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— (htips/twittercom/Rev_Cientfica) in (htips/fwww_inkedin.con/school/revistacientfca) © (htosi/wen facebook pamvreistacenticarphiciseiainan) @ (https:/wwrwinstagram, comvrevstacientfeaonline/) (htt BS°7/ WWW HUIS OMOCOnNECIMente:com.b r/) 5 Engleh (htps:fwnucleedoconhecimenta.com br/englsh) EE Espafl(itps:/www.nucleodoconhecimento.com trespane!) I Frangae (tps: nucleodoconhecimenta.com bitancais) | Rallano(htps:fwwo.nucleodoconhcimentcom be/taliano) |B Deutsch (tp stworn nucleodoconhecimento.com.brideutsch) ms Pycoani htpsfanuceodoconheclmente.combr/d1SOORATxBS':dT 81 Ld1 NB SAO baEODEAODS) EDUCAGAO D DAS S RELAGOES ETNICO-RACIAIS Ee PRATICA PEDAGOGICA | (© UM COMENTARIO(HTTPS IVY NUCLEODOCONHECIMENTO,COM BRIEDUCACADIREL ACOES-ETNICO-RACIAISHCOMMENTS) Re: 48543 1. IntRoDuche 2. EDUCAGMO DAS RELACOES ETNICO-RACIAIS. DESAFIO PARA A PRATICA PEDAGOGICA ewan 2. concLUSKO 4, REFERENCIAS APENDICE ~ REFERENCIAS DE NOTA DE RODAPE namaste mashed oat ah Ccroine Tito Miranda Piva ARTIGO DE REVISAO PIVA, Caroline Tito Miranda PIVA, Caroline Tito Miranda. Educagéo das relagées étnico-aciais e prética pedagégica. Revista Cienlifica Mulidisciplinar Nacleo do Conhecimento, Ano 05, Ed, 04, Vol, 02, 4961. bri de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: yc Mundo doDncMrtc Sh ecucaceorlacoesetncoracas {htps:/y nucleodoconhecimento.com br/educacao/relacoes-et jeoxacials) REguttms://www.nucleodoconhecimento.com.br/) Este artigo elucida aspectos conceituals sobre a ecucagio das relagdes étnicoraciais, potencializando 0 didlogo transtisciplinares entre os processes politco-pedagégicos a Histria da Africa e da Cultura Afro-rasilera nes cuticulos da escola bésica, de modo que a educagio das relagées étnico-acias garanta a construgéo de conhecimentos contextualizados € interseccionados, que promovam uma educagdo antiracist, de valorizacdo, efetivagio da histria e cultura africana afro-brasilera a qual contribu para a formagdo humanistca, a compreenséo das relacGes socials © 0 enfrentamento das desiqualdades. Pretende-se pesquisar as implicagées poliico-nedagégicas da educagdo das relagSes élnico-aciais na prética pedagégica, Para tanto evisa-se os estudos jd concretizados por Nima Lina Gomes (2011 e 2013), Anténio Flévio Moreira (203) ¢ Vera Maria Candau (2013), Miguel Gonzélez Atroyo (2070), Beatle Petionitha Gongalves (2008), Ana Célia da Siva (2006), além dos documentos orientadores do Conselho Nacional de Educagdo (2004) e das Diretrizes Curiculares Nacionais para Educagio das relagSes étnico-acials (2004) Palavras-chave: Educagao, relagdes étnicoacials pedagéaico. 1. INTRODUGAO Este artigo focaliza aspectos conceituals sobre a educagao das relagbes étnice-acils, elucidando os pontos positivos ¢ os desafios para a prtica pedagégica com a implementado da le 10.639/03. © presente estudo fundamenta-se nas orientagées dos aispositives legals que complementam a lel 10.639/03 como 0 Parecer do Conselho Nacional de Eéucaglo/Conselho Plena 03/2004 que aprovou as Diretrzes Curiculares Nacionais para EducagSo das Relagées Etnico-acias, a resolugéo CNE/CP 01/2004 que detalha os direitos e as obrigagSes dos entes federados ¢ o Plano Nacional das Direrizes Curriculares Nacionais para.a Educagdo das RelagGes Etnico-Racias e para o ensino de Mistéra e cultura Afro‘Srasilerae Africana ‘A relevancia em pesquisar as implicagées poltice-pedagégicas da educacdo das relacSes étnico-aciais na prética pedagégica se dé, sobretudo, pela necessidade de uma ruptura nos moldes da educagao elitista, com 0 objetivo de implementar, produzire divulgar conhecimentos,atitudes, posturas e valores que possibiltem aos gestores, profeesores e estudantes a euperagéa do raciemo e de todas as formas de discriminagéo. ‘Tem come propesi¢lo 0 fato de que a educagéo das relagdes étnicoracias se daré com a construgo de conhecimentos contextualzados © Iterseccionados, para potencializar os délogos inter etransdisciplinares que promovam uma educagdo antirracista, de valorizaglo,efetivaao da bistériae cultura aficana e afro-brasileira a qual contribui para a formagdo humanistica, a compreensio das relacées socials eo enfrentamento das desigualdades. 2. EDUCAGAO DAS RELAGGES ETNICO-RACIAIS: DESAFIO’PARA A PRATICA PEDAGOGICA onset scm A Lei n 10.639, de 8 de janeivo de 2003 akera a Lel n? 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrzes e Bases da Educagio Nacional, para inclur ne curricula oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temtioa Histér a Aficana @ Mro-railera. A Lei 10,639/03 marcou uma conquistahistérca do Movimento Negro em todo tertrio nacional, relaciona _“S* _a de agées afirmativas. Mais tarde, ‘em 2008, foi sancionaca a fel 11.645/08 para inclu no curticula oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temdtica Histéra e Cultura Afto Brasileira e Indigena, © processo de implementagdo da Lei 10,638/03 perpassa 0 campo das rlacGes ético-aciais brasleras construdo historicamente por relagdes de poder, no qual a raga ee configura come aspecto determinante nas relagées culuras,pollicas, socials « econémicas, Para que os processos pedagégicos alcancem os objetivos da referida lei é necessério no contexto escolar o entendimento dos canceitos de raga e etna, mami por BABE ‘Segundo o parecer de Conselho Nacional de Educago 03 de 2004: _ alone inca E importante destacar que se entende por raga @ construgdo social forjada nas tensas relagées erie brancos € negros, muilas vezes simuladas como harmoniosas, nada tendo a ver com 0 conceit bolégico de raga cunhado no século XV ehejesobejamente sunerado (BRASIL, 20048, p. 5). © conceito de raga determinava durante muito tempo nas relagBes socials brasileira os aspectos fisicos de uma pessoa, enfatizando a ideia de ragas superiores einferiores utiizadas pele ciéncia do sécul XIX. No entanto, o Movimento Negro ressignficou © terme raga uilzando-o com um sentido police e de reconhecimento datradigso aticana, Conforme Gomes: oyvynoes 8 2220 coneelto de raca 6 adotado, nessa perspectva, com um significado poltico ¢ identiério construido com base na andlise do tipo ée )‘cemo que existe no contexto brasileiro, as suas formas de superacio e considerando a dmensdo histérica e cultural a que esse “proceso complexo.nos remett (GOMES? 2074, 2).°54us2 voa( HE s\//Www..nucleodocanhecimenta.com.br/) proceso ap. nas relacées sociais que as diferencas séo percebidas e hierarquizadas,e estas relagSes determinam lugar social de cada um na sociedade brasileira De acordo com os estudos apresentados por Hellbom; Araujo e Barreto (Orgs, (2011), as discussdes sobre as questées racials chegaram atrasadas 20 Brasil pols a nogo de raga vinha sendo discutida na Europa desde o inicio do século XIX edivdiateéricos por diferentes idetas. [As pessoas negras e amarelas eram defiidas bioldgica, morale intelectualmente coma inferiores aos brancos, sendo a miscigenagSo interpretada ‘como algo que enfraquecia os grupos. A solugdo encontrada para a questdo racial no Brasil foi 0 embranquecimento, ou seja, 0 ingresso de Imigrantes europeus no pa's, com sua ascendéncia racial desejada. Na década de 1930, a ideia de democracia racial infelizmente ganha forga no Brasil com a obra Casa-grande e Senzala, do sacislogo Gilberto Freire {que enfatizava um convivio harménico entre brancos, negrase indigenas, No entanto, a Frente Negra Brasileira (FNB) surglu em So Paulo nos anos de 1930 e teve filals por todo Interior do estado paulista e em outras capita, como Salvador, Porto Alegre e Recife Os atlvstas negros denunciavam a situagéo vivenciada pela populace negra que, por um lado, no havi recebido qualquer tipo de auxilio do Estado brasileiro no pés-aboliglo , de outro, era preterida no mercado de trabalho, jd que os ‘empregadores privilegiavam imigrantes europeus para 0 postos de trabalho dsponives Mesmo assim, o imagindrio de democracia racial tomava cada vez mais forga e comerava a sigificarsindnimo de Brasl. Assim, apés a segunda querra mundial surge o campo de investigagSes sociolégicas que buscava a elacéo entre raga e classe, Uma série de pesquisas conhecidas como “0 ciclo de estudos da UNESCO" (1953-1956) foi responsavel por oportunizar a profissionalizagso e @ Institucionalizaggo das ciénc'as socials brasileras,além de cientfcamente comprovar as dendncias de existéncia de racismo e preconcelto racial ro pals ‘Ja as pesquisas que surgtar no final da década de 1970 enfatizavam que as questbes de classe, nfo so prioritrias para justificar as enormes desigualdades entre brancos enegras. Segundo o eocidlogo Carles Hasenbalg no eeu estudo Diseriminagde e Desigualdades Raciais no Brac Delimita a mudanga de enfoque em relagio ao tatamento do problema racial braslero. © autor tra a énfase do legado do escravismo ‘como explicagio das relagies racials hoje, © aponta o racismo e a discriminagio pés-aboligo como causadores principals da ‘subordinagao social dos negros (HASENBALG, 1979 apud HEILBOM; ARAUUO; BARRETO (Orgs), 2011, p-105), © termo étnicoracial apresenta as questées relacionadas tanto ds caractersticas fisicas, como s culivalinpoltipados.idandbéniadecnerulecso negra brasileira, Dessa forma, a educagéo das relagSes étrico-aciaisexige novas aprendizagens. Em consonénciaotieuimpdab'as, o parecer do CConsetho Nacional de Eeucapéo 03 de 2008, enfatiza: 0, ved precisa dea ou tom algue Para reeducar as relagSes étnice-acals, no Brasil € necesséro fazer emergir as dores e medos quectirsido geracos. € preciso ‘entender que 0 sucesso de uns tem o preco da marginalizagdo @ da desigualdade Impostas a outros. E entdo decidir que sociedade {queremos constuir aqui para frente (BRASIL, 2004, p. 5) Para que fossem includes no sistema escolar conteidos/ativdades relacionadas @ temtica da Histi _°®° _ra Afto-Brasleira e Aicana, em 08 de janeiro de 2008 entrou em vigor a Lei Federal 10.639 que allerou os artigos 26-A € 79-8, da Lei de Dietizes e Bases da Educacdo Nacional (LO3) 1° 9.394/96 determinando a obrigatoriedade de estucos relacionados & tematic acima, passando a vigorar com as seguintes modificagdes: [Ar 26:8. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, fils e particulaes, tora-se obrigatério 0 ensino sobre Histéra & Cultura Afro Brasileira '§ 1° 0 conteddo programatico a que se refere o caput deste artigo includ 0 estudo da Histria da Africae dos Africanos, a lta dos negros no Brasil, @ cultura negra brasileira o negro na formagdo da sociedade nacional, resgatando a,ceatsbulcfiada,pove negro nas 4reas social, econémicae politica pertinente& Histria do Bras ‘Mali coset '§ 2" Os contetdos referentes & Histéria e Cultura Aro-Brasilea sero ministrados no armbito de todo' PSEA BEER especial nas freas de Educaglo Antstca ede Literatura e Hstéria Brasileiras [At. 79-8. 0 calendério escolar incl o dia 20 de noverbro como Dia Nacional da Conscigncia Negra (BRASIL, 2003), Nesta perspectiva, a escola tem uma grande responsabilidade para com a implementacdo da lel 10.699/03, pois a mesma legitimou todo 0 processo histérico vienciado pelo negro, abrindo espaco para a construgdo de uma pedagogia da diversidade que supere as discriminagSes a0 ‘oportunizar © acesso a0 conhecimento das diferentes culturas e ao desenvolver ages afirmativas de valarizagdo e reconhecimento da historia e ccukura afco-brasilera, A este cespeito Silva arma oyvynoes 8 sos2fistudar as Africanidades Brasileiras significa tomar conhecimento, observar,analisar um eit peculiar de vera vida, 0 mundo, o trabalho, ) » conver ede lutr nea cignidadeprépra ber com pela de todos descendentes de atcanos, mals ands de todos que a soledace hite za. Significa tambernitontaeeieiGomnopsedet Os Ybalhos e criti eet aficanos e de seus descendentes no A (https:/Awwenucle conhecimento.com. De acordo com as Psi ‘Curiculaes Nacionais para a Educagdo das RelagSes Etnico-acias e para «© AfricanalZ], 0 sucesso de pedagogias de combate ao racismo e de todas as formas de discriminagao depende da desconstrugio de alguns conceltes e esteredtinos formados historicamente na perspectiva de uma eociedade marcada pela hierarquizagdo das diferencas. O primeiro dees € 2 preocupacéo com a ulizagéo do termo negra ou preto. Esta preocupaco acorre devido & utlizacéo negativa do termo negro pelos senhores para nomear os escravos. Contudo, ese fol ressignficado pelo Movimento Negro dando-he um sertio poltico e postive. 0 Inetiture Brasileiro de (Geograiae Estatistica usa o term preto, assim come branco, pardo eindigena para classiicar a cor da populagdo brasileira, sino de Histéria e Cultura er) ‘Atualmente, ser negro no Brasil tem um caréter positvo de reconhecimento e pertencimento a um grupo de pessoas com clara opedo politica ccarregada de significados historicamente construidos pela cultura tettorial, mitica e idemttéia dos africanos e afro-brasileros. De acordo com sive IMentiiear © corigir @ ideologia, ensinar que a diferenca pode ser bela, que a diversidade é enriquecedora e no é sinénimo de desigualdade, um dos passos para a reconstruc da autoestima, do auto concelto, ca cidadania e da abertura para o acolhimento dos valores das diversas culturas presentes na sociedade (SILVA 2008, p. 31) [Apés a aboligio, baseado na ideologia do branqueamento que pregava a superloridade da raca branca, 0 governo brasiero Incentvou a vinda de immigrantes para 0 pais com o objetivo de dizimar os indigenas, negros e mestigas. Na alualdade, percebe-se ainda a repercussio de {al ideolagia na Imaginatio tanto de brancos como dos préprios negros que repetem o preconceito € a discriminagao, por se considerarem inferiores. Segundo Gomes: ‘A educagdio para as relagées étnico-raciais que cumpre com seu papel é aquela em que as criangas, os adlescentes, 0s jovens, © 08 adultos negros e brancos, a0 passarem pela escola basica, questionem a si mesmos nos seus proprios preconceitos, tornem-se dispostos a mudar posturas e priticas discriminatérias, reconhecam a beleza e a riqueza das diferencas e compreendam como essas {foram transformadas erm desigualdades nas relagées de poder e de dominagao (GOMES, 2013, p. 83) Indubitavelmente, 0 mito da democraca racial, a ideologia do branqueamento eo racismo permearam a formagao histérica da sociedade brasileira com o pressupasto da universalidade e igualdade de direitos para todos os cidaddos. No entanto, desconstuir essa légica requer um didlogo Constante ecrtico entre a pedagogia mulirraial eo sistema palitco, Corroborando Miguel Arco afrma Como pensar poltcas para a dversidade se o pressuposto estruturante do sistema é que todos em abstrato séo iguais? Parao sistema, por décadas, no existe nem diverskdade nem racism na escola, vista come instituigSo e espago por exceléncia da democracia racial. A ‘concepedo de igualdade e universalidade com que o sistema escolar se auto identifica, deveria merecer uma atengio especial no didlogo ‘entre pedagogia muttrracal popular e o sistema, A mesma concep igualéra ¢ universalista inspira 0 pensamento pedagégico, as diddticas e as teotias do currculo e os cursos de formagio. 0 dlélogo af ¢igualmente diffe etenso. (ARROYO, 2010, p. 116). (0 Movimento Negro revelou a necessidade de pollicas afrmativas que garantam a superacéo do racismo e todas 5 de discriminagao. Nesse contest, ale 10.639/03, posteriotmente alterada pela 11.645/08, cracterizada como uma lel afimmatva, mpulsi® ?udangas sigificatvas na educacdo das relagbes étnicoacals. “amr una equpe de suport avanado. entre om Para atender as exigéncias dos dispositivos legals, as unidades de ensino precisa rever seus projetos poltico-pedagégicos e suas propostas curtiulares baseadas nas orientagdes das Diretrizes Curiculares Nacionals para educapdo das relate dinipreasiavajawe.deen aguna principlos norteadores: a consciéncia poltica e histéica da diersidade, 0 fortalecimento de identidades e de direitos © a prordéyae?de agBes educatvas de combate ao racismo ea dseriminagée. Segundo as Ditetrizes Curiculares Naclonais[a] (@RASIL, 2004) tals principios eneaminham as p pedagégicas para + Agualdade bésica de pessoa humana como sujeito de direitos, = + A compreensio de que a sociedade & formada por pessoas qUe pertencem a grupos énicovacias datintos, que possuem cultura ehistéria Préprias,iguamente valiosas que em conjuntoconstoem,nanago brasil, sua hist + Ao conhecimento@& valrizagdo da stra dos povos aficanos¢ da cultura afro-baseira na construgde hstrica e cultural basa, + A superagao dainiferenca,inustica e desqualiicagdo com que os negros, os povosincigenase as classes populares as quais os negros, no get pertencem, so comumente vatados + A desconstrugéo, por mela de questionamentos e andlses creas, objetivando elminar conclts, ‘elas, comportamentos veiclados pela ideotogia do branqueament, pelo mite da democracia racial, que tanta mal fazem aneGfOE ©B°=NC05;——omanmser sense + A busca, da parte de pessoas, em particular de professors néo famllaizados com a andlise dasuiniegdanssaieaneieraoein'seny 0 estudo de histria e cultura afro-brasileia e afticana, de informagées e subsicios que hes perritatt Torna) sanmueCuennan BaseSCaS ef preconesits e constr agdes respitosas; + Ao dilago via fundamental para entendimentoente diferentes, com a fnalidade de negociages, tendo em vista objetives comuns, sano 8 uma socedade usta + Ao desencadeamento de processo de afrapio de identidades, de historicidade negada ou dstorcda; + Ao ompimente com imagens negatvas fjadas por diferentes meios de comunicagSo, conta os negros e os povosindigenas + Aas esclaecimentos a respeto de equivocos quant a uma dentidade humana universal; + Ao combate &pivarkoe volagéo de detos; + A ampgie do acesso a informagées sobre dversidade da ago hss sobgye recto dap dentate, provocada por clagses + Aperelentes condgdes de formagSo ede instru que pecisam ser ofercidas, nos diferentes nies e modalidades de ensino, em todos os AG) hcimerto, inclusive os localzados nas chamadan pein urbanas ena Zonas ni, Dessa fritoss/urwewy-menclec Fea 0 cucu 4 serio dg um projet de soiedade democrtga, juste oanrt tess pnw uel enheemento:conror/) Estamos diante de um contexto que val além da implementagao de uma legislagdo que responda as demandas histéricas de um movimento social, A Lei 10.639/03 faz parte das polticas de agdo aficmativa. Estas tém como objetivo central a corregio de desigualdades, aconstrugdo de oportunidades iguais para os grupos sociaise étricoracais com um comprovado histrice de exclusio ‘e primam pelo reconhecimento e valorizagdo da histéra, da cultura @ da identidade desses segmentos (GOMES, 2013, p. 79) Dessa forma, observa-se a necessidade de dar visiblidade aos aspectos histéricos culturals dos afr-brasileros, de forma que os estudantes se Identiiquem e se reconegam. 0 trabalho pedagdgico precsa estimular a pesquisa do processo histérco que perpassa as rlagSes étnico-acials de forma a identficar as aizesafricanas da comunisade, Diante do ideal de construir essa sociedade, 6 necessério superar toda pritica e toda cultura seletva,excludente, segregadora e classificatoria na ‘organizagio do conhecimenta, des tempos e espagos, dos agrunamentos dos educandas e também na organizagio do convivioe do trabalho dos ‘educadores e dos educandos. A este respeito, Moreira e Camara afar: Em termos politics, a énfase na identidade deriva do reconhecimento de que certos grupos socials tém, hé muito, sido alvo de Inacetévels dscriminagées. Entre eles, incluermse os negros, as mulheres e os homossexuals. Tals grupos se tém rebelado contra a situagdo de opressio que os tém vitimad e, por melo de arduas Itas, ém conquistado espacos e afirmada seus direitos & cicadania, (MOREIRA; CAMARA, 2013, p. 38) ‘Quostionar sobre a pereepeio dos diversos sujeltos que atravessam a escola traz &tona 2 necessidade de se examinar os curtieulos educacionals da atualidade. A educacdo bésica, ainda hoje, se estrutura tendo como base 2 transmissdo de conceitos,o que ocasiona uma aprendizagem frag, {que nem sempre oportuniza a0 estudante a compreenso do seu contextohistérico e social, muito menos éando-he @ possibildade de intervit adequadamente nesta sociedade, Hoje esté conscléncia do caréter homogeneizador e monocultural da escola é cada ver mais forte, assim como a consciéncia da necessidade de romper com esté ¢ constuirprticas educativas em que a questi da diferenga e do muliculturallsmo se fagam cada vez mals presentes (CANDAU, 2013, p. 15). Nesse sentido, 2 educagio das relagées étnicoacals deve ser o resultado da luta politica voltada para @ construgio de uma escola e de pr pedagégioas que insiram a dversidade, promovam a reflexlo, a mudanga de postura estimulando préticas coletvas de combate a0 racismo & diseriminagao. 3. CONCLUSAO Nota-se, a fnaizar este artigo, que a homologagao da le 10.639/03, psterormente da ei 17.645/2008,juntamente soluglo 01/2004 eo parecer 03/2004 do Conselho Nacional de Edveapéo, garanvam a inluséo de educapéo das rel produgdo de material pedagésico, insttuindo as responsabilidades dos estabelecimentos de ensino e ofeTSESRaS BH ta was SESS Pada parao desenvolimento de um currcul intercultural Jes dnico-aciais na escola e incentivaram a Muitos avangos foram conquistados, todavia é grande o desafio para se inclir na proposta curricular cP PPOTERAR AA? HERE NPEELura Ato brasileira e Africana devido ao imaginério marcado por uma istéra onde a diferenga ésinénimo de desigualdade, Dessa forma, 6 indlspensivel que os processos poltico-pedagdgicos da educagdo das relagbes étnicovacials sejam fortemente analisados, discutidos e implementados com a participago de toda comunidade escolar, com vistas @ desenv' .s5 ordtica pedagigica que tem como ‘objetivo central a valori2agéo e respeito as pessoas negras e indigenas, sua cultura e sua historia; tenao como premissas 0 questionamento das relagées baseadas em preconceltos; a andlise da forma como os negros ¢ outras minotias s8o representadas nos textos, materials didétcos © conteddos escolares; Buscando desenvolveratividades educativas de combate ao racisma ea discriminagao, 4, REFERENCIAS ARROYO, Miguel Gonzélez. A pedagogia multiracial popular @ 0 sistema escolar. In: GOMES, Nilma Lino (Org2eiwvolhaosskine das frontiras: educagio e relagées racials, 1*edigso. Bele Horizonte: Auténtica, 2010, p. 117-130 shane vistasin mashes oceania ah BRASIL, Lei n? 9994 de 20 de dezembro de 1996, Estabelece as Diretrizes e Bases da Educacéo Nacional, Dirio Oficial da Republica Fecerstiva do Brasil, Poder Executive, Brasil, OF 23 de dez. 1996, Lei n° 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Atera a Lei n® 9,394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as dretrzes e bases da educagio nacional, para incluir no curiculo oficial da Rede de Ensino @ obrigstoriedade da temética “Historia e Cultura AftoBrasilea’, © dé outras providéncias. Dds Oftal da Repdblica Federatva do Bras, Poder Executivo, Brasilia, DF 10 Jan. 2003, Parecer n® 03/2004 CNE/CP. Institul Detrizes Curriculares Nacionals para a Educagdo das Relacbes Ctnico-Racials e para o Ensino da Histéia Afro-Braslera africana. Digrio Oficial da YUnidgy Sega, GIO gle TG de 2004. Disponivel em: -, Acesso em: 20 out. 2019, _Polugdo n° 01/2004 CNE/CP. Detalha 08 direitos @ obrigagBes dos entes federados frente & implementagd0 da Lei 10639/03, Diéro Oficial caf ttBe'7/ WWW HUCTeSdOCOneciHenteeorntry) GOMES, Nima Lino, Educagéo, relapses étnico-aciols ¢ @ Le! 10.639/03, Portal Geledés: Insttuto Da Mulher Negra, 2011, Disponivel em: hnpsu/wngeledes.org br/educacacelacoes-etnicetacias-ee-10-63902-2/. Aceseo em: 12 un, 2019 Nima Lino. A questdo racial na escola: desafios colocados pela implementagGo da Lei 10.699/08. In: MOREIRA, Ant6nio Flévio Barbosa; ‘CANDAU, Vera Maria (ocgs.) Multiculturalism: diferencas cullurais eprticas pedagégicas. 10.d, Petropolis, RJ: Vozes, 2013. p. 67.89 HASENBALG, 1979 apud HEILBOM, Maria Luiza; ARAUJO, Lela; BARRETO, Ancreia (O1gs.). Gestéo de Poltcas Publicas em Ganero © Raga/GPP GeR: médulo il, Ria de Janeito: CEPESC; Brasilia: Secrettia de Politcas para as Mulhetes, 2011, p.105~ 125. HEILBOM, Maria Luiza; ARAUJO, Leila; BARRETO, Andreia (Orgs.). 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Diretizes Curticulares Nacionals para a Educagdo das Relagdes Etnico-Racials e para o Ensino da Histéria Afro-Brasileira e Africana Brasilia: SECADI/MEC, out. 2004 lMestranda em Ciéncias da Educago, pola Universidade Grenda, polo de Teixeira de Freltas-BA. Especialsta em Gestio Educacional - Faculdade Batista Brasileira (FBB). Especialista em Gestéo do Trabalho Pedagdgico ~ Universidade Vale do Cricaré (UNIVC). Especialista em Psicopedagogia Clinica e institucional - Faculdade do Sul da Bahia (FASB). Especialista em Gestao de Polticas Publicas em Género e Raga ~ Faculdade Federal da Bahia (UFBA). Graduada em Pedagogia ~ Universidade do Estado da Bahia (UNES). Ss Enviado: Janeiro, 2020 provade: Ave, 7020 “amr uma equpede spore avant om CAROLINE TITO MIRANDA PIVA saree inet melomstgee hernia neat ah (httosy/mww.nucleodoconhecimento.combr/author/caraline-tito-miranda-piva) Mestranda em Ciencias da Educagso, pela Universidade Grendal, polo de Teixeira de Freitas-BA. Especialsta em Gestio Educacional -Faculdade Batista Brasiira(F38). Especialista em Gestdo do “Trabalho Pedagégico ~ Universidade Vale do Cricaré (UNC). Especialista em Psicopedagogia Clinica © Insttuctonal~ Faculdade do Sul da Bahla (FASB). Espocalsta om Gostéo do Poiticas Pdblicas em Genero ‘© Raca~ Faculdade Federal da Bahia (UFBA). Graduada em Pedagogia- Universidade do Estado da Bahia (Nes), oyvynpoes 8 2 (artes ynmworntucLeQoBCONTECIIENTO CON: BARU HORIGAROLINE-TITO-MIRANDA-PIVA) um{htias://www.nucleodoconheci mento.com.br/) Fernanda Pereira ise e159 rne08 time artigo! Parabéns ‘Abs, Femanda Pers, Deixe um comentario © seu endreg de e-mail no sed pubicado. Campos obviate sho mareados com * Comentirio* s © (pnoreen| a 0, oot pecs de ita em alge (0 Tetalctaons __‘(htpsi/badg mensions. aaetasde0 2740/nvlsodoonhecerente com brleduacaatelaconeatnceraciis? (© fecertctatons _ somainetipetamruleodocanhecimert zm) ia Fisld ston Ratio Iva Relive Caton Ratio VER ANALYTICS Pesquisar por categoria... Selecionar categoria vl ovynoes 8 ‘ Hit >ipte anui para pesquisar BOOK de Astrolog (https://www.nucleodocenheeimento.com.br/) otps//wunwnucleodocenhecimenta.comr/whatsapp/) {dos fundos temporarios do ICMS yento.com. br/lei/validade-juridica) Esse estudo objetva analisaravaidadejrdia da institigdo de Fundos Temporirios 6 Impasto sobre Creuse lo de Mercadorias © ReaD Mone» (fT 1P5uTMW.NUCLEODOCONHECIMENTO.COM BRLEUVALDADE.RIDIC) A estrutura fiscal brasileira & luz da norma hipotética fundamental (https://www.nucleodoconhecimento.com. br/lei/estrutura-fiscal- see eatudoobjetiva aalisr a compatildade da etatura iecl Basle pela forma como ela nterage comas bases 1. ood pace de tao em alana (https://www.nucleoc [ANUcleo do Conhéiffento, é uma (yet lees lpia, , ceca eo ters ot ern EE Hg, SNe ils i ony ig FS Ses Links Ores als yn Sach a sie 2) mr Cursos(htps:twww.nucleodoconhecimento.com.bricursoe/) > EaresOpsiiomnnuclodoconecmenacyy bey my Gm » para > Capas(httpssywnw nsclsodoconhaclmento.com br/capsiblicarhtps:twww nucleodoconheclmente com br/come: (txipgypwrn neleodoconhecimento.com br/beneteBublicerartigns-em-revstesciemsificas) > Baneficio! -pabhcn SA arIGSLRIBSF UST, Envrhtpsrwww.suelgedoconhecimentecom bent (https: /Awww.ne! jeodéeenhecimrerito.com.br/) vebicararyeiocotie) Limes gllitbasnw nucteodoconhecimentecom br/lvos/) Citagies / contato) ‘iav/vs nucleodoconhecimento.combr(atyiar/winw.nucleodaconhecimente.com brfettparwawruceos artigo-clentiio-para-submisss0) _artigo~

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