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Sociologia da educação

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Leonardo Cardozo, Fernanda Endruchak, Fernando Victorasse, Fabricio Engelman

1. Como as teorias não-críticas e crítico-reprodutivistas enxergam a sociedade, o papel


da educação, a marginalização e em qual sociólogo cada uma delas se sustenta?

Segundo as teoria não-críticas, a sociedade é vista como sendo “ignorante” por


não ter conhecimento político, logo o papel da educação seria iluminar as pessoas, ou
como Saviani (1989): “tirar a “miséria moral” das pessoas”, quebrando, dessa forma, a
“marginalidade”. Os marginalizados seriam os ignorantes, no caso, as pessoas da
sociedade fora da escola; que seria, segundo o autor, uma espécie de “antídoto” contra a
ignorância, não sendo afetada por ela. O sociólogo que se encaixa é Durkheim, pois a
escola mantém as ordens sociais ao passar seus conhecimentos previamente escolhidos
pelas gerações mais velhas para as gerações recentes.
De acordo com as teorias crítico-reprodutivistas, a sociedade é dividida em
classes, e a escola discrimina socialmente: ensinando aquilo que é considerado universal
e legitimado pelas classes dominantes, suprimindo a cultura da classe dominada, o que
caracteriza uma violência simbólica, de maneira a manter a ordem social. Para Marx,
um dos principais representantes das teorias crítico-reprodutivistas, a marginalização é
um problema social.

2)      Sob a forma de um texto, caracterize a Pedagogia Tradicional. Nesse texto,


deverão estar presentes respostas às seguintes questões:

a. Quem é o marginalizado?
b. Qual o papel da escola?
c. Como a escola se organiza?
d. Quem está no centro do processo educativo?

A pedagogia tradicional
A pedagogia tradicional foi o primeiro método de ensino a se estabelecer durante
a universalização da educação e compunha os primeiros planos nacionais de ensino.
Trata-se de uma pedagogia não-crítica que tem como principal pensador Émile
Durkheim, e tem a visão de educação como uma ferramenta de manutenção da
sociedade, de adequar os alunos ao convívio social, desta maneira retirando-os de sua
miséria moral e os tornando cidadãos prontos para viver na democracia burguesa que
surgia, isto é, ensinar a cada um o seu devido lugar na sociedade .
Nesta visão, aqueles que não possuem educação são os marginalizados e é dever
do estado “curar” estas pessoas da ignorância. O estado utiliza da escola como
ferramenta para o fim da ignorância, difundir o conhecimento para o máximo possível
de pessoas. Dessa forma, a escola organiza-se em classes, nas quais muitos estudantes
assimilam o conhecimento transmitido por um professor.
Pensando neste tipo de organização, o professor possui o papel central no ensino
dos alunos, portanto é necessário que seja bem preparado e, uma vez que é dele que
parte o conhecimento, ter a total iniciativa e controle do rumo e da organização da
classe; os alunos devem ouvir atentamente, repetir exercícios e realizar testes.
Apesar do esforço para a universalização da educação, os resultados foram
diferentes do esperado: muitos alunos não conseguiam acompanhar as aulas, ficando
para trás no processo educacional. Tal fato, originou muitas críticas à pedagogia
tradicional.

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