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REPORTAGEM 01 - Israelense se disfarça de palestina e relata

experiência

01-A israelense conta que a potencial inquilina voltou a contacta-la dias


depois, afirmando que estaria disposta a alugar o quarto se ela deixasse
de usar o hijab e retirasse os cartazes em árabe que ela tinha pendurados
nas paredes do apartamento.

02- Quando participou em uma manifestação de grupos de esquerda


contra o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza, ela diz ter sido agredida por
pessoas que passavam na rua.
"Éramos cerca de cem manifestantes, mas eu fui a única que sofreu
agressões físicas, algumas pessoas me empurraram, cuspiram em mim e
gritaram 'desapareça deste país, não queremos vê-la por aqui!'.

03- Liad diz ter sentido olhares hostis, que claramente diziam que ela não
era bem-vinda e dois homens jovens chegaram a agredí-la verbalmente,
gritando: "como você ousa usar o símbolo do Islã neste lugar impuro?".

Ela é caracterizada quando alguém não reconhece ou não respeita a religião


ou crença do outro. Uma prática que deve ser combatida porque traz à tona
falta de liberdade, respeito e diversidade. No caso 01, houve a intolerância
religiosa por parte da inquilina, não aceitando e tentando mudar a forma de se
viver de Liad.
Já no 02, Liad sofreu ofensas físicas que decretam ainda mais a forma com
que foi colocada em uma situação também de intolerância, querendo que a
mesma “sumisse” da frente deles por não aceitar um país “rival” ajudando nas
manifestações.
Para explicar o 03, podemos citar uma matéria do jornal “Metrópoles”, que
publicou uma situação semelhante de dois jovens que se disfarçavam também,
pois sua religião não aceitava a sua escolha de gênero: “A ocupação dos
territórios palestinos por Israel é apontada por ativistas gays como o principal
fator a dificultar que minorias ganhem voz e lutem por direitos nessa parte do
mapa. No resultado final dessa complexa equação, o conflito tem mais peso
até que as questões religiosas, na visão da ONG Al-Qaws, principal liderança
palestina LGBT”. O Metrópoles visitou a Palestina e Israel e mostra nessa
reportagem narrativas sobre a vida dos dois lados do muro.

O Conflito de Israel x Palestina ocorre desde 1940 e tem como principal


causa, o controle da Palestina. "Mais recentemente falando, muitos analistas
apontam que o confronto atualmente envolve novos aspectos, os quais estão
em torno da maneira violenta pela qual Israel trata a população palestina que
reside seja em Israel, seja nos territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa
de Gaza. Assim, a população palestina luta para conseguir a sua
autodeterminação — uma vez que o Estado da Palestina não existe,
oficialmente falando —, mas também para conquistar melhores condições de
vida, pois alegam que Israel os mantém em condições degradantes, limitando o
acesso da população a recursos básicos, como água, e sufocando a população
de Gaza com um bloqueio econômico que se estende desde 2007, entre outros
fatores."

REPORTAGEM 02 - Chirac defende proibição de véu em escolas

01-No dia 17 de dezembro, a França se viu em polvorosa quando o


presidente do país, Jaques Chirac, manifestou apoio à aprovação de uma
lei proibindo o uso de símbolos religiosos nas escolas do país. Esse, até
agora, foi o ponto mais alto de uma discussão que tomou conta da França
nos últimos meses, iniciada quando duas meninas foram expulsas de
uma escola, e várias mulheres rejeitadas para vagas de trabalho por
usarem o véu, o que revela uma tendência à coibição e controle da
comunidade islâmica no país.

02-Nas 68 páginas do texto, a comissão defende a proibição de símbolos


religiosos ostensivos (como véus islâmicos, quipás e grandes crucifixos)
nas escolas, hospitais e edifícios da administração pública. A comissão
consultou vários setores da opinião pública, entre eles, professores,
líderes religiosos, sociólogos e políticos, antes de entregar as
recomendações ao presidente francês.

03-As feministas francesas aproveitaram o debate para "levantar sua


bandeira" contra os costumes islâmicos que, segundo elas, agridem a
liberdade da mulher. Elas são a favor da radicalização da laicidade e
afirmam que a igualdade entre os sexos é um princípio fundamental da
democracia.

Para justificar o 01 e o 02, podemos citar um artigo de TCC que explica muito
bem esta questão, que nos mostra e explica que sem a aprovação ou
aceitação da religião, as mulheres são obrigadas a situações inaceitáveis, que
mostra a nitidez da intolerância religiosa: “Por fim, sob a ótica das
consequências geradas às mulheres devido à proibição do uso do véu, conclui-
se que, em consonância com os direitos humanos e a liberdade religiosa, tem-
se que esta proibição pode ser contribuinte para a marginalização das
muçulmanas, extrapolando particularidades religiosas e se colocando enquanto
exclusão real que interrompe o processo integrativo necessário entre as
culturas francesa e muçulmana”.
Para o 03, a escolha da sua religião tem que ser uma coisa natural para as
mulheres que seguem a religião islâmica, tendo o que chamamos de Liberdade
Religiosa: Diversidade religiosa significa que múltiplas crenças ocupam um
mesmo território, convivendo em harmonia e com igual liberdade de expressão.
No Brasil, essa diversidade de credos e religiões marcou a construção de
nossa cultura ― inclusive, o sincretismo religioso (quando religiões diferentes
cruzam seus dogmas, divindades e rituais) faz parte da nossa riqueza cultural.
A coexistência religiosa é vital para a diversidade.
No conflito cultural entre o Islamismo x França começa a partir de 1946 e
acaba tendo uma crise quando ocorre o atentado de 11 de setembro de 2001,
quando as Torres Gêmeas caem. a França tem o maior número de
muçulmanos no mundo ocidental, principalmente devido à migração de países
do Magrebe, da África Ocidental e do Oriente Médio.De acordo com o Pew
Research Center, os muçulmanos constituem 8,8% da população da França,
totalizando 5,7 milhões de pessoas. A maioria dos muçulmanos na França
pertence à denominação sunita. A grande maioria dos muçulmanos franceses é
de origem imigrante, enquanto cerca de 100.000 são convertidos
ao Islamismo de origem francesa étnica indígena. A região ultramarina
francesa de Mayotte tem uma população de maioria muçulmana. E podemos
citar uma pequena análise de uma tese de TCC: Em primeiro lugar, a França
possui uma tradição de pensar sobre si, de produzir reflexões e explicações ao
mundo sobre seus próprios desafios. Além disso, a questão muçulmana se
coloca como um debate atual e dinâmico, pois o grupo apresenta uma
vinculação religiosa que desafia outros pertencimentos modernos. Assim, a
questão do reconhecimento do grupo e os desafios encontrados na
representação da democracia-liberal, encontram-se, hoje, no processo de
integração dos muçulmanos na França. Em um único caso, é possível
adentrar-se nos mais diversos debates, dos mais diversos campos do
conhecimento, fazendo de sua força também a sua fragilidade. Por envolver
discussões na sociologia, na ciência política, na antropologia, na história, na
filosofia, nas relações internacionais e também na psicologia, a limitação do
trabalho se encontra na própria riqueza que a sua discussão oferece.
Referências:

Reportagem 01
• https://www.metropoles.com/materias-especiais/homossexualidade-na-
palestina
• https://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-conflito-na-palestina-faixa-gaza.htm

Reportagem 02
• https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/24704
• https://www.estudoemdia.com.br/diversidade-religiosa-importancia-respeito/
• https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EJAO-
8KBK5C/1/disserta__o_daniela_portella_sampaio.pdf

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