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Carboidratos+-+Estrutura+e+função+-+Nelson Cap 07
Carboidratos+-+Estrutura+e+função+-+Nelson Cap 07
Cox
OS CARBOIDRATOS
1 - INTRODUÇÃO
•Carboidratos, açucares, sacarídeos ou glicídios;
•Biomoléculas mais abundantes na natureza;
CONCEITO
Poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas;
No geral, possuem a relação C:H:O de 1:2:1 = (CH2O)n;
Ex.: Glicose = C6H12O6 ou (CH2O)6
FUNÇÕES
Energética;
Armazenamento (amido, glicogênio);
Estrutural e proteção (celulose, pectina, quitina, peptideoglicano);
Reconhecimento celular (glicolipídeos ou glicoproteinas);
Outras: lubrificação de articulações, anticoagulante (heparina), anticongelante (glicoproteinas).
Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox
2 – CLASSIFICAÇÃO
1. Monossacarídeos;
3. Polissacarídeos.
2.1 – MONOSSACARÍDEOS
• Constituídos por uma unidade poliidroxicetona ou poliidroxialdeído;
• Unidades de construção de sacarídeos mais complexos – polissacarídeos.
Características Classificação:
• Compostos sólidos; a) De acordo com a posição da carbonila (grupo carbonil):
Aldoses: Na extremidade da cadeia (ex.: gliceraldeído);
• Incolores;
Cetoses: No interior da cadeia (ex.: diidroxicetona).
• Cristalinos;
• Livremente solúveis em água;
a) De acordo com o número de átomos de carbono:
• Insolúveis em solventes apolares;
3C – Trioses (aldotriose ou cetotriose);
• Sabor adocicado, no geral. 4C – Tetrose (aldotetrose ou cetotetrose);
ESTEREOISÔMEROS
• É o fenômeno caracterizado pela existência de duas ou mais
substancias diferentes, que apresentam a mesma fórmula molecular
mais diferentes fórmulas estruturais.
C*
Carbono quiral ou centro quiral;
Quatro ligantes diferentes;
2n estereoisômeros (n= números de
centros quirais ou C*)
cheiral (do grego)= mão
3. ISÔMERIA
• Aldotetroses
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Pentose
Aldopentoses
Cetopentoses
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• Hexoses:
Aldoexoses
Cetoexoses
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4. EPÍMEROS
• São monossacarídeos que diferem em apenas em um carbono
assimétrico.
• D-manose é o epímero da D-glicose no C-2;
• D-galactose é o epímero da D-glicose no C-4.
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IMPORTANTE!
• Muito frequentemente durante a síntese e o metabolismo de
carboidratos, os intermediários não são os próprios açúcares,
mas seus derivados fosforilados;
– glicose-6-fosfato, por que?
AÇÚCARES REDUTORES
a) Reação de Fehling
OLIGOSSACARÍDEOS
• São formados pela ligação glicosídica entre 2 até 10 monossacarídeos;
Dissacarídeos
• Seus nomes químicos derivam dos seus dois monossacarídeos constituintes;
ESTRUTURA
• Consiste de dois monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação
O-glicosídica;
• A união de dois monossacarídeos para formar a ligação O-glicosídica libera
uma molécula de H2O e envolve um C anomérico de um dos
monossacarídeos e a OH do outro monossacarídeo (do C anomérico ou
não).
• Quando um ligação ocorre entre um C anomérico e um grupo NH de uma
outra molécula, temos a ligação N-glicosídica: Glicoproteínas e
nucleotídeos.
• OBS.: Quando um carbono anomérico está envolvido em uma ligação
glicosídica, aquele resíduo não pode assumir a forma linear e, portanto,
torna-se um açúcar não redutor.
– Quando a extremidade de uma cadeia com carbono anomérico livre (não envolvido em
ligação glicosídica) normalmente é chamada de extremidade redutora.
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SACAROSE
• Produto intermediário da fotossíntese, forma de transporte de
carbono em alguns vegetais, através dos sistemas
vasculares, das folhas até as demais partes das plantas.
LACTOSE
• Ocorre apenas no leite
TREALOSE
• Principal constituinte da hemolinfa, fluido circulante do insetos.
POLISSACARÍDEOS
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POLISSACARÍDEOS: Homopolissacarídeos
AMIDO
Polissacarídeo de reserva nos vegetais – Tipos: Amilose e amilopectina;
AMILOSE
• Estrutura com ± 300 unidades de α-D-glicopiranoses;
• Ligação α (14);
• Cadeias longas não ramificadas (Conformação helicoidal);
AMILOPECTINA
• Estrutura com > 300 unidade de α-D-glicopiranoses;
• Ligação α (14) nas cadeias e α (16) nas ramificações ;
• Cadeias ramificadas entre 24 a 30 resíduos.
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GLICOGÊNIO
• Polissacarídeo de reserva nos animais;
• Ocorre principalmente no fígado e músculos esqueléticos;
• Formado por mais de 500 unidades de α-D-glicopiranoses;
• Ligação α (14) nas cadeias e α (16) nas ramificações ;
• Cadeias com ramificações a cada 8 ou 12 resíduos.
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IMPORTANTE!
• Por que não armazenar a glicose em sua forma monomérica?
– Calcula-se que os hepatócitos armazenam uma concentração de glicogênio equivalente a
0,4M de glicose.
– A concentração existente de glicogênio, que é insolúvel e contribui pouco para a
osmolaridade do citosol, é de cerca de 0,01µM.
– Se o citosol contivesse 0,4M de glicose, a osmolaridade seria perigosamente elevada,
causado uma entrada de água que poderia romper a célula;
– Além disso, a concentração de glicose interna igual a 0,4M e a concentração externa igual a
5mM (concentração no sangue de um mamífero), a variação de energia livre para o
transporte de glicose para dentro da célula contra este gradiente de concentração tão alta
seria proibitivamente grande.
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CELULOSE
• Polissacarídeo mais abundante da natureza;
• É uma substancia fibrosa, resistente e insolúvel em H2O
• Encontrado na parede celular dos vegetais, onde tem função estrutural
• Fornece energia para microrganismo e animais (cupins, ruminantes) que
apresentam no trato digestivo microrganismos que secretam a enzima
celulase que hidrolisa as ligações β (14).
• É formada por mais de 10.000 moléculas de β-glicose;
• Ligações β (14).
• Cadeias distendidas (conformação em fibras).
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QUITINA
• Polissacarídeo estrutural dos invertebrados;
• Principal componente do exoesqueleto de aproximadamente 1.000.000 de
espécies de artrópodes (insetos, lagostas e caranguejos);
• Provavelmente, depois da celulose, é o polissacarídeo mais abundante;
• Também encontrado na parede celular de certos fungos;
• Formada por unidades de N-acetilglicosamina;
• Ligações β (14);
• Cadeias distendidas como a celulose.
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DEXTRANAS
• Polissacarídeo de bactérias e leveduras;
• Compostos por resíduos de glicose;
• Ligações (α16) e todos possuem ramificações (α13), e alguns também
possuem ramificações (α 12) ou (α 14);
• Presente nas placas dentarias
• Dextranas sintéticas são utilizadas em alguns produtos comerciais (p.ex.
Sephadex) que serve para fracionamento de proteínas por meio de cromatografia
de exclusão de tamanho.
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POLISSACARÍDEOS: Heteropolissacarídeos
PEPTIDEOGLICANO
• Componente rígido das paredes celulares
bacterianas;
• Compostos alternados de N-acetilglicosamina e
ácido N-acetilmuramico, unidos por ligações
(β14);
• As enzimas lisozima (homem e alguns vírus)
hidrolisam essas ligações;
• A penicilina e os antibióticos relacionados são
bactericidas por impedirem a formação das ligações
cruzadas parede celular fraca, lise osmótica;
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GLICOSAMINOGLICANO
• Componente da membrana basal (uma matriz extracelular-MEC
especializada sobre a qual se assentam as células epiteliais;
• Forma uma família de polímeros lineares compostos por unidades de
dissacarídeo repetidas (ex. próximo slide).
• São exclusivos de animais e bactérias (não presente em plantas);
• Obrigatoriamente em sua estrutura está presente o N-acetilglicosamina
ou N-acetilgalactosamina, sendo o outro na maioria dos casos, é um
ácido uronico (D-glicuronico ou ácido L-iduronico);
• Os glicosaminoglicanos sulfatados são ligados a proteínas
extracelulares para formarem proteoglicanos.
Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox
GLICOCONJUGADOS
GLICOCONJUGADOS
Proteoglicanos:
• são macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular nas quais uma ou mais
cadeias de glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente unidas a uma proteína de
membrana ou a uma proteína secretada.
Glicoproteínas:
• Possuem um ou alguns oligossacarídeos de complexidades variadas covalentemente unidos a
uma proteína.
• São encontradas na superfície externa da membrana plasmática, na matriz extracelular e no
sangue.
• Dentro das células, elas são encontradas em organelas específicas, como complexo de golgi,
grânulos de secreção e lisossomos.
• As porções oligossacarídicas forma locais para proteínas ligantes de carboidratos – Lectinas;
Glicolipídeos:
• são esfingolipídeos de membrana nos quais os grupo da cabeça é um oligossacarídeo.
• São pontos de reconhecimento por lectinas.
• O cérebro e os neurônios são ricos em glicolipídeos, auxiliando na condução nervosa e na
formação da mielina. São importantes na transdução de sinais.
Princípios de Bioquímica de Lehninger – David L. Nelson & Michael M. Cox
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LECTINAS
• São encontradas em todos organismos;
• Se ligam a carboidrato com alta especificidade;
• Participam de processos de reconhecimento celular;
• Sinalização, adesão e destinação intracelular de proteínas recém
sintetizadas;
• Estão presentes nas membranas dos hepatócitos, que se ligam a
oligossacarídeos com resíduos de galactose;
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Selectinas
• Compõem uma família de lectinas da
membrana plasmática que medeiam o
reconhecimento e a adesão célula-célula em
diversos processos celulares;
• Movimento das células do sistema
imunológico (neutrófilos) através da
parede dos capilares, do sangue para os
tecidos, em sítios de infecção ou
inflamação;
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