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1A E AJUSTES MECANICOS | FOLHA DE FERRAMENTEIRO 180 — NOGOES IFoRMacso NOGAO DE TOLERANCIA Entende-se por tolerincia, a variagio permitida na medida de uma peca durante sua usinagera, Essa variacio & permitida por existir sempre um érro que nao se pode evitar, motivade pela imperfcigio dos instrumentos de medicio, das miquinas e do operador. Intercambiabilidade — Para que nao surjam dificuldades durante 2 montagem de pecas é preciso que as mesmas se ajustem perfcitamente bem nos seus lugares, sem reto- que; clas precisam, portanto, ser intercambidveis. Intercambiabilidade é entio a propriedade qué as pegas produzidas em série ou em cadeia tém de poder ser montadas sem retoque ¢ ser substitufdas entre si sem prejuizo do seu funcionamento. a MA INTERNACIONAL DE ‘TOLERANCIA (Sistema ISO) Esse sistema € constituido de uma série de prineipios, regras ¢ tabelas que permitem, a escolha racional de tolerdncias para a produgio econémica de pecas mecanicas inter- cambiaveis. Para tornar mais Ficil 0 entendimento désse sistema, seus principais pontos serio a seguir estudados em detalhes. TOLERANCIA (T) £ a variacZo permitida na dimensio da peca, dada pela diferenca entre as dimensdes maxima e mfnima. A unidade de tolerancia adotada é 0 micro (milésimo de milimetro). Me or — T8000 3 . TOLERANGIA E AJUSTES MECANICOS FoLMA DE FERRAMENTEIRO ho —Nogors wronwacno | 1.12 TECNOLSGICA Dimensio Maxima (D. mix.) # 0 valor maximo permitido na dimensio efetiva da peca. Ela fixa o limite superior da tolerdncia. Dimensio Minima (D. min.) E 0 valor minimo permitido na dimensio efetiva da pega. Ela fixa o limite inferior da tolerdncia. Dimensio Efetiva (D. ef.) Dimensio efetiva ou real é o valor que se obtém medindo a pega. Dimensio Nominal (D. nom.) ou linha zero. E apenas uma dimensio de base, pois, a medida efetiva da peca depende da tolerancia, # aquela que vem marcada no desenho, isto é, a cota da peca. Afastamentos — (As ¢ Ai): Superior — € a diferenga entre as dimensées maxima e nominal. Inferior — é a diferenca entre as dimensdes minima e nominal, Convencionou-se considerar positivos os valdres dos afastamentos que se encontram sobre a linha zero € negativos aquéles situados abaixo da mesma. Lina _z0r0 faa? D min c 2 [onde | foterincie Sislesacion ls folaréncio ary : MEG TT 000. TOLERANGIA E AJUSTES MEGANICOS FOLHA DE U INFORMACAO 180 — NOGOES TECNOLOGICA - FERRAMENTEIRO CAMPO DE TOLERANCIA - Conjunto dos valéres compreendidos entre os afastamentos superior € inferior. Corres- e ponde também ao intervalo que vai da dimensio méxima A dimensio m{nima, O sistema de tolerincia ISO prevé a existéncia de 21 campos, representados por letras do alfabeto latino, sendo as maitisculas para os furos ¢ as miinisculas para os eixos. Furos: ABCDEFGHJKMNPRSTUVXYZ a Bix abcdefghjkmnprstuvxyz Estas letras indicam as posigées dos campos de tolerdncias em relagdo A linha zero, indi- cando as primeiras os ajustes méveis ¢ as viltimas 05 ajustes forgados sObre pressio, A Toleréncias _ para turos es Za rotative TJtorsado © pres =~ aderente Ente ave Ee = + deslizonte ffs — forsoco te com Tole Tacarto com _Intortarineta (] > Dimensio_nominal q Tolerdncias ard elxos ec — Vor — 15.000 7s ae TOLERANCIA E AJUST! 180 — NOGo MECANICOS FERRAMENTEIRO 's FOLHA DE INFORMACAO TECNOLOGICA GRUPOS DE DIMENSOES em 13 grupos de dimensées: O sistema de tolerincia ISO foi estudado para a produgio de pegas mecinicas intercam- bidveis com-dimensées compreendidas entre. 1 e 500mm, ¢ << Para simplificar o sistema e facilitar a sua utilizagio prética ésses valores foram reunidos BOS A BAS Ohay , Grupos e dimensdes em milimetros 1 [3 6 >e | > ° >1e | >30[ 350] Seo a _|_30 | 90 | 80 | 120 | 180 3120 to 3100 250 >250 315 S35 400 | S00. a Frag; prs Pes bila DE Dunks f° Mathie bee APR STAMOS Fie Crit Enquanto 0 acabamento das primeiras ¢ apenas regular € tes mais exatos, Wg de screm adaptadas a quaisquer tipos de producio mecani Para_calibradores QUALIDADE DE TRABALHO — (Graus de tolerancias) ‘A qualidade das pecas dos britadores, das tesouras € outras miquinas grosseiras nfo € a mesma das pegas pertencentes a plainas, tornos mecinicos, fresadoras, etc. considerdveis, as iltimas nao somente exigem um acabamento melhor como também ajus- Justamente por essa razio o sistema ISO estabelece I qualidades de trabalho, capazes Essas qualidades sio designadas por IT 1, IT 2... IT # (I de ISO e T de tolerancia) 8 Pecos. Isola LUTP4 2 Gflev Le Das Lil xA3. 05 seus ajustes tém folgas Para mocénica grosseira “yl 2 [=] v4 |[ J ira mecanica corranio Para inocénca grozcoira © pecas isbiadas FERRAMENTEIRO ISO — NOGOES WGA Pinas ri nina FOLHA DE TOLERANCIA E AJUSTES MECANICOS Moana TECNOLOGICA MC = TTT ESCOLHA DA QUALIDADE A escolha da qualidade depende do tipo de construgio ou da fungio desempenhada pelas pecas, Como regra geral pode-se dizer que: a) As qualidades de ¥ a 5, correspondem A mecdnica extraprecisa — é reservada particularmente para calibradores. b) A qualidade 6, corresponde 4 mecinica muito precisa. E indicada para eixos das maquinas ferramentas como: fresadoras, retificadoras, etc, ©). A. qualidade 7, indica mecinica de precisio. £ particularmente prevista para furos que se ajustam com eixos de qualidade 6, d) A qualidade 8, é de média precisio. Indicada para eixos que se ajustam com qua- lidade 7. Presta-se também para a execucio de pegas de maquinas que nio exigem muita precisio nos ajustes. ©) A qualidade 9, designa a mecanica corrente, & indicada para a execucio de certos 6rgios de maquinas industriais que se podem ajustar com folgas considerdveis. £) As qualidades 10 ¢ 11, indicam mecanica ordinaria. 8) As qualidades que vio de 12 a #8'sio empregadas em mecinica grosseira. nooo = TOLERANCIA E AJUS'TES MECANICOS, FOLHA DE : MENTEIR( Inronmagao ema stle lL 180 — NOGGES | Menotgseg | 1-16 AJUSTE MECANICO £ o encaixe obtido entre duas pecas de forma inversa (macho e fémea), sem que entre- tanto, durante sua usinagem, uma tenha sido verificada com a outra. Se na execugao de uma maquina houvesse vrios furos com a mesma dimensio, nos quais 0s eixos devessem, alguns girar, outros deslizar ¢ outros ficar presos, todos os furos pode- riam ser executados dentro da mesma tolerancia, dando-se entretanto para os cixos to- lerancias diferentes de acérdo com a fungio de cada um. [FRO Gas 20 B/870a0 pwns CHK FADE Os mesmos ajustes poderiam ser conseguidos, executando-se todos os eixos com a mesma tolerancia ¢ variandose a tolerdncia dos furos também de acérdo com os seus respectivos tipos de encaixes. Linke zero No primeiro caso, observase que variam as dimensdes do eixo; no segundo caso varian as dimensGes do furo, A possibilidade de se conseguir todos os cncaixes possiveis, variando apenas 0 cixo ou o furo, dew margem a que se criasscm duas classes de ajustes ISO que sio: Sistema furo, basg e sistema. cixo base. Leys 4 Cicetie be wizpme Déiimes tk 2 UUIPER AS oa — aT etude, - eiMsRDDE pe FRoDdr= Piatt; Ebi tapedre DSP: bas - - Wate very 5 000 a TOLERANCIA E AJUSTES MECANICOS ieee 1.17 2 FERRAMENTEIRO 180 — NOGOES TECNOLUICA i SISTEMA FURO BASE © sistema furo base, também conhecido por furo padrio ou furo tinico, & aquéle em que o afastamento do furo ocupa sempre a mesma posicao em relagio a linha zero. Os sistemas furo base recomendados pela ISO sio os seguintes: Linha zero SISTEMA EIXO BASE sistema de ajuste cixo base, também conhecido por eixo padrio ou eixo tinico, aquéle em que o afastamento superior do eixo ocupa sempre a mesma posicio em rela- gio a linha zero. Os sistemas eixo base recomendados pela ISO sio os seguintes: Lioha_rero. TIPOS DE AJUSTES Os diferentes tipos de ajustes mecinicos dependem da fungao que a pega vai desem- penhar na méquina. - 1 — Ajuste com folga — € aquéle em que o afastamento superior do eixo é menor ou igual ao afastamento inferior do furo. 2 — Ajuste com interferéncia — & aquéle em que o afastamento superior do furo é menor ou igual ao afastamento inferior do eixo. 8'— Ajuste incerto — é aquéle em que o afastamento superior do eixo é maior do que 0 afastamento inferior do furo € o afastamento superior do furo é maior do que 0 afastamento inferior do eixo. b L - ‘TOLERANCIAS E AJUSTES MECANICOS FOLHA DE FERRAMENTEIRO " 50. ~Fanenan ‘| tenctesieg | 118 AJUSTES —RECOMENDADOS = TIPO exempLo Jz g/Ss/S ie {ote | Hz (7 [96 |e Jie | ee [me [ne | ro | 56 ~ Ts 3 7a ease eda gael caso egal onsalemon eee +9 |-wl-ol-7]- 1 ol+ 2|+ 6]+ aie is 3 |e ° | -sl-¢ 0 7 g [sie |+ 16 [+ 23 [+ 27 +i2 | -22/- 12] - 6 4 1+ 6 |s 6 [2 45 [F478 +15 | -28|-1is |- 59 |" 2 vl 6 4 0 [+ 49 |e 25 rome o | -ie{- «6 o f+ 6 2 [+16 |+ 23 |+ 34 [+ 39 +e | -34|-i7 |- |= 3 i+ 7 |+ 12 |+ 23 |+ 26 namical o | -20|- 7 o |e 9 rs [+a |+ 23 |+ a |+ 48 +2 | - sr |-20]- is |= 4 |e 2] ae |e is [4 2e | 35 | 3 o | -25|- 9 o|+ [+ ie [+25 ly 33 [+ 50 [4 59 30 450 | 25 | -s0|-25|-6]- 5 |+ 2|+ 9 |e 7 |t 30 |t 43 + 60 |+ 72 0 | - 30} -10 ofr |e ale so le ao 1s 8 [to | + 62 |+ 78 +30 | -eo|- 29] -19]- 7 [+ 2] nu [seo lt lt 78 | ~ _ 7 + 73 [+ 93 | +30 | - 36] - 12 oO} + 3 |+25}as leas [t 73 93 + 76 [+ 101 oo |iz0 | +35 | - 71] -% | -22|- 9 [+ 3 [ois [oes [te I OF i _ = ; ; + 68 f+ 1i7 120 | 140 ° 43] - 14 oe | +20} sao ls se [tos [FW + 90 [+ 125 + - 03] - - - * ’ 140 | 160 40 39 | - 25 ” 3] +15] + a7 [4 92 [+ [2 + 93 [+ 135 + 68 |+ 108 + 106 | + 157 + 0 | -s0]-15 o]+ | +33 | +46 |+ 60 }t 200 | 225 : +46 | -96|-44]}-29]- 13 |+ 4] + ir }e a 225 | 250 + L + 250 | 260 o | -s56}-i7 oft 6 |e se] + 2 | + 6s [ft 280 | 315 | + 52 | -108| -49 | - s2]- 16 | + 4 | + 20 |+ 34 | 1130 [* 202 315 | 355 o | -62|-18 o]+ se] +40] + sz |+ 7a | t 188 355 | 40 = - 2 7 fs + 150 | 5 | 400 | + 87 ug | - 54 | - 36 te fee |e ade sr [ei |S oe _ a 7 +166 [+ 272 +63 | - 131] -60 | -40]-20]+ 5] +23 | + 40 | #172 [+ 292 J | + 180 Nota:~ Para ajustes com outros carapos de tolerdncias, existem outros tobelas TOLERANCIAS FE. AJUSTES MEGANICOS FOLWA DE It INFORMACAO 180 — TABELA, TECHOLOGICA INDICAGAO DA ‘VOLERANCIA NOS DESENIOS. Para a indicagio da toleréncia nos desenhos, é importante reconhecer-se imediata mente quando se trata de furo ou eixo. Furos — pecas fémeas s We aT 0 aa TOLERANCIAS E AJUSTES MECANICOS ft De : ‘ACKO FERRAMENTEIRO Sea eornrs wroniineso | 1,21 Os desenhos das pecas com indicagio de tolerdncias deverdo ser cotados do modo seguinte: escreve-se a dimensio nominal seguida de uma letra que, como vimos, indica 0 campo de tolerdncia adotado € um ntimero que determina a qualidade. Para pegas fémeas a letra ¢ maitiscula, geralmente H; para pegas machos a letra é mintis- cula, € pode variar conforme o tipo de ajuste desejado. Nos desenhos de conjuntos, onde as pecas poderd ser do seguinte modo: | | Em casos especiais, poder-se-4 ao invés dos simbolos recomendados pela ISO, indicar 0 va- lor da tolerancia diretamente nos desenhos. Bate sistema nem sempre & 0 recomendavel, porque, dificulta a determinagio do instru- mento de verificagio, salvo em que a tolerdncia seja tal que dispense os calibradores fixos a verificagio possa ser feita com instrumento de Ieitura direta, Mie WAT Sao > ea

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