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Contribuições Da Terapia Ocupacional Na Prevenção e Controle de Quedas em Idosos
Contribuições Da Terapia Ocupacional Na Prevenção e Controle de Quedas em Idosos
idosos
São Paulo,
2017
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idosos
São Paulo,
2017
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SUMÁRIO
RESUMO…………………………………………………………………………………....4
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….…5
quedas em idosos……………………………………………………………………...8
2. OBJETIVO GERAL……………………………………………………………………..11
3. METODOLOGIA………………………………………………………………………..11
4. RESULTADOS………………….….…………………………………………………...13
5. DISCUSSÃO….………………………………………………………………………...21
6. CONCLUSÕES.....................................................................................................26
7. REFERÊNCIAS....................................................................................................28
ANEXOS..................................................................................................................32
1. INTRODUÇÃO
Em estudo realizado por Cruz et. al (2015) verificou-se associação entre déficit
cognitivo e ocorrência de quedas, sendo que a prevalência de quedas entre os idosos
com comprometimento cognitivo foi de 42%. O grande número de quedas entre idosos
com esse comprometimento pode ser explicado pelo declínio em domínios cognitivos
específicos, como função executiva, atenção e memória. Os sistemas motor e sensorial
estão ligados por processos neurológicos de ordem superior, relacionados à cognição e
necessários para o planejamento motor, atenção em dupla tarefa e respostas ao
ambiente. Assim, é possível que o idoso com comprometimento cognitivo apresente
déficits de mobilidade, lentificação de movimentos, alterações comportamentais e
tempo menor de reação frente aos desequilíbrios, aumentando assim o risco de queda.
(Cruz, et. al. 2015).
A Pesquisa Nacional de Saúde revelou que 6,8% dos idosos têm limitações para
realizar atividades de vida diária - como comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se e
andar pela casa, o que predispõe essa população a maior ocorrência de quedas. As
limitações aumentam com a idade: 2,8% entre 60 a 64 anos, 4,4% entre 65 a 74 anos e
15,6%, entre 75 anos ou mais. (DATASUS 2015a).
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Cruz at. al. (2015) afirmam que, quando o idoso passa por um episódio de
queda, essa normalmente vem acompanhada do receio de novas quedas, fomentando
a perda da capacidade funcional e da independência. Essas perdas induzem ao
isolamento social e predispõem à institucionalização, levando ao agravamento da
dependência, gerando perda de mobilidade e incidência às novas quedas, instalando
assim um circulo vicioso.
Ainda, Lopes et. al. (2009) afirmam que o medo de cair tem consequências
negativas no bem estar físico e funcional dos idosos, levando também a restrição de
atividade física, explicando em parte o grau de prevalência do estilo de vida sedentário
nos idosos.
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A adaptação ambiental deve, sempre que possível, ser realizada junto com o
idoso, com o objetivo de ouvir suas demandas e sugestões diante das mudanças. As
orientações a serem feitas dirigem-se não só aos idosos, como também a seus
familiares e/ou cuidadores visando à prevenção de acidentes domésticos. A adaptação
do ambiente não é simplesmente uma técnica, e sim, um processo relacionado à
adaptação interna do idoso e que define seu desempenho funcional (Barreto e Tirado,
2002).
2. OBJETIVO GERAL
3. METODOLOGIA
1
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 2a ed. São Paulo:
Hucitec Abrasco, 1993.
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2
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 2a ed. São Paulo:
Hucitec Abrasco, 1993.
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4. RESULTADOS
Tempo de formação N° %
De 3 a 10 anos 6 42,8%
Local de formação N° %
(Estado)
Natureza da instituição N° %
Pública 11 78,5%
Privada 3 21,4%
Formação continuada N° %
A maioria dos entrevistados tem três ou mais anos de formados (78,5%). Todos
os participantes da pesquisa graduaram-se por universidades localizadas na região
Sudeste do Brasil, notadamente no estado de São Paulo. A grande maioria concluiu
sua graduação em universidades públicas. Quanto à formação continuada, concluída
ou em andamento, destaca-se que 4 participantes (28,5%) referem os dois tipos de
formação (lato e stricto sensu).
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Contextos assistenciais N° %
Hospital 5 35,7%
População atendida N° %
Criança 4 28,5%
Idoso 14 100%
Âmbitos de atuação N° %
Assistencial 14 100%
Ensino/pesquisa 6 42,8%
Âmbitos N° %
Assistencial 14 100%
Gestão de 4 28,5%
serviços/equipes
Ensino/pesquisa 5 35,7%
Âmbito assistencial:
Âmbito do ensino/pesquisa:
N° %
Fisioterapia 13 92,8%
Enfermagem 10 71,4%
Medicina 8 57,1%
Nutrição 7 50%
Fonoaudiologia 7 50%
Psicologia 4 28,5%
Farmácia 3 21,4%
Musicoterapia 1 7,1%
Arquitetura 1 7,1%
Quadro 4 - Desafios
Desafios encontrados N° %
nas equipes
profissionais
Necessidade de 5 35,7%
investimento maior na
prevenção do que na
reabilitação após a queda.
Alerta para as
consequências das quedas
e para medidas de
segurança nas atividades
Desafios encontrados na N %
população °
Sedentarismo 1 7,1%
Desafios encontrados no N° %
território
Pobreza 1 7,1%
5. DISCUSSÃO
Em estudo realizado por Cavalcante et. al. (2015), grande parte das quedas
analisadas foram decorrentes da diversidade da superfície do solo, convocando o
terapeuta ocupacional a pensar no planejamento do ambiente, tanto residencial quanto
urbano. Os profissionais da saúde, cuidadores e familiares também devem estar
atentos quanto à adaptação ambiental a fim de evitar a ocorrência de quedas
(Cavalcante, et. al 2015).
Corroborando as ações dos participantes, em estudo realizado por Smith et. al.
(2017), identificou-se que baixo desempenho cognitivo aumenta o risco do sofrimento
de quedas, uma vez que a percepção dos riscos diminui e há um aumento da
desorientação espacial. Outro estudo, realizado por Lipardo et. al. (2017) conclui que
exercícios, quando associados ao treinamento cognitivo, tem efeito sobre a redução de
quedas, uma vez que essa combinação melhora fatores específicos associados às
quedas, como o equilíbrio.
Como afirma Almeida et. al. (2016), a participação de idosos em grupos com
ênfase na promoção da saúde gera bem estar aos mesmos na medida em que esses
grupos contribuem para troca de experiências e favorecem a conscientização para a
importância do autocuidado. Ainda, percebeu-se que idosos que participam de grupos
de promoção da saúde são incentivados a sair mais de casa, conhecer mais pessoas,
a ter maior autonomia e a apresentar maior cuidado diante do seu bem estar físico,
mental e social.
Como afirma Peduzzi et. al. (2013), profissionais com diferentes formações na
área da saúde articulam seus saberes específicos entre si na organização do trabalho,
o que possibilita o compartilhamento das ações, nos moldes de uma prática
colaborativa. No que se refere à temática das quedas, o compartilhamento dos saberes
e das ações impulsiona a intervenção, atingindo uma eficácia maior do que a que se
teria caso o trabalho fosse uniprofissional. Dessa forma, é possível que o cuidado ao
idoso seja muito mais amplo e abrangente.
6. CONCLUSÕES
Reconhece-se que o estudo aqui exposto poderia abranger ainda outras formas
de intervenção caso a amostra de terapeutas ocupacionais participantes fosse maior.
Ainda, houve grande dificuldade de encontrar na literatura trabalhos que abordassem a
utilização de grupos especificamente na prevenção de quedas.
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7. REFERÊNCIAS
Almeida, M. H. M. et al. Reflexões sobre a formação. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo,
v. 21, n. 2, p. 130-138, maio/ago. 2010.
Almeida, M. H. M. et. al. Abordagens grupais na assistência aos idosos. In: TEORIAS E
PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS NA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVO
(Org.: Campos, A. C. V., Berlezi, E. M., Correa, A. H. M.) vol.5. Ed. Unijuí, 2016.
Cavalcante, D. P. M., et. al. Perfil e ambiente de idosos, que sofreram quedas,
atendidos em ambulatório de geriatria e gerontologia no distrito federal. Rev. Kairós
Gerontologia, (18)1, p. 93-107. 2015.
Cumming, R. G. et. al. Home visitis by an Occupational Therapist for Assessment and
Modification of Environmental Hazards: A Randomized Trial of Falls Prevention. Clinical
29
Feldman, F. Chaudhury, H. Falls and the physical environment: a review and a new
multifactorial falls-risk conceptual framework. Can J Occup Ther 2008 Apr;75(2): 82-95.
Lipardo, D. S. et. al. Effect of Exercise and Cognitive Training on Falls and Fall-Related
Factors in Older Adults With Mild Cognitive Impairment: A Systematic Review. Arch
Phys Med Rehabil; 98(10): 2079-2096, 2017 Oct
Lopes K. T., Costa, D. F., Santos, L. F., Castro, D. P., Bastone, A. C. Prevalência do
medo de cair em uma população da comunidade e sua correlação com mobilidade,
equilíbrio dinâmico, risco e histórico de quedas. Rev. Bra. Fisioter. 2009; 13(3): 223-9.
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Pardessus, V. et. al. Benefits of Home Visits for Falls and Autonomy in the Elderly.
Research Article. American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation. 2002.
informação utilizadas por idosos de Londrina (PR). Rev. Kairós; 17(2): 141-151, jun.
2014.
ANEXOS
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5. Há quanto tempo você atua ou por quanto tempo você atuou nas áreas de
geriatria e gerontologia?
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tem vivenciado a questão das quedas em idosos? Se sim, em quais âmbitos tem
Âmbito assistencial:
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Âmbito do ensino:
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Âmbito da pesquisa:
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Âmbito assistencial:
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Âmbito do ensino:
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Âmbito da pesquisa:
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1.NOME:....................................................................................................................
DOCUMENTO DE IDENTIDADE Nº: ...................................... SEXO: M □ F □
DATA NASCIMENTO: ......../......../.......
ENDEREÇO:.....................................................................Nº:............APTO:..........
BAIRRO:......................................................................CIDADE:.............................
CEP:........................................TELEFONE:DDD(...........)..........................................
2.RESPONSÁVEL LEGAL: .......................................................................................
NATUREZA (grau de parentesco, tutor, curador etc.):............................................
.................................................................................................................................
DOCUMENTO DE IDENTIDADE:....................................SEXO: M □ F □ DATA
NASCIMENTO: ....../......./......
ENDEREÇO:.................................................................Nº............... APTO:..........
BAIRRO:................................................................................CIDADE: ..................
CEP:..............................................TELEFONE: DDD (............).............................
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Convidamos o (a) sr (a) a participar deste estudo por atuar como terapeuta
ocupacional no campo da assistência, ensino e/ou pesquisa nas áreas de geriatria e
gerontologia por dois anos mais.
A participação nesta pesquisa prevê risco mínimo, visto que a mesma pode
gerar desconforto ou constrangimento ao responder as questões do questionário, fato
que poderá ser contornado mediante as orientações realizadas pelo pesquisador
responsável.
Arnaldo, 251 - 21º andar - sala 36. Cerqueira César - São Paulo – SP. CEP: 01246-
000. Fone/Fax: 55+11+3893-4401/4407. E-mail: cep.fm@usp.br
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li
ou que me foram lidas, descrevendo o estudo “Contribuições da Terapia Ocupacional
na prevenção e controle de quedas em idosos”.
Tel: (11)3091-7457