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Cénereto: Estrutura, Propriodades © Materials 44. Quais sto as massas espectfcestpicas dos concretas de peso normal. levee pesado? Como ocd definiri conereto de alta rsiséncia? 5. Qual aimportincis do Fimite de elatcidade no projetaestrtural? O que € resliénci? 6. Qual adiferenga onie resisténciaetemacidade? Por que a resistencia compressio 40 ‘concrete aos 28 dias € geralmente especificada? 7. Discuta a importincia da retragdo de secagem, 4 retragio rma e da nia do concrete, 8. Como voee definiria durabitidade? Em geral, que tipos de concreloesperaste gue tenham maior durabitidade a mais longo praze? ‘SUGESTOES PARA ESTUDO COMPLEMENTAR, American Conerete Institute Commitee Report by Commitee 116, Cement and Concrete Terminology, SP-19, 1985, American Society for Testing ané Materials. Anal Book of ASTM Standards, Vol 04.01 (Cement, Lime and Gypsum), 1991. American Society for Testing ané Materials, Annual Book af ASTM Standards, Vo. 08.02 (Concrete and Mineral Aggregates), 1991. VAN VLACK. L. H. Elements of Material Science and Eninecring, 6th ed. Addison-Wesley Publishing Company. Inc. Reading, Mass, 1989, SILVA, Mocma R. Maieriais de Consrucdo Pini, S20 Paulo, 1991. 260 p, CAPITULO A Estrutura do Concreto coma? Tradugao e adaptacao Profa. Dra. Maria Alba Cincotto PREAMBULO. As relagées estrutura-propriadade constituem a esséncia da moderna ciéncia dos materials, © conereto tem uma estrutura muito helerdgenea © complexa. Conse: ‘uentemente, & muito dificil estabelecer modelos oxatos, a partir dos quais o ‘comportamento do material pode ser provisto com seguranga, Tedavia, um conhecimento {a estruura e das propriedades de cada constituinte do concreto e a relagao entre elas € Ut para se exereer um certo controle sobre as propriedades do material. Neste capitulo, ‘20 desctios trés constiuinios da esirutura do concrete - a pasia, o agregado, @ a zona de transi¢ao entre a pasta do cimonto @ 0 agregado, As relagaes estulura - propriedade ‘0 discutidas sob o ponte de vista das caracteristcas fundamentals do concreto, tas ‘como resisténcia, estabiliade vimensional v durabldade, DEFINICOES a quantidade, 0 tamanho, a forma, ¢ a distribuigio das fases presentes em um solido conslituem a sua estrutura, Os elementos gratidos da estrutura de um material podem ser vistos facilmente, enquanto os mais finos so visualisados ‘com auxitio de um microsc6pio. O termo macroestrutura é geralmente empreg- 4o para aestrutura grosseira, visivel& vista humana. © limite de resolugao a olho 1G 6 aproximadamente 1/5 de milimetro (200 um). O temo microestrutura & ‘empregado para a porgdo aumentada microscopicamente de uma macroestrutura. ‘A capacidade de aumento dos microsc6pios eletrénicos modemos é da ordem de 10 vezes; assim, a aplicagao de téenicas de microscopia eletroniea de ransmissi0 ede varredura tornaram possivel analisar a estrutura de materiais até uma fra 18 Coneret Estrutura, Propriedades @ Materiais, IMPORTANCIA © progresso no campo dos materiais resultou principalmente do reconhecimento do principio de que as propriedades de um material tém origem na sua estrutura {intema: em outras palavras, as propriedades podem ser modificadas por mudangas adequadas na estrutura do material. Embora 0 conereto seja o material estrutural ‘mais amplamente empregado, a sua estrutura é heterogénea e altamente comple- xa, As relagdes estrutura-propriedade no concreto ainda nao eétio bem desenvol- vidas; todavia, é essencial um entendimento de alguns dos elementos da estrutura ddo conereto, antes de se discutir os fatores que influenciam as propriedades impor- tantes do eonereto, tais como resisténcia (Capitulo 3), elasticidade, retragio, flu Encia, fissuragao (Capitulo 4), c durabitidade (Capitulo 5). COMPLEXIDADES No exame de uma segao transversal do concreto (Fig. 2-1), as duas fases que po- Gem ser faciimente distinguidas sfo particulas de agregado de tamanho e forma ariados,¢-0 meio ligante, composto de uma massa Continua da pasta endurecida, ‘nivel macrose6pico, consequentemente, o concreto pode ser considerado como tim matedal bifisico, consistindo de particulas de agregado dispersas em uma rmatiz de cimento. ‘A nivel microseépico, comegam a aparecer as complexidades da estratura do conereto, E obvio que as duas fases da estrutura ndo esto distribuidas homogencamente, uma em zelagio 3 outra, nem silo em si mesmas homogéneas. Por exempio, em algumas areas a massa de pasta aparece tao densa quanto 0 ngre- jgado enquanto em outras éaltamente porosa (Fig. 2-2). Do mesmo modo, se vari- ‘9 corpos-de-prova de conereto contendo_ a mesma quantidade de cimento, mas diferentes quantidades de dgua, sio examinados em diferentes intervalos de tem- po. er observado que. em geral, o volume de vazios capilares na pasta decresce ‘om a diminuigdo da relago dgua/cimento ou com a idade crescente de hidratagao. Para uma pasta bem hidratada, a distribuigdo nio homogénea de sélidos e vazios isoladamente pode se talver ignorada quando se modela o eomporiamento do material. Todavia, os estudos de microestrutura mostraram que isto nfo pode ser aplicado para a pasta presente no concreto, Na presenga de agregado, a estrutura dh pasta, na Vizinhanga de particulas grandes de agregado, é comumente mui dlferente da estrutura da matriz de pasta ou argamassa do sistema, De fato, muitos faspectos do comportamento do concreto sob tenso podem ser explicados somen- te quando a interface pasta cimento-agregado € tratada como uma terceira fase da estrutura do conereto, Assim, os aspectos singulares da estrutura do concreto podem ser resumidios como segue. Primeiro, hd uma tercera fase, a zona de transigio, que representa a regio interfacial entre as particulas de agregado grado e & pasta, Sendo uma camada Gelgada. tipicamente de 10 a 50 ym de espessura ao redor do agregado gratido. 8 zona de transigao € geralmente mais fraca do que os outros dois componentes, principais do conereto, e, consequentemente, exerce uma influéncia muito maior obre 0 comportamento mecinica do concreto do que pode ser esperado pela sua espessura, Segundo, cada uma das fases 6 de natureza multifasica. Por exemplo, ‘AEstruture do Concroto’ 19 A macrosratra a extra arose de wm material gue € ve aio al. Ne macronsraara do onesto sta jstnanecstngtaas does ose! epregescs de direas formes © ramon. © © 60 romeo al one Ee nt mas nove de pea nderecan . vvazios. Analogamente, tanto a matriz de pasta como a zona de transi¢io contém geralmente uma distribuigao heterogénea, de diferentes tipos ¢ quantidades de fases sélidas. poros ¢ microfissuras que serio descritas abaixo. Terceiro, diferen- temente de outros meteriais de engenharia, a estrutura do concrsto no permancee estivel (i.c., no é uma caracteristica intrinseca do material). Isto porque dois cons- titwimtes da estrutura~a pasta e a zona de transi¢fo - esto sujeitas a modificagies com o tempo, umidade ambiente e temperatura. A natureza altamente heterogénea e dindmica do concreto € a principal razio porque os modelos te6ricos de relagao estrutura-propricdades, de modo geral tio importantes na previsio do comportamento de materiais de engenharia, sio de ppouco uso no caso do concreto. Um conhecimento amplo dos aspects importan- tes da estrutura dos constituintes individuais do conereto, como apresentados em seguida, é contudo essencial para 0 entendimento ¢ controle das propricdades do material composto. . ‘A Estrutura do Concreto 20 ° Goncroto: Estiutura, Propriadades © Materiais roto 21 gSTRUTURA DA FASE AGREGADO ‘A. composigio ¢ as propriedades de diferentes tipos de agregado para concreto estio descritas em detalhe no Capitulo 7. Por isso, seré apresentada aqui somente ‘uma breve descrigio dos elementos gerais da estrutura do apregado, os que exer. cem maior influéncia sobre as propriedades do concreto. A fase agregado € predominantemente responsivel pela massa unitia, médulo de elasticidade, e estabilidade dimensional do conereto. Estas propricdades do cconereto depenidem em larga extensio da densidade e resisténcia do agregado, que, por sua vez, so determinadas mais por caracteristicas fisicas do que por icas quimicas da estrutura do agregado. Em outras palavras, a composi- .¢20.quimica ou mincraldgica das fases s6lidas do agregado so comumente menos importantes do que caracteristicas fisicas tais como volume, tamanho,e distribui- ‘slo de poros. ‘Além da porosidade, a forma ¢ a textura do agregado grado também afetam as propriedades do concreto. Algumas particulas tipieas do agregado so mostra- ddas na Fig. 2-3. Geralmente, 0 seixo natural tem uma forma arredondada ¢ uma superficie de textura lise, Rochas britadas tém uma textura rugosa; dependendo do tipo de rocha e da escolha do britador, 0 agregado britado pode conter uma propor- sto considersvel de particulas chatas ou alongadas, que afctam negetivamente i Iuitas propriedades do conereto. Particulas de agregado leve de pedra-pomes, que é altamente celular, sdo também angulares ¢ de textura rugosa, mas as de : augila ou folhelho expandidos so geralmente arredondadas c lisa. Figura 2-3 Forma e textura da su- perfcie do partieuas de agreeado raid: (a) Seixo, arendondado lis: (b) rocha briada, equidimen- sonal: (¢) rach britada,slongids () rocks britada chats, (e) sarees Figura 2-2 Microostraura da pasts endurecida A microesrumra € 0 esiatia fina de wm material, observsl com auxiio de um microscdpio. Uma inicroraftaclerdnica de veredurs de baivo aumenio (200%) de uma pasta endareida mest due cara oven: cma lea deny ram rsp eo eet (ost eas ©) ate porotes.&pessvel observa fses hidrtodat indivi sob oumenton matores. Por cmp podem se io Teve, angulosa ¢ rigoso: Wiviosevstis grandes de hidrdsid de ede, eguhas fina e longa de crate agrepagdes de Citas agzegado lev, arredondado liso. {Fioras0s pequeres de slicato de elie Nira. com aumento de 20007 € 30008 ST EEO OO 22 Coneroto: Estrutura, Propriedades ¢ Matoriais: Sendo geralmente mais resistente do que as duas outras fases do concreto, a fase agregado nio tem influéncia direta sobre a resisténcia do conereto, exceto no caso de alguns agregadas altamente porosos ¢ fracos, como o agregado de pedra- pomes descrito anteriormente. O tamanho a forma do agregado eratido podem. fo entanto,afetar a resistencia do concreto de modo indireto. E ébvie que, como indicado na Fig. 2-4, quanto maior o tamanho do agregado no concreto © mais elevada a proporgio de particulas chatas e alongadas, maior serd a tendéncia do filme de ‘gua se acumular préximo & superficie do agregado, enfraquecendo as sim a zona de transigio pasta-agregado. Este fendmeno, conhecido comoexsudacio interna, serd discutido em detalhe ne Capitulo 10. ESTRUTURA DA PASTA ENDURECIDA Deve ser entendido que o termo pasta endurecida, como empregado neste texto, refere-se geralmente a pastas de cimento Portland. Embora composigio ¢ a8 propriedades do cimento Portland sejam discutidas em detalhe no Capitulo 6, um resumo da composigio ser dado aqui antes de se discutir como a estrutura da pasta evolu resulted reagoesquimieas entre os minerals do cimentoPorand ea fgua. Figura 2-4 (a) Representagdo esquemitica da exsudapio em conereto recém-langado, (@) Ruptura da aceréncia por cislhamento em corpo-de-prova de conereto ensaingo & compressio uniaxial, 4 ga exudada inernamente tends a cumaarse na vsihansa de poral de agrgado, grandes mdr che Ne ren ae rig tec pat de inane ener tend aser mate rana efucmenteprpence a saragéo. Ene fndmens &veponsdel pla pire de dere por iahamentonerpefse ta prea do agreed ada na fergrei AEstruwra do Concrete 23 © cimento Portland anidro 6 um pé cinza que consiste de particulas angulares de tamanho eomumente entre | e 50 pm. E produzido pela moagem do clinquer com ‘uma pequena quantidade de sulfato de cdlcio, sendo o clinquer uma mistura hete- rogénea de varios minerais produzidos em reagdes a alta temperatura, entre 6xidc de calcio e silica, alumina ¢ éxido de ferro. A composigio quimica dos minerai principais do clinquer corresponde aproximadamente a CS, C,S, C,Ae CAF; no Cimento Portland comum as suas respectivas quantidades estio comumente entre 45 0 60 %, 15 € 30 %, 6 ¢ 12 %,¢ 6 8%. ‘Quando 0 cimento é disperso em sigua, o sulfato de célcio c os compostos de cfleio formados a alta-temperatura tendem a entrar em solugio, ¢ a fase liquida toma-se rapidamente saturada em varias espécies iGnicas. Como resultado de combinagdes entre calcio, sulfato, aluminato ¢ fons hidroxilé, apés alguns minu. tos de hidratagao do cimento Portland, aparecem os primeiros erisiais aciculares” ‘eum sulfoaluminaio de eélefohidratados chamado etringit; algumas horas mais, tarde, cristais prisméticos grandes de_hidréxido.de.clcio.e, pequenos crist fibrilares de silicatos de cflcio hidratado comegam a preencher 0 espago vazio ‘ocupado inicialmente pela égua e as particulas de cimento em dissolucso. ApOs alguns-dias, deperidendo da proporgao alumina-sulfato do cimento Portland, a ttringita pode tomnar-se instével e decompor-se para formar 0 monossulfato hhidratado, que teva forma de placas hexagonais. A morfologia em placa hexago- nal 6 tambem caracteristica dos aluminatos de edlcio hidratados, os quais se for- mam em pastas hidratadas de cimentof Portland, tanto com baixo teor de sulfato como de elevado teor de C,A. Uma micrografia eletrénica de varredura ilustrando ‘a morfologia tipica de faseS. preparadas_ pela mistura de solucio de alumminato de teilcio com solugdo de sulfato de cflcio € mostrada na Fig. 2-5. Um modelo das fasos escenciais presentes na microestrutura de uma pasta de cimento bem hidratada é mostrada na Fig. 2-5. ‘Do modelo da microestrutura da pasta, mostrado na Fig. 2-6, pode-se notar que as vérias fases nio estio uniformemente distribuidas nem sio uniformes em tamanho e morfologia. Nos s6lidos, as heterogeneidades microestruturais podem evar efeitos negativos sobre a resisténcia mecéinica ¢ outras propriedades meca- nicas relacionadas a ela, porque estas propriedades sio controladas pelos extre- nos microestruturais e nao pela microestrutura media. Assia, alémn da evolugio ‘da microestrutura, como resultado das transformagGes quimicas, que ocorrem de~ pois que o cimento entra em contacto com a agua, deve-se levar em conta certas propriedades reoldgicas da pasta fresca de cimento, as quais também influenciam Scterminantemente a microestrutura da pasta endurecida. Por exemplo, como sera ‘iscutido adiante (ver Fig. 8.2c), as particulas anidras de cimento t&m tendéncia a se atrairem c formar flocos, os quais aprisionam grande quantidade da agua de ‘mistura. Obviamente, as variagées locais na relagao dégua-cimento sio as princi- pais fontes de evolugao da estrutura porosa e heterozénea, Em sistemas de pasta Ge cimento altamente floculada nao somente 0 tamanho e a forma dos poros. mas também os produtos hidratados cristalinos sio diferentes quando comparados aos formados em sistemas consideravelmente dispers0s. TE convenienie manier as abrevigdes empregadas em quimica do cimento: C= CxO: S 8 = 80, H= HO. 28 Conerato: Estrutura, Propriadades e Materiais, A€strutura do Concreto 25 Figura 2-5 Micrografia vorredura de crisis ot de monestulfato hidratado e crise {ais acieulares de ewringita formadas pels mistura de solugées de aluminate {Se esleio ede sulfato de eéleio core- sia de FW, Locher, Rescarch Instituie for Cement Indusiry, Dusseldort, Re- ee publica Federal Alem) Slides na Pasta de Cimento Hidratado 5 tipos, quantidades, e earacterstcas das quatro fases s6lidas principais geral- mente presentes na paste, que podem ser abservadas a0 microsc6pio elettonico, Ho as seguintes. Silicato de eflcio hidratado. A fase silicato de célcio hidratado, abreviada para C-S-H, constitui de 50 a 60 % do volume de sélidos de uma pasta de cimento Portland completamente hidratado e é, consequentemente, a mais importante na doterminagio das propriedades da pasta, O fato do termo C-S-H ser hifenizado significa que 0 C-S-H nao é um composto bem definido: a relagio C/S varia entre 1,5€2,0¢ 0 teorde dgua estrutural varia ainda mais. A morfologia do C-S-H varia de fibras pouco cristalinas a um reticulado cristalino, Devido is suas dimensdes ccoloidais e a tendéncia a aglomerar, os cristais de C-S-H puderam ser observados somente com 0 advento do microscépio eletrOnico, O material € frequentemente citado como C-S-H gel em literatura tradicional. A estrutura cristalina intema do C-S-H também permanece nao totalmente distinguivel. Ela foi anteriormente as- sumida como semelhante 4 do mineral natural tobermorita; por isto, foi as vezes denominada gel de tobermorita. Figura 2-6 Modelo de uma pasta de cimento Portland bem hidratada. A representa a agre- sagio de particulas de C-S-H pouco erisialinas, que tem pelo menos ums dimensio cloical (12 100 nm). O espsgamento entre as partcalas em ums sgregagio € de 0.5 3 3,0 nm (13 ‘hm em média). H representa produtos cristalinos hexagonais tis coma CH, CAS Hy CAH, Formam crsiais grandes, ipicamente de 1 pm de comprimento, C representa cav= dies Capilares ou vazios que existem quando os espagos erginalmente ocupados pela gua ‘fo foram completamente preenchidos com produtos Ge hidrstapio do cimento,O tananho: dos vazioscapilaes varia entre 10 nm e 1 pm mas em pastas epnsideravelments hidratae das, de balxatelapo dgualeimento, eles so ineriozes 3 100m Embora a strutura exata do C-S-H1ndo seja conhecida, alguns modetos foram propostos para se explicar as propriedades dos materiais. De acordo com omodelo de Powers - Brunauer®, material tem uma estrutura em camada com uma area specifica elevada. Dependendo da técnica de medida, tm sido propostas para 0 C-S-H, reas especificas de 100 2 700 m'/g. A resisténcia do material é principal- ‘mente atribuids a forgas de Van der Waals, sendo o tamanho dos poros do gel ou a distancia s6lido- s6lido ao redor de 18A..O modelo Feldman - Sereda’ represen ta aestrutura do C-S-H como sendo composta de um arranjo imregular ¢ dobrado de camadas 20 acaso, de modo a formar espacos intcrlamelares de forma ¢ tama nho diferemtes (5 a 25A), Hidréxido de céleio. Cristais de hidréxido de calcio (também chamado Portlandita)constituem 20225 % do volume de sOlidos na pasta hidratada, Em con- traste com 0 C-S-H, o hidroxido de calcio é um composto com uma estequiometria STC. Powers, J Am. Ceram. Soc. vol 61, 1, pp 1-5, 1958; e 8, Brunauer, American Scienust vol. 50, 1. pp 210-29, 1982, ? Bm literatura mais antiga, as distncias slido-sdido entre eamadas do C-S-H foram chamadas de poros do gel. Em literatura moderna € habito chamar de espace intertamelar, “REF Pekiman © Pd. Sereda, Engineering Journal (Canada), Vol. $3, a 81%, pp S3-59. 1970, ‘Concrete: Estrutura, Propriedades © Matoriais definida, Ca(OH), Ele tende a formar cristais grandes, sob a forma de prism hexagonais distintos. A morfologia dos cristais varia bastante, apresentando des- de formas ndo definidas até pilhas de placas geometricamente bem definidas. A morfologia é afetada pelo espago disponivel, temperatura de hidratagio, ¢ impure- zas presentes no sistema. Comparado ao C-S-H, 0 potencial de contribuigao do hidr6xido de céleio para a resisténcia devido a forgas de Van der Waals ¢ imitado, cconsequéncia de uma drea especitica consideravelmente menor. Além disso, apr senga de uma quantidade considerdvel de hidréxido de eflcio no cimento Portland hidratado tem um efeito desfavordvel sobre a resisténcia quimica a solugées dci- «das, por ser a solubilidade do hidrdxido de cilcio maior do que a do C-S-H. Sulfoaluminatos de céleio. Os sulfoaluminatos de célcio ocupam de 15 a 20% do volume de sélidos na pasta endurecida ¢, consequentemente, desempe- inham um papel menor nas relagées estrutura-propriedade. J4 foi estabelecide que. durante 05 primeiros estdgios da hidratagio a relagZo idnica sulfato/alumina da solugo geralmente favorece a formagio de trissulfato hidratado, C,AS WH... tam- bém chamado etringita, o qual forma cristais prisméticos aciculares. Em pastas de cimento Portland comum, a eiringita transforma-se eventualmente em monossulfato hidratado, C,A SH, que cristaliza em placas hexagonais. A presen- ‘ga de monossulfato hidratado em concreto de cimento Portland torna o conereto vulnerdvel ao ataque por sulfato, Deve-se notar que tanto a ctringita como 0 _monossulfato contém pequenas quantidades de dxido de ferro, 0 qual pode substi- tuir 0 éxido de alum{nio na estrutura dos cristas, Gros de clinquer nao hidratado. Dependendo da distribuigao do tamanho das particulas de cimento anidro ¢ do grau de hidratacao, alguns graos de clinguer io hidratado podem ser encontrados na microestrutura de pastas de cimento hidratado, mesmo aps longo periodo de hidratagio. Como citado anteriormente, ‘as particulas de clinquer em cimentos Portland atuais situam-se geralmente no intervalo de tamanho de 1 a 50 pm. Com a evolugio da hidratugio, primeiro sio issolvidas as particulas menores (i. desaparecem do sistema) ¢ as particulas maiores tornam-se menores. Por causa do espaco disponivel limitado entre as par- fculas, 0s produtos de hidratagio tendem a cristalizar-se muito proximo das parti- culas do clinquer em hidratagao, o que d4 a aparéncia de formagao de um revesti- mento ao redor delas. Em idades posteriores, devido a falta de espago disponivel, ‘@ hidratacto in loco de particulas do clinguer resulta na formagao de um produto de hidratagio muito denso, cuja morfologia as vezes assemelha-se & de uma parti- ccula do elinquer original Vazios na pasta endurecida ‘Além des sélidos descritos anteriormente, « pusta contem diferentes lipos de vazi- ‘05, 05 quais tém uma influtneia importante em suas propriedades. Os tamanhos. caracteristicos das fases sélidas e dos vazios na pasta sio vistos na Fig. 2.7. Os varios tipos de vazios e sua quantidade e significado sfo discutides em seguida, Espace interlamelar no C-S-H. Powers assumiu que a largura do espaco interlamelar na estrutura do C-S-H 6 de 18 A ¢ determinou que ele € responsiivel por 28 % da porosidade capilar no C-S-H sélido, porém Feldman e Sereda suge- rem que o espago pode variar de 5 a25 A. AEstrutura do Concroto: 27 om 10mm 00m en woe im 1m Figura 2-7 imervalo dimensional de slides e poros em uma pasta endures, Este tamanho de vazio é muito pequeno para ter um eftito desfavordvel sobre a resisténcia e a permeabilidade da pasta. No entanto, como seri discutido em se- guida, a dgua nestes pequenos vazios pode ser retida por pontes de hidrogénio, ca sua remogio sob determinadas condigdes pode contribuir para a retrag por seca ‘gem ¢ para a fluencia, Vazios capilares. Os vazios capitares tepresentam 0 espago nfo preenchido pelos components s6lidos da pasta. O volume total de uma mistura cimento-deua permanece essencialmente inalterado durante © processo de hidratagio. A densi- ‘dade média dos produtos* de hidratagio é consideravelmente menor do que a den sidade do cimento Portland anidro; estima-se que 1 em’ de cimento, apés hidratago completa, requer ao redor de 2 em? de espago para acomodar os produtos de hhidratapdo®, Desse modo, a hidratagio do cimento deve ser considerada como um proceso durante o qual 6 espago inicialmente ocupado pelo cimento e a gua vai sendo gradativamente substituido pelo espaco preenchido pelos produtos de hhidratagao. O espago nao ocupado pelo cimento ou pelos produtos de hidratagio ‘consiste de vazios capilares, sendo 0 volume eo tamanho dos capilares determina- do pela distincia inicial entre as particulas de cimento anidro na pasta de cimento recém-misturada (ie. relacdo dzua/cimento) e 0 grau de hidratacio do cimento. ‘Um método de calculo do volume total de vazios capilares, popularmente conhe- ccido como porosidade, em pastas de cimento Portland, tendo diferentes relaoes ‘igua/cimento ou diferentes graus dc hidratagao, sera descrito mais tarde, Em pastas bem hidratadas, de baixa relaco dgua/cimento, os vazios capilares podem variar entre 10 e 50 jum; em pastas de relacio égua/cimento clevada, nas primeiras idades de hidratacto, os vazios capilares podem atingir de 3 a5 um. ‘Curvas tipicas de distribuigo do tamanho dos poros de algumas amostras de pasta ‘ensaiadas por técnica de intrusio de meretrio sto mostradas na Fig. 2-8. * Dove-se notar que 6 espace interlamelar na fase C-S-H 6 considerada como parte des solids na pasta "NAT, Tratase de uma. simplifieagio do modelo de Powers. Em geral nfo se conseeuc hhidratar a 100 5: assim, caso io Fosse possfvel. o volume final do “gel hidratado”. ou aj cimento-+ gua de eristalizagBo + gua de gel. supersri os 2 em’ 28 Esiruturas da Pasta Endurecida ‘velume de mereiva (on?) ° os aO'T Saen gost Fock 3 cpineg geueeaiey gta Dismetr do pore, enn A . wi cure ura 2-8 Distrib do tao Js pores m partes de cient hidriad (ée Mahe D. Manmonan, Proc. Iu-Congcon she Chemis of Cement Pais, 1980) masa ds das ors gue conve eeivamente «resin Mepconcelldade ea rides de ele em wma paste decimeno nau A dsriatgao Tama pots foe pel ncn uma fl ae eg me, Oe foros grants lnftuchclam prncpalmeni a restos conprestso¢ « pemeasldade: 0 Po Dequenos nfanciom mate aretrasio por secaen eluent Seams leper erioupr ay meninges dreds ies xe mn ‘Ar incorporado, Enquanto 0s vazios capilares tém forma irregular, 0s vazios de ar incorporado sto geralmente esféricos. Por varias razées, discutidas no Capi- tulo 8, os aditivos podem ser adicionados propositadamente ao concreto com finalidade de incorporar poros muito pequenos na pasta de cimento. O ar pode iii aia A Estrutura do Concreto 29 ser aprisionado na pasta fresca de cimento durante @ operagao de mistura, Os vazi- cs de ar aprisionado podem chegar a 3 nm; os vazios de ar incorporado variam comumente de 50a 200 um. Consequentemente, tanto os vazios do ar aprisionada coma do ar incorporado na pasta sto muito maiores do que os vazios capilates, sendo capazes de afetar negativamente a sua resisténcia e impermeabilidade. ‘A gua na pasta endurecida Observados a0 microscépio eletrénico, os poros na pasta parecem vazios. Isto resulta da técnica de preparo das amostras, da qual consta a sta secagem sob vé- ccuo. Na realidade, dependendo da umidade ambiente e da sua porosidade, a pasta de cimento nfo tratada € capaz. de reter uma grande quantidade de dgua. Do mes- ‘mo modo que as fases s6lido e vazios discutidas anteriormente, a fgua pode estar presente na pasta de varias formas. A classificagao da deua em diversos tipos esta baseada no grau de dificuldade ou de facilidade com a qual ela pode ser removida, Uma ver.que existe uma perda continua de sigua de uma pasta de cimento saturads, com a diminui¢ao da umidade relativa, a linha divis6ria entre os diferentes estados da dgua ndo ¢ rigida. Apesar disso, a classificagdo € itil na compreensio das pro- priedades da pasta. Além do vapor nos poros vazios ou pareialmente preenchidos, a gua existe na pasta nos seguintes estados. Agua capilar, Esta 6 a égua presente nos vazios maiores do que 50 A. Pode ser descrta como 0 volume de dun que esté livre da influéneia das forgas de atragio exercidas pela superficie sida. Na verdade, do ponto de vista do compor, tamento na pasta € aconselhveldividir agua capitar em dus categoria: a feos «em vazios grandes, de dimetro > 50 nm (0,05 um) a quel pode ser considerads como agua livre, uma vez que a sua emogio nio causa qualquer variagio de volume’e agua retida por tensdo capilar em capilares pequenos (3 4 30 nm). cua remogio pode causar a retragao do sistema, Agua adsorvidat Ba gua que estéproxima & superficie do séido: isto €, sob ainfluéncia de forgas de atragdo, as moléoulas de gua esto fisicamente adservidas a superficie dos s6lidos na pasta, Tem sido stigerico que podem ser fisieamente Fetldas por pontes de hidrogenio até seis camadas motecufares de igus (13.8) Desde que as enegiasdeligacio de moléculsindividuais de dgua diminusm com a distinc em relagio 2 superficie do slid una porgao mator da Sigua adsorvida Pode ser perdi por secagem da pasta a 30% de umidade relative, A pends de agua ssorvidn€ prncipalmenteresponsivel peta ray da pasa na sexaguin "NIT. Os autores podem ser considcradas, neste ciso, exageradamente dogmitcos. AS tensdes capilares geradas a partic do movimento da sea nos poros eapilaces sto resultado de uma tungio continua e pertanto nao & ravoavel estabelecer atm limite iio rigido ent poros que eausam problemas de retragio e potos que ndo easam. Melhor © 50 nm) comega a ser evaporada para o ambiente. Coma 1 dg livre nfio est presa 2 estrutura dos produtos hidratados por ligagdes fisico- ‘quimicas fortes, a sua perda nfio seria acompanhada de retragao significativa. Isto é mostrado pela curva “A-B” na Fig. 2-12. Assim, uma pasta saturada exposta a uma, UR ligeiramente menor do que 100 % pode perder uma quantidade considervel de gua total evapordvel antes de sofrer retragio intensa. ‘Quando a maior parte da gua livre foi perdida, prosseguindo a secagem, observa-se que uma perda adicional de ‘gua passa a resultar em retrago conside rével. Este fendmeno, mostrado pela curva “B-C” na Fig, 2-12, é atribuido princi palmente & perda de dgua adsorvida ¢ de ‘gua retida em pequenos capilares (ver Fig. 2-9). (0) (b) Reraste Figura 2-12 (a) Pera de égua em fungio da umidade rlativa; (b)reragdo de argamas- sae cimento em funglo da perda de dpua (De R.L'Hermite, Proc. Fouruh In. Symon the Chemistry of Cements, Washington, D.C., 1960), En une pasa de cimenio.a penta de va adtonida a prineipal responsive pla reagdn de scam ‘Tem sido sugerido que a Agua adsorvida, quando confinada em espagos estreitos entre duas superficies s6lidas, causa pressio de desligamento. A remosio da égua adsorvida reduz a presso de desligamento c causa retragao do sistema. A agua interlamelar, presente na forma de um filme monomolecular de égua entre as ca- ‘madas da estrutura do C-S-H, pode também ser removida por condigdes severas de secagem. Isto se dé porque o contato fntimo da égua interlamelar com a super- ficie s6lida e 0 caminho tortuoso da trajet6ria de transporte através do reticulado capilar requer uma forga motriz maior. Uma vez que a gua em pequenos capilares (5.50 nm) exerce pressao hidrostitiea, a sua remogao tende a induzir uma ten- stio de compressio sobre as paredes sélidas do poro capilur, causando também contracio do sistema. “Deve-se aqui ressaltar que os mecanismos responsiiveis pela retragiio por se ccagem sio também responsaveis pela fluéncia na pasta, No caso da fluéncia, uma tensdo externa aplicada toma-se a forga que dircciona o movimento da agua adsorvida fisicamente e da gua retida nos pequenos capilares. A Estrutura do Concrete > 35 Durabilidade. O termo durabilidade de um material refere-se ao seu tempo de vida util sob condigaes ambientais dadas. A pastaé alcalina; consequentemente exposigio a aguas dcidas é prejudicial ao material. Nestas condigdes, a impermeabilidade do material, ¢ a estanqueidade da estrutura, tornam-se os principais fatores determinantes da durabilidade, A impermeabilidade da pasta € ‘uma caracterfstica altamente apreciada porque se assume que uma pasta imperme- 4vel resultaria num concreto impermedvel (0 agregado no conereto é assumide geralmente como impermedvel). A permeabilidade ¢ definida como facilidade com que um fluido pode escoar através de um s6lido. E dbvio que o tamanho ¢ a ontinuidade dos poros na estrutura do solide determinam a sua permeabilidade. Resisténcia ¢ permeabilidade da pasta sio duas faces da mesma mocda, com o sentido de que ambas estio intimamente relacionadas & porosidade capilar e a ‘elagao sélido-espago. Isto fica evidente na curva de permeabilidade da Fig. 2-11, 4 qual baseia-se em valores de permeabilidade determinados experimentalmente por Powers. A relagio exponencial entre permeabilidade © porosidade, ilustrada na Fig. 2-11 pode ser entendida a partir da influéncia que vérios tipos de poros exer- em obre a permeabilidade. Com o prosseguimento da hidratagio, 0 espago vazio entre as particulas de cimento originalmente distintas comega a ser preenchido gradativamente pelos produtos de hidratacdo, Foi mostrado (Fig. 2-10) que a rela. so dgualcimento (.e., espago capilar original entre particulas de cimento) ¢ 0 frau de hidratago determinam a porosidade capilar total, « qual diminui com 0 decréscimo da relaglo dgua/cimento ow aumento do grau de hidratagao, Estudos os 2dias 208 oat 337, Volume da meri ena) Figura 213 Curas de dstcibuigdo de egusnos pres em pastas deinen 1 tk diferentes rela dguafcimento BE88F8 EF FL F Wek Meda e D. Manon Prac. tnt Congress on Chemisty of Comens, Pats, 1980) (Grand a represent sri ds dads da Fi. 28 foi fet. pds degesr os pores wands te S'isa0 ence gn in dnc culpa wrbaias oc cake Se ‘asa de 2s, reparads com quar rele daeimart recite ms quee se de Cine ec amen na oe ta etn eee ace sn tmonifese oment fre de ports grandes. Eas sere en srane ogee quate ert duarcinente sre arsine a permeates anus omtaadsplos per prance Dimetra poxo (A) ‘26 Goneroto: Eatrutura, Proptiedades @ Materiais, de porosimetria por intruso de mercdrio em pastas de cimento hidratado, da Fig, 2-8 com diferentes relagdes fgua/cimento ¢ em varias idades, mostraram que a diminuigdo na porosidade capilar total estava associada a redugio de poros gran- des na pasta (Fig. 2-13). Dos dados da Fig. 2-11 € dbvio que o coeficiente de permeabilidade registrou uma queds exponencial quando a fragtio de volume de | poros capilares foi reduzida de 0.4 para 0,3. Conseqiientemente, este intervalo de porosidade capilar parece corresponder ao ponto em quc tanto 0 volume como o tamanho dos poros capilares na pasta s8o to reduzidos que se tomam dificeis as conexdes entre eles. Como resultado, a permeabilidade de uma pasta completa. ‘mente hidratada pode ser da ordem de 10° vezes menor do que uma pasta de baixa dade, Powers mostrou que mesmo uma pasta de relagao a/c 0,6 com hidratacio completa (100 %), pode tornar-se tio impermedvel quanto uma rocha, como o basalto ou o mérmore. Deve-se notar que as porosidades representadas pelo espaco interlamelar do C-S-H e pequenos capilares nao contribuem para a permeabilidade da pasta. Ao ccontrério, com o aumento do gran de hidratagao, embora haja um aumento consi erdvel no volume de poros, devido ao espago interlamelar do C-S-H ¢ pequenos ‘capilares, a permeabilidade € acentuadamente reduzida, Na pasta foi notada uma relagao direta entre a permeabilidade eo volume de poros maiores do que cerea de 100 nm", Isto ocorre provavelmente porque o sistema de poros, formado princi- palmente de pequenos poros, tende a tomar-se descontinuo, (AZONA DE TRANSIGAO NO CONCRETO Significado da zona de transigao J4 se perguntou porque: + Oconereto é frigil sob trago mas dutil em compressiio? + Os constituintes do concreto quando ensaiados separadamente com- pressio uniaxial permanecem elisticos, até & ruptura, enguanto © con ‘eroto mostra comportamento clasto-pléstico? A resisténcia & compressio de um conereto é maior do que a sua resis- téncia & tragio de uma orem de magnitude? { Para um dado teor de cimento, uma relagto agua/cimento e idade de) hhidratagio, a argamassa de cimento sera sempre mais resistente do que 0) ‘concreto comrespondente?" E que também a resistencia do concreto di-) rainui com 0 aumento do tamanho do agregado grado? _ A petmeabilidade de um concreto, mesmo contendo um agregado muito, ddenso ser maior por uma ordem de magnitude do que a permeabilidade da pasta de cimento correspondenie?" PAK, Mehta © D. Manmshan, Proceedings of the Seventh Imernational Congress of the Ciemustry of Cements, Editions Sepims, Voll, Paris, 1980. I INT. Na maioria das vezes essa difernga & imperceptivel © fica dentro dx varis billdade de ensaio. Mantigo um mesma consumo de eimento 0 conereto teré sempit sfencia maior que oda pasa eda sepamasta de mesma relagdo ae. | TE NIT, Em geral 0 conercto ters um eoeficiene de permeabilidade menor do que © & pista corespondente, amassads com a mesma relagBo ae A€Estrutura do Concrelo 37 nse Bvt dg eset ate Hum conc c S Tespostas @ estas e outras questies ‘enigméticas, om goncreto encontram-se na zona de transigto que exiac, Ge agregado ¢ a pasta. Embora constituida dos ment sobre 0 comportament mento do ‘entre as particulas grandes Consequentreme€ dee} te, € desejavel Ue i da estrutura do concreto. “tet waar a zona de ‘ansiao 1 oxime do arpa pa Sid asoganene nae orioe Seen a a matrix de argamassi), Em ms de cio, sulfa, hidroxila,e alurinato forme tener formar — : fm camaine oem en emi Por exempo, com 0 eno ¢ Sansa gacee Hsien com o opie dahdvasnn, ere eet cali comegann saunds rage de crisiais menores de stringita © de hid Iso de camera (©S espagos vazios entre © reticuladc nts cos Ses oe igita © de hidréxido de célcio. Is10 ajuda: enter ae "mente, a resisténcia da zona de transigao. Sener 9 densidade 2, Una preset aera reset o dagramsica¢ una mi ca © uma micrograa el odo conereto, so presentadon na ig Pig eae Resisténcia da zona de transicéio Se 2G. Maso, Proceedines Cements Wei Baeedints ofthe Seventh International Congress on the Phen 98 Concreto: Estrutura, Propriedades e Materials ‘A Estrutura do Conereto: -39 @ cea. 5. cosh cH CEtringita o Agregado €. Zona de Transigo Matiz de pasta de cimento Figura 2-14 (a) Microgratia elednica de varredura de cristis de hids6xid de esteio su zona de tasio. (>) Reprsentao Sagramiica da zona de transigno da mati de pasta de cimento no concrete, * " ™ ‘os rues aes expeiaiene guano ecorre una exsudyio nero considera tama « vole de vasis de sono de transgao sto malores de ue noimevior da paste ou da Orgamassa, © famanho © 0 concenaran dor composts eitalinos, tlt come m fats te cle ee eats amiem mores na son de transgae A iccras formes fetinente na dei orton were Tait ees so reponavels pla etna da sondern, em Geral sa ede mrs 15a z = woot —f} : § so Figura 2.15 Biota dae na esis: i tthe de aca (ode) i o basa tn nsec da ted psa 8 Fon ge ranseso Siento Oe Rates) War Oa trmtine Fanos law e DJ. Gilben, The Structure of Goncce Conent d Comte Ase dado (ecal ) Sion Los 86, 63) Come reste da interagto qulnica Tent enre a pasa de cimento« 0 apregade, a maioesIdades @ Scented son de rangi aumenta mas do gu resistencia da mir: de Pasa de mer, matriz de argamassa, Isto poderia acontecer como resultado da cristalizagao de novos produlos nos vazios da zona de transigao através reagdes quimicas lentas entre constituintes da pasta de cimento e 0 agregado, formando silicatos de calcio hidratado no caso de agregados silicosos, ou carboaluminatos hidratados em caso de caleério, Tais interagbes contribuem para a resisténcia porque tendem também a reduzir a concentragio de hidréxido de célcio na zona de transigao. Os cristais grandes de hidréxido de calcio possuem menor capacidade de adesio, nfo somen- te pola dea especifica menor e forgas de atragao de Van der Waals correspon- dentemente mais fracas, mas também porque servem como pontos de clivagem preferencial, devido 2 sua estrutura orientada, ‘Alémn do grande volume de vazios capilares e de cristais orientados de hidroxido de célcio, um importante fator responsvel pela baixa resisténcia da zona de tran- igo no concreto & a presenca de microfissuras. A quantidade de microfissuras

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