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66-70 (Jun – Ago 2019) Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR

AZUL DE METILENO PARA FINS TERAPÊUTICOS


METHYLENE BLUE FOR THERAPEUTIC PURPOSES

FABIANA CRISTINA SALES OLIVEIRA1, GISELE MARTINS CABRAL2, JULIANA FRANCO DE


CASTRO ELER3, SALATIEL JOSÉ PIMENTEL4, VLADAS ROMASKEVIS PEIXOTO5, WEBERT JOSÉ
PARANHOS6, WILLIAM ARGOLO SALIBA7*
1. Acadêmica do curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga; 2. Acadêmica do curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga; 3.
Professora do curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga; 4. Acadêmico do curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga; 5. Acadêmico
do curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga; 6. Acadêmico do curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga; 7. Professor do curso de
Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga.

*Rua: Salermo nº299, Bairro Betânia, Ipatinga–MG. CEP:35162-779. engenhariaquimica@unicaipatinga.com.br

Recebido em 23/04/2019. Aceito para publicação em 24/05/2019

RESUMO assim o azul de metileno foi o primeiro composto


sintético usado como anti-séptico1.
O azul de metileno é um corante aromático de caráter Baseando-se nas suas propriedades, os estudos
pouco tóxico da família das fenotiazinas, do qual
apresenta características físico-químicas bem peculiares,
foram aprofundados e foi possível descobrir que em
como a capacidade de auto agregação no tratamento. aplicação de dosagens altas, o AM é capaz de
Sendo muito administrado a mais de séculos no interromper as funções das fibras e terminações
tratamento de doenças, como de infecção urinaria e nervosas, onde foi introduzido em 1890 como
malária. Alguns cientistas observaram que ele tinha uma analgésico. Foi então que Ehrlich, junto ao psiquiatra
capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, e alemão Arthur Leppmann, obtiveram sucesso em
com isso começaram a se interessar em pesquisas das tratamento de doenças reumáticas e neulípticas. As
quais envolviam seu uso em doenças mentais, como o descobertas não pararam, e em 1891 Ehrlich pôde
Alzheimer. Além de disso, também perceberam a grande comprovar sua eficácia no tratamento contra a malária 2.
capacidade de atacar os radicais livres, que são causados
principalmente pelo stress oxidativo. O azul de metileno, Desde então o azul de metileno tem sido muito
com sua função de receptor de elétrons, começa a ser bem usado em pesquisas de infecções bacterianas e doenças
visto para o tratamento de envelhecimento precoce. virais, na medicina humana e veterinária, além de ainda
ser usado como corante e agente redox nos
PALAVRAS-CHAVE: Azul de metileno, físico-
experimentos dos laboratórios químicos. Há também
químicas, alzheimer. radicais livres.
estudos que comprovam a ação antioxidante do AM
contra radicais livres, sendo um marco para a indústria
cosmética na melhora e rejuvenescimento da pele. Em
ABSTRACT estudos recentes, o azul de metileno tem obtido bons
Methylene blue is a nontoxic aromatic dye of the resultados em pacientes com Alzheimer, devido à sua
phenothiazine family, with very peculiar physicochemical capacidade de aumento nos níveis sinápticos de
characteristics, such as the capacity for self-aggregation in acetilcolina, que tem um papel importantíssimo na
the treatment. Being very administered for more than memória e funções cognitivas1.
centuries in the treatment of diseases such as urinary tract
infection and malaria. Some scientists noted that he had a A escolha do tema do trabalho realizado tem como
capacity to cross the blood-brain barrier, and so began to be objetivo demonstrar algumas das principais funções do
interested in research involving their use in mental illness, azul de metileno para fins medicamentosos de uso
such as Alzheimer's. In addition, they also realized the great complementar, de maneira a amenizar os sintomas de
ability to attack free radicals, which are mainly caused by várias doenças. O AM foi escolhido por ser de fácil
oxidative stress. Methylene blue, with its electron receptor acesso para a população.
function, begins to be well-regarded for the treatment of
premature aging.
2. MATERIAL E MÉTODOS
KEYWORDS: Methylene blue. Physical-chemical.
Alzheimer. Free radicals. Para demonstrar as finalidades terapêuticas do azul
de metileno, foram feitas revisões bibliográficas em
1. INTRODUÇÃO artigos, revistas cientificas, monografias e TCC’s, entre
as datas de 1997 a 2017, realizando uma análise
O azul de metileno (AM) foi sintetizado em 1876 detalhada sobre a respectiva substancia. De acordo com
por Heinrich Caro, como um corante á base de anilina. as pesquisas, o azul de metileno é uma terapia
Robert Koch e Paul Ehrlich rapidamente puderam complementar usada principalmente contra o
perceber que o azul de metileno poderia ser utilizado Alzheimer e envelhecimento precoce da pele. A seguir
em coloração e inativação de micro-organismos, e serão apresentadas mais informações sobre o azul de

BJSCR (ISSN online: 2317-4404) Openly accessible at http://www.mastereditora.com.br/bjscr


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metileno, a fim de demonstrar seu valor terapêutico Azul de Metileno no tratamento do Alzheimer
perante as praticas farmacêuticas.
O Alzheimer é uma doença cuja característica
histopatológica principal é a maciça perda sináptica e
3. DESENVOLVIMENTO morte de neurônios responsáveis pelas funções
cognitivas (Figura 2), tendo como fatores causadores
Descrições físicas e químicas principais: depósitos fibrilares amiloides (beta-
O azul de metileno, mais conhecido casualmente amiloide) que levam a formação de placas senis e o
como um corante aromático de caráter pouco tóxico, acumulo de filamentos anormais da proteína tau7.
tem características solúveis em água e álcool com
pequeno potencial de redução. Apesar de ter
características básicas hidrofílicas, quando metilado
pode apresentar condições hidrofóbicas, na qual pode
ser melhor observada a emissão e excitação do AM em
solvente. A solubilidade do AM na água, ocorre devido
à uma reação de equilíbrio químico (Figura 1). Na
ausência da molécula de oxigênio, o azul de metileno
se transforma em leucometileno3.

Figura 2. Exemplo de neurônio normal e com depósitos


fibrilares. Fonte: Corrêa, 20138

O azul de metileno, da família das fenotiazinas, é


um antigo conhecido dos farmacêuticos, tendo seu uso
há mais de séculos para tratamento de doenças como
infecção urinaria e no tratamento da malária. Além
disso, sua capacidade de atravessar a barreira
hematoencefálica, quando administrada por via
Figura 1. Transformação do AM em Leucometileno. Fonte: intraperitoneal, intraduodenalmente ou
Barbosa, et al, 20164 intravenosamente (testes feitos principalmente em
ratos), tem alta biodisponibilidade no cérebro e tem
Apesar de ter características (Quadro 1) básicas efeitos em vários alvos específicos dessa região
hidrofílicas, quando metilado pode apresentar (principalmente após a aplicação sistêmica) intrigou
condições hidrofóbicas, na qual pode ser melhor cientistas9.
observada a emissão e excitação do AM em solvente
orgânico que esteja em prevalência. Vale ressaltar que a
sua capacidade de auto agregação é a responsável pela
diminuição da capacidade de geração de um oxigênio
singlete, onde ocorre excitação dos elétrons5.

Descrição química e física do AM


Formula Molecular C16H18N3SCl

Formula estrutural

Figura 3. Teste de ativação neural do animal. Fonte: Kemp, 201210.


Nome iupac 3,7-bis(dimetilamino)
Descrição física Cristais verdes escuros com lustre de bronze ou pó Em suas pesquisas iniciais o azul de metileno se
cristalino
Odor Inodoro mostrou um grande aliado para retenção de memória,
PF 100 – 110 ºC após no ano de 1978, quando Martinez Jr. e colegas
PE Decompõe-se
Solubilidade Solúvel em água
realizaram um teste em ratos. Eles descobriram que
Quadro 1. Descrição química e física do AM. Fonte: Rev. depois de uma dose do azul de metileno ser aplicada
Oswaldo Cruz, 20036 num treino de esquiva em labirintos (figura 3), os ratos
foram mais eficazes, conseguindo chegar ao final dele
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mais rápido. Com isso, ao longo do tempo, no ano de


2009 foram feitos 14 estudos clínicos do AM, que
mostrou que ele também poderia atuar em áreas que
variam desde anestesiologia até tratamentos de
depressão e psicose1.
Em seus estudos atuais o azul de metileno vem se
mostrando um importante fármaco de atuação contra o
Alzheimer (figura 4), principalmente pelo seu papel de
destaque como inibidor da agregação de proteína tau e
pelo fato de diminuir a formação de placas senis, pois
reduz o beta-amiloide que as causa com uma boa
segurança e tolerabilidade11.
Figura 5. Causas do
estresse oxidativo. Fonte:
Torres, 201615

O oxigênio é que
perde esses elétrons
fazendo com que haja
formação de radicais
livres atuando no
processo de lesão. O
corante de azul de
metileno age como um
receptor desses
elétrons, os receptores
se formam através das
reações enzimáticas
catalisadas pela
enzima xantina
oxidase (base
nitrogenada, presente
em grande parte dos
tecidos e fluidos
orgânicos)16.
Portanto, os pares
de elétrons de cada
Figura 4. Inibição da proteína tau usando. Fonte: Gameiro, 201612 oxidação enzimática são transferidos para o centro
ferro-sulfúrico do azul de metileno, tendo observado
Em algumas pesquisas feitas administrando de menor índice de lesão e menor sequestração de
forma aguda o AM a uma pequena porção de neutrófilos em análise histológica e menor formação de
camundongos transgênicos que expressavam a proteína inchaço intersticial17.
tau humana, os níveis de fosforilação e proteína tau
foram reduzidos, em contrapartida ao administrar a Interações medicamentosas
mesma quantidade a peixes-zebra, que apresentavam o Interações medicamentosas acontecem através da
mesmo tipo de mutação, os testes falharam9. biotransformação que variados fármacos sofrem no
Porém, o que ainda tem encorajando as pesquisas a organismo.
continuarem é que quando os pacientes eram tratados
com AM foi notificada uma melhoria significativa em
funções cognitivas em comparação aos tratados com
placebo13.
Azul de Metileno contra Radicais Livres
O envelhecimento precoce acontece em virtude de
morte excessiva das células do organismo devido a
muitas condições fisiopatológicas no corpo. No entanto
o estresse oxidativo (Figura 5) gera uma enorme
quantidade de radicais livres, o que danificam as Figura 6. Exemplo de eritrócito normal e danificado. Fonte:
membranas celulares aumentando a permeabilidade Nagalla, 201718.
endotelial a fluidos, macromoléculas e células O azul de metileno quando atuando como fármaco,
inflamatórias14. possui interação medicamentosa com a Dapsona
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(antibiótico da classe das sulfonas), usado no científicas ao longo dos séculos. Observou-se funções
tratamento de doença auto-imune, a qual pode produzir como redução no envelhecimento precoce da pele e
anemia hemolítica, oxidando a hemoglobina (figura 6). auxilia tratamento do Alzheimer, melhorando a
A anemia hemolítica tem como principal causa a capacidade cognitiva. Porém, seu uso pode trazer
destruição dos eritrócitos3. efeitos adversos e interação medicamentosa, isso
A monoamina oxidase (MAO) é composta por duas demonstra que antes de fazer uso de AM, deve-se
enzimas (MAO-A e MAO-B) responsáveis por comunicar ao médico.
degradar monoaminas. A MAO está presente em quase
todas as células do corpo. O azul de metileno age como REFERÊNCIAS
um IMAO (inibidor de monoamina oxidase). Após a
administração intravenosa de AM, a MAO B seria [1] MBChB Fbkn. O Papel do Azul de Metileno na
Síndrome Serotoninérgica: Uma Revisão Sistemática.
parcialmente inibida, mas a MAO A seria ELSIVIER. 2010; 51:194-200. Disponível em:
completamente inibida devido às interações do AM <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S00
com seu sítio ativo e por sua ação tanto como substrato 3331821070685X> Acesso 18/10/2018
oxidante quanto como redutor de um elétron. Sabe-se [2] Corrêa, NM; Introdução as causas, 2013. Disponível em
que os inibidores da monoamina oxidase (IMAO) <https://quimicalzheimer.wordpress.com/2013/01/11/in
causam toxicidade por serotonina19. troducao-as-causas-2/> Acesso em 18/10/2018
Antes de usar AM o médico deve ser informado [3] Kemp M. Rato branco, ou, rato, aderido, em, labirinto,
quais medicamentos o paciente está fazendo uso, por com, queijo Foto. 2017. Disponível em <
https://www.fotosearch.com.br/RBL013/b14657/>
exemplo: Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina,
Acesso em 18/10/2018
Fluvoxamina, Paroxetina, Sertralina. Pois todos eles [4] Torres A. Estresse oxidativo em crianças com Síndrome
causam interação medicamentosa com o AM, devido a de Down; Disponível em:
ambos serem pertencentes à classe terapêutica de <http://andreiatorres.com/blog/2016/11/22/estresse-
inibidores seletivos da receptação de serotonina3. oxidativo-em-crianas-com-sndrome-de-down>. Acesso
em 18/10/2018
Efeitos adversos e contraindicação [5] Nagalla S. Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase
Azul de metileno apresenta muitos efeitos (G6PD). 2017; Disponível em:
benéficos, entretanto como todo fármaco ele também <https://emedicine.medscape.com/article/200390-
apresenta suas contraindicações e efeitos colaterais. overview> Acesso em 18/10/2018
[6] Revista Oswaldo Cruz. Azul de Metileno; 2009.
Tais efeitos podem ser ocasionados por fatores Disponível em:
metabólicos, como em pacientes com deficiência de https://www.oswaldocruz.br/download/fichas/Azul
glicose-6-fosfato desidrogenase. O uso sem a devida [7] Peng B, Yingmin Z, Hou S, Wenwen W, Fu X. Intradiscal
cautela pode levar a anemia hemolítica, ou em casos methylene blue injection for the treatment of chronic
mais leves, a urina fica azul-esverdeada devido à discogenic low back pain. Eur Spine J. 2007; 16(1):
redução do eritrócito que transforma o AM em azul de 33–38;
leucometileno. Todavia essas consequências [8] Massano S, Ferreira J. Terapêutica farmacológica na
apresentadas variam com sua dosagem (2mg/kg) e doença de Alzheimer: progressos e esperanças futuras.
também com a sua forma administração (Quadro 2). Arq Med. 2013; 27(2).
[9] Gameiro DN. World first Drug to ‘dissolve’ Tau-tangles in
Antes de usar AM é necessário ir ao médico para evitar Alzheimer’s has Phase III Results. 2016; Disponível
tais efeitos maléficos3. em:
<https://labiotech.eu/medical/alzheimers-taurx-phaseiii-
Reações adversas de acordo com a via de administração:
tau-inhibitor/>.
Vias de administração Efeitos adversos [10] Medina DX, Caccamo A, Oddo S. Methylene blue
Confusão, dor de cabeça, reduces A levels and rescues early cognitive deficit by
increasing proteasome activity. Brain Pathol. 2011;
febre, náusea, vomito, dor 21(2): 140–149
Oral abdominal, diaforese [11] Lima A, Gracetto A, Biondo CEG, Batistela V, Hioka N,
Arritmias cardíacas, Severino D, et al. Efeito Do Solvente Sobre As
Propriedades Espectroscópicas Do Azul De Metileno.
vasoconstricção Universidade do Vale do Paraíba. 2004;
Intravenosa coronariana, diminuição [12] Sereniki A, Vital MABF. Alzheimer’s disease:
do fluxo sanguíneo pathophysiological and pharmacological features. Rev
Psiquiatr RS. 2008; 30(1 Supl);
Subcutâneas/Intradérmicas Abscessos necróticos [13] Barbosa AJC, Araújo ACF, de Medeiros IG, de Oliveira
Quadro 2:Reações adversas de acordo com a via de administração. Félix ME, De Carvalho CM. Educação Ambiental
Fonte: FRANZCP, 201020 Através Dos Conceitos De Equilíbrio Químico No 2º
Ano Do Ensino Médio De Uma Escola Pública Na
4. CONCLUSÃO Cidade De Campina Grande. Editora Realize. 2016;
Disponível
Ao final do trabalho percebe-se que um simples em:<https://www.editorarealize.com.br/revistas/enidue
corante sintetizado em 1876 sofreu uma grande pb/trabalhos/TRABALHOEV
revolução devido ao crescimento das descobertas 100MD1SA12ID33129112017215832.pdf> Acesso em
Oliveira et al. / Braz. J. Surg. Clin. Res. V.27,n.2,pp.66-70 (Jun - Ago 2019)

02/06/2019
[14] Bosoy D, Axelband J, Pursell RN, Lukaszczyk JJ,
Stawicki SP. Utilization of methylene blue in the
setting of hypotension associated with concurrent renal
and hepatic failure: A concise review. Int J Acad Med
2017; 3(Suppl S1):101-11
[15] Simões BM, Fh G, So I, Ewk C, Ly K, Mc L. Efeitos da
isquemia e reperfusão intestinal na cicatrização de
anastomoses do intestino delgado: estudo experimental
em ratos. Acta Cir Bras 2001; 16(supl2):9-15;
[16] Jm MC. Oxygen-derived free radicals in postischemic
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[17] Sc S, Cf B, Wd V. Methylene blue as an inhibitor of
superoxide generation by xanthine oxidase: a potencial
new drug for the attenuation of ischemia/reperfusion
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British Journal of Pharmacology, 2017.

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