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SUPER, D.B:; BOHNJR, MJ. Pricologia cupacional, Sto Peo ‘Aslas, 1972, Pricologia ocpacional. So Pauls: Atlas, 1980, ‘VALENTINE, B; TEODORO, M. 1. M; BALBINOTTI, M.A. A, Relagis etre intereios voraconas fatores da parsnaldade ‘Renta Braleira de Orentopao Profesional, 10,0. p- 87-65, ‘2009, WATTS, G.A. (198). Frank Parsons: promater of progressive ‘Br, Jownal of Carer Development, 20,0. 4 p. 265286, 1904 ‘Z2YTOWSKI,D. G, Four hundred years before Persons. Pewonnel (and Guidance Journal 80,3. 449400, 1973, Prank, Prank Whore ar you now that we noed you? The Ceanacting Peveholgit, 1, p. 129-185, 1085, Frank Parsons and tho progressive movement. The Career Beosopment Quarterly, 0, ny p 57-5, 2001, Cariruto 5 ‘SEGUNDA DEMANDA-CHAVE PARA A ORIENTACKO PROFISSIONAL: COMO AIUDAR © INDMIDLO A ENTENDER OS DETERMINANTES DE SUA ESCOLHA E PODER ESCOLNER? ENFOOUE PsicooiNiwico Yost Piha Lehman obieno Fonseca da Sle ‘Morelo Afonso Ribeiro Maria de Conesao Coropoe Uvalde Inmnodugko O enfoque psicodindmico surgiv como:smaalternativa na Orientagio Profissiona ao enfoque'rago-fitor, endo contem- pordneo ao enfoque desenvolvimentista com suas primeira concepgbese propostas surgidas por vltada dada de 1890, "Tem aussrazes a Picandliseebusca compreender e expla ‘camportamento vocacional pela dindmia da personalidad, principelmente em sous aspectos inconsciontes, em substitu. (io & concopeio do trago de personalidad do enfoque trago- “Tato Retira das concepotespscanalitcas do desenvolvimento psicossexual da nfnea, da identifleacio,dos mocanismos de ‘efesa da psicodinimica do aparelho psftico eda sublimagto of elementos principals para tentar compreender como um sujeito faz euas eacalhas vocacionalse dotenvolve sia vida no trabalho ou tom difiuldadss nostas tarefss (BUJOLD; GINGRAS, 2000) ‘Freud (1996) spantou em au obra que o trabalho, como stividade sociimente acetae pastvel deserinvestida como sbjeto de prazer, mobiliza © constitu a vida patquies do ‘tehamen he ete Mac eat one eo sjito nesce processo. © trabalho perfaria uma relagio de Invostimento esatiafagsostravessada pela civlzego, possibi- litando a superagéo do singular no universal pelo processo de ‘sublimagio (engate da paixio pulsional singular aos aplos da coletividade pela inscrigio no mundo por meio de uma obra) (0 desenvolvimento pafquicoestaria marcado pela eapaci- ade de amar edo trabalhar, sondo que o amor inseroveria 0 sjito no campo eric, possibilitando a obtengéo de prazer, tastim como o trabalho faria a mesma enisa no campo socal Dejours (1994; 1999), inspirado no ideal psicenalitic, complementa esse ieis, apontando que o trabalho aparece ‘como operadcr fundamental na conatrugéo do sujeito, pois 6 consitui no modiador privilegiado entre o inconsciento © © campo socal. O trabatho tem a potencialidade de vinoular fortemente 0 seit realidade ea esolba vocacional earrega a potencia- lidade de realizar uma solugéo de compromisso setisfatéria centre principio do prazere princfpio da relidade ‘Temos duas vertentes teéricas dentro do enfoque prico- Aainamico: 1) Enfoque da satisfapto das necessiddes, prineipalmente ‘epresentado pelo trabalho de Anne Roe (ROE, 1956; 1967; ROE; HUBBARD; HUTCHINSON; BATEMAN, 1966; ROE; LUNNEBORG, 1990), ') Bnfoque psicanalitic, que tem duas grandes correntes {de pensamento: a primeira representada por psicanalia- ‘tas norte-amerioanos, principalmente Edward 8. Bordin, ‘ms também A. A Brill, Barbara Nachmann ¢ Stanley J Segal (BORDIN, 1948, 196, 1985, 1994; BORDIN; NACH /MANN; SEGAL, 1965; BRILL, 1949; NACHMANN, 1960; SEGAL, 1961), asegunda representada pelo paicanalista ‘argentino Rodelfo Bohoslavsky (1977, 1985, 2001) ‘eat nano pom aaa et 5.10 enfooue da saistagho das necesidades bisteas de Roe Este enfoque tom como principal autoran narte-americana ‘Anne Roe. Seu enfoque tebrico surgiu de sstudos relizados ‘om pacientes em sua clinica pecolgica durante o perfodo do 1920 a 1940 e estho sintatizados no lvro Psychology of ‘ocupations,editado em 1956 (ROE, 1956), depois vito em ‘sous estudas posteriores publieados em manus de Orienta ‘Ho Profissional (ROB; LUNNEBORG, 190), FA Bases eplstewoldgeas€ vedas ‘Tem como base de sou enfoque teérien a Paicandlise de Freud, principalmente suas concepsbes do desenvolvimento prlcossexual da infincia © da psleodingaiea do paiquismo (FREUD, 1996), eo Humanism de Maslow, com ateora da bicrarquia de necossidades (MASI OW, 1954). 52.1.1 Concepgio de ser humano ‘oe acrdita que todo sujlto tom uma tanddncia tif ‘lode suas necessidades pelo gasto de enetgia psiquic,fator primordial para sua motivagio, e define, extdo, que o suet ‘6 um sujeito de necessidades, © que eseat necessidades vio ‘torminadas pelas experiéncias de satistaclo na infancia, principalmente mareadas pelo clima familar no qual se de- senvolveu: baseado na frustragéo ou na sstisfagi, ‘© comportamento adulto seria guiado pela forma como 6 sujeto desenvolveu sua forma de gastar & energia psiquica pelasatisfasio do suas necessidades na nflnca, constituindo ‘eu modelo de vinculagio,investimentoe comportamento no ‘mundo ou sua personalidade (ZYTOWSEI, 1968). {5.1.12 Logistica:teoria vocacionalloeupactonal subjacente ( clima familiar moldou a forma como cada sujeito gata ‘sua energiapsfquica por meio da saisfagdode suas nocesside ramet niente ete Senta Mal eae dos eservré de base parao desenvolvimento da personalidade te dacrientagio dosinteresseso, consequentomente,condizira ‘A oscolha vooacional, ou sea, as experiéncias infantis soma- das ao clima familiar vivido redundario na posavel escofha ‘voeacional que o sujeito fara. Sogundo Roo (1967), se a familia ofereceu a seus filhos um elima de protegio ¢ contrado neles préprios, gerow um lima quente eles vo escolhor no futuro éroas vocacionsis relacionadas com pessoas; enquanto, sea familia focou suas relagées nas normas objetivas, menos centradas nas pessoas, sce clima sor designado por Roo como frioe rodundaré om ‘encaThas por drea vocacionais com foco em dados «coisas ‘Acszolha voeasional,portanto, seria um process dindmico cecomplexo que combinaria earacteristica individuals inatas, ‘forma de sstisfacdo das necescidades oa forma resultant das interagdes ambientais precooes,principalmenteo cima familia, definindo como cada um gastaré sua onergiapsiquica as ocupagies e profstées que desempenharé. "Roe também vai afirmar, com base nas ideias de Maslow (1954), quo, so um sujeito nio aleangou a necessidade de sutorrealizagto, proposts por Maslow, como o topo de sua hierarquia de nocossidade', satisfazendo us necessidades an- ‘eriores, toréimensa difuldade de escother, pois “a tandéncla a autorrealizagio 6 0 guia para a motivagéo oeupacional de todo homem" (SEBASTIAN RAMOS, 2003, p. 183) O resultado central dos seus estudos foi a siatematizagho do wma clssificagi ocupecionalsogundo as caractoristicas de ‘personalidade que cada ocupagio demandava, em termes de triontago dos interesses, gorando oitocategorias de escolas ‘oescianas ou dreas voracionas:servgos, relagdo comercial Aleta, oranizagto e edministracéo, tcnologi, trabalho 29 ‘ie een ri on wd ice ‘tn nt prensa sg pear aa ‘Stade eating nop nner seoita mans aon Pees arlivreem cuntato com anatureza ene, caltura.em gurl artes eentretenimento (ROE, 1954, 1956;ROE; KLOS, 1960), ‘Muitos comparam sua classificagéo équela desenvolvide por John Holland no seu modelo RIASEC (Realistic, Invee- tigativo, Aristico, Socal, Emproendedr « Convencional) Suateoria teve impacto signifcstivos sobre a Orientagéo Profissional,entrotant foi poueoestudaia empiricamente¢ ‘recocemente descartada como um enfoque tedricoTelevante, ‘no quediscordam Brown, Lume Loyle (1997), Davis (1997), Lunneborg (1997 e Tinslay (1997), ao dler ques prmeiras ‘experiéncias infantis produzem a arientagto basica da per- sonalidade, que influenciaré, por sua vero desenvolvimento do comportamento voeacional de cada stjito Sus estudos, ao final de asa carrera, ampliaram a base ambiental para a escolha vocacional, iicitimentomaisfocada.~ na familie, agora, naartculagio de mGlipls fatores: gine- 1, estado goral da sconomia, background familar, ueagto « formagéo, habilidades, eapacidade Ssics, oportunidadee, srupos de pares © amigos, situagio maria, eapacdade oog nitive, personalidade, intoressoso valores, Enbors muito do meu treba bre opagie enka sto ova nas possi eases ‘importante varia: (ROE; LUNNEBORG, 190,68) 5.1.1.8 Prinefpios, objetivos e fungses Roe buseou compreender as relagies entre o comporta- mento vocacional e o desenvolvimento da personalidede, principalmente na tentativa de realizar uma elasificagio ‘ccupacional sogundo aa caracterfsticas de personalidade ‘que cada ocupagio demandava (ROE, 1954, 1956, ROE; ‘Fas ober mig dain ale Jb Hed oe etl ap! BASE, Mincpte ine secur Those ‘ua principal contribuigéo tgenica (desenvolvimento de um sistema classificatério das ocupagSes ase utilzado na Orien- ‘tagio Profisional,jé que nunca se preocupou em elaborar ‘uma estratégia em Oriontacio Profisional (LUNNEBORG, 1985; RIVAS, 1988) 5.2.0 enfooue psicanlitico ‘Bato enfoque tom dues vertontos: uma norte-americane, «quo #0 inicia na primeira metade do séeulo XX, e outea sul americana com inicio na segunda metade. Aproscntemoscada ‘uma separadament, focalizando com énfase a estratégi cl nea de Bohoslaveky, que é um dos enfoquestesrico-téenicos centrais na realidade brasileira. 52.1 Princinasproposts varente pscwuticnNonte-weion ‘Na primeira metade do séeulo XX, um grupo deestudiosas da Psicandlize, prineipalmente representads por A.A. Brill, Edward S, Bordin, Berbars Nechmann ¢ Stanley J. Segal, fizeram a tentativa de expliar ocomportamento vocacional por meio dos conceivs pscanalitios e, basicament, Bordin (2968, 1985, 1994), décadas depos, propds uma estratégia de intervensio em Orientagio Profissional, apesar de tr se dedicado mais a pensar sobre questies da Paicandlise ¢ dat pilcoterapias como um todo, 5.2.1.1 Bases epistemolégicas teéricas es forma genériea, utiliza as eoncopgées freudianes Ae identifioagho?, mecaniamos de defesa e sublimagéo para cexplicar«eseatha vocacional espesfiea Z¥TOWSKI, 1968) ‘Pena etn «ett um ane Maid ctl an te ctl mi em os sence an cimapate itn Pant 5.2.1.1.1 Concepedo de ser humano (O ser humano édeterminado inconscontementa determi rages psiolyicas) e 6 marcado pela buss infnita da real _agio do deseo (experiéacia de satisfago total) por meio do {nvestimento libidinal de objtas ou pessoas do mundo social, orientado pelo sparelho pafquio, Bisea esta que nunca sed concretizada totalmenta, $6 éencontrada oeasionalmente 20 longo da vida em momentos que reeditem asituagtoinicial de stafagdo total (situa de doel-de-go), que fea guardada no inconacientee de Info pode sir mis, pois est protbida para sempre (0 deal do ogo a aitange de vida perf, na ‘qual tenho todoa os meus dosejoaeateeitoae nada falta), orientado pelo sparelho psiquico (RIBEIRO, 2008). ‘A escolha voeneional eo trabalho podem ser situagies de ideal-do-ego : 5.2.1.1.2 Logistica: teoria vocacionaliocupacional ‘subjacente Brill (1949) foi um dos primeiros a dizer que uma escolha vocacinal seria resultado da eublimagio de impulss inter- ‘nos em wma ccupagio que stisfara,pssoalesocialmente, com plenitude. A escolha vocacional, como uma parcels do comportamento gobal do sujeta, 6 pate da problemétien individual geral e, portant, dave ser expliada por meio das ‘mesmas tecrias que explcariam o funeonamento do sueito ‘como um todo Bordin, Nachman e Segal (1963) ampliaram a proposta, 4 Brill (1948), concordando que a etdiha vocacional seria ‘uma forma de sublimagio, Afirmaram que comportamento ‘humano 6 marcado pla terne busca doprazer plas relagies com a realidade, na qual o trabalho é central, e or motivos 4a escolhas seriam ineonscientos © deenvoividos na pri= maeira inféncia, o quo permanoceu comoidein base de Bordin (1996), que afirmava aimportincn da otivagées intrnsooas Gnconscientes) como guiss para compreender o auxiliar na ‘escolha eno desenvolvimento da carzeira. ‘Osmecanismos de identificapio ede defesaseriam central para a compreensio dos determinantes das esalhas vocaio ‘als, pois, por meio das escolhas, se obteria atisfacio, um ‘modelo de vineulagdo com a ealidade, vi identificagto, cuma. Torma de elaboragi das angrstias bsica, via mecanisimos de efess, endo asublimecio a defese primordial nese proceso. Complementam dizendo que cada tipo de trabalho oferece ‘uma forma diferencia de gratificagio ¢ que essas gratifi- ‘cagSes eetariam relacionadas om o fincionamento pelquico di cada umm. Nackmenn (1960) diz que diferentes oeupagéea possibilitariam oportunidades diferencias para a expressso da personalidade, o que écorroborado pela ideia de Galinsky (1962), Galinsky e Fast (1968) « Segal (1961) do que esolha vocacional sera a concreta expresso do desenvolvimento da personaldade e da identidade. Nesse sentido, a escolha no seria um evento tnico na vida, mas pontos de permanéncia rosultantes de perfodos de transigho que aconteceriam de forma sucessivae continua ao longo da vida (BORDIN; KO- PPLIN, 1973. Bin sn, coder 8 coctspicanaiicn como lentes parle dade qu jr plcdon a pret ‘soomtam sentido inioobatant ranged, ia poder ‘rmecar informayies valine sobre 0 comperamento ‘humans, dndmien deco prafeonal sobre a8 formas de lida oa de querer Hogeio gue posta ‘rir (BUJOLD; GINGRAS, 200.88, 5.2.1.1.8 Prineipios, objetivos¢ fungées ‘Auxilia mais na expicagto ampliada do fendimeno voeacio- ‘nal pelos mecanismos do funcionamento pelquieo do que na ‘struturagéo de um proceso técnico de Orientagéo Profisso- nal, indicando que a questo vocacional eri, basicamente, ‘uma questfo da personalidade CConslerando que a esata voeasional envalve & ngo- ‘ago do intogragte das operas dati (nce ‘dos, Menten, bade, nowaalmerdedefoss © velorn com on papGinoeupectnals, «sauces ‘ce confitoemetivcinas, omo wana modalidae dae Alifcaldas nasindacass vee, lec bom ‘dogo para indicar quartiea para erontgio pars 8 ola vrslonal (BORDIN; KOPPLIN, 2079p. 154). 5.2.1.2 Bases metodalégicns ostratégia, thtica e técnica Bordin (1968, 1980, 1985) propée um trabalho de base psi canslitica para a Oriontagio Proissonal diferenciando-o de ‘um tratamento psicanalitio propriamente dito (LEVENFUS, 2010. Aponta.aimportinciafundamentaldodiagnéeticn eda posterior Orientaéo Vocacional, oom base nessediagnéstico, ‘ambos realzados com entrovstas clinics ou psleanaitcas utlizando-so das téenicas de interpresagio e esscciagho (BORDIN, 1980; MARZA; OLTRA, 1998) ( modelo proposto por Bordin (1963) foi batizado de ‘modelo dos trésR, pois conta com trés momentos: reehear- sing (reariculr), refocusing (refocliza) ¢ reconstructing (econstrul) = Primeiro momento (reshearsing): eseuta para a artiew- lagéo das demandes dos impalsos de aueito (momento do diagnéstio) = Segundo momento (refocusing): relajio das domandas do sujeito com possveis oportunidades vocaconais (mo- sménto da orientagio) = Terceiro momento (reconstructing): reflexto tobre si e smodificegSes vinculares para a concretizagéo da eacolha (momento do projeto). Pode haver a utlzacio de testes projetivese a oferta de {nformagéo profissionalobjetiva como complementa do pro- ‘cess0 de Orlentagdo Profesional, sendo sempre um trabalho individualizado, ‘teen hn tia Macl nat ee ae 5.2.2 A esata einen de Rodolfo Bohoslsly Bohoslavsky nasesu em 1942 na Argentina, tendo se gra- duado om Psicologia em 1966, ereccbou fortes infuéncias do ‘Marxism, da teoria de campo de Kurt Lewin eda Peienndliso, sintetizadas principalmente pela Bstola de Psiquistria Social ‘eneabogada por Enrique Pichon Rividre e Joaé Bleger, que ‘defondiam olema que “todo atoterapéutico 6um ato politico”. "Tove sou intoresso pela droa da Orientagio Voracionsl espertadoe langou, ao final dos snos 1960, um livro com inte demas ideas, inttulado Orientapéo vocacional: uma ttratégia clinica, no qual propbe &compreenséo do individuo fomo sujelto de escolhas, numa ertica 8 modalidado pico ‘étriea em Orientagio Voeacional que tomava o individu ‘como objeto de aua intervene, segundo Bohoalavaley. Com claras bases psicanalitcasassinalava: 0 vocacional seriauma resposta do mjeltoa quem ole, nfo ao que ele faz, da order oocupacional ‘A convite da Profa, Maria Margarida Carvalho, veio 20 ‘Brasil para ministrarsulaa com base em seu lvoe funda ‘com ela todo un modo do trabalhar, donominado de abords- ‘gem clinica, que determinaria uma bos parte dos rumos da (Orientagéo Profissional brasileira, prineipalmente no eampo da Pacologin. ‘Morreu, precocomento, ao final da década de 1870, dei xando um outro livo intitulado Vooacional: teora,téeniea ideologia, no qual iniciou a tentativa de aproximar sujeito ‘© campo socal, propondo os rudimentos de uma sbardagem peloossoclal em Orlentagdo Profissional. 5.2.2.1 Bases eplstemolégicas e toérieas ‘Sus teria de base 6 Palcandlise inglese (Melanie Klin) ‘que se utiliza do conceits como instinciaspsiquicas (go, id ‘eauperego),inconsciente,nareisiemo, mecanismos de defen, ‘deaizagio (ideal-de-ago), identifcagso, sublimagdo e repa. ragho, com forts influéneias da Psieslogia Social (Pichon- Rivilre e Bleger) por meio das concapgies de vineulo, grupo, estrutura,identidade e paps (Malle, 1988) 6.2.2.1.1 Concepgdo de ser humana Para Bohoslavaky (1977, p 49), 0 iadividuo 6 um sujet 4e eccolhas, um vir-a-sor, pois “a pestoanio 6 senéo o que procura sez” por meio dos vineulos que estabeloce com 0 ‘mundo (atuais, passadose potenciais) na defini de quem, ser, nfo 36 o que fazer e, ao mesmo tempo, de quem nfo eer, ‘Eases vinealos com 0 outro se die por mecanistnos de ‘dentifieagio, nos quais o outro 6 assiailado ¢ transforma ‘oaujsito ttl ou parealmente, segundo o modelo do outro, Primeiramento, a identifica funciona dofensivamente, ppermitindo que o sujeito sta idntico ao outro para poder assumir novos papéis socias eInborais, para depois perder seu carétr defensivo originale permitira intepragdo da iden tifcagéo, operacio pela qual osujeito humano se constitu e conatr6i sua identidade, ‘A assuncéo da identidade permitiris, Cemporariamente, poisa consirugéo identitéria 6um procesigcontinuo e sempre ‘nacabado), a elaboracio das angistiase questéeseubjetivas fundantes dos sujeits. 5.2.2.1.2 Logtetica: teoria vocacionaliceupacional ‘Bohoslavaky (197, p. 68) sponta que o onto woeacional ‘bésico sriao “conflito om relagto& ecotha de uma manel- va de ser, através de algo que fazer (ce uma oeupagéo” © também fudo que deve deizar de ser fazer, Seria oeonflito ‘rte eman fob ite act Mal ee te ‘marcado pela neceasidade de vinculr ovoracional er —cha- ‘madas intarnas subjetivas) 0 ocupacional fazer ~chamades externas socioculturai) ‘Segundo Voinstoin (1997, p. xii): “O vocasional som © ooupacional é fantasia e frustragéo, O ocupacional sem 0 ‘vocational éalienagéo e rendinca.” ‘A escolha voeacional seria uma sintee possivel entre as ddemandas do vocacional (dese inconsciente) edo oeupacional (xigincias do sistema produtiv em relagio as expoctativas de ‘pape, mum eaminho dilético do piquico ao socal evice-ver- sa (BOHOSLAVSKY, 1983). Sogundo o autos asubjetividade 6 repretontada pela identidade vocacional (resposta no para que.e ao por que da escolha) © a sociedade pela identidade ocupacional (rosposta ao o qué, ao de que modo que e ao em ‘que conterto da escolhe) ‘A identidade ocupacional definida como “a autoperce ‘peo, ao longo do tempo, em termos de paps ocupacionais” (BOHOSLAVSKY, 1977, p. 64) 6 gorada pelos mecaniamos continuos de identifiacio, eonforme jé apontado, com base nt relago com os outros significativos,principalmente em ‘termos da génose do ideal-do-ogo,identifiagies com o grupo familias, dentiticagdes com o grupo de pares © as identifea- es sexu (gine). ‘A identidade vocacional emerge no momento da escoiba ‘como resultante da escolha do um objet interior a ser repara- ‘dot aca, a eootha voeacional seria uma reeposta subjetivan um objetivo interior daniicado, nama manifertag da plato ‘essa Invoragio, sondo que easa resposta,concretizada na scolha veacional, pode co dar deforma naniaca(negagéo da. culpa e das perdas), compalaiva (culpa persecutéra intense, ‘elaneilica(reparacéo do objeto pressupée autodestruigo) ou auténtica(elaborasio dos Iutose reperagi do vinculo de ‘amor com o mundo). ‘Thao pai agin, do mete emia vin de ‘pemeinalag o min we Ysa usp ue ie Sea tmls pers deca djemoranne ee Para Bohoslavshy (1977), a carroira seria © depositario. ‘externo do objeto interno que pede reparagio © 0 vincule ‘com a carreira determinado pela modalidade de reparaséo ‘mplfcita, A reparagio auténtica signifcaria uma claboragio os confltos(escolha madura) o as demais modalidades de reparagéo uma negegéo ou controle dos conflitos (esalha, ajustada). ‘Aconstrugio de ums identidade ocupacional com base na ‘dentidade voeacional, determina pola integragéo das iden- ‘ificagGes realizadas, © a possibilidade da escolha voescional ‘como um proceseo reparatrio da subjetividade edosvinculos ‘om o mundo constituem os dois eixoscentrais da toria de Bohoslaveky, quo nos faz lembrar uma itm cosa: a rise igorada polo proces de construgio do identidede e esoolha ‘6uma crise presente que langa 0 myjeito no futuro, ou a ‘a resolugto do conflto voeacional & uma prejagfo do que se rocura sr no futuro. Por conta dato, aponta que a eacalhe vocacional 6 uma escolha realizada por um sujeito (sujet de escalhas), que busca claborar seu passado ecriar possibilidades vinculeres futuras(processo de reparacio) eas demandas subetivas que af sargem (dentidade voeacional), por meio dos vinculos os- tabelecidos(atuais,passadasepotenciis) das identiicagiee realizadas com outros significativos do mundo sociolaboral (dentidade ocupscional), mas que nest esolba “trata-se de escolhero futuro (..] mas, ao mesmo tempo, de tragar um rojo” (BOHOSLAVSKY, 1985, p. 11), ose) a eazreira calhida 6, antes demais nada, um projet de careira ainda [Neste sentido, iro autor que "toda esclha implica num ‘rojeto um projeta nada mais 6 do que uma estratégia no ‘empo” (BOHOSLAVSKY, 1977, p. 99), pois “o momento de calha 6 um momento de ensaio anveipado deste compor: tamento futuro” (BOHOSLAVSKY, 1971, p. 79), chamado de carreire segnaa mons cee acess, Resumindo: a careira seri a sintose entre voeacional ¢ ‘eupacional, num entrecruzamento entrea dimensio nakjeti- va a dimonséo social (RASCOVAN, 2001), sendo “o FAZER ‘uma manifestagio do SER e este se contra es faz em sex FAZER” (LEVENFUS, 1097, p. 228) 0 voacional (SER) necessita de um projeto(estrtégia no tempo) para se tornar ‘rajetdria (carrera), enquanto 0 ocupacianal (PAZER) necee- sita de objetos para efetivar ovecacional (EINSTEIN, 1994), 5.2.2.1.8 Prinetpios, objetivos e Punches ‘Acestratégia clinica buses: = entender a psicodindmica voesclonal do syjito; ~ compreender a problemética vocacioval (conflito vocacio- nal bésio), que seria 0 tipo espocifco de problemas de personalidade que envolve mecanisnns do decindodiants de papéis ocupacionais; ~ possibilitar a intograséo do devir vooaional com as pos- sibilidades ocupacionais (VEINSTEIN, 1997), ~ dar oportunidade pera oindividuo seexpresser como sue eito de eseolhas; um individuo em até", no sentido que “Arendt (1958/1987 Ie , como atividadeexistencial, no 6 existente (VEINSTEIN, 1994), sed esta a proposta (tica da estratégia clinica em Orientagio Profesional A eiea sarge dofto do que, a cnsdorarohamem 23- {ode ecolas,conideraremos ae escola dota algo que Ihe perencoe que nea profrsional, por ‘apuctedo que sates, temo direta de exropras (BO. HOSLAVSKY, 1977, p47, 5.2.2.2 Bases motodologicas ostratéyin tétion etéenica Para Bohoslavsky (2001), « Orientagto Profisionel seria uma estratégia de obsorvagdo¢ intervengia sabre o compor- "hala gas Hansa Ard pis» pan di ote cin ‘these aa a een wt oe tamento humano ¢nocessitaria de uma logatca (quadro de +eferéncia tebrico), de uma estratéia(operacionalizagio da, logistica,transformando-a em acio planejada e intencional sobre dada situagso com finaldade de modifictI, segundo eterminados propésitos), de uma tien (enquadredasituagio {de Orientagdo Profiasional) ede uma tenion recursos prices ‘a serem utlizads) ‘Na eatratgia eines, o vineulo entre orientador @ orien- tando 6 fundamental para constituigte de win eampo social no ‘qual um diflogo poss se estabelecer © uma colaborardo nso

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