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Curso H.T.P.
APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO

Denise Teixeira Mráz Zapparoli

CURSO H.T.P.

!  Fundamentação teórica
!  Condições de aplicação (gerais e
específicas)
!  Técnica de aplicação
!  Análise e interpretação (desenhos,
inquéritos e cores)
!  Síntese interpretativa

FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
(HISTÓRICO)

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Desenho como
instrumento de
avaliação da
personalidade

ÁRVORE

ÁRVORE
!  1947 – Lucerna/Suíça – Karl Koch
"  Duas inspirações:
"  1928 – Zurique/Suíça – Emil Jücker (Conselheiro
de Orientação Profissional)
"  Henry M. Stanley – explorador da África
"  Koch constrói um método que estabelece relação
entre o fenômeno (desenho) e a realidade
(árvore)
!  1934 – E.U.A. – Hurlock e Thompson
!  1949 – França – Renée Stora

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FIGURA HUMANA

FIGURA HUMANA

!  1926 – E.U.A. – Florence Goodenough

!  1949 – E.U.A. – Karen Machover


"  Aspectos psicodinâmicos envolvidos com a
auto-estima e a imagem corporal

CASA

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CASA

!  1947 – França – Françoise Minkowska


"  Teste da Casa – precursora
"  Crianças refugiadas, de várias origens, que
chegaram à França após a 2a. Guerra Mundial
"  Desenhe uma casa – lápis colorido
"  Interpretação com base na apreciação clínica

Bateria H.T.P.

!  1946/48 – E.U.A. – John N. Buck (psicólogo


discípulo de Goodenough)
"  Introduz novidades (bateria de desenhos; aprofunda o
desenho da casa; cor – como um elemento afetivo,
comparando as duas produções)
"  Bateria H.T.P.
"  Motivos:
!  Itens familiares até para crianças pequenas
!  Facilmente aceitos
!  Estimulam verbalizações livres e francas

Bateria H.T.P.
!  CASA – despertam associações referentes à vida
familiar do sujeito e às relações intra-familiares; ego/
realidade; fantasia; organização psíquica

!  ÁRVORE – ser vivo em um ambiente elementar


desperta associações referentes às relações básicas
e elementares que o indivíduo experimenta em seu
meio; representação simbólica de si mesmo;
autorretrato inconsciente

!  PESSOA – desperta associações referentes às


relações interpessoais do sujeito (específicas e
gerais); representação de si mesmo de forma mais
direta

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CONDIÇÕES DE
APLICAÇÃO:
gerais e específicas

Condições Gerais de Aplicação


!  Profissional bem preparado
"  Conhecer bem o instrumento (familiarizado com o
teste)
!  Seguir as recomendações do manual
!  Teste favorável para uso
www.satepsi.cfp.org.br
!  Qualidade do ambiente físico
"  Posto de trabalho; condições atmosféricas;
condições de silêncio; apresentação do aplicador
!  Rapport

Condições Específicas de Aplicação


!  Preparar previamente o MATERIAL
"  Aproximadamente 12 folhas de papel sulfite branco
"  2 lápis pretos no. 2
"  Borracha
"  Apontador
"  Caixa de giz de cera (preferencialmente com 12
cores)
"  Cronômetro*
"  TCLE (em caso de pesquisa)
"  Folhas para anotação (sequência dos desenhos e
inquéritos*)

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Condições Específicas de Aplicação


!  Deixar sobre a mesa somente o material a ser
utilizado em cada aplicação
!  O restante do material deve ficar fora do
campo de visão do sujeito
!  Se o sujeito demonstrar que vai apagar todo o
desenho ou amassar, oferecer outra folha e
guardar a anterior
!  Explicar, de forma geral, o teste (tarefa; não
precisa de habilidade artística; fazer o melhor
que pode; não tem tempo limite; pode apagar)

TÉCNICA DE
APLICAÇÃO

Técnica de Aplicação

!  2 fases:
!  Fase ACROMÁTICA
"  Desenhos (CASA, ÁRVORE, PESSOA, pessoa
do sexo oposto ao desenhado anteriormente)
"  Inquéritos (CASA, ÁRVORE, PESSOA, pessoa do
sexo oposto ao desenhado anteriormente)
!  Fase CROMÁTICA
"  Desenhos (CASA, ÁRVORE, PESSOA)
"  Inquéritos* (CASA, ÁRVORE, PESSOA)

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Técnica de Aplicação - IMPORTANTE


!  Anotar: sequência do desenho, comentários,
pausas, expressões não verbais que merecem
destaque, tempo (TRI, TT)
!  Apresentação: posição* da folha de sulfite sobre a
mesa + lápis preto + borracha
!  Instruções: “Eu quero que você desenhe uma ...
Você pode desenhar o tipo de ... Que quiser. Faça o
melhor que puder. Você pode apagar o quanto
quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas
faça o melhor possível.” (pg. 6, Buck)

ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO:
desenhos e inquéritos

H.T.P. – Interpretação

•  Aspectos Gerais
• Aspectos Adaptativos
•  Aspectos Expressivos
•  Aspectos de Conteúdo

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Aspectos Gerais

Aspectos Gerais

!  Atitude
!  Capacidade crítica
!  Rasuras
!  Comentários espontâneos
!  Tempo; latência e pausas

Aspectos Adaptativos

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Aspectos adaptativos

!  Avaliação do material, comparando com a


idade, sexo e nível social do sujeito. Para
isso é necessário que o material gráfico
corresponda à idade (criança, adulto),
sexo (masculino, feminino) e nível sócio
econômico cultural (educação)

Aspectos expressivos

!  Corresponde à estruturação gráfica do


desenho (organização gráfica).
Abordagem dos aspectos formais: o
COMO

Processo projetivo propriamente dito


(para Hammer, Aspectos de
Conteúdo)

!  Observando O QUE a pessoa desenhou.


Investigação dos elementos do desenho;
partes do desenho.

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Aspectos Expressivos

Aspectos Expressivos

!  Tamanho
!  Traçado
!  Pressão
!  Detalhes
!  Simetria
!  Movimento
!  Sequência
!  Localização

1. Tamanho

!  A relação entre o tamanho do desenho e o


espaço da folha indica o espaço que o
sujeito ocupa no meio ambiente
!  O tamanho do desenho fornece dados a
respeito da autoestima do sujeito, grau de
expansividade no meio (real ou imaginário),
relação dinâmica entre o sujeito e o meio
ambiente

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1/4

1/2
1/16
1/8
1/32

1. Tamanho

!  Pequeno

"  Sentimento de inadequação e de inferioridade


frente às demandas do meio
"  Retraimento e pressão ambiental
"  Inibição
"  Dificuldade de lidar com o ambiente

1. Tamanho

!  Muito pequeno

"  Constrição
"  Isolamento
"  Depressão
"  Repressão
"  Não quer / não
pode enfrentar a
realidade

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1. Tamanho

!  Grande (2/3; 1/2)


"  Sentimento de
expansão
"  Maior valorização de
si
!  Muito grande
"  Agressividade
"  Valorização de si
compensatória

1. Tamanho

!  Grande -
ultrapassando as
margens
"  Expansividade que
desrespeita os limites
"  Pode ser a
realização
compensatória de
sentimento de
constrição ambiental

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1. Tamanho

!  Médio (1/3; 1/4;


1/6; 1/8)
"  Boa relação de
contato com o
ambiente
"  Indivíduo bem
adaptado

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2. Pressão

!  Indica nível de energia do sujeito

!  Forte

"  Energia, vitalidade


"  Indivíduos assertivos
"  Agressividade

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2. Pressão

!  Fraca

"  Baixa energia


"  Falta de confiança em si
"  Receio / cautela em se colocar no meio
ambiente
"  Repressão da agressividade

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3. Traçado – associado ao controle,


segurança

!  Longos,
contínuos
"  Comportamento
controlado
"  Esforço dirigido
"  Perseverança

3. Traçado

!  Curtos,
interrompidos

"  Comportamento
impulsivo
"  Inconstância
"  Instabilidade
"  Vulnerabilidade

3. Traçado

!  Avanços e recuos

"  Sensibilidade
"  Emotividade
"  Hesitação
"  Ansiedade
"  Traço artístico
(esboço)

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4. Detalhes

!  Ausência

"  Isolamento
emocional
"  Depressão
"  Vazio afetivo

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4. Detalhes

!  Excesso

"  Característica de obsessivo-compulsivo


"  Ansiedade
"  Expressão emocional exagerada

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5. Simetria

!  Sinal de equilíbrio ou rigidez

!  Presença
"  Necessidade de sentir-se seguro, mantendo
controle rígido
!  Ausência
"  Dado não relevante

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6. Movimento

!  Presença
"  Indício de vida interior rica
"  Bom nível intelectual

!  Excesso
"  Instabilidade emocional

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7. Seqüência

!  A análise da seqüência poderá fornecer


pistas sobre associações que o sujeito faz
inconscientemente e dados sobre seu
desenvolvimento emocional
!  Casa *
!  Árvore *
!  Figura Humana *

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8. Localização

!  Simbolismo da Cruz
"  Koch se inspirou na teoria das zonas de Max
Pulver, em que a “cruz é utilizada como esquema
espacial da teoria das zonas”, para atribuir
significados a cada lugar do espaço
"  A cruz representa síntese dos opostos, une o que
está acima com o que está abaixo, o que está à
esquerda com o que está à direita, e o ser
humano vive a tensão entre esses pólos opostos

8. Localização
A
E C D
B

!  A (alto): simboliza a consciência supra individual, a


intelectualidade, a transcendência
!  B (baixo): subconsciente, inconsciente; o que é material, físico
!  E (esquerda): introversão, o passado, a ligação com a mãe
!  D (direita): extroversão, as relações com a figura paterna, a
sociabilidade, a audácia
!  E C D: consciência individual, esfera empírica do ego
!  C E: relações do ego com o passado; introversão
!  C D: relações do ego com o “outro”, com o futuro, com a meta;
extroversão

ZONA DO CAMPO GRÁFICO


MAX PULVER
ESPIRITUALIDADE
MISTICISMO REBELIÃO
INIBIÇÃO ATAQUE
RESERVA

RECUO PROGRESSO
INTROVERSÃO EXTROVERSÃO
EGOÍSMO ALTRUÍSMO

MONOPOLIZADOR OBSTINAÇÃO
TEIMOSIA

ESPIRITUALIDADE
MISTICISMO

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ZONA DO CAMPO GRÁFICO


MAX PULVER
ESPÍRITO
CONSCIENTE
AR ZONA DA PASSIVIDADE ZONA DO CONFRONTO ATIVO FOGO
VAZIO, NADA ESPAÇO DO ESPECTADOR COM A VIDA PONTO ALTO
LUZ DA VIDA FIM
DESEJO MORTE

MÃE PAI
PASSADO FUTURO
INTROVERSÃO EXTROVERSÃO

ÁGUA COMEÇO - REGRESSÃO


COMEÇO FIXAÇÃO A UM ESPAÇO PULSÕES, INSTINTOS, TERRA
NASCIMENTO PRIMITIVO CONFLITOS MATÉRIA
ORIGEM ESTADO ULTRAPASSADO TERRA QUEDA

MATÉRIA / INCONSCIENTE
INCONSCIENTE COLETIVO

DR. ARTHUS
ESPIRITUALISMO

ÁREA PROJETIVA
- O OUTRO -
EXTERIORIZAÇÃO – ATIVIDADE
INTERIORIZAÇÃO – MEMÓRIA

NOSTALGIA PROJETOS
SOCIALIZAÇÃO
AFETIVIDADE
PASSADO

FUTURO

CONFLITOS NECESSIDADES

- EU -
ÁREA REALISTA
MATERIALISMO

ODETTE L. VAN KOLCK


ESPIRITUALISMO; MISTICISMO; ENERGIA; OBJETIVOS MUITO ALTOS,
POSSIVELMENTE INATINGÍVEIS; SATISFAÇÃO NA FANTASIA; “ESTAR NO AR”

4 ° QUADRANTE 1° QUADRANTE
- PASSIVIDADE
- ATITUDE DE EXPECTATIVA DIANTE - CONTATO ATIVO COM A REALIDADE
DA VIDA - REBELIÃO E ATAQUE (CRIAR,
- INIBIÇÃO, RESERVA, NOSTALGIA FAZER)
-INTROVERSÃO - PROJETOS PARA O FUTURO -EXTROVERSÃO
- DESEJO DE RETORNAR AO
-EGOÍSMO PASSADO E/OU PERMANECER -ALTRUÍSMO
ABSORTO EM FANTASIA
-PRED. DA -ATIVIDADE
AFETIVIDADE,
-SOCIALIZAÇÃO
DO PASSADO E
-PROGRESSO
DO ESQUECIDO
-RELAÇÃO COM
-COMPORT.
- CONFLITOS O FUTURO
COMPULSIVO - FORÇA DOS DESEJOS, IMPULSOS E
- EGOÍSMO INSTINTOS
- REGRESSÃO - OBSTINAÇÃO E TEIMOSIA
- FIXAÇÃO EM ESTÁGIO PRIMITIVO

3 ° QUADRANTE 2 ° QUADRANTE
MATERIALISMO; FIXAÇÃO À TERRA E AO INCONSCIENTE; ORIENTAÇÃO PARA O
CONCRETO; INSEGURANÇA E INADEQUAÇÃO COM DEPRESSÃO

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ESPIRITUALIDADE
OBJETIVOS MUITO ALTOS
4 SATISFAÇÃO NA FANTASIA 1
PASSIVIDADE ATIVIDADE
NOSTALGIA INICIATIVA
DESEJOS DE PROJETOS P/ O
RETORNO AO FUTURO
EGOCENTRISMO ALTRUÍSMO
PASSADO
INTROVERSÃO EXTROVERSÃO
MÃE PAI
COMEÇO FIM
ORIGEM CONFLITOS FORÇA DOS DESEJOS FINALIDADE
PASSIVIDADE REGRESSÃO (IMPULSOS/ ATIVIDADE
FIXAÇÃO A UM INSTINTOS)
ESTÁGIO PRIMITIVO OBSTINAÇÃO
TEIMOSIA

FIXAÇÃO AO CONCRETO
INSEGURANÇA – INADEQUAÇÃO
3 ORIENTAÇÃO PARA O INCONSCIENTE 2
MATÉRIA

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Aspectos de Conteúdo

Casa

Casa
!  Casa como local de moradia é cena das relações
interpessoais mais satisfatórias ou frustrantes e
frequentemente representa o lar como é agora, como
foi no passado ou como gostaria que fosse no futuro
!  Casa como um retrato do próprio sujeito, pode
fornecer ao examinador informação sobre as relações
do sujeito com a realidade e a fantasia, sobre os
contatos que faz com o meio e sobre a maturidade e
ajustamento psico-sexual
!  A casa parece despertar, ainda, uma mistura de
associações referentes ao lar e às relações intra-
familiares mais íntimas

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Telhado 1 (parte acima das paredes)


!  Corresponde à área da fantasia

!  Grande - Satisfação e realização dos


desejos no nível da fantasia
!  Pequeno - Orientação voltada para o
prático, para o objetivo, para a realidade
!  Ausência - Indica repressão, inibição da
fantasia
!  Somente o teto desenhado - Vive na
fantasia

Telhado 2 (telhas)
!  Relacionado à necessidade de proteção /
liberação

!  Muito trabalhado - Pode indicar


características obsessivo-compulsivas
!  Presença de falhas no telhado -
Sentimentos de invasão, desproteção /
evasão, liberação

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Sótão e Porão

!  Sótão
"  Representação ligada à fantasia

!  Porão
"  Representação ligada aos aspectos inconscientes

Paredes - Representação do ego


!  Sólidas, firmes - Bom desenvolvimento do ego;
associado à força do ego
!  Reforçadas - Necessidade de reforçar as defesas
do ego
!  Descontínuas ou frágeis - Vulnerabilidade aos
estímulos do meio; impulsividade; sentimento de
ruptura
!  Ausência de paredes - Predomínio de vivência na
fantasia; fraco contato com a realidade;
subjetividade
!  Desenhada como fachada - Defesa; máscara
social; indivíduo que tende a não se revelar

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Tijolos aparentes; apoios

!  Sofrimento do ego
!  Sensação de desintegração
!  Desgaste emocional
!  Ameaça de desestruturação

Porta
!  Contato social com o meio imediato /
simbolicamente, a porta é a boca da casa
!  Pequena – Retraimento; dificuldade de
contato; timidez; introversão; mais voltado
para si
!  Grande - Necessidade / voracidade de
contato; dependência do meio; extroversão
!  Aberta - Dependência do meio; pouco
seletivo
!  Fechada - Cautela nos contatos

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Porta

!  Ênfase na fechadura
"  Desconfiança
"  Suspeita nas relações que estabelece com o meio
!  Acima da linha de base
"  Inacessibilidade
!  Ausência
"  Indivíduo que não permite comunicação, não dá
acesso

Caminho

!  Sugere
seletividade
nos
contatos

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Cerca; muro

!  Elemento
que indica
defesa
!  Demarca
territórios,
limites

Escada

!  Indício de
defesa
!  Sugere
inacessibilidade

Janelas
!  Forma secundária de interação com o meio
!  Devem ser interpretadas associadamente
aos dados da porta; são os “olhos da casa”
!  Fechadas - Necessidade de retraimento; relutância
em interagir com os outros
!  Com vidraças, cortinas - Interação controlada com
o meio; cautela e ansiedade no contato
!  Sem cortinas ou persianas - Indicam predisposição
a estabelecer ligações de forma repentina e direta;
esse significado se intensifica se forem muitas as
janelas

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Chaminé
!  Ligada ao símbolo de masculinidade, de
poder masculino; ganha importância
interpretativa na medida em que se destaca
no desenho

!  Grande - Preocupação sexual; curiosidade


sexual; afirmação de masculinidade
!  Cortada - Indício de sentimentos de
limitação, de castração

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Fumaça

!  Quando desenhada de forma escurecida:


"  Indica tensão interna
"  Conflito
"  Extravasamento da tensão

!  Em negrito
"  Indícios de angústia
!  Como pequenas nuvens
"  Ansiedade contida

Casa desenhada com a parte frontal à direita

!  Encontrado
em
canhotos
!  Pode
indicar
oposição,
rebeldia

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Casa representada como dupla

!  Ambivalência
!  Pode ser
desenhada
por filho de
pais
separados

Casa “vista de cima”

!  Sentimento,
possivelmente
defensivo, de
superioridade

Casa “vista de baixo”

!  Sentimentos
de
inadequação
!  Dificuldade
de atingir
objetivos e
metas

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Aspectos de Conteúdo

Árvore

Solo
!  Estabilidade; realidade
!  Representa o limite entre consciente e
inconsciente
!  Simbolicamente, representa a família, a mãe
(terra) enquanto elemento nutridor
!  Reservatório de energia

!  Presença
"  Estabilidade
"  Base na realidade

"  Segurança

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Solo

!  Ausência
"  Insegurança
"  Instabilidade

"  Falta de
apoio

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Solo

!  Que se fecha
sob a árvore

"  Isolamento

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Raízes

!  Elemento de fixação e nutrição


!  Representa a parte mais primitiva e inconsciente da
personalidade

!  Vista por debaixo do solo


"  É considerado como transparência e indica necessidade
de manter vínculos com a família / mãe
"  Indivíduo que precisa se apegar à realidade por medo de
perder contato devido a presença de intensa fantasia
"  Ambas as opções implicam um predomínio do desejo
sobre a razão

Raízes

!  Aparente
(sobre o
solo)
"  Preocupação
com a
estabilidade
"  Preocupação
com sua
ligação com a
realidade

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Tronco
!  Indicador da força básica da personalidade
!  Representa a força do ego

!  Forte - Força vital do ego


!  Frágil - Desvitalização; fragilidade
!  Reto, paralelo - Rigidez
!  Linhas periféricas com reforço -
Necessidade de reforçar as defesas do ego,
buscando manter integridade

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Tronco

!  Linhas
periféricas
tênues -
Vulnerabilidade;
instabilidade;
falência das
defesas

Tronco

!  Curvado,
afunilado -
Inibição;
constrição;
pressão
ambiental

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Tronco

!  Bifurcado -
Ambivalência

Superfície do tronco

!  Sulcos -
Sensibilidade;
se escurecidas,
indicam
ansiedade

Superfície do tronco
!  Nódoas - Indício
de fato
significativo e ou
traumático no
desenvolvimento
emocional do
indivíduo

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Superfície do tronco
!  Com buracos com
animais -
Sentimento de que
um segmento da
personalidade está
fora de controle
(dissociada); pode
também indicar
necessidades
regressivas de
proteção

Galhos *
!  Cortado - Sentimento de castração; aspirações ou
interesses inibidos; frustração
!  Que floresce - Comportamento secundário que
não se integra no conjunto da personalidade;
comportamento impulsivo que acontece à revelia
dos controles do ego
!  Pontudos - Agressividade
!  Abertos - Impulsividade
!  Com extremidades envolvidas por ramagens,
como chumaços de algodão - Dissimulação da
agressividade

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Copa
!  Expressão do indivíduo no meio;
sociabilidade; produtividade

!  Grande com tronco curto - Ambição, mas pouco


investimento egóico para realização
!  Pequena com tronco grande - Energia de ego
que não se canaliza adequadamente em direção à
produtividade
!  Que se expande para cima - Fantasia; ambição
!  Achatada - Pressão ambiental

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Copa

!  Copa cujos
lados
pendem
para baixo -
Depressão

Copa

!  Centrípeta -
Egocentrismo;
introversão

!  Centrífuga -
Busca de
contato;
extroversão

Copa
!  Com rabiscos
internos -
Mobilidade
psíquica;
confusão mental;
produção sem
consistência
!  Copa que
envolve o tronco
- precocidade

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Flores

!  Feminilidade
!  Vaidade
!  Sensibilidade

Frutos
!  Produtividade
!  Fertilidade
!  Muitos
"  Auto exigência de
produtividade
"  Pressão para
produzir
"  Busca de
reconhecimento e
valorização

Frutos, flores ou folhas caídas ou caindo

!  Sentimento
de perda
!  Depressão

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Aspectos de Conteúdo

Pessoa

Cabeça

!  Sede da razão, do controle dos impulsos e


da fantasia

!  Grande - Indivíduo que privilegia a


inteligência
!  Pequena - Inferioridade; inadequação
!  Perfil - Evasão; fuga

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Rosto

!  Área de comunicação e expressão social

"  Boca
"  Olhos
"  Nariz

"  Orelhas

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Boca
!  Comunicação; alimentação; zona erógena

!  Grande - Ambição; oralidade; voracidade


!  Pequena - Representação da oralidade; inibição
!  Em um só traço - Recusa do meio; pode indicar
sujeito oralmente agressivo
!  Côncava - Dependência oral; imaturidade

Boca
!  Comunicação; alimentação; zona erógena

!  Omissão - Grave rejeição das necessidades


afetivas
!  Dentes - Agressividade
!  Língua - Oposição; rebeldia

Olhos *
!  Comunicação e discriminação do meio

!  Grandes - Controle do ambiente;


curiosidade
!  Trabalhados - Feminilidade; sensualidade
!  Sem pupilas - Pouca diferenciação do
meio; o mundo é percebido de forma vaga
!  Olhos fechados - Fuga da realidade;
indivíduo voltado para si

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Nariz *

!  Representação fálica

!  Grande - Necessidade de auto afirmação;


socialmente ativo e empreendedor; pode
indicar compensação de sentimento de
inadequação sexual
!  Pequeno - Impotência; temor de castração
!  Cortado - Sentimentos de castração

Orelhas *
!  Sensibilidade à crítica social
!  Só interpretada quando se destacam

!  Grandes ou marcadas - Indivíduo


suscetível à ofensas; resistência à
autoridade; indivíduo que esta atento ao
que dizem dele; preocupação com sua
imagem pessoal
!  Pequenas - Inferioridade; desejo de não
ouvir críticas

Cabelos
!  Vitalidade; virilidade; sensualidade
!  Longos, bem desenhados – Sensualidade
!  Bem ordenados - Repressão das fantasias
sexuais
!  Careca - Sentimento de desvitalização

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Cabelos
!  Vitalidade; virilidade; sensualidade
!  Encaracolados (desordenados) - Sexualidade
(fantasia e/ou problemática sexual)
!  Franjinha - Dissimulação das fantasias sexuais
!  Rabo de cavalo, fitinhas, fivelas, laços, maria-
chiquinha - Controle da sensualidade

Pelos, barba, bigode

!  Símbolo
masculino
!  Virilidade
!  Vitalidade
sexual

Sobrancelha

!  Fina
"  Sensualidade
"  Refinamento pessoal

!  Grossa
"  Sexualidade
"  Certo primitivismo

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Tronco
!  Órgãos vitais; órgãos sexuais; vitalidade;
sede de vida instintiva e emocional
!  Ênfase - Preocupação com o poder físico;
problemas psicossomáticos
!  Caixa rígida - Indivíduo defendido (ex. robô)
!  Angulosos - Agressividade; masculinidade

Tronco
!  Órgãos vitais; órgãos sexuais; vitalidade;
sede de vida instintiva e emocional
!  Muito estreito - Indivíduo inibido; pressionado nas
funções vitais e/ou sexuais
!  Arredondados - Feminilidade

Ombros *

!  Grandes - Desejo de afirmação, de poder e


de domínio
!  Pequenos - Inferioridade; constrição;
inibição
!  Angulosos - Agressividade; autoridade
!  Arredondados - Sensibilidade; feminilidade
!  Ênfase - Preocupação com a beleza
corporal e com o poder físico

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Pescoço - Área de controle dos impulsos


corporais faz a ligação com a cabeça
!  Ausência ou largo e
curto - Indivíduo impulsivo
!  Muito grande, comprido e
longo - Necessidade de
controle exagerado;
severidade moral
!  Delgado e fino - Indica
controle rígido; moralismo
!  Com gola ou gravata -
Controle, acentuando a
separação entre a razão e
os instintos

Cintura

!  Controle entre a área genital e o restante


do corpo
!  Proporcional
"  Nada a interpretar – DNR*
!  Fina ou com traço
"  Policiamento dos impulsos
!  De “pilão”
"  Controle exagerado dos impulsos e desejos

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7/2/19

Mãos e braços

!  Realização
!  Contato (sociabilidade)
!  Agressividade
!  Sexualidade (masturbação)

Braços
!  Instrumentos de controle do ambiente;
canal por onde flui a energia para a ação
!  Longos - Desejo de domínio; ambição
!  Curtos - Sentimento de impotência
!  Finos - Indicam fragilidade
!  Voltados para trás - Indica fuga ao contato; rejeição
ao meio; desconfiança; necessidade de controlar a
expressão dos impulsos agressivos; evasão; contato
superficial; pouco afetivo
!  Omissão - Forte sentimento de inadequação e
incapacidade de lidar com os problemas relacionados
às relações interpessoais

59
7/2/19

Mãos *
!  Ação ofensiva ou defensiva no ambiente
!  Grandes - Impulsividade; falta de tato nos
contatos sociais
!  Pequenas - Sentimentos de inadequação,
de menos valia
!  Imprecisas ou borradas - Falta de
confiança nos contatos sociais
!  Ausência - Dificuldade de relacionamento
interpessoal; introversão; hostilidade

Dedos *
!  Sem mão - Agressão infantil
!  Em forma de pétalas - Pouca habilidade manual;
infantilismo; dissimulação da agressividade
!  Sombreados ou reforçados - Sinal de
culpabilidade (roubo ou masturbação)
!  Mais do que cinco dedos - Ambição
!  Menos do que cinco dedos - Sentimentos
incapacitantes; baixa auto-estima
!  Em palito - Agressividade
!  Luva - Agressão reprimida

Pernas *

!  Responsáveis pela estabilidade e


locomoção

!  Longas - Luta por autonomia; desajuste ao


ambiente
!  Curtas - Falta de autonomia; sentimento de
imobilidade
!  Ausência - Sentimento de constrição;
dependência

60
7/2/19

Pés *
!  Instrumentos de auto locomoção /
estabilidade / contato com a realidade

!  Grandes - Ambição; necessidade de


reforçar estabilidade; necessidade de
reforçar a relação com a realidade
!  Pequenos - Inibição
!  Descalços em figura vestida –
Agressividade; primitivismo

Roupas e acessórios *
!  Verificar o tipo, os detalhes; pode indicar
indícios de conflito

"  Botões e bolsos - Dependência materna


"  Gravata - Símbolo fálico; adequação social
expressa em nível social
"  Chapéu - Representação social de aspecto
fálico (poder)
"  Ausência - Rebelião contra a sociedade

61
7/2/19

Inquéritos

Buck propõe uma


sugestão de inquérito

62
7/2/19

Inquéritos

CASA

CASA

1. Quantos andares tem esta casa? (Esta casa


tem um andar superior?)

-  Testar a realidade
-  Verificar a atenção (se o indivíduo observa o
desenho para responder, caso contrário,
pode indicar pessoas tímidas ou
perturbadas)

CASA

2. De que esta casa é feita? (Explicar o


significado do material)

-  Ex.: Tijolos (estabilidade; material de fácil


manutenção; modismo)

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7/2/19

CASA

3. Esta casa é a sua própria casa? (Se não for,


“De quem é ela?”) (Verificar se é um lugar
positivo – bom – ou negativo – ruim)
Sugestão: “Esta casa é sua? (Se não for, “De
quem é?”) (Verificar se é um lugar positivo –
bom – ou negativo – ruim)

-  Apropriação (positiva ou negativa)

CASA

4. Em que casa você estava pensando


enquanto estava desenhando?

-  Identificação

CASA

5. Você gostaria que esta casa fosse sua? Por


que?

-  Atitudes em relação ao lar e às pessoas que


vivem com ela
-  Idealização / frustração

64
7/2/19

CASA

6. Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer


nela o que quisesse, qual quarto você
escolheria para você? Por que?

Sugestão: Substituir “qual quarto...” por: “qual


lugar escolheria para você? Por que?”

-  Retração/inibição (quarto pequeno)


-  Sentimentos de expansão/pressão (fora da
casa)

CASA

7. Quem você gostaria que morasse nesta


casa com você? Por que?

-  Necessidade de afeto/proteção/aprovação
-  Solidão/isolamento

CASA

8. Quando você olha para esta casa, ela parece


estar perto ou longe?

-  Testar a realidade
-  Respostas diretas (contradizendo a realidade)
são significativas
-  Perto: capacidade de realização; sentimentos de
calor humano e/ou acolhimento
-  Longe: luta e/ou sentimentos de rejeição

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7/2/19

CASA

9. Quando você olha para esta casa, você tem


a impressão que ela está acima, abaixo ou
no mesmo nível que você?

-  Referência às relações pessoais (lar e


família)

CASA

10. Em que esta casa faz você pensar ou


lembrar?
Sugestão: Acrescentar “imaginar”

-  Associações e possíveis representações

CASA

11. Em que mais?


Sugestão: Não fazer (pode pressionar o
sujeito)

-  Expandir as associações da pergunta


anterior

66
7/2/19

CASA

12. É um tipo de casa feliz, amigável?


Sugestão: Não fazer

-  Referência às relações pessoais (lar e


família)

CASA

13. O que nela lhe dá essa impressão?


Sugestão: Não fazer; substituir por: “Que
impressão esta casa lhe causa?”

-  Expressão direta dos sentimentos do


indivíduo

CASA

14. A maioria das casas é assim? Por que você


acha isso?
Sugestão: Não fazer

-  Generalização dos sentimentos

67
7/2/19

CASA

15. Como está o tempo neste desenho?


(período do ano e do dia, céu, temperatura)

-  Simbolicamente, representação do estado


emocional do indivíduo

CASA

16. De que tipo de tempo você gosta?

-  Interpretar com base na resposta dada à


pergunta anterior

CASA

17. De quem esta casa faz você lembrar? Por


que?

-  Referência às relações pessoais


-  Figura de maior identificação

68
7/2/19

CASA

18. Do que esta casa mais precisa? Por que?

-  Expressão das necessidades

CASA

19. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de


(qualquer objeto desenhado que não seja a
casa), quem seria?

-  Podem representar pessoas da família ou de


forte identificação
-  Sugestão: Colocar como observação no final
do inquérito de cada desenho

CASA

20. A que parte da casa esta chaminé está


ligada? (só fazer se a casa tiver chaminé
desenhada)

-  Identificações relevantes com aspectos da


vida no lar

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7/2/19

CASA

Observação
!  Verificar se existe algum elemento no
desenho, difícil de identificar
!  Pedir para o sujeito falar sobre aquele
elemento (“Fale-me um pouco sobre o que
você fez aqui.”)

CASA

21. Inquérito da planta dos andares (em


relação ao desenho da planta baixa –
“Desenhe uma planta dos andares com os
nomes, ex. Que cômodo é representado por
cada janela? Quem geralmente está lá?)

Obs.: Não costuma ser feito (no Brasil)

Inquéritos

ÁRVORE

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7/2/19

ÁRVORE

22. Que tipo de árvore é esta?

-  Resposta simbólica
-  Normalmente os indivíduos desenham
árvores familiares (comuns)

ÁRVORE

23. Onde esta árvore está realmente


localizada?
Sugestão: excluir o “realmente”

-  Resposta simbólica
-  Pesquisar o que o lugar representa para o
indivíduo

ÁRVORE

24. Mais ou menos qual a idade desta árvore?


Sugestão: excluir “mais ou menos”

-  Resposta simbólica
-  Idade cronológica do indivíduo; da pessoa
representada ...

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7/2/19

ÁRVORE

25. Esta árvore está viva?

-  “Não” – sentimentos de inferioridade,


inadequação; culpa; depressão; desapego
-  “Adormecida” – sinal de esperança

ÁRVORE

26. O que nela lhe dá a impressão de que ela


está viva?

-  Respostas de movimento, cor, força, vigor


-  Folhagem – resposta mais comum

ÁRVORE

27. (se a árvore não estiver viva) O que


provocou a sua morte?

-  Culpa extrapessoal – causa externa


(tempestade, vento forte, vermes,
parasitas ...)
-  Culpa pessoal – apodrecimento,
envelhecimento

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7/2/19

ÁRVORE

28. Ela voltará a viver?*

-  Pergunta feita apenas para verificar se o


indivíduo respondeu “morta” para dizer que
perdeu as folhas no inverno

ÁRVORE

29. Alguma parte da árvore está morta? Qual parte? O que


você acha que causou a sua morte? Há quanto tempo
ela está morta?

-  Fazer uma pergunta e depois da resposta, fazer a


próxima
-  Folhas mortas – dificuldade em se adaptar ao ambiente
de forma mais controlada e delicada
-  Galhos – excesso de frustrações provocadas pelo
ambiente / trauma (físico ou psicológico - idade)
-  Raízes – desequilíbrio; desintegração; perda de contato
com a realidade
-  Tronco – perda de controle do ego

ÁRVORE

30. Para você esta árvore parece mais um


homem ou uma mulher?
Sugestão: Substituir por “Se esta árvore fosse
uma pessoa, de que sexo ela seria?”

-  Masculinas – pinheiros
-  Femininas – árvores frutíferas
-  Identificação

73
7/2/19

ÁRVORE

31. O que nela lhe dá essa impressão?


Sugestão: Substituir por “O que provocou essa
impressão?”

-  Resposta simbólica

ÁRVORE

32. Se ela fosse uma pessoa ao invés de uma


árvore para onde ela estaria virada?

-  Projeção de sua relação com o ambiente


-  Relação da figura de identificação com o
colaborador

ÁRVORE

33. Esta árvore está sozinha ou em um grupo


de árvores?

-  Respostas com forte carga emocional são


relevantes (sentimentos de isolamento)

74
7/2/19

ÁRVORE

34. Quando você olha para esta árvore, você


tem a impressão de que ela está acima,
abaixo ou no mesmo nível do que você?

-  Valor simbólico (aproximação;


distanciamento; necessidade de proteção;
ambição)

ÁRVORE

35. Como está o tempo neste desenho?


(período do ano e do dia, céu, temperatura)

-  Simbolicamente, representação do estado


emocional do indivíduo e de sua relação com
o ambiente (amigável, hostil, opressor)

ÁRVORE

36. Há algum vento soprando? Mostre-me em


que direção ele está soprando. Que tipo de
vento é este?

-  Pressão ambiental, pessoal ou situacional


-  Direção: simbolismo do espaço (Esquerda/
Direita; Direita/Esquerda; Baixo/Cima; Cima/
Baixo)

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7/2/19

ÁRVORE

37. Em que esta árvore faz você pensar ou


lembrar?
Sugestão: Acrescentar “imaginar”

-  Associações e possíveis representações


(positivas ou negativas)

38. O que mais?


Sugestão: Não fazer

ÁRVORE

39. Esta árvore é saudável? O que nela lhe dá


essa impressão?

-  Imagem corporal; sentimentos de


inadequação, isolamento, pressões
ambientais.

ÁRVORE

40. Esta árvore é forte? O que nela lhe dá essa


impressão?

-  Estimativa do colaborador da sua própria


força egóica

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7/2/19

ÁRVORE

41. De quem esta árvore faz você lembrar?

-  Figura de identificação

ÁRVORE

42. Do que esta árvore mais precisa? Por que?

-  Necessidades

ÁRVORE

43. Alguém já machucou esta árvore? Como?


Sugestão: Substituir por “Alguém já fez algum
mal a esta árvore? Quem? O que?”

-  Pressões do ambiente
-  Situações traumáticas

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7/2/19

ÁRVORE

40. Esta árvore é forte? O que nela lhe dá essa


impressão?

-  Estimativa do colaborador da sua própria


força egóica

ÁRVORE

44. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de


(qualquer objeto desenhado que não seja a
árvore), quem seria?

-  Podem representar pessoas da família ou de


forte identificação
-  Observar a qualidade das associações, assim
como seus significados positivos ou negativos

ÁRVORE

Observação
!  Verificar se existe algum elemento no
desenho, difícil de identificar
!  Pedir para o sujeito falar sobre aquele
elemento (“Fale-me um pouco sobre o que
você fez aqui.”)

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7/2/19

Inquéritos

PESSOA

PESSOA

45. Esta pessoa é um homem ou uma mulher


(menino ou menina)?
Sugestão: “Qual o nome dessa
pessoa?” (pergunta mais sutil, haja vista o sexo
do desenho às vezes, ser óbvio)

-  Verificar distorções entre nome masculino e


feminino e aparência da pessoa desenhada

PESSOA

46. Quantos anos ela tem?


Sugestão: “Qual é a idade dessa pessoa?”

-  Identificação (idade do colaborador


semelhante a idade atribuída)

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7/2/19

PESSOA
47. Quem é ele (ela)?
Sugestão: Já que muitas vezes a resposta é “Não sei”,
pedir para a pessoa falar um pouco sobre a pessoa
desenhada – “Fale um pouco sobre essa pessoa?”
Deixar que o colaborador fale espontaneamente e
complementar com as questões seguintes.

-  Identificação
-  Características prioritárias (positivas ou negativas)

PESSOA

48. Ele (ela) é um parente, um amigo ou o


que?
Sugestão: Não fazer. Esperar que no relato
espontâneo o colaborador possa identificar
quem é.

PESSOA

49. Em quem você estava pensando enquanto


estava desenhando?
Sugestão: Não fazer. Esperar que no relato
espontâneo o colaborador possa identificar
quem é. É comum o colaborador responder
“Ninguém”, e isso não tem nenhum significado
relevante, já que conscientemente o colaborador
possa não ter pensado em alguém específico.

80
7/2/19

PESSOA

50. O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está
fazendo isso? (se for o caso)

-  Correspondência entre desenho e fala


-  Sentimentos de pressão ambiental
-  Verificar distorções

Sugestão: Acrescentar a pergunta “Que outras


coisas ele gostaria de fazer?”

PESSOA

51. O que ele (a) está pensando?

-  Identificação

PESSOA

52. Como ele (a) se sente? Por que?

-  Identificação de sentimentos
-  “Feliz” – pode ser evasão

81
7/2/19

PESSOA

53. Em que esta pessoa faz você pensar ou


lembrar?
Sugestão: “O que esta pessoa faz você pensar,
lembrar ou imaginar?”

-  Associações sobre relacionamento interpessoal


-  Identificação

54. Em que mais?


Sugestão: não fazer

PESSOA

55. Esta pessoa está bem?


Sugestão: “Como está esta
pessoa?” (pergunta mais sutil; sem induções)

-  Sentimentos de hostilidade
-  Problemas psicossomáticos

PESSOA

56. O que nele (a) lhe dá essa impressão?


Sugestão: “O que lhe provocou essa
impressão?”

-  Associações

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7/2/19

PESSOA
57. Esta pessoa está feliz?
Sugestão: Não fazer. Pergunta com indução. Pergunta 55 faz alusões
ao conteúdo.

58. O que nele (a) lhe dá essa impressão?


Sugestão: Não fazer.

59. A maioria das pessoas é assim? Por que?


Sugestão: Não fazer.

60. Você acha que gostaria desta pessoa?


61. Por que?
Sugestão: Não fazer.

PESSOA

Sugestão: Acrescentar as seguintes questões:


“O que ela pensa de si mesma?”
“O que ela acha que os outros pensam dela?”

-  Identificação
-  Associações

PESSOA

62. Como está o tempo neste desenho?


(período do dia e ano; céu; temperatura)

-  Relações ambientais e interpessoais

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7/2/19

PESSOA

63. De quem esta pessoa o faz lembrar? Por


que?

-  Identificação

PESSOA

64. Do que esta pessoa mais precisa? Por


que?

-  Necessidades (direta ou simbolicamente)

PESSOA

65. Alguém já machucou esta pessoa? Como?


Sugestão: Substituir por: “Alguém já fez algum
mal a esta pessoa? Quem? O que?”

-  Experiências traumáticas nas relações


interpessoais

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7/2/19

PESSOA

66. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de


(qualquer objeto desenhado separado da
pessoa principal), quem seria?

-  Podem representar pessoas da família ou de


forte identificação
-  Qualidade das associações

PESSOA

67. Que tipo de roupa esta pessoa está


vestindo?

-  Verificar discrepâncias entre a aparência do


desenho e a fala
-  Necessidades pessoais (status; poder;
desamparo)

PESSOA

Observação
!  Verificar se existe algum elemento no
desenho, difícil de identificar
!  Pedir para o sujeito falar sobre aquele
elemento (“Fale-me um pouco sobre o que
você fez aqui.”)

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7/2/19

PESSOA

68. (Peça para o sujeito desenhar um sol e


linha do solo em CADA desenho)
Sugestão: Não pedir - indução

-  Identificação (idade do colaborador


semelhante a idade atribuída)

PESSOA
!  Sugestão: Acrescentar as seguintes perguntas
-  “Qual a melhor parte do desenho?”
-  “Qual a parte que você menos gosta no desenho?”

Obs: Verificar as reações do colaborador após a próxima


pergunta

- “Qual a melhor parte do seu corpo (do colaborador)?”


- “Qual a parte que você não gosta no seu corpo?”
Justificativa: Quebra no processo de regressão (principal
efeito dos métodos projetivos)

CORES

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7/2/19

HISTÓRICO

!  Max Pfister (Suíça, 1889-1958)


!  Família judia tradicional (encadernação);
culto; casou-se com uma médica; cotidiano;
balé; se apaixona pela bailarina; vai atrás
dela; começa a trabalhar (dança, coreografia,
cenário, virou bailarino, luz)
!  Observou que as cores das luzes
provocavam reações diversas nas pessoas

HISTÓRICO
!  Guerra – volta para a Suíça (país neutro)
!  Faz psicologia; trabalho sobre Pirâmides
Coloridas
!  Hipótese de que as cores provocavam
reações corporais (físicas), mas também
funcionava como estímulo psíquico:
"  Se a pessoa escolhe mais algumas cores que
outras, essa escolha não é casual, mas há uma
correlação com as características e demandas
internas (não é arbitrária)

HISTÓRICO
!  Método Projetivo
!  Cores tem ondas, propriedades físicas
Físico
COR
Psíquico

!  Cores tem qualidades físicas que se


associam à afetos
!  Faltava atribuir significados às cores
!  Foi construído, então, o referencial de
análise das cores

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7/2/19

HISTÓRICO

!  Valores simbólicos que se repetem na


história, apesar das variações
!  Senso comum, cultura, religião, artes e
ciência
!  Autores que o influenciaram:
"  Chevalier e Gheerbrant
"  Nuno Crato
"  Kandinski
"  Goethe

CORES

!  Segundo a qualidade das ondas e


sensações que despertam (fisicamente)
!  3 grupos de cores + 1
"  Cores de Extroversão
"  Cores de Introversão
"  Cores acromáticas

Cores de Extroversão

!  1o. grupo/conjunto de cores = cores quentes


"  Identificam aqueles que recebem estimulação do
meio e reagem se expressando no próprio meio;
se volta para o meio.
"  Existem diferentes formas de manifestação da
extroversão

"  Vm = Vermelho

"  La = Laranja

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7/2/19

Vm = Vermelho
!  Se constitui em uma resposta afetiva imediata
(tendência a responder rapidamente e de forma
intensa ao estímulo)
!  Automático
!  Impulsividade
!  Agressividade (“cor do id”)
!  É esperado em crianças
!  Reativo e imediato (interessa a descarga, doa a
quem doer)
!  Tensão precisa ser descarregada
!  “Mal educado”

!  Interessa a estabilidade da resposta afetiva,


a adequação social (“moço bem educado”)
!  É a resposta controlada socialmente
!  Não manda ... Em qualquer lugar
!  Cor menos espontânea que o vermelho
!  Finalidade é a adequação da resposta ao
objeto
!  Procura adequar suas respostas ao meio

La = Laranja
!  Vm + Am
!  Jamais vai agredir
!  O objetivo é obter do outro atenção ou
satisfação para si
!  Cor da liderança; cor da sedução (não
erótica, mas de poder e influencia – político)
!  Sensualidade
!  Capacidade de influenciar, de manipular
!  Cor do envolvimento
!  Tirar do ambiente para si

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7/2/19

Cores de Introversão

!  2o. grupo/conjunto de cores = cores frias


"  Capacidade de interiorização
"  Fazer vínculo

"  Az = Azul
"  Vd = Verde
"  Vi = Violeta

Az = Azul

!  Cor do controle racional


!  “Posso escolher”, segundo meu
julgamento
!  “Eu posso, mas será que eu devo?”
!  Controle egóico

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7/2/19

Vd = Verde
!  Cor da sensibilidade, da capacidade de interiorização
das experiências
!  Cor das relações interpessoais significativas
!  Ressonância interna
!  Porosidade em relação ao mundo; capta o mundo;
absorve os estímulos do meio
!  Pode ser descarregada no ato criativo
!  Capacidade de formar vínculo
!  Absorve muito quando tem excesso de verde; fica
sufocado; sinal de ansiedade
!  Cor da homeostase (equilibra os estímulos internos e
externos) – “bóia da caixa d’água”)
!  Pessoas de poucos, mas significativos amigos

Vi = Violeta

!  Az (ego) + Vm (id) – cores opostas


!  Cor que representa uma tensão interna
!  Ansiedade gerada por um conflito
!  Reúne uma oposição
!  Controle agressivo

!  Na ioga = complementação

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7/2/19

Cores Acromáticas

!  3o. grupo/conjunto de cores


"  Se refugia da estimulação colorida
"  Não se compromete com o afeto
"  Fica na “sombra”
"  Foge da cor
"  Foge da estimulação afetiva

"  Pr = Preto
"  Ci = Cinza
"  Br = Branco

Pr = Preto

!  Az = “pode, mas não quer”


!  Pr = “quer, mas não pode”
!  Cor da repressão
!  Excesso de preto = depressão
!  Angústia

Ci = Cinza

!  Mecanismo de negação (não existe; não


vejo; não enxergo)
!  “Dilui” os estímulos
!  Tipo de defesa que “não vê” o estímulo

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7/2/19

!  Impulsividade
!  Liberação
!  Fator de instabilidade
!  Imprevisibilidade
!  Vulnerabilidade
!  Ausência (ruptura)
!  No Pfister = comportamento que pode se
romper

Ma = Marrom
!  Não se agrupa por sua composição física
!  Energia; força
!  Resistência às demandas do meio; forte resistência
frente aos estímulos (do ego)
!  Se coloca no meio com uma certa energia
!  Persistência frente ao mundo
!  Constância
!  Excesso = perseveração; obstinação; “teimosia”; não é
grosseiro; rigidez; resistência passiva; oposição;
determinação; obsessivo; embotamento emocional
!  Características da fase anal

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7/2/19

Outras tonalidades
!  Pfister aborda a dispersão da afetividade
"  Rosa (Vm + Br) = agressividade do tipo “birra”
infantil; aumenta a impulsividade, mas perde a
intensidade; agressividade imatura
"  Vinho (Vm + Pr) = agressividade reprimida;
pessoa mais contida
!  Tonalidades pastel = imaturidade ligada à cor
ou ao aspecto
!  Vm1 (rosa); Vm2 (vermelho); Vm3 (vinho);
Vm4 (bordô) – quanto mais escurecida, mais
a “amarrada” está a função

!  Sexo feminino / solteira / negra / fundamental


II incompleto / cozinheira / 4 irmãos (30, 20,
18 e 13) / 2 filhos (11 e 9) / mora com os
filhos / pai dos filhos tem outra família / tem
namorado

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7/2/19

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7/2/19

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!  DGQ / SEXO FEMININO / 50 ANOS /


DIVORCIADA HÁ 6 ANOS / MORA
COM A FILHA DE 20 ANOS /
SUPERIOR INCOMPLETO –
SOCIOLOGIA / TRABALHA COMO
DECORADORA

97
7/2/19

98
7/2/19

Exemplo

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7/2/19

100
7/2/19

SÍNTESE
INTERPRETATIVA

Considerações para síntese do HTP


!  Rever a queixa ou demanda do sujeito
!  Rever os dados de anamnese (diferentes contextos)
!  Rever a análise dos outros instrumentos (idiográficos e nomotéticos)
!  Analisar a 2ª figura humana, apenas se for muito diferente da 1ª
desenhada *
!  Rever as respostas dadas nos inquéritos do HTP
!  Comparar os desenhos cromáticos com os acromáticos, caso tenham
sido aplicados - Verificar a qualidade dos elementos gráficos e uso das
cores (predomínio; exageros; distorções) – usar Pfister
!  Integrar todos os dados interpretados (aspectos psicodinâmicos)
!  Na síntese final, JAMAIS escrevemos dados objetivos/características
dos desenhos, justificando as colocações. Isso pode caracterizar
divulgação de dados e informações que só o psicólogo pode ter
acesso.

Sugestão de síntese final do HTP


!  Estruturação de personalidade - estrutura egóica (paredes / tronco
da árvore / tipo de traçado...)
!  Orientação geral para o ambiente (introversão/extroversão)
(localização na folha / perspectiva / tamanho...)
!  Relação interpessoal (porta / janela / braços/mãos...)
!  Contato com a realidade / relação entre fantasia e realidade (linha
de solo / traçado / parede/telhado...)
!  Relação com a demanda social (responsabilidade; produtividade –
copa / frutos / galhos / localização...)
!  Nível de energia (tamanho em relação a folha / tipo de traçado /
linha de solo / pressão do traçado...)
!  Força de ego / Autoconceito / controles racionais (paredes / tronco
da árvore / cabeça / pescoço / cintura...)
!  Agressividade (elementos pontudos / nariz / boca / dentes /
tamanho muito grande / pressão muito forte...)

101
7/2/19

Sugestão de síntese final do HTP


!  Controle (tipo de traçado...)
!  Necessidades (associadas aos inquéritos)
!  Desejos (associadas aos inquéritos)
!  Relação com figuras parentais / Dinâmica familiar
(predominantemente no desenho da casa, presença de sol/lua...)
!  Indicador de conflitos (correções / retoques / omissões ...)
!  Defesas (roupas / estereotipias...)
!  Poder/virilidade (ombros / cabelos / pelos...)
!  Forças impulsivas/conflitos (raízes / chaminé / fumaça / teto /
nódoas no tronco / nuvens ...)
!  Criatividade/imaginação/bom nível intelectual (movimento)
!  Contato com o ambiente (portas / janelas / copa / galhos / ramos /
face / olhos / braços / mãos / pernas / pés...)
!  Uso das cores (relação forma/afeto; razão/emoção) – se necessário

Bibliografia
!  BUCK, John N. H-T-P: casa-árvore-pessoa, técnica projetiva de desenho:
manual e guia de interpretação. Tradução de Renato Cury Tardivo; revisão de
Iraí Cristina Boccato Alves - São Paulo: Vetor, 2003.
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Denise Mraz

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