape” para os artistas. Lugares de entrada e saída no momento das encenações e danças.
Preferencialmente, deverão estar desobstruídos, facilitando a movimentação dos artistas.
Desta forma, com um exemplo simples, observamos que a área útil para apresentações poderá sofrer
limitações no seu planejamento.
Em caso contrário, poderemos planejar uma composição cenográfica, saturando o espaço com componentes
físicos, obviamente contextualizados à proposta de encenação, dança ou outra categoria de arte como
espetáculo. Quando a plateia adentra um espaço de apresentação teatral ou quando a cortina se abre, a primeira
percepção da identidade do trabalho é estabelecida através da captação visual do aparato cênico (SILVA, 2016).
ta, porém justificado de todas as maneiras possíveis: técni- e a influência de Picasso, Braque e Fernand
ca e teoricamente - através de detalhamentos construtivos, Léger – dentre outros grandes representantes
da pintura parisiense daquele período.
subjetivamente ou realisticamente – através da apropriação COmPREENDA a sincronia, organização e a
de conceitos referenciados em bibliografias específicas ou unidade entre o trabalho do cenógrafo e o balé.
experimentos anteriores, conceituais ou executados. Vídeo: https://youtu.be/SRHowifoV7I
Aula 4
Arquitetura Cenográfica
HISTÓRIA DA CENOGRAFIA
Os romanos utilizaram o espaço cênico que desenvolveram como complemento para a política, com foco
na diversão e no “esvaziamento das ideias”, como sustenta Mantovanni. O que importava era o espetáculo.
O teatro romano
cresceu sobre o tablado
de madeira dos atores
ambulantes da farsa 41
popular. Durante dois 1 - Auditorium / 2 - Orchestra
3 - Proscenium / 4 - Skene / 5 - Parados
séculos, o palco não foi
nada mais do que uma estrutura temporária (Berthold, 2001, p. 148).
42
https://www.thinglink.com/scene/447765599792136194
No medievo, surgiram os cenários de grande porte, sustentados por maquinaria complexa, indicando a
especialização das atividades internas aso espetáculos teatrais.
Algumas considerações:
l O teatro era basicamente “religioso”.
l O lugar de maior quantidade de apresentações eram as praças.
l Eram produzidos cenários de grande porte
Estes cenários eram construídos por muitas pessoas, pois tinham vários efeitos
que eram necessários para o andamento das histórias. São chamados de cenários
simultâneos. Espetáculos que contavam a vida de santos, ou o caminho tortuoso de
simples mortais pecadores para chegar ao céu, ou terem seu futuro reservado ao
inferno (CARVALHO e MALANGA, 2013, p. 11).
43 44
O teatro medieval
PESQUISE
O teatro elisabetano
Na Inglaterra, nobreza, plebeus e camponeses ocupavam o teatro, porém em espaços pré-definidos para
cada um deles. Essa fusão de públicos levou também a uma fusão de estilos. William Shakespeare (1564 –
1616), é o autor de “A Tempestade”, “Hamlet”, “Rei Lear”, “Romeu e Julieta” e “A Megera Domada”, grandes
obras reconhecidas mundialmente.
A cenografia era expressiva, complementada pelo conjunto arquitetônico específico para essa função.
45
O teatro elisabetano. Corte com as configurações internas e perspectiva.
FONTE: https://prezi.com/m4tenabh-gut/the-globe-theater/#
PESquISE
Visite este link para conhecer mais sobre as descrições do teatro elisabetano (em inglês):
https://prezi.com/m4tenabh-gut/the-globe-theater/#
52
O teatro renascentista na Itália do século XV. Era popular, cômico, burlesco e abordava os mais variados
temas, em contraponto ao tradicional teatro italiano. Ocorreu, além da Inglaterra, na Itália, na França e na
Espanha. No entanto, muitos países ainda apresentavam um teatro erudito e religioso de influência medieval.
“(...) scaenae frons - o cenário fixo construído em madeira e estuque com as três portas
clássicas - e em seu interior permanece a cenografia fixa, destinada ao espetáculo de
inauguração do teatro representando as ruas de Tebas para ‘Édipo Rei’ de Sófocles. A
perspectiva do cenário foi desenhada por Palladio, seguindo as idéias de Sebastiano Serlio,
e após sua morte foi finalizada e construída tridimensionalmente em madeira e estuque por
Scamozzi situando o ponto de fuga pintado nos painéis de fundo além da cena construída. ”
46
O Teatro Olimpico de Vicenza, por Andrea Palladio e Vicenzo Scamozzi (1585).
FONTE: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Teatro_olimpico.jpg
53
PESquISE
Vitrúvio, seus escritos e o seu legado para a
Arquitetura, incluindo a aplicação dos seus
conceitos e padrões. Aqui:
http://engenhariacivildauesc.blogspot.
com.br/2010/11/vitruvio-e-seu-legado-
para-aquitetura-e.html
47
O Teatro Olímpico - Andrea Palladio e Vicenzo Scamozzi.
Vicenza, séc XVI. Corte longitudinal.
FONTE: URSSI, 2006. P.32.
São tratados técnicos e conceituais que referenciam teórica e tecnicamente quaisquer materializações de
ideias no campo da arquitetura, extensivas ao universo do planejamento cenográfico. Vitrúvio destaca em seu
Tratado de Arquitetura
PESquISE
Outras características projetuais importantes no Vitrúvio, seus escritos e o seu legado para a
espaço cênico renascentista: Arquitetura, incluindo a aplicação dos seus
l Representação clássica na pintura dos cenários: conceitos e padrões. Aqui:
a natureza como inspiração para a “teatralização do http://engenhariacivildauesc.blogspot.
com.br/2010/11/vitruvio-e-seu-legado-
mundo” (URSSI, 2006, p.32);
para-aquitetura-e.html
l Perspectiva como ciência referenciando a pintura:
l Sensação de ampliação da cena dada pela
PESQUISE
perspectiva;
l União da pintura e da arquitetura no planejamento PESquISE - Andrea Palladio, quem foi,
e execução cenográfica; sua importância para a cenografia, as suas
principais obras e a tipologia cênica que
desenvolveu.
54
48
Esquema funcional – setorização de um teatro do tipo italiano.
http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aup0154/00_aup0154_bases/Apostila_de_Teatro.pdf Acesso em 12 set. 2016
Antoine, em sua teoria da quarta parede, afirma que a parede da cena transparente para o espectador que tem a
ilusão que a cena é uma ação real onde os atores atuam independente e livremente ( URSSI, 2006 )
PESquISE
Principais características estruturais: Jean-Jacques
Roubine e
l Formato retangular; também
l Duas áreas setorizadas distintamente: plateia e palco; o teatro
Barroco, suas
l Destaque ao proscênio e à ribalta;
principais
l Boca de cena como a moldura do espetáculo; características
l Cortina principal, caracterizando o início e o fim do espetáculo; e a expressão
trompe
l’oeil e sua
Outras características importantes: aplicação em
l Mudanças de cenário através de técnicas de maquinaria; cenografia.
l Molduras laterais (pernas), deslizantes e móveis (roldanas e trilhos);
l Uso intenso de recursos cênicos;
PESQUISE
mIDíAS INTERATIVAS
FILmE RECOmENDADO:
“Vatel” – Um Banquete
para o Rei (2000).
Direção: Roland Joffé.
Cenografia móvel, perspectivas, painéis
pintados, mobilidade a outros componentes
cenográficos.
49
O teatro tipicamente barroco. Estudo e aplicação
das técnicas de perspectiva. Ferdinando Galli da
Bibiena, século XVII.
FONTE: http://www.unav.es/ha/007-TEAT/barrocos-bibiena-familia.htm
Acesso em 05 set. 2016. 50
míDIAS INTERATIVAS
Ópera e cenografia - Vídeo: Carmen de Bizet, no Metropolitan, Nova Iorque:
https://youtu.be/K2snTkaD64u
O planejamento cenográfico para óperas tem os seus diferenciais caracterizados pela compatibilização entre
o drama expresso pelo tema e a materialização da cenografia. Espera-se, a partir da intensidade dramática
desse tipo de espetáculo, um projeto cenográfico adequado à geralmente presente intensidade emocional que
tais obras apresentam.
“Em 1882, Wagner inaugurou, sob a inspiração da arte total, a Festspielhaus em
Bayreuth com a ópera ‘Parsifal’. O ciclo wagneriano apoiou-se na valorização do texto
de concepção mitológica, realizado sobre o modelo da tragédia grega, e abandonou
o cunho histórico ora utilizado nas concepções líricas da época.” (URSSI, 2006, p. 42)
Adolphe Appia
l Referenciou-se em Wagner;
l Elaborou esboços e maquetes;
l Volumetria e atmosfera dada pela luz elétrica nos espetáculos;
56
51 52
“Parsifal”, 1896. Arquitetura cenográfica: Adolphe Appia. “Orpheus”, Hellerau, Alemanha (vila de Dresden),
FONTE: http://socks-studio.com/2013/12/13/a-revolution-in-stage-design-drawings-and-
productions-of-adolphe-appia/
1913. Arquitetura cenográfica de Adolphe Appia.
Acesso em 05 set. 2016 http://socks-studio.com/2013/12/13/a-revolution-in-stage-design-drawings-and-
productions-of-adolphe-appia/
Acesso em 05 set. 2016
míDIAS INTERATIVAS
Pesquise: Edward Gordon Craig e sua relação profissional com Adolphe Appia.
Vídeo: https://youtu.be/DuuApTeu17E
Veja o vídeo (em inglês): https://vimeo.com/76406586
Cenografia no Século XX
A cenografia no século XX caminhou ao lado dos desenvolvimentos tecnológicos e industriais da época. A luz elétrica
e o aprimoramento da indústria permitiram novas configurações espaciais no espaço cênico e o aperfeiçoamento e
melhor contextualização dramática através das composições visuais que utilizariam a luz como base.
Características:
l A indústria e a fotografia (imagem representada, em vez de painéis figurativos)
como referenciais para o planejamento cenográfico;
l Meios de comunicação: informação e propaganda;
l Sociologia e antropologia presentes na cenografia sob a ótica das mutações na
sociedade da época;
l Movimentos artísticos do início do século também presentes nas concepções
cenográficas – painéis e mecanismos que solucionavam movimentações cenográficas
nos espetáculos;
l A luz como definidora dos espaços no palco;
l A perspectiva dá lugar a um “(...) cada vez mais complexo mecanismo de técnicas
cênicas (...)” (URSSI,2006, p.50), que incluía a encenação, pelos atores e a apropriação
do espaço cenográfico;
l Palco giratório, ciclorama, iluminação policromática no espetáculo;
l (...) “Formas de estilo e de jogo teatral seguiram em rápida sucessão dentro
de poucas décadas, sobrepondo-se: naturalismo, simbolismo, expressionismo, teatro
convencional e teatro liberado, tradição e experimentação, drama épico e do absurdo,
teatro mágico e teatro de massa. ” (Berthold, apud URSSI, 2006, p.50)
57
PESQUISE
PESquISE
Termos técnicos específicos utilizados em teatro, cinema e televisão. Exemplo: ciclorama,
coxia, urdimento, dentre outros, importantes para o conhecimento da linguagem técnica
apropriada para as atividades que envolvem planejamento cenográfico.
Cenografia no Século XX
Basicamente, a cenografia expressionista é um fator de ruptura com o passado. O espaço cênico foi
fortemente influenciado pelas artes. Planejamentos cenográficos de base realista, naturalista e impressionista
não mais eram interessantes, pois buscava-se pelo moderno e contraditório às artes tradicionais.
Características:
l Ruptura com o passado tradicional de representação cenográfica;
l Edvard Munch e Van Gogh são, com suas obras, referências artísticas para a produção cenográfica;
l Cenografia como “(...) visões sugeridas pela dramaturgia (...)”. (URSSI, 2006,p.51)
l Contrastes entre luz e cor na composição;
l Uso do espaço tridimensional (a altura como elemento a ser complementado pelo projeto cenográfico);
PESQUISE PESquISE
Pesquisar/assistir – O cinema expressionista – filmes e seus cenógrafos: “Der Golem”,
de Paul Wegener, filme de 1920; ‘O Gabinete do Doutor Caligari’ de Robert Wiene, 1919;
“Metropolis” (1927) e “M – O Vampiro de Dusseldorf”, ambos de Fritz Lang e “Nosferatu”,
de F.W. Murnau (1922).
58
A cenografia futurista
A cenografia futurista rompe em definitivo com as formas tradicionais do fazer artístico relacionado à cenografia.
Dentre as principais características do movimento estão:
53 54
Enrico Prampolini, “Glauco” de E.Morselli, 1924. Cenografia/teatro futurista – figurino. Enrico Prampolini, s.d.
FONTE: http://www.centroarte.com/Prampolini%20Enrico.htm FONTE: http://spazioscenico.altervista.org/sceno.html
Acesso em 05 set. 2016 Acesso em 05 set. 2016
PESquISE
PESQUISE Pesquisar: “O Manifesto dos Autores Dramáticos Futuristas”, 1911.
VISITE TAmBÉm:
https://prezi.com/mwnerwxfupmo/futurismo-no-teatro/ Acesso em 15 set. 2016
A Revolução Russa foi a norteadora dos conceitos para a produção de arte e cenografia no seu período.
Principais características:
55
56
Cenografia construtivista. Stanislavsky.
FONTE: http://cw.routledge.com/textbooks/stanislavski/9780415436571/pictures.asp
Acesso em 15 set. 2016
58
Vsevolod Meyerhold. Cenário do espetáculo “The
57 Down”, 1920. Cenografia por Vladimir Dmitriev. Moscou.
FONTE: http://chewhatyoucallyourpasa.blogspot.com.br/2011/09/revolution-and-theater-
Cena de “Le Theatre Alfred Jarry de l’Hostilite theatrical.html Acesso em 06 set. 2016
59
Jerzy Grotowski. “Akropolis”, 1962.
FONTE: http://cuadrivio.net/wp-content/uploads/2012/04/Akropolis-1962.jpg
Acesso em: 06 set. 2016.
61
Bertold Brecht. Cenografia para uma cena de
“Mutter Courage und ihre Kinder” (Mother Courage and
Her Children), 1949 no teatro “Das Berliner Ensemble”.
FONTE: https://www.britannica.com/art/dramatic-literature/images-videos/Setting-for-
a-scene-in-Mutter-Courage-und-ihre-Kinder/3747
PESquISE
PESQUISE
Principais características:
Com a criação da fotografia e seu aperfeiçoamento até que chegasse ao cinema, os projetos cenográficos
também foram alterados para atender às novas necessidades e configurações técnicas na montagem dos
espetáculos.
“A fotografia permitiu incorporar a realidade aos cenários cinematográficos, pôde
dispor de lugares naturais, como paisagens e construções reais. O movimento trouxe
a possibilidade de se observar o cenário de diversos ângulos e em seus detalhes”.
(URSSI, 2006,p.58).
Os cenários passaram a ser representados, com o advento da fotografia, de maneira realista, ou aproximada
da realidade. - Georges mèliés: técnicas de enquadramento, câmera em movimento e cenários pintados.
61
SAIBA mAIS
“História do Cinema mundial” – Org.: Fernando Mascarello, em
http://sesc-se.com.br/cinema/historia+do+cinema+mundial.pdf
“Câmera Cotidiana – Apostila” -
http://www.cameracotidiana.com.br/material_de_apoio?cat=pedag%C3%B3gico
Assista: Serguei Eisenstein – FILME – “O Encouraçado Potemkin”
Aqui: https://youtu.be/3i9FkLOac9s
Atividade: observação e análise das composições cenográficas.
Dos painéis de propaganda aos cenários realistas, a televisão caminhou ao lado do desenvolvimento
tecnológico na área de produção de imagens, incluindo aqui os programas de computador, virtualizando o real
e de certa maneira proporcionando ao planejamento cenográfico possibilidades infinitas na área da criação.
A cenografia sempre foi pouco valorizada no meio televisivo, o diretor resolvia
a cena colocando uma tapadeira ao fundo com o logotipo do anunciante. Havia “...
uma inexperiência dos dois lados: a empresarial e a artística (...) uma discrepância
de possibilidades...” Cyro del Nero (apud. Burini, 1996, p.51). As equipes não tinham
um cenógrafo e sim um supervisor de estúdio que era um ‘faz tudo’, misto de
cenógrafo, cenotécnico e contra-regra. Os primeiros cenários eram criados com a
mesma linguagem cênica do Teatro, até a invenção do vídeo-tape, quando foi, aos
poucos, aproximando-se da linguagem cinematográfica. A cenografia transposta do
espaço teatral não apresentou rupturas devido à sua natureza híbrida e metamórfica
como forma de expressão. Os novos experimentos cênicos encontraram expressão
efetiva na televisão. A linguagem cênica adaptou-se aos novos meios sem se
distanciar conceitualmente de seu espaço de origem e adquiriu novas características
como a fragmentação do tempo e do espaço, e contemporaneamente, as infinitas
possibilidades da construção dos cenários digitais (URSSI, 2006,p. 61).
PESquISE
PESQUISE
Saul Bass, James Pollac, Robert Freeman – Trabalhos cenográficos e visuais para o cinema
norte-americano nos anos 50.
SAIBA mAIS
No Brasil temos excelentes representantes em produção cenográfica,
dentre eles Cyro del Nero. Biografia e listagem de produção
cenográfica: http://teatropedia.com/wiki/Cyro_Del_Nero
62
63
Cenografia de Cyro del Nero.
FONTE: http://tricotandoarte.blogspot.com.br/2010/08/saudacoes-este-grande-mestre-da.html
Acesso em: 06 set. 2016
62
Cenografia de Cyro del Nero.
FONTE: http://tricotandoarte.blogspot.com.br/2010/08/saudacoes-este-grande-mestre-da.html
Acesso em 06 set. 2016
A CENOGRAFIA E A TELENOVELA
Nas produções em televisão, especialmente as telenovelas, busca-se por projetos cenográficos que
aproximam a composição da realidade, enquanto que no teatro as nuances e as minúcias dos componentes
cenográficos podem ser menos óbvias, haja vista a existência dos distanciamentos entre a plateia e o palco,
levando-se em conta ainda a ambientação proposta pelo contexto dramático.
A televisão trabalha diretamente com uma imersão – fictícia - no mundo real, buscando uma aproximação
cenográfica com a realidade, esta, estratificada. Em alguns casos, essa representação cenográfica se mostra
sobrecarregada em alusões à realidade, em outros, trabalhando de maneira sintetizada o mundo real.
63
TV Tupi
A televisão trabalha diretamente com uma imersão – fictícia - no mundo real, buscando uma aproximação
cenográfica com a realidade, esta, estratificada. Em alguns casos, essa representação cenográfica se mostra
sobrecarregada em alusões à realidade, em outros, trabalhando de maneira sintetizada o mundo real.
65 66
Planta de projeto cenográfico. Novela. Cenografia da novela “Suave Veneno” com posicionamento de câmeras, TV
Globo, anos 80. a. cenário correto b. cenário errado. FONTE: URSSI, 2006,p.64
A televisão e o cinema possuem agora identidades técnicas e imateriais próprias, mas não necessariamente
ilhadas em universos intangíveis e que não permitam uma conjunção de ideias e ações para que expressem,
cada uma, sua arte.
Cenografia contemporânea
Características principais:
l Transformações em todas as áreas no século XX: tecnologia e sociedade;
l Discurso aberto e desconstrução da tipologia cenográfica ao estilo italiano;
l O espaço teatral é aberto a todo tipo de produções;
l Inserção no universo urbano do espaço cênico;
l Novas possibilidades para o desenvolvimento e execução da arquitetura teatral e a encenação.
67 68
Peter Brook. “Sonhos de uma noite de verão” – Josef Svoboda. Cenografia.
Shakespeare. Projeto cenográfico. Foto: Mestna galerija Ljubljana.
FONTE: http://www.lajollaplayhouse.org/KBYG/Midsummer/pg2.html FONTE: http://www.rtvslo.si/kultura/razstave/j-svoboda-arhitekt-gledaliskega-
Acesso em: 06 set. 2016 prostora/155787
PESQUISE
PESquISE
Cenografia de Robert Wilson e Peter Greenaway. Veja imagens, projetos e vídeos.
65
Características:
l Boca de cena e passarela como elementos principais;
l A atenção sempre deverá estar voltada para o produto exposto: moda, acessórios e joalheria, o que não
minimiza a importância e o contexto a ser respeitado no planejamento cenográfico.
“Os primeiros desfiles dos quais se tem registro aconteceram por volta do ano 1900
na França, Grã-Bretanha e Estados Unidos; e diferente dos desfiles atuais, duravam
horas, tinham horários fixos e se repetiam diariamente ao longo de semanas. Alguns
autores ligam a idéia Da origem dos desfiles aos ideais da Revolução Industrial. O
que não resta dúvidas, porém, é que os desfiles impulsionaram o desenvolvimento da
indústria da moda.” (BARBOSA e Dias, 2009, p.232)
69 70
Liubov Popova. Maquete para “City of the Desfile. Karl Lagerfeld para Chanel.
Future”, 1921. © Studio International. Grand Palais, Paris, 2010.
FONTE: http://studiointernational.com/index.php/building-the-revolution-soviet-art-and- FONTE: http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI190527-17594,00-
architecture-1915-1935 PREMIO+DE+EXCELENCIA+DA+MODA.html
FONTE: http://www.fashionbubbles.com/destaque/moda-e-sustentabilidade-saiba-mais-
sobre-cenografia-engajada-spfw-verao-2013/
71
66
O público alvo, específico da arte do vitrinismo essencialmente é o pedestre, por conveniência e pela
obviedade que compreende a ação daquele em, de fato, ao passar em frente a uma vitrine, parar, observar e
analisar a decisão em consumir.
O vitrinismo atinge o público em trânsito, informa e possibilita o conhecimento e
reconhecimento do produto. Estimula a compra, exibe a mercadoria e estabelece a
identificação entre os seus valores e os do consumidor (LOUREIRO, 2010, p. 60).
O consumo, neste caso, está diretamente relacionado ao produto em si e à forma em que ele é apresentado e
organizado na vitrine, incluindo aqui as considerações técnicas como as dimensões dessa vitrine, a apropriação
ordenada desse espaço nas três dimensões e a iluminação.
Estilos
l Vitrines visuais: contexto entre o que será exposto e a organização técnica e artística do espaço expositivo.
míDIAS INTERATIVAS
http://www.acifnet.com.br/arquivos/VITRINISmO_E_VISuAL_mERCHANDISING_ACIF_30102012.pdf
Acesso em 06 set. 2016.
Referências
ARTEREVISTA, v.1, n.1, jan/jun 2013, p. 1-25.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. São Paulo, Companhia das Letras, 2008.
CARVALHO, A.S. (André Latorre), MALANGA, E.B. “Cenografia: uma história em construção”. ARTEREVISTA,
v.1, n.1, jan/jun 2013, p. 1-25.
DIAS, R.M.A. e BARBOSA, A.M. A CENOGRAFIA NOS DESFILES DE mODA. Dissertação de Mestrado defendida
no programa de pós-graduação Stricto Sensu em Design. Universidade Anhembi Morumbi. Edição Especial,
2009. Educação Gráfica, 2009.
NERO, Cyro Del. A Arte da Cenografia e Coreografia Equilibrada com a música. Disponível em: <http://www.
fashionbubbles.com/arte-e-cultura/15089/>
SILVA, Elaine Rodrigues. Encenação e Cenografia para Dança 2. Disponível em < http://www.iar.
unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/dan%E7a/Pesquisa/iluminacao_e_cenografia_para_danca.pdf >. Acesso em
10 de Novembro de 2016.
URSSI, N.J. A linguagem cenográfica. Dissertação apresentada ao Departamento de Artes Cênicas, Escola
de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do Título de
Mestre em Artes. Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação. São
Paulo, 2006.
BIBLIOGRAFIA COmPLEmENTAR
ARNHEIM, Rudolph. Arte e percepção visual. uma psicologia da visão criadora. Nova Versão. Trad. Ivonne
Terezinha de Faria. – São Paulo: Cengage Learning, 2013.
GOLDBERG, R. A arte da performance: do Futurismo ao Presente. (trad. Jefferson Luís Camargo). São Paulo:
Martins Fontes, 2008.
GOMBRICH, Ernst. A história da arte. 16ª ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 2013.
69
HOBSBAWM, E. Era dos extremos. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
INTERNET
Apostila de História da Arte. Disponível em: http://www.historiadaarte.com.br/linhadotempo.html Acesso em 20
jul. 2016
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/6-Coloquio-de-Moda_2010/71189_Vitrina_-_Uma_
comunicacao_pelo_olhar.pdf Acesso em: 20 jul. 2016
http://www.currituck.k12.nc.us/cms/lib4/NC01001303/Centricity/Domain/121/Greek_Theatre_Terms.pdf
Acesso em: 20 jul. 2016
http://www.educacaografica.inf.br/wp-content/uploads/2011/06/0013Regina.pdf
Acesso em 06 set. 2016
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/dan%E7a/Pesquisa/iluminacao_e_cenografia_para_danca.pdf
Acesso em: 20 jul. 2016
http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/10/2014_04_07_BO_Dez_Varejo_
VitrinismoModa_pdf.pdf Acesso em: 20 jul. 2016