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Introdução à

História da Arte

Instituto Tecnológico do Estado de Goiás


Introdução a
História da Arte

Instituto Tecnológico do Estado de Goiás


Governador do Estado de Goiás Equipe de Elaboração
Marconi Ferreira Perillo Júnior
Organização
Secretário de Desenvolvimento José Teodoro Coelho
Econômico, Científico e Tecnológico
e de Agricultura, Pecuária e Irrigação Supervisão Pedagógica e EaD
Thiago Mello Peixoto da Silveira Denise Cristina de Oliveira
Maria Dorcila Alencastro Santana
Superintendente Executivo
de Ciência e Tecnologia Professor Conteudista
Thiago Camargo Lopes Luis Guilherme Barbosa dos Santos

Chefe de Gabinete de Gestão de Projeto Gráfico


Capacitação e Formação Tecnológica André Belém Parreira
Soraia Paranhos Netto
Designer
Coordenação Pedagógica do Programa Maykell Mendes Guimarães
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
José Teodoro Coelho Revisão da Língua Portuguesa
Cícero Manzan Corsi

Banco de Imagens
www.pixabay.com/
www.commons.wikimedia.org/
www.flickr.com/
5

Lista de Ícones

DICAS VAmOS REFLETIR VOCABuLáRIO


Este baú é a indicação de onde Este quebra-cabeças indica o O dicionário sempre nos ajuda a
você pode achar informações momento em que você pode e compreender melhor o significado
importantes na construção e deve exercitar todo seu potencial. das palavras, mas aqui resolvemos
no aprofundamento do seu Neste espaço, você encontrará dar uma forcinha para você e
conhecimento. Aproveite, destaque, reflexões e desafios que tornarão trouxemos, para dentro da apostila,
memorize e utilize essas dicas para ainda mais estimulante o seu as definições mais importantes na
facilitar os seus estudos e a sua vida. processo de aprendizagem. construção do seu conhecimento.

PESQUISE

SAIBA mAIS VAmOS RELEmBRAR FIquE ATENTO PESquISE


Aqui você encontrará Esta folha do bloquinho A exclamação marca Aqui você encontrará
informações autoadesivo marca aquilo tudo aquilo a que você links e outras sugestões
interessantes que devemos lembrar deve estar atento. São para que você possa
e curiosidades. e faz uma recapitulação assuntos que causam conhecer mais sobre
Conhecimento nunca é dos assuntos mais dúvida, por isso exigem o que está sendo
demais, não é mesmo? importantes. atenção redobrada. estudado. Aproveite!

Hiperlinks de texto

míDIAS INTEGRADAS ATIVIDADES DE HIPERLINKS CONTEÚDO


Aqui você encontra dicas APRENDIzAGEm As palavras grifadas INTERATIVO
para enriquecer os seus Este é o momento em amarelo levam Este ícone indica
conhecimentos na área, de praticar seus você a referências funções interativas, como
por meio de vídeos, conhecimentos. externas, hiperlinks e páginas com
filmes, podcasts e outras Responda as como forma de hipertexto.
referências externas. atividades e finalize aprofundar um
seus estudos. tópico.
6

Lista de ícones 5
Sumário 6
Apresentação 7
Sumário Introdução à História da Arte. 8
Teatro, Cinema e Televisão - 45h 8
Introdução 9

Aspectos gerais da arte no mundo, na américa do sul


e no Brasil. 11
O quE É ARTE? 11
Quem faz arte? 11
Por que o mundo necessita de Arte? 12
A EVOLuÇÃO DA ARTE 12

Cronologia da Arte 13
PRÉ-HISTÓRIA 13
Antiguidade Egípcia 15
Antiguidade Grega 19
Arte Romana 23
Arte Bizantina 25
Arte Islâmica 26
IDADE mÉDIA 28
Renascimento 30
maneirismo 32
Barroco 33
Rococó 36
Neoclássico 37
Romântica 38
Barroco 40
Expressionismo 40
Cubismo 41
Cubismo 42
Construtivismo ou Abstracionismo Geométrico 42
Construtivismo 43
Construtivismo 43
Dadaísmo 44
OP ART 44
POP ART 44
Futurismo 45
ARTE NAÏF 45

Arquitetura Cenográfica 47
7

Apresentação
E mpreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para
trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o
profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o
profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas
e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse
contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento
de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam garantir o
desenvolvimento dessas competências.
Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação
profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de
Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos,
nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção
Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos
Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e
promoção do empreendedorismo.
Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de
servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando
e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos,
ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!


SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e
Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação
8

Artes Visuais

Introdução à História da Arte.


Teatro, Cinema e Televisão - 45h
EmENTA: Conceituação da Arte e prin-
cipais correntes artísticas: Imagem, Arte
e História. Compreensão da arquitetura
teatral, suas configurações e seus compo-
nentes. Estudo, pesquisa e organização de
informações relacionadas à Arte, análise
e produção de argumento. Observação
analítica da história visual a da produção
mundial e brasileira na televisão. Estudo de
produção cenográfica no cinema, espaços
públicos abertos e teatro. Estudo e análise
da diversidade de interpretações artísticas
nos períodos históricos mundiais.

Objetivos
l Conhecer o conceito de Arte.
l Observar e compreender a evolução
da Arte e suas classificações.
l Analisar o percurso da Arte e seu
panorama na atualidade.
l Estudar o processo percorrido pela
Arte no desenvolvimento da humanidade.
l Diferenciar as fases artísticas e suas
produções.
l Compreender os fatores relevantes
1
no processo de construção de identidades
Imagem da página 307 do jornal Die Gartenlaube de 1876.
artísticas. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Die_Gartenlaube_(1876)_b_307.jpg

l Observar as variantes em configurações espaciais cenográficas determinadas e condicionadas por ou-


tras áreas artísticas.
l Articular a movimentação do artista no espaço cenográfico.
l Conhecer as formas de expressão artística cenográfica no teatro, no cinema, na televisão, circo, desfiles
de moda, vitrines e as cenografias urbanas.
l Compreender o processo de dimensionamento da produção cenográfica; escalas e proporções: suas
variantes artísticas e técnicas.
9

Introdução

Como definir o espaço no qual ocorrerá o espetá-


culo? Como fundamentar suas ideias e materializá-las
de acordo com o que foi imaginado para o espetáculo
no sentido da técnica e da sua visão artística? Como
justificar seus “propósitos cenográficos”, do momento
da concepção à materialização da ideia? Dúvidas que a
técnica, a estruturação do pensamento, a racionaliza-
ção de propostas e o processamento técnico da criati-
vidade respondem.
Diante dos fatos históricos e artísticos que com-
põem, conjuntamente, a trajetória da humanidade, po-
demos crer nas máximas cujo foco de reflexão é a ex-
periência constituída por fases de intensidade criativa
e pelo relativo torpor tecnológico. Nessa “vanguarda”,
de estagnação artística fomentada pela comodidade da
sedimentação – temporária – de conceitos e ações ar- 2
tísticas, nas quais as capacidades criativas, estancadas Mulher no espelho. Pablo Picasso, 1932.
ou estimuladas, propuseram tudo e permitiram-se a http://www.kersaber.com/wp-content/uploads/2012/02/Obras-de-Pablo-Picasso-Mulher-no-
espelho-e1328469126758.jpg
tudo testar e produzir.
Tomemos essa cronologia e compreendamos de que forma cada uma das mais importantes etapas pesam
sobre essa modernidade, na racionalização de concepções artísticas – revisões e interpretações, durante a
produção concreta da arte, em todas as searas pelas quais caminha.
É essencial compreender essa trajetória na ordem dos acontecimentos. Perceber como, na força de cada
uma delas, as maravilhas em que se configuraram as suas transfigurações. Como visto, em cada um dos mo-
mentos, tanto nos seus aparecimentos como no auge deles, oferece-se a surpresa do novo, através da valori-
zação do antigo, ou da sua negação, do que é livre e do que é hermético.
O mundo das ideias pode ser construído na existência real, seguindo-se alguns conceitos, técnicas e a pers-
pectiva possíveis, visualizando o que será produzido.
“O espaço é descrito pela sua dinâmica – geome-
tria e características” (HOWARD, 2015, p. 27). Segundo
a autora, podemos transfigurar e configurar o espaço
cenográfico, revelando o dinamismo a que o espaço
dramático se permite. Ele é construído e apresentado
fisicamente ao espectador, observando a sua geome-
tria tridimensional – altura, largura e comprimento, ou
3
seja, a forma básica da caixa cênica. king lear west yorkshire playhouse
Os componentes cenográficos interagem – no mí- http://www.kersaber.com/wp-content/uploads/2012/02/Obras-de-Pablo-Picasso-Mulher-no-
espelho-e1328469126758.jpg
nimo devem interagir - com o contexto formado pela
união entre luz e sombra, claro e escuro, cheios e vazios, a volumetria, os contrastes, o equilíbrio ou o dese-
quilíbrio propositado e todos os elementos conceituais que compõem a unidade, sincrônica e harmônica, que
se pretende mostrar em cena.
Para entender a peça, compreender o drama e “povoar” o espaço, conheçamos, portanto, um pouco da
história da humanidade na sua expressão. Vamos basear essa história em passagens e conceitos explorados ou
ainda desconhecidos. Conceituaremos cada elemento que deslocarmos das ideias para a materialidade na cai-
xa cênica, entendendo-a como possível referencial do teatro grego, teatro elisabetano, teatro romano, a arena,
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a praça, as ruas, o edifício urbano e o


nosso entorno imediato.
Devemos imaginar que somos ato-
res perante o grande espetáculo ce-
nográfico que são o drama tradicional
shakespeariano e a nossa participa-
ção na teatralidade urbana.
Howard (2015) desvenda, por as-
sim dizer, o “mistério” da composição
técnica proporcional, a escala, o pré-
dimensionamento como crucial, a
utilização da horizontalidade e da ver-
ticalidade que o espaço cenográfico
nos permite usar. Oferece-nos como
premissa, tão fundamental quanto o
desenho da atuação, o planejamento
técnico que se configurará como a ar-
quitetura do espetáculo.
O espaço pode ser a configuração
física da metáfora que desejamos
expor. A necessidade está ligada aos
fatores técnicos condicionantes e de-
terminantes frente à sua configura-
ção definitiva.
Manipular com habilidade o real
para inseri-lo no universo do drama
não é tarefa qualquer. Não existe na-
tureza simplória ou simplista, espe-
cialmente na esfera da técnica que, se
não observada, nos permite padecer
na presença de “advertências” seve-
ras, de acordo com ambientação do
drama.
A poética das palavras pode ser 4
transformada em uma poética mate-
rial, apresentada ao espectador e à sua crítica. Essa poética calca-se na justificação que devemos buscar atra-
vés do conhecimento básico, elementar, da historiografia das artes na humanidade.
Esse conhecimento básico reforça que devemos considerar como ponto de partida, ou o partido artístico
e técnico para nossa representação cenográfica individual, conjunta, com a força da sua identidade humana,
artística e técnica que desejamos imprimir ao nosso produto final.
Naves (apud Argan, 2008), prefaciando Argan, alça-nos ao universo das interpretações das artes, confiando-
nos as tarefas nada fáceis de interpretarmos as produções artísticas de maneira equilibrada entre a razão e a
emoção. Desenvolvamos a crítica, porém, desvinculados da ótica da “inocência” pela descoberta das possibi-
lidades infinitas da arte e das singularidades e especificidades do conhecimento hermético ou puramente bi-
bliográfico e essencialmente acadêmico. O universo das experiências empíricas e técnicas nos orienta à análise
crítica. Trata-se de um importante fundamento para a racionalização de argumentos.
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Aula 1

Aspectos gerais da arte no mundo,


na América do Sul e no Brasil.
“Medida por medida: representando no espaço” (HOWARD, 2015, p.20).

Objetivos
Conhecer o conceito de Arte. Observar e compreender a evolução da Arte e suas classificações.
Entender o percurso da Arte e seu panorama na atualidade.

O QUE É ARTE?

Observemos o seguinte conceito de arte, buscando perceber a importância dele para nossa compreensão
artística e sua relação com a Cenografia. Podemos dizer que arte é:

Criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que
sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um
conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos
conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a
escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida
pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Hoje,
alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da
arte e da técnica para comunicar-se. (AZEVEDO, 2012, p.2)

A arte poderá equilibrar criação livre e técnica, apresentando-se fundamentada tanto em uma quanto
em outra área do pensamento humano. Ela equilibra razão e emoção.

Quem faz arte?

Arnheim (1980) nos orienta a compreender a expressão das artes como “percepção artística e estética”,
também, em contraponto à percepção meramente funcional dos objetos.

O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, inicialmente,


como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são
criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo (AZEVEDO, 2012,
p.2).
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Mais que como elementos do uso diário, cotidiano, o homem passaria a representar seus desejos, sua
imaginação e as representações que imaginava a respeito da sua rotina, transformando artisticamente o que
lhe era apenas útil como ferramenta.

Por que o mundo necessita de Arte?

O ser humano desenvolveu as suas representações e expressões artísticas, inicialmente, para transmitir
os acontecimentos do seu cotidiano. Com o desenvolvimento das técnicas de expressão gráfica, passou-se a
materializar o seu pensamento no interesse do resgate da memória e na preservação de hábitos e costumes,
representados de acordo com suas vontades, desejos e diversos fatores relacionados às sociedades e suas
normativas e tradições.

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser:
l feita para decorar o mundo
l para espelhar o nosso mundo (naturalista)
l para ajudar no dia a dia (utilitária)
l para explicar e descrever a história
l para ser usada na cura de doenças
l para ajudar a explorar o mundo (AZEVEDO, 2012).

A EVOLUÇÃO DA ARTE

A arte avançou no mundo através:


l da arqueologia: através de descobertas, pesquisas, artigos e relatos produzidos;
da fotografia, a partir dos anos 1890, com seus registros;
do rádio e da televisão, em 1895 e 1926, respectivamente;
pela imprensa, criada por Gutenberg por volta de 1450, iniciando a expansão da Arte através de impressos,
alcançando a maior parte das pessoas e difundindo a arte e suas variações e estilos.
l Avança, na atualidade, através da difusão das produções artísticas pela Internet.

míDIAS INTEGRADAS PESquISE PESQUISE

Para conhecer mais sobre o Panorama REFLEXÕES


atual da arte, visite o link: – Argan e
http://pt.slideshare.net/abaj/as-artes-na-atualidade Gombrich e a
teoria da arte.
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Aula 2

Cronologia da Arte
Objetivos:
l Entender os caminhos da arte no desenvolvimento da humanidade.
l Diferenciar as fases artísticas e suas produções.
l Compreender os fatores relevantes no processo de construção de identidades artísticas individuais e
coletivas.

PRÉ-HISTÓRIA

Durante a pré-história, o homem representava o seu cotidiano: suas atividades diárias, dentre elas a caça e
suas novas descobertas. Ele retratava seu cotidiano em rochas expostas e em cavernas, utilizando pigmentos
naturais extraídos de plantas e de formações geológicas que acreditava produzir cor semelhante à situação real.

míDIAS INTEGRADAS
Assista ao vídeo!! Ele ajudará você a compreender melhor esse momento da
História da arte.
https://youtu.be/uKu2VzjsoBE

Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a
época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo
é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna
ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem (AZEVEDO, 2012, p. 10).

As simbologias recorrentes eram de animais, vivos ou mortos durante a caça e vegetação. O homem
expressava suas ideias, estabelecendo ligações também com a liderança, o poder e a territorialidade.

A divisão da Pré-história:

Observemos como esse período foi constituído, visando compreender melhor seu papel na construção da
História da Arte:
l ”aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;
l primeiros hominídeos;
l caça e coleta;
l controle do fogo;
l instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados” (AZEVEDO, 2012).
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Paleolítico Superior

Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em


escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de
figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como
prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas.
Destaca-se: Vênus de Willendorf (AZEVEDO, 2012, p. 10).

Neste momento, o homem começa a especializar os seus meios de expressão artística, testando e se
afirmando em novas tecnologias para a representação gráfica dos seus hábitos rotineiros e conquistas.
Desenvolve e estabelece:
l ”instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha,
lançador de dardos, anzol e linha;
l desenvolvimento da pintura e da escultura”.

Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura.


Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas.
Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do
pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de
Willendorf (AZEVEDO, 2012, p. 10).

míDIAS INTEGRADAS
Assista ao seguinte vídeo para complementar
seus estudos: A Origem do Homem (Dublado)
Vídeo: https://youtu.be/uKu2VzjsoBE

Neolítico

O homem, então, fixa-se em locais mais convenientes para a sua


sobrevivência. Deixa o nomadismo e começa a produzir alimentos e
desenvolver técnicas e tecnologias que fortaleçam sua permanência nos
locais que escolheu.

l Instrumentos de pedra polida, enxada e tear;


l início do cultivo dos campos;
l artesanato: cerâmica e tecidos;
l construção de pedra; e
3
l primeiros arquitetos do mundo (AZEVEDO, 2012).
“Vênus de Willendorf”
https://en.wikipedia.org/wiki/Venus_of_Willendorf

O “artista” do período neolítico produziu desenhos, pinturas e cerâmica.


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Idade dos Metais


Na Idade dos Metais, surgiram:
l a metalurgia;
l as cidades;
l a roda;
l a escrita;
l o arado.
Definitivamente, então, o homem se fixou e, nesses locais, começou a construir a
sua história e representá-la.

Antiguidade Egípcia

No universo egípcio, os fatores determinantes na expressão artística eram a religiosidade e a estratificação


social: reis, escravos e população em geral, representados conforme sua posição na sociedade, função e demais
atividades cotidianas.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando
sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e,
consequentemente, orientando toda a produção artística desse povo (AZEVEDO,
2012, p. 12).

Foram erguidas estruturas gigantescas, como os palácios, templos e tumbas. Nelas, sobre a rocha cortada,
em cerâmicas, metais e papiros, a arte egípcia estava representada.

O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei


defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos
(AZEVEDO, 2012, p. 12).

Percebemos que a arte egípcia estava completamente ligada à glorificação dos deuses e à figura do Rei, que
também era considerado divino.
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Cerimônia da “abertura da boca”
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c1/Opening_of_the_mouth_ceremony.jpg

Arquitetura: palácios, templos e necrópoles


Pirâmides, templos, pintura, hieróglifos, escultura, ouriversaria e joalheria.

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No universo egípcio, os fatores determinantes na expressão artística eram a religiosidade e a estratificação


social: reis, escravos e população em geral, representados conforme sua posição na sociedade, função e demais
atividades cotidianas.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando
sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e,
consequentemente, orientando toda a produção artística desse povo (AZEVEDO,
2012, p. 12).

Foram erguidas estruturas gigantescas, como os palácios, templos e tumbas. Nelas, sobre a rocha cortada,
em cerâmicas, metais e papiros, a arte egípcia estava representada.

O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei


defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.”
(AZEVEDO, 2012, p. 12).

Percebemos que a arte egípcia estava completamente ligada à glorificação dos deuses e à figura do Rei, que
também era considerado divino.

Pintura

A pintura egípcia foi caracterizada por uma relativa


complexidade nas representações (apesar de técnicas
ainda primitivas), bem como na sua temática variada,
porém limitada, observando-se estar restrita ao
cotidiano dos reis, em sua maioria. 9

10

A Arte egípcia

Características
l Bidimensional, com ausência de perspectiva.
l Cor “chapada”, sem degradês.
l Lei da frontalidade: corpo em vista frontal e cabeça, pernas e pés em perfil.
Os egípcios desenvolveram três formas de escrita:
l Hieróglifos - escrita sagrada;
l Hierática - escrita simplificada, utilizada pelos nobres e sacerdotes;
l Demótica - escrita popular, cotidiana.
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Hieróglifos: foi decifrada por Champollion, que descobriu o seu significado em


1822, ela se deu na Pedra de Roseta que foi encontrada na cidade do mesmo nome
no Delta do Nilo (AZEVEDO, 2012, p. 13).

11
Pedra da Roseta
A Rosetta Stone é uma pedra estela, encontrada em 1799, se inscreveu com um decreto emitido em Memphis, Egito, em 196 aC, em
nome do rei Ptolomeu V. O decreto aparece em três roteiros:. O texto superior é egípcios antigos hieróglifos, a porção média egípcio antigo, e
a menor é grego antigo . A pedra apresenta essencialmente o mesmo texto em todos os três linguas (com algumas pequenas diferenças entre
eles) e assim por fornecidas a chave para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios.
https://en.wikipedia.org/wiki/Rosetta_Stone

míDIAS INTEGRADAS
Para complementar seu estudo, assista ao seguinte vídeo:

https://youtu.be/uLai0ElgzF0
19

Antiguidade Grega

Arte e arquitetura:

A arte grega esteve bastante ligada às representações das crenças, em forma de estátuas, em homenagens
aos deuses e deusas e na construção de templos para adoração desses deuses.

Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à
inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se
dedicavam ao bem-estar do povo (AZEVEDO, 2012, p. 12).

A racionalidade nas relações gregas com a arte permitiu a produção de exemplos importantes nas artes
figurativas: a representação realista do ser humano nas esculturas e cenas cotidianas, calcada:

no ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. (...) tem como características:


l o racionalismo;
l amor pela beleza;
l interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as
coisas; e
l a democracia (AZEVEDO, 2012, p. 12).

12
Hércules. Estatuária grega.
pixabay.com/pt

13
Grécia. Arte grega expressiva nas construções dos templos e de outros edifícios.
pixabay.com/pt
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míDIAS INTEGRADAS
Para complementar seus estudos sobre Arte Grega, assista ao seguinte vídeo:

https://youtu.be/9OiiOuyiGLm

Arquitetura

A arquitetura grega se destaca pela construção racionalmente planejada, considerando técnicas e


perspectiva, função e estética. Destacam-se também os tipos de coluna e seus teatros
l Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O
capitel era uma almofada de pedra.
Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua
simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência.
l Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste
mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base
decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem
dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.
l Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais
simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer
aquela ordem. Sugere luxo e ostentação (AZEVEDO, 2012, p. 12).

Colunas gregas e a identificação de estilos e detalhes.


http://www.estilosarquitetonicos.com.br/arquitetura-classica.php
21

Principais construções gregas:


Templos, teatros, ginásios e praça.
Os teatros eram construídos em lugares abertos, divididos em três partes:

-Skéne: cena;
-Konistra: orquestra;
-Kóilon: ou arquibancada.

14
O teatro grego.
https://pixabay.com/pt/teatro-antigos-monumento-hist%C3%B3ria-1345934/

Pintura

A arte grega era bastante especializada. Representava-se praticamente: a vida comum, rotineira, as guerras e os
esportes, a religião e a Mitologia.
l A pintura grega aparece na arte cerâmica.
l Os vasos pintados serviam aos rituais religiosos e ao armazenamento de água,
vinho, azeite, provisões.
l A forma correspondia a sua função.
l As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e
cenas da Mitologia Grega (AZEVEDO, 2012) .
22

15
Tipologia de vasilhames gregos. Pintura. Ânfora, cratera e hidra.
http://4.bp.blogspot.com/-y6DP3xPxHhE/TmAYIn3k6vI/AAAAAAAAA90/OKQOTGg1eYo/s640/ceramicagrega.jpg

Escultura

Na escultura, os gregos foram grandes artistas. Representaram à luz da racionalidade os seus principais
personagens, sejam eles comuns ou os deuses que reverenciavam.

Características:
l Esculturas de formas humanas, inicialmente, no Período Clássico, em
bronze, depois em mármore pela sua resistência maior;
l busca pela perfeição na estatuária;
l antropomorfismo absoluto e movimento (AZEVEDO, 2012).

Mitologia

Os seres mitológicos foram muito representados


na arte escultórica grega.
Alguns deuses:
l Zeus: senhor dos céus;
l Afrodite: deusa do amor;
l Apolo: deus das artes e da beleza;
l Poseidon: deus das águas; entre outros.
16

l Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada quatro anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram
em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo.
l Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de Sófocles.
l música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional (AZEVEDO, 2012, p.13).

míDIAS INTEGRADAS
Visite: Glossário de termos do teatro grego (em inglês):
http://www.currituck.k12.nc.us/cms/lib4/NC01001303/Centricity/
Domain/121/Greek_Theatre_Terms.pdf
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Arte Romana

As artes romanas se destacaram pela reprodução escultórica dos seus líderes, as autoridades máximas, pelos
deuses que veneravam e pelas construções de palácios e templos.

Divisão da arte romana:


l República, antes de 27 a.C.
l Império, do ano 27 a.C. em diante (AZEVEDO, 2012).

Influências nas artes romanas:


a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e
a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza (AZEVEDO,
2012).

17
Tipologia de vasilhames gregos. Pintura. Ânfora, cratera e hidra.
http://4.bp.blogspot.com/-y6DP3xPxHhE/TmAYIn3k6vI/AAAAAAAAA90/OKQOTGg1eYo/s640/ceramicagrega.jpg

PESQUISE

míDIAS INTEGRADAS
PESquISE
Pesquise: Imagens das artes romanas na pintura,
Imagens das
na Arte e Arquitetura Romana: artes romanas na
pintura, na Arte e
https://youtu.be/FxYL9D5dgvm Arquitetura Romana
24

Arquitetura
Havia diversas representações artísticas na Roma republicana e na Roma imperial. As construções eram de
cinco tipologias, de acordo com a função as quais se destinavam:
Templos, para cultos;
Basílica, para comércio e atividades cívicas;
Termas, com ginásio, piscinas e jardins, que eram os centros
de socialização dos romanos;
Lazer: circo, teatro e anfiteatro;
Monumentos decorativos, como os arcos do triunfo; Moradias
(AZEVEDO, 2012).

18

PESQUISE

PESquISE
Imagens de templos,
basílica, termas,
anfiteatro, arcos do
triunfo, residências.

19
https://c1.staticflickr.com/3/2928/14581349920_883bc97c38_b.jpg
25

Pintura

Na pintura, a Arte Romana se destacou pela


aplicação de cores.
O Mosaico e as pinturas internas (AZEVEDO,
2012).

Escultura

Na escultura, os artistas romanos buscavam o realismo,


procurando representar com fidelidade a sua rotina e a
configuração física imaginada para seus mitos.

Os romanos eram grandes


admiradores da arte grega, mas 20
por temperamento, eram muito
diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos,
suas esculturas são uma representação fiel das pessoas PESQUISE

e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os


PESquISE
gregos (AZEVEDO, 2012, p. 18).
imagens de
esculturas
A representação realística na escultura é marcante nesse período. O romanas.
artista retratava fielmente a figura humana, bem como as representações
que imaginava para as figuras dos deuses.

Arte Bizantina
A Arte Bizantina está profundamente enraizada nas crenças do cristianismo, seu crescimento e construção
dos templos cristãos.

(...) mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem


convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são
representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva
e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação
com o maior bem existente na terra: o ouro”. (AZEVEDO, 2012, p. 22).

Existem ainda outros aspectos importantes que devem ser ressaltados:


- Constantino transfere a capital do Império para Bizâncio (cidade grega), que posteriormente passa a ter
nome de Constantinopla;
- Devido à sua localização, a arte bizantina sofreu influências de Roma, da Grécia e do Oriente;
- A arte bizantina está orientada pela religião;

PESQUISE

míDIAS INTEGRADAS PESquISE


Arte Bizantina: “A Imperatriz Teodora e sua Corte” – Pintura, “Igreja de
Santa Sofia”, “Igreja de Santo Apolinário Novo”, “Mosaico
https://youtu.be/e043VbwGdeI da Igreja de Santo Apolinário Novo” são as melhores e
mais interessantes representações dessas linhas artísticas.
26

Arte Islâmica

A Arte Islâmica apresenta as mais variadas áreas de representação e expressão


artística, envolvendo a cultura material e imaterial, como:
l literatura
l música
l dança
l teatro
l artes visuais 21

22
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9c/Imam_Mosque_by_Amir.jpg

Mesquita islâmica de Shah localizada em Isfahan, Irã. Ricos detalhes na decoração: arcos, pórticos, janelas
e decoração das paredes com arabescos.

míDIAS INTEGRADAS
Assista ao seguinte vídeo, visando complementar seus conhecimentos sobre Arte Islâmica:
https://youtu.be/_mOqyq0q8zk

Arquitetura

A arquitetura islâmica é representada em sua maior parte pelas mesquitas construídas. Dado o seu grau de
complexidade arquitetônica, seus projetos eram confiados aos geômetras.
27

“O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem
realmente projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.”
(AZEVEDo, 2012,p.25).

Devido ao seu conhecimento específico, ele


participava do projeto dos edifícios e tinha grande
PESQUISE

PESquISE
importância para a sua realização. Nesse sentido, a As Mesquitas de Basora e Kufa, no Iraque; a
geometria era extremamente valorizada, pois estava Cúpula da Roca, em Jerusalém e a Grande
Mesquita de Damasco.
diretamente ligada à imponência e relevância das
grandes construções.

Tapetes

Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito


importante na cultura e na religião islâmicas. Neles estavam
representadas a maior parte das vivências cotidianas, bem como
a expressividade da rica cultura islâmica. Destacam-se na sua
expressão artística os utensílios, motivos florais, caça, animais e plantas e
os geométricos (AZEVEDO, 2012) .

Os tapetes se configuravam como suportes para a história


daquele povo que ainda na atualidade mantem tradicionalmente
essas representações. Nesse sentido, podemos dizer que os tapetes
eram vistos de maneira mais próxima aos objetos artísticos que
relacionada a uma simples decoração de ambientes externos.

23

Pintura
PESQUISE

PESquISE
Bastante detalhada e rica em ornamentação, a Pesquise: Varanda de Lindajara | Cervo de
pintura islâmica está representada em: Medina Azahara |Tapete de Alcaraz | Taj
l Afrescos; Mahal | Domo da Rocha (Israel) | Muxarabis.

l N’O Alcorão, decorado com figuras geométricas;


l em mosaicos;
l em artefatos cerâmicos;
l nos típicos arabescos e nos detalhamentos construtivos como os muxarabis.

Para Argan (2008), interpretando WORRINGER, na historiografia da arte há diferenças por áreas geográficas:
o clássico estaria ligado ao mundo mediterrâneo, onde a relação dos homens com a natureza é clara e positiva;
romântico, o mundo nórdico, onde a natureza é uma força misteriosa, frequentemente hostil.
Podemos compreender, portanto, que a origem das artes está diretamente ligada à percepção do ser
humano diante da sua vida cotidiana, no devido momento em que busca uma expressão verbal ou artística,
replicando suas próprias experiências de vida e memória na arte que conduz o seu fazer artístico, na ideia ou
efetivamente sobre os suportes disponíveis.
28

24
Pintura Islâmica

IDADE MÉDIA
SAIBA mAIS
Saiba mais – artes e
Saiba mais – artes e arquitetura do medievo arquitetura do medievo:
https://youtu.be/fA0mrh7Jhc0

Arquitetura

A arquitetura na Idade Média caracterizou-se pelas grandes construções – na maioria de caráter religioso,
pesadas estruturalmente, para erguerem-se às maiores alturas, tornando-se marcos na morfologia e estética
das cidades medievais.
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era
semelhante às construções dos antigos romanos (AZEVEDO, 2012, p. 21).

As características mais significativas da arquitetura


românica são: PESquISE
PESQUISE

l abóbadas Catedral de Pisa / Torre de Pisa (campanário*)


l torres – o edifício mais conhecido e mais
representativo da arquitetura românica.
l arcos Campanário: torre das igrejas onde ficam os
sinos.

Pintura
29

Principais características:
l A pintura era o meio mais comum de comunicação.
l Através dela as mensagens eram passadas e
entendidas.
l Técnica mais utilizada no período: afrescos.
l Temas predominantemente de natureza religiosa.
l Cores chapadas.
l Mosaicos: composição artística formada pela
junção de pequenas pedras, coloridas, que justapostas,
formam desenhos diversos (AZEVEDO, 2012).

Gótica

Quanto à contextualização histórica da Arte Gótica,


devemos destacar que entre 1150 e 1500 ocorreu
surgimento da burguesia urbana – população rural,
mudando-se para as cidades, sedimentando uma nova
classe social, oriunda do desenvolvimento das relações
e ações comerciais. 25

Arquitetura

A Arquitetura Gótica apresenta as seguintes características:


l Fachadas das igrejas com três portais, diferentemente da românica, que apresentava apenas um;
l Nave central e transeptos – nova divisão do interior das igrejas;
l A rosácea como elemento arquitetônico de marcação de fachada, presente em quase todas as igrejas
construídas no período;
l Arcos góticos ou ogivais e os vitrais ( AZEVEDO, 2012 ).

PESquISE
Escultura
Imagens
representativas
A Escultura Gótica apresenta os seguintes aspectos: desse período.
l Verticalidade; PESQUISE

Assista ao vídeo:
l Formas estendidas; “Iluminuras
l Realismo nas representações artísticas das figuras humanas; Medievais”
https://youtu.
be/9Gotz1m-ug4

Iluminuras

Iluminuras eram pinturas decorativas, típicas e recorrentes nos escritos medievais.


“Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros manuscritos. A gravura não fora
ainda inventada, ou então é um privilégio da quase mística China. Durante o século XII
e até o século XV, a arte ganhou forma de expressão também nos objetos preciosos
e nos ricos manuscritos ilustrados. Os copistas dedicavam-se à transcrição dos textos
sobre as páginas.” (Apostila de História da Arte, s.d.,p.29).
Obrigado por compartilhar. Lembre-se de citar a fonte: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/iluminuras-medievais/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
30

Pintura

l Desenvolvimento nos séculos XIII, XIV e


no início do século XV;
l Anuncia ao Renascimento, que viria a
seguir com o realismo nas representações
artísticas.

Giotto
Obra destacada: “Afrescos da Igreja de São
Francisco de Assis ”, Itália.

PESquISE
Jan Van Eyck PESQUISE

Pesquise estas obras e observe o


nível de detalhamento, as paletas 26
de cores e as simbologias: “O http://www.sabercultural.com/template/especiais/BasilicaDeSaoFranciscoAssisItalia.html

Casal Arnolfini” e “Nossa Senhora


do Chanceler Rolin”.

RENASCIMENTO

Renascimento
27 28
Invenção pólvora e da bússola pelos chineses
http://www.mychinesestudy.com/blog/wp-content/

O Renascimento provocou mudanças profundas e definitivas nas uploads/2012/07/%E5%8F%B8%E5%8D%97.jpg

reflexões anteriormente herméticas do pensamento humano e na sua


expressão artística, por conseguinte.

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização


europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver
a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos
progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura
e das ciências, que superaram a herança clássica ( AZEVEDO, 2012, p.
24 ).

Características gerais:
l Racionalidade – a técnica direcionando a produção artística
l Antropocentrismo
l As ciências como base experimental para questionamentos
l Rigor científico 29
l Releitura das artes greco-romanas http://www.historicalfirearms.info/
post/100269913415/early-european-
handguns-gunpowder-was-first
Vídeo: https://youtu.be/Gl6dEa7A41m
31

30
A invenção de Johannes Gutenberg ampliou a produção de livros e difusão da arte
https://goo.gl/images/9OA7hq

Pintura

Na pintura, surgem conceitos mais aprofundados sobre perspectiva, profundidade e realismo e também a
técnica de pintura “a óleo”.
Principais artistas:

BOTTICELLI LEONARDO DA VINCI MICHELANGELO RAFAEL


“A Primavera” e “O “A Virgem dos Rochedos” “Teto da Capela Sistina” “A Escola de Atenas” e
Nascimento de Vênus” e “Mona Lisa” e a “Sagrada Família” “Madona da Manhã”
PESQUISE: imagens das obras citadas acima.
Escultura

Michelangelo é um dos mais proeminentes artistas


italianos. Escultor e pintor, tem suas obras como
referências importantes no universo das artes plásticas
e da arquitetura, além de dominar toda a produção
escultórica italiana do século XVI (AZEVEDO, 2012).
Obras importantes: Moisés, Davi e Pietá. Principais
características: realismo, escala e proporção, perspectiva,
estudos anatômicos e comportamentais do homem.
31
32

maneirismo

l Desenvolveu-se em Roma, de 1520 até 1610;


l Estilização das formas e estruturas e detalhismos;
l Origens na religiosidade exacerbada, predominante na Europa nesse momento.

ARQUITETURA

l Igrejas com naves e transeptos longos e escuros


l Decoração realista e detalhada nas igrejas e nos palácios

Um grande artista, dentre outros de igual relevância:

ANDREA PALLADIO – Arquiteto. Projetou as Igrejas “San Giorgio Maggiore ” e “Chiesa del
Santissimo Redentore”. Referência obrigatória para arquitetos ingleses e franceses do período barroco.
PESQUISE: obras arquitetônicas de Andrea Palladio e de outros artistas maneiristas.

A pintura renascentista foi caracterizada, de modo geral, pela reprodução relativamente literal da realidade,
ou seja, com um grau quase absoluto no realismo artístico na pintura. Foi influenciada fortemente ´pelo “ideal”
grego de beleza perfeita.
A grande inovação da pintura renascentista foi a aplicação de técnicas de perspectiva, que demonstravam
profundidade nas obras, permitindo que fossem realizadas pinturas realistas. Outra técnica importante no
período foi a pintura a óleo ( AZEVEDO, 2012 ).

Principais características: PESquISE


Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem Pintores do
os membros bem-torneados do renascimento. Os renascimento
músculos fazem agora contorções absolutamente e suas obras.
PESQUISE

impróprias para os seres humanos. https://www.


Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as todamateria.com.
vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes. br/artistas-do-
A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo renascimento/
sombras inadmissíveis.
Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da
perspectiva, mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não
sem certa dificuldade, encontrá-lo (AzEVEDO, 2012).

ESCULTURA

Na escultura renascentista, Michelangelo é o principal representante. Seu estilo é único. É dramático, intenso
e realista, expressando as condições emocionais do ser humano de maneira autêntica e quase que tangível.
Destacam-se, nesse período, como principais características e elementos componentes das artes escultóricas:
l A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num
equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorções extremadas e exagerado alongamento
dos músculos.
l O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas
compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e
a graciosidade de todo o conjunto (AZEVEDO, 2012, p. 28).
33

Barroco
PESquISE
l Itália, século XVII Imagens das obras de
Michelangelo – “Teto da
l Portugueses e espanhóis o estenderam às Américas Capela Sistina”, “Pietà”, “A
Criação de Adão”.
l A emoção é uma característica marcante e notável nas produções
PESquISE: imagens
artísticas
PESQUISE

de arte no período
barroco italiano.
l Efeitos decorativos e visuais em profusão
Barroco no Brasil:
https://youtu.be/
AxzsqSVhX0c
Pintura

A pintura barroca é realista, repleta de detalhamentos, apelo visual e uso de cores quentes em profusão.
Usava a técnica da composição diagonal, técnica, ao mesmo tempo em que expressava notadamente cenas de
conteúdo emocional intenso, equilibrando a racionalidade e a emotividade.

l Na pintura barroca, observamos:


l Composição em diagonal
l Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos)
l Realista, abrangendo todas as camadas sociais (AZEVEDO, 2012).

Pintores Barrocos

32

Caravaggio
“Vocação de São Mateus”
34

33
Andrea Pozzo
“A Glória de Santo Inácio”
35

34

Rubens
“ O Jardim do Amor”

35

Velázquez
“O Conde Duque de Olivares”
36

Rembrandt
“Aula de Anatomia”

PESquISE
Imagens das obras dos
artistas citados acima,
incluindo a escultura no
período barroco. Inclua
GIAN LORENzO BERNINI,
arquiteto, urbanista,
36 decorador e escultor, cujas
obras serviram
de elementos
decorativos das
PESQUISE

igrejas como,
ESCULTURA por exemplo, o
baldaquino e a
cadeira da Basílica
Características: Linhas curvas, drapeados e dourados, dramaticidade. de São Pedro, no
Vaticano.

Rococó

O estilo rococó apresenta algumas características gerais como a utilização massiva de curvas e outros
componentes decorativos como as volutas e elementos do mundo natural: conchas e flores, especialmente.

Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco,


mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores (
AZEVEDO, 2012, p. 30 ).

Foi visto como um estilo elegante e exuberante pela riqueza de detalhes. PESquISE
Surgiu na Europa no século XVII e alcançou as Américas, em alguns lugares, Artistas e suas obras de estilo
Rococó, na Europa e
incluindo o Brasil. no Brasil, incluindo
o “estilo D. João V”, PESQUISE

característico no
mobiliário brasileiro
do século XVIII.
ARQUITETURA

A arquitetura rococó é marcada pelo planejamento minucioso dos seus interiores, ressaltando as qualidades
e necessidades específicas de cada usuário do espaço construído de forma sensível e personalizada. A decoração
é “carregada”, tanto na forma final da construção, quanto em cada espaço do interior (AZEVEDO, 2012).
As paredes ganham tons pastéis e o branco, delicados elementos dourados de plantas e flores e anjos.
37

Principais características:
PESquISE
Cores intensas substituídas por cores suaves, iluminação natural planejada e Principal representante da
texturização suave das superfícies, mais leveza estrutural nas construções. arquitetura nesse
período: Johann
Michael Fischer, PESQUISE

com sua obra


“Abadia Beneditina
de Ottobeuren”.

PINTURA

A pintura rococó se caracterizava pelo uso de cores suaves, ao contrário das cores barrocas, desenhos que
tinham como tema a natureza e seus elementos, a rotina da época, a aristocracia, o sensual e o exótico e o
distanciamento da temática religiosa.
Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e
pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o
resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de Rubens ( AZEVEDO, 2012).

Artistas do Rococó, de origem francesa, pintores, designers e arquitetos:


l Pierre Lepautre
l Jean Bérain
l Jean-Antoine Watteau
l Juste-Aurèle Meissonier
l Nicolas Pineau
l Jean-Honoré Fragonard PESQUISE

PESquISE
imagens das obras
dos artistas citados
acima.

Neoclássico

O neoclassicismo é um movimento artístico surgido a partir do final do século XVIII, em contraponto ao


rococó e ao barroco, coincidindo com a ascensão da burguesia francesa.

Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, uma
nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do
Academicismo ou Neoclassicismo, que expressou os valores próprios de uma nova e
fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade europeia após a Revolução
Francesa e principalmente com o Império de Napoleão ( AZEVEDO, 2012, p. 31).

Principais características:
l Imitação dos modelos gregos e latinos nas construções e na decoração;
l Academicismo temático e técnico, satisfazendo as encomendas da burguesia
e não mais do clero e da nobreza local;
SAIBA mAIS
l Arte como imitação da natureza. Para complementar seu
conhecimento, assista
ao vídeo: Vídeo: https://
youtu.be/db-uqAwgGso
38

ARQUITETURA

Modelos construtivos fundamentados na estética renascentista e greco- PESquISE


romana. Imagens do
“Panteão Nacional”, PESQUISE

em Paris e do
“Portão de
Brandemburgo”, em
Berlim.

PINTURA

A inspiração da pintura neoclássica estava PESquISE


principalmente na escultura clássica grega e na pintura Ingres, cuja obra abrange, além de
composições mitológicas e literárias,
renascentista italiana, aliada ao ideário racional iluminista, nus, retratos e paisagens, mas a crítica
uso de cores frias em sua maioria e uso das técnicas de moderna vê nos retratos e nus o PESQUISE

seu trabalho mais admirável. Ingres


perspectiva. Artista relevante: Rafael.
soube registrar a fisionomia da classe
Na pintura: burguesa do seu tempo, principalmente
Racionalismo e formalismo. no gosto pelo poder e na sua confiança
na individualidade ( AZEVEDO, 2012 ).
Nitidez de contornos.
Cores harmônicas.

Romântica

Ocorreu durante mudanças sociais, políticas e culturais despertadas pela Revolução Industrial e pela
Revolução Francesa, apresentando artes com mais complexidade em técnicas e representações artísticas,
usufruindo da então já livre expressão artística e o distanciamento do academicismo.

Características:
l (...) valorização dos sentimentos e da imaginação;
o nacionalismo;
l a valorização da natureza como princípios da criação artística; e
l os sentimentos do presente ( AZEVEDO, 2012 ).

ARQUITETURA E PINTURA

A arquitetura romântica caracterizou-se pela revalorização do gótico como representante


genuíno na arquitetura europeia do período. Na arquitetura e na pintura, os objetivos artísticos e
técnicos comuns foram:
Características na arquitetura:
Aproximação das formas barrocas
Composição em diagonal, sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador
Valorização das cores, claro-escuro
Dramaticidade ( AZEVEDO, 2012 ).
Características na pintura:
Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas
Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas
Mitologia Grega ( AZEVEDO, 2012 ).
39

Francisco de Goya, pintor e gravador espanhol do século XVIII, é um agente na ruptura das artes
francesas no período. Contrapõe as literalidades pictóricas acadêmicas à racionalidade característica da
cultura francesa na revolução, fazendo com que o modelo classicista adquira um caráter “ético-ideológico”
(ARGAN,2008,p.14) nas suas produções artísticas.
Considera Argan que
“O ideal neoclássico não é imóvel. Certamente não se pode dizer, entre o final
do século XVIII e o século XIX, que a pintura de Goya seja neoclássica, mas a sua
violência anticlássica também nasce da ira de ver o ideal racional contrariado por uma
sociedade retrógrada e carola, e como não pintar monstros se o sono da razão os gera
[sic] e com eles preenche o mundo? (ARGAN,2008.p.14).

O surgimento das novas tecnologias industriais põe em


xeque a já tão sedimentada culturalmente forma artesanal, PESquISE
Leia mais sobre o
única e exclusiva, de produção artística. “Suas técnicas refinadas
neoclassismo em: Arte
e individuais” (ARGAN,2008, p. 14) já não se encaixavam nos Moderna – Giulio Carlo Argan
padrões de produção artística quase que fabril. PESquISE sobre os
principais artistas
do período: GOYA e PESQUISE

ARQUITETURA DELACROIX e ainda


sobre o REALISMO
na pintura no
Com o advento da reforma industrial e o progresso no século XVIII.
desenvolvimento das tecnologias, a arquitetura transformou-se
em uma das maiores expressões tecnicistas do período, no qual
Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas
necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais
ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns,
lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para
a nova burguesia (AZEVEDO, 2012).

Exemplo mais expressivo - Torre Eiffel – Planejada, projetada e erguida


em 1889 por Gustave Eiffel, em Paris, como principal pórtico de entrada para a
Exposição Universal daquele ano.

ESCULTURA
mIDIAS INTEGRADAS
Link para o IMDB/
Auguste Rodin e Camille Claudel são os mais expressivos representantes. informações sobre o
filme http://www.imdb.
com/title/tt0094828/
PINTURA

A política e a temática social foram as realidades mais retratadas no período.

Suas características:
Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da
natureza. Ao artista não cabe “melhorar” a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é. Revelação dos
aspectos mais característicos e expressivos da realidade ( AZEVEDO, 2012 ).

Principais artistas:
Gustave Courbet e Jean-François Millet
40

Impressionismo

O impressionismo foi um movimento artístico surgido na França do século XX.


Trata-se de um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da
arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em
seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista ( AZEVEDO, 2012 ).

Na pintura, especialmente, destacou-se como a expressão da chamada Belle Époque francesa. A expressão
origina-se diretamente da obra do artista Claude Monet “Impressão: nascer do sol”, de 1872.
Características:
l A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado
momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
l As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar
imagens;
l As sombras devem ser luminosas e coloridas (...);
l Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares;
l As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor ( AZEVEDO,
2012 ).

Argan considera o impressionismo como a superação do clássico e do romântico, isto “enquanto poéticas
destinadas a mediar, condicionar e orientar a relação do artista com a realidade” ( ARGAN, 2008, p.75 ). É
a libertação das experiências na pintura, alçando voo, o artista, ao futuro que se aproximaria, trazendo a
fotografia como a representação máxima do realismo perseguido nas artes plásticas anteriormente.

Principais pintores impressionistas:


Claude Monet
Pierre-Auguste Renoir
Edgar Degas
Georges Seurat
Eliseo d’Angelo Visconti

mIDIAS INTEGRADAS
Vídeo: https://youtu.
be/7WnlnKx6Pjk

Expressionismo

“Literalmente, expressão é o contrário de impressão” (ARGAN,2008,p.227)

O expressionismo foi um movimento artístico caracterizado pela valorização na pintura da subjetividade, das
emoções e dos sentimentos, transcritos para as telas em pinceladas intensas no uso da cor e na distorção visual
das formas e do conteúdo complementar. O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática,
subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores patéticas, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo,
à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores
emocionais sobre os intelectuais” ( AZEVEDO, 2012, p. 37).

O expressionismo é fortemente ligado à emoção. Através dela é que acontece a materialização, intensa, das
41

emoções e sentimentos humanos transpostos para a produção expressionista.


Características:
l “pesquisa no domínio psicológico;
l cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
l dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
l pasta grossa, martelada, áspera;
l técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando
explosões;
l preferência pelo patético, trágico e sombrio” (Apostila de História da Arte, s.d.,p.48).

Nada tem um significado definido - e definitivo na produção


impressionista. “Literalmente, expressão é o contrário de PESquISE
sobre as obras destes
impressão” (ARGAN,2008,p.227). O impressionismo é isso, artistas.
aberto a interpretações das mais variadas possibilidades, Veja mais: O Expressionismo
Alemão – Transição
permitindo a isso, nas condicionantes interpretativas da Pintura para o
individuais conforme a compreensão e apreensão do conteúdo Cinema PESQUISE

da trajetória artística da humanidade, seus pontos focais e seus Vincent van Gogh - https://youtu.be/
Auto-Retrato, 1887
moBAipb9xhs
rigores em cada fase.

Principais artistas:
Paul Gauguin, Paul Cézanne, Vincent Van Gogh, Henri de
Toulouse-Lautrec, Edvard Munch, Ernst Ludwig Kirchner, Paul Klee, Amedeo Modigliani

Cubismo

O Cubismo foi uma manifestação artística de vanguarda, europeia, iniciada no despertar do século XX,
caracterizado pelo uso da síntese das formas da natureza que, geometrizadas, compunham o conjunto artístico
transposto às pinturas. Surgiu em Paris, tendo como fundadores Pablo Picasso e Georges Braque.

Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura


deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. (...) O
pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana,
sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas
sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em
torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo
todos os planos e volumes ( AZEVEDO, 2012, p. 41 ).

A geometrização das formas, a sintetização da realidade em linhas e traços e a desconstrução da estrutura


das coisas notadamente se caracterizam na produção artística cubista.

Características:
l renúncia à perspectiva;
l o claro-escuro perde sua função;
l representação do volume colorido sobre superfícies planas;
l sensação de pintura escultórica;
l cores austeras, do branco ao negro, passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.
42

O cubismo se divide em duas fases:


l “Cubismo Analítico - caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decom-
pondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procu-
rando a visão total da figura, examinando-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação
dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer
figura nas pinturas cubistas.
l Cubismo Sintético - reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura.
Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Co-
lagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas
pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artista em criar efeitos plásticos e de ultrapassar
os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.
(AZEVEDO, 2012, p. 42).
Artistas europeus:
Pablo Picasso PESquISE míDIAS
Georges Braque Obras dos artistas citados acima INTEGRADAS
PESQUISE

Artistas brasileiros: e compreenda a geometrização


das formas proposta nessa https://www.youtube.com/
Tarsila do Amaral
proposta artística. watch?v=W5sOWgaIbcw
Vicente do Rego Monteiro

ABSTRACIONISmO

O abstracionismo considerou tudo que não representasse fielmente o que há na natureza. Foi a descons-
trução das formas e dos estilos anteriores, onde não havia mais o figurativo e o realismo materializado nas
pinturas. A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores
e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencial-
mente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser
abstrata ( AZEVEDO, 2012 ).

O mundo já não era mais imitado e a subjetividade substituiu a realidade física, concreta. Foi a negação das
linhas de expressão acadêmicas renascentistas, surgindo dos experimentos das vanguardas europeias daquele
período, o início do século XX.
Principais Artistas:
Wassily Kandinsky
Paul Klee PESquISE
Obras dos artistas citados.
PESQUISE

Franz Marc

Construtivismo ou Abstracionismo Geométrico

Concepção, ou conjunto artístico, caracterizado pela geometrização das formas e utilização de cores, em
sua grande diversidade.
Principais Artistas:
43

37
Composição com vermelho, amarelo, azul e preto. Quadro de Piet Mondrian - 1921

PESquISE
Construtivismo
ARTE ABSTRATA AMERICANA,
PESQUISE

cujos maiores representantes


Foi um movimento artístico impulsionado pelas atividades e pro- são Jackson Pollock e Hans
Hartung e o FAUVISMO,
duções industriais, integrando-as à arte, com a geometrização das representado por Maurice de
formas, expressando artisticamente o universo socialista russo no Vlaminck, André Derain, Henri
século XX, no pós-revolução da URSS. Influenciou fortemente as ar- Matisse e Raoul Dufy.

tes e a arquitetura naquele país e no ocidente. Trata-se de um abstrato


geométrico que busca movimento perspectivo vibratório através das cores e linhas. É a síntese das teorias abstratas e
científicas da arte moderna. É uma pintura em duas dimensões ( AZEVEDO, 2012 ).

Surrealismo

Foi uma corrente artística surgida em Paris nos anos 20 do século passado, mais especificamente no ano
de 1924, que levou à pintura as expressões do subconsciente humano, seus delírios e fantasias, sua ausência
de racionalidade. O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do
subconsciente ( AZEVEDO, 2012 ).

Estudioso de Freud, Breton, psiquiatra, abria caminhos,


nesse momento “à pesquisa uma vastíssima região da psique” PESquISE
(ARGAN, 2008,p.360). Sugeria a transformação das imagens André Breton, o autor do Manifesto
Surrealista. Conheça, entenda e revise
do subconsciente humano em representações artísticas como conceitos e características do surrealismo
adequadas, capazes, de trazer ao real consciente, as expressões em: ARTE MODERNA – GIULIO CARLO
ARGAN, 2008, páginas 360 a 367, com PESQUISE

mais profundas dos sonhos e entusiasmos inconscientes que


exemplos e análise das obras de Picasso,
pretendiam-se destacar nas artes pictóricas. Hans Arp, Magritte e Yves Tanguy.

PESquISE e observe, na pintura dos


Principais artistas: Salvador Dalí e Max Ernst artistas citados acima, as características
do movimento surrealista
44

Dadaísmo

O movimento “Dada” é “uma contestação absoluta de todos os valores, a começar pela arte.”
(ARGAN,2008p.353). Man Ray, norte-americano, é um fotógrafo que singulariza pela sua perspectiva, pelo seu
olhar, o ideário “Dada”, valorizando qualquer possibilidade que o permitisse registrar; esta arte pode “se valer
de qualquer instrumento, retirar seus materiais seja de onde for”. (ARGAN,2008,p.353).
Originou-se na Suíça no ano de 1916. “Dada” é uma palavra de origem francesa que significa, na
linguagem infantil, “cavalo de pau”. O fim do “Dada” aconteceu em 1921.
PESQUISE

PESquISE
Obras de DUCHAMP e ERNST
Principais artistas: Marcel Duchamp e Max Ernst

OP ART

“Op-art”: do inglês (optical art), apareceu em 1950 e resulta da intenção de trabalhar as ilusões de ótica nas
artes. O artista que iniciou o movimento foi Victor Vasarely.
Obras importantes: “Mach-C” do artista Victor Vassarely, “Pintura com Movimento Transformável” do
artista Yaacov Agam.

POP ART

A Pop Art foi caracterizada especialmente pelo uso da iconografia popular, das representações gráficas dos
bens de consumo, para a ação artística na pintura. Ocorreu principalmente nos Estados Unidos da América e
na Grã-Bretanha dos anos 50. A Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e
aproximou a arte das massas, desmistificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos ( AZEVEDO,
2012 )

Foi desenvolvida com o uso de referências em produtos da cultura popular oriundas nos Estados Unidos:
fotografia, HQ’s – histórias em quadrinhos, cinema e do universo
publicitário.
Artistas importantes: Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein e
Andy Warhol. PESQUISE mais sobre eles e suas obras e ainda sobre
a influência dos filósofos Adorno e Horkheimer na Pop Art.

PESquISE
Arte nas INSTALAÇÕES e a
INTERFERÊNCIA
LINK interessante, com diversas
ilustrações PESQUISE

https://issuu.com/
andrealtmann/docs/conceito_
revi4_acad Acesso em 14 set.
2016
Video: https://youtu.be/
D1kCB5xqk4m
38
45

Futurismo

Boccioni teoriza sobre a “síntese dinâmica” (ARGAN,2008,p.441), defendendo a lógica como necessária
e pertinente ao processo de concepção da composição artística, considerando fatores determinantes nessa
composição, como espaço, movimento, velocidade, elasticidade das formas e das estruturas do tema pintado
e atmosfera – do movimento.
Balla traduz a velocidade nas pinturas, anulando a figura real quase que em absoluto; ressalta o dinamismo
e a fusão dos componentes do conjunto imaginado e observado para a representação artística.
Carrà, na sua “metafísica” representada experiencia e realiza a sensorialidade dos espaços e formas,
considerando-os essenciais.
Esses artistas, citados acima, são os principais representantes do movimento futurista.
O movimento também produziu um manifesto, sustentado essencialmente pela adoração às novidades
provindas da indústria, bem como tudo que se originasse dela naquele momento e pudesse ser entendido
como parte da nova era, a era moderna.
O primeiro manifesto foi publicado no Le Figaro de Paris, em 22/02/1909, e nele, o poeta italiano Marinetti, dizendo
que o esplendor do mundo enriqueceu-se com uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um automóvel de carreira é mais
belo que a Vitória de Samotrácia. O segundo manifesto, de 1910, resultou do encontro do poeta com os pintores Carlo
Carrà, Russolo, Severini, Boccioni e Giacomo Balla. Os futuristas saúdam a era moderna, aderindo entusiasticamente à
máquina ( AZEVEDO, 2012 ).

A “maquinização” e mecanização da sociedade eram a materialização das reflexões artísticas desse período:
a máquina como inspiração.
Artistas importantes: Carlo Carrà, Umberto Boccioni e PESQUISE

PESquISE
Giacomo Balla.
Obras de Carrà, Boccioni e Balla.
Leia: manifesto Futurista
http://www.metodologiacientifica.com.
br/fpa/futurismo.pdf

ARTE NAÏF

O naïf é considerado uma arte primitiva, simples, empírica. É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica,
do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular. Claro
que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto. Art naïf (arte ingênua)
é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se
enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular. ” (
AZEVEDO, 2012 ).

O empirismo nas artes também tem valor. Não condicionada pelos recursos do universo teórico acadêmico,
o Naïf produz conteúdo artístico importante na expressão das ideias e sentimentos humanos, como a vida
cotidiana e o folclore.
Principal Artista: Henri Rousseau
PESQUISE

PESquISE
Obras naïf de HENRI ROuSSEAu e
ainda sobre a pintura METAFÍSICA de
GIORGIO DE CHIRICO e GIORGIO mORANDI.
46

Aula 3

Música, pintura, escultura e dança e a


apropriação do espaço cênico pelo artista
OBJETIVOS: Conhecer as variantes nas configurações espaciais cenográficas determinadas e condicionadas
por outras áreas artísticas. Compreender e articular a movimentação do artista no espaço cenográfico. Música,
pintura, escultura e dança como elementos condicionantes e determinantes em planejamento cenográfico.

As Diversas expressões Artísticas

As expressões artísticas são divididas em algumas classes específicas como artes plásticas, ambientações
ou decoração de ambientes, espetáculos e literatura. Dessa maneira, a pintura se configura como arte visual e
a poesia como arte literária.
As expressões artísticas de mais populares são: música, artes cênicas (teatro, dança e circo), artes plásticas
(pintura e escultura), literatura, arquitetura, cinema, produções televisivas, animação e histórias em quadrinhos.

O ator e a ocupação da “área útil” cenográfica

Diante de quase infinitas possibilidades de expressão artística, no teatro o ator possui uma área “útil” para
atuação. Esta área útil, como chamaremos a partir de agora, é o espaço disponível para que o ator (ou o
bailarino, ou o dançarino, ou o circense), tem para si como lugar performático.
Esse espaço é delimitado primeiramente pelas sugestões de um diretor de cena, que trabalha os movimentos
nessa área útil, objetivando a maior interação possível entre o ator e sua performance mediante barreiras
físicas ou imateriais – as luzes de cena.
Considerando essas barreiras físicas o diretor orientará o artista conforme os complementos cenográficos
existentes, reforçando, sejam eles físicos ou não materiais, como a luz e outros efeitos de ambientação que
complementam o conjunto.
É válido lembrar que apenas a luz – orientada por um diretor de iluminação, poderá se configurar em
conjunto cenográfico, haja vista a possibilidade de ela própria determinar espaços, volumetria e contornos,
através do estudo das cores, da intensidade das luzes e do contexto do que está a ser apresentado, obviamente.

Cenografia e Dança

A dança e suas variações, notadamente, têm para si espaços específicos para sua apresentação, de acordo
com as propostas técnicas, artísticas e coreográficas, especialmente, que proponham.
Em espaços como teatros, utilizando-nos de exemplo como as apresentações de balé clássico, observamos
na maioria dos espetáculos, a necessidade de área útil que esteja em conformidade com a amplitude e o
alcance dos movimentos dos bailarinos e bailarinas.
Corridas e saltos dados pelos bailarinos e bailarinas são condicionantes e determinantes na contextualização
de um planejamento cenográfico de caráter específico, observando que os profissionais necessitam de espaços
livres para desenvolver as suas coreografias. “O balé é o espaço cênico ideal para a invenção pictórica porque a coreografia
exige um espaço cênico plano e em grandes dimensões livres. Assim o cenógrafo tem como espaço para sua representação a
moldura do palco, o fundo do palco e a criação dos figurinos “(NERO, 2016, p. 1).
47

Temos, nesses casos, a utilização de painéis cenográficos mais comumente, fixados nas varas de cenário,
ladeados paralelamente na maioria das vezes às pernas que delimitam o espaço do palco com as coxias. Estas
são “áreas de escape” para os artistas. Lugares de entrada e saída no momento das encenações e danças.
Preferencialmente, deverão estar desobstruídos, facilitando a movimentação dos artistas.
Desta forma, com um exemplo simples, observamos que a área útil para apresentações poderá sofrer
limitações no seu planejamento.
Em caso contrário, poderemos planejar uma composição cenográfica, saturando o espaço com componentes
físicos, obviamente contextualizados à proposta de encenação, dança ou outra categoria de arte como
espetáculo. Quando a plateia adentra um espaço de apresentação teatral ou quando a cortina se abre, a primeira
percepção da identidade do trabalho é estabelecida através da captação visual do aparato cênico (SILVA, 2016).

Sempre é bom lembrar que todo tipo de produção de- PESquISE


verá estar contextualizado ao que se propõe. Não é regra. O Os balés de Diaguilev na Rússia apresentando-se
descontexto também poderá ser interessante como propos- em Paris nos anos 20, com suas propostas
cenográficas e o modernismo musical da época PESQUISE

ta, porém justificado de todas as maneiras possíveis: técni- e a influência de Picasso, Braque e Fernand
ca e teoricamente - através de detalhamentos construtivos, Léger – dentre outros grandes representantes
da pintura parisiense daquele período.
subjetivamente ou realisticamente – através da apropriação COmPREENDA a sincronia, organização e a
de conceitos referenciados em bibliografias específicas ou unidade entre o trabalho do cenógrafo e o balé.
experimentos anteriores, conceituais ou executados. Vídeo: https://youtu.be/SRHowifoV7I

Aula 4

Arquitetura Cenográfica
HISTÓRIA DA CENOGRAFIA

O desenvolvimento do espaço cênico

A cenografia surge juntamente com a vontade


do ser humano de expressar-se, seja da forma que
fosse, na antiguidade. Essa expressão viria acompa-
nhada de complementos que colaboravam com a 39
dramatização do cotidiano ou da celebração mítica, ORGIA GREGA – Dionísio e os Faunos
como era costumeiro nos primórdios das apresen-
tações teatrais. Esses complementos contribuíam na atuação e cooperavam na compreensão do público no que
tange à mensagem que se pretendia transmitir. “O teatro ocidental tem sua origem na Grécia entre os séculos VII e VI a.C.
Dançava-se em festas, festivais e orgias em homenagem às estações do ano ou à colheita ou aos deuses e a Dioniso [sic], o deus
do vinho, do entusiasmo e do êxtase “( URSSI, 2006, p. 54).
48

O espaço cênico grego

l É composto basicamente pelo theatron, pela orchestra


e pela skéne.
l Era construído em forma semicircular, na encosta de
colinas e possuía capacidade para aproximadamente 14.000
mil pessoas.
l O theatron é o espaço todo. A orchestra recebia o coro.
A skéne a encenação.
40
l As tecnologias construtivas incluíam madeira,
1 - Auditorium / 2 - Orchestra
primeiramente, e depois pedra, o mármore, quando do 3 - Proscenium / 4 - Skene / 5 - Parados
acréscimo do proskenion, um espaço anterior à skéne.

Aristóteles credita a Sófocles a invenção do cenário pintado, a katablemata (Berthold,


2001, p.117 ).

Espaço cênico romano

Os romanos utilizaram o espaço cênico que desenvolveram como complemento para a política, com foco
na diversão e no “esvaziamento das ideias”, como sustenta Mantovanni. O que importava era o espetáculo.

Os primeiros teatros romanos foram construídos em madeira e eram erguidos


apenas para os festivais, logo em seguida eram desmontados. Com o passar do
tempo, o gosto romano foi sendo colocado na arquitetura destes prédios. Na
arquitetura romana, estes teatros eram feitos a partir de um semicírculo perfeito, que
desembocava logo no limite onde se iniciava o espaço da cena (MANTOVANNI apud
CARVALHO e MALANGA, p. 9).

A setorização no teatro de configuração


romana:
l Divisão por classes sociais.
l Eliminação do círculo central de origem
grega;
l Ampliação do proscênio.

O teatro romano
cresceu sobre o tablado
de madeira dos atores
ambulantes da farsa 41
popular. Durante dois 1 - Auditorium / 2 - Orchestra
3 - Proscenium / 4 - Skene / 5 - Parados
séculos, o palco não foi
nada mais do que uma estrutura temporária (Berthold, 2001, p. 148).

Da praça romana, os espetáculos teatrais passaram a ocorrer em espaços


específicos, abertos e fechados, com as caracterizações artísticas – cenários e
figurinos, cada vez mais especializados.
49

Caracterização e configuração estrutural:


l Construído em terrenos planos;
l pedra e alvenaria como elementos construtivos principais;
l situava-se dentro do perímetro da urbe romana;
l plateia sob abóbadas de pedra;
l hierarquia na disposição dos espectadores;
l magistrados e senadores em posições privilegiadas na plateia;
l colunas, estátuas e baixos-relevos na decoração;
l aparecimento do pano de boca-de-cena;
l período de maior destaque na construção desta tipologia: séculos I e II d.C.

42
https://www.thinglink.com/scene/447765599792136194

“O teatro romano fundamentou-se pelo mote político panem et circenses


PESquISE
- pão e circo- e herdou as principais características espaciais do teatro grego. Veja a evolução das
” (URSSI, 2006, p.24) configurações do
PESQUISE

teatro romano neste


link:
O teatro romano, na sua essência, foi a representação da vida cotidiana –
http://slideplayer.
política inclusive, sobre os palcos. Arte e política como diversão. com/slide/4895086/
50

O espaço cênico medieval

No medievo, surgiram os cenários de grande porte, sustentados por maquinaria complexa, indicando a
especialização das atividades internas aso espetáculos teatrais.
Algumas considerações:
l O teatro era basicamente “religioso”.
l O lugar de maior quantidade de apresentações eram as praças.
l Eram produzidos cenários de grande porte

Estes cenários eram construídos por muitas pessoas, pois tinham vários efeitos
que eram necessários para o andamento das histórias. São chamados de cenários
simultâneos. Espetáculos que contavam a vida de santos, ou o caminho tortuoso de
simples mortais pecadores para chegar ao céu, ou terem seu futuro reservado ao
inferno (CARVALHO e MALANGA, 2013, p. 11).

No período medieval as trupes, os grupos populares


foram adequados para as apresentações. Palhaços,
bufões, comediantes e domadores de animais
apresentavam seus espetáculos, montados sobre
carroças. Tudo acontecia em espaços abertos das
cidades, deslocando-se entre as praças, deram origem
à Commedia dell’arte.

Espaço cênico do “Mystère de la Passion” de Valenciennes,


século XIV d.C. – Bibliothèque Nationale, Paris, in

43 44
O teatro medieval
PESQUISE

PESquISE - as trupes e a Commedia dell’arte

O teatro elisabetano

Ocorreu principalmente no período correspondente ao reinado de Elisabeth I da Inglaterra do século XVI.


Foi caracterizado especialmente por:
l Ter estrutura e complementos em madeira;
l Configurar-se em forma poligonal;
l Ter até três pisos;
l Possuir um palco elevado, contendo pouco ou nenhum componente cenográfico.
51

Na Inglaterra, nobreza, plebeus e camponeses ocupavam o teatro, porém em espaços pré-definidos para
cada um deles. Essa fusão de públicos levou também a uma fusão de estilos. William Shakespeare (1564 –
1616), é o autor de “A Tempestade”, “Hamlet”, “Rei Lear”, “Romeu e Julieta” e “A Megera Domada”, grandes
obras reconhecidas mundialmente.

Shakespeare oferece material suficiente para a imaginação dos espectadores,


sugerindo cada ambiente e cada cena no texto dramático [justificando a ausência da
cenografia previamente planejada]. O ‘cenário falado’ é um traço estilístico primordial
da cena elisabetana (URSSI, 2006, p.30).

A cenografia era expressiva, complementada pelo conjunto arquitetônico específico para essa função.

45
O teatro elisabetano. Corte com as configurações internas e perspectiva.
FONTE: https://prezi.com/m4tenabh-gut/the-globe-theater/#

PESquISE
Visite este link para conhecer mais sobre as descrições do teatro elisabetano (em inglês):
https://prezi.com/m4tenabh-gut/the-globe-theater/#
52

Espaço cênico renascentista

O teatro renascentista na Itália do século XV. Era popular, cômico, burlesco e abordava os mais variados
temas, em contraponto ao tradicional teatro italiano. Ocorreu, além da Inglaterra, na Itália, na França e na
Espanha. No entanto, muitos países ainda apresentavam um teatro erudito e religioso de influência medieval.

Principais autores e suas obras

l Na Itália, Nicolau Maquiavel. Obra relevante: Mandrágora, de 1524.


l Na Inglaterra, Shakespeare, com comédias e tragédias. Obras de maior destaque: Romeu e
Julieta, Macbeth, Hamlet, A Megera Domada, Sonhos de uma Noite de Verão.
l Na Espanha, Miguel de Cervantes e “O Cerco de Numancia”, Fernando de Rojas e “A Celestina” e Pedro
Calderón de la Barca e “A Vida é Sonho”.

Características principais, segundo uRSSI (2006, p.31):


l Harmonia estrutural, formal e estética reconhecidamente influenciada pela arquitetura greco-romana e
as reflexões vitruvianas;
l Andrea Palladio e Vicenzo Scamozzi são os maiores representantes. Planejaram e construíram o “Teatro
Olímpico de Vicenza”, em 1585;

“(...) scaenae frons - o cenário fixo construído em madeira e estuque com as três portas
clássicas - e em seu interior permanece a cenografia fixa, destinada ao espetáculo de
inauguração do teatro representando as ruas de Tebas para ‘Édipo Rei’ de Sófocles. A
perspectiva do cenário foi desenhada por Palladio, seguindo as idéias de Sebastiano Serlio,
e após sua morte foi finalizada e construída tridimensionalmente em madeira e estuque por
Scamozzi situando o ponto de fuga pintado nos painéis de fundo além da cena construída. ”

46
O Teatro Olimpico de Vicenza, por Andrea Palladio e Vicenzo Scamozzi (1585).
FONTE: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Teatro_olimpico.jpg
53

PESquISE
Vitrúvio, seus escritos e o seu legado para a
Arquitetura, incluindo a aplicação dos seus
conceitos e padrões. Aqui:
http://engenhariacivildauesc.blogspot.
com.br/2010/11/vitruvio-e-seu-legado-
para-aquitetura-e.html
47
O Teatro Olímpico - Andrea Palladio e Vicenzo Scamozzi.
Vicenza, séc XVI. Corte longitudinal.
FONTE: URSSI, 2006. P.32.

São tratados técnicos e conceituais que referenciam teórica e tecnicamente quaisquer materializações de
ideias no campo da arquitetura, extensivas ao universo do planejamento cenográfico. Vitrúvio destaca em seu
Tratado de Arquitetura

De forma sumária, os dez livros contemplam os seguintes conteúdos:


Livro 1: Sobre os conhecimentos necessários à formação do arquiteto.
Livro 2: Sobre os materiais e a arte da construção.
Livros 3 e 4: Sobre os edifícios religiosos.
Livro 5: Sobre os edifícios públicos.
Livro 6: Sobre os edifícios privados.
Livro 7: Sobre os acabamentos.
Livro 8: Sobre hidráulica e distribuição da água
Livro 9: Sobre gnomônica nas edificações.
Livro 10: sobre mecânica e os princípios das máquinas (VITRÚVIO, 2015, p. 16).

Vitrúvio atribuiu à produção de arte e arquitetura um


acervo de fatores condicionantes e determinantes para
essa produção, essencialmente técnicos.

PESquISE
Outras características projetuais importantes no Vitrúvio, seus escritos e o seu legado para a
espaço cênico renascentista: Arquitetura, incluindo a aplicação dos seus
l Representação clássica na pintura dos cenários: conceitos e padrões. Aqui:
a natureza como inspiração para a “teatralização do http://engenhariacivildauesc.blogspot.
com.br/2010/11/vitruvio-e-seu-legado-
mundo” (URSSI, 2006, p.32);
para-aquitetura-e.html
l Perspectiva como ciência referenciando a pintura:
l Sensação de ampliação da cena dada pela
PESQUISE

perspectiva;
l União da pintura e da arquitetura no planejamento PESquISE - Andrea Palladio, quem foi,
e execução cenográfica; sua importância para a cenografia, as suas
principais obras e a tipologia cênica que
desenvolveu.
54

O teatro italiano e seu espaço cênico

48
Esquema funcional – setorização de um teatro do tipo italiano.
http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aup0154/00_aup0154_bases/Apostila_de_Teatro.pdf Acesso em 12 set. 2016

Teoria da quarta parede

Antoine, em sua teoria da quarta parede, afirma que a parede da cena transparente para o espectador que tem a
ilusão que a cena é uma ação real onde os atores atuam independente e livremente ( URSSI, 2006 )

PESquISE
Principais características estruturais: Jean-Jacques
Roubine e
l Formato retangular; também
l Duas áreas setorizadas distintamente: plateia e palco; o teatro
Barroco, suas
l Destaque ao proscênio e à ribalta;
principais
l Boca de cena como a moldura do espetáculo; características
l Cortina principal, caracterizando o início e o fim do espetáculo; e a expressão
trompe
l’oeil e sua
Outras características importantes: aplicação em
l Mudanças de cenário através de técnicas de maquinaria; cenografia.
l Molduras laterais (pernas), deslizantes e móveis (roldanas e trilhos);
l Uso intenso de recursos cênicos;
PESQUISE

l Sonoplastia e efeitos visuais com luzes, componentes móveis e fumaça;


l Desenho de perspectivas em diagonal;
55

mIDíAS INTERATIVAS
FILmE RECOmENDADO:
“Vatel” – Um Banquete
para o Rei (2000).
Direção: Roland Joffé.
Cenografia móvel, perspectivas, painéis
pintados, mobilidade a outros componentes
cenográficos.

49
O teatro tipicamente barroco. Estudo e aplicação
das técnicas de perspectiva. Ferdinando Galli da
Bibiena, século XVII.
FONTE: http://www.unav.es/ha/007-TEAT/barrocos-bibiena-familia.htm
Acesso em 05 set. 2016. 50

míDIAS INTERATIVAS
Ópera e cenografia - Vídeo: Carmen de Bizet, no Metropolitan, Nova Iorque:
https://youtu.be/K2snTkaD64u

O planejamento cenográfico para óperas tem os seus diferenciais caracterizados pela compatibilização entre
o drama expresso pelo tema e a materialização da cenografia. Espera-se, a partir da intensidade dramática
desse tipo de espetáculo, um projeto cenográfico adequado à geralmente presente intensidade emocional que
tais obras apresentam.
“Em 1882, Wagner inaugurou, sob a inspiração da arte total, a Festspielhaus em
Bayreuth com a ópera ‘Parsifal’. O ciclo wagneriano apoiou-se na valorização do texto
de concepção mitológica, realizado sobre o modelo da tragédia grega, e abandonou
o cunho histórico ora utilizado nas concepções líricas da época.” (URSSI, 2006, p. 42)

Richard Wagner (1813-1883) revolucionou a produção de espetáculos, as óperas, inovando na produção de


cenografia, introduzindo a pintura e seus conceitos, correntes e estilos nas suas propostas.

Características nos espetáculos wagnerianos – Richard Wagner, o compositor:


l Uma nova arquitetura teatral, com espectadores diretamente de frente para o palco;
l Plateia em planos em aclive;
l Fosso para orquestra, entre a plateia e o palco;

Adolphe Appia
l Referenciou-se em Wagner;
l Elaborou esboços e maquetes;
l Volumetria e atmosfera dada pela luz elétrica nos espetáculos;
56

51 52
“Parsifal”, 1896. Arquitetura cenográfica: Adolphe Appia. “Orpheus”, Hellerau, Alemanha (vila de Dresden),
FONTE: http://socks-studio.com/2013/12/13/a-revolution-in-stage-design-drawings-and-
productions-of-adolphe-appia/
1913. Arquitetura cenográfica de Adolphe Appia.
Acesso em 05 set. 2016 http://socks-studio.com/2013/12/13/a-revolution-in-stage-design-drawings-and-
productions-of-adolphe-appia/
Acesso em 05 set. 2016

míDIAS INTERATIVAS
Pesquise: Edward Gordon Craig e sua relação profissional com Adolphe Appia.
Vídeo: https://youtu.be/DuuApTeu17E
Veja o vídeo (em inglês): https://vimeo.com/76406586

Cenografia no Século XX

A cenografia no século XX caminhou ao lado dos desenvolvimentos tecnológicos e industriais da época. A luz elétrica
e o aprimoramento da indústria permitiram novas configurações espaciais no espaço cênico e o aperfeiçoamento e
melhor contextualização dramática através das composições visuais que utilizariam a luz como base.

Características:
l A indústria e a fotografia (imagem representada, em vez de painéis figurativos)
como referenciais para o planejamento cenográfico;
l Meios de comunicação: informação e propaganda;
l Sociologia e antropologia presentes na cenografia sob a ótica das mutações na
sociedade da época;
l Movimentos artísticos do início do século também presentes nas concepções
cenográficas – painéis e mecanismos que solucionavam movimentações cenográficas
nos espetáculos;
l A luz como definidora dos espaços no palco;
l A perspectiva dá lugar a um “(...) cada vez mais complexo mecanismo de técnicas
cênicas (...)” (URSSI,2006, p.50), que incluía a encenação, pelos atores e a apropriação
do espaço cenográfico;
l Palco giratório, ciclorama, iluminação policromática no espetáculo;
l (...) “Formas de estilo e de jogo teatral seguiram em rápida sucessão dentro
de poucas décadas, sobrepondo-se: naturalismo, simbolismo, expressionismo, teatro
convencional e teatro liberado, tradição e experimentação, drama épico e do absurdo,
teatro mágico e teatro de massa. ” (Berthold, apud URSSI, 2006, p.50)
57

As transformações nos planejamentos cenográficos do século XX acompanharam as transformações da


sociedade e suas expressões artísticas, regidas e orientadas especialmente pelos avanços industriais e a
popularização dos seus produtos.

PESQUISE
PESquISE
Termos técnicos específicos utilizados em teatro, cinema e televisão. Exemplo: ciclorama,
coxia, urdimento, dentre outros, importantes para o conhecimento da linguagem técnica
apropriada para as atividades que envolvem planejamento cenográfico.

Cenografia no Século XX

Basicamente, a cenografia expressionista é um fator de ruptura com o passado. O espaço cênico foi
fortemente influenciado pelas artes. Planejamentos cenográficos de base realista, naturalista e impressionista
não mais eram interessantes, pois buscava-se pelo moderno e contraditório às artes tradicionais.

“O cinema expressionista oferecia para cenógrafos e arquitetos, a oportunidade de


investigar os efeitos psicológicos relacionando elementos como: primeiro e segundo
plano, distâncias e diagonais, ascendências e descendências, horizontes altos e
baixos, iluminação difusa e concentrada, elaborando um vocabulário gráfico, formal e
espacial de alto potencial dramático.” (URSSI, 2006, p. 52)

As artes dramáticas estão relacionadas à cenografia expressionista no que se relaciona a aspectos


comportamentais do ser humano.

Características:
l Ruptura com o passado tradicional de representação cenográfica;
l Edvard Munch e Van Gogh são, com suas obras, referências artísticas para a produção cenográfica;
l Cenografia como “(...) visões sugeridas pela dramaturgia (...)”. (URSSI, 2006,p.51)
l Contrastes entre luz e cor na composição;
l Uso do espaço tridimensional (a altura como elemento a ser complementado pelo projeto cenográfico);

PESQUISE PESquISE
Pesquisar/assistir – O cinema expressionista – filmes e seus cenógrafos: “Der Golem”,
de Paul Wegener, filme de 1920; ‘O Gabinete do Doutor Caligari’ de Robert Wiene, 1919;
“Metropolis” (1927) e “M – O Vampiro de Dusseldorf”, ambos de Fritz Lang e “Nosferatu”,
de F.W. Murnau (1922).
58

A cenografia futurista

A cenografia futurista rompe em definitivo com as formas tradicionais do fazer artístico relacionado à cenografia.
Dentre as principais características do movimento estão:

l a introdução dos princípios futuristas nos espetáculos – Manifesto Futurista (1911);


l O teatro sendo “sintético por excelência” (URSSI, 2006, p.52);
l a celebração da máquina e da indústria e seus conceitos mecânicos e técnicos;
l a propaganda utilizada maciçamente para difusão dos espetáculos (panfletos, jornais, exibições e eventos);
l a configuração de uma realidade remodelada, transfigurada para a abstração do concreto.

53 54

Enrico Prampolini, “Glauco” de E.Morselli, 1924. Cenografia/teatro futurista – figurino. Enrico Prampolini, s.d.
FONTE: http://www.centroarte.com/Prampolini%20Enrico.htm FONTE: http://spazioscenico.altervista.org/sceno.html
Acesso em 05 set. 2016 Acesso em 05 set. 2016

PESquISE
PESQUISE Pesquisar: “O Manifesto dos Autores Dramáticos Futuristas”, 1911.
VISITE TAmBÉm:
https://prezi.com/mwnerwxfupmo/futurismo-no-teatro/ Acesso em 15 set. 2016

Para mais imagens, visite (site em italiano):


http://spazioscenico.altervista.org/sceno.html
“Evoluzioni dello spazio scenico” – Evolução do espaço cênico.

O espaço cênico construtivista

A Revolução Russa foi a norteadora dos conceitos para a produção de arte e cenografia no seu período.
Principais características:

l Origens durante o período da Revolução Russa;


l “(...) a mobilização política colocou os espetáculos de massa como veículo de criação e atuação coletiva.
Os grandes comícios tornaram-se festivais amadores e populares com coros e canções, tanques e armas.”
(URSSI, 2006; p.53)
l Projeção de imagens, filmes complementando o conjunto cenográfico e a ação;
l União de diversos “personagens” na construção do espaço cênico: além dos cenógrafos, artistas plásticos,
encenadores e arquitetos.
59

55

“The Moscow Art Theatre”,1902. Imagem: Stanislavski Centre/ArenaPal.


FONTE: http://www.bbc.co.uk/education/guides/zxn4mp3/revision/3 Acesso em 15 set. 2016

56
Cenografia construtivista. Stanislavsky.
FONTE: http://cw.routledge.com/textbooks/stanislavski/9780415436571/pictures.asp
Acesso em 15 set. 2016

58
Vsevolod Meyerhold. Cenário do espetáculo “The
57 Down”, 1920. Cenografia por Vladimir Dmitriev. Moscou.
FONTE: http://chewhatyoucallyourpasa.blogspot.com.br/2011/09/revolution-and-theater-

Cena de “Le Theatre Alfred Jarry de l’Hostilite theatrical.html Acesso em 06 set. 2016

Publique”. Direção de Antonin Artaud, 1927.


FONTE: http://theredlist.com/wiki-2-20-881-1399-880-view-theatre-profile-1920s-1.
html?sharing=114436
60

59
Jerzy Grotowski. “Akropolis”, 1962.
FONTE: http://cuadrivio.net/wp-content/uploads/2012/04/Akropolis-1962.jpg
Acesso em: 06 set. 2016.

61
Bertold Brecht. Cenografia para uma cena de
“Mutter Courage und ihre Kinder” (Mother Courage and
Her Children), 1949 no teatro “Das Berliner Ensemble”.
FONTE: https://www.britannica.com/art/dramatic-literature/images-videos/Setting-for-
a-scene-in-Mutter-Courage-und-ihre-Kinder/3747

PESquISE
PESQUISE

Eugênio Barba, Peter Brook


60 e Tadeusz Kantor e suas
produções.
Bertold Brecht. Cenografia de John Heartfield, 1951,
para Die Mutter (The Mother). Berlin, Alemanha. l Teatro da Bauhaus e Oskar
FONTE: http://www.johnheartfield.com/John-Heartfield-Exhibition/john-heartfield- Schlemmer
art/german-theater-history/bertolt-brecht-john-heartfield/brecht-theatre-sets-2

ARQUITETURA CENOGRÁFICA NO CINEMA

História da cenografia no cinema

Principais características:
Com a criação da fotografia e seu aperfeiçoamento até que chegasse ao cinema, os projetos cenográficos
também foram alterados para atender às novas necessidades e configurações técnicas na montagem dos
espetáculos.
“A fotografia permitiu incorporar a realidade aos cenários cinematográficos, pôde
dispor de lugares naturais, como paisagens e construções reais. O movimento trouxe
a possibilidade de se observar o cenário de diversos ângulos e em seus detalhes”.
(URSSI, 2006,p.58).

Os cenários passaram a ser representados, com o advento da fotografia, de maneira realista, ou aproximada
da realidade. - Georges mèliés: técnicas de enquadramento, câmera em movimento e cenários pintados.
61

SAIBA mAIS
“História do Cinema mundial” – Org.: Fernando Mascarello, em
http://sesc-se.com.br/cinema/historia+do+cinema+mundial.pdf
“Câmera Cotidiana – Apostila” -
http://www.cameracotidiana.com.br/material_de_apoio?cat=pedag%C3%B3gico
Assista: Serguei Eisenstein – FILME – “O Encouraçado Potemkin”
Aqui: https://youtu.be/3i9FkLOac9s
Atividade: observação e análise das composições cenográficas.

Arquitetura cenográfica na televisão

História da cenografia no cinema

O surgimento da televisão provocou um maior aperfeiçoamento no planejamento cenográfico devido à


necessidade, em alguns casos, de criar-se ambientações que se aproximassem quase que fielmente à realidade
e, como exemplo, as novelas e teleteatros, basicamente reproduções do mundo real.

História da cenografia na televisão

Dos painéis de propaganda aos cenários realistas, a televisão caminhou ao lado do desenvolvimento
tecnológico na área de produção de imagens, incluindo aqui os programas de computador, virtualizando o real
e de certa maneira proporcionando ao planejamento cenográfico possibilidades infinitas na área da criação.
A cenografia sempre foi pouco valorizada no meio televisivo, o diretor resolvia
a cena colocando uma tapadeira ao fundo com o logotipo do anunciante. Havia “...
uma inexperiência dos dois lados: a empresarial e a artística (...) uma discrepância
de possibilidades...” Cyro del Nero (apud. Burini, 1996, p.51). As equipes não tinham
um cenógrafo e sim um supervisor de estúdio que era um ‘faz tudo’, misto de
cenógrafo, cenotécnico e contra-regra. Os primeiros cenários eram criados com a
mesma linguagem cênica do Teatro, até a invenção do vídeo-tape, quando foi, aos
poucos, aproximando-se da linguagem cinematográfica. A cenografia transposta do
espaço teatral não apresentou rupturas devido à sua natureza híbrida e metamórfica
como forma de expressão. Os novos experimentos cênicos encontraram expressão
efetiva na televisão. A linguagem cênica adaptou-se aos novos meios sem se
distanciar conceitualmente de seu espaço de origem e adquiriu novas características
como a fragmentação do tempo e do espaço, e contemporaneamente, as infinitas
possibilidades da construção dos cenários digitais (URSSI, 2006,p. 61).

PESquISE
PESQUISE
Saul Bass, James Pollac, Robert Freeman – Trabalhos cenográficos e visuais para o cinema
norte-americano nos anos 50.
SAIBA mAIS
No Brasil temos excelentes representantes em produção cenográfica,
dentre eles Cyro del Nero. Biografia e listagem de produção
cenográfica: http://teatropedia.com/wiki/Cyro_Del_Nero
62

63
Cenografia de Cyro del Nero.
FONTE: http://tricotandoarte.blogspot.com.br/2010/08/saudacoes-este-grande-mestre-da.html
Acesso em: 06 set. 2016

62
Cenografia de Cyro del Nero.
FONTE: http://tricotandoarte.blogspot.com.br/2010/08/saudacoes-este-grande-mestre-da.html
Acesso em 06 set. 2016

A CENOGRAFIA E A TELENOVELA

Nas produções em televisão, especialmente as telenovelas, busca-se por projetos cenográficos que
aproximam a composição da realidade, enquanto que no teatro as nuances e as minúcias dos componentes
cenográficos podem ser menos óbvias, haja vista a existência dos distanciamentos entre a plateia e o palco,
levando-se em conta ainda a ambientação proposta pelo contexto dramático.

O primeiro teleteatro a usar o VT foi em ‘Hamlet’, de William Shakespeare, adaptado


e dirigido por Dionísio de Azevedo, na TV Tupi. O teleteatro surge como forma visual e
narrativa que dará origem às telenovelas atuais. O ‘Bem Amado’ foi a primeira novela
a cor e os cenários eram verdadeiras alegorias carnavalescas. A cenografia de novelas
trabalha estereótipos como a casa de pobre, a casa de rico, o bar de periferia, a rua,
a viela, cidade, como um catálogo de estilos pré-determinados (URSSI, 2006, p. 63).

A televisão trabalha diretamente com uma imersão – fictícia - no mundo real, buscando uma aproximação
cenográfica com a realidade, esta, estratificada. Em alguns casos, essa representação cenográfica se mostra
sobrecarregada em alusões à realidade, em outros, trabalhando de maneira sintetizada o mundo real.
63

TV Tupi

Nas produções em televisão, especialmente


as telenovelas, busca-se por projetos
cenográficos que aproximam a composição da
realidade, enquanto que no teatro as nuances
e as minúcias dos componentes cenográficos
podem ser menos óbvias, haja vista a existência
dos distanciamentos entre a plateia e o palco,
levando-se em conta ainda a ambientação 64
Cenografia para teleteatro na TV Tupi, anos 50.
proposta pelo contexto dramático. FONTE: http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/labanca/quando-a-tv-e-o-teatro-andaram-juntos/

“O primeiro teleteatro a usar o VT foi em ‘Hamlet’, de William Shakespeare, adaptado


e dirigido por Dionísio de Azevedo, na TV Tupi. O teleteatro surge como forma visual e
narrativa que dará origem às telenovelas atuais. O ‘Bem Amado’ foi a primeira novela
a cor e os cenários eram verdadeiras alegorias carnavalescas. A cenografia de novelas
trabalha estereótipos como a casa de pobre, a casa de rico, o bar de periferia, a rua, a
viela, cidade, como um catálogo de estilos pré-determinados (URSSI, 2006, p. 63).

A televisão trabalha diretamente com uma imersão – fictícia - no mundo real, buscando uma aproximação
cenográfica com a realidade, esta, estratificada. Em alguns casos, essa representação cenográfica se mostra
sobrecarregada em alusões à realidade, em outros, trabalhando de maneira sintetizada o mundo real.

65 66
Planta de projeto cenográfico. Novela. Cenografia da novela “Suave Veneno” com posicionamento de câmeras, TV
Globo, anos 80. a. cenário correto b. cenário errado. FONTE: URSSI, 2006,p.64

Como esperado, as associações aconteceriam, mas novamente se fragmentariam em técnicas e tecnologias de


planejamento cenográfico específicas para cada área das expressões artísticas cinematografadas ou televisionadas.

A televisão, assim como o cinema, acabou incorporando elementos dos outros


meios já estabelecidos como o rádio, a imprensa e o teatro. O desenvolvimento de
uma cenografia televisiva com características próprias permitiu a criação de uma
identidade visual estilizada e específica; os programas, os filmes publicitários e a
cenografia das telenovelas foram se distanciando, conceitualmente e tecnicamente
dos outros meios. O cinema e a televisão modelou uma nova sociedade em um mundo
editado e fragmentado (URSSI, 2006, p. 65).
64

A televisão e o cinema possuem agora identidades técnicas e imateriais próprias, mas não necessariamente
ilhadas em universos intangíveis e que não permitam uma conjunção de ideias e ações para que expressem,
cada uma, sua arte.

Cenografia contemporânea

Tecnologia, avanços socioeconômicos e demográficos alavancaram a produção cenográfica contemporânea


no século XX. No teatro, avanços na representação sociopolítica.
A “estrutura” do teatro à italiana dissolveu. O espaço cênico passou a servir à diversidade de espetáculos e
foi incluído em definitivo na identidade urbana construída.

Características principais:
l Transformações em todas as áreas no século XX: tecnologia e sociedade;
l Discurso aberto e desconstrução da tipologia cenográfica ao estilo italiano;
l O espaço teatral é aberto a todo tipo de produções;
l Inserção no universo urbano do espaço cênico;
l Novas possibilidades para o desenvolvimento e execução da arquitetura teatral e a encenação.

67 68
Peter Brook. “Sonhos de uma noite de verão” – Josef Svoboda. Cenografia.
Shakespeare. Projeto cenográfico. Foto: Mestna galerija Ljubljana.
FONTE: http://www.lajollaplayhouse.org/KBYG/Midsummer/pg2.html FONTE: http://www.rtvslo.si/kultura/razstave/j-svoboda-arhitekt-gledaliskega-
Acesso em: 06 set. 2016 prostora/155787

PESQUISE

PESquISE
Cenografia de Robert Wilson e Peter Greenaway. Veja imagens, projetos e vídeos.
65

Cenografia nos desfiles de moda míDIAS INTERATIVAS


Veja o vídeo – Cenografia em
A interdisciplinaridade é uma constante nos desfiles desfiles de moda:
de moda. A união entre os conceitos apresentados na https://youtu.be/m3n_b0lXA0u
passarela estende-se à organização cenográfica. Na
busca por essa contextualização, antes de qualquer coisa, deve-se pensar na consideração do objeto exposto,
seja ele a vestimenta, o acessório, a joia ou outro objeto de design como elemento principal do evento.
Portanto, a atenção, não minimizando a importância composição cenográfica, deverá estar voltada para o que
é exposto e não somente à cenografia. Resumidamente, a cenografia e a ambientação nos desfiles de moda
deverão estar alinhadas às concepções artísticas em destaque no evento.

Características:
l Boca de cena e passarela como elementos principais;
l A atenção sempre deverá estar voltada para o produto exposto: moda, acessórios e joalheria, o que não
minimiza a importância e o contexto a ser respeitado no planejamento cenográfico.

“Os primeiros desfiles dos quais se tem registro aconteceram por volta do ano 1900
na França, Grã-Bretanha e Estados Unidos; e diferente dos desfiles atuais, duravam
horas, tinham horários fixos e se repetiam diariamente ao longo de semanas. Alguns
autores ligam a idéia Da origem dos desfiles aos ideais da Revolução Industrial. O
que não resta dúvidas, porém, é que os desfiles impulsionaram o desenvolvimento da
indústria da moda.” (BARBOSA e Dias, 2009, p.232)

69 70
Liubov Popova. Maquete para “City of the Desfile. Karl Lagerfeld para Chanel.
Future”, 1921. © Studio International. Grand Palais, Paris, 2010.
FONTE: http://studiointernational.com/index.php/building-the-revolution-soviet-art-and- FONTE: http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI190527-17594,00-
architecture-1915-1935 PREMIO+DE+EXCELENCIA+DA+MODA.html

A subjetividade deve estar presente no planejamento cenográfico.


“(...) ambientar e contextualizar, transmitir conceitos ou mensagens.” BARBOSA e
DIAS, 2009, p.234

É ela, a subjetividade, que, materializada em forma de cenário,


confere ao projeto o caráter específico, individualizado e personalizado
para as particularidades que compõem um desfile e suas minúcias.

FONTE: http://www.fashionbubbles.com/destaque/moda-e-sustentabilidade-saiba-mais-
sobre-cenografia-engajada-spfw-verao-2013/
71
66

Cenografia em vitrines míDIAS INTERATIVAS


Assista ao vídeo:
O quE É VITRINISmO? https://youtu.be/KWxqwrftljm
Vitrinismo é a caracterização de um espaço comercial de
exposição de produtos, contextualizando a essência do que é oferecido à apreciação e aquisição pelo cliente,
elaborando uma composição agradável e tecnicamente organizada - luz natural, luz artificial, cores, texturas,
dimensionamentos mínimos, dentre outros fatores determinantes.
- O conceito faz parte das ideias com relação ao estilo e ao produto.
l As formas devem se encaixar e ser coerentes entre elas.
l Já a cor gera equilíbrio, fundamental para a harmonia da vitrine (LOUREIRO,
2010, p. 57)

O público alvo, específico da arte do vitrinismo essencialmente é o pedestre, por conveniência e pela
obviedade que compreende a ação daquele em, de fato, ao passar em frente a uma vitrine, parar, observar e
analisar a decisão em consumir.
O vitrinismo atinge o público em trânsito, informa e possibilita o conhecimento e
reconhecimento do produto. Estimula a compra, exibe a mercadoria e estabelece a
identificação entre os seus valores e os do consumidor (LOUREIRO, 2010, p. 60).

O consumo, neste caso, está diretamente relacionado ao produto em si e à forma em que ele é apresentado e
organizado na vitrine, incluindo aqui as considerações técnicas como as dimensões dessa vitrine, a apropriação
ordenada desse espaço nas três dimensões e a iluminação.

Estilos

Os estilos de formatação de vitrines são variados.


A contextualização, uma palavra-chave nesse tipo de
processo, acontece em acordo com o espaço disponível,
com o produto a ser exposto e com os interesses dos
potenciais consumidores. Há variações nos desenhos
de vitrines.
Consideremos as expositivas e visuais.
l Vitrines expositivas: o produto como principal
72
objeto à mostra. http://www.fhouse.com.br/wp-content/uploads/2016/06/20150727_224419.jpg

l Vitrines visuais: contexto entre o que será exposto e a organização técnica e artística do espaço expositivo.

“Dentre as mais usuais, temos:


l Vitrine Cenográfica- a decoração reproduz o cenário de um local específico, uma espécie de imitação
desse local.
l Vitrine Luminosa- nesta vitrine, a iluminação é a decoração que cria dramaticidade, que dá existência a
um efeito de luz e sombra.
l Vitrine Conceitual- nesta vitrine, apresentamos o conceito, a utilização e as características do produto.
l Vitrine Gráfica- desenhos, fotos, painéis e banners com grafismo compõem a decoração desta vitrine.
l Vitrine Cinética- com equipamentos mecânicos, a decoração (...) se movimenta.
l Vitrine Viva- uma pessoa geralmente toma o lugar ou fica junto com os manequins (LOUREIRO, 2010, p. 61). ”
67

míDIAS INTERATIVAS
http://www.acifnet.com.br/arquivos/VITRINISmO_E_VISuAL_mERCHANDISING_ACIF_30102012.pdf
Acesso em 06 set. 2016.

PESquISE: imagens de vitrines. Há infinitas possibilidades de composição cenográfica para


vitrines, nos mais diversos estilos, com as mais variadas técnicas e contextos. Oriente a sua
pesquisa pelos contextos regional, nacional e mundial.
68

Referências
ARTEREVISTA, v.1, n.1, jan/jun 2013, p. 1-25.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. São Paulo, Companhia das Letras, 2008.

CARVALHO, A.S. (André Latorre), MALANGA, E.B. “Cenografia: uma história em construção”. ARTEREVISTA,
v.1, n.1, jan/jun 2013, p. 1-25.

DIAS, R.M.A. e BARBOSA, A.M. A CENOGRAFIA NOS DESFILES DE mODA. Dissertação de Mestrado defendida
no programa de pós-graduação Stricto Sensu em Design. Universidade Anhembi Morumbi. Edição Especial,
2009. Educação Gráfica, 2009.

HOWARD, Pamela. O que é cenografia? SESC Livros, 2015.

NERO, Cyro Del. A Arte da Cenografia e Coreografia Equilibrada com a música. Disponível em: <http://www.
fashionbubbles.com/arte-e-cultura/15089/>

SILVA, Elaine Rodrigues. Encenação e Cenografia para Dança 2. Disponível em < http://www.iar.
unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/dan%E7a/Pesquisa/iluminacao_e_cenografia_para_danca.pdf >. Acesso em
10 de Novembro de 2016.

URSSI, N.J. A linguagem cenográfica. Dissertação apresentada ao Departamento de Artes Cênicas, Escola
de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do Título de
Mestre em Artes. Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação. São
Paulo, 2006.

VITRÚVIO. Tratado de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2015.

BIBLIOGRAFIA COmPLEmENTAR
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Terezinha de Faria. – São Paulo: Cengage Learning, 2013.

BARDI, P. M. História da Arte Brasileira. São Paulo Melhoramentos. 1981.

BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BETTON, G. Estética do Cinema. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

COSTA, A. Compreender o Cinema. Rio de Janeiro: Ática, 1987.

GOLDBERG, R. A arte da performance: do Futurismo ao Presente. (trad. Jefferson Luís Camargo). São Paulo:
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GOMBRICH, Ernst. A história da arte. 16ª ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 2013.
69

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MACHADO, Arlindo. Arte e mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.

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PANOFSKY, E. Renascimento e renascimentos na arte ocidental. Lisboa: Ed. Presença, 1981.

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http://www.currituck.k12.nc.us/cms/lib4/NC01001303/Centricity/Domain/121/Greek_Theatre_Terms.pdf
Acesso em: 20 jul. 2016

http://www.educacaografica.inf.br/wp-content/uploads/2011/06/0013Regina.pdf
Acesso em 06 set. 2016

http://www.historiadaarte.com.br/linhadotempo.html Acesso em: 20 jul. 2016

http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/dan%E7a/Pesquisa/iluminacao_e_cenografia_para_danca.pdf
Acesso em: 20 jul. 2016

http://www.octavioloureiro.com.br/aulas/2010-PER-apostila%203.pdf Acesso em: 20 jul. 2016

http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/10/2014_04_07_BO_Dez_Varejo_
VitrinismoModa_pdf.pdf Acesso em: 20 jul. 2016

http://www.simonsen.br/eja/arquivos-pdf/artes-1und.pdf Acesso em: 20 jul. 2016

http://www6.fau.usp.br/dephistoria/labtri/2.10livros.html Acesso em: 05 set. 2016

https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/49115/mod_resource/content/0/vitrinismo_recursos.pdf Acesso em: 20


jul. 2016

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