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Escola Municipal Marilda S.

Almeida
9º Ano

Ensino Religioso

Alisson Santos da Silva

Aborto

LAJE-BA
NOVEMBRO-2018
Escola Municipal Marilda S. Almeida
9º Ano

Ensino Religioso

Alisson Santos da Silva

Aborto

Trabalho solicitado pelo professor


Osvani para mérito na disciplina
de Religião.

LAJE-BA
NOVEMBRO-2018
Aborto

Perspectiva:

Política: Entre o começo da transição democrática e a democracia de hoje –


a partir de 1985. Nessa etapa, a discussão sobre aborto também é dividida em dois
momentos. O primeiro abrange um pequeno período, de 1985 a 1989, que
corresponde à importante fase da denominada transição democrática, com o fim da
ditadura militar no país. O segundo refere-se à democratização política, em que se
aperfeiçoam as instituições, por meio da Assembléia Nacional Constituinte,
estabelecendo-se o Estado Democrático de Direito. Nessas duas fases, as
discussões e decisões sobre a questão do aborto refletem diferentes momentos
políticos e ambas espelham avanços, se comparadas com a etapa do Estado
autoritário.

Na fase de 1985 a 1989, iniciou-se uma transformação nas características do


Estado brasileiro e intensificou-se a atuação da sociedade civil. Em relação aos
direitos das mulheres, estes entraram na agenda política dos poderes Executivo e
Legislativo e novos direitos foram assegurados na Constituição de 1988. Nesse
contexto, o debate sobre aborto começou a assumir uma nova dimensão e,
inclusive, a refletir enfrentamentos mais acentuados entre as feministas e as
entidades religiosas, sobretudo a hierarquia da Igreja Católica.

Com o fim da ditadura militar, em 1985, as mulheres ampliaram sua luta para
ocupar espaços políticos na esfera do Executivo e, nesse cenário, foi criado o
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Logo em seu início, esse
exerceu um importante papel mobilizador dos movimentos de mulheres, inclusive do
movimento feminista, em relação à Assembléia Nacional Constituinte – durante sua
preparação, em 1986, e no processo constituinte, em 1987 e 1988. Nesse quadro,
destaca-se a Carta das Mulheres, documento dirigido aos constituintes, contendo
princípios e reivindicações, entre eles o direito à interrupção da gravidez (questão
acordada no processo constituinte para não ser submetida àquela Assembléia). Em
tal processo foram também incorporadas resoluções da 1ª Conferência Nacional de
Saúde e Direitos da Mulher, chamada pelo Ministério da Saúde e realizada em 1986
(ROCHA, 1993).

Quanto ao debate no Legislativo, a discussão sobre a questão do aborto


entrou na Constituinte pelas mãos da Igreja Católica, para proibi-lo em todas as
circunstâncias e, em grande parte, recebeu apoio de parlamentares evangélicos. O
tema gerou um intenso debate em diversos momentos daquele processo, mas
acabou não sendo contemplado na nova Carta – exatamente devido à sua
característica controversa. Ainda em relação ao debate no Legislativo, agora quanto
às suas atividades ordinárias, foram apresentados quatro projetos – dois em 1986 e
dois em 1988 – que detinham uma visão restritiva em relação ao aborto. Dois deles
apontam para o início de uma reação conservadora à discussão sobre aborto na
sociedade e mesmo no Congresso, neste caso reagindo aos dois projetos de lei
mais liberais, referidos na etapa anterior.

No âmbito da sociedade civil, essa fase foi fortemente marcada pela


preparação da Constituinte e, sobretudo, pelo seu próprio processo. Os dois
principais atores políticos e sociais envolvidos na discussão da questão do aborto –
o movimento feminista e a Igreja Católica – não somente se prepararam, como
também atuaram, direta ou indiretamente, em todas as etapas da Constituinte sobre
este e outros assuntos de suas agendas políticas.

Já a partir de 1989, iniciou-se uma nova fase na configuração do Estado e da


sociedade no Brasil. A Constituição de 1988 abriu as portas para um conjunto de
transformações a serem realizadas a partir da atuação do Executivo, do Legislativo e
do Judiciário, e a sociedade civil passou a ter importantes instrumentos de controle
social, ou seja, de controle da sociedade sobre o Estado. A experiência da
democracia acabou por trazer algumas significativas mudanças na feição das
discussões e decisões sobre os direitos das mulheres e, nesse quadro, sobre a
questão do aborto – intensificando-se amplamente esse debate. Antes de elencar
relevantes decisões e medidas nesse campo, é interessante ressaltar que parte da
discussão que se desenvolveu nesse período, sobretudo a partir de 1993, teve como
importante referência a participação do Brasil na Conferência Internacional de
População e Desenvolvimento, realizada no Cairo, em 1994, e na Conferência
Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim, em 1995.
Religiosa: O Judaísmo considera que o feto ou embrião não tem o estatuto de
"pessoa" antes do nascimento. Este estatuto secundário é consequência
da Torá onde é indicado que deve ser paga uma compensação monetária por quem
provocar um aborto, uma situação não equiparável à retirada de uma vida humana.
Diversas correntes atuais do Judaísmo aceitam apenas o aborto no caso de perigo
de vida da mulher enquanto outras permitem-no em situações mais abrangentes por
decisão da mulher com apoio de terceiros nesta escolha.

O Islã permite o aborto nos casos em que está em causa a vida da mulher.


Dependendo das correntes pode ser ou não aceitável a sua utilização em outras
situações. A maior parte do islamismo considera o aborto permissível apenas
quando a vida da mulher está em risco ou em casos de estupro. como até aos 120
dias de gestação o feto ou embrião tem um estatuto de vida similar a animais ou
plantas esse momento é considerado o limite para a prática do mesmo por correntes
islâmicas majoritárias,

Embora não haja consenso no Budismo quanto ao aborto, a maior parte de


seus seguidores considera uma quebra do preceito de não tirar a vida. Fontes
budistas tradicionais,como o código monástico budista, apontam que a destruição
deliberada da vida é uma grave quebra de preceitos. O atual Dalai Lama considera o
aborto errôneo, mas considera que pode haver exceções que o justifiquem. Mesmo
quando o aborto é feito para salvar a vida da mulher,ele quase sempre é visto como
causando sofrimento e carma negativo.

Embora o Hinduísmo seja claro a classificar o aborto como um ato


abominável, na prática a Índia permite parcialmente o aborto desde 1971 sem que
este fato tenha levantado celeuma entre as autoridades religiosas, no entanto a
utilização do aborto como forma de seleção do sexo da criança levou o governo a
tomar medidas em 1994 contra esta prática em particular. Muitas das
culturas nativas norte-americanas têm uma visão extremamente centrada na mulher
nas questões reprodutivas sendo o aborto uma opção válida para garantir uma
maternidade responsável. No caso do Taoismo e Confucionismo, sexo e prazer
sexual devem ser celebrados mas com atenção à moderação. Esta moderação
também se aplica à reprodução e o aborto tende a ser visto como uma solução de
recurso aceitável. Entretanto as escolas taoistas que tiveram maior influência do
budismo construiu textos com preceitos visando a preservação e proteção da vida,
adotando visões contrárias ao aborto.

O Espiritismo também se posiciona contra o aborto, como podemos ver


no Livro dos Espíritos capítulo VII, questão 358: " O abortamento voluntário é um
crime, qualquer que seja a época da concepção? Resposta: Existe sempre crime
quando há transgressão da lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá
sempre crime tirando a vida à criança antes de nascer, porque está impedindo, à
alma, de suportar as provas das quais o corpo deveria ser o instrumento ".

Pessoal: Para mim, a vida nasce a partir do momento da fecundação óvulo-


espermatozoide. Ainda que seja "impalpável", ela começou ali. Logo nas primeiras
semanas é possível ouvir os batimentos do coração do feto. Desde muito cedo, ele
também pode ouvir sons, sentir gostos, criar memórias e até fazer movimentos.
Dentro dessa análise, o aborto é simplesmente um ato que põe fim à vida.
Considerando que o bebê não pede para nascer, há de se reconhecer a enorme
irresponsabilidade no descuido para se evitar uma gravidez, mas que deve ser
assumida com responsabilidade. Diga-se, a mesma responsabilidade de um filho
desejado. Caso haja motivos fortes emocionais, psicológicos e financeiros para não
se cuidar da criança, há sempre casais desejosos pela adoção. 
Sobre a gravidez, há muitas maneiras de evitá-la. Em tempos modernos, as
informações são amplamente divulgadas e métodos anticoncepcionais são
distribuídos gratuitamente pelo governo. Quanto à necessidade de continuarmos
com as campanhas, isso é altamente necessário, especialmente por conta dos altos
índices de gravidez na adolescência e entre a população menos favorecida.
Crianças cuidando de crianças existem aos montes, ainda que pesquisas indiquem
razões para que adolescentes queiram engravidar. 
Quanto à tão propalada legalização do aborto, a mesma beneficiaria as
classes mais baixas, pois são elas que mais sofrem atualmente com o aborto
clandestino. Ocorre também que nas classes mais baixas é onde se encontram os
maiores índices de gravidez indesejadas. Mas com educação de qualidade e
assistência social haveria a possibilidade de diminuirmos os índices alarmantes
registrados todos os anos. 
Os abortos acontecem clandestinamente e com riscos enormes à saúde da
mulher ou de adolescentes pobres que passam por gravidez indesejada. Por outro
lado, as classes mais favorecidas, que realizam abortos nos dias atuais, contam com
mais segurança, embora o crime seja o mesmo, na minha opinião como mulher e
como profissional. 

Conclusão

Com a realização deste trabalho foi-nos permitido aprofundar os


conhecimentos sobre esta problemática que, cada vez mais, está presente nos
nossos dias.

Concluo que não é de todo fácil proferir uma opinião sólida sobre o
aborto, não é inteligível defender a legalidade ou ilegalidade deste pois
existem argumentos a favor e contra a prática do aborto.
Referências

www.scielo.com.br

pt.wikipedia.org/wiki/aborto

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