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Disciplina: Bioquímica

Aula 9: Metabolismo dos aminoácidos


Apresentação

Nesta aula, estudaremos a última classe de nutrientes que fornece energia para manter nosso organismo. A energia obtida a
partir dos aminoácidos, constituintes das proteínas da dieta, ou mesmo proteínas teciduais, varia no organismo humano
com as condições metabólicas. Ela é diferente em diferentes espécies.

Começaremos pelo processo de digestão das proteínas da dieta a seus monômeros capazes de serem absorvidos, os
aminoácidos. Estudaremos, ainda, os destinos possíveis desses aminoácidos no organismo. Veremos a transformação dos
aminoácidos essenciais da dieta em aminoácidos não essenciais.

Em seguida, discutiremos o metabolismo de aminoácidos como fonte de energia e como a qualidade dos alimentos que
consumimos interfere nesse processo, bem como o metabolismo para degradação e eliminação de produtos tóxicos ao
organismo. Identificaremos, ainda, algumas doenças genéticas relacionadas ao metabolismo dos aminoácidos.

Objetivos

Descrever a digestão de proteínas da dieta e a absorção dos aminoácidos;

Explicar o metabolismo dos aminoácidos;

Relacionar a síntese proteica à qualidade das proteínas da dieta, a partir da identificação das doenças genéticas
relacionadas ao metabolismo de aminoácidos.
Digestão das proteínas
O processo de digestão de alimentos pode ser de dois modos:

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Digestão mecânica 

Enquanto permanece na boca, o alimento sofre digestão mecânica. Nesse processo, os grandes pedaços dos alimentos, que
são insolúveis em água, com a mastigação, transformam-se em pedaços menores, tornando-se progressivamente mais
solúveis em água. À medida que diminuem de tamanho, essas moléculas são mais acessíveis à ação das enzimas
digestivas. Por isso, existe a necessidade de uma boa mastigação.

Digestão química 

Na digestão química, também conhecida como proteica, ocorrerá a quebra das proteínas, que são macromoléculas, em
seus monômeros, os aminoácidos, para que possam ser absorvidos.  
Como já estudamos em outras aulas, as
macromoléculas não podem ser absorvidas atravessando as membranas no intestino, e, para isso, devem ser
transformadas em moléculas menores, para que possam alcançar a corrente sanguínea e, posteriormente, as células.
 
Após a chegada na célula, essas moléculas podem, finalmente, ser utilizadas no metabolismo celular. Neste processo,
ocorre o rompimento das ligações peptídicas entre os aminoácidos e necessita de enzimas; a partir disso, inicia-se o
processo químico de digestão. Lembre-se de que essas ligações são covalentes, difíceis de serem quebradas, portanto, é um
processo que só vai ocorrer no organismo com a ajuda de enzimas. Esse processo tem início apenas quando as proteínas
alcançam o estômago e, ao entrar em contato com o pH ácido desse ambiente, elas se desnaturam, facilitando a ação das
enzimas digestivas.

A entrada de proteínas no estômago estimula a secreção do hormônio gastrina, que estimula a produção de ácido clorídrico e de
pepsinogênio (precursor inativo — zimogênio), que, posteriormente, será convertido na enzima pepsina, que atua na degradação
proteica.

À medida que o conteúdo ácido do estômago passa para o intestino delgado, há secreção de hormônio secretina, que estimula o
pâncreas a secretar bicarbonato no intestino delgado, a fim de neutralizar a acidez do quimo estomacal.

As enzimas quimotripsina, tripsina e carboxipeptidase, produzidas no pâncreas como precursores inativos (zimogênios), são
ativadas no intestino delgado e agem sobre os peptídeos (cadeias menores de aminoácidos) resultantes da ação da pepsina no
estômago.

Os aminoácidos livres podem ser absorvidos com a ajuda de transportadores específicos, através da membrana basolateral e,
posteriormente, distribuídos para o fígado e outros tecidos.

As proteínas mais importantes na alimentação são aquelas que possuem em sua constituição os aminoácidos essenciais, são
elas:
Histidina Isoleucina

Leucina Lisina

Metionina Fenilalanina

Treonina Triptofano

Valina

Como vimos anteriormente, esses aminoácidos não podem ser sintetizados no organismo humano.

Outra fonte de proteínas para o nosso organismo é por meio da degradação de proteínas celulares, que são degradadas em
diferentes velocidades para renovação das mesmas. Dependendo da proteína, ela pode ter um tempo de vida mais curto ou ser
mais estável.

Para que sejam degradadas, essas proteínas se conjugam com a ubiquitina, em um processo dependente da hidrólise de ATP. Os
proteassomas são complexos capazes de digerir as proteínas ubiquitinadas. O proteassoma também é dependente de ATP. Os
aminoácidos liberados podem ser utilizados na síntese proteica, bases de nucleotídeos e outros compostos nitrogenados.

Na imagem a seguir, observamos a estrutura molecular de uma proteossoma, que é uma proteína complexa que degrada
proteínas que não são mais necessárias, ou que estão danificadas; as proteossomas realizam reações de proteólise.

Estrutura molecular de uma proteossoma | Fonte: Shutterstock


Destinos dos aminoácidos
Os aminoácidos obtidos a partir da dieta ou a partir da degradação endógena de proteínas podem seguir alguns destinos.

1. Uso na síntese de novas proteínas


No processo de tradução, a informação presente no DNA é transcrita em RNA e, posteriormente, traduzida na linguagem de
aminoácidos da proteína. Os RNAs transportadores são as moléculas adaptadoras entre o ácido nucleico e o aminoácido.

O aminoácido deve ser ativado e ligado, em seguida, a um RNA transportador específico. Os códons dos RNA mensageiros
reconhecem os anticódons dos RNA transportadores. E a síntese proteica se processa nos ribossomos no retículo
endoplasmático rugoso, como pode ser visto na figura a seguir.

Estrutura de um Ribossomo | Fonte: Shutterstock


2. Produção de produtos especializados
Algumas moléculas surgem de modificações na estrutura dos aminoácidos, tais como:

Histamina Serotonina

Melatonina Adrenalina

Noradrenalina Dopamina

Melanina

A adrenalina, por exemplo, que é o hormônio de luta ou fuga, é sintetizada a partir do aminoácido tirosina, após uma série de
reações, como pode ser visto na figura a seguir.
Adrenalina | Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Adrenalina#/media/File:Catecholamines_biosynthesis.svg
3. Geração de energia
Os aminoácidos, derivados, principalmente, das proteínas da alimentação ou da degradação das proteínas intracelulares são a
última classe de macromoléculas cuja oxidação faz uma contribuição significativa para a geração de energia metabólica.

Durante a renovação proteica, alguns aminoácidos liberados durante a quebra de proteínas podem ser oxidados se o organismo
não necessita mais realizar a síntese proteica.

Quando, em uma dieta rica em proteínas, os aminoácidos são ingeridos em demasia com relação às necessidades corporais de
biossíntese proteica, o excesso é degradado, uma vez que aminoácidos livres não podem ser armazenados.

Durante o jejum severo ou no diabetes mellitus, quando os carboidratos são inacessíveis ou utilizados inadequadamente, as
proteínas corporais têm que ser degradadas para obtenção de energia.

Os aminoácidos também podem ser precursores na gliconeogênese, para a síntese de glicose, de forma a suprir as necessidades
de algumas células como eritrócitos e SNC.

Há uma distinção na degradação de proteínas em relação aos carboidratos e ácidos graxos, pois todos aminoácidos contêm um
grupamento amino, que será separado do esqueleto carbônico e desviado para uma via especializada.

Proteínas da dieta

Transaminação
A primeira etapa na degradação de aminoácidos é a retirada do grupo alfa-amino, que consiste em uma reação de transaminação
com a formação de alfa-cetoácidos. Essa transferência é catalisada pelas enzimas aminotransferases, também chamadas de
transaminases. Analise o esquema abaixo.
Transaminação

Nessas reações, o L-aminoácido transfere seu grupo amino para o alfa-cetoglutarato, desse modo, o alfa-cetoácido torna-se
aminado, enquanto o alfa-aminoácido é desaminado.

Na maior parte das reações, o grupo amino é transferido para o alfa-cetoglutarato, formando glutamato. Essa reação requer a
coenzima piridoxal-fosfato.

Essa é a reação de transaminação na qual um ou mais aminoácidos são convertidos em


outros aminoácidos. Todos os aminoácidos podem ser convertidos para ácido glutâmico
(glutamato) pela transaminação.

Duas enzimas são importantes nesse processo: a aspartato-aminotransferase (ALT ou TGP) e a alanina-aminotransferase.

Elas se encontram principalmente nos hepatócitos (ALT/TGP — enzima fígado específica), e no fígado, coração, músculo
esquelético (AST/TGO).

Se existem altas concentrações dessas enzimas no sangue pode ser indício de doenças hepáticas, infarto agudo do miocárdio,
doença muscular, entre outras. Por isso, a dosagem tem aplicação clínica.
Desaminação
No fígado, o glutamato perde seu grupo amino, que deve ser preparado para excreção. Na mitocôndria, o glutamato sofre
desaminação oxidativa, catalisada pela enzima L-glutamato-desidrogenase. Forma-se alfa-cetoglutarato e amônia.

No caso do músculo, é a alanina que transporta a amônia dos músculos esqueléticos para o fígado, em uma via chamada ciclo da
glicose-alanina. O piruvato produzido pela desaminação da alanina no fígado é convertido em glicose, que será transportada
novamente para o músculo. Observe o esquema abaixo:

O alfa-cetoácido produzido por esse processo pode sofrer vários tipos de reações, tais como:

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Catabolismo Conversão
Para gerar gás carbônico, água e energia no ciclo do ácido Em carboidratos (glicogênio) ou lipídeos.
cítrico.

Reconversão
Em um aminoácido diferente por transaminação.
Excreção de nitrogênio e ciclo da ureia
Como a amônia produzida é altamente tóxica para o organismo, ela será convertida em ureia pelo ciclo da ureia. Isso ocorrerá
caso o grupo amino não seja reutilizado para síntese de novos aminoácidos ou de outros produtos nitrogenados.

Esse ciclo ocorre parte na mitocôndria e parte no citosol, em cinco reações, formando ureia, que é bem menos tóxica que a
amônia. Observe o esquema abaixo:

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_da_ureia#/media/File:Ciclodaureia.png

Reações do ciclo da ureia


Simbologia do esquema de cores adotado:

Enzimas (azul celeste);

Coenzimas (amarelo);

Nomes de substratos (verde oliva);

Moléculas inorgânicas (vinho);

Aspartato e seu nitrogênio que irá para a ureia (vermelho);

NH4+ e seu nitrogênio que irá para a ureia (verde bandeira);

HCO3- e seu carbono que irá para a ureia (lilás).


Vias de degradação dos aminoácidos
O catabolismo dos aminoácidos não possui importância tão grande para obtenção de energia como a quebra de carboidratos ou
de lipídeos; corresponde a aproximadamente 10-15% da produção.

O fluxo das vias catabólicas também vai depender das necessidades do organismo, dependendo, inclusive, da disponibilidade de
determinado aminoácido.

Os esqueletos carbonados podem tomar três vias distintas:

1 2

Gliconeogênese Cetogênese

Oxidados completamente a CO2 e H2O

Para facilitar nosso estudo, vamos dividir os aminoácidos em dois grupos:

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Aminoácidos cetogênicos 

Quando dizemos que um aminoácido é cetogênico, significa que ele pode ser convertido em corpos cetônicos no fígado.
Esses sete aminoácidos (fenilalanina, tirosina, isoleucina, leucina, triptofano, treonina e lisina) podem ser convertidos
inteiramente ou em parte em acetoacetil-CoA e/ou acetil-CoA. Já que o acetoacetil-CoA é convertido em acetoacetato e,
posteriormente, em acetona e beta-hidroxibutirato.
Essa capacidade em serem convertidos em corpos cetônicos fica mais evidente no diabetes melitus descompensado,
quando o metabolismo do paciente não utiliza glicose e produz grandes quantidades de corpos cetônicos, a partir da
degradação de ácidos graxos e aminoácidos cetogênicos.

Aminoácidos glicogênicos 

São degradados em piruvato, alfa-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e/ou oxaloacetato e podem ser convertidos em
glicose e glicogênio.
Alanina, cisteína, glicina, serina, treonina e triptofano podem ser convertidos em piruvato.

Asparagina e aspartato são convertidos em oxaloacetato, que é intermediário do ciclo de Krebs.

Arginina, glutamina, histidina e prolina transformados em glutamato e convertidos, em seguida, em alfa-cetoglutarato,


que é intermediário do ciclo de Krebs.

Isoleucina, metionina, treonina e valina convertidos em succinil-CoA, que é um intermediário do ciclo de Krebs.

Fenilalanina e tirosina convertidos em fumarato, também intermediário do ciclo de krebs.


Atenção

É importante entender que esses dois grupos não são excludentes entre si, ou seja, significa que temos cinco aminoácidos
(triptofano, fenilalanina, tirosina, treonina e isoleucina) que são tanto cetogênicos quanto glicogênicos.

O catabolismo dos aminoácidos é mais crítico em dietas ricas em proteínas e


situações de jejum prolongado.
A leucina é um aminoácido muito comum em proteínas, e é um aminoácido exclusivamente cetogênico, dessa forma, no jejum
prolongado, sua degradação contribui substancialmente para o estado de cetose.

Os aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina), não são degradados no fígado como os outros aminoácidos.
Eles são oxidados como combustível, principalmente, pelos tecidos muscular, adiposo, renal e encefálico, uma vez que o fígado
não possui a amino transferase necessária.

Biossíntese de aminoácidos não essenciais


A biossíntese desses aminoácidos é realizada a partir de intermediários do metabolismo ou a partir dos aminoácidos essenciais.
Observe a tabela.

Alanina
A partir do piruvato

Ácido aspártico

Asparagina

Arginina
A partir de intermediários do ciclo de krebs

Ácido glutâmico

Glutamina prolina

Serina A partir do 3-fosfoglicerato

Glicina A partir da serina

Cisteína A partir da serina (enxofre da metionina)

Tirosina A partir da fenilalanina

Qualidade nutricional das proteínas


O balanço nitrogenado foi um dos primeiros parâmetros para se avaliar a nutrição proteica e continua sendo importante para
avaliar o estado nutricional. Ele é definido como a diferença entre a quantidade diária de nitrogênio ingerida e o excretado.

As propriedades que definem a qualidade alimentar de uma proteína são:

Digestibilidade;

Adequação do conteúdo de aminoácidos para compor as proteínas endógenas.

Ainda que a digestibilidade seja alta, uma proteína pode apresentar baixo valor nutricional, em virtude do seu conteúdo
inadequado de aminoácidos essenciais. A ausência de um só aminoácido em uma refeição, provoca diminuição na síntese
proteica.

Como os aminoácidos não podem ser armazenados, aqueles que não forem utilizados
na síntese de proteínas, serão oxidados e desaminados.

Patologias decorrentes de distúrbios no metabolismo proteico


Várias doenças genéticas envolvem defeitos em enzimas do metabolismo de aminoácidos.

A fenilcetonúria é um dos erros inatos do metabolismo mais bem conhecidos e estudados. É uma deficiência ou ausência da
enzima fenilalanina hidroxilase ou, mais raramente, de seu cofator tetra-hidrobiopterina.

Nessa doença, o indivíduo não consegue biotransformar a fenilalanina em tirosina. Existe um acúmulo de fenilalanina na corrente
sanguínea cerca de vinte vezes mais elevado do que em indivíduos normais. Caso não seja tratada, quase todos apresentam
grave retardo mental, e há diminuição da expectativa de vida.

Você já reparou que vários rótulos de alimentos têm escrito “contém


fenilalanina”?
Vamos entender do ponto de vista bioquímico?
Essa doença metabólica é autossômica recessiva e afeta aproximadamente um em cada dez mil indivíduos da população
caucasiana, 1 em 20 mil da população em geral. É facilmente detectada no teste do pezinho. Este teste é obrigatório, realizado de
forma ideal entre o terceiro e o sétimo dia de vida, e nunca superior a 30 dias de vida. Observe o esquema abaixo.
A mutação está localizada no cromossomo 12 e é autossômica recessiva, logo, se os pais portam o gene sem ter sintomas, seus
filhos têm 25% de chance de ter a doença.
 Teste do pézinho | Fonte: Markus Distelrath from Pixabay

Os fenilcetonúricos parecem normais ao nascer, mas se não são tratados tornam-se gravemente enfermos com a idade de um
ano.

O tratamento consiste simplesmente em uma dieta pobre em fenilalanina e suplementada com tirosina, já que este último
aminoácido costuma ser sintetizado a partir da fenilalanina e esse metabolismo está deficiente.

Quanto antes for instituída a dieta, melhor será, porque a lesão cerebral é irreversível. Por isso, a importância de os rótulos
conterem a informação em alimentos industrializados ricos em fenilalanina. Esse é o caso dos alimentos adoçados com
aspartame, que é um dipeptídeo contendo aspartato e um metil-éster da fenilalanina.
LEGENDA: Rótulo indicando fenilalanina

Além da fenilcetonúria, existem várias outras doenças que são resultado de defeitos no
metabolismo de aminoácidos.

Albinismo é uma deficiência na enzima tirosinase, enzima que converte o aminoácido tirosina em melanina, que confere
pigmentação. Nos indivíduos portadores da doença, há ausência parcial ou total da pigmentação dos olhos, pele e cabelos.

Pessoas com defeitos genéticos nas enzimas do ciclo da ureia não toleram dietas ricas em proteínas, já que a amônia é
extremamente tóxica.

A doença do xarope de bordo é uma deficiência no complexo desidrogenase dos alfa-cetoácidos de cadeia ramificada.

Nos indivíduos com essa deficiência, os três alfa-cetoácidos com cadeias laterais ramificadas (assim como seus aminoácidos
precursores, principalmente leucina) acumulam-se no sangue, sendo eliminados na urina, que fica com odor característico.

A doença resulta em desenvolvimento anormal do encéfalo, retardo mental e morte no início da infância, quando não tratada. O
tratamento inclui controle rígido da dieta, com limitação da ingestão de valina, leucina e isoleucina ao mínimo necessário.

Atividade
1. Parte da nossa alimentação é composta de proteínas que se encontram presentes na nossa dieta. Explique como ocorre a
digestão das proteínas no organismo humano para que possam ser absorvidas e utilizadas.

2. Uma vez que os aminoácidos foram digeridos e absorvidos a partir da dieta, qual o destino desses aminoácidos no organismo?
3. Uma dieta para a redução de massa corporal ativamente propagandeada alguns anos atrás exigia a ingestão diária de proteína
líquida (uma sopa comercial de gelatina hidrolisada), água e um complemento de vitaminas. Todos os demais alimentos e
líquidos deveriam ser evitados.

Tipicamente, as pessoas nessa dieta perdiam ao redor de quatro a seis quilos na primeira semana. A gelatina contém um
conteúdo em aminoácidos nutricionalmente desequilibrado, não possuindo todos os aminoácidos essenciais.

Além da perda de peso, se o indivíduo realizasse essa dieta por muito tempo, quais seriam as consequências desastrosas para o
organismo?

Notas

Cetose

A cetose é um estado natural do organismo que ocorre na ausência de glicose, os valores de corpos cetônicos ficam na faixa de
0-5mmol/L. Esse estado é bastante diferente da cetoacidose, que discutiremos no caso da diabetes, em que as concentrações
alcançam a faixa de 15-25mmol/L.

Referências

HARVEY, R.A; FERRIER, D.R. Bioquímica Ilustrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

HORI, J. Bioquímica. Rio de Janeiro: Editora Universidade Estácio de Sá, 2015.

NELSON, D.L.; COX, M. Lehninger Princípios de bioquímica. 5.ed. São Paulo: Sarvier, 2011.

SACKHEIM, G.I.; LEHMAN, D.D. Química e Bioquímica para Ciências Biomédicas. 1.ed. Barueri: Manole, 2001.

STRYER, L., TYMOCZKO, J.; BERG, J.Bioquímica.7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

Próxima aula

Sinalização hormonal;

Integração metabólica das vias e diferentes órgãos e tecidos;

Estados metabólicos específicos do organismo e algumas disfunções.

Explore mais

Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o texto Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e
exercício físico.

Leia o texto:
Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e exercício físico <//www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a04.pdf> .

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