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Construcdo do futuro e gestao da carreira Fig: 1 | Donald Super 1. Desenvolvimento vocacional na adolescéncia 1.1, Teoria do espaco e do curso de vida - Donald Super ‘Todos nés experienciamos, ao longo das nossas vidas, momentos em que temos de fazer escolhas muito importantes relativamente ao nosso projeto de vida. Algumas destas escolhas determinaram ou determinardo 0 nosso percurso académico e profissional Quando nos decidimos por uma érea curricular no ensino secundirio, quando esco- Ihemos um determinado curso superior ou quando decidimos investir num determinado percurso profissional, consideramos um aspeto muito relevante: a nossa vocacao. E claro que todos nés conhecemos muitos casos em que as pessoas nem sempre fazem este tipo de escolhas em fungao da sua vocagio, e isso deve-se, principalmente, a dois tipos de razdes; em primeiro lugar, quando essas decisdes so tomadas, as pessoas nao estao conscientes da sua vocacio e, em segundo lugar, as pessoas tém uma vocagio muito defi- rida, mas as circunstancias da vida condicionaram-nas a tomar certas decisbes que nao vio ao encontro da sua vocagao. A verdade 6 que os estudos realizados pelos investigado- res permitem-nos-afirmar com seguranca 0 seguinte: se seguirmos a nossa vocagao, temos mais probabilidade de ser- ‘mos bem-sucedidos naquilo que fazemos. © que é a vocagio? A vocagao é um termo que deriva do latim vocatio, que significa «chamamento». Assim, quando dizemos que temos vocagao para aprender ou realizar algo, queremos dizer que aquele assunto ou que aquela tarefa nos chama em virtude de uma propensio, tendéncia ou disposigéio que possuimos. Esta propenséo, tendéncia ou disposigao pode nascer connosco, pode ser adquirida através da experiéncia ou pode resultar da combinacao de ambas as situagies, Fig. 2| Construgio da carreira, Donald Super considera que a carreira, nas sociedades modernas, a par da familia, dos amigos, da formagio, da realizacio afetiva e do lazer, tem uma importancia muito relevante para o desenvolvimento do individuo. A escolha de uma carreira é, em grande ‘medida, a consequéncia de uma vacagao, Por esta razio, é correto afirmar que a escolha de uma carreira é de algum modo, um comportamento vocacional Por que razio escolhemos tirar um curso superior de Psicologia e nao de Matemética? Por que razdo escolhemos ser professores, médicos ou mecdnicos de automéveis? Sera que a vocagio é algo que descobrimos apenas num determinado momento da vida e que depois se mantém inalteravel? Para tentar responder as interrogacdes mais comuns acerca daquilo que nos leva a enveredar por uma determinada carreira ou varias carreiras a0 longo da nossa vida, Donald Super investigou os comportamentos vocacionais ¢ apre- senta-nos uma teoria do desenvolvimento vocacional. As suas investigagdes mostraram- -Ihe que o desenvolvimento da vocagio é um processo continuo e dinamico que com- preende toda a vida do individuo, desde a infancia até a velhice. Isto quer dizer que a vocacao nao é um fenémeno localizado apenas num determinado momento da vida do individuo e que a prdpria vocagao nao é algo acabado e definitivo. A vocagio esta sempre envolvida no préprio processo de desenvolvi mento da carreira Segundo Super, o desenvolvimento voe: mago dos autoconceitos cional depende da for- * Os autoconceitos sao formados pelas percegoes que o indi- viduo vai construindo acerca de si durante as varias expe- riéncias que vai tendo ao longo da sua vida. Fig. 3 | Autoconceito, Para este investigador, todos os individuos tém varios autoconcei tos. Estes vio sendo construidos através das experiéncias passadas e condicionam as expe- riéncias futuras. Imagina que tens autoconceitos muito positivos de pai, de trabalhador e de cidadio. Tens estes autoconceitos, certamente, porque foste bem-sucedido nas varias tarefas que realizaste. Ora, estes autoconceitos vo ajudar-te a seres bem-sucedido nas tare~ fas que tens de desempenhar ¢ fardo com que tenhas satisfacao em realizé-las. Neste caso, € como se fosse uma espécie de tendéncia para um ciclo virtuoso. No entanto, também. pode acontecer 0 contrério, nomeadamente quando o individuo desenvolve autoconceitos negativos. 1.1.1, 0 autoconceito vocacional «0 autoconceito varia ac longo do tempo, e desenvolve-se em resultado da experiéncia, Como tal, o desenvolvimento da carreira compreende uma vida inteira.» Donald Super © autoconceito vocacional é a ideia que um individuo tem da sua capacidade de desempenhar os papéis que uma determinada idade e situagao exigem. Este vai mudando ao longo do tempo, e o seu desenvolvimento resulta das experiéncias passadas ¢ condi- ciona as experiéncias futuras. O autoconceito vocacional vai sendo construido durante o desenvolvimento da carteira, condicionando-a e sendo condicionado por ela. Por isso, tal como 0 autoconceito vocacional, a carreira é uma realidade dindmica que é construfda a0 longo da vida. a Em sintese: . _» Corresponde a percecdo que uma pessoa tem de si no mundo. | Occonceito que 0 individuo tem do eu (self cria a base do ~ desenvolvimento da carreira. < Oconceito que o individuo tem do seu eu (self evolui como tempo. 95 W/E Construgao do futuro e gestéo da carreira © desenvolvimento do autoconceito vocacional é influenciado pelos seguintes ele- mentos: © Cresci rento fisico e cognitivo; * Observagao e avaliagdo do trabalho; * Identificagao com os adultos com que se trabalha; + Omeio envolvente; * Acolegio de experiéncias. Vejamos um exemplo: Até aos 14 anos, 0 Jodo, aluno mediano, sempre pensou que nao teria grande futuro na escola. Tinha como objetivo acabar 0 12° ano e ir trabalhar como instrutor de surf. Sen- tia que tinha nascido para os desportos ao ar livre, pois era af que se realizava e sentia que era verdadeiramente bom. Ao 15 anos, conheceu um professor que Ihe mostrou o fasci- nante mundo da matemética e o quanto era bom a resolver 0s exercicios mais dificeis. Passaclos muitos anos, ¢ professor de Matematica e esté a concluir 0 doutoramento. Esta hoje convencido de que é 0 homem certo no lugar certo. PROFESSOR Proposta de coresio ds atdades 141. Faia. Segundo. Super, a cag, tl como a cai, & [Rapes ateracits. ee ecole PSE: Atividades 1.2. Fal, Segundo Super acar || tin desemale-s ao logo dos | pais fundamen gue o ser 1. Identifica as afirmagées que se seguem como verdadeiras ou falsas e corrige as falsas: — 1L1. Segundo Super, a vocagio é algo que se consti quando o individuo atinge aidade em 1P tis endo {que tem de tomar decisdes quanto ao projeto de carreira que quer construir, 1A edad. 1.2. Segundo Super, a carreira corresponde exclusivamente ao tempo em que o individuo 1s eri desenvolve atividades relacionadas com o trabalho remunerado. 1s Fak attoconent or Poct easel fr vin 13, Segundo Super, a vocagio desenvolve-se com a prépria evolugao da carreita fore as omna obsenagio€ do Super, néo temos 1s Varios autoconceitos, Feit cance 114, Segundo Super, nao temos um, mas ttoconceit Ones 1.5, As experiéncias que temos na realizagao das tarefas que vamos realizando ao longo da eee vida influenci sito vocacional mee ee ida influenciam 0 nosso autoconct | ee pelted ae 1.6. O autoconceito vocacional é influenciado exclusivamente pela observacio e pela ava- ec liagdo que o individuo faz do trabalho que realiza. 17 Fas. O atconct oo- ional vai rand 9 longo do 17. O autoconceito vocacional, uma vez formado, jamais se altera | tenga, cose desenciento reads mines ace pe Fs . Maturidade vocacional ‘Outro conceito importante para compreendermos a teoria de Super é 0 conceito de matu- tidade vocacional. A matutidade vocacional é 0 conjunto das capacidades cognitivas e afe- tivas que um individuo possui para realizar as tarefas e 08 papéis sociais exigidos num deter- minado estadio de desenvolvimento. O desenvolvimento deste processo maturacional inicia-se na infancia e nao se desenvolve de forma linear, pois depende da avaliagao positiva ‘ou negativa que o individuo vai fazendo do seu desempenho. Por esta razdo, a maturidade vocacional tem uma relagio de interdependéncia com o autoconceito vocacional. s A maturidade vocacional nasce do sentimento de que os individues ‘ém algum controlo relativamente ‘a0 que se passa nas suas vides. ae _ oconhecimento de si e do meio envolvente, % s individuos estdo conscientes dos seus limites e das suas poten- cialidades, ro on Os individuos sio capazes de iden- tifcar 0s sous interesses \.-Amaturidade vocacional inclui a capacidade de o individuo assumir a responsabilidade plas suas decisses. 3s individuos sdo capazes de fazer cescolhas reaistas e de realizar, sempre que necessirio, justamen- tos de forma auténoma Podemos identificar no desenvolvimento da maturidade vocacional cinco fases: * Descoberta - £ « momento inicial que permite sonhar ser isto ou aquilo e iniciar a autodescoberta. * Exploracio ~ Exige a exploragao dos varios componentes da personalidade, do meio envolvente e das varias profissdes. * Cristalizagdo — Consiste em classificar, reagrupar e selecionar as diferentes pro- fissdes e determinar interesses baseados nas ocupagées profissionais. * Especificacao ~ Existe uma especificacao das preferéncias, bem como o investi- mento numa determinada drea de interesses, com vista a uma carreira futura. * Realizacio - E a fase em que se planifica 0 projeto da carreira, se determinam estratégias para a realizacdo da escolha e em que a escolha efetivamente se faz Se considerarmos a escola como um espaco ¢ a adolescéncia e a juventude como um tempo muito importantes para o desenvolvimento da personalidade, da identidade e da vocagio dos seres humanos, o estudo das tearias do desenvolvimento vocacional e da car- reira, nomeadamente da teoria de Super, ndo se reveste de grande interesse apenas para pais, psicdlogos e professores. Deverd, também, ter um grande interesse para ti, O facto 9” BCE Cy 7 Construgio do futuro e gestao da carreira de seres jovem e estudante deverd suscitar o interesse por compreenderes 0 processo de | desenvolvimento do autoconceito vocacional e da maturidade vocacional. Assim, poderas estar consciente da importdncia de colocares a ti préprio as questdes certas para o pla- neamento do teu futuro e da tua carreira, tais como: + Estarei preocupado com as minhas escolhas quanto a carreira que vou seguir? + Estarei consciente de que um dia terei de tomar uma decisdo quanto & minha car- reira? Estarei preparado para isso? + Estarei consciente das minhas aptidées e das minhas limitagdes? + Estarei a investir no conhecimento do mercado de trabalho de maneira a tomar uma boa deciso? (O meu autoconceito vocacional comegou a ser formado de uma forma estavel? «+ Terei alguma vez a experiéncia de ser auténomo no meu trabalho? + As minhas escolhas de carreira sio realistas? 1.1.3. Contexts em que ocorre o desenvolvimento vocacional e papéis associados Contextos Segundo Super, 0 contexto no qual 0 individuo esta envolvido tem uma grande importéncia para a evolucao da sua carreira e da sua personalidade. Podemos identificar neste contexto, genericamente, dois aspetos » Contexto familiar Pa ’ A crianga 6 influenciada pelos recursos que a familia tem para lhe oferecer, g.4 | Familia pelo contexto psicolégico, social e econdmico em que se dé o seu desenvolvi mento. Na interagdo com a familia, a crianga constréi a sua identidade, aceitando ou rejeitando certos papéis, * Contexto econémico As especificidades do contexto econémico condicionam as escolhas de car- reira, uma vez que é este contexto que torna mais ou menos apetecivel a escolha de uma determinada étea profissional. Fig. 5 | Sucesso profissional. Papéis Segundo Donald Super, a carreira desenvolve-se ao longo da realizagao dos papéis, fundamentais que o ser humano vai desempenhando ao longo da vida. Para desempe- nharmos estes papéis, teremos de cumprir as tarefas especificas de cada um dos estédios da vida do individuo. Compreender o conceito de «papéis da vida» permite-nos com- preender que a carreira nao ¢ algo circunscrito a uma «idade produtiva» e a uma carreira remunerada, mas todo um processo que vamos construindo desde a infancia. © modo como desempenhamos estes papéis condiciona 0 nosso autoconceito vocacional. +» © processo educative na sua dimensdo formal e informal. + A importancia do papel de estudante vai diminuindo com a idade. + O papel de trabathador ests, sobretudo, associado a uma atividade remunerada. + Este tipo de atividede implica que um individuo assuma as responsabilidades inerentes as tarefas que tern de realizar. + As obrigagdes para com a vida familiar variam muito consoante a idade, sto é a responsabilidade de um adulto 6 incompara~ ‘velmente maior do que a de um adolescente. Na velhice, uma vez que ndo hé a responsabilidade de crar os filhos, essa res- ponsabilidade diminui + Estd relacionado com todo o tipo de trabalho voluntario e implica a participagao do individuo em atividades cujo objetivo seja ‘oben comum. dah: Atividades 1. Identifica as afiemagies que se seguem como verdadeiras ou falsas e corrige as falsas 1. Segundo Super, apenas 0 contexto econémico condiciona 0 desenvolvimento vocacio- nal 1.2. Super apresenta, na sua teoria, um conjunto de tarefas especificas que os individuos, em geral,realizam de forma ordenada ao longo das varias idades da sua vida. 1.3, Para que um individuo revele maturidade vocacional,terd de ser capaz de identificar os seus interesses, 1.4. A maturidade vocacional depende exclusivamente das capacidades cognitivas do indi- viduo. 118, A primeira fase do desenvolvimento da maturidade vocacional é aquela em que existe tuma exploragao dos varios componentes da personalidade, do meio envolvente e das viiias profissbes. 1.6. Segundo Super, o desenvolvimento da carreira resulta do modo como realizamos os papéis e as tarefas que Ihe estdo associadas. Estes papéis nio esto circunscritos aos papéis referentes a uma carreira remunerada, mas estendem-se aos papéis que realiza~ ‘mos ao longo de uma vida, como, por exemplo, ser pai ou mae. PROFESSOR Proposta de coresio in atldades| 1, Fabs © desemavimento ‘ocaionalécondccrad pelo cents fiir eeconémica, 12 Neda. 13. Needade| 1A Fab A matusidde voeaco- nal depende das cpacdades tognutnase sets do indo. 1.5 Fala A pier fase do de- sevolvimerto d matuidede ecacional€ a fase em que se serhaseristo ov agulbese nia autdesobera us Nerds Construgao do futuro e gestao da carreira 1.1.4, Estadios de desenvolvimento vocacional ~ 0 maxiciclo Cry Cs cr Estadio rescimento Do nascimento aos 14 anos 2° Estédio Exploragio ‘Dos 15 a0s 24 anos ° Estadio Estabelecimento Dos 25 aos 44 anos 49 Estadio Manutengéo os 45 aos 64 anos 5° Estadio Descompromisso Depois dos 68 anos ; Crescimento F De um modo genérico, podemos dizer que este estadio € caraterizado por um processo de adaptacdo ao meio envolvente e a formagao inicial do autoconceito vocacional, Numa primeira fase, a crianga expressa necessidades e inicia a construgio do autoconceito voca cional a partir de processos de identificacéo com as pessoas que so mais importantes para ela. A consciéncia das aptiddes para a realizaco das tarefas marca o fim deste estadio. Fig. 6 | Crescimento na Infancia Exploracio Genericamente, podemos dizer que o adolescente ¢ o jovem desenvolvem as suas tarefas no sentido da exploragao, cristalizacao, especificacao e imple- mentagio de uma preferéncia vocacional. Este é um perfodo em que o indivi duo explora 0 ambiente, explora as varias componentes da sua personalidade € experimenta varias ocupagies ¢ profissdes (exploragao). Neste estado, veri- fica-se, também, uma classificagao ou reclassificagéo das diferentes profissSes equacionadas e uma cristalizagao de interesses que resultam das experiéncias acupacionais e profissionais (cristalizagao) e, posteriormente, a escolha da car- reira (especificacao) e a sua planificagao (implementagao) Fig. 7 | A adolescéncia - idade da exploragio. Estabelecimento Apesar de poder haver mudangas de atividade profissional no inicio deste estddio, este é caraterizado pela estabilizagao numa profissao e pela consoli- ago do estatuto alcangado durante o desenvolvimento profissional Fig. 8 | Bisto que eu gosto de fazer 100 Manutencéo O individuo da continuidade e consolida os planos estabelecidos anteriormente. Esta consolidacao implica investimentos na atualizagao e na infovacao. Descompromisso Este estidio é caraterizado pela desageleracao das atividades profissionais e pela pla- nificagao da aposentagao. 11 SHoetas desenvolvimento vocacional Aprendeste anteriormente a identificar e a caraterizar os diferentes estadios do desen- 18." | Aaposentag30—o inicio volvimento da carreira que constituem 0 maxiciclo, Estes estddios sao: crescimento, explo-_ 1° 4™# Nv etapa. racGo, estabelecimento, manutengdo e descompromisso. Ora, nos periodos de ajustamento reavaliacio da carreira que ocotrem ao longo da vida do individuo, estes estadios também esto presentes, agora em miniciclos. Para Super, a cada um destes miniciclos correspon- dem tarefas especificas, como poderas ver no quadro 1 = Quadro 1 Pe Crescimento Desenvolver um autoconceita realist. Exploragio ‘Aprende acerca das oportunidades. Estabelecimento Iniciar a escotha de uma carrera. Manutengio CCumprira escolha ocupacional efetuada, Descompromisso Dedicar menos tempo aos hobbies. Crescimento Aprender a identificarmo-nos com 0s outros, Bxploragio Encontrar a oportunidade desejada, Estabelecimento Estabilizar numa posigio confortével ‘Manutengio Fazer com que a posigio ocupacional seja segura, ‘Descompromisso Reduzir a participagao em desportos. Crescimento Aceitar as suas préprias limitagbes, Explorasio Identificar novas tarefas nas quais se pode trabalhar, Estabelecimento Desenvolver novas capacidades, ‘Manutengao Aguentarmo-nos perante a competicio. Descompromisso Focarmo-nos no essencial Crescimento Desenvolver e valorizar papéis nio ocupacionais. Boploragio Encontrar um bom local pata passar a reforma, Estabelecimento Fazer coisas que sempre se quis fazer. Manutengio Manter o que se gosta. Descompromisso Reduzir horas de trabalho. itp: ices got nedatrs practioner creer pracicl te thoy maine theory (adapads) 101 Construgao do futuro e gestéo da carreira oe ra Fig. 10 [John Lewis Holland, PROFESSOR Proposta de corresio as atldades| 11 Fas. Super dou um cont ‘bo importante 3 pilog vocaional porque dew uma ‘grande levine 20 corte no ‘eservolimeno da. persona dadedosindvidons &consruio do autoconesio eo deseo mento da matidade oracoral 12. Verda 13 Fale. Durante 0 esto de cresdmento, a crianga, na soa dapacoao mea nin a cons- trig d autoconceto voeao ral {U4 Fasa. Duane o esto da cepleragio, 0 adcescente © 0 joven deservolvem as sus tae {ax no sendodaeloaca cs tala, especies e imple mentagio de uma preferéncia weasel 1S Verdc 1.2. Fatores que influenciam as escolhas vocacionais ‘Como jé viste, nem todos os seres humanos tém a mesma vocagao. Por que razao tem certos individuos uma grande vocaco para as ciéncias ea sua maior ambigdo é terem uma carreira na investigacao cientifica e outros desejam acima de tudo conduzir camides de longo curso? Por que motivo tém algumas pessoas uma vocagao definida desde tenra idade e outras tém grandes indecisdes e incertezas relativamente & sua vocacao? elo que aprendeste com a teoria de Donald Super, dirias que a vocagio do individuo depende do autoconceito vocacional. Este vai sendo construfdo & medida que individuo vai tealizando os papéis e as tarefas tipicos de cada um dos estédios do seu desenvol mento. No entanto, existem outras teorias que valorizam outros aspetos do desenvolvi- mento vocacional e das escolhas vocacionais. co) John Lewis Holland estabelece uma relagao entre a vocagao, 0s interesses e a per- “ sonalidade do individuo. Segundo este investigador, as escolhas vocacionais dos indivi- duos resultam da interaco entre os seus interesses, a sua personalidade e o ambiente em {que estao inseridos. Como vimos anteriormente, a adolescéncia é um dos momentos mais importantes na definigao da identidade vocacional. £ neste periodo que se fazem escolhas muito impor- tantes no que diz respeito ao futuro percurso enquanto estudante e, consequentemente, de carreira, Ao decidir se queremos investir num tipo de formagao profissional ou de pros- seguimento de estudos, se queremos frequentar um curso de ciéncias e tecnologias ou um curso de artes visuais, temos de ter em atengéo muitos fatores. Estes fatores podem ser divididos em dois grandes grupos: os fatores individuais e os fatores institucionais, como veremos a seguit. B46 Atividades 1. Identifca as afirmagées que se seguem como verdadeiras ou falsas e comige as falsas: 1L1. Super deu um contributo importante a psicologia vocacional porque atribuiu uma impor- tncia central as aptidées e aos condicionalismos genéticos nas tomadas de decisio voca~ cionais. 112. Super considera que o desempenho das tarefas e o autoconhecimento que o sujeito tem do seu desempenho influenciam o seu autoconceito e maturidade vocacionais. 13. Durante o estidio de exploragao, o individuo, na sua adaptacio ao meio, inicia a cons- trucdo do autoconceito vocacional 1.4. Durante o estadio da exploracio, o adolescente e o jovem desenvolvem as suas tarefas exclusivamente no sentido da exploragao de uma preferéncia vocacional 1.3, Donald Super defende que a vocagdo do individuo depende do autoconceito vocacio- nal 102 Fatores individuais influenciadores das escolhas vocacionais Ha quatro fatores individuais principais: os interesses, os valores, as aptiddes e o ren dimento escolar. Apresentamos em seguida uma explicagao de cada um deles. + Os interesses Dizemos que alguma coisa nos interessa quando nos sent ‘mos atraidos por ela e sentimo-nos atraidos em fungao de deter- minadas carateristicas que temos, nomeadamente aquelas liga das 4 nossa personalidade, Holland classifica os interesses vocacionais em seis tipos, que correspondem aos seis tipos de personalidade por ele identificados: os realistas (por exemplo, atividades agricolas ou relacionadas com a mecdnica dos auto- méveis), 0s investigadores (por exemplo, nas dreas da medicina ou das restantes ciéncias), os artisticos (nas artes em geral), os sociais (por exemplo, professor, assistente social ou psicdlogo) 05 empreendedores (por exemplo, nas areas da gestio ou da politica) e os convencionais (por exemplo, atividades de carter administrativo). Os interesses estdo relacionados com a satisfa cao e a tealizagao que 0s individuos retiram das tarefas ~ e isso um fator que contribui para o sucesso nas mesmas. A teoria de Holland ¢ particularmente importante para compreendermos a importancia do contexto na construgo da carreira. Segundo Holland, pessoas com o mesmo tipo de personalidade e de inte resses criam um ambiente de trabalho que lhes é propicio. Ao mesmo tempo, procuram determinados contextos favordveis as suas carateristicas para que possam expressar 05 seus aspetos de personalidade, isto é, os seus valores, as suas atitudes, et, reti- rando dat satisfac’ 10 € sucesso. Fig. 11 | Satistagdo e realizagéo. + Os valores Nao ¢ facil definir o que é um valor. Podemos ainda assim dizer que um valor é algo que um individuo considera como bom. Se consideras que devemos ser honestos, leais ¢ trabalhadores, entdo isto quer dizer que tens como valores a honestidade, a lealdade dedicacao ao trabalho. E se 0s valores dos teus pais forem iguais ou semelhantes aos teus, serd natural que eles digam que és uma pessoa com bons valores. Podes também dar grande valor a riqueza e, portanto, considerar que o grande objetivo da tua vida é teres muito dinheiro para comprares tudo o que desejares. Os valores so muito importantes na formagao da personalidade e da identidade dos individuos, pois muitos dos nossos comportamentos resultam dos nossos valores. Por exemplo, se uma pessoa da grande valor & solidariedade e ao bem-estar dos outros, é natu- ral que tenha comportamentos solidarios. O mesmo acontece com a vocagao. Poderas querer seguir uma carreira de investigador no ambito da medicina, pois valorizas tanto o conhecimento como a necessidade de diminuir o sofrimento dos outros. Assim, os valores tém uma grande influéncia nas opgdes vocacionais que fazemos. 103 Construgao do futuro e gestao da carreira * As aptidoes Podemos definir a aptiddo como uma tendéncia, uma capacidade natural ou adquirida, que nos permite realizar uma fungo. Conhecer as aptiddes & muito relevante para uma boa tomada de decisio vocacional. Certamente reco: nnheces que fazer uma escolha vocacional no sentido contrério das nossas apti des 86 levard a esforgos acrescidos e diminuiré significativamente as proba bilidades de éxito, satisfagao e realizago que possamos alcangar. E por isso que, quando nao estamos conscientes das nossas aptides, devemos procurar © auxilio de um psicdlogo especializado na érea da psicologia vocacional! para nos ajudar a tomar a decisao certa A intervencao vocacional, segundo Frank Parsons, deve contemplar os seguintes aspetos: «Primeiro, uma compreensio clara do prdprio, das suas apti dées, interesses, recursos, limitacdes ¢ outras carateristicas. Segundo, um conhecimento das exigéncias e condigdes de sucesso, vantagens e desvanta gens, compensagdes, oportunidades e perspetivas em diferentes tipos de tra- balho.Terceiro, um raciocinio légico acerca das relagdes entre estes dois grupos de dados.» (Escolher uma Carreira, 1909). Fig. 12 [Tados nés temos aptidées. * Orendimento escolar O rendimento escolar tem uma grande influéncia nas escolhas vocacionais, Embora haja varios aspetos a considerar na relagio entre o rendimento escolar e as escolhas vocacionais, vamos destacar apenas os principais: 0 abandono escolar ¢ os resultados escolares. # O abandono escolar Sempre que um aluno abandona a escola antes do ensino obrigatério ou antes de completar o ciclo de estudos que iniciou, est numa situagao de abandono esco- lar. Este € considerado por muitos investigadores como uma situagao de exclusio social. Se considerares o que aprendeste até agora sobre o desenvolvimento voca- ssariamente um impacto muito negativo sobre o autoconceito do individuo. Para além disso, o abandono escolar tem implicagdes diretas muito negativas sobre as possibilidades efetivas de escolha que 0 individuo tem. cional, certamente verds que o abandono tem nec Os resultados escolares Os resultados obtidos durante o percurso escolar sao um fator muito relevante para o desenvolvimento da vocagao. Certamente nao sera prudente optar por um curso de Ciéncias e Tecnologias quando sempre tivemos més classificagSes a Mate- miatica e a Quimica, e excelentes classi Estrangeitas. Situagées de insucesso escolar acarretam para os alunos sentimentos aces a Portugués, Historia e Linguas de falta de confianga e inferioridade, e estes sentimentos so muito prejudiciais na formagao da imagem que os individuos tém de si mesmos. De facto, 0s resultados obtidos pelos alunos tém, também, um grande impacto na formagao do seu auto- conceito vocacional, jologa vocadanal é ura Fatores institucionais influenciadores das escolhas vocacionais: Hé dois fatores institucionais principais: a escola e a formacao profissional. Apresen- lamos em seguida uma explicagao de cada um deles. * Rescola A escola 6 um fator determinante no desenvolvimento vocacional dos indi viduos. Tem grande relevdncia no desenvolvimento dos fatores individuais influenciadores das escolhas vocacionais ja referidos, tais como os interess: as aptides, os valores e os priprios resultados escolares alcangados pelos al nos. Estes fatores individuais sao também condicionados pela familia e pelos contextos sociais, culturais e econémicos. A escola é um lugar fundamental de aprendizagem social, onde os alunos desenvolvem muitas das suas aprendi- zagens através da observacao de modelos, nomeadamente os professores € 0s pares. Assim, aspetos como 0 desempenho dos professores e as suas carate- risticas enquanto pessoas, a diversidade curricular, a oferta formativa e as estru- turas de apoio tém um papel fundamental no desenvolvimento vocacional dos Fig. 14| Aescola alunos. Uma das estruturas de apoio presentes na escola com um papel central na orientagaio vocacional dos alunos é 0 SPO, os Servigos de Psicologia e Orientagio. O seu vasto Ambito de ago esté contemplado no Decreto-Lei n.° 190/91 de 17 de maio, Servcos de Psiclopia e orientacto «Decrato-Lei n° 190/91 de 17 de maio Ll Astigo 3° Atribuigées 1 Osservicos de psicologia orientacdo asseguram, na pros secugSo das suas atrbuigSes, 0 acompanharnento do aluno, ind: vidualmente ou em grupo, 20 longo do processo educative, bem como 0 spo'0 a0 desenvolvimento do sistoma de relacées inter ppessoais no interior da escola e entre esta e @ comunidade. ¢@} Contrbuir, em conjunto com as atividades desenvolvidas 1no Smbito das dreas curriculares, dos complementos educativos © das outras componentes educativas ndo escolares, para a identificagdo dos interesses e aptidées dos alunos de acordo com 0 seu desenvolvimento global e nivel etério, 4} Promover atividades especifcas de informagio escolar e profissional, suscetiveis de ajudar os alunos a situarem-se perante as oportunidades disponiveis, tanto no dominio dos ‘estudos e forragdes como no das atividades profissionais, favo: recendo a indispensével articulagao entre @ escola e o mundo do trabalho; ag) Desenvolver agdes de aconselhamento psicossocial e voce- ional dos alunos, apoiando o processo de escolha e o planea- mento de carreiras[..] Artigo 6° Competéncias [...] 5~ Anivel da orientagao escolar e profissional compete-thes, designadamente: a) Apoiar 0s alunos no processo de desenvolvimento da sua identidade pessoal e do seu projeto de vida, b) Planear e executar atvidades de orientago escolar e pro- fissionel, nomeademente através de progremas a desenvolver com grupos de alunos ao longo do ano letivo, e de apoio indi- vidual 20 seu processo de escolha, ) Realizar ages de informagéo escolar e profissional sob modblidades diversas, garantindo a participagéo ativa dos alu nos na exploragao das técnices e materia utlizados; 4d) Colaborar na planificagdo e acompanhamento de visitas de estudo, experiéncias de trabalho, estigios e outras formas de contacto dos alunos com o meio e o mundo das atvidades pro fisionas €) Colaborar com outros servigos, designadamente do Inti tuto do Emprego e Formacio Profissional, na orgenizagao de programas de informagéo e orientagao profissional: f) Desenvoher agées de informacao e sensiolizaglo dos pais da comunidade em geral no que respeite 8 problematica que as opgdes escolares e profssionais ervolvem. [.}» laaptado 105 Construgao do futuro e gestao da carreira * A formacio profissional Os efeitos da transnacionalizacio e da globalizagao da economia, verificadas sobretudo a partir dos anos 70 do século passado, tém vindo a alterar profundamente o estatuto do trabalho e, consequentemente, 0s desafios que se colocam a educacdo e & formagao pro- fissional, No contexto portugués, ¢ até aos anos 80 do século pasado, a for- ‘macio profissional tinha por finalidade central a preparago de pessoal tecnicamente especializado e qualificado para responder as necessida- des da indiistria. Era realizada fora da escola e estava adaptada a um modelo de quase pleno emprego de caréter estvel. As proprias estru- turas industriais e produtivas estavam sujeitas a um proceso evolutivo cuja velocidade nao era comparavel com a que se verifica nos dias de hoje A formagdo profissional nos dias de hoje Fig, 15] A formacio profissional. ‘Num mundo globalizado, a exigéncia e a complexidade do process de formagio profissional obrigou a uma tedefinigao do seu proprio con- ceito, De um modelo de formagao de preparago para o trabalho pas- sémos para um modelo de transigéo da escola para a vida ativa, Identificamos de seguida as novas exigéncias da formagio profissional relativamente a concegao tradicional: * A populacio-alvo do processo de formagio é mais ampla, isto é, esta nao se cir- ‘cunscreve aos jovens adultos que estao jé na vida ativa, mas a adolescentes, jovens e jovens adultos. + O period de formacio é de longa duragio, pois exige uma aprendizagem mais vasta de competéncias para vida ativa, que vao desde as sociais as profissionais. «A formagdo tem de ser suficientemente completa abrangente, pois nao pode excluir a possibilidade de uma progresséo académica. + Num contexto de globalizagao dependente do desenvolvimento das tecnologias de informagio e comunicagdo, a formagao profissional deverd contemplar uma forte componente cientifica e, sobretudo, tecnol6gica. Podemos constatar que o modelo de formagao profissional atual deverd estar voltado para o desenvolvimento da capacidade de adaptagao dos individuos e nao somente para uma aprendizagem especifica de uma exigéncia econémica pontual e contextualizada, Num contexto de desemprego estrutural e de precariedade, a formacao dos adolescentes ¢jovens deverd ser 0 mais abrangente possivel naquilo que so as competéncias de adap- tacdo a uma realidade permanentemente em mudanga. A formagao deve ter em conside- ragdo 0s aspetos técnicos, socioprofissionais e pessoais. 108 Cre Cerner) «UMA (NOVA) NOGAO DE “COMPETENCIA PROFISSIONAL”» 1. Qualidades técnicas 41. Qualidades operativas + competénciastéeneas operativas,relativas a um sistema de tabo- tho conereto {execugio, ficient eeficaz, das tarefasinerentes sua profissio ou fungéo proisional) 1.2. Qualidades tecnologicas + Competéncias tecnol6gicas relativas & civersidade sincrénica dos sistemas de trabalho/mobilidade horizontal (compreensio do sistema, da sua l6gica de funcionamento e das ‘suas vérias modalidades tecnol6gicastipicas) * Competéncias tecnol6gicas reativas a diversifcagio diacrdnica dos sistemas (compreensdo do contexto tecnolégico e das linhas de ruturalevo- lugio tendencial esperada nes sisternas de trabalho) Qualidades socioprofissionais ++ Saber estar em situacio profissional/posto de trabalho (comportamento no envolvimento estrto do seu posto) ‘+ Saber estar em situagéo profissionaliempresa (comportamento no envolvimento da empresa-organizagio) ‘Saber estar no mercado de trabalho {comportamento relativo a getio da sua careira pofissional, ‘no mercado de emprego-trabalho-qualificagbes) 1, Qualidades bisicas 11. Qualidades culturais «bine ersn-/ConecneniodCahua geal _= +12, Quaidade topics *# Qualidades fisicas * Qualidades intelectuais * Qualidades relacionaisiafetivas * Qualidades éticas — valores - qualidades morais Acicio Ferreira Duarte, Uma Nova Formagio Profsionl para wm Nevo Mercado de Trabalho, IEFP, 1996 (adaptado) 107 Construcdo do futuro e gestdo da carreira 2. O mundo do trabalho 2.1, Novas exigéncias, novas competéncias 2.1.1. A globalizacio ¢ 0 sew impacto na organizagio do trabalho David Held e Anthony McGrew definem a globalizagéo como «um proceso (ou um conjunto de processos) que incorpora uma transformagio espacial na organizagao das relagées sociais e das transacdes, expresso em fluxos transcontinentais ou inter-regionais e redes de atividade, interagdo e poder» (Globatization» i: Oxford Companion Pits, Nova orque, 2001) Ainda segundo estes autores, as transformacées provocadas pela globalizacao sao de quatro tipos: + Alongamento da atividade politica, social e econémica através das fronteiras, regides e continentes; + Intensificacdo dos fluxos de comércio, de investimento, de capitais migratorios ¢ culturais; * Aceleragao das interagdes e processos (difusdo de ideias, bens, capitais e pessoas) como consequéncia do desenvolvimento dos sistemas de transportes e comuni cacao; + Impacto dos acontecimentos locais & escala global. Com a globalizagao, a organizagio do trabalho esta a sofrer profundas alteragées. Cer- tamente jd ouviste falar na deslocalizacao de empresas ¢ de investimentos. Nos nossos dias, o investimento e a industria movem-se escala global com grande facilidade, pro- curando os contextos mais favordveis, nomeadamente os que oferecem mais baixos custos de mao de obra. Esta concorréncia entre regides do mundo esté a levar a desvalorizagao ¢ a precarizagao do trabalho. Sendo a oferta de trabalho nos pafses desenvolvidos cada vez menor e a competicao entre os candidatos aos empregos disponiveis cada vez maior, 0 candidato tem de ser capaz de se manter atualizado perante as necessidades do mercado ede demonstrar que é portador de um vasto leque de aptidées. uma era de mudancas eViveros numa era de mudangas, geradoras de quadros de desestabilzagao social, e de um forte clima de incerteza. S60 mudangas que estdo 2 ocorrer aos meis diferentes niveis, desde © econémico, passando pelo politico e pelo sociocultural até 20 nivel tecnolégico. No plano econémico, assistimos & mun: dializagdo da economia, que trouxe novos paradigmas empre- sariais, eenovando as regras da concorréncia, da produtividade eda compstitividade. No dominio politico, constata-se a desa: _grega¢ao dos Estados-nacao, dando origem a noves l6gicas de ‘organizacio politica, cada vex mais requladas por estruturas & regras supranacionais. No contexto sociocultural, assistimos 20 inctemento das lutas a favor dos direitos das minorias étnicas € 120 reforgo da logica do indvidualismo nas laces sociais. Em termos tecnalégicos, verficamos a intensficago do uso das tecnologias de informacdo, nomeadamente das ferramentas da Internet, que permitiram a génese de uma nova dinémica de relagdo social, econémica, politica e cultural, cada vez mais @- ‘espacial e atemporal.» 5 Sail acolo mercado de sabahos In Pasko Abrontes (org) Tercéeia © Controvérias em Sociologia da Educagio (op 108-122), sbas, Edtora Mundos Sociis, 2010, 108 Ficha de trabalho 1. Seleciona as alternativas corretas: 1.1. Segundo Super, o «autoconceito varia ao longo da vida e desenvolve-se em resul- tado da experiéncia». Esta afirmagao A, Verdadeira, porque os autoconceitos nao so uma consequéncia das experién- cias positivas e negativas vividas pelo individuo. 5B. Falsa, porque o autoconceito ¢ algo que depende da personalidade do individuo e estd determinado a nascenga. C. Verdadeira, porque o autoconceito vocacional vai sendo construfdo durante 0 desenvolvimento da carreira, condicionando-a e sendo condicionado por ela. D, Falsa, porque o autoconceito surge no momento em que o individuo atinge a maturidade vocacional. 1.2. No contexto da globalizagio, existe uma nova nogdo de competéncia profissional cada vez mais exigente e alargada. Esta afirmacao 6: A. Verdadeira, pois 0 contexto da globalizacao exige aos individuos competéncias técnicas, socioprofissionais, culturais e biopsicossociais. 5. Falsa, pois, com o desenvolvimento tecnoldgico, as compet8ncias profissionais tém de ser cada vez mais exigentes e especificas. C. Verdadeira, pois, no contexto da globalizagao, os individuos devem estar pre- parados para fazer qualquer tipo de trabalho. 1D. Falsa, pois 0 contexto da globalizagao exige cada vez mais profissionais des- qualificados. 2. Identifica as afirmagdes verdadeiras ¢ as afirmacdes falsas e corrige as falsas. 2.1, Segundo Super, a carreira desenvolve-se no desempenho dos «papéis de vida». 2.2. De acordo com a teoria do desenvolvimento vocacional de Super (maxiciclo), 0 estédio de manutengao é caraterizado pela estabilizaco numa profisséo e pela consolidagio do estatuto alcangado durante o desenvolvimento profissional. 2.3. Dedicar menos tempo aos hobbies uma tarefa do miniciclo de descompromisso que acontece durante a adolescéncia. 24. Super apresenta-nos uma teoria que estabelece uma relagdo entre a vocagao, os interesses e a personalidade do individuo 5. Em que consiste a maturidade vocacional, segundo Donald Super? 4, Em que contextos ocorre o desenvolvimento vocacional? 128 Ficha de Trabalho 5. L@ 0 texto com atengao: «

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