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Orit PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Gabarito: A 6. As normas de concordancia verbal esto plenamente respeitadas na frase: (A) No passado, com as qualificagées escrita, falada e televisada pretendiam-se designar toda a abrangéncia das formas de comunicagéio jornalistica. (8) A multiplicagaéo de tantos autores anénimos de blogs acabaram por representar uma séria concorréncia para os profissionais da comunicagao. (C) Em nossos dias, cabem a quaisquer cidadaos tomar a iniciativa de criar um blog para neles desenvolverem seus temas e pontos de vista. (D) J4 ndo se opdem, num blog, a instdncia do que seja de interesse privado e a insténcia do que seja de interesse piiblico. (E) Permitem-se aos seguidores de um blog levantar discordancia quanto as linhas de arqumentacao desenvolvidas por seu autor. Comentario: Note que o verbo “pretendiam-se” & transitive direto. Assim, 0 pronome “se” é apassivador e 0 sujeito paciente é a oracdo subordinada substantiva “designar toda a abrangéncia”. Devemos sempre confirmar se realmente hd pronome apassivador transpondo a orac&o para a voz passiva analitica (desianar toda a abrangéncia era pretendido). Por isso, 0 verbo deve se flexionar no singular: “pretendia-se designar toda a abrangéncia". A banca quis induzir 0 candidato ao erro, colocando o termo “com as qualificacdes escrita, falada e televisada” no plural, mas perceba que ele nao € 0 sujeito, pois é iniciado pela preposigo “com”. ...com as qualificagées (...) pretendia-se —_designar toda a abrangéncia. ‘Adj. Adv. de modo s V. Trane, dirato + Pron Ap] V. Trans, drcto + objeto direto ‘oragéo principal oragdo sub substantiva subjetive periodo composto Na (B), ha erro, pois 0 sujeito é “A multiplicagdo", levando 0 verbo ao singular: “A multiplicaco de tantos autores anénimos de blogs acabou por representar...". Na (C), ha erro, pois 0 verbo “cabem" é transitivo indireto, 0 objeto indireto 6 “a quaisquer cidad3os” (note que este termo esta preposicionado, por isso néo pode ser o sujeito). O sujeito deste verbo é a oracao subordinada substantiva subjetiva “tomar a iniciativa”. Por isso, obrigatoriamente, o verbo da orac&o principal deve se flexionar no singular. Veja: Le .. Cabe a quaisquer cidadaos tomar a iniciative... Vrans increte + objeto indreto [eisai + abet dts coragio_principal loragao sub substantiva subjetival periodo composto Na outra estrutura, note que o verbo “desenvolverem” néo possui um sujeito literalmente escrito em sua oracSio. Seu sujeito, na realidade, esta eliptico (implicito), subentendendo a expressao “a quaisquer cidadaos". Por Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 43 Oi PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror isso, esse verbo esta corretamente flexionado no plural. Veja *...de criar um blog para neles (nos blogs) (quaisquer cidadaos) desenvolverem seus temas e pontos de vista.” A alternativa (D) esta correta, pois 0 verbo “opdem" concorda com o sujeito composto “a instaéncia do que seja de interesse privado e a instancia do que seja de interesse publico”. Jd ndo se opGem, num blog, a insténcia do que seja de interesse privado e a instdncia do que seja de interesse publico. Na (E), 0 verbo é transitivo direto e indireto. O pronome “se” é apassivador, 0 termo “aos seguidores de um blog” é 0 objeto indireto (colocado no plural para confundir o candidato) e a oracao subordinada substantiva subjetiva “levantar discordéncia quanto as linhas de argumentac&o desenvolvidas por seu autor” 6 0 sujeito. Como ja dito, devemos sempre confirmar se realmente é pronome apassivador transpondo a orac&o para a voz passiva analitica (levantar discordancia quanto as linhas de argumentacdo desenvolvidas por seu autor € permitido aos seguidores - isso € permitido). Por isso, o verbo deve se flexionar no singular. Veja: Le SS Permite-se aos seguidores de um blog /evantar discordancia quanto as linhas. VIDI+ Pron. Ap.+ objet0 indteto + compl nominal | VTD + objeto dreto + Adj, adverbial de essunta ‘oracao_principal ‘oracao sub substantiva subjetiva periodo composto Gabarito: D 7. Esta clara e correta a redac&o deste livre comentério sobre o texto: (A) Nos blogs ha uma subjetividade da qual os outros meios de comunicag&o jornalistica se ressentem, uma vez que ndo é de sua caracteristica contempla-la. (B) © autor do texto exime-se ao diferenciar autoria institucional de outras, modalidades autorais, presumindo que a primeira obtém maior crédito (C) Para muitos, os blogs so um recurso de comunicag&o de eficacia nunca antes alcancada, suplantando em extensao e profundidade os didlogos platénicos. (D) Ainda que possam ser benvindos, os blogs no devem constituir uma obcessao tal que remova seus usuarios de diligenciarem outras formas de linguagem. (E) A democratizago do pensamento nio pode ficar presa a uma forma de comunicag&o, visto que s&o os conteidos que determinam sua consumasio. Comentario: Na (A), pela informacdéo implicita no pronome “outros”, informou-se que os blogs s&o jornalisticos. Isso ndo esta coerente com 0 que ‘os blogs veiculam. Mas note que isso nao faz a alternativa ficar errada, pois foi pedido que analisdssemos apenas se a frase estd correta ramaticalmente) e clara (sem ambiguidade). O pronome “sua” _gera Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 44 OF] PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror ambiguidade, pois pode se referir tanto a “outros meios de comunicagio Jjornalistica", quanto a “blogs”. Na alternativa (B), 0 verbo “exime-se” é transitivo direto e indireto. O pronome “se” é reflexivo (eximir a si mesmo) e estd na fungéo de objeto direto. O objeto indireto desse verbo deve se iniciar com a preposicao “de”, por isso a estrutura deve ser mudada para “O autor do texto exime-se de diferenciar...”. Na (C), esta correta gramaticalmente e possui clareza. De acordo com o texto, podemos discordar da afirmagSo de que os blogs suplantaram (sao superiores) os didlogos platénicos. Mas perceba, nesta alternativa, que foi dito que “Para muitos”. Além disso, a quest&o informou que ha livre comentario (apreciagao sobre as informagées do texto). Assim, na realidade, devemos observar apenas a gramaticalidade e a ligacéo entre as oracdes, com coeréncia. Também poderiamos ter ficado na duvida sobre a concordancia de “alcangada”. Ela esta correta, por concordar com “eficacia”. Na (D), as grafias corretas sdo “bem-vindos” e “obsessao”, Na (E), 0 erro é a crase antes do artigo indefinido “uma”. Gabarito: C 8. No contexto do 3° paragrafo, a frase final E sé abrir um espaco na internet tem como sentido implicito 0 que enuncia este segmento: (A) e assim se comprovara como é possivel superar Platéo. (B) para corporificar essas iniciativas na linguagem de um blog. (C) e advirdo as reagées que costuma provocar a autoria institucional. (D) para se comprovar a efemeridade das informacées de um blog. (E) para que um blog passe a enfrentar severa reagao critica. Comentario: Perceba que a alternativa (B) esta correta, porque “para corporificar" significa justamente “abrir espago na internet”, fazer com que as express6es do pensamento tomem forma, tomem corpo (corporificar). Essas express6es s&0 as iniciativas de “Qualquer cidaddo’, “Artistas pldsticos”, “escritores”, “misico”, todos expressos neste paragrafo, na linguagem de um blog. As demais alternativas estao bem fora do contexto. Veja: Na (A), n&o ha, nesta expresso, referéncia a superar Platao. Na (C), a autoria institucional, no texto, expressou uma época passada, nao é uma reacao aos blogs. Na (D), ndo se quer dizer com essa expresséo que as informagdes de um blog sao passageiras. Na (E), néo hé na expresséo qualquer inferéncia sobre enfrentamento de qualquer reag&o critica. Gabarito: B Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 45 Orit PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 9. Esta adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Os recursos da internet, dos quais podemos nos valer a qualquer momento, permitem veicular mensagens por _cujo contetido seremos responsaveis. (B) Artistas plasticos, que suas obras Ihes interessa divulgar, frequentam os espagos da internet, mediante aos quais promovem a divulgacdio de seu trabalho. (C) Jornalistas veteranos, de cujas colunas tantos leitores ja frequentarem, passaram a criar seus proprios blogs, pelos quais acrescentam uma dose de subjetivismo. (D) E comum que, num blog, os assuntos publicos, a cujo interesse social ninguém duvida, coabitem aos assuntos particulares, que a poucos interessara. (E) As multiplas formas de linguagem com que 0 autor de um blog pode langar mao obrigam-no a se familiarizar com técnicas de que jamais cogitou dominar. Comentario: Para resolver este tipo de questo, devemos primeiro ir ao verbo, verificar a qual oragéo pertence, descobrir quem € seu sujeito e possiveis complementos. Assim... Na alternativa (A), a locugao verbal “podemos valer” € transitiva direta e indireta, seu sujeito estd oculto “nds”, 0 pronome “nos” é reflexive na fungSo de objeto direto e o pronome relativo “dos quais” é antecipado da preposicao “de”, para formar o objeto indireto “dos quais” (alguém pode se valer de algo). Veja que a expressao “a qualquer momento” é um adjunto adverbial de tempo. Os recursos da internet dos quais podemos nos valer a qualquer momento _permitem sujeto 1 + verbo auxiiar+¥OD +VTDI + Adj. adverbial de tempo [VID oracio sub adjetiva restritiva “« Ss oragao_principal ———> Deriodo composto Na outra orac&o, 0 verbo de ligacdo “seremos” possui sujeito oculto (nés), seu predicativo é “responsdveis”. Esse nome exige um complemento nominal com preposic&o “por”, assim a express&o “por cujo contetido” esta corretamente empregada. mensagens BOE Sue Catena | seremos s responsavels Vilig redicative + orago principal ee Na alternativa (B), 0 verbo “interessa” é transitivo indireto, por isso o pronome “lhes” foi empregado na fung&o de objeto indireto. O verbo “divulgar” é 0 sujeito oracional do verbo “interessa” (isso interessa a alguém) é transitivo direto, exigindo 0 objeto direto “cujas obras”. Note que nao se pode empregar “que suas obras”, pois ha uma relacdo de posse entre o substantivo “obras” e a expressao “Artistas plasticos”. Veja: Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 46 ES COMENTADAS OVW PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTO 705 CONCURSDS Aula-entra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror Artistas plasticos cujas obras |hes interessa _ divulgar _ frequentam.... Sujeito oO + Ol + vm vip vrD oracio sub adjetiva restritiva _|suj. oracional << ‘oracao principal > Periodo composto Na outra estrutura, basta retirar a preposigéo “a” antes do pronome relativo, pois “mediante” no exige preposic&o “a”. Assim, entendemos que o sujeito do verbo “promovem” esta eliptico, subentendendo “Artistas plasticos"; “promovem” & um verbo transitive direto; “divulgagdo de seu trabalho" é 0 objeto direto e “mediante os quais” é 0 adjunto adverbial de meio. espacos da internet, mediante os quais (artistas plasticos) promovem a divulgacao de seu trabalho. Na (C), 0 verbo “frequentaram” é transitivo direto, seu sujeito é “tantos leitores" @ seu objeto direto é “cujas colunas”, por isso devernos excluir a preposicdo “de”. Jornalistas veteranos, cujas colunas tantos leitores ja frequentaram, passaram © verbo “acrescentam” é transitive direto, a express3o “uma dose de subjetivismo" & 0 objeto direto, o sujeito esta eliptico e subentende a expresséo “Jornalistas veteranos". Assim, 0 pronome relativo tem a fungo sintatica de adjunto adverbial de lugar, devendo receber a preposic&io “em’ (nos quais"). ...Seus proprios blogs, nos quais (jornalistas veteranos)acrescentam uma dose de... Na (D), 0 verbo “duvida” é transitivo indireto e exige a preposigio “de”, © sujeito é “ninguém” e o objeto indireto é “de cufo interesse social”. ...0S assuntos puiblicos, de cuig interesse social ninguém duvida... © verbo “coabitem" é transitivo direto, seu sujeito é “os assuntos pUblicos” e seu objeto direto deve excluir a preposicio “a”, ficando “os assuntos particulares”. ...05 assuntos publicos (...) coabitem gs assuntos particulares... Na (E), a expresséo “lancar mo” exige preposicéo “a”, por isso o pronome relativo “que” deve ser antecipado da preposicéo “de”. As milltiplas formas de linguagem de gue o autor de um blog pode langar mao A locucao verbal “cogitou dominar” é transitiva direta e exige 0 objeto direto “que”, o qual retoma “técnicas” (cogitou dominar as técnicas). Por isso, a preposiciio “de” deve ser excluida ..técnicas gue jamais cogitou dominar Gabarito: A Pre. 47 ©1 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 10. Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorréncia dos autores anénimos, obter-se-d a seguinte forma verbal: (A) so enfrentados. (8) tem enfrentado. (C) tem sido enfrentada. (D) tém sido enfrentados. (E) é enfrentada. Comentario: O verbo “enfrenta” esta no presente do indicativo. Assim, com a transposig&o para a voz passiva, 0 verbo “ser” também deve ficar no mesmo tempo verbal (€). Por isso, a alternativa correta é a (E): Voz ativa: ae enfrenta (sujeito age D) Vor passive: séria concorrsncia é enfrentada pela autoria institucional... (sujeito paciente) (agente da passiva) Gabarito: AtengGo: As questées de nimeros 11 a 17 referem-se ao texto seguinte. Leis religiosas e leis civis As leis religiosas tém mais sublimidade; as leis civis dispdem de mais extensdo. As leis de perfeicao, extraidas da religio, tém por objeto mais a bondade do homem que as segue do que a da sociedade na qual séo observadas; a0 contrério, as leis civis versam mais sobre a bondade moral dos homens em geral do que sobre a dos individuos. Deste modo, por respeitéveis que sejam os ideais que nascem imediatamente da religi3o, n3o devem sempre servir de principio as leis civis, porque é outro o principio destas, que & o bem geral da sociedade. (Montesquieu, Do espirito das leis) 11. Atentando-se para a primeira frase e considerando-se 0 conjunto do texto, os termos sublimidade e extensdo dizem respeito, respectivamente, ao carater (A) mistico dos evangelhos canénicos e materialista dos textos da jurisprudéncia. (B) de espiritualidade das normas religiosas e de abrangéncia social do direito civil. (C) dogmatico das conviegdes de fé libertario das legislagées constitucionais. (D) divino dos postulados cristaos e humanista da declaracao dos direitos humanos. (E) de profundidade das certezas misticas e de superficialidade da ordem juridica. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 48 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Prot nentadas Prot, Décio Terror Comentario: Note no primeiro paragrafo que o substantivo “sublimidade” se refere as leis religiosas (espiritualidade); j4 0 substantivo “extensdo” (abrangéncia) se refere as leis civis (direito civil). Por isso, a alternativa (B) é a correta, Note que as demais alternativas ou aprofundam, especificam demais e fogem ao que est expresso no texto, ou estao totalmente fora do contexto. Gabarito: B 12. Atente para as sequintes afirmacées: I. Abondade do individuo e as virtudes coletivas sao instancias que se ligam entre si, de modo inextricavel e em reciproca dependéncia, IL. A diferenga de principios permite distinguir entre o que ha de respeitavel nos ideais religiosos e o que se elege como um bem comum nas leis civis. III. Tanto no ambito das leis civis quanto no das religiosas, 0 objetivo ultimo é © mesmo: o aprimoramento moral do individuo. Em relagSo ao texto, esté correto o que se afirma em (A) L, We II. (B) Le II, apenas, (C) He III, apenas. (D) Le III, apenas. (E) II, apenas. ‘Comentario: A frase I esta errada, por afirmar que “A bondade do individuo e as virtudes coletivas” estao relacionadas de modo inextricavel e em reciproca dependéncia. Mas, no texto, foi afirmado que os ideais da religidio ndo deve sempre servir de principios as leis civis, porque seus principios sdo diferentes. A frase II esta correta e faz refer€ncia ao ultimo pardgrafo do texto. Veja: “Deste modo, por respeitdéveis que sejam os ideais que nascem imediatamente da religi3o, n3o devern sempre servir de principio as leis civis, porque é outro o principio destas, que é o bem geral da sociedade.” A frase III esta errada e faz referéncia basicamente ao segundo paréarafo. Note que ha um contraste entre as leis da religido terem por objetivo a bondade do homem (individuo) e as leis civis terem por objetivo a bondade moral dos homens em geral (bem geral da sociedade). Assim, a resposta correta € a (E). Gabarito: E Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 49 © PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 13. As leis religiosas tém mais sublimidade; as leis civis dispdem de mais extensdo. A respeito da construcao da frase acima, € correto afirmar que (A) © verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase A solidéo dispée o homem 4 melancolia. (B) da comparagio entre leis civis ¢ leis religiosas, expressa pelo termo mais, resulta a superioridade inconteste de uma delas. (C) entre os dois segmentos separados pelo ponto e virgula estabelece-se uma relacéio de sentido equivalente ao da express30 ao passo que. (D) entre os dois segmentos separados por ponto e virgula estabelece-se uma relac&o de sentido equivalente ao da expresso por conseguinte (E) 0 verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase O sacrist&o dispés 0 altar para a missa. Comentario: Na alternativa (A), ha erro, pois o verbo “dispoem” tem o sentido de possuir, ter. J4 0 verbo “dispde” no outro contexto tem o sentido de induzir, incitar. Na alternativa (B), ha erro, ja que cada uma recebeu o termo “mais”. Assim, todas tém seu valor distinto, sem superioridade entre uma e outra. A alternativa (C) esta correta, porque a locucdo conjuntiva “ao passo que”, além de possuir valor de tempo simulténeo (ao mesmo tempo em que um possui uma caracteristica, o outro possui caracteristica diferente), possui também valor de contraste, adversidade, oposicdo; por isso, utiliza-se 0 ponto e virgula. Na alternativa (D), ha erro, porque nao se transmite entre esses termos uma conclus&o, como expressaria a conjung&o “por conseguinte”. Na alternativa (E), ha erro, pois 0 verbo “dispés” tem o sentido de “arrumar”, “ajeitar”; diferente do sentido no texto. Gabarito: C 14, Esta plenamente adequada a correlac&o entre tempos e modos verbais na frase: (A) As leis de perfeigéo teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do que a da sociedade na qual fossem observadas. (8) As leis de perfeicéo tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguir do que a da sociedade na qual seraio observadas (C) As leis de perfeicao teréo por objeto mais a bondade dos homens que as tivessem seguido do que a da sociedade na qual terao sido observadas. (D) As leis de perfeicéo teriam por objeto mais a bondade do homem que as siga do que a da sociedade na qual tém sido observadas. (E) leis de perfeicio terao tido por objeto mais a bondade do homem que Viesse a sequi-las do que a da sociedade na qual fossem observadas. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 50 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS. Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror ‘Comentario: Abaixo sera sublinhado o primeiro verbo como base € 05 verbos em negrito foram os que necessitaram de correcao. A alternativa (A) € a correta, porque o verbo “teriam”, no futuro do pretérito do indicativo, forga os verbos “seguisse” e “fossem” 2o pretérito imperfeito do subjuntivo. As leis de perfeic3o teriam por objeto mais a bondade do homem que as sequisse do que a da sociedade na qual fossem observadas. Na (B), ha erro, pois 0 verbo “tinham” esta no pretérito imperfeito do indicative. Como se transmite a ideia de passado, os verbos seguintes so forgados a também se flexionar no pretérito imperfeito do indicativo (seguia, eram). Veja: As leis de perfeic&o tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguia do que a da sociedade na qual eram observadas. Na (C), ha erro, pois 0 verbo “terdo”, no futuro do presente do indicativo, induz os demais verbos ao mesmo tempo (terao seguido). As leis de perfeicéo terao por objeto mais a bondade dos homens que as terdo seguido do que a da sociedade na qual terao sido observadas, Na (D), ha erro, pois 0 verbo “teriam” esta no futuro do pretérito do indicativo, fazendo com que os demais verbos se flexionem no pretérito imperfeito do subjuntivo (seguisse e tivessem) As leis de perfeiggo teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do que a da sociedade na qua! tivessem sido observadas. Na (E), ha erro, pois a locucao verbal “terdo tido” encontra-se no futuro do presente do indicativo composto, forcando os demais verbos ao futuro do subjuntivo composto (tiver vindo, tiverem sido). As leis de perfeicao terao tide por objeto mais a bondade do homem que tiver vindo a segui-las do que a da sociedade na qual tiverem sido observadas. Gabarito: A 15. O verbo indicado entre parénteses devera ser flexionado numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) As bondades individuais ...... (dever) seguir um beneficio que se estenda a0 conjunto de uma sociedade. (B) Nem sempre ...... (haver) de respeitar as leis da religiao quem se curva as leis civis. (C) Nao se ...... (respeitar) as leis civis por bondade, nem as religiosas por espirito civico. (D) N&o se ..... (opor) o principio da religido ao da ordem civil, embora as instancias de uma e outra sejam distintas. (E) ...... (Ser) de se notar, entre as leis civis e as religiosas, a diferenga dos principios que as regem. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br sl Orit PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror ‘Comentario: Para resolver a questdo, devemos observar que o termo sem a preposico normalmente é o sujeito. No se pode flexionar o verbo em relacao @ um termo preposicionado. Isso parece dbvio, mas é 0 que mais faz o candidato ter problema na quest&o. Sera sublinhado 0 sujeito para que vocé visualize melhor que a resposta correta é a (C). (A) As bondades individuais deve seguir um beneficio objeto direto preposicionado+V Aux VID + sujeito Note que 0 verbo “seguir” € transitivo direto, 0 sujeito é “um beneficio”, © qual se encontra deslocado de sua posicio normal. O objeto direto sé recebeu a preposicéio “a”, porque se encontra deslocado, antes do verbo, e isso poderia levar a um prejuizo semantico (confundir como sendo 0 sujeito). Assim, para dar mais clareza ao texto, é indicado ao leitor que 0 sujeito é 0 termo sem preposicao € 0 complemento recebe a preposicao. (B) Nem sempre ha de respeitar as leis da religido quem.. ‘AdjAdvtempo+ VAux+VTD + objetocireto + sujeito (C) Nao se respeitam as leis civis (...), nem as religiosas ... (espe AANeg+PApas+ VID + ‘sujeito paciente composto at a Voz passive (as leis civis e as religiosas nao so respeitadas) (ees % 4 ‘ ‘a Vor passiva (D) N3o se opde o principio da religige ao da ordem civil... {Yee AA Neg + P Apas + VIDI + ‘sujeito paciente + — objeto indireto Voz passh 07 passive (0 principio da religiéo n&o € oposto ao da ordem civil) Lanalitice (E) E de se notar, entre as leis civis e as religiosas, a diferenca... | Yor passive V Aux 4 P Apas + VTD adjunto adverbial delugar + — sujeito paciente L sintétice ‘ Voz passive (ckigas verbal (a diferenga ... é de ser notada) {ope Gabarito: C 16, Esta plenamente adequada a pontuacéo da sequinte frase: (A) Se as leis da religido, pretendem levar o individuo ao exercicio da bondade, o designio das leis civis em qualquer sociedade, é contribuir para © bem de todos no importando a religiéo que cada um professe, ou deixe de professar. (B) Se as leis da religiéo pretendem levar o individuo, ao exercicio da bondade, o designio das leis civis em qualquer sociedade é contribuir para © bem de todos nao importando a religio, que cada um professe ou deixe de professar. (C) Se, as leis da religiéo pretendem levar o individuo, ao exercicio da bondade, o designio das leis civis em qualquer sociedade ¢: contribuir para © bem de todos, no importando a religiZo que cada um professe, ou deixe de professar. (D) Se as leis da religiéo pretendem levar o individuo, ao exercicio da bondade, o designio das leis civis, em qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos; nao importando a religido que, cada um, professe ou deixe de professar. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br OeWE PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror (E) Se as leis da religiéo pretendem levar o individuo ao exercicio da bondade, © designio das leis civis, em qualquer sociedade, é contribuir para o bem de todos, ndo importando a religido que cada um professe ou deixe de professar. Comentario: Serd comentada a alternativa correta (E) e as virgulas obrigatérias ou facultativas, para que se possa, por exclusdo, entender o erro das demais alternativas. Veja: (E) Se as leis da religio pretendem levar o individuo ao exercicio da bondade, © designio das leis civis, em qualquer sociedade, € contribuir para o bem de todos, n3o importando a religiso que cada um professe ou deixe de professar. A primeira virgula € obrigatéria e marca a antecipago da oracéo subordinada adverbial condicional. Dentro desta oracio, nao pode haver virgula, pois, na ordem, encontram-se os seguintes termos: conjungao “Se”, 0 sujeito “as leis da religiéo”, a locuggo verbal transitiva direta e indireta “pretendem levar”, 0 objeto direto “o individuo”, o objeto indireto “ao exercicio” e o complemento nominal “da bondade”. Na outra oracdo, a dupla virgula ocorre porque expresséo “em qualquer sociedade” é um adjunto adverbial de lugar intercalado. A dupla virgula poderia até ser retirada se interpretassemos como adjunto adverbial de pequena extens&o (apenas trés palavras), mas nunca se pode deixar apenas uma das duas virgulas. A virgula antes de “néo importando” inicia uma orag&o reduzida de gertindio. Essa oragao tem valor conclusive ou de consequéncia, por isso esta Virgula n&o é obrigatoria. Note que o vocdbulo “religido” esta sendo caracterizado pelas oracées subordinadas adjetivas restritivas “que cada um professe ou deixe de professar". Veja que elas estéo coordenadas entre si. Assim, nao cabe virgula antecipando, nem dentro deste trecho. Gabarito: E 17. (...) as leis civis versam mais sobre a bondade moral dos homens em geral do que sobre a dos individuos. Pode-se substituir 0 segmento sublinhado na frase acima, sem prejuizo para a corre¢ao € 0 sentido, por: (A) cuidam melhor da bondade moral e genérica dos homens do que cuidam a (B) dizem respeito mais & bondade moral do conjunto dos homens do que a (C) disputam melhor sobre a bondade moral da sociedade do que a (D) controvertem melhor sobre a bondade moral de todos os homens do que a (E) determinam mais 0 que seja moralmente a bondade dos homens do que aquela Comentario: De antemao, percebemos que os verbos “disputam”, “controvertem” e “determinam” nao traduzem o mesmo sentido de “versam”. Assim, eliminamos as alternativas (C), (D) e (E). Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 53 O11 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror Também 0 vocdbulo “melhor” (superlativo relativo de superioridade de bom") ndo tem o sentido de “mais” (intensidade em relacSo a uma comparagao). Perceba a estrutura “mais...que”. Assim, também eliminamos a alternativa (A), restando a (B) como correta. Perceba que “versar mais sobre” tem o mesmo sentido de “dizem respeito mais 2”. Portanto, realmente a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B 18. O Brasil poderd sofrer a primeira consequéncia diplomatica por ter decidido nao extraditar o terrorista italiano Cesare Battisti daqui a menos de duas semanas. A frase acima, de uma noticia de jornal, tem como defeito de construcao (A) duplicidade de sentido, por conta da posig&io de daqui a menos de duas semanas. (B) duplicidade de sentido, decorrente da falta de virgulas entre as quais deveria estar o segmento o terrorista italiano Cesare Battisti. (C) a falta de clareza decorrente da auséncia de virgula em seguida a diplomatica. (D) a incoeréncia gerada pelas express6es por ter decidido e nao extraditar. (E) a incoeréncia decorrente do emprego de primeira consequéncia sem esclarecer que outras haveria. Comentario: A alternativa (A) esta correta. Realmente houve ambiguidade na frase, porque o adjunto adverbial de tempo “daqui a menos de duas semanas” pode se referir tanto a “O Brasil poderd sofrer a primeira consequéncia diplomatica” ou a “por ter decidido néo extraditar o terrorista italiano Cesare Battisti". Poderiamos corrigir a frase deslocando esse adjunto adverbial. Veja: O Brasil poderd sofrer, daqui a menos de duas semanas, a primeira consequéncia diplomatica por ter decidido nao extraditar o terrorista italiano Cesare Battisti. O Brasil poderd sofrer a primeira consequéncia diplomatica por ter decidido nao extraditar, daqui a menos de duas semanas, o terrorista italiano Cesare Battisti. A alternativa (B) esté errada, porque 0 termo “o terrorista italiano Cesare Battisti” & 0 objeto direto e nao pode ficar entre virgulas. A alternativa (C) esté errada, porque a virgula apés “diplomética” é facultativa, porque inicia uma oracao subordinada adverbial causal posposta a corag&o principal. A falta da virgula n&o prejudica a clareza. A alternativa (D) esta errada, pois ndo ha incoeréncia nas expressdes “por ter decidido” e “nao extraditar”. A alternativa (E) esté errada, pois o uso da expressio “primeira consequéncia” significa que esta sera a primeira. N&o implica referéncia a outra. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 34 ES COMENTADAS PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTO 70S CONCURSDS Aula-extra 2- Proves comentadas Prot, Décio Terror Gabarito: A 19. Ninguém imaginou que ele nos trairia. Suptinhamos, mesmo, que fosse o mais leal de nossos parceiros. As frases acima estdo reorganizadas numa so frase, sem prejuizo para a corregao e o sentido, em: (A) Sendo 0 mais leal de nossos parceiros, como sempre supomos, nao é de se imaginar que nos traia. (B) Uma vez que fosse 0 mais leal de nossos parceiros, como imaginar que haveria de nos trair? (C) Na suposicéo de que ele era, mesmo, o mais leal de nossos parceiros, nenhum de nés imaginou que nos trairia. (D) Conquanto tenha sido o mais leal de nossos parceiros, sua traicdo era para nés algo mesmo inimaginavel. (E) Por havermos suposto que fora o mais leal dos parceiros, n&o imaginariamos que mesmo ele possa nos trair. Comentario: Ninguém imaginou que ele nos treiria. Supunhamos, mesmo, que fosse 0 mais leal de nossos parceiros. Na primeira frase, ha uma declaracdo “Ninguém imaginou que ele nos trairia.". Em seguida ha uma explicagéio em que se ratifica uma suposico por meio do advérbio de certeza “mesmo”, no sentido de “sim”, “realmente”. Note que ha uma suposico de que ele era o mais leal dos parceiros. Agora, compare com as alternativas. Na (A), os verbos no presente mudam o sentido, pois a traicao ja ‘ocorrera, Entéio no cabe este tempo Na (B), omitiu-se a suposicSo, houve apenas a declaragéio. Assim, mudou-se o sentido. A alternativa (C) é a correta, pois permaneceram a ideia da suposigS0 e a ratificacdo por meio do advérbio “mesmo”. O adjetivo “inimaginavel” tem o mesmo sentido de “Ninguém imaginava”. Na (D), 0 advérbio de certeza “mesmo” foi deslocado e a conjungSo “Conquanto” também muda o sentido e torna o texto incoerente, pois esta conjungo inicia oragéo subordinada adverbial concessiva. Se ela transmite uma ideia positiva (ser leal), forca a oracdo principal a transmitir uma ideia contrastante (sua traigdo era imaginével). Na (E), 0 vocdbulo “mesmo” mudou o sentido, passou a transmitir o valor de concess&o (oposicao). Gabarito: C Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br Or PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS ’DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 20. Justifica-se plenamente o emprego de ambos os sinais de crase em: (A) Ela pode voltar & qualquer momento, fiquemos atentos a sua chegada. (B) Dispds-se & devolver o livro, & condigéo de o liberarem da multa por atraso (C) Postei-me & entrada do cinema, mas ela faltou também a esse compromisso (D) Aquela altura da velhice jé nao assistia a filmes tragicos, apenas aos de humor. (E) Nao confie @ priminha os documentos que obtive a revelia do nosso advogado. ‘Comentario: Na alternativa (A), o pronome “qualquer” ndo admite artigo “a”, © vocabulo “a” antes deste pronome é apenas uma preposicdo. Por isso, nao pode haver crase. O adjetivo “atentos” exige preposicao “a” e o substantivo “chegada” admite artigo “a”. Como 0 pronome possessivo singular e feminino esta presente, a crase é facultativa. Ela pode voltar a qualquer momento, fiquemos atentos a sua chegada. Na (B), no pode haver crase antes de verbo, por isso hd apenas preposicaéo antes do verbo “devolver”. A expresso “a condicéo de” é uma locugéo adverbial iniciada pela preposic&o “a” e 0 substantivo “condicéo” admite artigo “a”. Assim, ocorre a crase. Dispés-se a devolver o livro, & condigo de o liberarem da multa por atraso. Na (C), a expresso “a entrada do cinema” é uma locucéio adverbial de lugar, iniciada pela preposig&o “a” e o substantivo “entrada” admite artigo “a”. Assim, ha crase. O pronome demonstrativo “esse” ndo admite artigo, por isso ‘0 vocdbulo “a” antes deste pronome € apenas preposic&o. Portanto, néo pode haver crase. Postei-me a entrada do cinema, mas ela faltou também a esse compromisso. Na (D), a expressdo “Aquela altura da velhice” é um adjunto adverbial de tempo iniciado pela preposicgéo “a”. Como o pronome demonstrativo “aquela” € iniciado pela vogal “A”, ocorre crase. Ja 0 substantivo “filmes” é€ substantivo masculino e esta no plural. Assim, nao admite crase. Aquela altura da velhice jd ndo assistia a filmes trégicos, apenas aos de humor. A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “confie” € transitivo direto e indireto, “os documentos” é 0 objeto direto, e o objeto indireto, iniciado pela Preposicdo “a”, deve receber crase, porque o substantivo “priminha” admite artigo “a”. A expressdo “a revelia” é um adjunto adverbial de modo, o qual se inicia pela preposigl0 a” e 0 substantivo “revelia” admite o artigo “a”. Assim, ha crase. Nao confie 4 priminha os documentos que obtive a revelia do nosso advogado. Gabarito: E Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 56 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror Agora, somente as provas e os gabaritos Prova 1 (Tribunal Regional do Trabalho ~ 2010 ~ Analista) Ateng&o: As quest6es de niimeros 1 a 3 referem-se ao texto abaixo. Os filhos dos japoneses davam um duro danado, em poucos anos tinham feito muitas coisas, trabalho de um século. Na roga deles tinha tudo... Entravam na agua e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados. Vi varios deles, magros e tristes, na ilha das Ciganas, em Saracura, Arari, Itaborai, e até no Parané do Limao. Cortavam juta com um tercado, secavam as fibras num varal e depois as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas; a maioria dos empregados morava em casebres espalhados em redor de Okayama Ken; quando adoeciam, eram tratados por um dos poucos médicos de Parintins, que uma vez por semana visitava os trabalhadores da propriedade. (Cinzas do Norte. Milton Hatoum. Sao Paulo: Cia das Letras, 2005, p.71, com adaptacées) 1. Esta INCORRETO 0 que se afirma em: (A) Segundo o narrador, os trabalhadores da propriedade em questdo tinham acesso precario a satide. (8) © narrador deixa claro que admira os filhos dos imigrantes japoneses por trabalharem com afinco e eficiéncia. (C) A cultura da juta constitui um trabalho pesado, que envolve varias etapas de produséo. (D) No local descrito no texto, os trabalhadores siio apresentados como pessoas de baixo poder econédmico, embora com acesso aos meios de subsisténcia. (E) A tristeza dos trabalhadores famélicos retratados no texto desperta emogées negativas com relacao a eles no narrador do texto. 2. Os filhos dos japoneses em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. Entravam na agua e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados. periodo acima esté reescrito com correcéo, mantendo o sentido original, em: (A) Corajosos e disciplinados, os filhos dos japoneses entravam na agua e cortavam a juta, e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. (B) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados, em poucos anos tinham feito o trabalho de um século, entravam na agua e cortavam a juta. (C) Entravam na dgua e cortavam a juta, os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. (D) Os filhos dos japoneses, entravam na agua, cortavam a juta, eram corajosos, disciplinados e tem feito o trabalho de um século em poucos anos. (E) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados entravam na agua e cortavam a juta, tinha sido feito o trabalho de um século em poucos anos. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 37 Orit PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 3. ...secavam as fibras num varal e (...) as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas... Invertendo-se as vozes passiva e ativa da frase acima, a frase correta resultante seré: (A) As fibras eram secadas num varal e carregadas para a propriedade, onde a prensava e enfardava. (B) As fibras secavam num varal e eram carregadas para a propriedade, onde Ihes prensavam e enfardavam. (C) As fibras eram secas num varal e carregadas para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam. (D) As fibras secaram num varal e foram carregadas para a propriedade, onde Ihes prensavam e enfardavam (E) As fibras ficavam secando num varal e Ihes carregavam para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam. Atengéo: As quest6es de nimeros 4 e 5 referem-se ao texto abaixo. Quando eu me encontrava preso Na cela de uma cadeia Foi que vi pela primeira vez As tais fotografias Em que apareces inteira Porém la ndo estavas nua E sim coberta de nuvens... Terra! Terra! Por mais distante O errante navegante Quem jamais te esqueceria?... Caetano Veloso (fragmento de “Terra” - http://letras.terra.com/ caetano veloso/44780/) 4. Considere as afirmativas abaixo. I. Ao transpor-se para a voz passiva o periodo constituido pelos versos Foi que vi pela primeira vez / As tais fotografias, a forma verbal resultante € foram vistas. Il. Caso o verbo esquecer em Quem jamais te esqueceria?... tivesse sido empregado em sua forma pronominal (esquecer-se), a regéncia verbal teria permanecido inalterada. III. Na frase que constitui a segunda estrofe do fragmento transcrito, o verso Por mais distante exerce a fungao sintatica de adjunto adverbial. Estd correto o que se afirma APENAS em: (A) I. (B) 0. (C) IIL. (D) le Ill. (E) We Il. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 58 CONF] PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror 5. Desconsiderada a sua organizagéo em versos, a primeira estrofe da cangao esta corretamente pontuada em: (A) Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia, foi que vi, pela primeira vez, as tais fotografias em que apareces: inteira. Porém, lé nao estavas, nua e sim coberta de nuvens... (B) Quando eu me encontrava preso, na cela de uma cadeia foi que vi pela primeira vez, as tais fotografias, em que apareces inteira: porém, |4 nao estavas nua, e sim coberta de nuvens... (C) Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces inteira. Porém, la nao estavas nua e, sim, coberta de nuvens... (D) Quando eu me encontrava, preso na cela de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces inteira, porém: la nado estavas nua e sim coberta de nuvens... (E) Quando eu me encontrava preso na cela, de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces, inteira. Porém, la, no estavas nua e sim, coberta de nuvens... AtengSo: As questdes de nlimeros 6 a 11 referem-se ao texto abaixo. Hd uma rotina de ideias a que ndo escapa sequer o escritor original. Os grandes temas, os temas universais, reduzem-se a uma contagem nos dedos ~ € quem escreve ficcéo vai beber sempre na mesma aguada. Um ficcionista puxa outro. Dostoievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contemporaneos, gracas a sua forca extraordinaria de gravitac¢do. Servem de impulso a primeira largada, seus modos de dizer e maneira de ver e sentir 0 mundo deixam de ser propriedade privada, incorporam-se a literatura como conquista de uma época, um condominio em que as ideias se desligam e flutuam soltas. Fala-se comumente em influéncias na obra deste ou daquele autor. O termo, com o tempo, perdeu contorno pejorativo. Quem ndo tem influéncias, quem no se abeberou em alguém? Literatura 6 um organismo vivo que nao cessa de receber subsidios. Felizes os que, contribuindo com essa coisa inquietante que é escrever, revigoram-lhe 0 lastro. Eles se realizam em termos de criacdo artistica e contribuem, com sua experiéncia e suas descobertas, para que outros cheguem e deitem ali, também, 0 seu fardo. Stendhal inventou para o amor a teoria da cristalizacéo que se poderia aplicar a coisa literéria. No fundo, as ideias so as mesmas, descrevem um circulo vicioso que 0 escritor preenche conscientemente, se acrescentar a0 que ja encontrou feito uma dimensdéo pessoal. Criagdo esponténea, inspiracao, musa? Provavelmente nao existem, pelo menos na proporséo em que os roménticos quiseram valorizar as manifestacées do seu espirito. Escrever - e falo sempre em termos de criar - € um exercicio meticuloso em busca do Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 59 © PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror amadurecimento; quem escreve retoma uma experiéncia sedimentada, com o dever, que $6 alguns eleitos cumprem, de alarga-la dentro da perspectiva do homem e da época. (Hélio Pélvora. Graciliano, Machado, Drummond & Outros. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975, pp. 37-38) 6. A ideia central do texto esta corretamente reproduzida em (A) Alguns temas, que s&o universais, tornam-se a matéria-prima de escritores, que habitualmente se influenciam uns aos outros. (8) Obras que tratam de alguns temas, abordados sob influéncia explicita de outros autores, nem sempre apresentam verdadeiro valor literario. (C) Poucos escritores conseguiram, em sua época e em seu meio, abordar em suas obras temas edificantes para 0 acervo cultural da humanidade. (D) Os autores roménticos parecem ter sido, realmente, os inicos inovadores quanto a transformagao de experiéncias de vida em temas literarios. (E) Temas de dominio comum, compartilhados por autores sob influéncia mutua em uma mesma época, resultam em pequena valorizacdo das obras em que sao tratados. 7. A afirmativa correta, de acordo com o texto, é (A) A criac&o literdria deve ser entendida como resultado de um amadurecimento pessoal, capaz de trabalhar temas universais segundo novos prismas, caracteristicos de um tempo especifico (B) A literatura se baseia, segundo alguns escritores, em grandes causas humanistas, principalmente aquelas pertencentes a uma nica comunidade, ainda que em épocas distintas. (C) © fato de se transformarem em conhecimento de dominio ptiblico, pela troca reciproca de influéncias entre os autores de uma mesma época, compromete o valor literdrio de certas obras. (D) Os ficcionistas realmente considerados como modelo para que outros se deixem influenciar por eles saéo pouquissimos, ainda que a literatura, ‘como organismo vivo, sempre esteja se modificando. (E) A ideia de transformac&io da literatura em um condominio, com temas inalteréveis tanto no tempo quanto nos mais variados lugares, reduz o ato de criagSo a mero exercicio imitativo de publicages anteriores. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 60 Oi PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 8. Fala-se comumente em influéncias na obra deste ou daquele autor. O termo, com o tempo, perdeu contorno pejorativo. (2° paragrafo) A opiniao exposta acima esta corretamente reproduzida, com outras palavras, em: (A) Um ou outro autor recebem influéncias, que pode ser apontado por seu viés negativista, como a perda do sentido da propria criacdo. (B) Mudangas positivas na maneira de se avaliar obras literarias, a partir das influéncias recebidas nessas mesmas obras, sempre foi bem recebido por um ou outro autor. (C) A maneira pejorativa de comparar obras literarias com influéncia deste ou daquele autor coexistiu nas criticas elaboradas ao longo do tempo. (D) Influ€ncias que, com frequéncia, sSo apontadas em obras de diferentes autores passaram a ser vistas, ao longo do tempo, sem conotacao negativa. (E) Quando se fala em influéncias na obra escrita por certo autor, é comum haver conotacao pejorativa na avaliacdo da mesma. 9. E correto afirmar que as questdes colocadas nos 2° e 3° pardgrafos (A) estimulam a estranheza do leitor por introduzirem uma voluntéria incoeréncia de seu autor no contexto. (B) apresentam semelhanga de sentido e pressupdem respostas que embasam a opinido defendida pelo autor. (C) constituem recursos enféticos adotados pelo autor para contradizer a opiniaio exposta no 1° paragrafo. (D) assinalam uma critica velada do autor a escritores que recebem influéncia de outros, pois tratam dos mesmos temas. (E) permitem perceber 0 sentido irénico do questionamento que se coloca entre a criacéio artistica espontdnea e a imitagdo de terceiros. 10. A respeito do 1° pardgrafo, é INCORRETO o que se afirma em: (A) Ha uma rotina de ideias a que nao escapa sequer o escritor original. Uma nova redac&o, sem alteracéo do sentido original da frase acima, esta em: Nem mesmo o escritor original escapa a uma rotina de ideias. (B) ... e quem escreve ficcao vai beber sempre na mesma aguada ... © sentido da afirmativa acima é retomado na questdo colocada no 20 pardgrafo: quem nao se abeberou em alguém? (C) Dostoievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contemporaneos, gracas 4 sua forca extraordindria de gravitacao. Observa-se entre as oragdes do periodo acima relacao sintatica de consequéncia e sua causa imediata, respectivamente. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 61 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aulta-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror (D) Servem de impulso primeira _largada, (...) incorporam-se literatura como conquista de uma época ... Os segmentos grifados exercem a mesma fungdo sintatica, em seus respectivos periodos. (E) ... um condominio em que as ideias se desligam e flutuam soltas. Na frase acima, a nogio de condominio pressupée um conjunto de autores que deixaram o testemunho de sua maneira de ver e de sentir 0 mundo, caracteristica de determinada época. 11. Considere as afirmativas abaixo. I. © emprego do pronome Ihe em revigoram-lhe o lastro imprime a esse pronome valor de possessivo, pois equivale a revigoram seu lastro ou, de outro modo, revigoram o lastro da literatura. (2° paragrafo) II. O emprego das formas verbais contribuem, cheguem e deitem, flexionadas nos mesmos tempo e modo, denota, no contexto, uma mesma nocao, a de hipétese provavel. (2° paragrafo) III. Ao transpor para a voz passiva a oragio que o escritor preenche conscientemente, 0 resultado sera preenchidas conscientemente pelo escritor, porque o pronome que refere-se diretamente a ideias. (3° pardgrafo) IV. A forma pronominal grifada em alargé-la dentro da perspectiva do homem e da época evita a substituicéo, no contexto, da expressdo uma experiéncia sedimentada. (3° paragrefo) Esta correto o que se afirma APENAS em: (A) Ile III. (B) lelv. (C) I, We Iv. (0) L, We HL. (€) H, Helv. 12. Minha frase célebre I. O remédio é a gente silenciar, "pondo a modéstia de parte", como dizia 0 bom Noel. II. Até eu jd posso posar como ladrao de frase. III. Em todo caso, Noel, desculpe o mau jeito. IV. A letra de Noel foi esquecida por muita gente, e varias vezes, através dos anos, encabulei ao ganhar elogios pela "minha" frase. V. Afinal ele escreveu tanta coisa bonita que com certeza nao se importaria muito com este pequeno furto. VI. E que certa vez escrevi: Nasci, modéstia a parte, em Cachoeiro de Itapemirim - mas escrevi parodiando declaradamente uma letra de Noel Rosa sobre Vila Isabel Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 2 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Auyla-extra 2- Provas comentadas Prot, Décio Terror Para que o texto de Rubem Braga (Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p. 94) seja entendido com légica e clareza, os pardgrafos numerados acima devem ser lidos na seguinte ordem (A) L, IV, VI, OIL, IL, Vv. (B) If, V1, 1V, 1, V, HI. (C) HL, VI, V, 1, 1, IV (D) V, IIL, VI, IV, I, I. (E) VI, V, HI, IV, I, IL. 13. Leia a tirinha reproduzida abaixo. (Smee =a.) fearaen) —_| [eee |] Eee ga ( SR Samer aa Heecninecre 7 fume A se tent ea (cutruRa: Cc i (Quino. Toda a Mafalda. Sao Paulo, Martins Fontes, 1993, p.40) E correto afirmar que o didlogo entre Susanita e Mafalda ope, do modo mais cru, a fim de provocar o riso, (A) a vaidade de uma & modéstia da outra. (B) a ignorancia de uma a sabedoria da outra. (C) 0 egocentrismo de uma ao desprendimento da outra. (D) 0 senso de realidade de uma ao idealismo da outra. (E) a esperteza de uma a ingenuidade da outra. AtencSo: As questées de niimeros 14 a 18 referem-se ao texto abaixo. Tecendo a manha Um galo sozinho nao tece uma manha: ele precisaré sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e 0 lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito que um galo antes e 0 lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhi, desde uma teia ténue, se va tecendo, entre todos os galos. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 63 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror se entretendendo* para todos, no toldo (a manhé) que plana livre de armacao. A manhd, toldo de um tecido tio aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balao. *neologismo Jodo Cabral de Melo Neto (A educacao pela pedra, Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 345) 14. Considere as seguintes afirmagées: I. No verso De um que apanhe esse grito que ele evidencia-se tanto a omissao da palavra galo quanto a de determinado verbo. Il. No poema, 0 uso de alguns verbos no gertindio reforca a imagem do desenvolvimento gradual de uma teia que se transforma, nesta ordem, em tela, tenda e toldo. III. A imagem predominante no poema é a de galos que despertam os habitantes de um determinado local para o trabalho duro que comeca cedo, mas que no fim do dia é recompensador. Esta correto 0 que se afirma APENAS em: (A) 1. (8) I. (C) Il. (D) len. (€) Ie I. 15. A manhd, toldo de um tecido tao aéreo / que, tecido, se eleva por si: luz balao. Sobre os versos acima, é INCORRETO afirmar: (A) No segundo verso, a palavra tecido pode ser interpretada como o participio do verbo tecer. (B) 0 verbo da oracdo principal do periodo formado pelos dois versos acima é eleva. (C) A express&o /uz baldo representa, no contexto, uma sintese explicativa do segmento que a precede. (D) As virgulas que isolam a palavra tecido, no segundo verso, séo necessarias para garantir 0 sentido no contexto, no podendo, portanto, ser suprimidas. (E) A associacg3o de manhd a toldo causa a ruptura abrupta da ideia que vinha sendo desenvolvida, pois a manha fora apresentada como fios de sol. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 64 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS _™BOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prot, Décio Terror 16. O verso que melhor traduz a imagem luz balo, entre os listados abaixo, (A) os fios de sol de seus gritos de galo (B) (a manh) que plana livre de armacao (C) Um galo sozinho nao tece uma manha (D) que com muitos outros galos se cruzem (E) E se encorpando em tela, entre todos 17. ...de um outro galo que apanhe o grito... © verbo que se encontra conjugado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima esté presente nos seguintes versos de Joo Cabral de Melo Neto, retirados de Morte e Vida Severina: (A) Por onde andaré a gente / que tantas canas cultiva? (B) Os rios que correm aqui / tém a agua vitalicia... (C) Quem sabe se nesta terra / nao plantarei minha sina? (D) sé morte tem encontrado / quem pensava encontrar vida... (E) primeiro & preciso achar / um trabalho de que viva. 18. Considere as frases abaixo. I. ...... quem néo 0 podia pegar o grito foi lancado IL. Aludiam ...... urna imensa tela dourad os fios de sol que se cruzevam. III. O resultado de seu trabalho foi comparado ...... luz da manha. Preenchem corretamente as lacunas, respectivamente: (A)A-a-a (B)A-a-a (C)A-a-a (D)A-a-a (E)A-a-a AtencSo: As questdes de nimeros 19 e 20 referem-se ao texto abaixo. Queimada do bem Algumas consequéncias dos incéndios florestais ainda s30 pouco conhecidas. Ndo se sabe exatamente quanto de CO2 é liberado com a queima, como a mata nativa resiste e depois se recompée e quais as alteragées que ocorrem no microclima de uma floresta queimada. Para responder a essas questées, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazénia (Ipam) em parceria com 0 norte-americano Centro de Pesquisa Woods Hole (WHRCG, na sigla em inglés) realizaram em agosto uma queimada controlada no nordeste de Mato Grosso. “Queremos entender qual a intensidade e a frequéncia de incéndios que poderiam causar transformagées severas em Prof. Décio Terror Www .pontodosconcursos.com.br 65 O1 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prot. Décio Terror florestas da Amazénia e utilizar essas informagées para gerar cenérios futuros para florestas na regiio", diz Paulo Brando, do Ipam. O experimento foi provocado em 150 hectares de uma fioresta de transicéo entre 0 Cerrado e a mata amazénica. Parte da drea foi mantida intocada, um tergo vem sendo queimado anualmente desde 2004 e outro teve queimadas controladas a cada trés anos. Agora, até 2013 os pesquisadores acompanharao a recuperagao da floresta. (Pesquisa FAPESP, setembro 2010, n. 175, p.3) 19. Considere as seguintes afirmativas sobre 0 texto. I. 0 titulo "Queimada do bem” alude, por oposicéo, aos danos que as queimadas costumam provocar e aos atos criminosos que por vezes esto na sua origem. Il. A parte da drea em estudo, entre o Cerrado e a mata amazonica, que é mantida intocada representa um terco do total. III. Ainda que os pesquisadores estejam preocupados em estudar as consequéncias das queimadas, a pesquisa também prevé o estudo de suas causas. Estd correto o que se afirma em: (A) I, apenas. (B) Le II, apenas. (C) Ie III, apenas. (D) Le III, apenas. (E) 1, Ie Ill. 20. A frase, baseada no assunto do texto e reescrita com correc&o, clareza e coeréncia é: (A) Quase ndo se conhece as consequéncias dos incéndios nas florestas. (8) N&o se tém ideia exata da quantidade de CO2 que é liberado com a queima. (C) Os pesquisadores lograram, no més de agosto, uma queimada controlada no nordeste matogrossence. (D) A experiéncia, levada & cabo em 150 hectares de uma floresta de transig&0, existente entre 0 Cerrado e a mata amazénica. (E) Até 0 ano de 2013, 0 grupo de pesquisadores ird dedicar-se a observacao do revigoramento da fioresta. Prof. Décio Terror Www .pontodosconcursos.com.br 66 O1 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Ateng&o: As questdes de numeros 21 e 22 referem-se ao texto abaixo. O Parque Nacional de Galdpagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para implementar um sistema de vigiléncia dos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago. Esse arquipélago possui 133 mil quil6metros quadrados. O sistema sera instalado em todas as embarcacées com menos de 20 toneladas de peso bruto, a maioria das quais embarcacées que trafegam na reserva. O sistema emitira um sinal de rédio, que seré captado por antenas em pontos estratégicos. O arquipélago é considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. (Texto elaborado a partir de matéria publicada em 4 de setembro de 2010 no jornal © Estado de S. Paulo, Vida, A21) 21. A principal informacdo transmitida pelo texto é: (A) Somente embarcacdes de menor peso navegardo pelo Arquipélago de Galapagos. (8) A maior biodiversidade do planeta, em Galépagos, se encontra em risco de extingao. (C) Sistema de vigilancia em embarcagées sera implantado no arquipélago de Galapagos. (D) Interesses privados e governamentais buscam equilibrio ambiental em Galapagos. (E) Sinais de radio indicam perigo a reserva marinha do arquipélago de Galapagos. 22. O texto estd corretamente transcrito com légica, corresao e clareza, sem repeticdes desnecessdrias, em: (A) Nos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago, que possui 133 mil quilémetros quadrados considerando ser um dos locais de maior biodiversidade do planeta, o Parque Nacional de Galdpagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para instalar um sistema de vigilancia nesses barcos com menos de 20 toneladas de peso bruto, cuja a maioria trafegam na reserva. O sinal de radio, que seré captado por antenas em pontos estratégicos, seré emitide por esse sistema. (8) O Parque Nacional de Galépagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para impor um sistema de vigilancia dos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago, contando com 133 mil quilémetros quadrados considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. E um sistema — 0 qual sera instalado em todas as embarcagdes com menos de 20 toneladas de peso bruto — cuja maioria das que trafegam na reserva. O sistema vai emitir um sinal de radio, que seré captado por antenas em pontos estratégicos. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 67 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror (C) Tratando-se de um sistema de vigilancia de barcos, o Parque Nacional de Galapagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para implementer tal sistema dos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago. Possuindo 133 mil quilémetros quadrados e considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. Sera instalado em todas as embarcagdes com menos de 20 toneladas de peso bruto, que constitui a maioria das que trafegam na reserva. O sistema vai emitir um sinal de radio, que antenas em pontos estratégicos vo captar. (D) No arquipélago de Galapagos, no Equador, considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta que possui 133 mil quilémetros quadrados, serd instalado em todas as embarcacées com menos de 20 toneladas de peso bruto, onde a maioria das que trafegam na reserva, um sistema de vigilancia o qual emitiré um sinal de radio, captado por antenas em pontos estratégicos — pelo convénio assinado pelo Parque Nacional com a ONG Sea Shepard e WWF — para impor esse sistema. (E) O Parque Nacional de Galapagos, no Equador, a ONG Sea Shepard e WWF assinaram um convénio para estabelecer um sistema de vigilancia dos barcos que navegam pela reserva marinha do arquipélago, de 133 mil quilémetros quadrados, considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. Esse sistema seré instalado em todas as embarcagées com menos de 20 toneladas de peso bruto — a maioria das que trafegam na reserva —, e emitira um sinal de rédio, a ser captado por antenas colocadas em pontos estratégicos. Atencio: As questdes de nuimeros 23 a 25 referem-se ao texto abaixo. Rita No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita. Eu a via nitidamente, na graca de seus cinco anos. Seus cabelos castanhos - a fita azul - 0 nariz reto, correto, os olhos de agua, 0 riso fino, engracado, brusco... Depois um instante de seriedade; minha filha Rita encarando a vida sem medo, mas séria, com dignidade. Rita ouvindo musica; vendo campos, mares, montanhas; ouvindo de seu pai 0 pouco, 0 nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de amar ~ sério, quieto, devagar. Eu Ihe traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu Ihe ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia; e 0 cérrego; e a nuvem tangida pela viracao. Minha filha Rita em meu sonho me sorria - com pena deste seu pai, que nunca a teve. (Rubem Braga. 200 Crénicas escothidas. 13. ed. Rio de Janeiro. Record, 1998, p.200) Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 68 (9) PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentada Prof. Decie Terror 23. O emprego de um mesmo tempo e modo verbal em traria, brilhariam e ensinaria, no peniiltimo paragrafo do texto, (A) indica que tais agdes foram efetivamente realizadas enquanto a filha do autor ainda vivia, isto é, antes da morte dela aos cinco anos de idade. (B) denota o desejo do autor de ver tais acdes realizadas no futuro, quando a filha atingir a idade de cinco anos. (C) enfatiza a tristeza do autor por ndo ter mais a guarda da crianca, o que é revelado apenas no ultimo paragrafo do texto. (D) sugere que o sonho nada mais é que a lembranca de acdes recém- realizadas durante 0 estado de viailia do autor. (E) antecipa a revelacdo feita no ultimo pardgrafo de que a filha do autor nunca existiu, sendo tais acdes apenas hipotéticas 24... na graca de seus cinco anos. (primeiro paragrafo) ... @ a nuvem tangida pela viraco. (pentiltimo parégrafo) As palavras grifadas nas frases transcritas acima tém, respectivamente, o sentido de (A) dadiva e calmaria. (8) encanto e brisa marinha. (C) gratuidade e vento forte. (D) alegria e mudanga do clima. (E) inocéncia graciosa e tempestade 25. ... com pena deste seu pai, que nunca a teve. (ultimo paragrafo) © pronome relativo grifado na frase acima esté também presente na seguinte frase: (A) Com frequéncia, 0 sonho nada mais é que a realizag3o de nossos mais rec6nditos desejos. (B) E de se perguntar que outro dilema poderia ter recebido expressdo poética tao saborosa: "Filhos? Melhor ndo té-los! Mas se no os temos, como sabé- 10?” (C) Tornou-se dificil encontrar nos jornais crénicas que nao tenham como tema a politica ou a economia, isto &, crénicas propriamente ditas. (D) Muitos j4 notaram que as crénicas de Rube Braga sao verdadeiros poemas em prosa. (E) Talvez n&o haja nada mais ambivalente que a maternidade ou a paternidade, com sua teimosa mistura de risos e lagrimas. Prof. Décio Terror Www .pontodosconcursos.com.br 09

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