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FISICA TERMICA A DEFINIGAO Definigao do conceito de calor. Definigées e aplicagées das trés Leis da Termodinamica Apresentagao do efeito fisico de dilatagao e contragao de corpos, inerente a variagao de temperatura. Abordagem das formas conhecidas de propagagao de calor. PROPOSITO Estudar, a partir da Fisica Térmica, a nogo, as limitagdes e as aplicagées do calor, além de suas formas de propagacao e dos fenémenos relacionados a variagao de temperatura nos corpos. OBJETIVOS MODULO 1 MODULO 2 MODULO 3 MODULO 4 a ete Set Sea &e re : es 1/74 INTRODUGAO Tree eC oe) aperfeigoamento de equipamentos que en neuen pela variagao de temperatura, tais como os etme eT eens fee eae erty Pee eee c cee ier Nesse periodo, havia duas linhas de See oe tee MC Caen Deen eee) eens 0 modelo mecanico defendia a ideia de que o calor é uma forma de energia existente devido ao movimento das inumeras particulas microscépicas que compéem qualquer matéria, Se hé movimento, hd energia cinética e choques entre particulas, e entre as uiltimas e o recipiente que as compreende, ‘© que da origem a pressao. Essa teoria foi desenvolvida por Daniel Bernoulli* e ¢ aceita até os dias de hoje. Fonte: Shutterstock *Daniel Bernoulli: Daniel Bernoulli (1700-1782) - Matematico suigo. Tornou-se célebre pela aplicagao da matematica & mecanica, em especial & de fluidos. Além disso, foi pioneiro na abordagem da pressdo atmosférica em termos moleculares. Ja 0 modelo calérico defendia a ideia de que o calor é um tipo de matéria, com massa desprezivel, cujas moléculas que a compéem sao responsaveis por interagir com as de todas as outras substancias e, assim, repassar sua energia. 2/74 Devido a experimentos realizados durante os séculos XVIII e XIX, em especial os experimentos do fisico inglés James Prescott Joule*, essa teoria passou a nao ser mais aceita. Fonte: Shutterstock *James Prescott Joule: James Prescott Joule (1818-1889) - Fisico irlandés. Descobriu relagGes entre o calor e a energia mecénica, levando ao desenvolvimento da Primeira Lei da Termodinamica. Trabalhou com Lord Kelvin na elaboragao da escala absoluta de temperatura. Apés sua morte, foi estabelecida, como homenagem, a nomenclatura Joule para unidades de trabalho, tal como a Lei de Joule, que aborda as relagGes entre o fluxo de corrente por meio da resisténcia elétrica e o calor dissipado. Os estudos acerca do calor intensificaram-se apés a Revolucdo Industrial - com a criagdo das maquinas a vapor ~ e foram a base para as trés Leis da Termodinamica que vieram em seguida A partir de entao, no ambito da Engenharia, 0 uso do calor para realizacdo de trabalho mecanico tornou-se fundamental, pois, em boa parte dos projetos, passou-se a utilizar maquindrios e equipamentos que tm como base as leis da Termodinamica. Fonte: Shutterstock Neste tema, estudaremos, primeiramente, os conceitos de calor e a teoria aceita hoje (modelo mecénico). Em seguida, conheceremos as Leis da Termodinamica, os efeitos de dilatagao e contragao dos corpos a partir da variagao de temperatura e as formas de propagagao de calor. 3/74 CONCEITOS A primeira pergunta que faremos (e responderemos) neste médulo é a seguinte O que é calor? Quando pensamos em calor, vem logo a mente um dia quente, nao é mesmo? Isso tem uma razo. Popularmente, é comum ouvirmos frases do tipo: roca HOJE ESTA + fs SS aS Fonte: Shutterstock No dicionario Aurélio (in, FERREIRA, 2004), algumas das definigées de calor sdo: “Sensagdo que se experimenta, em ambiente aquecido, ou junto de um objeto quente e/ou que se aquece’, “Qualidade ou estado de quente; quentura’, 4/74 Em termos fisicos, o que é calor? Antes de discutirmos esse conceito e suas aplicagdes em maquinas, é importante definirmos outra nogao intimamente relacionada a de calor: temperatura TEMPERATURA Vocé consegue explicar o que é temperatura sem recorter aos conceitos populares de quente e frio? A partir da aceitagao do modelo mecanico do calor, podemos definir temperatura como: Amedida do grau de agitacao das moléculas de determinado corpo, ATENGAO E importante que vocé tenha em mente essa definigaio para nao cometer 0 erro de seguir o conceito de temperatura a partir de sensagées tateis. Amovimentagao das moléculas define seu estado térmico, ou seja, a temperatura de um corpo esta associada a energia cinética média das moléculas que o constituem. Quanto maior a agitac¢do das moléculas, maior a energia cinética e a temperatura. SAIBA MAIS Escalas termométricas Valores numéricos podem ser atribuidos a temperatura utilizando escalas termométricas. As trés escalas mais comuns sao: 5/74 Escala Celsius a ~ Utilizada na maioria dos paises, inclusive no Brasil. Definida a Gi partir do valor 0° para a fusao do gelo e 100° para a ebuligao da Agua, por Anders Celsius*, em 1742. = Fonte: Shutterstock *Anders Celsius: Anders Celsius (1701-1744) - Astrénomo sueco. Definiu a escala termométrica batizada com seu sobrenome. No campo da Astronomia, foi um dos io Astronémico de Uppsala, sua cidade natal, em 1741. Escala Fahrenheit Utilizada em alguns paises de lingua inglesa, tais como EUA e Inglaterra, e definida a partir do valor 32° para a fusdo do gelo e 212° para a ebuligdo da Agua, por Daniel Fahrenheit*, em 1724. Fonte: Shutterstock *Daniel Fahrenheit: Daniel Fahrenheit (1686-1736) - Fisico e engenheiro alemao. Definiu a escala termométrica batizada com seu sobrenome. Além disso, também foi responsavel pela criagao do termémetro de merctirio Escala Kelvin Utilizada para indicar temperaturas em célculos cientificos. Também é chamada de escala absoluta de temperatura Kelvin [K] é a unidade de temperatura no Sistema Internacional de Medidas. Diferente das outras duas escalas, esta nao foi definida a partir dos pontos de fusdo e ebuligao da Agua, mas sim por meio de cdlculos. A temperatura zero kelvin indica a temperatura na qual cessa o movimento das moléculas, e foi indicada por William Thomson*, também conhecido como Lorde Kelvin. Fonte: Shutterstock *William Thomson: William Thomson (1824-1907) - Engenheiro, matematico e fisico irlandés. Definiu a escala termométrica batizada de Kelvin. Também contribuiu 6/74 significativamente para as dreas da matematica e da fisica. Ganhou o titulo de Lorde Kelvin pela importancia de suas realizacées. Agora que sabemos o que é temperatura, podemos comegar nosso estudo de calor e suas aplicagées praticas. CALOR Diferente do que foi apresentado por algumas definicdes do dicionério Aurélio e Por seu uso corrente no senso comum, em termos fisicos, calor néo é uma sensagao, experimentagao ou estado de algo quente. Calor é energia térmica em transito que fui entre corpos ou sistemas, desde que haja uma diferenca de temperatura entre eles. Certamente, vocé percebe a existéncia do calor em seu cotidiano 7/74 \ = Outro exemplo comum é 0 fato de vocé sair na rua em um dia frio e "sentir" frio. A sensagao de frio na pele existe porque seu corpo esta cedendo calor para o ambiente. 8/74 Por exemplo, quando decide tomar banho e a agua estd muito fria, o que vocé faz? Abre a toreira da agua quente, ndo é? Mas e se ficar muito quente? Simples: vocé diminui a vazio da agua quente ou, entdo, abre mais a agua fria, certo? 0 fato de misturar 4gua em diferentes temperaturas, a fim de chegar a uma temperatura agradavel, é uma pratica comum que funciona devido ao calor que flui entre as aguas. ATENGAO Calor é uma forma de energia transitéria, que existe, espontaneamente, somente enquanto ha diferenca de temperatura entre corpos. 0 “sentido” dessa transferéncia de energia é sempre do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. EQUILIBRIO TERMICO: LEI ZERO DA TERMODINAMICA Equilibrio térmico é definido como a condigao final obtida apés dois ou mais corpos trocarem calor entre si e, entao, atingirem a mesma temperatura. Quando isso acontece, cessa 0 calor (ou transferéncia de energia térmica) e dizemos que os corpos estao em equilibrio térmico. A figura a seguir ilustra esse proceso: 30°C wore A B A B (CESSA A TRANSFERENCIA DE CALOR. FFQULIERO TERMICO ALCANCADO! No exemplo, A e B sdo dois corpos idénticos, porém com temperaturas diferentes, As moléculas de A possuem, em média, velocidades maiores do que as moléculas em B. 9/74 Apés o equilibrio, tanto as moléculas de A quanto as de B possuirao, em média, velocidades e temperaturas iguais. Essa condicao € conhecida como Lei Zero da Termodinamica, que pode ser enunciada como: “Se um corpo A esta em equilibrio térmico com um corpo C, e este, por sua vez, estd em equilibrio térmico com um corpo B, entao, A estd em equilibrio térmico com B.” Na pratica, essa lei nos afirma que, se tivermos um sistema com diversos corpos, com temperaturas diferentes, haverd fluxo de calor no sistema (alguns corpos cedendo e outros recebendo calor), até que o equilibrio térmico seja alcancado. Podemos dizer ento que, quando ha fluxo natural de calor, as temperaturas dos corpos so diferentes? Sim, isso é verdade. E 0 efeito do calor serd sempre o de mudar a temperatura dos corpos? Bem, isso nem sempre é verdade! Veremos a seguir que um outro efeito possivel do calor é mudar o estado de agregacao* de um corpo. Assim, para facilitar o entendimento, podemos dividir o calor em dois tipos: calor sensivel e calor latente. *Estado de agregagdo: Estado definido pelas ligagdes intermoleculares em que determinado corpo se apresenta. Podemos citar trés estados: sélido, liquido e gasoso. Cada um deles apresenta caracteristicas particulares. Existe, também, um quarto estado, no muito comum, chamado de plasma, Oe ee eee ee Mais adiante, no préximo médulo, veremos que o calor também pode ser responsdvel por realizar trabalho mecnico. Essa é a base das maquinas a vapor que revolucionaram a forma de producao no século XVIII e no inicio do século XIX. 10/74 CALOR SENSIVEL Chamamos de calor sensivel aquele usado para variar a temperatura de um corpo sem. alterar seu estado de agregagao. Esse calor pode ser recebido ou cedido para outro corpo. Observe a situagao a seguir: Se colocarmos uma panela com 1 litro de Agua e outra com 2 litros para esquentar no fogao, ambas & mesma temperatura, qual precisaré de mais calor para atingir uma ‘temperatura comum no final? Com certeza, quanto mais 4gua, mais calor precisara ser fornecido, concorda? Com que variaveis esse calor esta relacionado? Vamos descobrir juntos? Para um corpo variar de determinada temperatura, o calor necessario é diretamente proporcional a quantidade de matéria ~ Fonte: Shutterstock i Assim, podemos concluir que o calor para variar a temperatura de um corpo, chamado de calor sensivel, depende da quantidade e tipo de matéria que compe 0 corpo e de quanto &a variagao de temperatura. De forma experimental, concluimos que o calor necessario é dado por: Onde: W/74 Cnr ea Exemplo Precisamos aquecer uma chapa de ferro de 1,0 m?, fazendo sua temperatura passar de 20°C para 120 °C. Conseguimos calcular a quantidade de calor necessdria para a realizagao dessa tarefa? ‘Sabendo a densidade superficial do ferro (necessério para encontrarmos a massa que tem nessa chapa) e 0 calor especifico do ferro, conseguimos, sim. Basta aplicarmos a equacao do calor sensivel Fonte: Shutterstock Fique atento A equagao do calor sensivel é usada somente quando nao ha mudanga de estado de agregagao, de um corpo, ou seja, 0 calor é responsavel apenas pela variacdo de temperatura, Caso a variagao de temperatura seja negativa, o valor de Q seré negativo (m e ¢ sao sempre positivos). Isso indica que o corpo esta cedendo calor para outro corpo ou sistema. Consequentemente, sua temperatura diminuird, Por outro lado, se a variacao de temperatura for positiva, o valor de Q sera positivo. Isso indica que o corpo estd recebendo calor de outro corpo ou sistema. 12/74 CALOR LATENTE Chamamos de calor latente aquele usado para alterar as ligagées intermoleculares de determinado corpo, fazendo com que seu estado de agregacao seja modificado. Esse calor pode ser recebido ou cedido para outro corpo. Em geral, para substéncias puras, enquanto seu estado de agregagao esta sendo mudado, sua temperatura se mantém constante. Assim, 0 calor latente s6 depende da quantidade e do tipo de matéria que compéem o corpo. Logo, pode ser dado por: Onde: ena O calor latente de transformago (L) pode ser definido como: A quantidade de calor necessdria para mudar de estado 1 g de determinada substanci: A partir do conhecimento dos calores sensiveis e calores latentes envolvidos em um sistema, podemos quantificar a Lei Zero da Termodinamica da seguinte forma: “A soma de todos os calores envolvidos em um sistema, positivos e negativos, é igual a zero.” 0 médulo da soma de todos os calores cedidos por corpos em um sistema (sensiveis ou latentes) deverd ser igual ao médulo da soma de todos os calores recebidos por outros corpos dentro do mesmo sistema (sensiveis ou latentes). 13/74 FIQUE ATENTO O calor latente de transformaco pode ser positivo ou negativo, a depender se o corpo esta recebendo ou cedendo calor. Para transformar gelo em agua liquida, o gelo precisa receber calor, e, portanto, calor latente de fusao é positivo. Para transformar agua liquida em gelo, a dgua liquida precisa ceder calor, ¢, portanto, 0 calor latente de solidificacao negativo. Aregra geral é a seguinte: Para levar 0 corpo ao sentido de maior liberdade das moléculas (sélido para liquido, liquido para gasoso), é preciso fornecer calor. Logo, L é positivo. No sentido contrario, é preciso ceder calor. Logo, L é negativo. Quando colocamos Agua para ferver, normalmente, ela esta a temperatura ambiente no momento em que vai ao fogo, correto? A agua entra em ebuligao (comeca a ferver) a 100°C ao nivel do mar (isso dependerd da pressao atmosférica — quanto maior a pressio, maior sera a temperatura de ebulicao). 0 calor envolvido nessa operagao, primeiramente, é do tipo calor sensivel ~ Fonte: Shutterstock fazendo a gua sair da temperatura ambiente e indo até 100 °C. Quando a agua alcanga essa temperatura, todo calor fornecido a partir desse ponto é usado para transformar agua liquida em vapor de agua. Nesse caso, 0 calor latente entra em aco até que toda agua tenha virado vapor d’agua. Se colocarmos um termémetro dentro d’agua, veremos que ele indicaré um aumento de temperatura até o ponto de ebuligo. A partir desse ponto, a temperatura indicada pelo Fonte: Shutterstock 14/74 termémetro permanecerd constante, até que toda agua vaporize. CAPACIDADE TERMICA Um parametro bem ttil no estudo de calor & a capacidade térmica, que nos fornece a quantidade de calor necessério para determinado corpo variar sua temperatura de 1 °C. Utilizando a equagao do calor sensivel, podemos definir capacidade térmica (C) como: Note que a capacidade térmica é uma propriedade que depende da massa, e nao somente da substancia, como o calor especifico. Em termos praticos, podemos dizer que: A capacidade térmica é o grau de resisténcia de um corpo em variar sua temperatura. Esse pardmetro é muito util quando usamos ealorimetros que nao sao ideias, ou seja, que cedem ou recebem calor das substancias contidas nele. SAIBA MAIS Para saber mais sobre 0 assunto, leia 0 texto Efeito Joule unidade de calor. EFEITO JOULE E UNIDADE DE CALOR = i" - 0 Efeito Joule é um fenémeno fisico em que um | sistema elétrico transforma energia elétrica em energia térmica (calor). Existem diversos equipamentos que utilizam o efeito Joule em seu funcionamento. Fonte: syahrulkhalid / Shutterstock com 15/74 Podemos citar como exemplos 0 ferro, a torradeira e o chuveiro elétricos. Em todos eles, 0 principio basico é de uma corrente passando por uma resisténcia que tem sua temperatura aumentada devido a transformacao de energia elétrica em térmica Com a temperatura aumentada, essa resisténcia transfere calor para os corpos que esto ‘em temperaturas inferiores em contato com ela, Como calor é energia em transito, sua unidade é a mesma de energia, independente se é calor sensivel ou calor latente. No SI, sua unidade é o Joule [J], em que: y Uma unidade bem comum no estudo de calor ¢ a caloria [cal]. Isso porque 1,0 cal (que equivale a 4,18 J) € 0 calor necessério para variar em 1,0 °C 1,0 grama de agua, ou seja, 0 calor especifico da agua é 1,0 cal/g °C. 4 “N tke + m?/ Nutricionistas costumam adotar a unidade Caloria (repare: C é maiisculo), apesar de conceitualmente errado. 1 Caloria ¢ diferente de 1 caloria nesse uso habitual. Na verdade, 1 Caloria equivale a 1.000 cal ou 1 keal. Essa energia esta relacionada com a liberada pela queima do alimento consumido, ou seja, combustivel organico para o ser humano. Em termos de unidades relacionadas a grandezas fisicas, a unidade Caloria, com C maitisculo, nao existe. Fonte: Shutterstock Entdo, quando um nutricionista lhe passar uma dieta de 2.000 Calorias, significa que vocé podera consumir alimentos que lhe garantam 2.000 kcal ou 8.360 kJ de energia. 16/74 VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Sobre a definigao de calor e a Lei Zero da Termodinamica, sao feitas as seguintes afirmativas: |. Calor é uma energia que pode ser armazenada em um recipiente e transformada em trabalho mecénico. Il. Calor é uma energia em movimento e ocorre quando ha diferenga de temperatura entre corpos. Ill, O calor fui espontaneamente do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. IV, Enquanto houver diferenga de temperaturas entre corpos em um sistema, havera transferéncia de calor, até que o sistema atinja 0 equilibrio térmico Podemos afirmar que: a) Todas sao corretas, b) Ha somente uma afirmativa incorreta c) Ha somente duas afirmativas incorreta 4) Ha somente trés afirmativas incorreta. Pec uc) Parabéns! A alternativa B esta correta, Pee eo ea Dee a em Ce COCR acm cee Rar) energia em transito, logo, por definicao, ndo é possivel armazend-la TCC aOR ene Cu nak ace Un ns SRS Re TNO Cee ca cen een Ecce ag temperatura, até que 0 equilibrio térmico seja atingido Ae CCE ee Cura cunt MCUs CC cicr ee ig ee Ue ku ie 17/74 2. Seja uma piscina retangular de 600 m®, cuja temperatura encontra-se a 15°C. A piscina tem agua até a metade da altura possivel. No intuito de deixar a agua da piscina morna, a uma temperatura de 25 °C, uma pessoa precisa despejar uma quantidade M de dgua, a uma temperatura de 40 °C. Sabendo que a densidade da agua é de 1.000 kg/m? eo calor especifico é de 1.000 cal/kg °C, 0 volume de Agua a 40 °C necessério é dado por: a) 100 m? [b) 200 m3 c) 300 m? ) 250 m? eT ce) Be CnC eC Rect Pelo enunciado, ha, inicialmente, 300 m? de agua na piscina. Como o sistema é composto por gua a 40°C e agua a 15 °C, entdo, a agua a 40 °C fornecerd calor para agua a 15°C, Bee Ce en eco h Cech enc CRM tn’ ener ee Ce ene ECE CE ned Ce : eee te Cate E ie (Age Qecebido = 1000Vis - 1000 - (25-15). Qrecesido = 10x10°Vs cal 18/74 ONCE TER Pree nme h ON Ce etree Uke e tere trn descobrir. Como no sistema, 6 existem esses dois corpos (Agua a 40 °C e dgua a 15°C), Pe eee eee te tee ee er acer oe ee temos: IQedtdol = IQuecebidol rata Nae Cer ee Ue RR Ee oe aL eer Roe a Dee Cen ee eke ne eee ieee ee ceca alee HO =O (age Paten) Por a We ee 19/74 3. Em relagao ao calor especifico, sao feitas as seguintes afirmativas: |. Depende da fase em que se encontra a substancia ll. Eaenergia necesséria para variar em 1,0 °C 1 g da substancia. Il Depende da estrutura molecular da substancia. IV, Est relacionado com a mudanga de fase da substancia. Estdo corretas as afirmativas: a) let b)llelV o)|,Illelv ii lelv Comentario Parabéns! A alternativa A est correta. fe elo ole RM ee el ae eR ete Ree e e _Q cae ERC ae eee COR MU eC ke ec) Neen cee ec rear eee ice) substncia e, consequentemente, da estrutura molecular da substéncia. O calor latente de determinada mudanga de fase que esté diretamente relacionado & Reeure ne nee 20/74 4. Em um calorimetro de cobre, a 90 °C, coloca-se 30 g de agua Iiquida a uma temperatura de 10 °C. Apés certo tempo, nota-se que 0 conjunto se encontra a uma temperatura de 60°C. Dado: Calor especifico da Agua = 1,0 cal/g °C. Dessa forma, pode-se dizer que a capacidade térmica do calorimetro é dada por: a) 50 cal/°C b) 60 cal/°c c) 90 cal/°c d) 100 cal/°C Pec ce) Parabéns! A alternativa A esta correta. OTe OI Co Cee ea ECM Moa au er el Ore |céelorinetro(69 — 90)| = [30-1 - (60 — 10)] . C!orimetro — 50cal 21/74 5, Cinco pedras de gelo, cada uma com 100g, foram retiradas do congelador a uma temperatura de -10 °C. Colocadas em um recipiente fechado, submetido a um sistema de aquecimento, apés determinado tempo, todo o gelo se transformou em vapor d’agua, a 120°C. Dados: + Calor especifico do gelo = 0,5 cal/g ‘C; + Calor especifico da agua = 1,0 cal/g ‘C; + Calor especifico do vapor d’agua = 0,5 cal/g ‘C; + Calor latente de fusdio da Agua = 80 cal/g; + Calor latente de vaporizagao da agua = 540 cal/g; + Fuso da agua = ocorre a 0°C; + Ebuligdo da agua = ocorre a 100°C. Desconsidere o calor necessdrio para aquecer o recipiente. Qual foi a quantidade total de calor fornecida as pedras de gelo? a) 57.500 cal b) 92.500 cal c) 275.000 cal d) 367.500 cal Comentario Parabéns! A alternativa D est correta. Neste procedimento, ocorrem cinco processos diferentes envolvendo o calor fornecido ao Reena a Variagao da temperatura do gelo até 0 °C — calor sensivel; 22/74 eee OR CUS Curie ue NC eee Neue ORR Sick CECE CRT OR emener genes CeO EI MCS CU Cen Re eee ac Der OR RSC R ON Tee Peete a Vamos encontrar os calores envolvidos em cada proceso. DoS ORS un Man Oe URC Meo tee oe Sea Me cnc Cee Ee ee Core Eee) EOE] Q= Mego AT Qi =500-0,5 + (0— (-10)) + Qi = 2500cal Coen eee EERO ee CCveTy rT So cee ER Cet ERO Ma Oe eee Er eee Unit eC CULL ester em el Re Ren leek Seeks CORRE ROE aOnRChe meen SU EEUU es UL tem e aula 6. Retira-se 20 g de gelo, a -5,0 °C, de um freezer, e fornece 450 cal. Dados: * Calor especifico do gelo = 0,5 cal/g °C; * Calor especifico da dgua = 1,0 cal/g °C; * Calor latente de fusao do gelo = 80 cal/g. Qual a composigao final do sistema? a) Agua e gelo a 0 °C. b) Agua e gelo a -2,0 °C. ¢) Gelo a-2,0 °C. d) Agua a 5,0 °C. Cerca ene Chee ara resolver a questo, siga estes passos: Encontre a quantidade de calor necesséria para aumentar a temperatura do gelo até 0 ° (calor sensivel). Analise a quantidade de calor envolvida no processo. Se a quantidade de calor necesséria CO eee CO eae rice ener nck tr necesséria for inferior a 450 cal, entao, o gelo comegaré a derreter. Encontre a quantidade de calor necesséria para derreter todo o gelo - calor latente Analise a quantidade de calor envolvida no processo. Se a quantidade de calor necesséria for superior a 450 cal menos o que foi gasto no item 1, entao, o gelo nao derreterd completamente. Assim, teremos gelo e dgua a 0 °C no final. Se a quantidade de calor Dee Ea ea ee cr eet ence num tc et cui) ea OR een oem ete See Re CeCe Rie iC Cee eeu Re en Oat Cee Cae Ret mc Renee! 24/74 CONCEITOS Agora, chegou a hora de vermos como o calor, sendo uma forma de energia, pode ser transformado em energia mecanica e, assim, realizar trabalho mecanico. Termodinamica ¢ a parte da fisica que estuda a transformagao de calor em trabalho mecénico ttil. Ela se baseia em trés leis principais (além da Lei Zero ja discutida). A partir das trés Leis da Termodinamica, ¢ possivel, em determinado sistema, conhecer as limitagées do uso de calor e de suas aplicagées nas méquinas térmicas. Elas serdo apresentadas diferentemente da ordem cronolégica de formutacao, Fonte: Shutterstock PRIMEIRA LE! DA TERMODINAMICA APrimeira Lei da Termodinamica teve origem em 1850 e foi formulada pelo fisico e matematico alemao Rudolf Clausius*. Ela é enunciada como: *Rudolf Clausius: Rudolf Clausius (1822-1888) - Fisico e matematico alemao. Foi um dos fundadores da Termodinamica e o responsdvel pela introdugao do conceito de “entropia’” Em seu artigo Sobre a teoria mecanica do calor, de 1850, desenvolveu os pilares da Segunda Lei da Termodinamica. 25/74 “O aumento na energia interna de um sistema é igual a quantidade de energia adicionada por calor menos a quantidade de energia utilizada para realizar trabalho nesse mesmo sistema”. Fonte: Shutterstock Outra forma de entender essa lei, talvez mais intuitiva, é a seguinte: Como o calor é energia térmica em transito, se fornecermos calor a um sistema, parte desse calor sera usada para realizar trabalho mecanico, e parte para variar a energia interna do sistema. Basicamente, essa energia interna esta relacionada a variagao de temperatura do sistema. Podemos quantificar a Primeira Lei da Termodinamica da seguinte forma: AU = veriag30 de eneraia ite Essa lei nada mais 6 que uma conservacao de energia FIQUE ATENTO Se o sistema realiza trabalho, ou seja, ha aumento de volume, 0 trabalho é positivo. Se o sistema sofre trabalho, ou seja, ha diminuigao de volume, 0 trabalho é negativo. 26/74 Sees a Sr cots Ceo Cree ay Peer eeu e Te) See SEGUNDA LEI DA TERMODINAMICA Descoberta antes da Primeira Lei, a Segunda Lei da Termodinamica foi descrita, primeiramente, pelo engenheiro militar francés Sadi Carnot*, em 1824. *Sadi Carnot: Sadi Carnot (1796-1832) - Fisico, matematico e engenheiro mecanico francés. Além de ter apresentado os principios basicos sobre a Segunda Lei da Termodindmica, forneceu o primeiro modelo teérico das maquinas térmicas Em seus estudos sobre as maquinas a vapor jé existentes na época, Carnot queria encontrar o limite maximo de rendimento* de uma dessas maquinas, visto que, naquele periodo, esse rendimento era muito baixo, e as construgées, baseadas no motor a vapor (j4 aprimorado) de James Watt, eram feitas mais de forma empirica do que baseadas em teorias sobre calor e trabalho mecénico, Carnot idealizou uma maquina (tedrica) e conseguiu descobrir qual seria o maximo rendimento de uma maquina dadas as condicdes de contorno de sua operagao. Fonte: Shutterstock *Rendimento: Razao entre o trabalho realizado pela maquina e a energia total fornecida para ela, Considerando o mesmo intervalo de tempo, a razo pode ser dada entre poténcias Rendimento = poténcia ttil/poténcia fornecida 27/74 Mais tarde, a Segunda Lei da Termodindmica foi enunciada tanto por Rudolph Clausius quanto por Lorde Kelvin, porém ambos se baseavam nas ideias de Carnot, Os dois enunciados parecem definir pontos diferentes, mas so oriundos da mesma lei. Vejamos a seguir: Crete Coy aay Rear ee oaas pete eee) etree Er? eon coeur Cerin Em nosso dia a dia, percebemos essas impossibilidades indicadas tanto por Clausius quanto por Kelvin. E possivel, por exemplo, que um ar-condicionado ou refrigerador operem sem estar ligados a tomada (ou a uma bateria)? Ou, entao, é possivel que um carro transforme 100% da queima do combustivel em trabalho mecénico no motor? Essa lei é a base de funcionamento das maquinas térmicas. Essas maquinas trabalham em ciclo (voltando sempre ao ponto inicial) e podem ser basicamente de dois tipos: motor térmico ou refrigerador. MOTOR TERMICO Esta maquina funciona recebendo calor de um compartimento (Qa) chamado de fonte quente e fornecendo trabalho mecanico para fora (W). Parte do calor recebido é rejeitado para outro compartimento (Qr) chamado de fonte fria. 0 segundo compartimento esta a uma temperatura inferior a0 compartimento que fornece © calor. 28/74 Vocé ja deve ter visto documentarios ou filmes épicos em que escravos jogam carvao em uma caldeira para que o barco ou qualquer outra engrenagem funcione. 0 mecanismo envolvido é 0 de uma maquina térmica. 0 vapor que sai pela queima do carvao realiza trabalho Fonte: Shutterstock 0 esquematico de um motor térmico pode ser dado por: t a Como o sistema trabalha em ciclo, para cada ciclo, pela Fr w conservagao de energia, temos: O- W=Qq-Qr —| P Fonte: Shutterstock Toda energia que entra no sistema ¢ igual que sai. REFRIGERADOR Essa maquina funciona retirando calor de um compartimento (Qr) chamado de fonte fria, devido a um trabalho mecénico fornecido ao sistema (W). Parte do calor retirado é rejeitado para outro compartimento (Qa) chamado de fonte quente. 0 segundo compartimento esta a uma temperatura superior ao compartimento de onde se retira 0 calor. 29/74 Dr seat eee ae dom Eretirad SSSI Geer Nene yo see Reed een ee ean 0 esquemitico de um refrigerador pode ser dado por: Como o sistema trabalha em ciclo, para cada ciclo, pela conservacao de energia, temos: on : W=Qq-Qr 2, FONTE QUENTE Fonte: Shutterstock Toda energia que entra no sistema é igual a que sai. FIQUE ATENTO Pela conservagao de energla, a relagao entre trabalho e os calores envolvidos em ambas as maquinas é a mesma. A diferenga entre elas esté no sinal de cada varidvel Se o calor entra no sistema (esfera central no esquematico), 0 sinal 6 positivo (calor recebido). Se 0 calor sai do sistema (esfera central no esquemitico), o sinal é negativo (calor cedido) O trabalho ja & diferente. Se ele sai do sistema, é porque este realiza trabalho, ou seja, trabalho positivo (trabalho gerado). Se entra no sistema, é porque este precisa receber trabalho externo, ou seja, trabalho negativo (trabalho forgado). 30/74 TERCEIRA LEI DA TERMODINAMICA A Terceira Lei da Termodinamica é oriunda dos estudos de Lorde Kelvin (o mesmo que definiu a escala kelvin) e foi desenvolvida somente no inicio do século XX pelo quimico Walther Nernst. Essa lei diz que: “Nenhum corpo poderd aleangar a temperatura de zero kelvin.” atenenrersceerescesnzuerecey Fonte: Shutterstock Isso significa que, como o calor é energia térmica em transito e esta relacionado com o movimento das microparticulas que compdem uma substancia, a 0 kelvin (ou zero absoluto), os movimentos das microparticulas cessariam. Essa temperatura equivale a - 273,15 °C. Vocé consegue imaginar uma temperatura tao baixa? Alguns cientistas j4 puderam presenciar os efeitos causados nos corpos em temperaturas bem préximas disso. A temperatura mais baixa jé atingida artificialmente é de cerca de 5x 10°K, em um laboratério do Massachusetts Institute of Technology (MIT) - Instituto de Tecnologia de Massachusetts -, em 2003 ¥ Fonte: Shutterstock 31/74 VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Apesar de a temperatura de um corpo no ter um limite superior, ela tem um limite inferior, ou seja, hd uma temperatura minima abaixo da qual qualquer corpo no consegue alcangar. Essa afirmagao esté relacionada a: a) Lei Zero da Termodinamica, b) Primeira Lei da Termodinamica. c) Segunda Lei da Termodinamica d) Terceira Lei da Termodinamica. PerT Cc ce) Be CnC choc DR ee CRRA Lue tua eee cuca Cee eco eoi 32/74 2. Uma maquina térmica pode transformar calor em trabalho mecénico. Isso significa que © calor pode ser transformado em energia potencial ou energia cinética, fazendo algo ser suspenso ou passar a se movimentar. Suponha que uma pequena maquina térmica ¢ usada para levantar pedras. A cada ciclo, uma pedra de 1,0 kg é levantada de 50 cm Dado: Aceleragao da gravidade no local = 10 m/s*, Sabendo que o calor rejeitado por ciclo para fonte fria é de 2 J, e que cada ciclo leva 10 segundos para acontecer, a taxa de calor enviada pela fonte quente a cada ciclo é dada por: a) 0,2 J/s b) 0,3 W/s ©) 0,5 u/s [9.07 J/s eri) PETE USE uC at el cac} Trata-se de um motor térmico, pois a maquina realiza trabalho. O trabalho a cada ciclo é Perec =mgh > W=1,0-10-0,5 -. W=5,0] Case ORE os [es aaa Assim, pela conservacao de energia da maquina a cada ciclo, temos: 33/74 [ee mn eae lee) CES tk eee Ae Mi ee Cec oe Pelee ety 34/74 3. Sobre as Leis da Termodinamica, € correto afirmar que: a) A Segunda Lei da Termodinamica nao impede a possibilidade de haver uma maquina com 100% de eficiéncia. b) A Segunda Lei da Termodinamica nos diz que € possivel retirar calor de uma fonte friae passar para uma quente, mas nao de maneira espontanea c) APrimeira Lei da Termodinamica nos diz que, se o calor é fornecido a um sistema, sempre hd trabalho mecanico realizado. 4) A Terceira Lei da Termodinamica indica um valor maximo e um valor minimo de temperatura que os corpos podem alcangar. Pec) LTE USE eg Rc Rocce ATUL UE SEAT LU Cy Oe Cee Le USC uC R Cm ER Rela Creer} DNC CCI RCC MCC ae RC eR emt) CTE c) Falsa - Pela Primeira Lei da Termodinamica, um processo pode ocorrer com W = 0, ou ja, todo calor envolvido é usado na variagao de energia interna Oe er ce ta Mee eC ue cy Pea es 35/74 4. Para funcionar, um refrigerador consome 1.600 J de trabalho por ciclo termodinamico. Dados: Calor latente de fusdo da agua = 80 cal/g; Teal = 4,2 J. Sabendo que o calor retirado da geladeira a cada ciclo é o mesmo necessério para solidificar completamente 25 g de agua a 0 °C, qual ¢ a quantidade de calor rejeitada para o ambiente a cada ciclo? a) 2.000 J b) 3.600 c) 6.800 J d) 10.000 J Comentario Dn Cun Recs TCR eM CC CC eae ECCS indica a quantidade de calor da fonte fria, como vemos a seguir en ear [Qe] = 25-80 = 2000cal eorodl Scares OE en ae te? [Qn] + W = Q Eras (cn Oe ETO 36/74 5. Um sistema realiza 100 kJ de trabalho mecanico, enquanto cede para o ambiente 50 kJ de calor. A variagao da energia do sistema serd de: a) -50 kJ b) 150 kJ c) 50 kJ @) -150 kJ Comentario FT nC Roce eM eRe Mel Los 37/74 6. Para determinado motor térmico poder operar, é preciso fornecer calor ao sistema a uma taxa de 126 J/s, ou seja, uma poténcia de 126 W. Sabe-se que esse motor rejeita para ‘0 ambiente 1.200 calorias por minuto. Dado: 1 cal = 4,2 J. Dessa forma, o rendimento desse motor é dado por: a) 1/2 b) 1/4 c) 1/3 d) 2/3 Pec ce) PETE CUE CuCl ec De CCRC Ie Ce Re gcc CRU oe Ly Reed ene ae min 60 1 cal Renee ee te eee ee een eee Loe Phernecida = Pusit + Prejeitada Pwit = 126-84 +. Puri = 42W Assim, 0 rendimento (pela defini¢ao dada no enunciado) sera dado por: i ea 38/74 MODULO 3 7) x Reconhecer os efeitos da dilatagado * etontracao em solidos e liquidos DILATAGAO TERMICA Vocé ja reparou que, entre um trilho e outro em uma linha férrea, ha certa separagao? Ou que, na construgao de determinadas pontes ou alguns viadutos, também hd separacao entre grandes blocos de concreto? Por que esses detalhes na construgao séo necessarios? DILATAGAO DE SOLIDOS Voltemos ao caso do trilho em uma linha férrea. A separagao entre trilhos existe, basicamente, por dois motivos. F Fonte: Shutterstock 0 primeiro, porque é complicado vocé ter um molde tinico de quilémetros de comprimento, concorda? Entao, os trilhos sao compostos por diversos subtrilhos, Mas por que nao sao encostados um no outro? 39/74 Fonte: Shutterstock Devido ao segundo motivo: eles ndo so encostados porque, com o aumento da temperatura do trilho, principalmente em dias muito quentes, este se dilata, e pode acontecer uma quebra do trilho ou, entao, um entortamento. Mas qual é a relacao entre a dilatagao e a variagdo de temperatura? Arelacao entre 0 efeito e a causa depende do tamanho inicial do corpo ( Lo) e do material ‘que o constitui, criando uma relagao diretamente proporcional entre dilatagao, ou seja, variagao no tamanho do corpo (AL) e a variagdo de temperatura (AT) Assim, temos: Aletra a esté relacionada com o material que compée o corpo. Essa propriedade do material é chamada de coeficiente de dilata¢ao linear. Quanto maior esse coeficiente, maior sera a dilatagao. Perceba, na figura, que 0 novo comprimento Lo sera dado pela soma do comprimento Lo com a variagdo no comprimento, devido a dilatagao AL. 40/74 Vocé ja sabe que a letra A, em Fisica, significa (em 99% dos casos) variacao de algo. Dessa forma, se a temperatura diminuir em vez de aumentar, o fator AT serd negativo, concorda? Entdo, o que acontece com o corpo? Simples: ele ird contrair em vez de dilatar! ATENGAO Arelagdo encontrada entre dilatagao (ou contracao) e variacaio de temperatura também é valida para as dimensées de drea e dimensées de volume. ‘S6 hd um detalhe: No caso de dilatagao de areas, o fator a é multiplicado por 2 (por serem duas dimensées). No caso de dilatagao de volumes, 0 fator a é multiplicado por 3 (por serem trés dimensées). SAIBA MAIS A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de coeficientes de dilatagao linear de sdlidos: 41/74 coe 297x107 a7x108 12x10 20107 osx10# taxi0? aaxi05 19x10 Duas chapas metélicas, uma de ago e outra de aluminio, ambas de 1,0 m2, sao colocadas no chao de uma avenida Quando as chapas foram construidas, suas temperaturas eram de 20 °C. Em um dia de verao no Rio de Janeiro, os termémetros marcavam 40 °C e as chapas se encontravam em equilibrio com essa temperatura. Qual das duas chapas aumentou mais? E quanto em relagao a outra? ‘Se conhecermos os coeficientes de dilatagao linear do ago e do aluminio, poderemos responder a essa pergunta. 42/74 Pesquisando em tabelas jé conhecidas, encontramos que esses coeficientes valem 1,2 x 10° °C? € 2,4 x 105°C", respectivamente. Logo, percebemos que o aluminio, submetido a mesma variagao de temperatura e tendo a mesma érea inicial do ago, ird se dilatar 2 vezes mais! FIQUE ATENTO Para calcular de quanto serd a dilataco, basta usar a equagdo de dilatagao jé discutida, porém multiplicar por dois, por se tratar de area! Agora, 0 que acontece quando o sélido é oco ou vazado? Vocé ja teve alguma experiéncia ruim com anéis em dias frios? Vamos descob a seguir, o que ocorre nesses casos. Sélidos ocos ou vazados Em objetos ocos ou vazados, como, por exemplo, o objeto vazado da figura a seguir, a regra para dilataco ou contragao é simples: Adilatagao (ou contragao) ocorrera como se a cavidade fosse feita do mesmo material que compée 0 corpo. Se um disco é aquecido, o furo central sera dilatado na mesma proporgdo que o restante do disco. 43/74 Em dias frios, os anéis tendem a prender mais no dedo devido a sua contragao. JA em dias mais quentes, eles tendem a ficar mais largos devido a sua dilatagao. A parte vazada se dilata ou contrai, como se fosse feita do mesmo material do anel, Assim, da préxima vez que o anel nao sair, tente aquecé-lo. No entanto, cuidado para nao se queimar! Como veremos mais & frente, o metal é um bom condutor de calor. Até o momento, estudamos a dilatacdo em corpos sélidos. Mas como esse processo ocorre nos liquidos? Da mesma forma ou tem alguma diferenga? Vejamos. DILATAGAO DE LiquiDos Como jé sabemos, por fazerem parte do grande universo dos fluidos, liquidos, em geral, no possuem forma especifica, apesar de terem volume bem definido, Dois litros de refrigerante, por exemplo, so dois litros de refrigerante, seja em uma garrafa pet, seja em um vaso de planta. Os liquidos seguem o formato do recipiente que os contém, porém mantém os seus volumes. Para medirmos qualquer efeito em liquidos, sé conseguiremos fazé-lo com 0 liquido dentro de algum recipiente, concorda? ‘Se voo8 jogaro liquide em uma superficie ‘supostamente horizontal e quiser medir qualquer feito 2 tarefa seré dif, pols a forma que ele tera Faca um teste: jogue um pouco de agua no chao e verifique a forma criada. 44/74 Ela seguira imperfeicdes no solo. Logo, ha grandes chances de o formato criado ser disforme. Vocé ja sabe que, na maior parte dos casos, os corpos dilatam com aumento de temperatura. Como precisamos de um recipiente para medir qualquer coisa em liquidos, quando aquecemos um recipiente com liquido, ha dilatagao tanto do liquide quanto do recipiente — este serd um sélido oco, provavelmente. Assim, 0 que vemos nao ¢ a dilatago real do liquido, mas sim uma dilatagao aparente. DILATAGAO APARENTE Como o préprio nome indica, a dilatagao aparente nada mais é que a dilatagao do Iiquido percebida, ou em outras palavras, o quanto o liquido dilatou em relagdo a dilatagao do recipiente que o contém. Observe a figura a seguir: Como vemos, 0 liquido extravasado é dado pela diferenga entre a variagao de | volume real do liquido e a variagao de volume do recipiente. Essa diferenga é a dilatagao aparente! Vocé consegue ver isso? Ye Volume scravasedo Fonte: SlideShare 45/74 0 equipamento mais comum que usa 0 efeito da dilatagao térmica em liquidos ¢ ‘0 termémetro de mercirio. Para medir variagdes de temperatura, coloca-se merciirio em um recipiente bem fino de vidro (de coeficiente de dilatagao bem inferior ao do mercittio). Devido a dilatagao do merctrio, indica-se a temperatura em que se encontra determinado corpo. Fonte: Shutterstock Agora que vocé jd conhece os efeitos da dilatagdo, da préxima vez em que colocar algum liquido no fogo, evite fazé-lo proximo da boca do recipiente, pois os coeficientes de dilatagao dos liquidos so, em geral, superiores aos dos sélidos. Assim, a chance de derramar é bem alta. ATENGAO A dilatacao nos liquidos ocorre da mesma forma que nos sdlidos. No entanto, 0 coeficiente de dilatagao fornecido nos liquidos é 0 coeficiente de dilatagdo volumétrico (dado pela letra y), visto que os fluidos sao medidos sempre em unidades de volume. Ou vocé ja viu alguém comprar 2,0 metros de agua mineral? A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de coeficientes de dilatagao de liquidos: een ne ea) 2x10 eee Ta) 10610 aaxt0* 5ax104 4ex104 ree 46/74 DILATAGAO DA AGUA - CASO IRREGULAR Diferente da maioria dos liquidos, a agua apresenta um comportamento diferente quanto a sua dilatagao entre as temperaturas 0 °C e 4,0 °C Experimentalmente, percebemos que o aumento da temperatura, somente nesse intervalo, faz com que o volume da agua diminua em vez de aumentar! Mas por queissa acontece? Existe uma explicago quimica retacionada 8s formas da igago das moléculas da égua, Masa sabia! ses mu diminui com atemp Estando mais pesado, aguas com temperaturas mais préximas de 4°C ficam no fundo, e as mais frias, proximas a 0 °C, ficam na superficie, a qual congela, isolando ‘omeio externo do fundo e, assim, nao congelando todo o lago. Fonte: Shutterstock 47/74 VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Suponha que vocé esteja com o seguinte problema: um anel de chumbo esté travado em um eixo cilindrico de ferro. Vocé sabe que o coeficiente de dilatacao do chumbo é superior ao do ferro. Para facilitar a retirada do anel, a melhor solugao é: a) Aquecer 0 conjunto. b) Aquecer somente o ferro. c) Resfriar somente 0 chumbo d) Resfriar 0 conjunto. er TCic ce) Parabéns! A alternativa A esté correta. COG eC Cre Chon ec Ruchu Cte og Rec OC eee kent Oe ce Mar cicero] dilatard mais que o didmetro do eixo, pois 0 coeficiente de dilatagao do chumbo é superior EToe lok ico) DSRS Seca tee oe Ione Okla esi Nand Vocé mudaria sua resposta? Nesse caso, a melhor solugao seria resfrié-los. Como 0 coeficiente de dilatago do CN ere Ce ee eee RCs ne ec ace Aue COE uSS ER Cu OR Cheuk) 48/74 2. Considere uma chapa metélica quadratica e homogénea com um orificio circular em seu centro. Ao aquecermos a chapa, poderemos afirmar que: a) 0 raio do orificio aumentara na mesma proporgao que a area da chapa b) 0 raio do orificio diminuira na mesma proporgao que a area da chapa. ¢) 0 raio do orificio aumentard na mesma proporgao que o lado da chapa. 4d) 0 raio do orificio diminuird na mesma proporgao que o lado da chapa. PTC ce) Parabéns! A alternativa C estd correta. CTT eee Con CeO Re eC kee ce rc) DCE eee nee OSS Ce uc keene TCsy Peer kei 49/74 3. Um posto de gasolina recebeu em seu tanque de combustivel 5.000 litros de gasolina em um dia cuja temperatura média estava em 35 °C. Devido a uma frente fria, a temperatura baixou no dia seguinte, ficando em média igual a 25 °C. Dado: Coeficiente de dilatacao volumétrica da gasolina = 10° °C Como 0 posto cobra R$ 5,00 por litro de gasolina, e sabendo que ele vendeu toda gasolina no segundo dia, quanto 0 posto deixou de ganhar? a) R$ 50,00 b) RS 100,00 c) R$ 150,00 d) R$ 250,00 Comentario Deere Rec) Cans Ee Sm eu eu oc Le eee Ru) no dia em que estava a 25 °C, houve contragao de volume de gasolina. Logo, a variagao de volume foi de: AV=VWyAT AV = 5000L - 10-3. (25 — 35) -.A V= —50 litros 50/74 4, (ITA- 1997) Certo volume de merctiro, cujo coeficiente de dilatagao volumétrica é ym, € introduzido em um vaso de volume, V0 feito de vidro de coeficiente de dilatacao volumétrica yv. 0 vaso com merctrio, inicialmente a 0 °C, é aquecido a uma temperatura T (em °C). 0 volume da parte vazia do vaso a temperatura T é igual a parte vazia do mesmo a0 °C. 0 volume de merctrio introduzido no vaso a 0 °C é: a) (Yel ym)Vo b) (¥m/yo)Vo ©) (¥m/yv)[273/(T+273)]Vo d) (1-yolym)Vo Comentario Parabéns! A alternativa A esta correta. Como o enunciado informa, a parte vazia do vaso de vidro a temperatura T é igual a parte Re aoe el ete hice eo oe any variagdo do volume do vaso de vidro. Assim, temos: A Vig=4 Vv wT VoutsYm (2-0) = Vory (2-0) -. Voug= Vor” 51/74 5. Um grande galao ¢ usado para armazenar petréleo em temperaturas de 10 °C a 60°C. 0 galdo ¢ feito de aco, e o maximo de petréleo que se costuma armazenar é 350 m3. Na parte de cima do galéo ha uma abertura. Dados: Coeficiente de dilatagao linear do ago = 1,2. x 105°C"; Coeficiente de dilatagao do petréleo = 9,0 x 10“ °C". Qual deve ser, aproximadamente, o tamanho volumétrico minimo do galao a 10 °C para que nao se derrame petrdleo em nenhuma condigao devido a variagdes de temperaturas? a) 350 m? b) 355 m? c) 360 m? [&) 365m? elit Parabéns! A alternativa D esta correta. Gee ROR OR cic cee na teen eee Cm emer cc OPO COCR nice econ Ree ei Coa ecu R CL) Ceae ee Cenc cic eh ROM eM ce eee react Okc Ce mee Cus Aime Woe Vogaico + Vogalao 30-000 A T= Vopeiroleo + Vipetrokeo A T Une (14-3-1,2% 10°. (60 — 10) = 350(1-+9,0 x 10-*- Eines 1,0018 ow 52/74 6. Retira-se de uma chapa de aco quadrada, com 50 cm de lado, um pedaco de 100 cm? Inicialmente, essa chapa se encontrava a uma temperatura igual a 20 °C. Em seguida, essa chapa, jé cortada, foi submetida a uma temperatura de 70 °C. Dado: Coeficiente de dilatago linear do ago = 2,0 x 108°C A Area da chapa a essa temperatura 6, aproximadamente, igual a: a) 2505 cm? b) 2405 cm? c) 2503 cm? d) 2403 om? (eriete tity eR ec Roce A dilatagao de partes vazadas ou ocas em determinado material acontece como se essas partes fossem feitas do préprio material que a circunda. Assim, apés serem retirados 100 Cee cee eee cece hice ears eee ny ee eee ee Dee ee eee ec PT Ode are (UU ee a cv eee A= Toso Oe) Vee ee SUE Tees eo 53/74 Distinguir as formas de propagacao de calor CONCEITOS mM Re eRe Reed eee Fn = Se eat al aplicado (ou retrado) se propaga nesses corpos Por exemplo, se aquecermos continuamente uma das extremidades de um trilho de trem, em algum momento, todo o trilho estaré com sua temperatura aumentada, e, assim, ocorrerd a dilatagao. Estes sero os assuntos que abordaremos agora. Vamos la? FORMAS DE PROPAGACAO DE CALOR Ja vimos anteriormente que o calor nada mais é que energia térmica em transito, ou seja, é algo dinamico. Mas como 0 calor se propaga em um corpo (sélido ou fluido)? Por exemplo, se vocé coloca a mao na parte metélica de uma panela recém-tirada do fogo, provavelmente, queimard sua mao. Mas, se colocar a mao no cabo da panela ~ feito, geralmente, de polimero, tal como baquelite*, madeira ou plastico -, nao ira. Fonte: Shutterstock *Baquelite: Resina sintética estavel e resistente ao calor, que tem como caracteristicas principais dureza e durabilidade. Por essas caracteristicas, ela é, atualmente, bastante usada na confeceo de cabos de panela, Isso est relacionado com a forma com que o calor se propaga Existem trés formas de propagacao de calor*, que podem acontecer em conjunto ou isoladamente. Cada uma delas tem suas particularidades e estas podem ser verificadas em nosso dia a dia. *Propagagao de calor: Independente da forma de transferéncia de calor a que estivermos nos referindo, esta sempre ocorrerd, de forma espontanea, do corpo mais quente para ‘outro mais frio. As trés formas sao: 55/74 Vamos aprender a diferencié-las? CONDUGAO Em um dia frio, Quando vocé segura com a mao direita uma maganeta de metal da porta, E empurra a porta de madeira com a mao esquerda. Thal Em qual das duas vocé sente estar “mais gelado"? Fonte: Shutterstock Certamente, vocé respondeu que é a maganeta. Mas por qué? De acordo com o conceito de calor, nosso sentido tatil pode nos pregar algumas pegas. Teoricamente, nao haveria motivo para sentir a maganeta mais fria que a madeira, visto que, como esto em contato (desde que a macaneta foi presa a porta), suas temperaturas so iguais. Mas, se perguntarmos a qualquer pessoa, diriamos, com base na informagao obtida e sentida por nossas respectivas peles, que a temperatura da maganeta esté menor, quando, de fato, nao esta 56/74 Fonte: Shutterstock Aexplicacdo para essa confusdo sensorial 6 que o metal conduz calor de forma mais eficiente que a madeira. Em outras palavras, se a porta e a maganeta esto em uma temperatura menor que a nossa, nosso corpo transfere calor para a maganeta de forma mais répida que para a porta, dando a sensa¢ao de a primeira estar uma temperatura menor. Esse mecanismo de transferéncia de calor é chamado de condugao, devido a uma diferenga de temperatura entre dois pontos em um corpo, que permite a transferéncia de calor por ele. 0 calor é passado de molécula para molécula. Para entender melhor esse conceito, faga um teste: Pegue um prego grande. Coloque uma das extremidades em um copo com gelo e segure a outra por um tempo. Vocé demora muito para sentir a diferenga de temperatura em seus dedos? Agora, faga a mesma experiéncia segurando um tubo de plastico (pode ser um tubo externo de caneta) de tamanho parecido com o do prego. Vocé levou mais, menos ou o mesmo tempo para sentir a temperatura de seus dedos mudar? __ lly) Fonte: Shutterstock 57/74 SORE utc Cece Trt 0 que acontece é uma condugao de calor entre sua mao € o gelo. Cria-se um fluxo de energia no material que liga os dois corpos. No primeiro caso, 0 fluxo passa pelo prego. JA no segundo, passa pelo plastico. Esse fluxo de calor dependerd do tipo de material que compée o corpo, da secao reta e do comprimento. A relagao entre essas grandezas é conhecida como Lei de Fourier. Lei de Fourier Em 1807, 0 cientista Jean Baptiste Joseph Fourier* apresentou suas descobertas acerca da propagacao de calor em um trabalho intitulado Mémoire sur la propagation de la chaleur (Dissertagao sobre a propagagao de calor). No entanto, a publicagao de seu trabalho sé ocorreu em 1822, no qual Fourier descrevia um modelo fisico para explicar 0 mecanismo de condugao do calor. Fonte: Shutterstock *Jean Baptiste Joseph Fourier: Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830) - Fisico e matemiatico francés, criador da técnica de decomposigao de séries trigonométricas, batizada posteriormente com o seu sobrenome (séries de Fourier), e aplicadas nos. problemas de condugao do calor. De forma empitica, ele descobriu que a taxa de calor fornecida entre dois pontos em um corpo, devido a diferenga de temperaturas entre eles, é dada por: teralede ‘Quanto maior valor desta conetantek maior sta calor trenferio ne pons de iferontes temperaturas ‘em um mesma corpo, em um mesmo interval de tem. 58/74 FIQUE ATENTO ALi de Fourier é valida independentemente da geometria do corpo. No entanto, a equagdo apresentada sé é valida para corpos de seco reta Unica - como mostra a figura a seguir - e transferéncia de calor através de seu comprimento. ‘As temperaturas extremas devem, CContugdo necessariamente, permanecer constantes - 0 de Calor Q ‘que chamamos de regime estacionario. Em geral, materiais que sao condutores elétricos tendem a ser bons condutores de calor, ou seja, possuem altos valores de condutividade térmica. Fonte: Shutterstock CONVECGAO ‘Amaior parte dos fuidos é ma condutora de calor, ou seja, a transferéncia de calor por condugao ¢ inefciente, apesar de ocorrer Enquanto a condutividade térmica de um metal, como o cobre, é de 385, Wwymk, a da dgua é de 0.60 Wimk. No entanto, como fluidos escoam, ha um processo de transferéncia de calor mais eficiente nesses materials. Esse processo é conhecida como convecgdo © no acontece nos silides. O provesso de convecgao ocorre devido @ uma maior liberdade de movimento das moléculas (camparatio com sélidos) que comptem 0 fluido. 59/74 Em virtude das diferen¢as de temperaturas dentro do fluido, haverd distingado de densidades (lembre-se da dilatagao de calor e do conceito de densidade) Consequentemente, partes mais densas do fluido descerdo, e partes menos densas subirao, Devido a esse efeito, uma corrente de fluido é gerada: a corrente de convecgao. Podemos ver esse efeito em nosso dia a dia. Mais uma vez, vamos voltar ao fogao. Quando um alimento esta sendo cozido em agua, como ocorre o processo de aquecimento desta? A gua € colocada em uma panela, cujo fundo esta em contato com o fogo, ou seja, a uma temperatura de centenas de graus Celsius. A 4gua est, inicialmente, a uma temperatura bem inferior a do fogo. Logo, ha transferéncia de calor por condugao entre 0 fogo ea gua, em que o meio de condugdo ¢ o fundo da panela Se 0 processo fosse tnica e exclusivamente esse, s6 conseguiriamos aquecer a agua que esta no fundo da panela inicialmente, e teriamos de esperar bastante tempo para que a propria 4gua conduzisse calor (por meio da condugao) para as camadas mais altas dentro da panela. Afinal, a gua, assim como a maioria dos fluidos, é péssima condutora de calor. Fonte: Shutterstock Como a agua que esta no fundo fica mais quente que a agua na superficie, a do fundo fica menos densa - aumento de temperatura, de volume (gua acima de 4,0 °C) e, assim, diminuigéo da densidade - e sobe. A égua que estd na superficie desce, passando a ficar em contato com o fundo da panela que esta bem quente. Quando a agua que esta no fundo atinge uma temperatura superior a que esté na superficie, o processo se repete, e assim sucessivamente. Cria-se, entao, uma corrente. Vocé pode verificar isso colocando algum tipo de pé bem leve na agua. Observe que ele ficard “circulando” dentro da panela. A figura a seguir demonstra o fendmeno: 60/74 > cantata com ela Assim, cra se eorrente de convecgzo Vocé pode estar se perguntando: A conveccao acontece sé em liquidos? Atesposta € nao! Ela acontece em qualquer fluido! Logo, também em gases. Um exemplo claro dessa convecgdio em gases é a brisa na praia. Quando vocé chega & praia, pela manha, em um dia muito quente, o que estar mais quente: a areia ou a 4gua do mar? Muito provavelmente, a areia, nao é mesmo? Isso acontece porque o calor esneciico da areia € menor que. da agua. Basta lemrar do conceito de calor especiico, que ja vimas aqui quando estudamnas calor Assim, a aqua cdemora mais para aumentar sua temperatura a uma mesma quantidade de calor fernecida pelo Sal em comparagae cama area. Vas adiante. veremos a forma de propagacao de calor proveniente do So, ‘Assim. @ ar préximo & area esté mals quente que o préximo ao mar. Devi a les9, ele sabe ee deslocs er diregao 20 mat (ar fio que esta em cima do mar desce e se desloca para 0 “buracot deixado pelo ar quente da ereia, gassando a fear em OD — : <4 Da préxima vez que vocé for & praia, pela manha, note que, estando na areia, vocé sentiré a brisa vinda do mar. E se vocé for nesse mesmo dia a noite? Havera brisa também. Mas ela serd no mesmo sentido? Pense um pouco. A figura a seguir tem a resposta: 61/74 Ss — Fonte: Shutterstock Da mesma forma que o mar demora mais Logo, & noite, a situagao se inverte que a areia para aquecer, ele também. demora mais para resfriar. Exemplo Vocé consegue deixar sua mao ao lado de uma vela acesa, mas sem tocé-la, por muito tempo? E em cima dela? Verifique e tente explicar 0 resultado obtido ‘Agora que vocé conhece 0 processo de convecgao, se tiver de instalar um ar- condicionado em seu quarto, em que posicao ele seré mais eficiente: na parte mais alta da parede ou na parte mais baixa? Vocé deverd instalar na parte mais alta, pois 0 ar frio (que sai do ar-condicionado) é mais denso e tende a cair, fazendo com que o ar mais leve e mais quente suba, ficando em contato com o ar que sai do aparelho. Dessa forma, vocé facilitard 0 processo de convecedo* dentro do quarto, e, assim, o ambiente nao ficard tao quente. *Processo de convecgao: 0 processo de conveccao pode ser natural ou forgado. Devido, exclusivamente, a distingdes de temperaturas em fluido, 0 processo acontece em virtude da diferenca de densidade e, consequentemente, ¢ natural. No processo forgado, a transferéncia de calor é gerada através de meio externo, criando uma corrente de convecc4o que nao aconteceria naturalmente. Como exemplo, podemos citar a ventoinha (espécie de pequeno ventilador que refrigera ou ajuda a refrigerar um motor.) dentro de seu computador, que cria uma corrente de convecgao de forma nao natural 62/74 E por que o ambiente estava quente? Como foi transferido o calor para aquecer 0 quarto? Esse calor é proveniente do Sol. Vocé sabe explicar como o Sol, que esta a milhdes de quilmetros de distancia da Terra, consegue transferir calor para nds? Isso é o que veremos agora! RADIACAO TERMICA A forma com que 0 Sol conseguetransferr calor paraaTerae com que vo aumentam, juntos, @ temperatura em uma sala de aula fechada, so gor estarem presentes nel, Poris 0 @ conhecido como seep radiagdo térmica 01 leradiagao. “Todo carpo com uma temperatura acima do 0 (Zero) kevin, temperatura limite, como vinos na ‘Tercetra Lei da Termadinamica) emite radacéo. Essa radiagho ¢ respansavel por transfer calor, caso hala ferenca de temperatura entre dois ‘corpos, mesmo no havendo contato entre eles ‘cumsio material pare o calor se propagar outs alunos Diferente dos outtos do's, esse process go envolve materia, mas € feto por meio da radi de ondas eletroragneticas 4 eondugae ccore pela transferéncia de energia entre moléculas,¢ 2 conveogo p2ls roca de posigées das moléculas de um fuido — Podemos sentir nossa pele aquecer, estando relativamente perto de um corpo bem aquecido, como um ferro de passar roupa ou um forno, no ¢ mesmo?Podemos sentir nossa pele aquecer, estando relativamente perto de um corpo bem aquecido, como um ferro de passar roupa ou um forno, néo é mesmo? Emoutras palavres: ‘A radiagdo térmica 6 inerente aos corpos ee propaga no vécuo, Apesar de, nesses casos, haver conducao de calor no ar e, também, convec¢ao no ar, 0 proceso de radiagao térmica é consideravel! Vocé jé viu imagens como estas? 63/74 Fonte: Shutterstock Essas imagens sdo oriundas de edmeras térmicas, cujos sensores captam ondas eletromagnéticas na faixa de frequéncia que nés nao vemos a olho nu, Eisso é otimo! Imagine se pudéssemos ver, claramente, em faixas de frequéncias dentro das, faixas da radiac&o emitida por corpos existentes no cotidiano. Vocé nao precisaria de luz branca emitida para ver as coisas. Sempre existiria “luz” para seus olhos. As ondas emitidas pelos corpos devido a suas temperaturas, em temperaturas ndo muito altas, esto no infravermelho. A partir de um processamento, séo dadas cores visiveis a essas ondas coletadas pelos sensores, normalmente vermelhas para pontos mais quentes e verdes ou azuis para pontos mais frios. Geralmente, nao conseguimos ver essa radiagao emitida. Por exemplo, nao podemos ver 0 corpo da pessoa ao nosso lado ou um livro com as luzes artificias totalmente apagadas no periodo da noite. No entanto, conseguimios ver o carvao aoeso em uma churrasque'ra, assim coma 0 fogo oriundo de um fogso domestica, mesmo com todas as luzes apagadas. Isso acontece porque as temperatures timos S40 180 aftas que as radiagbes emitidas por eles conseguem sensibilizar os sensores dpricos de nossos olhos. ATENGAO Aemissao de calor pelos corpos, por radiago, ocorre de maneira natural e espontanea, independente da presenga de outros corpos. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (ENEM - 2006) Uma garrafa de vidro e uma lata de aluminio, cada uma contendo 330 me de refrigerante, sao mantidas em um refrigerador pelo mesmo longo periodo de tempo. Ao retiré-las do refrigerador com as maos desprotegidas, temos a sensacao de que a lata esta mais fria que a garrafa. Assim, é correto afirmar que: a) Allata esta realmente mais fria, pois a capacidade calorifica da garrafa é maior que a da lata. b) A lata esté de fato menos fria que a garrafa, pois 0 vidro possui condutividade menor que o aluminio c) A garrafa e a lata estéo a mesma temperatura, possuem a mesma condutividade térmica, e a sensagao deve-se a diferenga nos calores especificos. <) A garrafa e a lata estdo & mesma temperatura, e a sensagao é devida ao fato de a condutividade térmica do aluminio ser maior que a do vidro. Pe TCC ce) Be nC Ec Ret Vamos analisar as afirmativas a seguir: Como 0 enunciado informa, tanto a garrafa de vidro quanto a lata de aluminio foram mantidas por um longo periodo de tempo em um refrigerador. Por isso, esperamos que suas temperaturas sejam iguais ao final do processo. Dessa forma, as alternativas (A) e OR ec eectcr cs 65/74 en SCC Re Cec ee aco cua onL) SURE Reece om Ree ee RC et Ree Como 0 aluminio possui condutividade térmica maior que a do vidro, a sensagao de a lata CaM ees ese eec rien niece eter a tee Cee e Ceara ocean oe eek ee ere Ceci ees eT cu Cc ca Cc) POEs zw i vA Se o valor de k é maior, considerando todos os outros fatores iguais,entao, o fluxo #, que & calor por intervalo de tempo, seré maior. 2. Observe as quatro afirmagées acerca dos processos de transferéncia de calor 1. Aradiagao térmica é um processo de transferéncia que precisa de um meio material para propagar calor. Il. Os esquimés fazem suas casas (iglus) de gelo, pois essa substancia tem baixa condutividade térmica, ou seja, o gelo é um isolante térmico Ill A condugao entre dois corpos nao ocorre se eles estiverem a mesma temperatura, IV. A convecgao é um processo que pode ocorrer entre substancias nos estados sélidos, liquidos e gasosos Podemos afirmar que esto corretas: a)lell b) Mel o)ilelll d)I,Melv 66/74 Comentario Ce enn keke Reeccd RSTn Paz) le eee eek Cau eee uC en CL iee a aed Unico processo possivel de ocorerr no vacuo. eerie Ore esc c ees Mer mene RICE eeu De eC en CCE Oe ee ee Rm possui condutividade térmica de aproximadamente 200 W/mK. Tec) Re CCU Rie eke eer oe eet) IV. Falsa ee re In oe SM Rec een ea Rn Raley 3. Analise as seguintes afirmativas relacionadas aos processos de propagacao de calor, convecedo e radiacao térmica 1. 0 processo de radiagao ocorre pela transferéncia de calor entre atomos de uma mesma substancia. II. 0 processo de convecgao pode ser natural ou forgado. Ill, 0 processo de radiagao ocorre preferencialmente entre os gases. IV. As correntes de convec¢ao natural ocorrem devido a diferencas entre densidades e a um gradiente de temperatura em um mesmo fluido. Assinale a alternativa que indica as proposig6es corretas (C) e falsas (F): a) I= FIl- GI -FIV-C. b)I-F;il- CI C;IV-C. 67/74 co) I= FM FI FIV-C. d) 1 FN Fy Ill FIV F. Comentario DUNS aren Cc ec} Te STE Eee rcs ey 0 processo de transferéncia de calor por radiago é oriundo de transmissao de ondas ener t ates meray eee Oe eee rare Renee oe clo) por diferenga de densidades dentro de um mesmo fluido ou, entao, forgada, onde a eee een eect eerie are) Tey NC een ee en CCU cena NS Ace ee Oa ee ere Oe ieee eo oa SINT (s [oy 68/74 4, Em casas (ou chalés) localizadas em locais mais frios, ¢ comum o uso de lareiras nos quartos ou na sala. A lareira funciona com a adicdo de lenha em sua base, onde coloca-se fogo, e a fumaga é expelida através de uma chaminé. 0 objetivo do uso da lareira é aquecer o ambiente e quem estiver nele Os mecanismos de transferéncia de calor existentes no uso da lareira sao: a) Radiagao e condugao. b) Radiagao e convecgao. c) Convecco e condugao. 4) Radiagao e dispersao, Comentario eee eee Ric) Pee Se Cas We ere eC OR cae Rac ECO un Sea cua CeCe eRe ice un ce Redcar Recent ey See OCR etn esc Con nue eae) para cima, empurrando o ar frio para baixo, criando, assim, a corrente de convecca 69/74 5. A figura a seguir mostra uma barra submetida a duas temperaturas, que se mantém constantes, T; e Tz, sendo T; > Tz A barra, de comprimento L e segdo reta A, ¢ feita de um material que possui condutividade térmica igual aK. Com base nesse caso, considere as seguintes afirmativas: |. Havera um fluxo de calor constante no sentido de T2 para T; II. A temperatura da barra diminuird linearmente a partir de T; até alcangar Tz no final de seu comprimento. Ill, Se substituirmos a barra por outra de seco reta duas vezes maior, o fluxo de calor cairé pela metade. IV. Se substituirmos a barra por outra feita de material com condutividade térmica igual a 2K, 0 fluxo de calor aumentara em duas vezes. Nessa condigéo, podemos afirmar que: a) Somente as afirmativas | ¢ Il esto corretas b) Somente as afirmativas I, I! € Ill esto incorretas. c) Somente as afirmativas II, Ill e IV estao corretas. ‘d) Somente as afirmativas Ie Ill estao incorretas. Perici) CU CE eRe cite REUSE MCLs ae 0 fluxo de calor seré constante, mas sempre do ponto de maior temperatura para o de URC ete Melek CR Res 70/74 AoE Segundo a Lei de Fourier, a temperatura varia de forma linear com o comprimento. Logo, rents AT 4 = Sp ee a UTR ES te CRU NC me LRRD CRC MAU Re UR (4mm E-leel ele} eee tee caer ieee ACCC) Seneca en ice eno oe RUC RRO 2ce PE lk oR NARs coe ULAR AC UMS d ke soca 1/74 6. (UNICAMP - 2016) Um isolamento térmico eficiente é um constante desafio a ser superado para que o homem possa viver em condigées extremas de temperatura. Para isso, o entendimento completo dos mecanismos de troca de calor é imprescindivel Em cada uma das situacées descritas a seguir, vocé deve reconhecer 0 processo de troca de calor envolvido. |. As prateleiras de uma geladeira doméstica sao grades vazadas para facilitar fluxo de energia térmica até o congelador por meio deste processo ll. Unico processo de troca de calor que pode ocorrer no vacuo. Ill. Em uma garrafa térmica, é mantido o vacuo entre as paredes duplas de vidro para evitar que 0 calor saia ou entre por meio deste processo. Na ordem, os processos de troca de calor citados sao [ a) I= convecgao; II - radiagao; Ill - condugao. b) | ~ condugao; Il ~ radiagao; Ill - convecgao. c) | ~ convecgao; Il - condugao; Ill ~ radiagao, d) | ~ condugao; Il - convecgao; Ill - radiagao. Comentario CUE Ce Roc Reece} PSE ee CCT eens Cd O ar quente, menos denso, sobe, enquanto o ar frio, mais denso, desce. eC) Dee eee ee Mace Ree eu ee RC eletromagnéticas e, assim, independe de matéria. Logo, € 0 tinico processo possivel de Rae mene) Como o processo de condugao precisa de um meio material para se propagar, ao se OAC enee eek oceans 72/74 CONSIDERAGOES | FINAIS Neste estudo da Fisica Térmica, apresentamos, primeiramente, o conceito de calor, além da chamada Lei Zero, que trata do equilibrio térmico entre os corpos. Em seguida, foram abordadas as trés Leis da Termodinamica. Com base nessas leis, é possivel relacionar calor com trabalho mecanico. Essa relacao é utilizada em grande parte das Engenharias Por fim, estudamos 0 efeito fisico de dilatagdo e contragao de corpos sélidos e liquidos, devido a variacao de temperatura, e os trés mecanismos de propagagao de calor: condugao, convecgao e radiacao térmica. REFERENCIAS BORGNAKKE, C.; SONNTAG, R. E. Fundamentos da Termodinamica. Sao Paulo: Blucher, 2018 FERREIRA, A. B. de H. Novo diciondrio Aurélio da Lingua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004. HALLIDAY, D.; WALKER, J.; RESNICK, R. Fundamentos de Fisica 1. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve histéria da humanidade. S40 Paulo: L&PM, 2015. MCPHEE, |. Physics ~ everyday science at the speed of light. Rio de Janeiro: Metro Books, 2010. PIFER, A; AURANI, K. M. A teoria analitica do calor de Joseph Fourier: uma andlise das bases conceituais e epistemolégicas. /: Revista brasileira de ensino de Fisica. v. 37.n. 1 2015. ROONEY, A. A histéria da Fisica: da filosofia ao enigma da matéria negra. 1. ed. Sao Paulo: M. Books, 2013, 73/74 EXPLORE+ Pesquise e assista ao documentario: + WHAT the Industrial Revolution did for us = AS CONSEQUENCIAS da Revolugao Industrial. Diregao: Jonathan Hassid; Simon Backer. Inglaterra: BBC, 2003. 90 min, son., color. + Nos dois primeiros episédios - 0 mundo material e Criando maravilhas -, so mostradas as mudangas tecnoldgicas e cientificas durante o periodo da Revolugao Industrial, quando se intensificaram os estudos do calor. Pesquise e leia os seguintes artigos: + ESTUFAS agricolas: quais as vantagens da sua utilizagao? Revista Agropecuatia. Publicagdo: out, 2019, + PASSOS, J. C. Carnot e a Segunda Lei da Termodinamica. Sao Paulo: USP, 2002. CONTEUDISTA Bruno Suarez Pompeo 74/74

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