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- 3ª LISTA DE EXERCÍCIOS -

CURSO: PISM I CONTEÚDO: LÍNGUA PORTUGUESA

(PISM I – 2014 Adaptado) Leia o texto abaixo, publicado por ocasião do lançamento do filme A
Rede Social, em 2010, para responder às questões de 1 a 3:

TEXTO I
Mark Zuckerberg - ou a vitória do nerd
Rodrigo Levino e Renata Honorato http://veja.abril.com.br19/12/2010

Parte da controvérsia em torno de Zuckerberg tem a ver com o modo como ele construiu sua
empresa e acumulou sua incrível fortuna, a 35ª maior do mundo.

Criador do Facebook, site de relacionamentos que hoje congrega 500 milhões de


pessoas, e dono, com apenas 26 anos, de uma fortuna estimada em 7 bilhões de dólares, o
americano Mark Zuckerberg tornou-se, em 2010, algo mais que um prodígio dos negócios e da
tecnologia. Recontada no filme A Rede Social, sua história alcançou pessoas que, de outra
maneira, não prestariam atenção a ela, e ganhou aquele verniz peculiar que as artes, e o
cinema em especial, são capazes de conferir a um personagem. No lugar de outras figuras do
Vale do Silício, como Larry Page e Serge Brin, os fundadores do Google, agora é Zuckerberg
quem representa a “geração 2.0”, aquela que molda a internet e tem sua vida moldada por ela.
Ele se transformou num ícone – positivo para alguns, infame para outros.
Parte da controvérsia em torno de Zuckerberg tem a ver com o modo como ele construiu
sua empresa e acumulou sua incrível fortuna, a 35ª maior do mundo, segundo a revista Forbes.
Amparado no livro Bilionários Por Acaso, do jornalista Ben Mazerich, A Rede Social fala dos
processos que ex-colegas moveram contra Zuckerberg, acusando-o de deslealdade e até
mesmo roubo de propriedade intelectual.
O filme não toma um partido claro. Permite que se veja Zuckerberg como alguém que fez
o necessário para concretizar uma visão genial, ou apenas como um jovem de caráter
questionável (é difícil contar o número de vezes que ele é qualificado de “canalha” no filme).
Enseja, assim, uma discussão sobre os limites da ambição, sobre obstinação e agressividade -
a velha querela sobre a moral do capitalismo.
Talvez o fato de a revista Time ter escolhido Zuckerberg como personalidade do ano na
semana passada indique a direção da maré. Em 1984, quando a mesma Time cogitou elevar
Steve Jobs – o hoje lendário fundador da Apple – à categoria de personalidade do ano, desistiu
na metade do caminho, por causa da ira que seu nome despertava na comunidade tecnológica
dos Estados Unidos. Em vez do rosto de Jobs, foi o computador Macintosh que apareceu na
capa da publicação. Foi diferente com Zuckerberg. A revista estampou sua foto na capa. E o
comparou com outra personalidade que, ao receber a homenagem, também tinha 26 anos: a
rainha Elizabeth II, da Inglaterra. “A diferença é que a rainha herdou um império, enquanto
Zuckerberg construiu um”, diz o texto.
Segundo o consultor de comunicação em mídias sociais Alexandre Inagaki, há
elementos politicamente incorretos na história de Zuckerberg, mas os jovens que vão ao
cinema para conhecer sua trajetória estão equipados para vê-los de maneira positiva. Diz
Inagaki: “Se a internet é o novo rock’n’roll, como dizem por aí, é compreensível o posto de ídolo
de Zuckerberg. Nas bandas de rock os ídolos não são bonzinhos. Mas o mau comportamento é
compensado pela música. O mesmo ocorre neste caso. A invenção do Facebook compensa as
possíveis falhas de quem o inventou.”
O outro aspecto da controvérsia sobre Zuckerberg está no modo como sua história
celebra a tecnologia. Há uma longa tradição de pensamento que vê as máquinas – e sobretudo
os computadores – com desconfiança e temor. No próprio Vale do Silício há quem encampe
esse ponto de vista atualmente. É o caso de Jaron Lanier, um pioneiro da TI que lançou neste
ano o livro Você Não é um Gadget, no qual defende um “retorno ao humanismo” e critica
figuras como Ray Kurzweil e Larry Page, apaixonados pela ideia de uma fusão entre homens e
máquinas, naquilo que chamam de “Singularidade”.
Para quem segue linhas de raciocínio como essa, redes sociais como o Facebook são
um ambiente em que tudo é simulacro: ao criar um perfil as pessoas mentem, dão vazão à sua
vaidade, abrem mão de sua privacidade e de uma vida interior com alguma profundidade. Até
as amizades são falsas. Para os entusiastas de Zuckerberg e do Facebook, essa crítica é
alarmista e caricaturesca.
Até agora (e isso ainda está presente em séries como The Big Bang Theory), o nerd era
apenas um sujeito para quem resolver equações da física quântica era fácil, enquanto namorar
uma garota era um problema insolúvel. Com sua fibra nos negócios, sua namorada bonita (uma
estudante de medicina chamada Priscilla Chan) e seus bilhões no banco, a ascensão de
Zuckerberg transformou para sempre o nerd – tirou-o do canto e o pôs no centro da festa.
A história continua, mas a melhor descrição desse novo personagem, tomado em grupo
e não isoladamente, talvez seja a que a romancista inglesa Zadie Smith ofereceu recentemente
na New York Reviewof Books. Zadie Smith não é uma entusiasta das redes sociais e se
descreve como alguém da geração 1.0, inserida por contingência na geração 2.0. Segundo ela,
porém, “não há como deixar de sentir um pouco de orgulho por essa geração. Eles passaram
uma década sendo criticados por não criar o tipo certo de pintura ou literatura ou música ou
política. Acontece que os garotos 2.0 mais inteligentes estavam fazendo outra coisa
extraordinária. Estavam criando um mundo.”

1) Releia este fragmento:

“Se a internet é o novo rock’n’roll, como dizem por aí, é compreensível o posto de ídolo de
Zuckerberg. Nas bandas de rock os ídolos não são bonzinhos. Mas o mau comportamento é
compensado pela música. O mesmo ocorre neste caso. A invenção do Facebook compensa as
possíveis falhas de quem o inventou.”

De acordo com a citação acima, pode-se afirmar que:

a) no mundo da internet, como no do rock, ninguém é bonzinho.

b) Zuckerberg não pode ser comparado a um ídolo do rock.

c) a qualidade da música compensa as falhas dos ídolos do rock.

d) o Facebook apresenta tantas falhas quanto o próprio rock.

e) a invenção do Facebook evidencia as falhas de Zuckerberg.


2) Na frase: “a ascensão de Zuckerberg transformou para sempre o nerd – tirou-o do canto e o
pôs no centro da festa”, como se pode entender essa transformação?

a) os nerds passaram a ter vida festiva depois de Zuckerberg.

b) Zuckerberg ensinou os nerds a não serem mais tímidos.

c) os nerds deixaram os estudos para aproveitar mais a vida.

d) os nerds passaram a ocupar uma posição social de destaque.

e) Zuckerberg mostrou aos nerds como agirem nas festas.

3) Sobre as diferenças entre a geração 1.0 e 2.0, é correto afirmar, segundo o texto, que:

a) a vida da geração 2.0 não é guiada pela internet.

b) a geração 1.0 não tinha interesse por literatura.

c) a geração 2.0 foi injustamente alvo de críticas.

d) a geração 2.0 não é bem representada por Zuckerberg.

e) os garotos 2.0 criaram um mundo caricaturesco.

4) Observe as imagens a seguir:

TEXTO II
TEXTO III

Com base na leitura das charges, pode-se afirmar que o usuário do Facebook:

a) pode sempre contar com seus amigos dessa rede social.

b) imagina que vê pessoas que não existem na vida real.

c) faz um grande número de amigos para as horas difíceis.

d) não tem, como supõe, amigos verdadeiros nessa rede social.

e) tem, como as crianças, facilidade de fazer muitos amigos.

(PISM I – 2015 Adaptado) Leia o seguinte texto para responder às questões 5 e 6:

TEXTO IV
A ação sob um novo olhar

O cineasta Luc Besson é catalogado como o diretor francês que mais se parece com um
profissional americano de Hollywood, por seus longas serem carregados de ação explosiva,
além de quase sempre protagonizados por anti-heróis típicos de produções da terra do Tio
Sam. A presença de astros consagrados reforça essa definição — basta lembrar filmes icônicos
como “Nikita” (que virou até seriado nos EUA), “O profissional”, “O quinto elemento” e as
franquias “Carga explosiva” e “Busca implacável”. A diferença de Besson está no modo
inteligente como ele insere, num peculiar cinema comercial, arte e reflexão sem parecer
picaretagem, conseguindo atrair a simpatia de diferentes públicos.
“Lucy” é o mais novo projeto com essa sua marca: a estrela Scarlett Johansson surge
numa história que, num primeiro momento, lembra um filme de super-herói. Scarlett faz uma
mulher acidentalmente envolvida na negociação de uma droga experimental, que, ao entrar em
sua circulação, faz com que ela aumente a utilização de seu cérebro em 100%. A turbinada
resolve então procurar um pesquisador (Morgan Freeman) do assunto, ao mesmo tempo em
que um traficante está à sua procura.
Com o filme colocado dessa forma, Lucy parece uma prima próxima da personagem
Viúva Negra, também interpretada por Scarlett na série de filmes com super-heróis da Marvel
— igualmente com cenas eletrizantes de luta. Mas “Lucy” (no original) também faz uma reflexão
em torno de questões como evolução, metafísica e tempo. Percebe-se que Besson se diverte
pelo jeito como desenvolve a narrativa: a cada estágio de transformação de Lucy, o diretor
intercala as explicações científicas do tal pesquisador. Tudo de maneira a sustentar o conceito
por trás da trama, desenvolvido com extrema habilidade e num ritmo propositalmente acelerado
com objetivo de dar credibilidade ao improvável.

A AÇÃO sob um novo olhar. Disponível em: <http://rioshow.oglobo.globo.com/cinema/eventos/criticas-


profissionais/lucy11057.aspx>. Acesso em: 16 de agosto de 2014.

5) O texto acima é um exemplo do gênero textual:

a) resumo.

b) ensaio.

c) biografia.

d) resenha.

e) editorial.

6) A quem se refere a expressão “tal pesquisador”, na linha 23 do Texto I?

a) Ao ator Morgan Freeman.

b) Ao diretor Luc Besson.

c) Ao personagem interpretado por Scarlett Johansson.

d) Ao personagem interpretado por Morgan Freeman.

e) Ao personagem interpretado por Luc Besson.

Leia o texto abaixo para responder às questões seguintes:

TEXTO V
Lucy
Entrevistamos especialista para desvendar o mito cerebral
Doutor em psicobiologia nos ajuda a conhecer a verdade por trás da trama
por Rafael Sanzio

Lucy, filme de Luc Besson com Scarlett Johansson como protagonista, estreia […] no
dia 28 de agosto nos cinemas brasileiros. O filme aborda o mito de que o ser humano só usa
10% de seu cérebro e que, através de uma droga, a personagem principal começa a
desenvolver todo o potencial cerebral. Depois de conferirmos o trailer, o Fique Ligado quis
saber a verdade sobre toda essa história. Entrevistamos Nelson Torro Alves, doutor em
psicobiologia na USP e membro fundador do Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e
Comportamento, para sabermos mais sobre o potencial cerebral, já que o professor de 39 anos
também é membro permanente do Programa de Pósgraduação em Neurociência Cognitiva e
Comportamento da Universidade Federal da Paraíba – o cara certo para tirar nossas dúvidas!
[...]
Na trama do filme Lucy é dito que nós, humanos, somos capazes de utilizar 10% de
nosso cérebro. Isso é verdade ou é um mito? Ficamos estacionados na porcentagem ou
podemos aumentá-la de forma natural?
Nelson Torro: Definitivamente, é um mito. Em primeiro lugar, não há evidências
científicas que sustentem a afirmação de que usamos um dado limite do cérebro (p. ex. 10, 20
ou 60%). Existem várias complicações nessa suposição. Por exemplo, como podemos medir
com relativa certeza quanto do cérebro está sendo usado? É um problema também do ponto de
vista biológico: por que razão teríamos um cérebro tão potente e só usaríamos parte de nossos
recursos? O cérebro, tal como funciona, já é muito dispendioso para o organismo, consumindo
cerca de 20% de toda a energia corporal. Além disso, os organismos não teriam vantagens
adaptativas desenvolvendo um sistema tão complexo, mas que permanecesse inutilizado.
Há registros de uma porcentagem maior que a média?
Nelson Torro: O grande problema é como medir o uso do cérebro. Não existem bons
parâmetros para isso.
Lucy vai ganhando novas habilidades à medida que aumenta a capacidade
cerebral. Com 20% ela consegue controlar as células do corpo. Com 50% ela controla a
matéria e com 60% ela pode controlar pessoas. O que há de verdade nisso e o que há de
exagero?
Nelson Torro: Pelo que sabemos atualmente, tudo é um exagero. No máximo, um
cérebro mais “potente” tornaria a pessoa mais inteligente, com melhor memória ou mais atenta.
Há drogas que aumentam o potencial cerebral da pessoa? Como isso é possível?
Nelson Torro: Existem drogas que parecem aumentar as funções atencionais e a
concentração, tal como o metilfenidato, que é o princípio ativo dos medicamentos Ritalina e
Concerta, usados no tratamento de crianças com o Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade. Mesmo em adultos saudáveis, o medicamento parece ter um efeito benéfico
sobre o raciocínio e aprendizado. No entanto, essa é uma questão polêmica, pois não sabemos
quais são as consequências a longo prazo do uso desses medicamentos, que podem afetar a
dinâmica do funcionamento cerebral. Seria muito recomendada uma droga tradicional de
aumento do potencial cerebral, a cafeína, presente no café e guaraná, por exemplo. O café
promove o alerta e estimula as funções cerebrais, além disso, em doses moderadas, traz outros
benefícios à saúde.
Na maioria das cenas de Lucy é como se ela ganhasse super poderes, contudo
deve haver um lado ruim nesse uso exagerado do cérebro. Quais as desvantagens do
uso em demasia do nosso cérebro? Aguentaríamos o tranco, tanto fisicamente como
psicologicamente?
Nelson Torro: É bem possível que houvesse consequências negativas, caso isso
ocorresse. Existem muitos relatos de pessoas com capacidade de memória extraordinária, mas
que não se tornaram necessariamente mais inteligentes ou mais bem-sucedidas por conta
disso.
Com os estudos atuais dessa área, acredita que iremos descobrir algum dia o
verdadeiro potencial de nosso cérebro?
Nelson Torro: Acho que esse potencial já é conhecido. Nosso cérebro é muito bom,
flexível o bastante para aprendermos coisas novas durante a toda vida. A exemplo da
personagem do filme, podemos aprender também chinês; não em uma hora, mas podemos
aprender. Podemos também adquirir novas habilidades graças à plasticidade cerebral, incluindo
habilidades motoras, tal como esporte ou dança, conhecimentos gerais (matemática, história,
literatura) e habilidades musicais, por exemplo.
Vendo o trailer do filme, qual a porcentagem de veracidade dos poderes adquiridos
pelo cérebro de Lucy?
Nelson Torro: Nesse caso, é mais fácil quantificar: 0%. (risos)
Em sua opinião, o que poderemos fazer ao alcançarmos 100% da nossa
capacidade cerebral?
Nelson Torro: Sempre vale a pena investirmos no aprendizado de novas habilidades e
conhecimentos. Torna a vida mais mental mais rica.

ALVES, Nelson Torro. Entrevista. Disponível em: <http://www.fiqueligado.com.br/single-noticias/>. Acesso em: 16


de agosto de 2014.

7) Tanto o Texto IV quanto o Texto V afirmam que:

a) o que se passa no filme é meramente ficção.

b) o filme traz questões sobre o tempo e o cérebro.

c) o filme apresenta um conceito cientificamente provável.

d) pode haver consequências negativas no uso exagerado do cérebro.

e) há drogas que nos permitem alcançar 100% da nossa capacidade cerebral.

8) Releia a seguinte frase, extraída do Texto V:

“Na maioria das cenas de Lucy é como se ela ganhasse super poderes, contudo deve haver um
lado ruim nesse uso exagerado do cérebro. Quais as desvantagens do uso em demasia do
nosso cérebro? Aguentaríamos o tranco, tanto fisicamente como psicologicamente?”

A expressão “aguentaríamos o tranco”, característica de uma fala mais informal, poderia ser
adequadamente substituída por:

a) aceitaríamos o fato.

b) suportaríamos a tarefa.

c) ficaríamos mais ágeis.

d) ficaríamos mais fortes.

e) teríamos problemas.
(UFAL – 2010) Leia, com atenção, o texto a seguir e responda ao que se pede:

TEXTO VI
Os puristas e a mentira do “vale-tudo”

Atenção! Cuidado! Alerta! Não acredite nos puristas que andam declarando nos meios de
comunicação que os linguistas são defensores do “vale-tudo” na língua. Esse é mais um dos
muitos argumentos falaciosos que eles utilizam para desqualificar os resultados das pesquisas
científicas e as propostas de renovação da pedagogia de língua inspiradas em critérios mais
racionais e menos dogmáticos, e em posturas políticas menos intolerantes e mais
democráticas.
É claro que, numa perspectiva exclusivamente linguística, de análise da língua em seu
funcionamento interno, tudo tem o seu valor. Afinal, como nada na língua é por acaso, então
toda e qualquer manifestação linguística está sujeita a regras e tem sua lógica interna: não há
razão para atribuir maior ou menor valor à forma linguística A ou à forma linguística B. Seria
algo tão inaceitável quanto um zoólogo achar que as borboletas têm maior valor que as
joaninhas e que, por isso, as joaninhas devem ser eliminadas... Para o cientista da linguagem,
toda manifestação linguística é um fenômeno que merece ser estudado, é um objeto digno de
pesquisa e teorização, e se uma forma nova aparece na língua, é preciso buscar as razões
dessa inovação, compreendê-la e explicá-la cientificamente, em vez de deplorá-la e condenar
seu emprego.
Mas o linguista consciente também sabe que a língua está sujeita a avaliações sociais,
culturais, ideológicas, e que precisa também ser estudada numa perspectiva sociológica,
antropológica, política etc. Nessa perspectiva, existem formas linguísticas que gozam de maior
prestígio na sociedade, enquanto outras – infelizmente – são alvo de estigma, discriminação e
até de ridicularização. As mesmas desigualdades, injustiças e exclusões que ocorrem em
outras esferas sociais – no que diz respeito, por exemplo, ao sexo da pessoa, à cor da pele, à
orientação sexual, à religião, à classe social, à origem geográfica etc. – também exercem seu
peso sobre a língua ou, mais precisamente, sobre modos particulares de falar a língua.
BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim! - São Paulo: Parábola, 2009, p.35-36.
9) Mais relevante do que saber em que classe gramatical uma palavra se enquadra é saber que
função essa palavra desempenha no texto e que efeito de sentido provoca no discurso. Nessa
perspectiva, assinale a alternativa correta.

a) No trecho: “Não acredite nos puristas que andam declarando nos meios de comunicação que
os linguistas são defensores do “vale-tudo” na língua. Esse é mais um dos muitos argumentos
falaciosos que eles utilizam para desqualificar os resultados das pesquisas científicas (...).”, os
pronomes destacados levam o leitor a realizar um movimento de retomada no texto, o que
promove a coesão entre fragmentos desse trecho.

b) No trecho: “Afinal, como nada na língua é por acaso, então toda e qualquer manifestação
linguística está sujeita a regras e tem sua lógica interna:”, o termo destacado é uma conjunção
que, nesse contexto, tem valor comparativo.

c) No trecho: “É claro que, numa perspectiva exclusivamente linguística, de análise da língua em


seu funcionamento interno, tudo tem o seu valor.”, a expressão ‘É claro’ expressa um sentido
adverbial de dúvida e suposição.

d) O último parágrafo é iniciado com uma conjunção: “Mas o linguista consciente também sabe
que a língua está sujeita a avaliações sociais, culturais, ideológicas, (...).”, que cumpre a função
de intensificar a referência feita ao número de ‘linguistas conscientes’.

e) No trecho: “existem formas linguísticas que gozam de maior prestígio na sociedade, enquanto
outras – infelizmente – são alvo de estigma, discriminação e até de ridicularização.”, o advérbio
destacado indica o modo como as formas linguísticas são discriminadas.

10) A análise das características gerais do Texto 1 nos permite afirmar que:

1) apesar de ele ser iniciado com trechos apelativos, do ponto de vista funcional, trata-se de um
texto expositivo, com argumentação consistente em defesa de um posicionamento teórico.

2) de um ponto de vista semântico, vê-se que há evidente prevalência do sentido conotativo das
palavras e expressões nele empregadas, como requer o gênero de texto selecionado.

3) nele, optou-se pela simplicidade vocabular e pela obediência às recomendações da Norma


Padrão da língua, sem a utilização de muitas figuras de linguagem que dificultassem sua
compreensão.

4) embora, do ponto de vista temático, ele aborde questões referentes à língua, sua função não é
privilegiadamente metalinguística; o que sobressai é sua função referencial.

Estão corretas:
a) 1, 2, 3 e 4
b) 1, 2 e 3, apenas
c) 1, 2 e 4, apenas
d) 1, 3 e 4, apenas
E) 2, 3 e 4, apenas
GABARITO

01) C
02) D
03) C
04) D
05) D
06) D
07) B
08) B
09) A
10) D

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