You are on page 1of 18

AULA – 02: Ética e Filosofia da Alteridade em Emmanuel Lévinas.

Professor: Me. Juan Roque Abilio

1. INTRODUÇÃO

Nos primeiros encontros entendemos a aproximação e as diferenças entre direito, moral e


ética.

Aprofundamos no estudo da moral e principalmente deixamos claros os marcos que


dividem: moral, ética e direito.

Aprendemos que a ética é um ramo da filosofia que se ocupa no estudo da moral e dos
valores humanos, por isso chamado por alguns de “filosofia moral”.

Nesta aula procederemos com o aprofundamento do estudo da ética e iniciaremos a


incursão junto à Ética da Alteridade desenvolvida pelo pensador Emmanuel Lévinas, suas
críticas e incursões teóricas.

O objetivo será aprimorar nosso conhecimento em humanística a fim de melhor


trabalharmos com o direito positivado, aprimorando nossa análise conceitual e reflexiva
quanto aos fenômenos sociais e jurídicos.

Um bom operador do direito deve possuir diversas qualidades, entre as quais a análise
aprofundada dos fenômenos sociais e jurídicos, não se limitando, portanto, a mera
repetição do texto da lei.

Ao fim, o que se busca é a realização da justiça, que mesmo diante de toda abstração
que se possa ter neste conceito, seus valores morais e éticos devem ser perseguidos.

2. APRENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE A ÉTICA

Entendemos que a ética é um ramo de estudo da filosofia que se preocupa com questões
acerca da moral das sociedades/culturas/civilizações em seu tempo e espaço. Por esta

Pág. 1
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
razão alguns autores, como a professora Marilena Chauí, denomina a ética como “filosofia
moral”, ao passo que “é, uma reflexão que discuta, problematize e interpreta o significado
dos valores morais” (CHAUÍ, 2010, p. 386).

Logo, a ética estuda e indaga o que é moral, de onde vem a moral, o que vale a moral e
os costumes, qual o senso moral e consciência moral, por que são “assim e não assado”,
etc.

2.1 O início da ética

2.1.1 Breve percurso histórico da Ética.

Segundo Marilena Chauí, foi em Sócrates que se iniciou o estudo da ética, eis que este,
de forma incansável, arguia os atenienses sobre seus valores e suas crenças (ou seja,
sobre sua moral).

(CHAUÍ, 2010, p. 386)

Passando a Aristóteles, este, em continuidade ao desenvolvimento do estudo da ética,


trazendo uma distinção entre dois saberes:

Saber teorético ou contemplativo_ que é o conhecimento dos seres e dos fatos


que existem e agem independentemente de nós e sem nossa intervenção ou
interferência, isto é, seres e fatos naturais e divinos. Ex: A chuva, os animais, etc.

Pág. 2
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Saber prático_ que é o conhecimento daquilo que só existe como consequência
de nossa ação e, portanto, depende de nós. Ex: A beleza, a justiça, as criações
humanas (a mesa escolar), etc.

Temos então que tanto a ética quanto a política é um saber prático para Aristóteles.

Dentro do saber prático temos ainda dois tipos de saberes:

Práxis_ o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis ou idênticos, eis


que o agente, o que ele faz e a finalidade de sua ação são o mesmo. Ex.: verdade
é uma virtude do agente, inseparável de sua fala verdadeira e de sua finalidade,
que é proferir uma verdade; não se distingue o falante, a fala e o conteúdo falado.
Logo na práxis ética, somos aquilo que fazemos e o que fazemos é a finalidade
boa ou virtuosa.
Técnica_ o agente, a ação e a finalidade da ação são diferentes e estão
separados, sendo independentes uns dos outros. Ex.: um carpinteiro, ao fazer uma
mesa, realiza uma ação técnica, na medida em que ele próprio não é essa ação
nem é a mesa produzida por ela. A técnica tem como finalidade a fabricação de
alguma coisa que é diferente do agente.

Voltando ao nosso pensamento histórico. No início do estudo ético, este ainda era ligado
a como bem viver, em outras palavras, como ter uma boa vida. Logo, as discussões
éticas recaiam mais sobre a reflexão do que era virtuoso (conduta positiva e boa avaliada)
e vicioso (conduta negativa e má avaliada). Por exemplo, temos em Ética a Nicômaco, de
Aristóteles, os seguintes valores resumidamente:

Pág. 3
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Resumidamente, a virtude em Aristóteles está no caminho do meio (meio-termo).

Para os gregos e romanos, ser controlado pelas paixões de forma irracional é uma
conduta avessa aos ditames éticos. Sendo que servia a ética como uma educação do
caráter do sujeito moral a fim de possibilitá-lo dominar racionalmente seus impulsos,
apetites e desejos, lhe orientando para o bem e a felicidade, a fim de formá-lo como um
membro da coletividade sociopolítica, tornando-o virtuoso.

(CHAUÍ, 2010, p. 389)

Percebam que a ética tinha a mesma função do que a moral, a diferença que sua
base encontrava-se na razão humana e em seu estudo sistematizado.

Pág. 4
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
2.1.2 O cristianismo

Com o advento do cristianismo, a ética foi entendida como dever em se cumprir o


ordenado pela lei divina, logo, ser virtuoso é buscar a Deus e cumprir a vontade de Deus.

Para tanto a virtude foi separada em: i. virtudes teologais (fé, esperança e caridade); ii.
virtudes cardeais (fortaleza, justiça, temperança e prudência); iii. virtudes morais
(sobriedade, prodigalidade, trabalho, castidade, mansidão, modéstia e generosidade).

Em oposição as virtudes morais temos os sete pecados capitais (gula, avareza,


preguiça, luxúria, ira, soberba/orgulho, inveja).

Foi graças ao cristianismo que tivemos a seguinte análise da conduta humana:

Algo importantíssimo para o direito foi exatamente a inclusão pela ética cristã, da ideia de
intenção, eis que até o cristianismo a filosofia moral localizava na conduta ética as ações
e atitudes visíveis do agente moral.

Pág. 5
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Sendo o cristianismo uma religião da interioridade, pois a vontade e a lei divinas não
estão escritas nas pedras nem nos pergaminhos, mas sim inscritas no coração dos seres
humanos, a relação ética acaba por se estabelecer entre o coração do indivíduo e Deus.
Como consequência, passou-se o julgamento ético para o coração, ou seja, as intenções
invisíveis.

3. O DEVER como agir ético

O senso de dever surge com o cristianismo, levando a crer na existência da necessidade


de se procurar um caminho ético em prol do “bem” e longe do “mal”.

3.1 Rousseau

No tema do DEVER, Rousseau afirmou que tanto a “consciência moral” quanto ao


sentimento do “dever” são parte da NATUREZA HUMANA e o DEDO DE DEUS em
nossos corações. Ou seja, por natureza, sendo o homem criação de Deus, somos
destinados a cumprir o “bem”, tendo a sociedade nos corrompido.

Para Rousseau o dever não é uma imposição externa, é interna, pois seria um simples
recordar da nossa boa natureza originária. Ao obedecer ao dever estaríamos na verdade
obedecendo a nós mesmos.

3.2 Kant

Kant se opôs a Rousseau, ao passo que para ele não existe a ideia de “bondade natural”.
Kant pensa no ser humano como seres egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos,
cruéis, ávidos de prazeres que nunca se saciam, sendo por isso que matamos, mentimos
e roubamos.

É justamente esta a razão de existir da ética; como um dever imposto de fora que nos
força a agir como seres morais.
Pág. 6
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Outro ponto de divergência é que, diferentemente de Rousseau que acreditava que o bem
vem do poder Divino exercido na natureza humana, Kant entende que o bem vem da
razão prática.

Por isso podemos conceituar razão prática. Nas palavras da professora Marilena Chauí
(2010, p. 393):

Kant se pergunta (CHAUÍ, 2010, p. 394):

Pág. 7
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
3.2.1 Mas então, o que seria dever para Kant?

Para Kant, dever não seria um catálogo de conteúdos fixos, ou uma lista de faça isto e
não faça aquilo. Mas dever seria uma FORMA que deve valer para toda e qualquer ação
moral.

Essa forma seria não indicativa, mas imperativa, ou seja, que não admite hipótese (se ...
então), nem condição; mas vale incondicionalmente e sem exceções para todas as
circunstâncias de todas as ações morais. Por isso o dever é um IMPERATIVO
CATEGÓRICO, ou seja, uma LEI MORAL INTERIOR.

Para tanto Kant formula três máximas (fazer como tópicos):

Explicação

Pág. 8
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
3.2.2 Agir como motivo moral.

3.2.3 O imperativo categórico determina condutas?

3.2.4 O imperativo categórico e a mentira

3.3. Hegel

Hegel critica Kant e Rousseau pelo fato de que ambos focaram muito na relação entre o
homem e a natureza. Para Hegel, o que mais interessa na relação ética é estuda-la sob o
prisma da relação social, ou seja, entre o homem e o homem em sociedade.

Em termos filosóficos, Hegel critica Kant e Rousseau no ponto de que estes focam
somente na vontade individual subjetiva, sendo que, deveriam também delegar cuidado e
atenção à vontade objetiva.

Conceituamos então essas vontades. Segundo Hegel:

Vontade individual subjetiva_ é a vontade do indivíduo em seu íntimo, na sua natureza,


em seu espírito (Rousseau chama de coração; Kant de razão prática).

Pág. 9
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Vontade objetiva_ é uma vontade impessoal, coletiva, social, pública e historicamente
determinada, que cria instituições sociais, políticas, religiosas, artísticas (ou seja, família,
religião, artes, técnicas, ciências, relações de trabalho, organização política, etc.) e, com
elas, a moralidade por meio da mores (costumes e valores de uma sociedade em uma
determinada época).

Para Hegel:

3.3.1 A crítica a Kant de Hegel:

3.3.2 O método de análise hegeliana de uma nova sociedade

Pág. 10
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
4. Henri Bergson

Seguindo as inquietações de Hegel, Bergson também busca compreender a ética numa


correlação entre dever e cultura, ou seja, dever e história. Para tanto, Bergson faz uso de
dois conceitos:

Moral fechada_ é a moral vigente na época, aquela que é repetitiva, habitual e


respeitada.

Moral aberta_ é a criação de novos valores e novas condutas que rompem com a moral
fechada.

5. Baruch Espinosa

Para entendermos o pensamento de Espinosa inicialmente temos que compreender que o


autor entende que o ser humano é naturalmente afetivo.

Ser naturalmente afetivo quer dizer que nosso corpo é afetado por outros corpos (que
podem conservá-lo, regenerá-lo, enfraquece-lo e destruí-lo) e afeta outros corpos
(podendo da mesma forma conservá-los, regenerá-los, enfraquece-los e destruí-los).

Sendo que essas afecções corporais acabam por se exprimir em nossa alma na forma de
afetos (ou sentimentos), logo nosso corpo é psiquicamente vivido por nós sob a forma
afetiva.

Exemplo: Quando algo aumenta nossa capacidade vital do corpo, tendemos a amá-la;
quando algo nos enfraquece tendemos a odiá-la.

Assim, o afeto ou o sentimento é constitutivo da nossa relação entre alma e corpo.

Para Espinosa, existem dois tipos de afetos:

Pág. 11
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Paixões_ são causadas por força ou coisas externas. As paixões são naturais, eis
que somos criaturas rodeadas por outras e somos naturalmente afetados por elas
de diversas maneiras, eis que, somos naturalmente passivos (ou seja, passíveis de
sofrermos a ação de causas exteriores a nós). Espinosa elenca três paixões
originais ou primitivas alegria, tristeza e desejo; as demais paixões nascem das
primitivas, a saber: da alegria nasce o amor, devoção, esperança, segurança,
contentamento, misericórdia, glória; da paixão de tristeza nasce o ódio, inveja,
orgulho, arrependimento, modéstia, humildade, medo, desespero; da paixão do
desejo nasce a gratidão, glória, benefvolência, cólera, crueldade, vingança,
ambição, temor, ousadia, luxúria e avareza. Segundo Espinosa, essas paixão não
são boas nem ruins, apenas naturais ao ser humano.
Ações_ são causadas por força interna. É o controle das paixões.

5.1 Vício e Virtude para Espinosa

Pág. 12
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Pergunta Espinosa:

5.2 O conceito de bom e mau

Bom_ aquilo que é útil para o crescimento de nosso ser.


Mau_ é o que nos impede de alcançar algo bom para nossa existência.

Todos nós buscamos por natureza o bom-útil e nos esforçamos para nos afastar do mau-
nocivo.

Por isso vivemos em sociedade. Para Espinosa:

Pág. 13
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
6. CORRENTES DA FONTE DAS NORMAS ÉTICA:

6.1 DO RACIONALISMO ÉTICO

 A concepção intelectualista_ a vida ética ou a vida virtuosa depende do


conhecimento (inteligência/intelecto).
 A concepção voluntarista_ a vida ética ou a vida virtuosa depende da nossa
vontade.

6.2 DO EMOTIVISMO ÉTICO

Pág. 14
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
6.3 DO IRRACIONALISMO ÉTICO

Contestando qualquer intervenção da razão aos desejos, para essa corrente o ser
desejante (a pessoa que deseja, nós) deve ser livre para exercer suas paixões e desejos.

O grande nome dessa corrente é Nietzsche. No livro, a genealogia da moral, o autor traz
os seguinte apontamentos e críticas:

Pág. 15
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
7. EMMANUEL LÉVINAS:

Somos reféns, vítimas e autores de nossa história. Nascemos e nos concebemos em um


mundo que nos é dado tecnologia, linguagem, acordos e valores sobre bem e mal.
Se imaginamos que agidos de forma verdadeiramente livres é porque não percebemos o
quanto somos presos em nossa história e em nossa sociedade. Para citar Marx:

MARX, Karl. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011, p. 25.

É neste ambiente histórico que Lévinas traz suas primeiras reflexões, especialmente
quando discorre sobre o peso da história sob o homem, citamos:

LÉVINAS, Emmanuel. Algunas reflexiones sobre la filosofía del hitlerismo. In LEVINAS,


Emmanuel. Los Imprevistos de la historia. Salamanca: Ediciones Sígueme, 2006, p. 29.

Sob esta responsabilidade do outro para conosco, que a ética levinasiana é marcada pela
proximidade de outrem, por uma presença concreta e material, razão pela qual Lévinas
não hesitou em dizer que “a matéria é o lugar próprio do para-o-outro” (LÉVINAS,

Pág. 16
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
Emmanuel. De Otro Modo que Ser o más Allá de la Esencia. Salamanca: Ediciones
Sígueme, 2011, p.136).

Diversamente que todo o estudo ético que analisamos acima como um reencontro
“comigo mesmo”, ou seja, da natureza humana (divina ou da razão), para Lévinas deve-
se sair da abstração para o concreto e perceber que o outro é um sujeito de carne e osso,
homem que tem fome e que come, entranhas numa pele e, portanto, susceptível de dar o
pão da sua boca ou de dar a sua pele (LÉVINAS, Emmanuel. De Otro Modo que Ser o
más Allá de la Esencia. Salamanca: Ediciones Sígueme, 2011, p.136).

Logo, o campo adequado para o pensamento, é a saída de si mesmo para enxergar o


outro e ser tocado por ele, por suas dificuldades e carências. Nasce com isso a ÉTICA
DA ALTERIDADE, que busca uma saída das amarras que oprimem o ser humano e
diminuem a vida.

A filosofia de Lévinas é centrada sobre a consciência humana, enfrentando a


subjetividade do eu que encontra o outro. Sendo que o conceito de OUTRO é aquilo (ou
aquele) que não sou. (MARTINS, LEPARGNEUR, 2014, p. 56)

O ponto de partida absoluto de toda a reflexão de Lévinas é a ética. Uma ética que
concentra sua emergência na responsabilidade presumida que decorreria do encontro
com o rosto do outro. O autor despede energicamente o esquema clássico que faz a
responsabilidade ética brotar de uma liberdade. Para Lévinas, o outro é minha
responsabilidade anteriormente a toda tomada de consciência da própria liberdade.
(MARTINS, LEPARGNEUR, 2014, p. 58).

Conceitos para entender Lévinas:


ÉTICA: a ética é para Lévinas a filosofia primeira. Baseia a ideia do OUTRO como Razão
que fundamenta o Eu. Essa Razão dialogal na confrontação entre dois seres não é
abstrata, mas o encontro com o totalmente nu, com o fato último, impresso no olhar do

Pág. 17
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023
estrangeiro, da viúva e do órfão. A ética levinasiana se sustenta apenas pela experiência
ética do face a face. (MARTINS, LEPARGNEUR, 2014, p. 7/8)

VIOLÊNCIA: para Lévinas, toda pensamento


pretérito provoca um tipo de violência sobre o Outro. Transgredir a alteridade humana
como critério ético significa entrar no campo da violência. O Outro, quando reduzido a
conceito, perde a capacidade de mostrar-se na singularidade do seu próprio rosto. É a
percepção do Outro a partir do Eu. Uma vez reduzido a conceito, fica fácil intervir sobre o
outro de forma útil, instrumental e violenta. A superação da violência se dá somente com
o Eu colocando-se a serviço do Outro. Esse colocar-se do eu a serviço do Outro, como
responsabilidade pelo Outro, parte do “desinteresse” pelo ser, entendido como si mesmo.
A expressão “desinteresse” quer dizer o “não interesse do eu pela reciprocidade do outro”.
Gratuidade (MARTINS, LEPARGNEUR, 2014, p. 8).

RESPONSABILIDADE: em Lévinas, a responsabilidade antecede a liberdade. O critério


decisivo é o Outro que antecede o Eu. A liberdade do Eu esbarra na responsabilidade
pelo Outro que se me impõe. A busca pela “saída de si” esbarra na responsabilidade pelo
Outro. Ao infinito a quem se dirige em sua noção de rosto, põe em causa a liberdade
espontânea em nós. O rosto é presença viva, é expressão. A experiência absoluta não é
desvelamento, mas revelação e manifestação de um rosto para além da forma. Acolher o
outro – Outrem – é pôr minha liberdade em questão. (MARTINS, LEPARGNEUR, 2014, p.
7)

BIBLIOGRAFIA

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010.

MARTINS, Rogério Jolins; LEPARGNEUR, Humbert. Introdução a Lévinas: Pensar a


ética no século XXI. São Paulo: Paulus, 2014.

Pág. 18
FACULDADE DE IBAITI - FEATI
2023

You might also like