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Tecn Química Prod Celulose1-Lato Sensu
Tecn Química Prod Celulose1-Lato Sensu
2
Tecnologia e Química da Produção de Celulose
Descrição do Curso (1)
¾ Literatura
3
Tecnologia e Química da Produção de Celulose
Descrição do Curso (2)
4
Tecnologia e Química da Produção de Celulose
Descrição do Curso (3)
5
Literatura
• CASEY, James P. Ed. Pulp and paper chemistry and chemical technology. Volume 1. 3ª Ed.
New York, Willey Interscience-John Wiley & Sons, 1980. 820p.
• GRACE, T.M. & MALCOLM, E.W. Ed. Pulp and paper manufacture. Volume 1: Alkaline pulping.
Atlanta, TAPPI, 1989. 637p.
• RYDHOLM, Sven V. Pulping processes. New York, Interscience Publishers, 1965. 1269p.
• D’ALMEIDA, Maria Luiza O. Ed. Celulose e papel. Volume 1: Tecnologia de fabricação de
pasta celulósica. São Paulo, SENAI-IPT, 1981. 492p.
• BIERMANN, Christopher J. Handbook of pulping and papermaking. New York, Academic
Press. 1996. 754p.
• SÖSTRÖM, Eero. Wood chemistry: fundamentals and applications. New York, Academic
Press, 1981. 223p.
• GOMIDE, J.L. Polpa de celulose: química dos processos alcalinos de polpação. Viçosa, Univ.
Federal, 1979. 50p.
• SMOOK, G.A. Handbook for pulp and paper technologists. Atlanta, TAPPI, 1982. 395p.
• GULLICHSEN, J. & FOGELHOLM, C-J. Chemical pulping. Vol. A. Helsink, Fapet Oy/Tappi,
1999. xc693
6
O Setor Nacional de Celulose e Papel
7
Principais Produtores Mundiais de Papel - 2001
Exportação
Países (Milhões) %
Canadá 9.8 31.0
Estados Unidos 4.5 14.3
Brasil 3.0 9.6
Suécia 2.9 9.1
Chile 2.0 6.3
Finlândia 1.8 5.6
Portugal 1.1 3.5
Indonésia 1.1 3.5
Russia 1.0 3.2
Espanha 0.8 2.5
Outros 3.6 11.3
Fonte: BNDES
11
Evolução da Produção de Celulose
no Brasil
Ano Produção (Ton.) Evolução, %
1950 95.359
1955 146.068 +53
1960 286.437 +96
1965 571.573 +100
1970 777.269 +36
1975 1.352.186 +74
1980 3.096.265 +129
1985 3.715.977 +20
1990 4.351.143 +17
1995 5.935.907 +36
2000 7.463.266 +26
12
Produção Nacional de Celulose
2003
Polpa Celulósica Produção (Ton) %
Polpa Química – Fibra curta 7.098.000 78,3
Branqueada 6.812.000 75,1
Não branqueada 286.000 3,2
Polpa Química – Fibra longa 1.512.000 16,6
Branqueada 86.000 0,9
Não branqueada 1.426.000 15,7
Pasta de Alto Rendimento - PAR 459.000 5,1
TOTAL 9.069.000 100
13
Custo Produção Celulose - 2005
14
Maiores Produtores de Celulose
Brasil - 2003
Produção
Empresas (Ton) %
Aracruz Celulose S.A. 2.223.497 24,23
Klabin S.A. 1.391.216 15,16
Votorantin Celulose e Papel S.A. 1.131.052 12,33
Suzano Bahia Sul 1.033.762 11,27
Cenibra 885.820 9,65
International Paper do Brasil Ltda 436.856 4,76
Ripasa S.A. Celulose e Papel 423.769 4,62
Jari Celulose S.A. 340.977 3,72
Rigesa Celulose, Papel e Embalagens Ltda 210.053 2,29
Norske Skog Pisa S.A. 153.535 1,67
Lwarcel Celulose e Papel Ltda 130.008 1,42
Iguaçu Celulose e Parel S.A. 89.472 0,98
Orsa Celulose e Papel SA 86.229 0,94
15
O Setor Nacional de Celulose e Papel - 2004
Número de empresas: 220 empresas.
Localização: 16 estados e 450 municípios.
Área plantada: 1,5 milhão de hectares.
Eucalipto: 69%.
Pinus: 30%.
Demais: 1%.
Área de florestas nativas preservadas: 1,5 milhão de hectares.
Número de empregos diretos: 100 mil.
Impostos pagos: R$ 2,2 bilhões.
Produção:
Celulose: 9,5 milhões de toneladas.
Papel: 8,2 milhões de toneladas.
Faturamento: R$ 23,1 bilhões.
Exportação: US$ 2,9 bilhões.
Saldo comercial: US$ 2,5 bilhões.
Participação no PIB: 1,4%.
Ranking Mundial:
7º Celulose de todos os tipos.
1º Celulose Fibra Curta de Mercado.
11º Papel.
16
BRACELPA
Maiores Empresas - Receita Operacional Bruta - 2004
57- Brasil 38
20
PPI – Julho 2002
Investimentos no Setor de Celulose e Papel
SBS - 2003
21
Matérias Primas Fibrosas Nacionais
Para Produção de Celulose
José Lívio Gomide
22
Fibras para Papel
¾ Apesar das exigências para diferentes produtos variarem
muito, todas fibras são oriundas de plantas
23
Pátio de Madeira
e de Cavacos
José Lívio Gomide
24
Efeito Custo Transporte no Custo da
Madeira Posto Fábrica
SBS - 2001
25
Resíduos de Madeira
26
Pátio de Madeira
27
Fluxograma das Operações de Preparo da Madeira
FLORESTA
ESTOCAGEM
SERRAGEM DE TORAS
CASCAS
DESCASCAMENTO
ESTOCAGEM
PICAGEM
FINOS
REPICAGEM CLASSIFICAÇÃO
POLPAÇÃO
ESTOCAGEM
POLPAÇÃO 28
Descarregamento da Madeira
29
Descarregamento de Cavacos
30
Pilha de Cavacos
31
Estocagem da Madeira em Cavacos
32
Estocagem de Cavacos
35
Ação de Fungos em Madeira de Eucalyptus
Amostra Densidade Celulose Hemiceluloses Lignina Extrativos
básica, kg/m3
1 Test. 505 47,9 20,9 29,2 2,02
2 496 48,2 21,3 29,1 1,39
3 509 49,2 21,0 28,6 1,36
4 490 48,0 21,2 29,4 1,55
5 509 48,7 21,0 28,9 1,44
6 494 48,3 20,8 29,0 1,93
7 497 48,5 21,3 28,8 1,48
8 506 49,1 21,3 28,1 1,53
9 503 48,2 20,7 29,3 1,71
10 508 48,6 21,4 28,2 1,76
11 497 49,7 20,0 28,6 1,65
12 505 49,4 20,5 28,8 1,52
13 484 47,2 20,1 30,8 1,90
36
GOMIDE, 2006
Estocagem de Cavacos
¾ Recomendações para estocagem de cavacos:
manter altura da pilha abaixo de 15m
restringir espalhamento por trator
monitorar temperatura dos cavacos
minimizar formação de camadas de finos
¾ Problemas da estocagem externa
sopragem dos finos
poluição hídrica por escorrimento
degradação térmica e microbiológica
alguma deterioração ocorre (1% ao mês)
37
Estocagem de Madeira
38
Mecanismos de Deterioração da Pilha de Cavacos
39
FAPET-1999
Descascamento
40
Descascamento da Madeira
¾ Razões para descascamento das toras:
Baixo teor de fibras boas na casca → baixo rendimento
Maior consumo reagentes polpação e branqueamento
Extrativos da casca causam “pitch” e espuma
Lavagem e depuração mais difíceis
Incrustações e células escuras da casca causam maior
sujeira e menor alvura
Propriedades de resistência da polpa prejudicadas
42
Descascador de Tambor
Diâmetro = 2,5-5,5 m
Comprimento = 7-40 m
Velocidade = 6-9 rpm
43
Descascador de Anel
45
Efeito do Teor de Casca no Consumo de Álcali
46
Efeito do Teor de Casca no Rendimento
47
Tempo de Retenção no Descascador vs Eficiência Descascamento
48
Efeito Tempo Secagem e Diâmetro Toras E.
grandis no Descascamento
90
80
Eficiência de descascamento (%)
70
60
50
40
30
20
44 61 75 93 107 121 135
Dias após o corte
Toras Finas Toras Médias Toras Grossas Média
< 10 cm 10-18 cm > 18 cm
70
60
Umidade (%)
50
40
30
20
10
50
Teor Umidade e Poder Calorífico da Casca
51
Poder Calorífico
Madeira 20,5
Casca 21,8
Licor preto 14,7
Gás natural 54,6
Óleo pesado 43,1
GULLICHSEN, J – Chemical Pulping, 1999
52
Produção de Cavacos
53
Produção de Cavacos
¾ Transformar a tora em fragmentos apropriados para
polpação
54
Produção de Cavacos
¾ Picadores de disco
Disco giratório com várias facas na superfície
lateral.
A medida que o fio de corte da lâmina penetra na
madeira, o corpo da faca pressiona o bloco de
madeira até racha-la num plano perpendicular à
lâmina.
A espessura do cavaco depende das propriedades
da madeira e do ângulo de corte da faca.
55
O Preparo do Cavaco - Picador
Alimentação do picador de toras
56
Picador Disco do Picador Ação da Faca
Operação do Picador
57
Efeito Velocidade Corte na Qualidade Cavacos
KOSKINEN – FAPET,
1999
58
Cavacos
Espessura x Comprimento
4,5
Espessura, mm
3,5
2,5
2
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
Comprimento, mm
59
Efeito do Comprimento dos Cavacos
Comprimento Fibras, mm
3
transversal ao eixo.
61
Operações no Pátio de Madeira
¾ Produção de cavacos
¾ Classificação dos Cavacos
Cavacos “aceitos” são separados dos finos e dos
super-dimensionados.
A classificação é feita em peneiras vibratórias com
perfurações ou em peneiras especiais para
classificação por espessura.
Finos são queimados e os super-dimensionados são
repicados.
62
Defeitos de Cavacos
64
Super-Dimensionados
65
Finos
66
Nós
67
Aceitos
68
Resultados de Classificação dos Cavacos
69
Classificação dos Cavacos por Espessura
70
Classificador Plano de Discos
71
Classificador de Discos
72
Classificação Espessura: Rolos c/ sulcos
731999
KOSKINEN – FAPET,
Características do Cavacos de Boa Qualidade
¾ Dimensões adequadas:
Impregnação uniforme
Polpação uniforme
Espessura controla impregnação
A superfície é mais cozida (espessura aumenta diferença)
Dimensões ideais Eucalyptus: 4-6 mm
Espessura aceita industrialmente: 2-8 mm
75
Dimensão dos Cavacos (2)
76
Classificação dos Cavacos
SCAN-CN 40:94
77
Classificação dos Cavacos
Norma SCAN-CM 40:94
78
Classificação Cavacos Industriais
79
Especificações de Qualidade dos Cavacos
¾ Umidade: 45 - 55%
¾ Casca: < 0,5%
¾ Distribuição por Tamanho, %:
¾Super Dimensionados 4
¾Retidos em 1-1/8” (28,6mm) 7
¾Retidos em 7/8” (22,2mm) 25
¾Retidos em 5/8” (15,9mm) 30
¾Retidos em 3/8” (9,5mm) 25
¾Retidos em 3/16” (4,8mm) 8
¾Atravessa 3/16” 1
¾ Plástico: Não 80
Normas Avaliação Qualidade Cavacos
Avaliação Normas
Amostragem Cavacos Transportador TAPPI RC-84
Umidade dos Cavacos TAPPI T-3, RC-88, 89, 91; TS-CPPA G.1
Densidade a Granel dos Cavacos TAPPI T-21, RC-90, 91, 228, 229
81
O Preparo dos Cavacos - Classificação
82
Casca e Lascas (Caldeira) Finos (Caldeira)
O Preparo do Cavaco - Pátio de cavacos
84
Estrutura 3-D do Papel
85
Desenvolvimento Tecnológico
1798 - Invenção da máquina de papel contínua (França)
1803 - Máquina Fourdrinier (Inglaterra)
1809 - Máquina de papel de cilindros
1817 - Primeira máquina de cilindros na América
1827 - Primeira Fourdrinier na América
1840 - Processo de Pasta Mecânica (Alemanha)
1854 - Processo Soda (Inglaterra)
1865 - Recuperação no Processo Soda
1867 - Processo Sulfito (USA)
1884 - Processo Kraft (Alemanha)
1911 - Primeira fábrica kraft nos EUA
1928 - Melhoria caldeira recuperação kraft
1946 - Branqueamento com Dióxido de Cloro, branqueamento em
múliplos estágios. 86
O Que é Polpação ?
¾ Polpação é o processo utilizado para transformar a
madeira em uma massa de fibras individualizadas.
Processo Rendimento, %
Mecânico 95-99
Termomecânico e Quimiomecânico 85-95
Semi-Químico 65-85
Químico de Alto Rendimento 50-65
Químico 40-50
Químico para Polpa Solúvel 30-40
88
Classificação dos Processos de Polpação
- pH -
Processo pH
=
Ácido (SO3 e SO2) 1-3
-
Bissulfito (HSO3 ) 4,5
= =
Sulfito Neutro (CO3 e SO3 ) 6-8
Alcalino (NaOH ou NaOH+Na2S) 11-14
89
Cátions Utilizados nos Processos de Polpação
Cátions pH
Sódio 1 a 14
Magnésio 1a5
Cálcio 1a3
Amônio 1a3
90
Pasta Mecânica
¾ Usa energia mecânica com pequena quantidade ou
sem reagente químico.
91
Desfibrador de Pedra
G
F
D
AA
C B
93
LIBBY - 1962
Desfibrador de Discos
94
Perfil Temperatura – Pasta Mecânica
A – Desfibrador laboratório
B – Desfibrador industrial Great Norther
95
ATACK & PYE - 1964
Zona de Desfibramento – Pasta Mecânica
96
ULLMAN - 1975
Pasta Mecânica
¾ A quase totalidade dos constituintes da madeira é
mantida
97
Pasta Mecânica
¾ Baixo comprimento médio dos pedaços de fibras,
fibras rígidas, alto bulk e boa opacidade.
98
Usos da Pasta Mecânica
¾ Papel Jornal
99
Polpação Semi-Química
100
Polpação Semi-Química
¾Principais processos:
Sulfito Neutro Semi-Químico (NSSC)
Na2SO3 + Na2CO3
Semi-mecânico
Kraft de Alto Rendimento
101
Características dos Processos
Semi-Químicos
¾ Rendimento de 55-90%
¾ Em 75% rendimento → alta rigidez
¾ Baixa demanda de energia no refino
¾ Recuperação dos reagente é necessária, sendo
possível recuperação em fábrica kraft.
¾ Produtos:
corrugado
102
Polpa Química - “Celulose”
¾ Principais processos:
¾Kraft
¾Soda
¾Sulfito
103
Polpa Química de Celulose
¾ +93% da produção nacional é de polpa química
¾ Processo Kraft
NaOH e Na2S
Processo dominante no Brasil e no mundo
97,3% da produção nacional de pasta química
¾ Processo Soda
NaOH
¾ Processo Sulfito
Sulfito Ácido: pH 1-2 H2SO3 e HSO3-
Bisulfito: pH 3-5 HSO3-
104
Polpação Sulfito
• Rendimento para conífera é 45-55% (pouco superior
que kraft)
• Produz polpa clara e fácil de branquear
• Resistência inferior à da kraft
• Recuperação dos reagentes mais difícil
• Sensível a espécies de madeira
105
Polpa Solúvel
¾ Utilizada para conversão química em outros produtos:
Viscose, rayon (filmes, filamentos)
reforço para pneus e correias, tecido, embalagem (celofane),
tripa para linguiça
Acetato (filamento)
filtro de cigarro
Nitratos
explosivos, filmes
Esteres
carboximetil celulose (CMC)
- detergentes, cosméticos, comida, lama de perfuração
etil celulose
- revestimentos e tintas
106
Polpa Solúvel
¾ Características indispensáveis:
elevado teor de celulose (95-98%)
Baixo teor de hemiceluloses
Baixíssimo teor de lignina residual
Baixo teor de extrativos e elementos minerais
Distribuição uniforme do peso molecular
¾ Processos:
sulfito
pré-hidrólise kraft
107
O Processo Kraft de
Produção de Celulose
José Lívio Gomide
108
Processo de Polpação Kraft
Datas Históricas
109
Celulose Kraft
110
Caracterização da Indústria Moderna de
Celulose e Papel
¾ Indústria de Elevado Capital
¾1 000 tpd é o tamanho mínimo para uma fábrica
de celulose kraft branqueada
¾US$ 800 - 1 000 milhões
¾opera 24 horas por dia, 350 dias/ano
¾ Indústria Integrada
Florestas ⇒ Celulose ⇒ Papel (retorno máximo)
111
Vantagens e Desvantagens do Processo Kraft
¾Vantagens:
Grande flexibilidade quanto à madeira
Ciclos de cozimentos mais curtos que Soda e Sulfito
Polpa pode ser branqueada a altos níveis de alvura
Pode ser usado para madeiras resinosas
Produz polpas de alta resistência
Produz subprodutos valiosos (tall oil e terebintina)
Eficiente sistema de recuperação dos reagentes
¾Desvantagens:
Alto custo de investimento
Inevitável poluição odorífica
Baixa alvura da polpa
Baixo rendimento de polpação
Alto custo de branqueamento
112
A Dominância do Processo Kraft
Brasil - 1998
113
PROCESSO KRAFT
FÁBRICA DE CELULOSE KRAFT
Constituída, basicamente, de:
114
BALANÇO GERAL
Emissões Aditivos
Aéreas Vapor
Madeira Papel
Fábrica de Máquina de
Água Papel
Celulose
Insumos
Químicos
Celulose
Resíduos Efluentes Efluentes
Sólidos Líquidos Líquidos
115
Resíduos de uma Moderna Fábrica de
Celulose Kraft, Kg/TSA - (2002)
Poyry
118
Margens de Lucro – Produção Básica e Expansão
119
SMMOK - 1989
Características da Polpação (1)
¾ Rendimento
tonelada de polpa / tonelada de madeira
¾ Número kappa
medida do teor de lignina residual na polpa.
% lignina na polpa = 0,15 x número kappa
¾ Viscosidade
GP da celulose e hemiceluloses na polpa
dissolução da polpa em etilenodiamina cúprica
(EDC) e determinação da viscosidade da solução.
120
Número Kappa
121
Diagrama Conversão Lignina Residual
JENSEN – 122
FAPET,1999
Determinação da Viscosidade
123
Diagrama Conversão Viscosidade e GP
JENSEN – 124
FAPET, 1999
Características da Polpação (2)
¾ Rejeitos
fibras não separadas e fragmentos de cavacos
¾ Sujeira
impurezas escuras na polpa
¾ Refinabilidade
medida de drenabilidade da polpa
Grau Schopper Riegler
Canadian Standard Freeness (CSF)
¾ Resistências
tração, arrebentamento, rasgo
125
Refino da Polpa Celulósica
Refino
126
Utilização da Polpa Kraft
127
Ciclo Simplificado do Processo Kraft
GRACE, T. M.
128
doFluxograma do Ciclo de Recuperação Kraft
Água de Lavagem
TANQUE DE
Licor Branco DISSOLUÇÃO DE FUNDIDO
Fraco
Licor Branco Licor Verde
(NaOH, Na2S) PLANTA DE (Na2 CO3, Na2S)
CAUSTIFICAÇÃO
129
GREEN E ROUGH
Processo Kraft
CAVACOS Água
Dregs Lavador de
Evaporadores Clarificador
Condensado Dregs
Licor Verde
Contaminado
Tanque Licor Caldeira Fundido Tanque de Licor Branco
Negro Forte Recuperação Fraco
Dregs
Dissolução
130
Source: Handbook for Pulp and Paper Technologists. G.A. Smook. 1989.
Fluxograma do Processo Kraft
TORAS DESCASCADOR
CAUSTIFICADOR
PICADOR
FORNO DE CAL
CaCO3
DIGESTOR TANQUE DE DISSOLUÇÃO
ADIÇÃO DE Na2SO4
PENEIRA DE NÓS
EVAPOR. C. D.
ÁGUA DE LAVADOR
LAVAGEM EVAPOR. M. E.
DEPURADOR
TANQUE DE OXIDAÇÃO
REJEITOS ESPESSADOR
ESTOCAGEM
131
Diagrama Simplificado dos Ciclos da Recuperação
Química do Processo Kraft
132
FAPET-1999
Características de Resíduos Sólidos
Características Lodo Casca
Ativado Cinzas Dregs Grits Eucalyptus
pH 8,3 12,5 11,7 12,4 6,2
134
Constituição do Licor de Cozimento Kraft
135
Composição Típica de
Licor Branco Kraft
136
Licor de Cozimento Kraft
1) NaOH + H2O ↔ Na+ + OH- + H2O
2) Na2S + H2O ↔ 2Na+ + S2- + H2O
3) S2- + H2O ↔ HS- + OH-
4) HS- + H2O ↔ H2S + OH-
5) Na2CO3 + H2O ↔ 2Na+ + CO32- + H2O
6) CO32- + H2O ↔ HCO3- + OH-
138
Equilíbrio das Reações de Dissociação do Sulfeto
pKa2=13,5
H2 S pKa1=7 H+ + HS- 2H+ + S=
139
Diagrama de Bjerrum do Licor de Cozimento Kraft
140
Reagentes da PolpaçãoKraft
141
Termos Padrões Utilizados na Polpação Alcalina
Sais de Sódio Expressos como NaOH ou Na2O
Norma Tappi 1203 os-61
Conceitos:
Álcali Total, g/l: NaOH+Na2S+Na2CO3+ 1/2Na2SO3
Álcali Total Titulável, g/l: NaOH+Na2S+Na2CO3
Álcali Ativo, g/l: NaOH+Na2S
Álcali Efetivo, g/l: NaOH+1/2Na2S
Sulfidez, %: Na2S/(NaOH+Na2S)
143
Conversão Química
144
Conversão Química
145
Massas Molares e Fatores de Conversão
Composto Fórmula Massa Massa Equiv. Fator Conv. Fator Conv. Na2O
Molecular Na2O para Na2O p/ Composto
Óxido sódio Na2O 62 62 1,000 1,000
Hidróxido sódio NaOH 40 80 0,775 1,290
Sulfeto sódio Na2S 78 78 0,795 1,258
Sulfeto ácido sódio NaHS 56 112 0,554 1,806
Carbonato sódio Na2CO3 106 106 0,585 1,710
Sulfato sódio Na2SO4 142 142 0,437 2,290
Tiossulfato sódio Na2S2O3 158 158 0,392 2,550
Sulfito sódio Na2SO3 126 126 0,492 2,032
146
Cálculos Álcali Ativo e Efetivo
147
Impregnação dos Cavacos na
Produção de Polpa Celulósica
148
Estrutura Anatômica da Madeira de Folhosa
149
Estrutura Anatômica do Cavaco
150
Etapas da Cinética da Polpação Kraft
Impregtnação
¾Transporte íons licor cozimento p/ superfície cavacos
¾Difusão dos íons para o interior dos cavacos
¾Reações químicas entre íons e componentes madeira
¾Difusão produtos reações para exterior dos cavacos
¾Transporte produtos reações para licor de cozimento
151
Impregnação dos Cavacos
Características Anatômicas e Químicas da Madeira
152
Impregnação dos Cavacos
153
Impregnação dos Cavacos
154
Diferenças entre Penetração e Difusão do Licor na Madeira
Penetração Difusão
• Ocorre através de vasos e lúmens • Ocorre por difusão em água
das fibras, traqueídeos e
parênquimas, via pontuações
• Máxima em madeira seca • Máxima em madeira saturada de
água
• Eficiente em longas distâncias na • Eficien te apenas em curtas
direção longitudinal distâncias
• Não é efetiva perpendicularmente à • Efetiva perpendicularmente à
direção das fibras direção das fibras
• Grande dife renças entre • Pequenas diferenças entre
cerne/alburno, diferentes espécies, diferentes tipos de madeira
folhosas/coníferas, primavera/verão
• Pouco sensível à composição do • Muito sensível à composição do
licor licor
155
Penetração e Difusão na Impregnação
Hartler
156
Impregnação dos Cavacos - Considerações
157
FAPET-1999
Efeito do Tamanho dos Cavacos
¾ Três Dimensões
¾ Comprimento
¾ Espessura
¾ Largura
¾ Penetração Uniforme do Licor
Largura
Comprimento
Espessura
158
Penetração do Licor no Cavaco
159
Penetração Licor Cozimento – Efeito Densidade Básica
4,2
4,1
4
% NaOH
3,9
3,8
3,7
3,6
400 430 460 490 520 550 580
Densidade ( Kg/m³)
160
Concentração AE na Superfície e Centro Cavacos
161
Impregnação dos Três Planos dos Cavacos
162
Taxas de Penetração do Licor
0,6
0,5
0,4
ECCSA
0,3
Comprimento
0,2
0,1 Espessura
0
9 10 11 12 13 14
pH STONE (Tappi, 1957)
ECCSA – Effective Capilary Cross Sectional Area (Área Transversal de Capilaridade Efetiva)
Relação entre a condutividade da madeira saturada de licor e a condutividade do licor.
É uma boa estimativa da taxa de difusão do licor no interior dos cavacos. 163
Impregnação Cavacos Eucalyptus - Fatores
Amostragem
Campo
Picagem
ETAPA I ETAPA II ETAPA III
Homogeneização
Quarteamento
430
Determinação 550
DB = Kg/m3
164
Marcelo Costa – ABTCP, 2004
Estudo Impregnação dos Cavacos
A B C D E
R2 = 96,17%
Onde:
Y = NaOH no Corte C, % b.m.s.
t = tempo, min
T = Temperatura, °C
AE = Álcali efetivo, g NaOH/l
DB = Densidade básica, kg/m³
Conclusões
Análise de correlações evidenciou:
-Mecanismo impregnação/neutralização da madeira pode ser
explicado por modelo matemático (tempo, temperatura, álcali,
Db)
-AE apresentou a maior influência
-Db não interferiu significativamente na impregnação
167
Espessura Cavacos - Kraft de Conífera
1681999
GULLICHSEN – FAPET,
Variáveis da Polpação Kraft
Associadas com o Processo
José Lívio Gomide
169
Fundamentos da Polpação Kraft
Lignina Carboidratos
1/3 2/3
OH¯
SH¯
171
Variáveis Associadas com o Processo
¾ Carga de Álcali:
Álcali Ativo (AA)
Álcali Efetivo (AE)
172
Definição da Carga de Álcali
173
Cálculos do Licor Branco
Reagentes do Licor Branco:
NaOH = 85 gpl c/ Na2O
Na2S = 27 gpl c/ Na2O
¾ Carga de Álcali
Expressa o peso de álcali em percentagem do peso de madeira
Expressa por AA ou AE - AE relaciona melhor com resultados (?)
Depende cavacos, sulfidez, tempo, temperatura e produto desejado
Valores muito variados, AA c/ Na2O: ~13 a 16% para folhosas
~ 15 a 20% para coníferas
Kappa depende objetivo: rendimento, branqueamento, resistências
Carga deficiente não pode ser compensada por tempo ou temperatura
175
Variáveis Associadas com o Processo
176
Definição da Carga de Álcali
Reagentes Químicos Ativos no Processo Kraft
NaOH + NaSH
177
Cálculo do Álcali Efetivo
19 % AA corresponde a quanto de AE ?
É preciso estabelecer a sulfidez. Suponhamos 24%
19% AA com 24% sulfidez:
4.56 % Na2S
14.44% NaOH
AE = NaOH + ½ Na2S
AE = (14.44 + 4.56/2)
AE = 16.7%
% AE = % AA (1 - %S ÷ 200 )
% AE = 19 (1 - 24 ÷ 200 )
% AE = 16.72
179
Número Kappa vs Carga de Álcali
180
Consumo de Álcali e Remoção de Lignina
Cozimento Kraft
OSON, T.
181
Consumo Álcali vs Teor Lignina (Pinus e Birch)
182
FAPET-1999
Cargas Alcalinas Usuais
Branqueável Linerboard
Coníferas
Kappa 30 80-100
% AA 19 16
% AE 16 14
Folhosas
Kappa 17 ---
% AA 17 ---
% AE 14,5 ---
183
Precipitação da Lignina
Kappa gain
30
25 90 C
20 130 C
15 150 C
10
5
0
10 11 12 13
Pulping pH
COLODETTE - 2001
184
Precipitação da Lignina
(160oC)
40
35
30
25
Kappa
20
15
10
0
9 10 11 12 13 14
pH
GOMIDE, 2002
185
Concentração dos Reagentes
186
Variáveis Associadas com o Processo
¾ Concentração de Álcali
Concentração alcalina é determinada pela carga de álcali e relação L/M
Reações com carboidratos e lignina dependem da concentração NaOH
Grande consumo de álcali início cozimento → necessidade alta carga
Ideal uniformidade durante cozimento
- injeções periódicas de álcali
- uniformidade sugerida: ± 15 g/L (?)
Concentração alcalina determinada por condutividade (indústria)
Carga alcalina é influenciada pela diluição: L/M geralmente 2,5-4/1
Baixa L/M → menos energia p/ aquecimento, licor negro mais concentrado
187
Sulfidez
188
Efeito da Sulfidez - Eucalyptus
18,0% AE
50 48,7 170oC
90min TTT
50min TAT
Número Kappa
40
30
20
21,0
17,9 17,3
10
0 10 20 30 40
Sulfidez, %
GOMIDE, 2004
189
Variáveis Associadas com o Processo
¾ Sulfidez
Até 20% (folhosa) ou 25% (conífera) acelera deslignificação, acima
estabiliza
Geralmente 25-30%. Tendência tem sido aumento de sulfidez
(Poluição ?)
Sistema recuperação industrial consegue atingir até 40%
Alta sulfidez causa maior poluição odorífica
Menor sulfidez → necessidade mais álcali → maior degradação
celulose
Comparações cozimento soda e kraft
Razões da inferioridade da celulose soda
190
Benefícios da Sulfidez
191
Comparações entre os Cozimentos Soda e Kraft
192
Efeito da Sulfidez na Polpação Kraft
Folhosa e Conífera
193
Seletividade do Processo Kraft
Efeito do Álcali e Sulfidez
NORDÉN 194
Número Kappa vs Rendimento vs Álcali
Processo Kraft - Pinus
GULLICHSEN 195
– FAPET, 1999
Metil Mercaptana
2
2
y = 0,0006x + 0,0313x + 0,0019
CH3SH, Kg/Ton Polpa
2
R = 0,9998
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Sulfidez, %
GOMIDE, J.L.
196
Variáveis Associadas com o Processo
¾ Tempo e Temperatura
-Variáveis interdependentes
-Para Eucalyptus, impregnação deve ser completada até 140°C
-Na faixa 160-180°C, temperatura tem grande efeito na deslignificação
e degradação dos carboidratos
-Acima 180°C pouco seletiva → maior degradação dos carboidratos
que da lignina
-Geralmente usa-se 165-175°C
-Tempo mais longo e temperatura mais baixa → Maior rendimento e
melhores resistências
197
Gráfico Típico (Batch)
Tempo X Temperatura
200
Temperatura, °C
180
Descarga
160
140
120
100
80
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo, horas
198
Perfil de Temperatura
¾ Se elevação da temperatura é muito rápida:
cozimento desuniforme.
¾ Temperatura máxima deve ser menor que 180°C.
Acima de 180°C:
- perda de resistência
- menor rendimento
Temperatura máxima
Temperatura
TTT
TAT
Tempo
199
Fator H
¾ Fator H é a combinação de Tempo e Temperatura
¾ Exemplo:
Temperatura = 170oC
Taxa de reação = 921
Tempo = 1,5 hora
Fator H = 921 x 1,5 = 1.382
200
Remoção Lignina vs. Fator H (Pinus e Birch)
VIRKOLA –201
FAPET, 1999
Efeito do Fator H no Teor de Lignina Residual
Pacini, P. 202
Fator H - Deduções (1)
¾ A reação de deslignificação é determinada pela velocidade relativa da
reação que depende diretamente da temperatura.
¾ A deslignificação da madeira é função da velocidade relativa de reação e
do tempo de reação.
¾ Vroom, 1957: Expressou tempo e temperatura numa única variável
Fator-H
¾ O Fator-H é calculado com base na área sob a curva da velocidade
relativa de reação em função do tempo, em horas.
203
Fator H - Deduções (2)
¾ Diferentes combinações de tempo e temperatura, para um mesmo fator
H e demais condições de cozimento constantes, resultam em números
kappa semelhantes:
205
Velocidades Relativas para Cálculo do Fator H
Temperatura Velocidade Temperatura Velocidade Temperatura Velocidade
°C Relativa °C Relativa °C Relativa
100 1,0 130 24,9 160 397,8
101 1,1 131 27,5 161 433,4
102 1,3 132 30,4 162 472,0
103 1,4 133 33,5 163 513,9
104 1,6 134 36,9 164 559,2
105 1,8 135 40,7 165 608,3
106 2,0 136 44,8 166 661,5
107 2,2 137 49,3 167 719,1
108 2,5 138 54,3 168 781,3
109 2,8 139 59,7 169 848,7
110 3,1 140 65,6 170 921,4
111 3,5 141 72,1 171 1.000,1
112 3,8 142 79,2 172 1.085,1
113 4,3 143 86,9 173 1.176,9
114 4,8 144 95,4 174 1.275,9
115 5,3 145 104,6 175 1.382,8
116 5,9 146 114,7 176 1.498,1
117 6,6 147 125,7 177 1.622,5
118 7,3 148 137,7 178 1.756,6
119 8,1 149 150,8 179 1.901,1
120 9,0 150 165,0 180 2.056,7
121 10,0 151 180,6 181 2.224,3
122 11,1 152 197,4 182 2.404,8
123 12,3 153 215,8 183 2.599,0
124 13,6 154 235,8 184 2.807,9
125 15,1 155 257,5 185 3.032,6
126 16,7 156 281,2 186 3.274,2
127 18,5 157 306,8 187 3.533,8
128 20,4 158 334,7 188 3.812,8
129 22,6 159 365,0 189 4.112,5
206
Cálculos Fator H (1)
207
Cálculos Fator H (2)
208
Cálculos Fator H (3)
209
Cálculos Fator H (4)
210
Cálculos Fator H (5)
211
Viscosidade
Viscosidade 212
Fator G
Fator-G → mesmo princípio Fator-H
213
Velocidades Relativas para Cálculo do Fator G
Kubes, G. J. et al.
Temperatura Velocidade Temperatura Velocidade Temperatura Velocidade
°C Relativa °C Relativa °C Relativa
100 1 130 73 160 2.960
101 1 131 84 161 3.320
102 1 132 95 162 3.720
103 2 133 109 163 4.170
104 2 134 124 164 4.670
105 2 135 141 165 5.220
106 2 136 160 166 5.840
107 3 137 182 167 6.530
108 3 138 207 168 7.300
109 4 139 235 169 8.150
110 4 140 267 170 9.100
111 5 141 303 171 10.200
112 6 142 343 172 11.300
113 7 143 389 173 12.600
114 8 144 440 174 14.100
115 9 145 498 175 15.600
116 11 146 636 176 17.400
117 12 147 673 177 19.400
118 14 148 718 178 21.600
119 16 149 811 179 26.000
120 19 150 915 180 29.600
121 22 151 1.030 181 32.800
122 25 152 1.160 182 40.300
123 28 153 1.310 183 44.700
124 33 154 1.470 184 49.500
125 37 155 1.660 185 54.800
126 43 156 1.860 186 60.100
127 49 157 2.090 187 54.800
128 56 158 2.350 188 60.700
129 64 159 2.640 189 67.200 214
Taxas de Fator H e Fator G em Várias Temperaturas
215
Degradação da Madeira e Consumo de Álcali - Kraft
¾Cozimento de Conífera:
Rendimento = 47%
Sulfidez = 30%
Álcali Consumido = 14% c/ Na2O
Lignina Residual = 3% (kappa 20)
¾Degradação da Madeira:
Total = 53%
• Carboidratos = 24%
• Lignina = 24%
• Extrativos = 3%
• Grupo Acetila = 2%
¾Consumo de Álcali:
Carboidratos = 60-65%
Lignina = 20-25%
Grupo Acetila = 5%
216
Efeito dos Parâmetros de Cozimento
217
Efeito da Carga de Álcali e Temperatura na
Polpação Kraft de Eucalyptus
ABTCP 2000 – GOMIDE & COLODETTE
Conclusão Geral:
“Cozimento com alto álcali não apenas irá
aumentar o custo total de produção da linha
de fibras mas, também, penalizará a
produção, a capacidade de recuperação e a
qualidade da polpa.”
220