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EXEMPLOS

Absolutamente independente:
 Preexistentes: A vítima ingere uma bebida envenenada pelo
Agente 01, em seguida é alvejada pelo Agente 02. Após a
realização da autopsia, o laudo constata que a causa da morte foi
envenenamento. O Agente 01 responderá pelo resultado (morte) e
o Agente 02 responderá pelos atos praticados, uma vez que não
teve relação direta com a morte.
(O Agente 01 responderá por homicídio. O Agente 02 responderá por tentativa
de homicídio ou lesão corporal grave, a depender da intenção do Agente.)
 Concomitantes: O Agente 01 e o Agente 02 realizam disparos de
arma de fogo simultâneos contra a vítima, sendo que um deles
atinge o coração e o outro o ombro. Durante a autopsia foi
realizado uma análise balística na qual se constatou que o tiro que
atingiu o coração e causou morte à vítima, fora disparado pelo
Agente 01. O Agente 01 responderá pelo homicídio da vítima
(resultado) e o Agente 02 pelos atos praticados.
(O Agente 01 responderá por homicídio. O Agente 02 responderá por tentativa
de homicídio ou lesão corporal, a depender da intenção do Agente.)

 Supervenientes: A vítima ingere um alimento envenenado pelo


Agente 01 e em seguida vai para um encontro em uma pizzaria, o
qual havia marcado com 1 semana de antecedência. Durante o
encontro, o teto do estabelecimento desaba e causa a morte da
vítima. No laudo da autopsia foi constatado a morte por
traumatismo craniano. O Agente 01 responderá apenas pelo ato
praticado pois a
morte não teve ligação alguma com o ato do Agente, visto que a
vítima iria ao estabelecimento de qualquer maneira.
(Se a intenção do agente era matar, ele responderá somente por tentativa de
homicídio uma vez que provado o envenenamento.)

Relativamente independentes:
 Preexistentes: A vítima é portadora de hemofilia (quando o
sangue não coagula corretamente, o sangramento excessivo
(externo e interno) ocorre após qualquer lesão ou dano) e o Agente
01 atinge-a com uma facada no ombro após uma discussão
(desconhecendo a condição da vítima), a vítima vem a óbito no
local por choque hipovolêmico. Visto que, somente a facada não
causaria morte a vítima, o agente responderá pela intenção de
seus atos.

 Concomitantes: O Agente dispara contra a vítima que logo após o


tiro sofre um ataque cardíaco, visto que sem o tiro não ocorreria o
ataque e sem o ataque ele não morreria pelo tiro (há relação entre
as causas), o Agente responderá pela intenção de seus atos.

 Superveniente que NÃO CAUSA o resultado por si só: O


Agente dispara contra a vítima que em seguida é levada ao
hospital, durante a cirurgia há uma complicação que leva a vítima a
óbito. Sem o tiro não haveria a complicação da cirurgia, o agente
responderá pela intenção de seus atos. (A causa superveniente é o
ataque cardíaco.)

 Superveniente que por si só CAUSA o resultado: O Agente


dispara contra a vítima e no caminho para o hospital a ambulância
sofre um acidente. No laudo da autopsia, consta a morte por
traumatismo craniano, devido à forte pancada no momento do
acidente. Visto que somente o tiro não causaria a morte, mas que o
acidente sim, o agente responderá pelos atos praticados e não
pelo resultado. (A causa superveniente é o acidente.)

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