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SEGURANÇA DO
TRABALHO
Autores: Raphaela Iskandar e
Mario Sergio Della Roverys Coseglio
Organizadora: Heloísa Pimentel
Engenharia e
Segurança do
Trabalho
© by Ser Educacional
Equipe de Revisores: Camila Taís da Silva; Isis de Paula Oliveira; José Felipe
Soares; Nomager Fabiolo Nunes.
ACESSE
IMPORTANTE
Links que
Informações importantes
complementam o
que merecem atenção.
contéudo.
ASSISTA OBJETIVO
Recomendação de vídeos Descrição do conteúdo
e videoaulas. abordado.
ATENÇÃO
OBSERVAÇÃO
Informações importantes
Nota sobre uma
que merecem maior
informação.
atenção.
CURIOSIDADES PALAVRAS DO
Informações PROFESSOR/AUTOR
interessantes e Nota pessoal e particular
relevantes. do autor.
CONTEXTUALIZANDO PODCAST
Contextualização sobre o Recomendação de
tema abordado. podcasts.
DEFINIÇÃO REFLITA
Definição sobre o tema Convite a reflexão sobre
abordado. um determinado texto.
DICA RESUMINDO
Dicas interessantes sobre Um resumo sobre o que
o tema abordado. foi visto no conteúdo.
EXEMPLIFICANDO
SAIBA MAIS
Exemplos e explicações
Informações extras sobre
para melhor absorção do
o conteúdo.
tema.
EXEMPLO SINTETIZANDO
Exemplos sobre o tema Uma síntese sobre o
abordado. conteúdo estudado.
ENGENHARIA...............................................................................17
O Céu de Outubro...........................................................18
A engenharia no mundo......................................................................20
REGULAMENTAÇÃO DA CARREIRA................................................27
MODALIDADES DA ENGENHARIA..................................................32
Engenharia aeroespacial.....................................................................33
Engenharia de alimentos.....................................................................33
Engenharia ambiental........................................................................34
Engenharia biomédica........................................................................34
Engenharia civil..................................................................................34
Engenharia elétrica.............................................................................35
Engenharia de produção.....................................................................36
Engenharia química............................................................................36
Engenharia de software......................................................................37
Unidade 2
Automóveis........................................................................................42
Autoestradas......................................................................................43
Aviões.................................................................................................43
Veículos espaciais...............................................................................44
Eletrificação.......................................................................................45
Fornecimento de água........................................................................45
Computador......................................................................................46
Rádio e televisão.................................................................................46
Telefone.............................................................................................47
Internet..............................................................................................47
Mecanização da agricultura...............................................................49
Big data..............................................................................................54
Robôs autônomos..............................................................................54
Manufatura aditiva.............................................................................54
Simulação computacional..................................................................55
Integração de sistemas.......................................................................55
Computação em nuvem.....................................................................56
Segurança cibernética........................................................................56
Tecnologias de visualização...............................................................56
OENGENHEIROEOMERCADODE TRABALHO..................................57
Unidade 3
O ambiente de trabalho......................................................................69
SESMT................................................................................................70
Ergonomia.........................................................................................72
Acidentes de trabalho.........................................................................74
Riscos.................................................................................................77
Equipamento.....................................................................................80
Normas Regulamentadoras...............................................................82
NR 1 - Disposições gerais................................................83
NR 3 - Embargo ou interdição.......................................84
NR 8 – Edificações.........................................................88
NR 14 – Fornos..............................................................90
NR 17 – Ergonomia........................................................91
NR 19 – Explosivos..........................................................91
NR 25 - Resíduos industriais..........................................93
NR 26 - Sinalização de segurança..................................93
NR 27 - Registro profissional do técnico de segurança do
trabalho (revogada)......................................................93
NR 28 - Fiscalização e penalidades.................................94
NR 35 - Trabalho em altura...........................................96
Unidade 4
Extintores de incêndio........................................................................135
Apresentação
Olá! Vamos conversar sobre Engenharia e Segurança do Tra-
balho? Sobre a importância desses temas para a sociedade e para o
seu exercício profissional?
Bons estudos!
Autoria
Raphaela Iskandar
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/2842985748210374
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0954724731562843
Organizador
Heloísa Pimentel
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/7938918123295445
1
Objetivos
UNIDADE
◼ Apresentar a Engenharia enquanto profissão e fazer um breve
relato da sua história;
16
ENGENHARIA
17
Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços
técnicos.
Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos.
O Céu de Outubro
18
Uma Mente Brilhante
O jogo da imitação
19
BREVE HISTÓRICO DA ENGENHARIA
A engenharia no mundo
20
fosse erguida ou que uma ferramenta funcionasse, era importante
conhecer as leis da física e as equações matemáticas que fundamen-
tavam esses acontecimentos. Surgiram então as bases científicas que
viriam a constituir, dentre outras ciências, a Engenharia.
21
Em 1874 foi criada a primeira escola de engenharia não militar
do país, a Escola Politécnica, que acabou servindo de modelo para a
fundação da maioria das outras escolas de engenharia do país.
22
Vinci se dedicou a inúmeros projetos, sendo um dos mais importan-
tes a roda d’água horizontal (Figura 2), cujo princípio de funciona-
mento foi utilizado para a construção da turbina hidráulica, que hoje é
utilizada para transformar a energia hidráulica em energia mecânica.
23
artesanal por máquinas. Esse fato possibilitou uma mudança im-
pactante nos processos industriais e viabilizou o desenvolvimento
de tecnologias e inovações.
24
te. O motor elétrico passou a ser utilizado em 1838, quando o professor
alemão Moritz Hermann Von Jacobi o aplicou em uma lancha, ficando
comprovada a prática da energia elétrica em trabalho mecânico.
25
por Martin Cooper, engenheiro eletricista da Motorola, surgiu devido às
necessidades de comunicação dos policiais de Chicago. O aparelho, de-
vido ao seu tamanho e peso, só era considerado “móvel” por ser carre-
gado no carro. Somente 17 anos depois foi possível realmente portar um
celular, o Motorola Dynatac 8000X, que pesava aproximadamente 1 kg.
CURIOSIDADE
26
estrada de ferro, que liga Curitiba ao porto de Paranaguá.
REGULAMENTAÇÃO DA CARREIRA
27
No Brasil, a profissão de Engenharia é regulamentada, con-
trolada e fiscalizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Agrono-
mia (CONFEA) e pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agro-
nomia (CREAs). Essas instituições são autarquias públicas, ou seja,
atuam como descentralização do poder público, e possuem servido-
res, procedimentos e documentos para orientar e defender os inte-
resses dos profissionais de Engenharia no país.
VOCÊ SABIA?
Quando uma pessoa exerce uma profissão regulamentada por lei sem
a formação específica e a habilitação legal no conselho de classe,
está exercendo-a ilegalmente.
◼ Autônomo
28
Também conhecido como profissional liberal, é o profissio-
nal que presta serviços para empresas ou pessoas por um tempo es-
pecífico, sem vínculo empregatício. Essa forma de trabalho é muito
comum para engenheiros que trabalham em atividades específicas e
por tempo determinado, como é o caso do desenvolvimento de pro-
jetos. O engenheiro autônomo tem seu vínculo contratual através
da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de obra ou serviço;
◼ Empresário
◼ Empregado
29
A ART é muito importante, pois garante os seus direitos au-
torais e serve como comprovante da atividade profissional. Esse do-
cumento é um comprovante de experiência profissional nacionalmente
aceito, pois registra todas as atividades técnicas desempenhadas ao
longo da carreira do engenheiro. A ART deve ser registrada pelo pro-
fissional antes mesmo da iniciação dos serviços.
30
O código traz disposições sobre os princípios da profissão,
deveres dos profissionais, condutas vedadas, direitos e infrações de
ética.
◼ a justa remuneração;
31
MODALIDADES DA ENGENHARIA
VOCÊ SABIA?
32
Elencamos abaixo algumas modalidades da Engenharia reco-
nhecidas no Brasil, ressaltando sua presença em tudo o que nos rodeia,
desde a nossa alimentação até grandes inovações tecnológicas.
Engenharia aeroespacial
Engenharia de alimentos
33
Engenharia ambiental
Engenharia biomédica
Engenharia civil
34
No Brasil, destaca-se a construção da Usina Hidrelétrica de
Itaipu (Figura 4), uma das maiores hidroelétricas do mundo e marco
na história da engenharia civil brasileira.
Engenharia elétrica
35
desenvolvem circuitos eletrônicos para aquisição de dados, até dese-
nhar componentes e desenvolver sistemas de hardware e programa-
ção.
Engenharia de produção
Engenharia mecânica
Engenharia química
36
O engenheiro químico, portanto, orienta e supervisiona proces-
sos produtivos em indústrias. São responsabilidades desse engenheiro:
Engenharia de software
SINTETIZANDO
37
melhor como a profissão evoluiu e chegou à complexidade e diver-
sidade de áreas existentes atualmente.
38
2
Objetivos
UNIDADE
◼ Abordar as principais realizações da Engenharia no século XX.
40
AS MAIORES REALIZAÇÕES DA ENGENHARIA
NO SÉCULO XX
41
Automóveis
42
Autoestradas
Aviões
43
O transporte aéreo de cargas e de passageiros é um mercado
que exerce influência significativa na economia mundial e que continua
em expansão. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que regula e
fiscaliza as atividades e a infraestrutura da aviação civil no Brasil, man-
tém dados e estatísticas de aeronaves, aeroportos e outras informações
relevantes do setor, mas é perceptível que, nas próximas décadas, aviões
maiores e com mais passageiros serão realidade, assim como uma maior tec-
nologia de comunicação, combustíveis sustentáveis e ecológicos e amplo uso de
tecologia da informação nas aeronaves, com ênfase em AI e IoT.
Veículos espaciais
44
Eletrificação
Fornecimento de água
45
Dessa forma, é necessário ressaltar que ainda há um grande ca-
minho a trilhar para a ampliação da oferta de água potável, para a ins-
talação de saneamento básico e higiene adequada em vários países. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém dados atualizados sobre
a porcentagem da população com acesso a serviçosde água com caracte-
rísticas próprias para o consumo; em 2019, 71% da populaçãomundial se
enquadrava nessa condição, o que nos leva a perceber que aproximada-
mente 1 a cada 3 pessoas no mundo não tem acesso a água potável. Já no
Brasil, dados específicos por região podem ser consultados nos relatórios
da Agência Nacional de Águas (ANA).
Computador
Rádio e televisão
46
surgiram os primeirostelevisores. Esses dois aparelhos revolucionaram
a comunicação, e os avanços por eles propiciados até o final do século XX
são notáveis. Os televisores de tubo, que dominaram o mercado até a dé-
cada de 1990, foram substituídos pelas TVs com tela de cristal líquido, ou
Liquid Crystal Display - LCD. Posteriormente, foram substituídos pelas telas
de plasma e, em seguida, pelas TVs de LED, ou Light Emission Diode – dio-
do emissor de luz.
Telefone
Internet
47
hipertexto (HTTP – Hypertext Transfer Protocol), que é a base para a
comunicação de dados na World Wide Web.
48
Mecanização da agricultura
49
máquinas agrícolas e equipamentos industriais. Também foi um século
marcado pelo surgimento dos materiais poliméricos, os plásticos sin-
tetizados em laboratório, cuja principal matéria-prima é o petróleo.
Também merecem destaque os avanços tecnológicos que viabilizaram
a exploração do petróleo em mar aberto (offshore) e em águas ultra-
profundas, localizadas a mais de 1.500m de profundidade.
50
OS DESAFIOS PARA O ENGENHEIRO NO
SÉCULO XXI
◼ aperfeiçoar medicamentos;
51
ACESSE
52
TRANSFORMAÇÕES DIGITAIS NA INDÚSTRIA
◼ big data;
◼ robôs autônomos;
◼ manufatura aditiva;
◼ simulação computacional;
◼ integração de sistemas;
◼ computação em nuvem;
◼ segurança cibernética;
◼ e tecnologias de visualização.
53
Big data
Robôs autônomos
Manufatura aditiva
54
plexas, se comparada com processos convencionais como a manufatura
subtrativa, ela ainda apresenta desafios para os engenheiros, relativos
à aplicação efetiva dessa tecnologia na produção de itens em escala in-
dustrial. O comportamento mecânico de alguns materiais obtidos por
manufatura aditiva, por exemplo, ainda não atende às exigências de al-
gumas áreas de aplicação.
Simulação computacional
Integração de sistemas
55
Computação em nuvem
Segurança cibernética
Tecnologias de visualização
56
laciona-se à capacitação de operadores: em algumas ocasiões, o uso
de interfaces gráficas para simular diferentes cenários pode ser uma
etapa importante do treinamento.
57
Na versão homologada em 2019, o documento, que se aplica a
todos os cursos de engenharia no país, estabelece que o engenheiro
deve possuir, entre outras, as seguintes características:
DICA
58
Note que, além das competências técnicas, há uma série de
competências comportamentais necessárias para o exercício da profis-
são de engenheiro. Essas qualidades, desejáveis para qualquer área de
atuação, estão relacionadas com os aspectos listados abaixo.
◼ Relações humanas.
◼ Ética profissional.
◼ Aperfeiçoamento contínuo.
◼ Comunicação efetiva.
◼ Trabalho em equipe.
◼ Adaptabilidade.
◼ Liderança.
SINTETIZANDO
59
Abordamos também as diversas competências necessárias ao exercí-
cio da profissão de engenheiro, abordando tanto os aspectos técnicos
como os aspectos sociais relacionados a esse profissional.
Encerramos por aqui, caro(a) estudante! Espero que a leitura tenha sido
enriquecedora! Até a próxima!
60
3
Objetivos
UNIDADE
◼ Realizar um relato histórico da Segurança do Trabalho no
Brasil e no mundo, contextualizando as práticas de Segurança
ao longo tempo.
62
UM BREVE HISTÓRICO GLOBAL
63
Nesse período, notou-se que era preciso manter os ope-
rários com saúde, ou a guerra econômica também estaria per-
dida. Foi durante a Primeira Guerra que estudos intensos foram
feitos, até que fossem desenvolvidas máscaras militares capazes
de proteger soldados de poeiras tóxicas e gases nocivos, comuns
entre os armamentos bélicos. Este foi, provavelmente, o maior
avanço da época na área de respiradores.
64
Um marco para a Segurança dos Trabalhadores foi o forta-
lecimento dos movimentos sindicais. Apesar de existirem, mun-
dialmente, desde 1824, quando parlamento inglês aprovou a livre
associação aos operários, o movimento sindical no Brasil ganha
força nos anos 1940 e, mesmo com as restrições impostas pela Era
Vargas e sofrendo o impacto do Golpe Militar de 1964, volta a ter
força no final da década de 1970. No mundo, nas décadas de 1960 e
1970, principalmente nos países já desenvolvidos, os movimentos
sindicais que representavam os trabalhadores e suas reivindicações
também ganham força política.
CURIOSIDADE
65
Nos anos 1990, a higiene ocupacional deu início a uma nova
forma de atuação por meio de programas de gerenciamento e pre-
venção, tornando-os prioridade dentro das empresas, visto que
os limites de tolerância se tornaram cada vez mais baixos e novas
substâncias cancerígenas foram descobertas (SANTOS et al, 2004).
66
Trabalhadores (CHIBINSK, 2011). Eram elas:
67
ocupacional, cujo foco consiste predominantemente no indi-
víduo. De acordo com o comitê misto constituído pela OIT e OMS,
os objetivos da higiene ocupacional em seu âmbito de atuação são
(SANTOS et al, 2004):
68
Além desses fatores, que podem gerar dificuldade na gestão
da segurança do trabalho, no dia 7 de janeiro de 2019, o Governo
Federal brasileiro anunciou a extinção do Ministério do Trabalho,
Emprego e Previdência (MTE), incorporando as pastas a outros Mi-
nistérios como, por exemplo, os Ministérios da Economia, da Cida-
dania e da Justiça e Segurança Pública. No entanto, além da Cons-
tituição Federal e das legislações trabalhistas previstas na CLT, as
Normas Regulamentadoras (NRs) do extinto Ministério do Trabalho
continuam em vigor, correspondendo à legislação básica que rege a
Segurança do Trabalho no Brasil. Elas constituem observância obri-
gatória, por parte de empresas públicas e privadas que contratem
pelo regime da CLT.
O ambiente de trabalho
69
mas, devido ao grande número de variantes, cada um destes am-
bientes de trabalho também traz diversos riscos.
SESMT
70
◼ aplicar os conhecimentos de engenharia e de medicina do tra-
balho;
71
O SESMT, dentro de suas atribuições, deve recomendar os
EPIs adequados ao risco existente em cada atividade ao emprega-
dor, a quem caberá:
Ergonomia
72
O SESMT, ou qualquer outro profissional que trabalhe com
prevenção e levantamento de riscos, deve seguir as orientações da
NR-17, para que seja elaborada uma análise ergonômica de quali-
dade. Desse modo, devem ser realizadas todas as adaptações neces-
sárias para que todo o processo produtivo seja executado e nenhum
trabalhador o realize em condição de desconforto ou insegurança.
73
Por meio de uma estimativa divulgada em 2017, a OIT pro-
jetou que os acidentes do trabalho viessem a causar 6,3 mil mor-
tes por dia, resultando em 2,3 milhões de mortes em um ano, em
todo o mundo (MOTA, 2018). O Brasil ocupa o quarto lugar no ran-
king mundial, com um acidente de trabalho acontecendo a cada 48
segundos e um óbito a cada três horas e 38 minutos, decorrentes
da ausência da cultura de saúde e segurança no trabalho (ANAMT,
2018).
Acidentes de trabalho
74
Uma importante ferramenta da qual os profissionais da se-
gurança do trabalho dispõem, no que diz respeito aos acidentes de
trabalho, é a NR-05, que trata da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes - CIPA. Este órgão tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar o
trabalho e a preservação da vida compatíveis. A CIPA foi uma reco-
mendação feita pela OIT no ano de 1921 e que, 23 anos depois, trans-
formou-se em determinação legal no Brasil com o art. 82 do Decreto
Lei nº 7.036 (BRASIL, [s.d.]).
75
De maneira equivalente, empregador e empregados possuem
atribuições específicas em relação à formação e ao funcionamento
da CIPA. Assim, compete aos empregados:
CURIOSIDADE
76
Riscos
77
Agentes de riscos físicos consistem de diversas formas
de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, tais
como: ruído, calor, pressão, radiações ionizantes e não ionizantes,
frio, vibração, umidade etc.
78
síduos e atividades gerais (UNICAMP, [s.d.]).
79
base na planta baixa ou no esboço do local de trabalho. Para o caso
de empresas que não possuam CIPA e SESMT, o empregador pode-
rá contratar o serviço de uma consultoria de segurança do trabalho
para elaboração do mapa de risco (UNICAMP, [s.d.]).
Equipamento
80
Figura 2. Equipamentos de proteção.
81
CURIOSIDADE
Normas Regulamentadoras
82
atribuição do Ministério da Economia. O sistema tripartite paritá-
rio compõe a metodologia de gerenciamento das NRs, de maneira
que comissões e grupos compostos por representantes do governo,
dos empregados e dos empregadores realizam as devidas alterações
sempre que julgam necessárias.
NR 1 - Disposições gerais
83
aproveitamento de treinamentos quando um trabalhador troca de
emprego dentro de uma mesma atividade.
NR 3 - Embargo ou interdição
84
NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segu-
rança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
CURIOSIDADE
85
NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA)
86
NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocu-
pacional – PCMSO
Essa NR foi uma das que passou por alterações em 2019, e seu
objetivo sofreu uma pequena alteração, passando a indicar a consi-
deração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) como base
da avaliação dos riscos ocupacionais a serem elencados no PCMSO.
SAIBA MAIS
87
trabalhador. Essas propriedades são referentes à possibilidade
de danos às estruturas do ouvido interno devido à exposição a
esses produtos. Atualmente, são reconhecidas propriedade oto-
tóxicas de vários agentes, como solventes orgânicos e suas va-
riantes, como xilenos e toluenos.
NR 8 – Edificações
88
NR 10 - Segurança em instalações e serviços em
eletricidade
89
NR 13 - Caldeiras, vasos de pressão e tubulações e tan-
ques metálicos de armazenamento
NR 14 – Fornos
90
consideradas perigosas, indicando as devidas recomendações de
prevenção para cada uma delas.
NR 17 – Ergonomia
NR 19 – Explosivos
91
NR 20 - Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis
e combustíveis
92
NR 24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de
trabalho
NR 25 - Resíduos industriais
NR 26 - Sinalização de segurança
93
NR 28 - Fiscalização e penalidades
94
ração florestal e aquicultura, de forma a manter a compatibilidade
entre esses setores, suas atividades e a segurança e saúde de seus
trabalhadores.
EXEMPLO
95
NR 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na
indústria da construção, reparação e desmonte naval
NR 35 - Trabalho em altura
96
vidades da indústria de abate e processamento de carnes e deriva-
dos. Existe, ainda, o Manual de Interpretação e Aplicação da NR 36,
disponibilizado pela ENIT, que apresenta de forma mais detalhada
as orientações dessa NR.
97
As NHO foram elaboradas pela Fundacentro, publicadas em
1980, e consistem em uma série de normas técnicas destinadas,
como o próprio nome já diz, à higiene ocupacional. Essas normas
foram criadas no intuito de determinarem limites de tolerância,
metodologias de avaliação e critérios técnicos, bem como servirem
de orientação adicional em relação ao controle de agentes de riscos
ambientais.
98
SINTETIZANDO
99
correto de equipamentos de proteção individual, bem como a
implantação de equipamentos de proteção coletiva, conjunta-
mente com políticas de segurança e treinamentos, e o respeito
às Normas Regulamentadoras, são passos fundamentais para a
saúde de qualquer empresa ou instituição.
100
4
Objetivos
UNIDADE
◼ Conhecer várias ferramentas de gestão da segurança.
102
A SEGURANÇA DOS PROCESSOS
103
os custos de investimentos para a implantação de sistemas de
controle e viabilização de ferramentas de correção para even-
tuais danos.
104
O profissional que não dispuser dessas informações não
terá condições de impor medidas e controles capazes de barrar
os eventos considerados indesejados, deixando a organização e
seus colaboradores vulneráveis.
105
Embora estejam ocorrendo avanços significativos nas
práticas de análise e gerenciamento de riscos no Brasil, as es-
tatísticas de acidentes de trabalho permitem inferir que ainda
há muitas lacunas nesse cenário. Nos últimos anos, acontece-
ram tragédias catastróficas, como o rompimento das barragens
de Mariana e Brumadinho, ambas no estado de Minas Gerais, e
pertencentes a multinacionais. Ou seja, mesmo com o gerencia-
mento de riscos, equipes capacitadas e milhões de reais investi-
dos, eventos indesejados podem acontecer e as consequências,
infelizmente, podem ser irreversíveis, sobretudo quando se trata
de vidas.
106
a Associação Internacional de Ergonomia, em 1959, contribuiu
para o fortalecimento das pesquisas e estudos direcionados à in-
fluência de fatores humanos nos processos industriais (SOUZA;
PEREIRA-GUIZZO; SANTOS, 2014).
DEFINIÇÃO
107
Falha, por sua vez, pode ser definida como a cessação da função de
um item ou da capacidade dele em atender a um padrão de desem-
penho esperado. A falha possui algumas variantes, como sua ori-
gem, velocidade, extensão, idade e criticidade (SIQUEIRA, 2005;
SILVA et al., 2017).
108
la de participação na tomada de decisões da organização. Mes-
mo competindo ao profissional de segurança a responsabilidade
de realizar inspeções e verificações periódicas, a fim de apontar
possíveis falhas e gargalos do processo produtivo, dependendo
das limitações da sua atuação, é complicado coibir as falhas ain-
da na origem.
109
Pela inspeção da Figura 1, entende-se que a sequência de
eventos que antecedem um acidente se inicia a partir das decisões
erradas no âmbito da organização. A partir daí, erros intencionais
e não intencionais surgem ao longo de toda a cadeia de decisões.
No pilar pessoas, toda essa sequência de erros se soma a fatores
psicológicos e pessoais que contribuem para a ocorrência dos erros
humanos. Alguns deles serão impedidos pelas barreiras de controles,
mas outros serão incontroláveis e darão origem a resultados
negativos (acidentes/incidentes) (MARTINS; SILVA, 2019).
110
2. os lapsos ou deslizes, que configuram algo que não ocorreu
dentro de um objetivo, como, por exemplo, esquecer de
apertar um botão em uma sequência de processos (lapso de
memória), ou confundir os botões (deslize);
111
REFLITA
112
Ao longo das últimas décadas foram criadas e aperfeiçoadas
algumas ferramentas proativas e reativas para se avaliar e corrigir
fatores que desencadeiam erros. Veremos algumas delas no
subtópico seguinte.
113
uso vem sendo adaptado a diversos tipos de processos produtivos,
como, por exemplo, ventilação de minas subterrâneas (MARTINS;
SILVA, 2019).
114
funcionários experientes e conhecedores de todos os processos,
capazes de responder todas as questões levantadas. Sella (2014)
recomenda que as reuniões tenham duração de, no máximo, três
horas e aconteçam de duas a três vezes por semana.
115
Avaliação e controle dos riscos no local de trabalho
116
Análise dos modos de falha, efeitos e criticidade
◼ item - componente;
◼ modo de falha;
◼ consequências - efeitos;
◼ probabilidade;
117
◼ consequência;
◼ e controles recomendados.
◼ listar os itens;
◼ determinar os efeitos;
◼ valorar os efeitos;
◼ controlar.
118
árvore, para os demais eventos que contribuíram para a ocorrência
do evento topo. Esses, por sua vez, podem estar associados a falhas
em componentes de hardware, erros humanos ou outro tipo de
evento pertinente (MARTINS; SILVA, 2019).
119
Trata-se de uma ferramenta lógica que identifica possíveis
consequências resultantes de um evento principal. Consiste
basicamente na descrição de desdobramentos que irão acontecer
partindo de um evento inicial, que pode ser um acidente, um
incidente, um erro humano etc. Assim, pode ser utilizada para
balizar, calcular e modelar diferentes cenários advindos de um
mesmo ponto de origem, por meio de uma espécie de progressão de
um dado evento.
Análise de gravata-borboleta
120
SAIBA MAIS
121
Figura 2 - Exemplo de diagrama da ferramenta BTA.
122
Análise de camadas e proteção
123
◼ estimar as consequências e severidades de cada cenário;
◼ desenvolver os cenários;
◼ avaliar os riscos;
SAIBA MAIS
Para que uma camada de proteção seja considerada independente, ela deve
ser: eficaz na prevenção da consequência; independente do evento inicia-
dor e dos componentes de qualquer outra IPL já determinada para o mesmo
cenário; e auditável. Na LOPA, a eficácia de uma IPL é medida por meio da
sua probabilidade de falha na demanda, que é, por sua vez, definida como a
probabilidade de um sistema falhar na demanda da execução de uma fun-
ção.
124
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
A Engenharia de Segurança do Trabalho tem uma função
essencial nas ações de prevenção e combate a incêndios. Nessa
área, os profissionais adotam medidas que abordam desde o projeto
até os treinamentos no combate ao incêndio. Nos dias de hoje
existem diversas legislações sobre o tema, sejam elas leis, decretos,
portarias, instruções técnicas, entre outras. Dentre as normas
técnicas aplicáveis, destacam-se:
125
Os locais de trabalho deverão dispor de
saídas, em número suficiente e dispostas
de modo que aqueles que se encontrem
nesses locais possam abandoná-los
com rapidez e segurança, em caso de
emergência.
126
e externas à organização. Sua formulação se baseou em alguns
questionamentos. São eles:
127
É imprescindível que a equipe responsável pelo
gerenciamento dos riscos entenda e conheça todo o sistema
de funcionamento da planta em questão. No entanto, essa eta-
pa deve ser verificada com bastante zelo para plantas que ainda
estejam sendo postas em funcionamento, pois será de extrema
valia para o processo de identificação das incertezas indesejáveis
(SEITO et al., 2008).
128
◼ identificação da sensibilidade das pessoas e equipamentos;
129
munidade, às estruturas e ao meio ambiente em conse-
quência do impacto térmico, das ondas de choque e dos
produtos da combustão.
VOCÊ SABIA?
Ignição consiste na energia (ou calor) necessária para iniciar a reação. Após
iniciada a ignição, a própria reação torna-se a fonte de calor, alimentando
o próprio ciclo. Quando abaixamos a temperatura de um combustível, ou da
região onde seus vapores flutuam, abaixo da sua temperatura de ignição, a
combustão cessa. Este é o segundo método básico de extinção de incêndios
e é conhecido como resfriamento. O agente universal utilizado no método
do resfriamento é a água, mas ela não é indicada para todo e qualquer tipo
de fogo.
130
4422 (BS, 2005) e a ISO 8421-1 (ISO, 1987) definem o fogo como
um processo de combustão caracterizado pela emissão de calor
acompanhado por fumaça, chama ou ambos.
131
Os combustíveis sólido, líquido e gasoso possuem com-
portamentos de ignição diferentes, e geram diferenças no
comportamento e na manutenção do fogo. O combustível sóli-
do sofre um processo de decomposição térmica quando exposto
a um nível de energia (calor ou radiação) denominado pirólise,
que gera gás e vapor como subprodutos. Eles, em combinação
com o oxigênio do ar, formam uma mistura que irá se inflamar
quando na presença de uma fonte de energia ativante (faísca,
chama etc.).
132
Não existem incêndios iguais, pois os fatores que contri-
buem e se combinam para seu início e desenvolvimento são inú-
meros. Dentre eles, podemos destacar:
133
Os líquidos, por sua vez, costumam ser associados à maio-
ria dos eventos indesejados de incêndios e explosões. Eles po-
dem ser classificados em inflamáveis e combustíveis, em fun-
ção das suas propriedades de evaporação. É através delas que se
determina, inclusive, o ponto de fulgor e o ponto de combustão
dos líquidos.
134
Extintores de incêndio
135
◼ identificação dos vários tipos de extintores;
136
Fogo envolvendo equipamentos e instalações elétricas
Classe C
energizadas.
Fogo em metais combustíveis, tais como magnésio, titânio,
Classe D
alumínio, zircônio, sódio, potássio e lítio.
Fonte: SEITO et al., 2008. (Adaptado).
◼ água;
◼ pó químico;
◼ espuma mecânica;
◼ CO2;
◼ halogenados.
137
tanto, essa prática ainda é bastante comum. É necessário ter um
plano de manutenção que garanta a proteção contínua da edifica-
ção, e a observância de condições como:
SINTETIZANDO
138
número e oferecem uma gama enorme de aplicações. É possível
que elas sejam capazes de atender a qualquer tipo de atividade
existente, com algumas adaptações.
Até a próxima!
139
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