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HHIA DAS LETRAS E. P, Thompson Co stumes em comum ee COL cee nee re, 08 ensaios aqui reunidos dio a c TRé ADIC ONAL de tempo trazidas pelo capitalismo ecotr ey m desrespeit Pa Portes GR ete te Cet Ora S EM COMUM = TON “wo i wil | il | Boum ee eee eo dos historiadores mais importantes de todos os tempos. Expoente de uma ge Eric Hobsbawm ¢ Christopher Hill, sou bye, nas palavras do primeito, aliar “p eee oe ee ne re ee acy Seen er ce) formasao da classe operiria inglesa, Se Perera ree além de livros sobre pacifismo ¢ estu Pm Cae cI et Blake — tem sido recebida com entu do da histéria social, que ele abragou com clogiiéneia ¢ originalidade. Tradu ere ea et eee ene mee ee ee nt ee on 6 lido em paises tio diversos como India, Africa do Sul e Estados Unidos Pee ee ee et tem inspirado pesquisas originais sobre sindicalismo, partidos, movimentos so Dee Com Costumes em comum, 0 leitor Se ee eee eT Pern eee ee ba inglés. Os ensaios reunidos no livro con Se en eee thos de Hill (O eleito de Deus, Omun- a a ee ne ert es H core sremos) que respectivamente, abordaram os séculos XVII © XIX-XX. Costumes em comm See ceed radicalismo dos “niveladores” da Re volugio Inglesa & perplexidade do fim COSTUMES EM COMUM E, PR THOMPSON COSTUMES EM COMUM Tred ROSAURAFICHEMBERG AN (CRISTINA MENEGUELLO PAULO FONTES ae? Gontantiia Das Cras Consiglio PT RYE Thompson Titel gil: apa imine Bott sole detathede Caer ‘Goonge Sth Tats! 15) lene Indice noms Mario Clo Carvin Matos Prepari: Cristina ene Revisn tna Mora Barbosa Cevie ames Carmen da Costa 2 Canggu eor Hai Se8 er 3005 “Todos os dicitos dest ego reservados us Bandi Paulista, 702.6). 32 (04512-002 — Sto Paulo sr “Telefe: (11) 3907-3800 Fax (11) 3707-3801 ‘wu companhiadaletas com br SUMARIO Prefic eagradecimentos, 1 Introdugao: costume e cultura... 2, Patriciose plebeus. 3. Costume, lei e direito comum 4, A economia moral da multiddo inglesa no século Xvi. 5. Beonomia moral revisitada..... 6. Tempo, disciplina de trabalho eo capitalismo industrial .. 7.Avendade esposas... 8. Rough music. Notas. Lista de ilustragdes... Indice onomédstico. 1B 25 86 150 203 267 305 393 407 483) 48s Para Martin Eve uncommon customer [amigo incom 4 A ECONOMIA MORAL DA MULTIDAO INGLESA NO SECULO XVIII ¢: juele que retém 0 trigo, 0 pove v amaldigoard: mas que a io recaia sobre a eabeca de quem o vende, Provérbios, x1.26 Nos ltimos anos, George Jos, George Rudé e outros tém nos alertado sobre oe ago do terme GM nd Neste capitulo, des ve " ‘a0 termo teno que serefere. bod riots] Essa simple x " pl ncobrir oque pode ser des- icon far. Segundo essa visio, di- ol Francesa. Antes desse periodo, ela se intromete ocasional e es ne src pros de eon pa Fr losers an rags ovuma enna dba no ec, done da explicagio historica sio satisfeitos. meus do. iso espa Tem efi de modo apenas serial wae 15 Em sua dtil cronica dos distiirbios, Wearmouth se permite uma sgoria explicativa ‘Ashton, em seu estudo dos motins da fome ‘ps mineiros de carvao, traz.0 apoio do paternalista: “s turbuléncia dos iviros de carygo certamente deve ser explicada por algo mais elementar do sapolitica: Os tumultos eram Helides do estémago”, e sugere-se que essa é de certa forma uma explicaglo soladora. A linha de andlise flui assin lementar—instntie—Fome, Jo; “Aumentos espasmédicos nos precos dos ar}es Wilson continu a trad (os levaram os tripulantes de barcacas no Tyne a se rebelar em 1709, ¢ jos de estanho a saquear celeiros em Falmouth em 1727". Um espasmo fuscitava outro, O resultado era“plhagem”.* Durante décadas I e isso conlinua até os dias de hoye toda vez que se amite SE segunda dscpl eae ingen ode eee ee tenderem a sofisticar e quantificar uma evidéncia compreendida apenas im- Povstamente. © decano da escola espasmica¢ ccranente GD. ev + eaeetmado pla primeira vez em 1948. ». de ‘Isso contem uma ver ‘uma linha de raciocinio bem semelhante, um “diagrama da tensio se: “xual” mostraria que o inicio da maturidade sexual pode ter correlagdo com uma freqiiéncia mais elevada da atividade sexual. A objegio € que esse diagrama, se cempregado de forma pouco inteligente, levar a concluira investigaga audimitido que o estimulo primario da “desgraca” esta presente] 0 Sel comport mento ndo contribui para alguma funcdo mais complexa? Funeio essa que, me= Giada pela cultura, por mais cozida que seja no Fogo da andlise estatistica, na0 Podle ser reduida ao estimulo novamente ‘Um ndimero muito grande de nosso: corre obliterando as cor \- sto que. se init ‘no trabalho andlogo ‘testo, que talver seja motivo de side, que permite a coexisténcia (nos mes- Surpresa ¢ 0 clima intelectual esqui 151 ssa crialura social infinitamente complexa, o homem melanésio, torna-se (em jossas historias) o mineiro de carvdo da Inglaterra do século Avi, que espas- modicamente bate a mao na barriga e reage a estimulos ecor nentares, Contraessa visi Jectar em quase toda micas ele. espasmédica, oponho minha propria visio." E possfvel dee popular do sé | Por poco de legitimaeo, entendo que os homens eas mulheres da multidio estavam mbuidos da crengade que estavam defendendo direitos ou costumes trdicionais; «de que, em geral,tinham o apoio do consenso mais amplo da comunidade. De ez emquando,esse consenso popular eraendossado poralgumaautorizagiocon- pedida pelas autoridades, O mais comum era o consenso ser tio forte a ponto de usar por cima das causas do medo ou da deferéncia. (O motim da fome na Inglaterra do século xvii era ume forma altamente comple: 3. Determi- nar até que ponto esses objetivos eram aleangados — isto é, até que ponto tal le- ‘ante era uma forma “bem-sucedida” de ago — é uma questi demasiado intricada para estudar nos limites de um capitulo; mas a questio pode ao menos ser propasta em vez de ser, comode cg 5 m passar por nenhum exame),¢issosé los (GSBRERRESRTORUEHIERI.# erament verdad ge os msi erm rovorados pelo sumento os . : Sans cl fore isin paca oaRoAaALO SED Fundamento um: consideradas em conjunto, ‘Embora essa economia moral nao. nenhum sentido mais ava possa ser des rnogdes que na realidade encontravam algum apoio na tradi¢ao pa- -malista das autoridades: nogdes que 0 povo, por sua vez, fazia soar tio alto que 1s autoridades ficavam, em certa medida, reféns do povo. Ass m. essaeconomia 152 aos nrometia apenas nos momentos de perurbago mtg gr soveo govern co pomarento do Séulo XY. A jra “motim’” € demasiado pequena para abarcar tudo isso. I _apsimcomofeatnos do nexo monetigo que emergiucom a Revol¥G0 it tials emcerto sentido podenos fall a) campo e a cidade era mediado pelo’ Ocontlito entre 0 a sr en tr 4 Leds dos) Ho cennmicodiseTnwes ne gcterrado éeulo x encontou ‘expressio caracteristica na quest2o dos sakirios; no séeulo XVI 05 traba- wes mobilizavam-se rapidamente e partiam para a ago por causa do au- unto dos pregos, Essa consciéncia altamente sensivel dos consumidores coexistiu com & “sanos que levaram a agriculturaingfesa a um Ovo a areattos pelos moins —u,como.os contempordneos feqientements os des- reviam. pela: = r Essa vivaz indus- ‘ria capitalista fTutuava sobre um mercado irascivel que podia a qualquer mo- mento se dissolver em bandos saqueadores, srcorriam o campo com aes ‘ou se rebelavam no mercado wesc pou das prides fortunas das classes capitalistas mais vigorosas depen- diam, em aluma analise,d Van ISR on ertoaiment de ig, emboraat on Cio da década de 1790 0 po de trigo viesse ganhando terreno sobre as outras Variedades. Na década de 1760, Charles Smith estimava que de uma suposta opulacao de cerca Jor volta de 1790, podemos estimar que pelo menos dois fergos da po Pulagio estavam comendo trigo’ © padrio de consumo refltia, em parte, os {aus relativos de pobrezae.em parte, ascondigdes ecol6gicas. Os distritoscom Solo pouco proxutivo ¢ 0s distritos dus regides montanhosas (como os montes 153 Peninos),onde.trigo ndoamadurece, eram osbaluartes dos outros cereas, Ain. dda assim, na década de 1790, os mineiros de estanho dt Cornualha se susten tavam prineipalmente com pio de cevada, Muita farina de aveia era consumnidg em Lancashire e Yorkshire — e nio apenas pelos pobres Northumberland divergem, mas parentemente Neweastle c muitas das aldeige mineiras circundantestinham a essa altura passa « comer pio de trigo, ens uantow campo easeidades menores subsistiam de farinka ce aveia, paode cen, ‘vio, mast." ou uma mistura de cevadae “ervilha cinzents” [gray pease} Durante o culo, o pao de trigo continuow a suplantar as variedades mais e. de farinha integral, Tratava-se em parte dos Valores de status que foram ribufdos a0 pao branco, mas ‘muito complexo, mas * Os relatos de era absolutamente s6 isso, O problema é lemox mencions aspect ft esse pouco ele Nas cidades, que viviam atentas aos perigos da adulteragio, “mitiaencobrir com facilidade aditivos nocivos, Nas tiltimas déeadas do século, muitos moleiros adaptaram suas méquinas ¢ suas peneitas de pano, de modo que realmente nao podiam preparar a farinha Para pio “caseiro” intermedidrio, produzindo apenas as qualidades mais finas de farinha para o pao branco, ¢ 0 “refugo” para um pio escuro (que um obser- wador achou “tao bolorento,causador de eélicase pemnicioso que punhaem isco tide”). As tentativas das autoridades no sentido de impor, nos tempos de es- sse7, a fabricacio de qualidades mais grosseiras de pio (ou, como.em 1795,0 jo geral do po “caseiro”) eram acompanhadas de muitas dificuldades, e fre- jentemente da resisténcia dos moleitos e padeiros."* No fim do século, onde quer que 0 pio de trigo prevulecesse e fosse «Jo por uma mistura mais grosseira, sentimentos de status estavam pro- wdamente envolvids. Hi uma sugestdo de que os trabalhadiores acostumados mo pio detrigosealmentenio conseguiam trabalhar-SqSTEG EE) SE eines nate pes Mesmo em face dos pregos abusivos de 1795 e 1800-1, a resisténcia de muitos trabalhadores era inflexivel.'” Em 1796, a Guilda dos Intendentes de Calne in- formou ao Conselho Privado [Privy Council] que pessoas “respeitveis” es- tam conendo a mistra de cevaine go etede elsamnetods ecg attests operiiapobes com fant oe suspeituva-se que 154 ‘comem apenas pao de cevada, O resto, com familias menores talver um re os atesdos (dizendo nfo conseguir nada a mao ser os artesios pobwes © 04 cr do-coino antes da caret, pao do pei, Feitocom a farina ‘comid oe evgodia de segunda qualia xe informaya, em termos semethantes: smagistrado de Rei i entoa nao ser ko dos trabalhadores pobres que quase nai tém outro susten aoe a aire daregtesunpesracinti yoOTtiaepins XOH2 oe que pelo costume daregib sempre feces aoenotoal emda ene dew ost Tio de ue io quem ntiJosostclene pra sip seu taal, mmisturado, porte: sentiamse fae c lores que tinham provado a mistura “sent eles poucos trabalhadores que tin "eta fi uentese inespaze de rata com algum grade vig” uso, Stra de 1800, 0 governo estabeleceu uma lei (conhecida popularmente c rose fazer qual- ) que proibia os moleiros de Eo coc: vo pov ok edit Em 2 sat Horsham (Sussex), Um QTE). st moinho de veto de Gosden, onde, atacandoo rc priest ors inex eln sapere ano som ue ‘leestva peneitandoa farinha segundo ss nsrugdesda Lei do Po, ecomara one ssn fim. Mais tarde ‘em futuras tentativas. ele pudesse utili n menos de dois meses, Em conseqii@ncia dessas agdes, a lei foi revogada: Em tempos de pregos altos, Aina pec simples Terms ces: so cold, bua, evades 0 merci, moidos no mon, asaosecomidos, Mas em cade ep dese esi complenidies tata, oportunads de xtra, poten de ian em oro ds quaisas eos pir sit Edel é pox uemitica, o modelo paternaista sivel seguir adiante sem delinear de forma esquemitic : do processo ere emanate —o eal plico ragcional aque se mas sto —com o qual as rea~ recorrianalei, nos folhetos ou nos movimentos de protesto—com 04 lic inhosas do comércio e do consumo se chocavam. - 6. aaa ei cx. vn Fomo no direito consuetudinario e no costume. Era 0 modelo que freqitente- eagle tars ari perenne de emergéncia até adécada de navam a recot se mo- {0 qual muitos magistrados locais continuavam a recorrer, Ness 155 delo. o mercado devia ser, Os agricultores deviam trazer os cereals granel para a praga dg mercado local: no deviam vendé-lo enquanto ainda estivesse no campo, eviam reté-lo na esperanga da elevagao dos pregos. Os merca fontrlados: ado sepodia vender antes de horas deierminadas, uando soa yey no: os pobres deviam ter a oportunidade de comprar primi 0s stios, a fa, nha fin ou farinha grossa. em pequenas porgdes, com pesos e medidas devi. mene supervsionads Noma en hors quanioson nea (devidament lcenciads) po SO cciantes eram limitados por muitas restrigGes, nse ‘mofados pergami- hos das leis contra compras antecipadas impras para futura revend (QRH |e acambarcamento: |. codificadas no reinadode Edward vi. Eles mio deviam comprar (nem os fezendeios deviam vender) por amostragem. Nao deviam comprar gr0s ainda ndo colhidos, nem poaliam eos ar para revender com luero (dentro de trés meses) no mesmo mercado ou em -ados vizinhos, eas} ‘Da supervisaio dos mereados passamos pat hOs ‘ Imleros enum ra maior ~ oc padsros cram eonsileradonctadoagee ' tna, pois ns rabaliaan ple ace, me RS Muitosdos pobres ‘COMPFAVAM os seus gros diretamente no mercado (ou os ob- tinham como suplemento de salina respiajres eran serem moos, centioe mote pod exis « ma I | depois eles assavamo seu prdpro pio. Em Londres e naguelas eidades grandes | onde essas prea jf haviam deixado ha muito tempo de ser reas rem | eragHo ou 0 lucro dos padeiros era calculado rigorosamente de acordo com o ‘egulamento do Pao, pelo qual o preca ou o peso do pio eradeterminado-em te, 730 aopreyodotigoem igor Eve mel, claro, sfastr-Seem mits ponos das reales do seule vi. O mas suprocndene €obserar como pels suacais eee gquase o fim do séeulo. Assim Aikin, em 1795, & capaz de doscrever a regular mentagio ordeira do mercado de Preston: Os mereudos semanais[.. sto extremamente bem regulados para impedir com- Dray anteeipadas ¢ compras para futura revends, Ninguém a nao ser os habitantes «a cidade tem permisstio de comprar durante a primeira hora, que vai das oito 3s hove da manhi; 8s nove, outros podem vomprar; mas nada do que ainda nao foi ‘endido pode ser retirado do mercado até uma hora, comexcegio dos pees. 156 a medida do possive UD, do : SER er in terminate. Beto PS jinda estava em vigor durante todo o século xvi em Londres ¢ cocsimpostas pelo cone a Sipe reqdcnemente que a veda de cee por amostas na _geral em meados do século XVI te ein eS made wo creat Maca pre nls ds rans e xdessem sem diivida poramostragem na maioria dos condados. as anti es dos mereados ainda eram comuns, ¢ até sobreviviam nos arredores de rem 7 Rsumauords pants dscevi desing ds ereadost seo se ives ocorido dpi ans rece te Owe sinemadoutnachraone enna Aan nce temtnhbanes rns rnc aver ere ccm guns age, cuter cares amacrseenapragadomer, tumavam vir cidade num dia, agora nava) passaram a evitar 0 mercado e a negociar com in- “atrayessadores” na sua propria casa. Outros fazendeiros nda levavam ao mercado uma nica carga, “para manter as aparéncias no me eado e consestit su feito por meiod Em 1738, vio burg enviar petites 4 Canarados mans con a price: Haslemere Surrey) se queiaana de gue os moet ¢ fries estavam agambareando o mercado — eles "serelamente com. fee grandes quads de eens om purrs anotan round ah ci reado aberto”.” Hi uma sugestio Mprar os gros oferecidos no me : ma sugestio de algo raudulento na pratica e de perda de transparéncia nos procedimentos do m ido, 157 A medida que o século avanca. as queinas nio desaparecem, embora ten. ama se mover para Norte para o Oeste. Na crestia de 1756, 0 Conselho! ‘ao além ce reativarasantigas eis contra compas antecipadas, angou uma Proclamasdo ordenando que “todos os fazeneiros, sob pena de severss pun {88cs, devem evar seus ceresis ao mercado aberto, ¢ do devem vendé-loe Por amostragem em suas préprias mora de Ser muito pressionadas sobre esse ponto: ef aa smuginados de Surrey inquiriram se comprar por amostragem continuavata ser fealmente um delito passivel de punicdo, e receberam uma resposta assom, brosamente evasiva — o secretitio de Sua Majestade ni estéautorizado pelo seu cargo a interpretaras leis, Dua cartas nos ajudain a compreender a dfusio das novaspriticas para Ocste, Eserevendo a Lord Shelbourne em 1766, um conrespondente acursvagn negociantes ¢ 0s moleiros em Chippenham de “conspirag Ete proprio mandou alguém ao mercado comprarito alqueises de trigo,eembora houvessena pra multoscarregamentos, logo soaseo sinodo mercado, sempre due seuagent azia © pedido,arespostaera "Ifo vendido”. Por isso, embors Essas pri cas podiam sero verdadeiro motivo das sediges: em junho de 1757, formava-se que “a populagio se rebelou em Oxford e em poucos minutos to. oue dividiu uma carga de cereais, suspeita de ter sido comprada por amostra tevada 40 mercado apenas para manter as aparéncias”.)"*A segunda cart de uum correspondente de Dorchester em 1772, descreve uma pritica diferente de fixar o preco de mercados e no querem nkler menos de quarentaalqueires, 0 que os pobres nio podem comprar. Por, 10,0 moleiro, que no ¢ inimi go do fazendeiro,fixa oprego queele pede, eos stém de acitaras suas concigdes”.* Os ws ernalista ss Se a eager, las 0 que agora parece inevitavel nio era necessariamen- te aceito no século xvi. Um folheto caracteristico (de 1768) exclamava de ‘modo indignado contra a supostaliberdade de caulafazendeiro fazer o que bem quisesse como queera seu Portanto, nio se pode dizet que isso seja a liberdade do cule em ivesoba prowegdo de uma comunidade: Eantes liberdade deum selvayem: as. quem tira partido dessa lberdade nio merece a protegio conferida pelo wder da Sociedade.” A presenga do fazendeiro no mercado é “uma ile mate- 158 c ele esconds ou disponha de suas mer wer; ni se deve tolerar que ele esconda ou dispo set Sr osrmpenkvar ura Tong to inelvane a mari as Seas do do desempenhavam uma fun : eis do Sas Midlands que, nesses distritos, a queixa contra a venda ar at Beem é muito menos freqdente, embora a relma dea 0 obes aio compra em peau pressing efagaseuar al doco * Mert reas do Norte ahistraera diferente. Em 1795, umapetgiodostr ores cle Leeds reclama dos “agentes vomerciais dos cereais. dos moleiros nde in grupo de pessoas que chamamos d ue tém os cereais nas mos, "Os fzendeiros no levam os ¢ bolso como amostras io mercado, a nao ser aqueles que earregam no n Toa spunea i= Lu mono pra processo, freqiientemente datado de pelo menos cem anos antes, se de rss : Examinamos esse exemplo para ilustrar aden: lade e a particularidade do ciavam grios mols era eno empresiios mites qed ves omersavam i Fe en gtster hescepscba “tritos de cultive dos cereais, os mervados urbanos simplesmente nao podim se _smidssem opera de agemescomecascujsaivaestenam sido a “adas se a legislagdo contra os que fuziam compras antecipadastivesse sc rosamente posta em vigor. ate AE que pono as autoridades reconheciam que seu node est seal Jo eae Aresposte deve muda de acordo com maria stio ¢ com o devenrolar do século pen sup onal. opts eon an raneparte damn as Yoltuvam a rcorrer ao modelo sempre que suryia uma emergencia, Cheea-seateraimpressio de que sambighidadecraresientebem-vin- disrtsatingios por motns, la diva os mgisadcs, ns tempos ndosso is suas tentativas de re- Scassez, algum espago de manobra e algum endosse - izros prego por ersuasio. Quando oConselhoPrivadoautrizou (conoem 709, 1740, 1756 ¢ 1766) a divulgacao de procamagdes em letras g 159 ilegfveis, ameagando com punigdes terriveis os que compravam os cereais de antemo, os que compravam 0s gros para vendé-Ios em outro lugar, os que em. bareavamas cargis, os atravessadores, 0s tral antes ete Ever. mas ‘ instrumento da revogagao nao foi bem redigido, e durante o seguinte grande perfodo de escassez, em 1795, Lond Kenyon, presidente do tribunal, assumin a responsabilidade de anunciar que as compras antecipadas ainda eram um delito icidvel pelo direito consuetudinaio: “embora a lei de Edward Vi tenha sido ogada (se com ou sem raziio, ndio me cabe decidir) a vase um dco plo dco covcusi li torrente de acusagbes que pode ser observada durante todo o século— gzeral de pequenos delitos, e apenas nos anos de escasser — nfo secava: na realidade, houve provavelmente mais acusagdes em 1795 ¢ 1800-1 do que em qualquer momento nos 25 anos anteriores.” Mas é claro que tinham a intengo de produzirum efeito simbélico, eram uma demonstragaio para os pobres de que 4s autoridades agiam vigilantemente para defender os seus interesses. Assim, o modelo paternalista tinha uma existéncia ideal e, igualmente sma existéncia real fragmentiria, Nos anos de boas colheitas e pregos modera los, as autoridades cafam no esquecimento, Mas se 0s pregos Subiam e 0s po! res Se tornavam turbulentos, 0 modelo era ressuseitade, pelo menos par wroduzir o efeito simbético a Poucas vit6rias intelectuais tém sido mais esmagadoras do que a conqui fa realidade, a vitoria parece 20 absoluta alguns historiadores que eles mal escondem sua impaciéncia com o grupo der- ado.” O modelo “apace odle ser tadocomosendo ode ora se possat tom nao s6 como ponto de partida, mas também como um} igumas delas, como o hicido Tracts on the corn trade (Tratados jobre o comércio de cereais] de Charles Smith [1758-9], especificamente inte- -ssadas em demolir a antiga regulamentagio paternalista do mercado), O de- bate entre 1767 e 1772, que culminou na revogaciio da legislago contra as ‘compras antecipadas, assinalou uma vitoria ssa rea, quarto ‘anos antes de o trabalho de Adam Smith ser publicado. 160 {sso significava mais um antimodelo do que um) modelo novo — uma ne jva direta das politicas desintegradoras de “proviso” no reinado dos Tudor. pe todo decreto que se refiras Leis dos Cereais se ido” eserevew Ar not em 1773: "Que 0s cereais fluam como dgua, ¢ eles encontrardo scu ni- =A nova economia trusts consigo uma desmoraliza- Je do consumo, algo ndo menos importante do que 2 mais amplamente discutida, da Por"desmors » se sugere que Smith ¢ seus colegas fossem imorais” ou que niio se cupassem com 0 bem pilico.” O que ve quer dizer é, antes, que a nova Osanti- folhetistas eram, primeiro, nx Ceonemess uests oe Eg RST TSSTED Conopreinbse spins. yrange nadalircnsamierne asi Simca naeacama bet No cur cado, Logo depois da colheita ¢ todos aquetes que 1s pequenos agricultores ‘tinham de pagar vencimentos e sia Miguel (29 de setembro), ee es ov ent bervam aque Tes cuja venda fora pré-contratada. GRRE cnr seus cerns. naespeangade mercado em elevacio, aié o comeco da primavera; i sicultors esa pare Jo eis Seto tempo — de maio até agosto — na expectativa de pegar o mercado no auge. a forma, “reserva de creas da ago eram convenintement aco- ve Contralavam antecipadamente a venda da colheita dos fazendiros, cle ecutavam esse servigo de i i rrr ano. -carestia, 0 prego dos gros podia subir a auras inet , era pro. fencial, pois (além de dar um incentivo ao importador) eta de novo uma for Jeficaz de racionamento, semaqual todososestoques seriam consumidos no imeiros nove meses do ano, € nos restantes tes meses a caestia seria Subs i ra preciso deixar que 65 cereais fuissem livremente das dreas de excedentes paras reas de escassey, 16 Por isso, RESTATE a um papel necessiio, prodtivo e el. idvel. Smith deseartava sumariamente os preconceitos contra os que com, Pravam gros antecipadamente como superstigdes do nivel da bruxatia. A interferéncia no padro natural do comércio podia induzit perfodos de escasser local ou desencorajaros agricultores a aumentar a sua produtividade. Se fosserm, forgadas as vendas prematuras, ou se 0s precos fossem limitados em tempos de carestia, os estoques excedentes poderiam ser consumidos. Se os agticultones retivessem os seus grios por um tempo demasiado long, provavelmente sofre, riam prejutzos quando os pregos despencussem, Quanto aos outros culpadog populares —os moles, os farinheirgs gs caus pli. Cave grands puedes A melhor das hipéteses, podiam apenas distorcer o nivel natural dos pregos du. ante curtos periodos, treqientemente, em iltima instancia, para seu préprig, prejuizo. Quando os pregos comecaram a subi séeuto, ‘odeveria sernecessiirio argumentar que o modelo de uma economia nae {ural e auto-reguladora, funcionando providencialmente para o bem de todos, & a CUrfovamente, seja uma supersticao que alguns historiadores ecand- cos tém sido os iltimos a abandonar. Em alguns aspectos, o modelo de Smith se adaptava mais acuradamente as realidades do século xvin do que o modelo Nia oe deve dear de pecebe ne —.0 sewundo parece dizer: "6 as- sim que as coisas funcionam, ou funcionatiam se o Estado nao interferisse" Entretanto, quando se consideram essas segies de A riqueza das nagies, eas impressionam menos como um ensaio de investigagio empirica do que como um excelente e * ‘Quando consideramos a organizagdo real do coméciv de vereais do sécu= }XViIL, ndo temos & mao a verificagao empirica de nenhum dos dois modelos. mse feito pouca investigagio detalhada acerca do mereado;" nao hé nenhum. esd ipwtas aie tanc aie eo pales ag oe fabeodeSmith—opressuposo dee iii aS ‘continua a nao ser mais do que uma afirmagao. E notério Ripe fetta ececrwsepiosikuneas tein Gore ed caro, 0s pobres (como lembraram certa vez auma observaadora das alta esferas) 162 Seoeon pre nerspeTer com “carne inferior e muitos produtos da hor- iearmmande pegvaton tino reimseriagisiocampse” ‘De qualquer modo, & bem conhecido que os movimentos dos pregos dos necanismos de ofertae procura: ea .sniio porlem ser explicados por simples mecanismos d — - exportagio de cereais distorcia ainda mais a aad ret gn os crear una newessidadefondamentl ‘ida, anormalmente sensvel a qualquer carénciana oferta. Em 1796, Arthur oungcaleulsaqueo dct de grisdetrigneramenos de 25%:mas au nto dospregoncrade 1:0 que dna (pelos seu cewos)um uerode 20m thes de ira pars comunidad agricola num ano normal Os exerions nionlisis equiasvam de que ov agricutoes eos negoianes iam com i fga do“ monopio;eram refurados flheto aps flheto, como send “e- nsiado abso para seem evadosa sro: o que! mas de 200 il peso tanto, o ponto em questio nfio erase este fazendeiro ou aquele ne~ wis 0s cereais passavam pelas yendeiros nio vendiam num mercado fivo (oque, num sentido local e regional, era um objetivo que per- =F i Jo paternalista que a0 modelo laisse: CRA oem om coe posit is tiltimas décadas do século, com SS eee veo verdade fc cia a guerra no deixavam de acen- rodos de escassez, as citcunstincias durante a guerra n I ti ‘naqueles anos. O que importava na hora de esta- ar a tenses psicol6gic ee belecer o prego pos-colheita era al cadas do século, ha evidencras do: rnconscientedosfatorespsicol6pics impicados nos nivets dos os pos colhsta, que avsiduamente fomentava umQgxpeeeanaGeeS agaicaliresseemni- vonino qc hovanosde caress fces os areutres seem son" ‘enquanto nos anos de colheita abundante a generosidade 163 rrefletida da Mae Natureza suscitava gritos ag enerosaquea produ jaziam em p6 quando comegava a debulha © mimero de pequenosagricutores capaz de rete a oer ste que os pegs ae imercaio se elevassem ao valor que desejavarm. (Para eles afnal,o mercado sigosturaisfaclitava 0 atendimento das necessidaes do fazendeir O ins de setembro ou outubro exam em geral provocados quando os pregos ni xavam depois de uma colheitaaparentemente abundnte, indicando um e nto consciente entre 0 produtor eluant eo consumidor rad Nao apresentamos esses comentarios para refutar Adam Smith, mas sim- plesmente para assinalar pontos em que se deve ter cautela, enquanto nhecimento no 6 de vez em quando, emborararamente de forma ta c 1 franca quanto no diario de um agricultore mercador de cereais de Whittlesford (Cambridgeshire) em 1802: Compe ceo para dau ade 05s cing lis por qua deel th Pana 12s gro dol Os aes ober sua farina, eto bom dis eli eis pence porcelain, pane pagova eres querade im cli nove ence po clam Feomaénga Daraospobes emu bon pai, Compre 320 quarto de onelada Olucto nessa transac foi superior a mil libres Vv Se 6 possivel reconstrui lo aematvos dao polis das rita asain lcs rsp ta abe Essa tarefa € menos facil, Somos mnfrontados com um conjunto complexo de anilise racional preconceit € Padres tradicionais de resposta a escassez, Tampouco é possivel, em qualquer 164 olasde“desgraga” E por mai penerosaah pudesse parecer aos olhosdo cidadio, todacolheita erg panhada por boatos de mofo, inundagdes, espigas bichadas que se dese rendas tinham de ser pagas, ocrescimento dos u ‘omos recentemente lembrados de que “os mer- cadres ganhavam dinheto no século svi" que os metcadores de gros pos dom ter ganho dinheito “operando 0 mercado”. Tais operagées sio rewistradas lary grupos que endossavam as teorias da mento dado, identiticar ido, Eles compreendem e incluem ho: epois de 1750. cada ano de eseasse? era folhetos e cartas a imprensa, de valor de~ ompanhado por ui a é Jo livre de ceteais. 1. Era uma queixa comum dos protagonistas do mere: membros desavisados da gentry adicionavam combustivel 2s chamas do sontentamento da turba Verdade nisso tudo, Na realidade, a multida ui ‘indignavam com 0 srmedisrio que para eles era um mercador no aurorizauo. Nos lugares em ‘6s senhores das Podesta gsm ens fessentiamn da perda de seus @ eram senhores fazendeiros, que viam a farinha grossa ou fina negociada a pregos desproporcionalmente elevados em relagao ao que rece~ ‘dos negociantes, eles se indignavam ainda mais com 0s lueros desses eO- reiantes comuns. O ensafsta de 1718 tem um titulo que é um compéndio de tema: An essay to prove that regrators, engrossers,fovestalers, hankersand “jobbers ofcorn. catile, and other marketable goods |...]aredestructive oftrade, ppressors to the poor. and c.common nuisance to the Kingdom in general [Um (0 para provar que aqueles que compram cereais, gado e outras mereadorias negociaveis para revender, pura agambarcar o mercado ou para o mercado fu- “furo, bem como os vendedores ambulantes ¢ 0s intermediarios desses produtos ol deere in decg bent hatte scree ETS Nos termos cli Jago adotada pelos homens de patrimOnio es “belecidoem ref . ‘eles sions vagabundos [..] Levam tudo o que possuem consigo, e0s seus [1 fe- teursos no sao mais do que um simples habito de montaria umm bom caval, uma Tistadas feitas © mercados, uina quantidade proJigiosa de impudéncia. Eles por- tamamareade Caim e,como-le, erram de lugar para lugar, realizando transacies no autorizadas entre o negociante correto eo consumidor honesto." ssa hostilidade ao negociante existia até entre muitos magistrados rurais, al- ns dos quais eram famosos por nfo fazerem nada quando os distirbios po- lares varriam as dreas sob sua jurisdigao. Ni os incomodavam os ataques 20s egociantes de cereais dissidentes ou quacres. Em 1758, um folhetista de Bri tol, que ¢ claramente um negociane de cereals, queixava-se amargamente aos {izes de par da"vossa turba que ditaxs leis” —que impediram, no ano anterior, ‘exportagdo de cereais nos vales de Severn e Wye —e de “muita petigdes in- 165 ee egoctantes (a mio ser que "I ‘condutores de rebanfio Ou carrcteiros, levando as provisSes de um ponto a ou- sou grande sensagioa suaafirmaglo de que os moleiros BE PTA cos deoss0s velhios moidos": "os cemitérios os mor- ego revolvidos, para acrescenta sueira ao alimento dos vos" ou, como spiro folhetista “aera presente [esti se banqueteando com os ossos co imeritico computou que se esti EL thea sando cal na escata de Seu arra/ a0. real seria consumida na fabrieagdo do pao em Londres do que na indstria rirugio,)* Am do alum, muito usado para branguear pio, a forme jovavelmente a mistura de farinha velha ees- frutiteray a varios juizes de paz” Na verdade, cresce a conviegio de que o ty. ‘multe popular contra os que faziam compras antecipadas de gros nfo ery ralvisto pelas autoridades. Desviava a atengao das pessoas dos tazendeiros ¢ los que viviam de rendas, enquanto us ameagas vagas das sess0es trimestrais dg jribunal contra os que compravam os cereais de antemo davam aos pobres yocao de que as autoridades estavam cuidando de seus interesses. Asantigas lei Yeontra as compras antecipadas, queixava-se um negociante em 1766, silo impressas.em todo jornal, expostas em todo canto, por ordem dos jufzes, pang intimdar os que agambarcamo mercado, contra quemse propagam muitos boats, (© povo instruida eter uma opinito muito elevada ereveremte dessas les. con! js comum de adulteragao era pr dacom anova.” Mas populagio urbana estava prontaaacreditarqueadul- raticadlus, e essa crenga contribuit para a pois entao se acreditava que um Na verdaule, ele acusava os juizes de encorajar “a extraordinara fegio de queg podere oespirito da turba sao necessarios para executar as leis” " Mas seas leis eram realmente aplicadas, elas se dirigiam quase sem excecao contra os peque- nos culpadlos — os vendedores ou mercadores locals, que embolsavam pe ‘uu farinha, enquantoem ow : hie Ise ein ra eagies, vias —, eiigintG 08 prade¥ negoianioaM :moleiros nao eram atingicios , Assim, para tomar um exemplo tardio, um juiz de paz antiquado e rabue | | gento de Middlesex, J. Girdle, organizou una campanha geral de acusagGes Havia outras areas, igualmente sensiveis, em que as queixas da multi F contra esses infratores em 1796 e 1800, com impressos oferecendo recompen- cram alimentadas pelas queixas dos tradicionalistas ou dos profissionais wr- & sa por informagies, cartas a imprensa etc. As condenagdes foram confirmadas panos. Naverdade. pode-se suzerirque, seas multiddes sedis ou fixadoras e em virias sessGes trimestrais dos tribunais [Quarter Sessions}, mas a quanti de precos agiam segundo um modelo e6rico consistent, esse era uma recons- ganha pelos especuladores niio passava de dez ou quinze xelins. Podemos ima- xintarque tipode infratoras suas acusagGes atingiram peloestiloliterdrio de uma carta andnima que recebeu: “rug seletiva do paternalismo, extraindo dele todasas caracteristicas que mais favoreci, ciam uma possibilidade de cereais mais Sabemos que voc € inimigo dos fazendeiros, farinheiros, padeiros ¢ do nosso ‘amo de negicios. Se no fosse por mim ¢ por outra pessoa, voce, seu filho da pu 1a, tera sido assassinado hd muito tempo por oferecer suas infelizes recompensas «© por perseguir a nossa pr Vii para inferno desaparega, Vocé nio vivers para ver outra colheta[.." Tal particularidade era, entretanto, inspi tos que s6 se revelam bem claramente quando jrada Es nogdes gers =m ‘Aos tradicionalistas compassivos como Girdler uniam-se cidadios de Jrias posigdes sociais. A maioria dos londrinos suspeitava que todos os en vidos na produgio e comércio dos griios, da farinha e do pio praticavam t0- Jo tipo de extorsao. O lobby urbano foi sem diivida especialmente poderoso nia jetade do século, pressionando pelo fim da subvengao a exportugo ou pela oibigtio de todas as exportagdes nos anos de carestia, Mas Londrese as cidudes maiores abrigavam reservas inesgotiveis de ressentimento, e algumas das is agressivas provinham desses locais. Na década de 1750, umcer- ‘ou um arrazoado declarando 166 |, derivadade umaeconomia regio em que cram culti- ps. Sobre um motim causado, Pela exportagdo em Suffolk, em 1631, um magistrado escreveu: “ver 0 seu pad ncado de suas mios e enviado a estranhos transformou a impaciéncia dos po- em fiiria e desespero desregrados”.” Num relato vivido de uma rehelido ng 1067 ‘mesmocondado 78anos mais tarde (1709), um negociante descreveu como“a tur. ba se rebelou, ele acha que eram varias centenas de pessoas, declarando que os ccereais no deviam ser levados para fora ca cidade”: “entre os integrantes da tug. ba.algunstinhamalabardas, outros varapaus com ponta de ferro, alguns magas. Ao viajar para Norwich, em varios lugares ao longo do caminho: 1740, eeutou que ele “no passava de um rebelde." Em 1783, um aviso eno na cruz do mercado ein Calis, comegava sss Se sn apa peter Clem ‘ouvindoqueeleia passar comoxcereais.aturbadisse-the que nau deviapassarpela pois ele era Vamos apedrej 1m patie, um atravessador de cereais, e alguns gritavar .quem-no do cavalo! — ainda outros: Dera rubem-no,¢cuidem para acerté-lo em cheio quando ele ..] Ines perguntow 6 que ‘os levavia se rebelar de forma io desumanaemdetrimentodesimesmose dopa, eles continuavam a gritar que ele era um patife ¢ que ia levar os cereais para a ranga |. Jot — outros: Arr vrs Cart continua oa var oc ov Lata ee ep apecamene em 798 quand seca ee he xpi ssc prea an AED SS es od a nama eo recent de wi CT ee agntoa decom vate esd ram Nghe faimpediraexportacao das mercadorias da pariquia. As carro amines Taduse descarregadasnascidades por onde passavam. O transporte dos jos se anproporges dun operas mia se alguma tav Rit f Exceto em Westminster, nas montanhas, ou nos grandes distritos de pastae gens de ovelhas, oshomens nunca estavam muito longe da paisagem dotrigo. A indiistria manufatureira ficava dispersa pelo campo: os mineiros de carvao iam para o trabalho caminhando ao lado dos campos de trigo; os trabathadores domésticos deixavam os seus teares ¢oficinas para ajudar na colheita, A sensi- bilidade nao se limitava i exportago para oalém-mar. Eram especialmente sen- siveis as dreas marginais de exportaco, nas quais Se exportavam poucos cereais Gemem profindas as carrogas com suas pesadas cares. Tat como seu obscure destino, vergam-se ao longo das estrada 1nosanosnormais, mas as quais,em temposde escasse7, os negociantes podiam. od apcs rode, numa fentaererrvel procissa. t esperar por um prego caido do céu em Londres, agravando com isso a carestia Com metade da cotheta, a seu destino elas seguem : local.” Os mineiros de carvan —em Kingswood, na floresta de Dean, em Shrop- tal ire, no Nordeste — eram especialmente inclinados a agir nessas épocas. Os Aeerpedicde secreta, como anvite neiros de estanho da Cornualha tinham fama de teruma iascivel conseiéncia Que encobre seus iments nda evita iz + Enquanto.o pobre lavrado, ao deixar acai, . Desenbre v enorme celeiro to vacin quanto seu barraco. consumidores, sempre prontos a sair para as ruas ¢ usar a forga. ferno de uma revolta em Padst 1m mal disfargada admiragaio: Tivemos 0 escreveu um fidalgo de Bodmin em 1773, ‘Ameagava-se dest 0s canais.” Os navios eram assaltados nos ports. | [EmNook Colliery pertode Haverfordwest, os mineiros ameagaram fechar oes thirio sum pontoestreit, Até as barcagas no Severn e Wye nao ficaram imunes . mA indignacdo também podia se inflamar contra negociantes que, por ha ‘compromieso.com mercados de fora desbaratavam oy suprimentos costummeirn dacomunidade local. Em 1795, umagricultoreestalajadeiro rico perto de Tiver~ Jonreclamou a0 Ministério da Guerra que havia reunides de amotinaclos "amea Algun 1s pessoas andaram exagerando na exportagio dos cereais [..]. Setecentos ‘ou oitocentos mineiros de estanho foram até li, e primeiro ofereceram aos comer ciantes de cereais devessete xelins por 24 galdes de wigo; mas ao sabetem que na dla receberiam, arrombaram imediatamenteas portas do pordo ecarregaram twdoo {que li havia, sem darem nenhum dinheiro ou prego.” Asexportacies para oestrangeiro subvencionadaseram as que piorressen- mento provocavamem torno da metade do século. O estrangeiro era visto como Igusm que recebia os gros a pregos s vezes mais baixos do que os praticados 10 mercado inglés, com a ajuda de uma subvencio paga com impostos ingleses their dark course they bend © Deep groan the wagg0ns wih ther pon ous Tos! As thei dark cour they oar home > along the ras! Wheel following wel sm dea proces lod With a anew) e Um negociante de North Yorkshire, a quem mergulharam no TeV Svc he poor plowghman, when he leaves his bed Sees the huge bam asempty 26s she 168 169 gando botar abaixo ou incendiar a sua casa, porgue ele recebia manteiga dog fazenderos e produtores de lite vizinhos para envi-la pea carta que paseg bela sua porta para j.J Londres". Em Chudleigh (Devon), no mesmo ano. g multdo destrvu as maquinas de um moleiro que cessara de fornecet faring ha para os biscoitos dog nnavios com o Departamento de Vitualhas da Marinha: isso deraorigem (diz ee ‘numa fase eveladora) "Qidgiade que pratiquet uma grande infamia contraene Trinta anos antes, um grupo de mercadores de Londres charg :nevessirio pedira protege dos militares para os seus amazéns de quo aolons ‘comunidade local, por ter um contrato de venda de munidade” 20 do rio Trent Os armaréns [....em perigo por causa dos mineizos ‘monopolizadores, mas.aum grande grupo de neo tamente necessérios para guardar o queijo recebido. a ser iransportade até Hula ali embarcado para Londres.” Essas reclamagdes estio relacionadas com a queixa, jd observada, da retic ‘ada das mercadorias do mercado aberto. A medida que 08 negociantes sc afus. tavam cada vez mais de Londres e atendiam com mais freqiéncia os mercados Provineianos, eram eapazes de oferecer pregos e comprar em quantidades que Jevavam fazendeiros 8 impaciéncia com as pequenas encomiendas dos pobres, “Agora esti fora dos tramites dos negécios", esereveu Davies em 1795, “que o fazendeiro venda os cereais por alqueire a este ou aquele pobre; exceto em al. uns lugares particulares, como favor, para os seus prdprios trabalhadores.” E quando os pobres mudavam a sua demanda dos grios para a farinha, a histéria era muito semelhante: “Nem o moleiro, nem o farinheiro vo vender ao traba- {nador uma quantidade menor que um saco de farinha pelo prego de varejo nas lojas; € 0 bolso do pobre raramente permite que ele compre um saco inteiro Je uma 86 vez" Por isso, 0 trabalhador ea impelido a recorrer as pequenas lojas do varejo, onde os pregos eram majorados." Os antigos mercados decaam ou, onde ainda eram mantidos, mudavam de fungao. Se um cliente tentasse compra lum tinico queijo ou meia manta de toucinho, escrevia Girdlerem 1800, “ele ver- tamente ouvird um insulto como resposta, eo vendedor Ihe dird que todo 0 lote foi comprado por um fornecedor de Londres” *” Podemos tomar como exemplo expressivo dessas queixas, que as vezes Causavam revoltas, uma carta andnima deixada em 1795 junto & porta do prefeito de Salisbury Covalheiros dt municipatidade, pego que acabem com a prética empregada em nossos mercados por trapaccizos e outros earregadores, pritica que s6 é possivel Pela iberdale que os senfores thes dao de limpar o mercaclo deixando-o sem na- «da. pontode os habitantes nfo poderem comprar nem um tnico artigo sem recor Fer aos negociantes, pagando o prego extorsivo que Ihes parecer apropriado,e eles at6 oprimem 0 povo, como se as pessoas ndo fossem dignas de um olhar. Mas 0 se fempo logo chegaré ao fim, assim que os soldados sairem da cidade. 170 amotinados, nlo pertencema es de queijp. ¢ So absoly. jcta-e que a unicipadads expuseosearegadores do mercado até que os jo tena sido tenis, mpegs om aguas le mandar a a acarcaa itera dura ver, obrigando-osaretalhar acare no mere ir primero cidade” sata informa ao prefeito que mais de een eto posivamentejrara ealdade mitu.com o objetivo de ci Seal uenas parcelas, pnt pia conparcrisem pe or | e ir sentimentos intensos. Nd me pets c medias or capa de despertar sentiment Si desist somenerorados Danese as, ose ca sacudidae transbordando, os homens vos deta no regage" rpc A pono una de Cares técoceder a tod mame, psn aloo aos oes do pore Bf gana medida podria eer dferenga de um dia sem psn =e Pa cates insucesso, it w a medida Winchester como padra een co al sues, npr meta Winchester co rao feoal nna grandevariedade de med ideo da Bisdanconafosdeuiscidade mercado par ua eaainlers ope ats depen ison, Ags es am mgr mons — :s mL sito jores — do que a Winchester; por vezes os aoe sy peat prefect, énci 1m as preferidas dos clientes. vera, mas com mais egutaca era as prefers s pr serad: nto ues camatsnisbabs popula Sees fd ida Winchester], por causa de seus contetidos diminutos, e os sagocianes JJinstigam essa tendéncia, pois é seu interesse manter toda incerteza a respei ee medias” — oe fst de maramediaeentement eins esis, “es vezes tumultos. A carta de um mineiro de Clee Hill (Shropshire) a um “it ho sofredor” declarava: a sma Srrsn mine unc accom pio Smee 1 acer ett lalate mutase promos aia gia er 7° 7cmoc ina iia peer eno vas meneame} Cartas para os agricultores em Northiam (Sussex) alertavam: Cairo «qu espera 6 ue tomem eta cata como um alert geval pa ce pha de ado» pecs quits oem aad stg me Dorque seo um gra grupo va queimar a pesnss mess, Quando es {iverem todos deitados e darmindo, eles vao queimar os seus ee todos woods junto [) of Agriculture explicava Em 1795, um colaborador de Hampshire nos Annals o se wi re exp ous ue 0s pobres “ficaram com a idéia errada de que 0 prego dos gros a vi comarecente alter somerset ako dle doe ss Wier pi suomint ace Soper aco acomieey num momento de aumento depres do mercado tag Rae Onis ison Peace ee neues 5 eat i G68 Godtemeya page woisa dessas? Também posso dizer que estou amando 9 moleiro que vem ” ser por ano compro nosso trigo". Se vamos acreditar em tudo 0 que Fo! srito sobre cle nesses anos, & historia do moleiro pouco mudura desde o Ee gd nen de Chaucer Masse peguen@ OTN Fn scsi orevestien Gs paste — 0S eenere mais desenvolvido era awusalo de acrescentar pecuites novos ¢ «ue tho uma acontuada preferncia pla medida de nove g da que mais chega perto de um alqueire de farinhs O de jugar quel dove pagar por um algae de ana, ue. coma eda “atual, requer mats aritmética do que the & dado dominar.* ‘ Ainda assim, as nagdes aritméticas : i «es aritméticas dos pobres talver no estivessem (#0 das. As mudanas nas medida, como as rdangas no sistema monettio dec ‘mal, por algum passe de miieica Se (no Final do século) os pobres aberto muito mais empreendedores: Pois antes ele s6 rowbava com gentile ‘Mus ugon era escandatosamente adrae.® pmpravan menos crels 10 Mead se fato també io ae ¢ fato também apontava o aumento de impor do moleiro Ao. [Nmextremo, ainda temosopequeno moinhorura. cobrandoa magia de acordo com ocostume. Ela pada er tomadaem feria (sempre da “melhor f Glagtucdichem-neetide cain aisha edo mais fino polvho no centro da canoura”): © omo a proporg0 a ane pase cals as fiavava a mesma, Fosse qual fosse a flutuago nos pregos. 0 moleiro sa se one Shalit ret jer a con- funhando se os pregosetavam altos. Em torn des paquenos moinhos que co ia i ia a eafiado oom canto isolado do rio, aonde as mu- ‘bravam tributos (mesmo quando a maquia fora substituict por pagamentos erm aia cyaeinin ae cereais para moer; talvez igualmente 0 seu inheiro) multiplicavam-se as queixas, e havin tentativas intermitentes de re incl os sustento; talve7 0 seu status na ale. 0 que 0 torn ‘puld-los.”” Como os moleiros entravam cada ver mais no ¢ mmércio, ou enti partido — tudo isso pode ter contribuido para a enda: frofam og cereais por Sua prépria conta paraos padeiros, eles tinham pouco tem- Uma moga viva, tdo viva e alegre ‘po para os pequenos clientes (com um ou dois sacos de trigo respizado). Poris- Ela foi ao moinho certo dia ‘$0, a demora era interminavel. Igualmente por essa raz30, quando entregue, & Ll farinha podia ser o produto de outros gros, bem inferiores. (Reclamavarse que guns moleiros compravam irigo estragado pela mctade do prego, que eles en- Sip Inisturavam com otrigo de seus clientes)" Como pasar do séeulo, a. adap- Yenhaseenar mink ele deca Jo de muitos moinhos para fins indusriais deu aos pequenos moinhos ainda * ee frre hae istentes uma posigdo mais vantajosa. Em 1796. as queixas repercutiam tanto pa eirand eae le node atorizar Sit Francis Basset apeesentar oprojetod el Mile stl taeelecanembeauma 1 tinha como objetivo regular de forma mais rigorosa as suas priticas, pesos Eelesfalarum disse fara dag Falaram de anor provou ser gent Ela logo deseobrin que o moinke mora. uum lado, ele tinha a fama de ser um liberting Othe, un cetamim de trigo para moe, ‘6 passo ficar pouco tenipo das ‘Mas esses pequenos moleiros eran naturalmente 8a XIN, Os grandes moleiros do vale do Tmisae das grandes cidades eanstitufam si de empresirios. ule negociava farinha e malte em grande slo ‘oA Wek somes ne wean 294 9/9 en pe a TH ps fsa ens ants ite Cane st et oy py wnt grind your corn 1 fear! My st high: med a mn a ny see | Soet ae nig Then sea at They ae ts he kel of oe eve pred in She son fa the il we! oa Ae . fo reconhecidas. no século xvi, a Inglaterra tambem teve suas Pame soon (uy For terior he sal bat cutesy Bur now he was a tie our me 173 « aie Clusive aquelas reliquias extraordindrias, os moinhos com diteitos senhoriais Havia certamente um grande nimero de pequenos tumultosdiante day {soke mills}, que exercium um monopstio absoluto da moagem dos gros (e da a venda da farinha) em importantes centros manutatureiros, como Manchester, Bradford e Leeds." Na maioria dos casos, 0s senhores detentores dos direitog fla hist dox Scho Mills em Manchester cj direitos enheris fosey concedidos como dotagao de caridade para sustentar uma escola secundiia, Deisrrenderes impute don diets nopiaa em 1737 os ee Rae iaieaanaace ftom meros pequenos negociantes com pouco capital) ‘A Ctars Si, ome come grande conse cidaes sempre std neendrio eabeecer recat para dat safagdevan pov de qu pegacobale pels page oe a masiazador aca carci” Pelee Osso, dois moleiros magia, ‘Querem matar de fome a cidade, ou quase: ‘Mas que se liga bem alt, a Pele €Osso, Que a Came ¢ 0 Sangue ndo agitentardo.® ‘Quando, em 1757, novos arrendadores procuraram proibir a importagio de fa nil; Tina para ctescent cide; enquatyao ack tengo geiah on eased nhos (era o que se alegava) praticando extorsao e demora de entre Gs ‘36 podia ter esperangas de ter um: rendimento maior que angue realmente nao aglenaram mais, Ne emo daqoele no, pelo eo pars hic Ta aba ts de oeancel mas os direitos senhoriais foram finalmente rompidos.* Mas até quando nao . pare apresentava nenhum direito senhorial, um moinho podia dominar uma comu- ealidade, 0 padeiro as vezes precisava Cuicar ee nidade populosae provocarafitiado pove por um allmentorepentinonagraro ponio de recrutar a multiddo para defendé-lo: quando Hannah Pain, de Kette~ da farinha ou uma evidente deterioracdo na sua qualidade, ‘ing, reclamou aos juizes do peso’ tla piss padeing “Easinoa sera East a Perc irormecea nercia ser chicotea, ois haviabastane es ra ate ) visio de gros qu els ainda tm, debulhiados ou 0 |. 176 files entao podiam dar ordens aos fazendeiro andar “quantidades con venientes” ao mercado pa sp didas " Osjuizesainda autorizagio paral "A rainha e seu conselho opinavam que os pregos altos eram em parte Jevidos aos agaimbarcadores, em parte wo “desejo ganancioso” dos que culivam contentam com ganhos moderados, mas procuram ¢ inven= las mais cereais que “nao se vmmeiosde manteros precosaltos coma manifesta opressio das cama Fores”. As ordens deviam ser executadas “sem nenhuma parcialidade, sem Joupar ninguém Naesséncia, portanto, 0 Book of orders autorizava os magisty da dos jbris locais) a ‘a especificar as quantidades a serem enviadas ao mercado; ea im- + com severidade toda parte da legislagao relativa ao mercado, as licengas & ‘compras antecipadas, Nio se devia vender nenhum gro de cereal ano ser mercado aberto, “a menos que fosse para alguns pobres artesdos, ou dia- tas, dentro da pardquia em que residem os produtores de graos, pessoas a podem convenientementeiraté as cidades-mercados”. As ordens de 163 fio autorizavam explicitamente os juizes a fixar 0 prego, mas mandavam-n dar do mercado e asscgurar que os pobres fossem “abastecidos dos cerea| lecessarios [...] pelos pregos mais favordveis que se pudesse obter por me! ppersuasio honesta dos juizes”. O poder de fixar 0 prego dos gros ¢ da f inha ficava, numa emergéncin, a meio caminho entre a imposigao € a pel juasa0."" Essa legislagao de emergéncia estava caindo em desuso durante as Guer- rida de que uma Iradigio dreta se estende d 8 ages a (Os alfabetizados t&m memrias igual- Tente duradouras: o proprio Book of orders {oi republicado, numa ediga0 nao ficial em (GEBWE depois novamente en ‘um discurso pretiminar a0 Ieitor sobre presente “combinagio perversa para se cri escasse7” [As proprias ordens eram em parte ums resposta@ pressio dos pobres ye Os cereais esto muito cams Me pergunta se muitos vio morver de fome este ano —* Assim rezavaum aviso de versos de pé-quebrado afixado no portico daigrejama Parisquia de Wye (Kent) em 1630: (01 The Cove isso dear ¥ dou man will starve this yeate — 7 sow ANNE ake rr Sendo euidarem disto Alguns de voces vo se dar mal Annossa alma € valiosa, Pelo comportenham algun cuidado Anes de subirmos ao een Umpouco bastard ta Vacés que tém a sua posigio Cuidem paara nde desonrar a sua profissie [oul Cento inte anos mss AED, fons incendkésiasestavam novameme senlo pregadas nas portas das igrejas bem como nas tabuletas das estalagens) das pardquias dentro do mesino distrito administrativo de Seray em Kent, inci {ando os pobres a se rebelar." Podem.se observar muitas dessas continuidades de ago, embora ertamente se espalhasse paru novos distitos no século x clue qui em Banbury e Chipping Norton, a multidio “tirou os eereais das carrogas 3 forga quando esses estavam sendo carregados pelos acambareadores, dizendo ue estava decidida a executara lei, uma vez que os magistrados a negligencia- vam". Durante as extensas desordens no Oeste em 1766,. xerife de Glouces- tershire, um fabricante de roupas, ndo conseguia disfargar seu respeito pelos amotinados que se irigiam [..] auma easa de fazenda ¢ educadamente pediam que os donos deb Ihasseme levassem seu tigo ao mercado, vendendo-o poreince xelins 0 alqueire Obtida essa promessa, ¢ eles tendo recebido algumas provisées nao solieitadas, partiam sem a menor violéncia ou delito, Se Jemos outras passagens dos relatos do xerife, podemos encomtrar a maioria das caracteristicas verificadas nessas agdes: “Nasexta-feira passada, a0 soar das trompas, uma tutba se rebelou nessa regio, composta inteiramente das camadas mais baixas da populacao, como 0s teceldes, os mecnicos, 0s traba- lhadores, os aprendizes ¢ os garotos ete. [...".“Eles seguiram para um moinho de cereais perto da cidade |. cortando os sacos de farinha e dando, carregando € destruindo os cereais ete.” Depois cuidaram dos principais mercados, fixando © prego dos grios. Trés dias mais tarde, ele enviou outro relat6rio (61) Ifyou see not to thi Sum of you wil speed amis/ Our souls they are dear For ou ‘ly have sume oeare/ Before we anise Less will sais [Yu tha are set in place/ See that youre profesion you doe not disgrace [1 78 +s visitaram fazendeiros, moleitos, padeiros e vendedores ambulantes,¢ vende 1 cereais, Farinna, pio, queijo, manteiga € toucinho pelos pregos que eles mes fs fxaram, Em geral devolviam 0 produto [isto & 0 dinheiro] aos proprietarios| ha sua auséneia, dei xavan-Ihes 0 dinheiro:€ comportavam-se com grande re jardade edecéncia, quando no enconiravam rsisténeia, com insult vio~ cia, se havia oposigdo. Mas saquearam muito pouco, e para evitar esse tipo de io, nfo deixam que as mulleres 6s meninos os acompanhern. Depoisde visitaros moinhose metcados io redor de Gloucester, Stroud» Ciren~ ester, eles se dividiram em grupos de cinqiienta e cem, ¢ visitaram as aldeias e fsfazendas, pedindo que 0s cereais fossem levados ao mercado com pregos jus- fos, e arrombando os celeiros. Um grande grupo se dirigiu ao proprio xerife: Neer ouside Res Wis wiceassuseantmrenee: ram com penis. Gti aE DSIRISAREDIREAS:

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