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RESÍDUOS

INDUSTRIAIS
Uma breve historia
Em setembro de 1987, dois catadores de sucata de Goiânia (GO),
Roberto Santos Alves e Wagner Mota Pereira, entraram numa casa
abandonada na cidade e saíram de lá carregando um cilindro de
ferro de mais de cem quilos. Nos dias seguintes, com uma
marreta, eles tentaram fazer da peça pequenos pedaços. Depois
venderam o cabeçote de uma bomba de Césio 137, usada em
tratamento de câncer, para o dono de um ferro-velho, Devair Alves
Ferreira, que violou o lacre da peça e ficou encantado com a luz de
uma pedra azul que saía de seu interior. Ele, então, ofereceu a
"jóia" para a mulher, Maria Gabriela, distribuiu pequenos pedaços
para os vizinhos, para os parentes e também para a amante.
A primeira a morrer foi Leide das Neves Ferreira, de seis anos, que
comeu um ovo cozido com as mãos sujas do pó azul. O final da
história todos lembram: quatro mortes, 250 contaminados, um
amputado e 600 pessoas no grupo de risco em função do
espalhamento do Césio 137.
Para evitar tragédias como a de Goiânia, necrotérios, hospitais,
clínicas, consultórios, laboratórios e outros estabelecimentos de
saúde terão regras nacionais sobre gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde (coleta, manuseio, armazenamento, transporte,
tratamento, disposição final). O objetivo da medida é evitar
danos à saúde, ao meio ambiente e prevenir acidentes que atinjam
profissionais que trabalham com esses resíduos
No Brasil, cerca de 120 mil toneladas de lixo
urbano são geradas por dia, sendo que 1% a 3%
dessa quantidade é produzida nos
estabelecimenestabelecimento tos de saúde. Desse
total, entre 10% e 25% representam riscos à saúde.
Com a segregação correta do resíduo, é possível
também reduzir a possibilidade de
contaminação do lixo comum.
Os resíduos gasosos deverão ser eliminados dos locais de
trabalho através de métodos, equipamentos ou medidas
adequadas, sendo proibido o lançamento ou a liberação nos
ambientes de trabalho de quaisquer contaminantes gasosos
sob a forma de matéria ou energia, direta ou indiretamente,
de forma a serem ultrapassados os limites de tolerância
estabelecidos pela Norma Regulamentadora - NR 15.
As medidas, métodos, equipamentos ou dispositivos de controle do
lançamento ou liberação dos contaminantes gasosos deverão ser
submetidos ao exame e à aprovação dos órgãos competentes do
Ministério do Trabalho, que, a seu critério exclusivo, tomar· e analisar·
amostras do ar dos locais de trabalho para fins de atendimento as NRs.
Os métodos e procedimentos de análise dos contaminantes gasosos
estão fixados na Norma Regulamentadora - NR 15.
CLASSIFICAÇÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS
Classe I - Perigosos: Aqueles que apresentem periculosidade ou alguma das
características de inflamabilidade, corrosividade, áreatividade, toxicidade e
patogenicidade. Ex.: Lama de cromo, borrar oleosas, lodo de estação de
tratamento.

Classe II A - Não Inertes: Aqueles que não se enquadram nas classificações de


resíduos Classe I (Perigosos) ou Classe II B (Inertes). Esses Resíduos podem
apresentar propriedades como:
solubilidade em ·água, biodegradabilidade, combustibilidade. Ex.: Restos de
alimentos, papel e papelão,madeira, tecidos.

Classe II B - Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma


representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos ao ensaio de
solubilidade, conforme NBR 10.006 - Solubilização de resíduos, não tiverem
nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da ·água, conforme o Anexo G da NBR
10.004. Ex.: Blocos de Concreto, vidro, porcelana, certos plásticos.
Os resíduos são classificados em função de suas propriedades físicas químicas
ou infecto-contagiosas e na identificação dos contaminantes presentes em sua
massa. Contudo essa identificação é bastante complexa, ou até, impossível, em
inúmeros casos, face às limitações existentes nos laboratórios nacionais.
COLETA
SELETIVA
A segregação de materiais do lixo tem como objetivo principal a reciclagem de
seus componentes. A separação de materiais do lixo aumenta a oferta de
materiais recicláveis. Antes de uma Empresa decidir se vai estimular ou implantar
a segregação de materiais, visando à sua reciclagem, é importante verificar se
existe na região esquemas através dos quais possa haver escoamento desses
materiais (venda e doação).

A coleta seletiva consiste na separação, na própria fonte geradora, dos


componentes que podem ser recuperados, mediante a um acondicionamento
distinto para cada componente ou grupo de componentes
A SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS APRESENTA AS SEGUINTES VANTAGENS

EVITA A MISTURA DE RESÍDUOS INCOMPATÍVEIS;

MELHORA A QUALIDADE DOS RESÍDUOS QUE PODEM SER RECUPERADOS OU


RECICLADOS;

REDUZ O VOLUME DE RESÍDUOS PERIGOSOS A SEREM TRATADOS.


Para se fazer uma melhor diferenciação entre os materiais coletados e
evitar a mistura entre eles a Resolução CONAMA nº 275 de 25 de abril de
2001, estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a
ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para a coleta seletiva. O padrão de cores.
COR MATERIAL
AZUL PAPEL / PAPELÃO
VERMELHO PLÁSTICO
VERDE VIDRO
AMARELO METAL
PRETO MADEIRA
LARANJA RESÍDUOS PERIGOSOS
BRANCO RESÍDUOS AMBULATORIAIS E DE SERVIÇOS DE SAÚDE
ROXO RESÍDUOS RADIOATIVOS
MARROM RESÍDUOS ORGÂNICOS
CINZA RESÍDUO GERAL, NÃO RECICLÁVEL OU MISTURADO OU
CONTAMINADO NÃO PASSÍVEL DE SEPARAÇÃO
A abordagem pelo reaproveitamento, por sua vez, pode ter três enfoques
distintos:

1) Reciclagem, quando h· o reaproveitamento cíclico de matérias-primas


de f·cil purificação como, por exemplo, papel, vidro, alumínio, etc;

2) Recuperação no caso de extração de algumas substâncias dos resíduos,


como, por exemplo, óxidos, metais, etc.;

3) Reutilização, quando o reaproveitamento é direto, sob a forma de um


produto, tal como as garrafas retornáveis e certas embalagens
reaproveitáveis
De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, publicada pela Anvisa, os
resíduos serão classificados, a partir de agora, como:

GRUPO A (potencialmente infectantes) Que tenham presença de


agentes biológicos que apresentem risco de infecção, como
bolsas de sangue contaminado;

GRUPO B (químicos) que contenham substâncias químicas capazes de


causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas
características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e
toxicidade. Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer,
reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de
Raio-X;
GRUPO C (rejeitos radioativos) Materiais que contenham
radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser
reutilizados, como exames de medicina nuclear;

 GRUPO D (resíduos comuns) Qualquer lixo que não tenha sido


contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas,
gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis;

GRUPO E (perfurocortantes) Objetos e instrumentos que


possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas
eampolas de vidro
Lei 6.437/77
Curiosidade
1 - Cinqüenta quilos de papel reciclado poupam o corte de uma ·árvore de
eucalipto se seis anos de idade.
2 - Reciclando metais e alumínio, evita-se a retirada de cinco toneladas de
bauxita para fabricar uma tonelada de alumínio.
obrigado

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