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UNIDADE 4 Historiografia e ficgdo. Historiografia e mito. Livros de linhagens e crénicas. A novelistica e a narrativa exemplar na fixacao de sistemas de valores e categorias. OBJECTIVOS ‘Apésa leitura reflexiva desta UNIDADE, 0 aluno devers estar apto para: + Compreender, dentro da especificidade da Historiografia medieval, 0 seu papel como lugar literario. + Identificara interferéncia dos varios modelos historiograficose da novelistica, no plano do contetido, no plano de codificagao de valores e no plano da literariedade. + Aperceber-se da exemplaridade da prosa medieval. como reerete 0. ginero ‘Anats(Annaesito6, rep tor anuain dos nomes. de smagitrados (Roma Ania) fu eis Distinguem-se da Historia por se cngtem a ‘uma cronologi,raramente seestendendo so relate, ta. ‘atin ou deseo. Os Anais ‘emetem de resto, para fa: tos passados. > dem lca Breve do Auto Naco- ‘al foi publcada peta pri- mmcica ver por Alerandre Hereulano, ma pare Serip- tores dos seus. Portalie Monumene Hiren. Mai tarde, em 1948, Alfeedo Pimenta publica tambem (Fontes Mederis da Hits. Tema 1. Livros de Linhagens Crénicas. Fontes e con- teiidos. Testemunhos e modelos de andlise. ‘A Historiografia medieval € um universo complexo em que interfere o factor politico e social, muitas vezes deslizando para o campo da literatura de fungo distractiva, alimentando & inkrio ooleotivo, imentando ae de um imag E costume designar pelo titulo de Cronicées os primeiros relatos historiografi- cos, alguns deles meros registos cronolégicos e magros relatos dos reinados dos diferentes monarcas, de feigo analistica.' O seu objectivo primordial encontra-se, de resto, claramente enunciado no prélogo da chamada Crénica Breve do Arquivo Nacional: [.-laqual rrenembranca seve a proll porque muytas vezes mostram perante el-rey nossenhore perante os seus juizs algdas doagdes ¢outrasexcripcuras ‘que fazem em prejuizo dos direitos e eoussas da coroa dos regnos,fazendo taaes cartas de doagGes escripturas mengom que forom ouorgadas per hum rey o qual segundo a data dessa escripturajéerafinado pera trar duvidas aproveitam muyto estas eras [..]” E pois, claro o pragmatismo desses textos, que visam regular validar direitos, doagées ¢ possessdes. Também se torna evidente que pretendem definir a aucesoto dos reia © garantir, assim, a legitimidade dezca aucezabo. ‘A mesma Crénica Breve, alids, informa-nos do 4mbito restrito mas bem definido do seu contetido: [Lem ellas (estas eras) faz mengom quando cada huum rey comegou a rregnar e quando sse finow ¢ onde jaz sepultado.” Desse modo, o reinado de Afonso Henriques, por exemplo, regista-se em poucas linhas. Mas nelas, a informaclo considerada necesséria © pertinente para os objectivos em causa esta presente: de quem foi filho; com quem foi ‘casado; que filhos teve em matriménio; onde € quando morreu ¢ onde foi sepultado, mencionando, no final, apenas mais um dado que, certamente contribuiria para a valorizagao da figura do rei: Easy foy sua vida noventa e huum annos. Ejaz sepultado no seu moesteiro de Sancta Cruz da dicta cidade de Coimbra, que elle fundou e acabou aa sua custa.! Dadas as caracteristicas enunciadas ¢ dedutiveis dos textos apresentados, & evidente que o nivel que podemos considerar de literariedade esta ausente. Trata-se de um primeiro balbuciar da prosa que, num passo acelerado, em breve assumird aspectos que a aproximam ou até integram num nivel literario, isto €, do qual decorrem fungdes estéticas, emotivas, expressivas ¢ nao apenas a balbuciante denotagdo destas primeiras tentativas. E.0 caso, por exemplo da chamada Crdnica da Conquista do Algarve, extracto deum texto mais amplo, conhecido por Crénica de Portugal de 1419, de que se foram recuperando partes, até reconstituir a chamada Crénica dos Sete Pri- ‘meiros Reis de Portugal, publicada na totalidade apenas em 1952. Para Lindley Cintra, essa erénica era o elo perdido entre a histéria dos monareas portugue- ses, que faz parte da Crénica Geral de Espanha de 1344 ¢ 0s historiadores dos séculos xv (Rui de Pina) ¢ XVI (Duarte Galvao). Segundo ainda Lindley Cintra,! essa Crénica’ resulta de uma refundigao da Cronica General de Espaha, elaborada por ordem de Afonso X de Leo e Castela, em finais do século XIN, Essa refundiclo, porém, levou longe ¢ trouxe a interferéncia de outros textos ¢ a derivagao a partir de outras fontes, tornando-se, portanto, lum texto «novon. As suas relagdes textuais e conceptuais com 0 Livro de Linkagens do Conde D. Pedro, filho bastardo de D. Dinis e Conde de Barcelos, levaram a considerar ambos os textos como de iniciativa daquele infante, notavel figura da cultura portuguesa da época. Tanto a Crénica de 1344 como o Livrode Linhagens, nas suas duas versoes III” LV" Livros)’ sto repositério de uma tradigao mitico-lendéria que remete para fontes escritas europeias, nomeadamente para os ciclos novelescos de origem breti,¢ até para o registo de tradigdes orais que por vezes transparecem nos ritmos octossilabicos da fraseologia. Nestes textos encontramos ja uma notdvel vivacidade narrativa e uma capaci- dade descritiva que denota um grau elevado no dominio da lingua escrita, com recurso a uma tetérica jA elaharada, em que a metifora, a hipérbole comparagio aparecem utilizadas com desenvoltura, O plano de concepgio da Crénica Geral e do Livro de Linkagens apresenta-se ‘como uma tentativa de histéria panorémica, no sentido cronolégico e no sentido geogrifico. Pretende-se construir, por assim dizer, uma «historia geral da Humanidade» em diacronia, desde Adio ¢ abrangendo, no espago, 0 mundo conhecido.* Esse plano encontra-se expressivamente detalhado numa parte do «Prélogo» do Livro de Linhagens a que nos vimos referindo: «Falla- remos primeiro do linhagem dos homeens e dos rreys de Jerusalem des Adam ataa nagenga de Jesu Christo [..]». Mencionara depois os «rreys de Syria», «cl-rey Faraoo ¢ Nabucodonosor; wos rreys da Troia» e de Roma; os «rreys da Gram Bretanha, que ora se chama Ingraterra»; os «rreys que ouve em Persia [..] no Egipto e em Romam; os Godos, «como entrarom em Espanha L.-J] e como ao depois foi perduda per rrey Rodrigo A partir daqui, tudo vai concentrar-se mais na hist6ria-lenda peninsular, refetindo os «rreys de Navarra e os d’Aragon e os de Franga, ¢ d’omde decenderom os rreys de Portugal». As linhagens dos reis ¢ das familias fidalgas, os seus feitos e servigos como fundamento de honra e de nobreza, constituirdo a matéria desta longa obra, cuja intengdo ou intengdes sio claramente expressas no mesmo «PrOlogo». Com efeito, aintengdo global é logo manifestada de inicio: ria de Portge,vo.),como titulo dé Memria do Tore do Tombo. Releresea0s eis { Portugal, desde 0 Conde Denis paideD. Afonso Henriques a D. Dini * Luis F. Lindley Cite, (Crénica Gert de Espana de 1344, 3 vols, red. INCM, * No pode perderse de vista ques designacto Espa: sha do tem sentido poltca a época, mas referee § Peninulabétiea no. seu conjnto » Foram publicados em 1980 por. PieleJ. Mattoro Livro Lnhagensdo Dodo eoLiroVeode Linkages, or J Matoro, 0 Livre de Linhagens do Conde D, Pedr, ct, da Academia de Cm. +n perepyto do tempo, como 8 percepeio Go iimeartand pars be pra ‘dors, mar carga de poncalader ena ¢ Spots ® ® Narratives dot Lives de Linkagens, INCM, Lisbon, 1985, Eu, comde Dom Fedro, filho do muy nobre rrey Dom Denis [...] compuge este livro por gaanhar seu (de Deus) amor e por meter amor e amizade antre (8 nobres fidallgos da Espana. Esta intengio global é clara eespecifica-se, num escopo politico: ao mostraro arentesco e a identidade dos «nobres da Espanha», tomando, conforme diz, como lei moral, o dever de ajuda e solidariedade entre parentes, o autor tem Provavelmente em vista mostrar a ndo legitimidade ou néo pertinéncia da auerra entre cristing Mas essa intengxo global diserimina oe em sete outras +¥a20es Ou «cousas» que o autor enumera e que podemos sintetizar em quatro ordens de razées: + Razio politico-religiosa — suscitar entre os fidalgos de Espanha (Penin- sula Ibérica) a consciéncia da solidariedade e do dever de miitua ajuda, ‘contra o inimigo sarraceno. + Raziio econémica — esclarecer direitos relativamente a patriménios, herangas, distribuigso de terras, foros, ete, + Razio social — determinar o grau de parentesco entreas familias, a fim de evitar casamentos consanguineos: «pera saberem como podem casar sem pecado». + Razfo ética — fomentar o sentimento de honra familiar segundo os cédigos de comportamento. Para além do contexto sécio-cultural que testemunha, porém, 0 Livro de Linnagens ¢ claramente um texto literério. As narrativas inseridas nos varios. «Titolos» constituem pecas que, sem dificuldade se incluem no género literério narrative. Algumas dessas narrativas, como epis6dios independentes, de diversas origens e provenientes de vérias fontes, mostram-nos (0 que julgamos importante) a identidade cultural europeia, que reivindica, na area galego- -portuguesa, temas ¢ motivos que so comuns na Europa ¢ que, em todo 0 espago europeu, se recriam ese re-inventam. Mostram-nos também temas e motivos originais ¢ desse modo encontramos aquilo que a busca de uma identidade sempre pretendeu: a unidade na diversidade. Muitas dessas narrativas e episédios foram seleccionados pelo medievalista J Mattoso' ¢ sto apresentados segundo critérios classificativos, entre outros, «Textos Epicos», «Temas de Romances», «Narrativas de Fundo Mitico», «Tradigaes Familiares», «Os Deveres dos Vassalos e dos Cavaleiros», etc. Essa classificago dé conta de alguns tépicos que nos interessa sublinhar: + Lenda, mito, tradigao, ficeéo, so conceitos interpenetrantes ¢ muitas veres inextricéveis no interior desses textos, + A fungo social (sociolégica) j4 enunciada no «Prélogo», como vimos, surge exemplarmente no contetido de muitas dessas narrativas. +O fantastico ¢ o real confundem-se ¢ constituem categs distinguiveis. s dificilmente Fixar-nos-emos na narrativa «Dona Marinha» que é, antes de mais nada, a narrativa de um mito de fundagao, isto é,a origem ou fundagdo de uma familia ede um nome. Ese, aos nossos olhos, a histéria se incompatibiliza com a ficgo cesta coma realidade, a verdade é que a Idade Média vive nessa conciliagao para nés impossivel. O racional, a categorizagao positiva do pensamento égico, nfo funciona nos mesmos termos em que concebemos hoje a producto (erica eliterdria. Se hoje, literatura fantdstica, por exemplo, constitui um dominio demarcado na ficglo literdria, a Idade Média torna fantéetica @ realidade ou torna a realidade fanatics Debrucemo-nos, entio, sobre a lenda de «Dona Marinha», enquanto estru- tura narrativa: (© primeiro [do linhagem dde ven os Marinhos) foi du cavaleiro bo que houve nome dm Froiam cera cagadore monteiro. E,andando du diaem seu cavalo, per riba do mar, a seu monte, achou Ja molher marinha jazer dormindo na ribeira. E iam om ele tres escudeiros seus, e ela, quando os sentio, quise-se acolher ao mar, ¢ eles fordm tanto em pos ela, ataa que a filharom, ante que se acolhesse ao mar. E, depois que a filhou aqueles que a ‘tomarom, feze-a poer em da besta ¢ levoura pera sa casa. E cla era mui fermosa, eel feze-a bautizar, que Ihe ndm caia tanto nome ném ‘Bu como Marinha, porque saira do mar, eassi Ihe pos nome e chamarom-lhe dona Marinha ¢ houve dela seus filhos, dos quaes houve du que houve nome Joham Froiaz Marinho. B cota dona Matinha uous falava semigathia, Dom Proias as ‘nunca lhe tantas cousas pode fazer que a podesse fazer falar. Edu dia mandou fazer mui gram fugueira em seu paaco e ela vinha de fora etrazia aquele seu filho cosigo, que amava tanto como seu coragom, e dom Froiam foi filhar aquele filho, seu e dela, efez que o queria enviar ao fogo, ¢ela, c6m raiva do filo, esforgou de braadar ecom o braado deitou pela boca dua pera de carne dali adiante falou. E dom Froiam recebeo-a por molher e casou com el © texto presente revela um cardcter eminentemente narrativo e introduz-nos exabrupto, isto é, em preambulo, na acco, apresentando-nos o personagem, D. Froiam. A estrutura do relato permite uma divisio em trés sequéncias principais, correspondentes a tr8s momentos diferentes da acgio: + D. Froiam encontra, durante uma cagada, a Mulher Marinha dormindo na praia; auxiliado pelos escudeiros que 0 acompanhavam, consegue capturécla e levé-la para sua casa. A figura de D. Froiam éinicialmente caracterizada: «foi du eavaleito bo [..] ¢ era cagador ¢ monteiron. + Deposse dela, D. Froiam fé-la baptizare tem dela 0s seus filhos, entre os quais Joham Froiaz Marinho; esta sequéncia corresponde, pois, a um lapso de tempo relativamente longo. Encontra-se aqui uma caracteriza- do da mulher, «muy fermosa [...] que saira do mar (e que] nom falava nemigalha». Esta caracterizagao contém todos os elementos necessarios & sequéncia seguinte ¢ ao desenvolvimento da acco. * Livro de Linkagens do Conde D. Pedro, ed. 1. Mat oso, Lisboa, 1980, Marat. vas ds Liver de Linagens, Seleso, introdugso t co: mentirios de J. Mattos, INCM Lisboa, 1983, pp. 72. 3 a % + Aterceira sequéncia (desde «E du dia [...]» até ao fim) é constituida pelo ardil de D. Froiam, destinado a conseguir que Dona Marinha falasse. 0 resultado inesperado desse ardil coincide com o climax e 0 desenlace, seguido de breve epilogo: «E dom Froiam recebeo-a por molher casou com ela». tema tratado nesta lenda apresenta origens etnogréficas obscuras. A exis- tencia de homens e mulheres marinhos acompanha geralmente as tradicSes cetnogréficas de povos litorais ¢ tem possivelmente parentesco com Afrodite, nascida do mar, eas Sereias da mitologia grega — génios malfazejos, represen- tando a sedusdo e os perigos do mar e, de certo modo, 0 apelo da morte. Mas o parentesco com Melusina, a fada metade mulher, metade serpente, parece também evidenciar-se ¢ partilhar com ela os enigmas de origem ¢ significado que desafiam a andlise de historiadores literatos. ‘A Ondina, por seu lado, personagem malfazeja das mitologias germanica e escandinava, surge numa adaptagio de Grimm como um ser diabélico; a Pequena Sereia da versio de Andersen €, por seu lado, comoventee trigica. A imaginacZo literdria encontrou no tema matéria versatil para construgdes romanescas, comoa de Friederich de La Motte-Fougué, que publicouem 1811 um romance, Undine, em que uma ondina — de aparéncia humana mas privada de alma — a poderia adquirir merct do seu amor por um mortal; a mesma lenda inspirou também a Ondine de Giraudoux (1939). ‘Se, no entanto, as ondinas nérdicas, al como as ereias meridionais,atraiamo cavaleiro ou o pescador que passava perto das suas Aguas (lembremos os versos de sabor popular de Garrett, A Barca Bela, em quese alude a seducdo da sereia), levando-os para o seu palicio de cristal, a Mulher Marinha do nosso texto aparece, pelo contririo, como um ser inofensivo ¢ timido: ela foge ¢, «quando 0s sentio, quise-se acolher ao mar». Nao éela, com efeito, que rapta 0 cavaleiro, mas é raptada ¢ levada, independentemente da sua vontade, para a casa de D. Froiam onde vive, certamente, submissa, Hi, pois, segundo parece, uma perda do cardcter magico da Mulher Marinha em relagao as Ondinas suas congéneres ¢ & poderosa Melusina do romance de Jean d‘Arras, fundadora de estirpes ¢ de castelos: ela é, simplesmente, uma mulher — «marinha» — mas nao divina ou sobrenatural, Parece, pois, ter havido sendo uma intenc&o, pelo menos uma necessidade de reduzir a perso- nagem mitica a dimensdes meramente humanas, ‘A privagio de alma — caracteristica das ondinas — aparece coneretizada no nosso texto, ao que nos parece, pela auséncia da faculdade de falar —atributo humano, indice do pensamento e da actividade do espirito. No caso da lenda 40 Nobiliério nio é, contudo, o amor pelo homem que humaniza a Mulher Marinha: é 0 amor pelo filho, purificado talvez, através do valor simbélico do fogo. Nesse aspecto, encontramos, mais uma vez, um ponto de contacto com a Melusina da lenda francesa, intensamente dedicada aos filhos, que vinha amamentar durante a noite, depois de, metamorfoseada, ter desaparecido nos ares. Contudo, 0 rude concretismo da versio portuguesa revela-se no final, como ‘uma tentativa para dar uma interpretagdo «natural», ou melhor, «anti- -sobrenatural» ao facto de a Mulher finalmente falar: «com o braado deitou pela boca dua peca de carne e dali adiante falou», Podemos crer, pois, que, na sua rudeza, o texto apresenta curiosamente, como ‘que um desafio ¢ uma negativa ao maravilhoso, uma tentativa para ref toda a acgloa limites estritamente «humanos e naturais» — logo uma aproxi mago do real. O mito original sofreu, assim, uma transformagaio no sentido do racional e do humano. ‘A lenda, como vimos, de acgo relativamente longa ¢ complexa, cabe num. relato curto, através de uma linguagem répida ¢ despojada, sem lugar para uma retérica que retardaria 0 desenrolar da acco. Com efeito, a adjectivagio esta aqui reduzida na maxima medida: os tinicos adjectivos empregados sto «mui fermosa e mui gram», O primeiro qualifica a Mulher Marinha, 0 segundo a fogueira que D. Froiam mandou acender. ‘Ambos sio indispenséveis ao significado global: o primeiro justifica o amor de D. Froiam, o segundo acentua a impressao de terror que o cavaleiro desejava deapertar na mulher, Ambos, por conseguinte, apresentam uum carketer catri tamente funcional e no ornamental ou retérico. Igualmente, os dominios semanticos em que se inserem os substantivos ¢ os vverbos so exclusivamente de plano concreto: «cavalo, mar, monte, ribeira, escudeiros», etc.; «dormindo, jazer, sentio, filharom», ete. O tinico verbo exprimindo um sentimento € «amar» (duas vezes) ¢ 0 tinico substantivo &

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