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O QUE É TDAH?

O que é o TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um


transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e
frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se
caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:


1) Desatenção
2)Hiperatividade-impulsividade

Agitação, inquietação, movimentação pelo ambiente, mexem mãos e pés,


mexem em vários objetos, não conseguem ficar quietas (sentadas numa
cadeira, por exemplo), falam muito, têm dificuldade de permanecer atentos
em atividades longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes, são
facilmente distraídas por estímulos do ambiente ou se distraem com seus
próprios pensamentos. O esquecimento é uma das principais queixas dos
pais, pois as crianças “esquecem” o material escolar, os recados, o que
estudaram para a prova. A impulsividade é também um sintoma comum e
apresenta-se em situações como: não conseguir esperar sua vez, não ler a
pergunta até o final e responder, interromper os outros, agir sem pensar.
Apresentam com frequência dificuldade em se organizar e planejar o que
precisam fazer. Seu desempenho escolar parece inferior ao esperado para a
sua capacidade intelectual, embora seja comum que os problemas escolares
estejam mais ligados ao comportamento do que ao rendimento. Meninas têm
menos sintomas de hiperatividade e impulsividade, mas são igualmente
desatentas.
DICAS SOBRE O TDAH:
 Reforçar o que há de melhor na criança.
 Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da
mesma situação.
 Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.
 Aprender a controlar a própria impaciência.
 Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.
 Não esperar ‘’perfeição’’.
 Não cobre resultados, cobre empenho.
 Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus
esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade está sendo reconhecido.
 Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequentemente.
 Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.
 Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.
 Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo
de ensino-aprendizagem.
 Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.
 Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.
 Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.
 Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por
exemplo.
 Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.
 Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar
conflitos.
 Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.
 Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.
 O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres,
etc.
 Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que
seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.
 Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.
 Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças
de escola ou de residência, etc.
 Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.
 Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.
 Estimular a criança a fazer e a manter amizades.
 Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar
um adulto para intervir, esperar a sua vez).
 Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.
 Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção,
permitem que a criança se organize por meio de regras e limites e, aprenda a participar,
ganhando, perdendo ou mesmo empatando.
 Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente
horários livres para se fazer o que quiser.
 Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito
prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada.
 Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação
unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.
 Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque
algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.
 Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem
ser consultadas diariamente.
TOD- TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR

É preciso considerar a hipótese de TOD quando os sintomas causam


prejuízos significativos na vida do sujeito. Isso porque os comportamentos
presentes no transtorno restringem a vida social da pessoa, devido às
manifestações constantes de raiva, teimosia, hostilidades e insubordinação.

Toda criança e adolescente pode apresentar comportamentos dessa ordem


em alguma fase da vida. Por isso, o diagnóstico de TOD é feito quando os
sintomas persistem por mais de seis meses e ocorrem em diversos
ambientes.

Para diagnosticar o TOD, é preciso verificar a presença de pelo menos


quatro dos seguintes sintomas:

 irritabilidade e acessos de raiva constantes;


 discute com adultos ou figuras de autoridade;
 desafia regras;
 faz coisas deliberadamente para aborrecer a terceiros;
 culpa os outros pelos seus próprios erros;
 se sente ofendido com facilidade;
 tem respostas coléricas quando contrariado;
 é rancoroso e vingativo quando desafiado ou contrariado.

Quais as causas do TOD – Transtorno Opositivo Desafiador?


As causas do TOD não são conhecidas, mas segundo evidências, fatores
genéticos e neurofisiológicos podem influenciar o desenvolvimento do
transtorno. Assim como um ambiente familiar conturbado e ambíguo, no que
se refere a educação dada pelos pais, pode contribuir para o surgimento do
TOD.

Quais os principais sintomas do TOD?


Os sintomas do TOD costumam se manifestar na pré-escola, embora possam
aparecer mais tarde, na adolescência. Como mencionado, os principais
sintomas do transtorno incluem os seguintes comportamentos:

 agressividade;
 irritabilidade;
 desafia regras e instruções;
 discute com adultos frequentemente;
 desobediência;
 agitação;
 incomoda os outros deliberadamente;
 culpa terceiros pelos seus erros;
 pode ser cruel e vingativo.

Como podemos ver, os comportamentos presentes no TOD prejudicam as


habilidades sociais das crianças e podem fazê-las sentir-se mal e culpadas.
Dessa forma, é muito importante buscar e tratamento adequados.

Uma criança com Transtorno Opositivo Desafiador irá exibir esses sintomas
com mais frequência do que outras crianças, demonstrar problemas
comportamentais por um período de pelo menos seis meses, ter problemas
na escola e para fazer amizades como resultado direto do comportamento,
além de ter seu funcionamento geral comprometido por seus
comportamentos desafiadores.

A terapia com um profissional especializado, ajuda a encontrar o que pode


estar causando esses comportamentos indesejados, assim como ensina novos
comportamentos funcionais.

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA).

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do


neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento
atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e
na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e
estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e
atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos


nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos
2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de


TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio
educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores
resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser


preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento
atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.

Duas características principais definem transtornos do espectro do


autismo:
 Déficits persistentes na comunicação e interação sociais
 Padrões repetitivos restritos de comportamento, interesses
e/ou atividades

Incluem:

 Déficits na reciprocidade social e/ou emocional (p. ex.,


incapacidade de iniciar ou responder a interações sociais ou
conversas, nenhum compartilhamento de emoções)

 Déficits de comunicação social não verbal (p. ex., dificuldade


de interpretar a linguagem corporal, gestos e expressões das
outras pessoas; redução nas expressões faciais e gestos e/ou
contato visual)

 Déficits no desenvolvimento e na manutenção de


relacionamentos (p. ex., estabelecer amizades, ajustar o
comportamento a situações diferentes)

As primeiras manifestações observadas pelos pais podem ser :

Atraso no desenvolvimento da linguagem, não apontar para coisas de certa


distância e falta de interesse pelos pais ou em brincadeiras típicas.

Exemplos dos padrões, repetitivos e restritos de comportamento,


interesses e/ou atividades  incluem:

 Falas ou movimentos estereotipados ou repetitivos (p. ex.,


agitar as mãos ou estalar os dedos repetidamente, repetir
frases idiossincráticas ou ecolalia, alinhar brinquedos)

 Adesão inflexível a rotinas e/ou rituais (p. ex., sentir aflição


extrema em pequenas mudanças nas refeições ou roupas, ter
rituais de saudação estereotipados)

 Interesses muito restritos anormalmente fixos (p. ex.,


preocupação com aspiradores de pó, pacientes mais velhos que
anotam horários de voos)

 Reação exagerada ou falta de reação a estímulos sensoriais (p.


ex., aversão extrema a cheiros, aromas ou texturas
específicas; indiferença aparente à dor ou temperatura).

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