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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Administração Publica

Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e escassez

Lindoca Manuel Nhacuongue: 71220674

Quelimane, Março de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e escassez

Trabalho de campo a ser submetido


a coordenação de curso de
licenciatura em Administração
Publica da UniSCED

Docente:

Lindoca Manuel Nhacuongue: 71220674


Quelimane, Março de 2022
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................4
1.1. Objectivos....................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo Geral........................................................................................................4
1.1.1. Objectivos Específicos.........................................................................................4
2. Separação de poderes...........................................................................................................5
3. Separação de Poderes em Moçambique................................................................................5
4. Princípios de Separação de Poderes em Moçambique..........................................................7
4.1. Estado...........................................................................................................................7
5. Formação e elementos constitutivos do Estado....................................................................7
5.1. Formação......................................................................................................................7
6. Elementos do Estado............................................................................................................8
7. Funções do Estado................................................................................................................8
8. Os Poderes do Estado...........................................................................................................9
8.1. O poder Executivo em Moçambique............................................................................9
8.2. Após Independência.....................................................................................................9
8.2. Poder legislativo.........................................................................................................11
9. Principais manifestações....................................................................................................12
10. Poder Judicial em Moçambique......................................................................................12
11. Funções principais da Justiça.........................................................................................13
12. Conselho Judicial...........................................................................................................14
13. Conclusão.......................................................................................................................16
14. Referência bibliográfica.................................................................................................17
1. Introdução

O Arroz é uma das fontes alimentícia mais importantes para cerca de seis
milhões de habitantes no mundo. Ele atende a 21% das necessidades diárias em calorias
e 14% em proteínas. É produzido nos cinco continentes, em cerca de 116 países, tanto
em regiões tropicais e húmidas. A Ásia é a principal produtora de arroz. Neste
continente, concentra-se mais de 90% da produção mundial.

O arroz tornou-se uma das principais culturas alimentares em Moçambique.


Devido a um consumo crescente, o arroz ganhou mais destaque nos últimos anos em
relação à outras culturas alimentares tradicionais, tais como mandioca, batata-doce,
milho e mapira. A uma taxa anual de crescimento no consumo de 8,6%, o arroz tem
superado outros cereais como o milho (5.5%), o trigo (7.4%) e a mapira (4.7%) nos
mercados locais. O arroz fornece uma melhor opção como alimento pois, fornece uma
relactiva facilidade e eficiência com que este pode ser cozinhado (economiza o
combustível e o tempo).

O presente trabalho debruça-se em torno de Equilíbrio de Mercado do arroz e


situações de excesso e escassez que serve de trabalho de campo na cadeira de noções de
Economia no cursos de Licenciatura em Administração Pública, 2º Ano. Em
concernente a elaboração do mesmo, usaram-se vários artigos publicados na internet
livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar o Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e
escassez.
1.1.1. Objectivos Específicos
 Definir procura;
 Conceituar Oferta;
 Mencionar as leis da procura;
 Conhecer a lei da oferta;
 Definir Equilíbrio do Mercado;
 Avaliar o Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e
escassez.

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2. Conceito de procura

Para Vaconcellos e Garcia (2008), “procura pode ser definida como a quantidade
de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período
de tempo” (p.22).

Rosseti (2009) refere que, “a procura de determinado produto é determinada


pelas várias quantidades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em
função de vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo” (p.410).

A procura é influenciada por factores externos e internos. Entre os factores


externos podem destacar-se o marketing das empresas sobre o produto, a promoção, o
preço, o lugar. A cultura do consumidor como a religião, a etnicidade, os grupos de
referência a classe social.

Segundo Vasconcelos (2008), p. 35), estabelece que “O consumidor é também


influenciado por factores internos (Fi) tais como processo psicológico traduzido na
motivação, na percepção, nas atitudes e no conhecimento das várias marcas”.

Na definição da procura, ou demanda como alguns autores chamam, devemos


tomar em consideração duas variáveis: o preço (P) e a quantidade (Q) procurada. Neste
sentido, para cada preço estipulado no mercado existirá sempre uma quantidade
procurada.

Vasconcelos (2008, p. 39) afirma que “Assim sendo, sempre que os preços
oscilarem, as quantidades procuradas também o farão. Desta forma, podemos dizer que
a procura refere-se a quantidade que os consumidores desejarão adquirir a um
determinado preço de mercado num dado período de tempo”.

2.1. Lei da procura

Como vimos na definição da procura, existe uma relação entre os preços e as


quantidades procuradas. A lei da procura elucida esta relação e mostra que a mesma é
negativa, isto é, mantendo o resto constante, a medida que os preços vão aumentando, as
quantidades procuradas serão cada vez mais reduzidas (vão diminuindo).

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De acordo com Vaconcellos (2008), “há uma relação inversamente proporcional
entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral
da demanda” (p.42).

Interpretando a lei da procura temos o seguinte: se todos os outros factores


forem mantidos constantes, quanto mais alto for o preço de um bem, menor será a
quantidade procurada deste bem, e, quanto mais baixo for o preço de um bem, maior
será a quantidade procurada deste bem.

2.2. Factores que influenciam a procura

Segundo Vasconcelos (2008, p. 43), afirma que “Para além do preço do bem
existem outros factores que influenciam a procura, nomeadamente”:

 O preço dos outros bens, pois perante o aumento do preço daquele bem, a
procura poder -se-á deslocar para um produto que lhe seja substituível;
 O rendimento disponível dos consumidores constitui um outro factor que
influencia a procura, pois perante o seu rendimento o consumidor pode
considerar que não lhe é possível adquirir determinado bem;
 O gosto dos consumidores, influenciados, por vezes, pela moda ou pela
publicidade constitui também um factor que influencia a procura;
3. Conceito de Oferta

A Oferta é a quantidade de bens que um produtor ou fornecedor estão dispostos


a colocar no mercado a um dado preço num dado período de tempo. Tal como os
consumidores, também os fornecedores são maximizadores de utilidade, tentando
produzir a quantidade de bens que lhes proporcionará o maior lucro possível.

Para Vaconcellos (2008, p. 45), afirma que “pode-se conceituar a oferta como
as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado
período de tempo”.

Rosseti (2009) estabelece que “a oferta de determinado produto é determinada


pelas várias quantidades que os produtores estão dispostos e aptos a oferecer, em função
de vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo” (p.420).

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Na definição da oferta, devemos tomar em consideração duas variáveis: o preço
(P) e a quantidade (Q) oferecida. Neste sentido, para cada preço estipulado no mercado
existirá sempre uma quantidade que os produtores estarão dispostos a oferecer ao
mercado. Assim sendo, sempre que os preços oscilarem, as quantidades oferecidas
também o farão

3.1. Lei da Oferta

Como vimos na definição da oferta, existe uma relação entre os preços e as


quantidades oferecidas. A lei da oferta nos mostra que existe uma relação positiva entre
o preço e a quantidade oferecida, isto é, mantendo o resto constante, a medida que os
preços vão aumentando, as quantidades oferecidas serão cada vez maiores e vice-versa.

Vasconcelos (2008, p. 49), afirma que “A Lei da Oferta declara que preços e
quantidades são directamente proporcionais. Noutras palavras, quanto maior o preço de
um produto, mais os produtores irão produzir desse bem”.

3.2. Factores que influenciam a oferta

Vasconcelos (2008, p. 52), afirma que “Da mesma forma que se passa com a
procura, também a oferta é influenciada por vários factores, como sejam: O preço do
bem, variando as quantidades oferecidas com a variação do preço”:

 O preço dos outros bens que lhe são substituíveis. Se o preço de um bem
baixou, baixará não só a quantidade oferecida desse bem mas também
dos bens que lhe são substituíveis;
 A variação dos custos dos factores produtivos, pois perante um aumento
do preço de produção o produtor tenderá a diminuir a quantidade
oferecida;
 A introdução de inovações tecnológicas ao fazer diminuir os custos de
produção, tenderá a fazer aumentar as quantidades oferecidas;
 A dimensão do mercado, é ainda outro factor que influencia a oferta, pois
não se torna compensatório produzir pequenas quantidades para um
mercado de dimensões reduzidas, acontecendo o inverso para mercados
de grande dimensão.
4. Equilíbrio do mercado

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Segundo Wonnacott (1982, p. 90), afirma que “O equilíbrio de mercado é o
estado resultante de um mecanismo de ajuste no preço para o qual a quantidade
procurada é exatamente igual à quantidade ofertada, coordenação das ações
estabelecidas pelas funções de demanda e oferta, conduzindo assim ao equilíbrio de
mercado”.

O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade de bens ou serviços que os


consumidores desejam comprar é igual à quantidade que as empresas desejam ofertar.

No equilíbrio de mercado, há coincidência de desejos, ou seja, não há excesso


de oferta e nem excesso de demanda.

Assim, no ponto a oferta é igual à demanda (onde as curvas se cruzam),


determinamos o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em
determinado mercado. A ação dos compradores e vendedores conduz naturalmente o
mercado em direção ao equilíbrio.

5. Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e escassez

Segundo Neves (2000, p. 86), estabelece que:

“O arroz é o segundo cereal mais cultivado e o principal alimento para mais da


metade da população mundial, ocupando uma área de quase 163 milhões de
hectares, podendo ser cultivado sob diversos sistemas e em diversos
ecossistemas, com destaque para os de várzea e de terras altas. A produção pode
ser afetada, em diferentes intensidades, pela precipitação pluvial, temperatura
do ar, radiação solar e fotoperíodo”

O arroz faz parte do mercado global de grãos secos, que cresce a uma taxa
robusta, devido à crescente conscientização sobre seus benefícios para a saúde.

Com o aumento da renda, o arroz vai sendo substituído por proteína na mesa dos
consumidores. O mercado de alto padrão é aquele onde menos de 10% dos grãos são
quebrados, e é dominado, principalmente, por Tailândia e Estados Unidos.

Neves (2000, p. 78), afirma que “O mercado de baixo padrão comercializa arroz
até 100% de grão quebrado, sendo controlado pelos exportadores asiáticos, sendo
misturado com o arroz inteiro, em proporções variáveis, para obter os tipos de arroz
procurados pelos importadores de baixa renda, principalmente da África, Ásia e
América Latina”.

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Na África Austral, Moçambique tem uma longa história de cultivo de arroz, que
provavelmente foi trazida ao país por meio de missões portuguesas e chinesas.
Pesquisas recentes mostram que a produção de arroz empregou, em 2012, mais de 80%
dos trabalhadores nas zonas rurais em Moçambique.

Segundo Neves (2000, p. 82), afirma que “O arroz é o terceiro cereal mais
consumido em Moçambique após milho e trigo, fornecendo 20% da energia e 15% de
proteína per capita”.

Contudo, a produção actual não satisfaz a demanda e mantém Moçambique


como um importador tradicional deste cereal, especialmente dos países asiáticos.

Segundo Neves (2000, p. 84), afirma que “Em Moçambique, 97,7% do arroz é
cultivado pelo sector familiar. A produção em sistema irrigado, muitas vezes, está
sujeita a incerteza associada a vários fenómenos naturais tais como”:

 as alterações climáticas e o ciclo eventos naturais (ciclones,


cheias/inundações e seca);
 factores bióticos (pragas e doenças);
 uso de técnicas tradicionais de produção, entre outros factores
ambientais, o que resulta em rendimentos muito baixos.

Neves (2000, p. 85), estabelece que:

“A produção comercial de arroz em Moçambique está concentrada


principalmente em sistemas irrigados e contribui com apenas 2,3% da produção
nacional. Embora a produtividade do sector comercial seja relactivamente
elevada (2,8-3,5 ton/ha) quando comparada com a do sector familiar, o sucesso
de satisfazer as necessidades de consumo nacional ainda está aquém do
desejado”.

Além disso, as terras das zonas irrigadas perderam o nível de fertilidade e as


grandes empresas estatais agrícolas, que contribuíram no passado em termos de
produção de arroz, entraram em falência.

5.1. Excesso e escassez do arroz no Mercado

Neves (2000, p. 88), afirma que:

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“Alguns fatores pressionam a alta de preços no mercado internacional, como a
restrição hídrica na Tailândia no final de 2019, o cenário de incertezas
provocado pela pandemia, a restrição do volume exportado entre grandes
exportadores (China e Vietnã) e a ampliação de demanda dos países
importadores em busca da segurança alimentar, por meio da ampliação de seus
estoques”.

O aumento dos preços do arroz, pode ser explicado por vários fatores. A menor
produção interna em resposta aos prejuízos sofridos em safras passadas, o maior
consumo na pandemia, baixos estoques, forte demanda externa, reforçada por maiores
compras, elevando preços em toda a cadeia produtiva.

8. Conclusão

Com o término do trabalho, conclui-se que procura pode ser definida como a
quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em
determinado período de tempo. A procura de determinado produto é determinada pelas
várias quantidades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de
vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo.

A Oferta é a quantidade de bens que um produtor ou fornecedor estão dispostos


a colocar no mercado a um dado preço num dado período de tempo. Tal como os
consumidores, também os fornecedores são maximizadores de utilidade, tentando
produzir a quantidade de bens que lhes proporcionará o maior lucro possível.

Alguns fatores pressionam a alta de preços no mercado internacional, como a


restrição hídrica na Tailândia no final de 2019, o cenário de incertezas provocado pela
pandemia, a restrição do volume exportado entre grandes exportadores (China e Vietnã)
e a ampliação de demanda dos países importadores em busca da segurança alimentar,
por meio da ampliação de seus estoques.

O aumento dos preços do arroz, pode ser explicado por vários fatores. A menor
produção interna em resposta aos prejuízos sofridos em safras passadas, o maior
consumo na pandemia, baixos estoques, forte demanda externa, reforçada por maiores
compras, elevando preços em toda a cadeia produtiva.

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9. Referência bibliográfica
1. Mankiw, N.G. (2010). Macroeconomia. EUA
2. Neves, M. (2000). Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares.
São Paulo
3. Rossetti, M. (2009). Introdução a economia. São Paulo
4. Vasconcelos, M.A.S. (2011). Economia: micro e macro . São Paulo;
5. Wonnacott, P. (1982). Economia. São Paulo.

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