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CONCEITOS

FUNDAMENTAIS
Professora Luana Signorelli

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Professora Luana Signorelli

@profa.luana.signorelli

Luana Signorelli

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Professora Luana Signorelli

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Apresentação Geral
Professora Luana Signorelli

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Apresentação da professora
O meu nome é Luana Signorelli. Sou Mestra em Literatura e
Práticas Sociais pela Universidade de Brasília (UnB) e Doutoranda
em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), já qualificada e com previsão de defesa para
2023. Tenho 12 anos de experiência com revisão e padronização
textual e 11 anos em curso pré-vestibular e já dei aulas particulares
para aprovação no Colégio Militar de Brasília (CMB).

LEMA FAÇO O QUE AMO E AMO O QUE FAÇO

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Apresentação do curso

LDI LIVRO DIGITAL INTERATIVO

INCLUSO
ANTES DEPOIS • Questões
• Cast
Aula Capítulo • Slides (com e sem notas)
Capítulo Item
Curso extensivo Versão completa EXTRAS
• Gifs
Curso intensivo Versão simplificada • Links

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O que é Literatura e por que estudá-la?
Para se preparar para Literatura, é importante que você entenda a lógica dessa
área do conhecimento, pois isso pode ajudá-lo a prever o que será pedido na sua
prova. Nesse primeiro momento, vamos discutir o sentido de Literatura, entendendo
que ela compreende um caminho em direção à humanização.

A Literatura é uma Ciência Humana produzida por seres humanos e


para seres humanos. Isto quer dizer que seres humanos são tanto o
sujeito produtor desse tipo de arte em particular quanto o seu
público-alvo receptor. Muito possivelmente, a banca da sua prova,
ao cobrar Literatura, pretende orientar os seus estudos rumo a
uma capacidade crítica de raciocínio menos técnica e mais
autônoma, subjetiva, sensível, refinada.

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Como estudar Literatura?

Meu concurso tem lista


obrigatória de livros?

SIM NÃO

FOCO NA LISTA FOCO NA TIPOLOGIA DE QUESTÕES

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Semântica

Denotativa Dicionário Literal Sentido único

Linguagem

Vários sentidos,
Conotativa Coração Figurativa
inclusive todos

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interpretar o texto literário

reconhecer contexto histórico-social, relações


sociais e ideias filosóficas por trás do diálogo,
enredo ou expressão artística

nomear e definir que sentimento (melancolia,


tristeza, angústia etc.) se oculta por trás do
Questões que fragmento dado
pedem para
reconhecer movimentos artísticos

comparar dois ou mais textos

reconhecer o movimento literário ou


característica do escritor

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
História e Função da Literatura
e das Artes

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História e Função da Literatura e das Artes
• Para se preparar para literatura, é importante entender a lógica dessa área do
conhecimento
• Qual a função da arte? A princípio, ela não produz nada que garanta a sobrevivência
física do ser humano. Por outro lado, não se pode desvincular o homem da produção
artística.
Texto literário Texto não literário
Função estética. Do grego aesthesis Função utilitária: informar, convencer,
(αισθηsις), significa sentidos, percepção, explicar, documentar etc.
sensação, sensibilidade.

• No momento do surgimento do homem, ele já surgiu produzindo representações de


sua própria existência. O ser humano percebeu que a vida precisava ser apreciada e
condensada em imagens cheias de sentido e significado.
• Posto que a imagem vinha carregada de sentido, ela surge junto com os rituais
mágicos inspirando cuidados, terror e reverência.
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História e Função da Literatura e das Artes
• O crítico literário Antonio Candido entende a Literatura como um processo
de acumulação → artistas conseguem expressar medos, vontades e
desejos de suas épocas tanto nas artes visuais quanto na Literatura. A
partir da interpretação dessas obras, é possível perceber a forma de viver
desses nossos ancestrais e manter vivo o canal de compreensão com
aquilo que nos formou.

Movimento: marcado temporalmente

Formação: noção de processo

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História e Função da Literatura e das Artes

“A literatura pode formar; mas não segundo a


pedagogia oficial, que costuma vê-la ideologicamente
como um veículo da tríade famosa, — o Verdadeiro, o
Bom, o Belo, definidos conforme os interesses dos
grupos dominantes, para reforço da sua concepção de
vida. Longe de ser um apêndice da instrução moral e
cívica (esta apoteose matreira do óbvio, novamente em
grande voga), ela age com o impacto indiscriminado da
própria vida e educa como ela, —com altos e baixos,
luzes e sombras.” (CANDIDO, 2002, p. 391).

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ERA
Há 3 grandes eras: a MOVIMENTO
medieval, a clássica e
a moderna. Movimento literário ou GERAÇÃO
Costumam durar mais escola literária
de um século. consiste no esforço de Geração costuma FASE
reunir no mesmo durar em torno de 30
período autores e anos, basta lembrar Podemos ter várias
obras com unidades da diferença de idade fases na nossa própria
temáticas e entre nós e nossos vida. Então, fase
estilísticas. pais. Movimentos costuma durar menos.
literários separados Exemplo: Machado de
por gerações são o Assis teve uma fase
Romantismo e o romântica e outra
Modernismo. realista.

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Medieval Clássico Moderno
Séculos: XII Séculos: XVI -XIX
Séculos: XIX até hoje
-XVI
Origem das Predomínio da poesia Vários Gêneros
formas
Formas poéticas consagradas: Introdução do gênero
poéticas
soneto, poesia épica Romance
Escolas Vários Gêneros
Grandiosidade Mundo Prosaíco

literárias

Trovadorismo Realismo
Modernismos
E Classicismo Barroco Arcadismo Romantismo Simbolismo
Até hoje
Quinhentismo Parnasianismo

Românico Realismo Vanguardas


Neo-
Gótico Renascimento Barroco Romantismo Impresionismo Abstracionismo
Classicismo
Bizantino Transição Pop Arte
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Conceitos Fundamentais
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O contexto
Conceitos Fundamentais:
Literatura Valores,
expressões e
sentimentos

Forma e
Literatura
conteúdo

Texto verbal e
não verbal
Muitas vezes, em um texto, o importante
não é o que é dito, mas sim como se diz.
Intertextualidade

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O contexto
A interpretação de um texto e até do mundo só se concretiza com um conhecimento
da época na qual o texto foi escrito. Nesse sentido, uma outra função da Literatura é a de
estabelecer um elo entre você e sua tradição cultural da qual vocês são herdeiros. A
Literatura também pode abordar questões sociais.

APREENDER DEPREENDER

alcançar com o raciocínio e a


pegar, capturar, apanhar, captar,
inteligência, perceber o sentido,
assimilar
assimilar com clareza
entendimento mais aprofundado do
ideia, pensamento, conhecimento texto, dos seus detalhes e de suas
nuances.
a noção geral que você tem do texto capacidade de operar o caminho
depois de lê-lo dentro do texto para fora (além) dele

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Valores, expressões e sentimentos
A tal da educação sentimental pela Literatura vai além
de fazer circular ideias e formas de entender a realidade em

Fonte: Pixabay
uma dada época. Geralmente, a Literatura explora de tal
forma os sentimentos que, para a maioria das pessoas, essa
matéria é sinônimo de amor, tristeza ou mesmo angústia.

Capacidade ou aptidão para receber as


impressões do mundo externo; faculdade de
Sentimento sentir; senso, noção, sentido; disposição para ser
facilmente tocado, impressionado ou comovido
(dicionário Aulete).

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Forma e conteúdo

ÁREA DO
DIALÉTICA INSTÂNCIAS
CONHECIMENTO
prosa

Estrutura poesia
Forma teatro
Estilo figuras de linguagem
Literatura

Conteúdo Tema VISÃO DE MUNDO: ideias,


conceitos, sentimentos

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Texto literário e não literário
TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO
Não chores, meu filho; Sabe-se pouco da história indígena: nem a
Não chores, que a vida origem nem as cifras de população são
É luta renhida: seguras, muito menos o que realmente
Viver é lutar. aconteceu. Mas progrediu-se, no entanto:
A vida é combate, hoje está mais clara, pelo menos, a
Que os fracos abate, extensão do que não se sabe. Os estudos de
Que os fortes, os bravos casos existentes na Literatura são
Só pode exaltar fragmentos de conhecimento que permitem
(GONÇALVES DIAS, domínio público). imaginar, mas não preencher as lacunas de
um quadro que gostaríamos que fosse
global. (CUNHA, 2012, p. 11, adaptado).

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Texto verbal e não verbal

TEXTO VERBAL TEXTO NÃO VERBAL

Costuma usar linguagem escrita Intersemiótico e pode apresentar


a apresentar estrutura linear vários signos simultaneamente

Utiliza predominantemente signos da Pode mesclar elementos verbais ou ser


escrita intersemiótico

Exemplos: a pintura, a mímica, a dança,


Exemplos: romances, poesias
a música

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Intertextualidade
QUAL É A OPERAÇÃO?
• Nesse tipo de questão, vocês devem comparar textos, de naturezas iguais ou
diferentes. Então, vocês devem aproximá-los ou contrastá-los. Eles ainda podem
se complementar.
QUANTOS TEXTOS?
• Dois ou mais, quantos a banca quiser. Quanto mais textos forem cobrados,
maior tende a ser o grau de complexidade da questão. E ainda podem ser textos
literários contrastados com textos não literários, textos verbais com não verbais
etc.
QUAIS TEXTOS?
• Podem ser comparados textos de um mesmo autor; de autores diferentes, mas
de um mesmo contexto; de autores diferentes e de diferentes contextos; e ainda
textos de nacionalidades/épocas diferentes.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Gêneros Literários
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Gênero textual Gênero literário

Pode ser qualquer Necessariamente


texto, inclusive um não texto ficcional
ficcional

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A prosa é o texto organizado em parágrafos (narrador,
personagens, tempo, espaço, enredo, clímax, desfecho);
permitindo maior desenvolvimento da ideia; utilizado para
narrativas em geral.

A poesia é um texto composto em versos (rima, ritmo,


Gêneros métrica, sílabas, musicalidade), cuja mensagem é
literários resumida e densa; mais apropriado para
expressar sentimentos.

O teatro é um texto configurado em falas de personagens


com algumas orientações do dramaturgo (rubricas).

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GÊNERO LÍRICO
• Poemas que falam sobre os sentimentos e estados de espírito, direcionados
Gêneros diretamente ao leitor.

Literários GÊNERO NARRATIVO OU ÉPICO


• Geralmente, é objetivo. Verso: canção de gesta; balada; epopeia ou poema épico;
poema burlesco.
• Prosa: romance; novela; conto; crônica; anedota; fábula; parábola. O crítico
literário húngaro György Lukács considera o romance como o épico moderno.
• Poemas em que são narrados grandes feitos heroicos, reais ou mitológicos.
• Os relatos são grandiosos e extensos, contando com muitas estrofes.
• Ilíada e Odisseia (Homero), Eneida (Virgílio) e Os Lusíadas (Luís de Camões) são os
poemas épicos mais conhecidos.

GÊNERO DRAMÁTICO
• Na poesia dramática, não há a figura de um narrador, ou seja, as personagens são
responsáveis por contar a própria história.
• Pode apresentar traços tanto épicos quanto líricos em seu conteúdo.
• Nos moldes clássicos, é divida em: tragédia e comédia. Na Idade Média: milagres
e autos. Um gênero híbrido é a tragicomédia.
• É precursora do texto teatral.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Poesia
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Poesia
A poesia é um tipo de texto encadeado por
versos. Um verso é uma linha de sentido e se opõe
ao parágrafo na forma. É o principal elemento
estrutural que diferencia a poesia da prosa. Um
verso geralmente vem acompanhado de mais
aspectos, como ritmo, metro, melodia. POESIA POEMA
Melodia!? Isso mesmo. Na Antiguidade, a
poesia estava associada a práticas de musicalidade.
Isso pode ser cobrado: uma letra de música, por
Texto,
exemplo, é considerada poesia também. Gênero resultado do
Na poesia, o conteúdo é subjetivo, isto é, gira literário processo
em torno de um “eu”, que no caso é o eu lírico. Ela
se preocupa com a estética (a beleza do texto) e a
combinação de sons, geralmente atreladas a figuras
de linguagem. Há uma que é essencial para o
entendimento de poesia: a metáfora.
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Poesia
CATEGORIA DEFINIÇÃO
EU LÍRICO É a voz do ser abstrato que fala no poema. Ele pode ser uma invenção do poeta ou pode coincidir
com o poeta, mas nem sempre. Também é chamado de eu-lírico (com hífen), eu poético ou
poemático.
VERSO Sucessão de sílabas ou fonemas que formam uma unidade rítmica e melódica, correspondendo
em geral a uma linha no poema.
Livres: versos sem métrica fixa;
Brancos: versos sem rima.
MÉTRICA É a medida dos versos, isto é, o número de sílabas poéticas apresentadas pelos versos. Cuidado: a
sílaba poética não coincide com a sílaba gramatical.
RIMA É um recurso musical baseado na semelhança sonora de palavras no final de versos (rima
externa) e, às vezes, no interior de versos (rima interna).
RITMO Alternância de sílabas acentuadas, variando quanto à sua intensidade.
FORMAS FIXAS Formas de poema que têm estrutura fixa de construção. Entre tais, destacam-se: balada, canção,
cantata, elegia, glosa, haicai, hino, lira, madrigal, noturno, ode, rondó, soneto, terça, trova,
vilancete, versículo.
VERSO É a voz do ser abstrato que fala no poema. Ele pode ser uma invenção do poeta ou pode coincidir
com o poeta, mas nem sempre. Também é chamado de eu-lírico (com hífen), eu poético ou
poemático.
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Características da poesia
• O metro é a medida do verso. O estudo dos metros se chama metrificação ou
escansão. A escansão é a contagem dos sons e dos versos.
• A contagem das sílabas métricas NÃO coincide com as sílabas gramaticais.
Metrificação é sinônimo de escansão, ou seja, contagem dos versos poéticos.

METRO ESCANSÃO

MÉTRICA CONTAGEM

SÍLABA POÉTICA METRIFICAÇÃO

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Exemplo de escansão
Tal a chuva
Transparece
Quando desce
(Gonçalves Dias, romântico brasileiro)

Tal-a-CHU-va (3 sílabas poéticas)


Trans-pa-RE-ce (3 sílabas poéticas)
Quan-do-DES-ce (3 sílabas poéticas)

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Escansão
A escansão é a ação ou resultado de escandir, de decompor um verso em
seus componentes métricos (dicionário Aulete). Observem abaixo os versos
de Manuel Bandeira, poeta modernista brasileiro.

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Elisão
Fenômeno no qual a vogal seguida de vogal em palavras contíguas é
absorvida (inclui-se o “h” que não é um fonema, mas simples letra).
Observem abaixo os versos Vinicius de Moraes, modernista português, em
seu “Soneto da fidelidade”.

Quero vivê-lo em cada vão momento

Elisão
E em louvor hei de espalhar meu canto

Crase (um tipo de elisão)

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Quantidade de
sílabas
Organização Métrica
poéticas

dos versos Apoio rítmico

Agrupamento
Quantidade de versos:
estrofe

Versos
Fonética

Qualidade

Tipos

Rimas Acentuação

Classificações

Intensidade
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Esquema de rimas Alternadas ou
“Meu Amor, não é nada: – Sons marinhos (A)
Numa concha vazia, choro errante... (B)
Ah, olhos que não choram! Pobrezinhos... (A)
cruzadas Não há luz neste mundo que os levante! (B)”
(Florbela Espanca – Filtro).

“Vagueio campos noturnos (A)


Emparelhadas Muros soturnos (A)
paredes de solidão (B)
ou paralelas sufocam minha canção (B)”
(Ferreira Gullar – Sete poemas portugueses).

“Eu, filho do carbono e do amoníaco, (A)


Interpoladas ou Monstro de escuridão e rutilância (B)
intercaladas Sofro, desde a epigênese da infância, (B)
A influência má dos signos do zodíaco (A)”
(Augusto dos Anjos – Psicologia de um vencido).

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Como ler poesia?

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Prosa
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Conceitualização da prosa
Nos primórdios da Literatura, a prosa não tinha o prestígio
que foi adquirindo com o passar do tempo. Com a ascensão da
burguesia, esse modelo de narrativa veio atender à
necessidade da nova classe social em se reconhecer nas
histórias. Os escritores começam a se valer desse padrão para
apresentar histórias do cotidiano, nas quais o personagem,
geralmente um burguês, enfrenta seus dilemas pessoais. Aos
poucos, essa narrativa vai abarcando questões existenciais de
uma sociedade que se transforma rapidamente a partir do
século XVIII.
As narrativas literárias ficcionais giram em torno de algum
tipo de crise que o personagem deve resolver. Predominam Johannes Gutenberg
verbos de ação, pois o protagonista (o personagem principal) (1400-1468)
vai se envolver em peripécias que acabam por revelar algo Fonte: Pixabay.
sobre ele ou sobre as circunstâncias em que vive.
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Prosa
CATEGORIA DEFINIÇÃO
ENREDO A narrativa de acontecimentos cuja ênfase recai na relação de causa e efeito. Uma
ação pode ser externa ou interna; intensa, densa. Sinônimo de "história" com letra
minúscula, pois "História" com maiúscula consiste na disciplina.
NARRADOR Voz que fala dentro da narrativa e acaba por assumir o ponto de vista. O narrador
está para a prosa como o eu lírico está para a poesia. Classifica-se em:
*Narrador em primeira pessoa: ele também é personagem, expressa sua visão de
mundo própria de quem vivenciou a história.
• Narrador ficcional: o escritor cria um personagem narrador com características
e biografia totalmente diferentes da sua. Exemplo: Brás Cubas.
• Narrador-testemunha: o escritor elege um protagonista, mas quem conta a
história é um personagem secundário. Exemplo: Zé Fernandes.
• Alter ego: o escritor cria um narrador que conta uma experiência muito próxima
da vivida pelo autor. Por exemplo, em O Ateneu, o protagonista Sérgio fala de
suas vivências no internato em que passou parte da sua adolescência, situação
vivida pelo próprio Raul Pompeia.
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Prosa
CATEGORIA DEFINIÇÃO
NARRADOR *Narrador em terceira pessoa: ele se coloca acima da história como se
fosse um deus observando seus personagens.
• Narrador impessoal: aquele que nos dá a impressão de não existir,
comporta-se como se fosse simplesmente um jornalista registrando
com fidelidade a história; tipo de narrador frequentemente
utilizado pelos realistas e naturalistas.
• Narrador condescendente ou simpático: o escritor adota um ponto
de vista que deixa claro quais são seus personagens preferidos,
idealizando-os. Esse é o narrador típico do Romantismo.
• Narrador crítico: ele conta a história comentando a ação e o
enredo.

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Prosa
CATEGORIA DEFINIÇÃO
PERSONAGENS Os seres fictícios construídos para figurarem dentro da história.
TEMPO Os fatos apresentam relação com o tempo em dois níveis: cronológico (tempo
real, numérico) e psicológico (as percepções subjetivas da personagem).
ESPAÇO Lugar no qual se passa a história e o enredo (a ação) se articula.
CONFLITO Uma oposição entre elementos da história da qual resulta numa tensão.
CLÍMAX É o momento culminante da história, o momento de maior tensão.
DESFECHO Desenlace ou conclusão. É a solução do conflito, a parte final.
PROSA POÉTICA

A poesia pode estar contida numa linguagem versificada ou em prosa. Quando ocorre a segunda
possibilidade, dá-se o poema em prosa ou prosa poética. De um modo geral, haverá prosa poética
quando existem as seguintes características: conteúdo lírico emotivo; recriação lírica da realidade;
utilização artística do poético; linguagem conotativa, (...); “carga lírica”, devido à capacidade dela
mesma de criar ideias, visões, imagens, por meio de imitações sonoras, melódicas e rítmicas.
(TAVARES, 2002, p. 162).

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Teatro
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Teatro
E não só de poesia e prosa se faz a Literatura. Um
gênero menos explorado, mas que não obstante pode
cair na sua banca, é o teatro. Gênero que surge na
Antiguidade Clássica, sendo que seus principais
representantes rivalizavam entre si em competições no
século V a. C. – IV a. C.: Sófocles, Eurípides e Ésquilo.
A concepção moderna que temos de palco e
plateia por exemplo vem dessa época. O teatro grego
nasceu de cultos e rituais dedicados aos deuses de
seu panteão; logo, ocupava um lugar de destaque na
civilização. Eram encenados no teatro de arena.

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Teatro
CATEGORIA DEFINIÇÃO
Do grego, δράμα significa ação. Texto de ficção, peça teatral ou filme de caráter sério, que
DRAMA
apresenta um desenvolvimento de fatos e circunstâncias compatíveis com os da vida real. Um
texto dramático se classifica como tragédia ou comédia.
ATO O ato está para o teatro como o capítulo está para uma narrativa. Consiste na divisão geral.
CENA Subdivisões da peça, em que cabe uma unidade de ação. Geralmente, marca a
entrada/saída de atores. Exemplo: ato III, cena 2: “Ser ou não ser, eis a questão”
(Shakespeare – Hamlet).
PERSONAGENS No teatro, as personagens são como personae, isto é, uma máscara, uma ficcionalização, uma
teatralização. Elas vestem a indumentária, um vestuário específico que condiz com seu caráter,
personalidade etc.
TEMPO O tempo pode ser cronológico (tempo real, numérico ou histórico) ou psicológico (as
percepções subjetivas da personagem). O tempo ainda pode não ser caracterizado.
ESPAÇO No teatro, o espaço é uma cenografia, um lugar criado. Lugar no qual se passa a história e o
enredo (a ação) se articula.
RUBRICA O teatro apresenta toda uma técnica diferenciada. No início, geralmente, há uma espécie de
ficha catalográfica com algumas informações sobre a peça. Ao longo do texto, também há
orientações sobre gestos, posturas etc., geralmente, em relação a personagens. São como
intromissões do dramaturgo e normalmente vêm antes das falas entre parênteses.
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Representação de Obras
de Artes Visuais

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Interpretação de obras de artes visuais

Descreva para si o que a imagem desperta em você

Observe aspectos técnicos: cores e tons; linhas (retas,


circulares, etc.)

Observe a composição: se há perspectiva, o que há


no fundo, o que há na frente, o jogo de claro e escuro.

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Bizantina Renascentista Maneirismo Expressionista
Seriedade e devoção. Rafael (1483-1520) Parmigianino (1503-1540) Edvard Munch (1863-1944)
Cores fortes, não realistas. Figura humana com Exagero na representação Ausência de elementos sacros
As imagens ocupam o realismo Dramaticidade na cena e A mulher é sensual e
campo central. Antropocentrismo nas expressões enigmática
Não há profundidade. Imitação de esculturas Não tem menino no colo
greco-latinas Pinceladas bem marcadas
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Interpretação de Texto Literário
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1ª camada
Título, fonte, ponto de vista:
quem está falando? O quê?
Para quem?
Fonte da imagem: Shutterstock.

2ª camada
Texto em si: elementos
morfossintáticos, pontuação

3ª camada
O que exige mais de uma
competência: gêneros
híbridos, intertextualidade,
interdisciplinaridade

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Gramática aplicada à Literatura
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Substantivo

Interjeição Artigo

Conjunção Adjetivo

MORFOLOGIA

Preposição Numeral

Advérbio Pronome

Verbo

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Técnicas literárias
Fluxo de
1ª pessoa Não confiável consciência/mo
nólogo interior
Narrador
Discurso
3ª pessoa Intromissões
indireto livre

1ª pessoa do
Poesia lírica
Voz que fala singular
dentro do texto
Eu lírico
3ª pessoa do
Poesia épica
singular

Dramaturgo Rubricas

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Crítica Literária
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A crítica literária e a interpretação de textos
❖ Ferramenta crítica de análise dos textos: muitos concursos
costumam cobrar o “crítico da casa”. Além disso, a crítica serve
para entender a realidade e nesse sentido contribuir para o estudo
de atualidades.
❖ Análise das obras literárias obrigatórias: assim, constrói-se um
possível caminho de leitura.
❖ Visão da realidade e bagagem cultural: podemos aprender a
partir do ponto de vista e da vivência dos críticos.
❖ Treino de competências mais exigentes: literatura comparada,
literatura universal, interdisciplinaridade.
❖ Aprender com a crítica a fazer a nossa própria: hermenêutica,
sistematicidade, organização de raciocínio, estilo.

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A crítica literária e a interpretação de textos
Um grito de dor é sinal da dor que o provoca. Mas um canto de dor é
ao mesmo tempo a própria dor e uma coisa que não a dor. Ou seja, se
quiser adotar o vocabulário existencialista, é uma dor que não existe
mais, é uma dor que é. Mas, dirá você, e se o pintor fizer casas? Pois
bem, precisamente, ele as faz, isto é, cria uma casa imaginária sobre a
tela, e não um signo da casa. E a casa assim manifesta conserva toda
a ambiguidade das casas reais. O escritor pode dirigir o leitor e, se
descreve um casebre, mostrar nele o símbolo das injustiças sociais,
provocar nossa indignação. Já o pintor é mudo: ele nos apresenta um
casebre, só isso; você pode ver nele o que quiser. Essa choupana
nunca será o símbolo da miséria; para isso seria preciso que ela fosse
signo, mas ela é coisa (SARTRE, 2004, p. 11-12).

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Resumo
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Capítulo 1 –
RESUMO

Fonte: https://classic.wordclouds.com/

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FINALIZAÇÃO
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FALE CONOSCO

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