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RECALQUES eja uma estaca qualquer, de comprimento L, embutida no terreno, e com a sua base distante C da profundidade em que se encontra a superficie do indeslocavel, como representada na Fig. 3.1A (a superficie do indeslocavel, abaixo da qual podemos desprezar as deformacdes decorrentes das cargas aplicadas ao macico, & determinada pelo topo rochoso ou 0 topo da camada de solo tao rigida que possa ser considerada “indeformavel”). A aplicacdo de uma carga vertical P na cabeca dessa estaca provocard dois tipos de deformacées": _ endl TREO Fi. 3.1 Parcelas de recalque da estaca 1.0 encurtamento eldstico da prépria estaca, como pea estrutural submetida a compressio, o que equivale a um recalque de igual magnitude da cabeca da estaca (p,), mantida imével a sua base; > Avariacao de distancia entre dois pontos quaisquer de um corpo constitui uma deformagio, O deslocamento de um pontoéa mudanga de sua posigdo em relacao aum sistema fixo de referéncia Recalque de um ponto da estrutura éoseu deslocamento vertical, de cima para baixo, Para monitorar os recalques de pontos da estrutura, em geral nos pilares ao nivel do terreno, transportamos a referéncia fixa (uperficie rochosa ou camada suposta indeformavel) para a superficie do terreno, por meio da execucio dos chamados bench- marks. 53 By Fevrssees 208 3 a 2%.as deformacées verticais de co tratos de solo subjacentes & base da estace slocavel, 0 que resulta um recalque (p,) da © conforme indicado na Fig. 3.18, ¢ sonsequéncia, ento L sera diminuido para: L~pe ea distancia C, reduzida para: C-ps Portanto, considerados esses dois efeitos, da estaca sofrera um recalque (p), ou um deslocamento to: ertical, para baixo, dado por P =PetPs 3.1 ENCURTAMENTO ELASTICO Para o calculo do encurtamento elastico, vamos construir o diagrama de esforco normal ao longo da estaca, por meio de uma metodologia adaptada de Aoki (1979). Retomando a estaca da Fig. 3.1, suposta cilindrica, maciga, de concreto, e atravessando camadas distintas de solo (por exemplo, trés), consideremos que seja conhecida a capacidade de carga (R) desse elemento de funda- cao: p + RL = Rp + (Rr + Riz + Ris) Além disso, admitamos que: 1".a carga vertical P, aplicada na cabeca da estaca, seja superior a resisténcia lateral (R,), isto é, um valor inter- medidrio entre a resisténcia lateral e a capacidade de carga (R) RL a =0,12249 mm? Logo, a equagao da curva carga x recalque resulta: P=950 (1 ¢ 082099) Tas. 3.3 Pontos da curva carga x requalque fmm PRN) Em seguida, até um recalque de 10% do diame- a 2 tro da estaca, encontremos cerca de 10 pontos da —— i — curva (Tab. 3.3) : os 12 732 7 Finalmente, esbocamos a curva carga x recalque ob a prevista (Fig. 3.7). ia ae 2 877 Obs.: Esta metodologia é valida desde que a carga 4 900 aplicada a estaca ultrapasse o valor minimo 2 915 necessério para mobilizar todo o atrito 30 __ 926 lateral, como € 0 caso deste exercicio. ee ee os Carga (kN) o 200 400 600 800 1.900 Fic. 3.7 Curva carga x requalque prevista EXERCICIO RESOLVIDO 5 Em continuacao ao exercicio anterior, vamos fazer a verificacdo da carga admissivel quanto aos recalques. Se fossem apenas estacas isoladas, em areia, o recalque admissivel seria de 25 mm, o que confirmaria a carga admissivel de 500 KN, que provoca um recalque de apenas 6,1 mm. Mas, considerando que haja grupos de estacas nessa fundacao, devemos garantir um fator de seguranca minimo de 1,5 carga que provoca o recalque de 15 mm. Assim, da curva carga x recalque, temos: p=15mm ->P.,,=800 kN Entdo, = 533 > 500 KN (ok!) 3 RECALQUES Hi Portanto, esté confirmada a carga admissivel de 500 KN. a Verificando de outro modo, o fator de seguranca em relacao a carga que provoca o recalque de 15 mm é de: 800/500 = 1,6 > 1,5 (ok!) Devemos observar que o fator de seguranca é sempre uma relagao entre cargas, nunca entre valores de recalque.

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