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FUNDAMENTOS DE CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL E-Book Esse recurso é uma versa estatica. Para melhor visualizar, acesse esse contetido pela midia interativa, E-Book Fundamentos de calculo diferencial e integral 014, estudante! Voce ja deve estar acostumado a ouvir a palavra “cdlculo’ no sentido de se calcular alguma coisa, como quando realizamos alguma opera¢ao aritmética para somar, subtralr, multiplicar ou dividir quantidades ou valores. Mas, nesta unidade de ensino, conheceremos 0 Caleulo como o ramo da matemética que estuda taxas de variagdo de grandezas, tendo como objeto fundamental as fungdes. Focaremos em alguns conceitos basicos sobre limites, derivadas ¢ integrais, para conhecermos e sabermos aplicar essas ferramentas matematicas no estudo do movimento de corpos. Ao final desta unidade, vocé sera capaz de: ‘¢ Entender a definigéo de limite e a sua importancia no céleulo diferencia e integral; + Compreender a derivada por definicio de limite e analise grafic; ‘* Relacionar a derivada com a inclinacdo da reta tangente e a taxa de variagao instantanes; ‘+ Aplicar as regras de derivagdo de fungéo constante e de poténcia na determinagao de derivadas; ‘+ Compreender a integral por definigao de limite e andlise gréfica; ‘+ Relacionar @ area de um grafico com a integral definida; ‘+ Distinguir integral definida de integral indetinida; ‘+ Determinar a integral de uma fungo por melo do teorema fundamental do caloulo; ‘+ Compreender a relagao inversa entre diferenciagao e integragao. iarmos, confira 0 video a seguir. 2de 82 paginas E-Book VIDEOAULA 1 - Na sala de aula Clique aqui para abrir 0 video @ were ‘© nome desta unidade ¢ Fundamentos de Calculo Diferencial ¢ Integral porque $6 ‘aborda alguns conceitos especificos e de forma bem sucinta, no intuito de ‘conhecermos mais ferramentas matematicas que nos ajudam (e muito!) a resolver problemas que envolvem fenémenos fisicos. Para a abordagem ser mais fluid, mencionamos apenas um teorema, mas 0 cdlculo é definido por varios deles! Entao, para ter uma compreensdo melhor ¢ uma visdo mais densa sobre esse ramo da matematica, 6 muito importante que vocé faca as leituras sugeridas ao longo desta unidade. Se Saiba Mais ‘Quer saber mais sobre o que é um teorema? Acesse o link a seguir: hutps://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/08/matematica-entenda-difere nca-entre-axioma-teorema-e-teoria html Limites 3.de 82 paginas E-Book Sabemos aque uma fungdo & uma relagdo ene grandezas varidvels. Geralmente, a vive e representa um elemento no dominio da func8o, e f(t) representa um elemento na imagem dessa funglo, Dependendo da funglo ¢ seu dominio, os elementos da imagem podem convergit para um valor comum, que chemamos de limite da fungéo. Esse limite compreende Oestudo do comportamento das fungéan quando ve aproxkma de um deterinade val Para simplificarmos, vamos comecar com uma nocao intuitiva de limite. Para isso, vamos considerar quatro exemplos de sequéncias infinitas, apresentadas 2 seguir. (1, 2, 8, 4, 5, 6...) Podemos dizer que as sequéncias apresentadas sdo infinitas pela indicagdo das reticéncias a0 final de cada uma delas. E, intuitivamente, podemos prever os numeros seguintes. Apesar de serem sequéncias infinitas, também podemos prever um limite para cada uma dessas sequéncias, mesmo que elas no atinjam exatamente esse limite. Assim, se representarmos. 08 elementos de cada sequéncia por @, podemos dizer que a "tende” a determinado limite. Vamos analisar cada uma das sequéncias: ‘Sequéncia a: podemos prever que os elementos caminham para valores muito grandes, entao, dizemos que “x tende a mais infinito’, e 2 notacéo para tal é "x —> +00" ‘Sequéncia b: podemos dizer que tende a 1. Para verificar isso, resolva a divisio para cada elemento. Considere também um niimero bem grande e divida pelo seu sucessor: 1001 dividido por 1002 = 0,990, por exemplo, Entéo, por maior que seja 0 elemento, o resultado se aproxima de 1, mas no chega a atingir esse valor. ‘Sequéncia c: podemos prever que os elementos caminham para valores muito pequenos, ‘endo, dizemos que “a tende a menos infinite". ‘Sequéncia d: apesar de podermos prever os préximos elementos da quarta sequéncia, esses ‘elementos nao caminham para um valor comum. Sendo assim, a quarta sequéncia nao possui limite, 4 de 82 paginas E-Book 0 quadro a seguir sintetiza a nossa anélise. QUADRO 1 - Exemplos de limite, considerando algumas sequéncias, SEQUENCIA LIMITE (1,2,3,4,5,6,..) XxotO (4,-2,-3,-4,-5,..) x3-00 Nao tem Fonte: Autor, 2021 - Adaptado OP Content. ‘Agora, vamos aplicer essa mesma logica para a funcao f(#)= #* + 2x-1, considerando valores proximos de 2 para @, mas com # # 2. Podemos considerar valores menores do que 2 (nesse caso, dizemos que os valores se aproximam de 2 pela esquerda) e maiores do que 2 (os valores se aproximam de 2 pela direita). A primeira linha da tabela a seguir apresenta valores para, que se aproximam de 2 por ambos os lados. Substituindo esses valores na fungéo dada, temos as imagens f(z) apresentadas na segunda linha da tabela 1s x @ imagens f(x) para a fungao dada w fis} 1s | 18 | 19 | 199 | 1998 2001 | 201 | 21 | 23 | 25 | 26 | a0 20 | 33 | 43 | 58 | 64 | 604 | 6994 700s | 706 | 76 | 89 | 103 | 124 | 140 Fonte: Autor, 2021 - Adaptado DP Content. Analisando as imagens obtidas para a fungdo, observamos que os valores das imagens tendem a 7 por ambos os lados. Entdo, esse é 0 limite da fungao. Para expressar esse resultado, usamos @ notacdo de limite, como segue 5 de 32 paginas E-Book lim (2? + 2a —1)=7 a2 Lemos a notagao anterior da seguinte forma: “o limite da fungao 2” + 22-1, quandox tende a 2, é igual a7. De forma geral, podemos dizer que o limite de uma fungao f(z), quando z tende aa, ¢ igual a L. Em notagao de limite, fica expresso como: ToC) Entender 0 conceito de limite é fundamental para os préximos tépicos, nos quais abordaremos os conceitos de derivadas e integrais, pois ambos possuem 0 limite como base. Por isso, confira 2 leitura indicada a seguir Pe digital Para compreender melhor o que vimos até aqui, v jo e alguns, exemplos sobre Limites, presentes da pagina 70 a 74 do livro “Calculo”, disponivel no link a seguir. httpsi/integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/10 61/4/2@100:0.00 STEWART, J. Célculo, 8, ed. S80 Paulo: Cengage Learning, 2017, 6 de 82 paginas E-Book Derivadas ‘Sabemos que podemos obter informacdes a respeito de determinada grandeza varidvel por meio da inclinagao da reta de um grafico, Nesta UCD, veremos que fazer essa anélise é importante porque, no estudo do movimento dos corpos, a inclinagao da reta fornece a velocidade ou a aceleragéo de um corpo, em um instante especitico, Para uma grandeza que varia linearmente, por exemplo, a fungao é do tipoy = ax +b, sendo @ 2 inclinagdo da reta, que pode ser facilmente determinada pela anlise do triangulo retangulo formado pela variagao das grandezas@ ey entre dois pontos (a = (Ay/ Az) Mas 0 que acontece quando temos uma fungBo quadtétice, é que o gréfico é dado por uma pardbola e ndo por uma reta? Como obterinformagdes desse grafico, e a variagdo entre dois Pontos dessa curva ndo forma um triangulo retangulo perfeito? Temos, aqui, o problema da rele tangente. A figura a aeguir usta a situapdo descrite FIGURA 1 - Fungdo linear x fungdo quadratica Fungo linear Fungao quadratica Fonte: Autor, 2021 - Adaptado OP Content. 7 de 82 paginas E-Book A reta tangente é uma reta que toca apenas um ponto de uma curva e é a reta que melhor se ‘aproxima da fungao. Sendo uma reta, é possivel obter sua inclinagdo da mesma forma que fazemos em um grafico de fungao linear. Mas, diferentemente da funcao linear, uma curva possui varias inclinagées diferentes, jé que a reta tangente toca apenas um ponto da curva, como mostra a figura a seguir. E € exatamente por isso que a inclinagao da reta pode fornecer a velocidade ou a aceleragao de um corpo em um instante especifico: porque a reta tangente toca um Unico ponto da ‘curva, ou seja, corresponde a um tinico instante. FIGURA 2 - Reta tangente em diferentes pontos da curva de um gi y Fonte: Autor, 2021 - Adaptado OP Content Para tragar uma reta, sem conhecer sua inclinagao, ¢ preciso que tenhamos, no minimo, dois pontos, 0 grande problema é: se a reta tangente toca um tinico ponto da curva, come tracar uma reta tangente perfeita, de forma que possamos obler informagdes de um ponto especifico do grafico de uma fung&0? A solugdo considerarmos, inicialmente, uma reta secante (reta que intercepta dois pontos de uma curva) que se aproxima de uma reta tangente. Vejamos como essa situagao pode ser explicada graficamente. 8 de 82 paginas E-Book Tomemos como exemplo a grafico de uma fungao genérica f(z), apresentado na figura a seguir. FIGURA 3 - Ponto especifi 0 de uma curva que representa uma fun gené y Fonte; Autor, 2021 - Adaptado DP Content. Nosso objetivo é determinar a inclinago da reta tangente que toca o ponto (z, f(#)). Para isso, precisamos, primelramente, considerar um outro ponto qualquer na curva, a uma distancia arbitréria Aw do ponto @. Dessa forma, esse ponto possui dominiow + Ag euma imagem f(a + Az). A partir de dois pontos, é possivel tragar uma reta secante, como mostra a figura a seguir. FIGURA 4 - Grafico com reta secante 9.de 82 paginas E-Book Reta secante Reta que intercepta dois pontos da curva f(x + Ax) Fonte: Autor, 2021 - Adaptado DP Content Tendo uma reta, possivel determinar sua inclinagéo, como visto no inicio desta segao. A figura a seguir apresenta 0 triangulo retangulo formado pela variagdo das grandezas x ey entre os dois pontos considerados no grafico. FIGURA 5 - Grafico com inclinagao da reta secante y 10 de 32 paginas E-Book Fonte: Autor, 2021 - Adaptado DP Content. Assim, a inclinagdo da reta secante ¢ dada por: Set+Az)-f(e) f(etAz)-f(2) o= @tha)-2 Be ® ele 4 Como nosso objetivo é determiner a reta tangente, devemos fazer Aa tender a zero, com Az #0, de forma que os pontos do gréfico se aproximem o maximo possivel. A figura 8 seguir lista essa eproximaréo. FIGURA 6 - Grafico com a representagao da aproximagao dos pontos da curva y 11 de 32 paginas. E-Book Fonte: Autor, 2021 - Adaptado DP Content No processo descrito, os pontos ficam téo préximos um do outro que podemos dizer que esto quase sobrepostos, 0 que significa que estéo no limite da distancia entre um e outro, ‘Assim, podemos considerar que geramos uma reta tangente. A figura a seguir apresenta 0 grafico com a reta tangente da funcao. FIGURA 7 - Grafico com reta tangente y Reta tangente Reta que toca apenas um ponto da curva. Fonte: Autor, 2021 - Adaptado DP Content. ‘A inclinagao da reta tangente é, entao, dada pelo limite da proximidade entre os dois pontos da reta secante, determinada por: fey Hetde)-f a= Tim ebe)-Ne) ‘Ae-+0 ae Ao desenvolver 0 processo deserto, ee o limite exet, estamos determinando a derivada da tungto f(@) em um ponto z, denotada por f(z) (e-se “flinna de"). Assim, a notagéo de derivada é dada por: 12 de 32 paginas E-Book *()= Yim £e*8e)=F0) Fa Be Can) oe Saiba Mais Gostaria de ver uma simulago do proceso grafico de determinagdo da derivada? Entdo, acesse o link a seguir. ‘Simulagao: aproximagao reta secante e tangente. Observe que, na simulagao, Ax chamado de “h’. Entdo, mova 0 ponto vermelho para fazer h tender a zero e veja a ‘aproximagao dos pontos da reta secante até chegar na reta tangente. Disponivel em: htips://www.geogebra.org/m/ZMHFicGw Geometricamente, a derivada representa a inclinagdo da reta tangente em um determinado onto, entdo, podemos dizer que as derivadas resolvem o problema da reta tangente, langado No inicio desta segao. Em relago @ reta tangente, na equacéo anterior o valor de a teria um valor especiico para 0 ponto determinado. Porém, a mesma equagao pode ser chamada de fungdo derivada, jé que pode ser aplicada para qualquer valor dea que pertenca ao dominio de uma fungdo f(2), ou seja, para qualquer ponto de uma curva, desde que o limite de @ exista 13 de 32 paginas E-Book Durante toda a descrigao do processo para obtermos a inclinagdo da reta tangente da fungao, conslderamoa a varlagho daa grandezes em@ ©, consequentemente, emg. Quenda consideramos um interalo da curva, como no caso da inclinagdo da reta secante, estamos folondo de urna taxa mbdia de varioghe ce y em relag#o ad. Contudo, quando fazemos Aw +0, estamos considerendo um intervlo tho pequeno cuey ¢2 podem ser considerados constantes, de forma a serem representados por um Unico ponto da curva, Por isso, geralmente nos referimos & derivada f(t) como taxa instantinea de variagio de = f(@), quando Az tende a zero. Essa taxa 6 dada pela incinago da reta tangente em um ponto da curva que representa um instante espectico Na equacdo que define a derivada, apresentada logo acima, o incremento entre os dois pontos da curva € representado por Ag, mas em alguns livros é representado por h.. Além disso, exstem outras notagées para dervadas, além de f(z) - uma bastante comum ¢ $2 (le-se “a derivada dey em relacéo az” ou, simplesmente, ‘dy dar’). 0 simbolo dy/da ¢ chamado de operador diferencial, pois indica a operagao de diferenciagao, que é 0 proceso do calculo de uma derivada, Vale lembrar que X @ Y so notagdes genéricas para a varidvel independente e dependente, respectivamente; sendo assim, outras letras podem ser usadas, de acordo com as grandezas envolvidas no problema. Poe digital compreender melhor 0 conceito de derivada e ver alguns exemplos, Par leia da pagina 121 134 do livro “Calculo”, disponivel no link a seguir. huips:/integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/15 7444/2@100:0.00 STEWART, J. Célculo. 8. ed. $0 Paulo: Cengage Learning, 2017, oe Saiba Mais 14 de 32 paginas E-Book Isaac Newton e Gottfried Leibniz sao reconhecidos como criadores do calculo, pois ambos desenvolveram os mesmos trabalhos independentemente. Na época, houve uma intensa disputa porque, apesar de Newton ter desenvolvido a sua versio primeiro, foi Leibniz que fez a primeira publicag&o. Anos mais tarde, verificou-se que fa verso de ambos tinha suas perticuleridades, comprovando o desenvolvimento independente Leia a reportagem e entenda o que aconteceu. Disponivel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/31/ciencia/1501499450_270 522.htmi Regras de derivagdo J4 conhecemos a funcéo derivada, que pode ser aplicada para qualquer valor de @ que pertenga ao dominio de uma fungao f(@), desde que o limite de a exista; mas existem regras de derivagio, desenvolvidas a partir da definicao de derivada, que podem ser aplicadas de forma mais direta, poupando tempo na resolugéo de problemas. Cada tipo de fungao possui uma regra especifica, mas, nesta UCD, vamos focar na derivada de fungao constante e na derivada de funco poténcia. Vocé ver que, aplicando as regras de derivaco, fica muito mais fécil encontrar a derivada de uma fungo sem precisar usar a definicéo através de limites. Derivada de fun¢ao constante Ume funcao constante pode ser expressa por f() = ¢, na qual é uma constante, ‘A devvada de quelquer fungao constante é ero. Se f(@) = c,temos que f*(a)= 0 Também podemon eactever como: Pee O Rod 15 de 32 paginas, E-Book Para verificacao, vamos demonstrar essa derivada a partir da definigao formal fat A2)—f(2) P@)= jae ‘Também poderiamos chegar a esse resultando por anélise conceitual. Vimos que a derivada é uma taxa de variagéo; se ndo existe variagdo, também néo existe a derivada. Além disso, oderiamos lembrar que a derivada é a inclinagao da reta tangente da fungao; se a fungao é constante, 0 grafico gerado a partir dela é uma reta horizontal paralela ao exo x, ou seja, ndo possul inclinagéo; se a inclinaco nao existe, a derivada também néo. Derivada de fungao poténcia A regra para derivacao de fungo poténcia nos permite caleular a derivada de fungdes do tipo F(z) = 2", isto & qualquer fungao com a varidvel @ elevada a um expoente constante N, comn # 0 (pois, sem = 0, voltamos para uma funcao constante). Para aplicar a regra, basta muttiplicarmos o expoente pela base a e subtrairmos uma unidade (1) do expoente original 6 dada por P(x)= nz", Tambem A derivada de uma fungao poténcia f(x) podemos escrever como: Dee ry Com a aplicagdo decua regr, o reauttada da derivada 60 mesmo resultado que encontramon quando realizamos 0 céleulo com @ definigéo formal, a partir da fungi derivada. Para a funcao f(a) = 2, por exemplo,o resultado ¢ f°(a) = 22 para os dois métodos 16 de 32 paginas E-Book Ce ORO Rac cd F(a) jim, Settee) F@= jim, seh? re)= jim, (Comte P(@)= jim, aeterne? F@= jim, seo P()=22+0 f(2)= 22 COU ORT EO Sarena On Ta Culsrs fe) = f(@) = 222% f@) = CREE eee ce eee ultado de forma Sone 17 de 32 paginas E-Book Sendo assim, as regras de derivacao facilitam bastante o calculo da derivada de uma funcao. Entao, sempre que precisarmos derivar uma fungao, podemos fazer uso das regras. Isso nos, ajuda muito na resolugao de problemas nos estudos de fendmenos fisicos. Por isso, confira a leitura indicada @ seguir: ey bi digital leia da pagina 150 152 do livro “Calculo”, disponivel no link a seguir. ® Para compreender methor as regras de derivacao e ver alguns exemplos, huips:/integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/18 61/4/2@100:0.00 STEWART, J. Célculo, 8, ed. Sio Paulo: Cengage Learning, 2017, oe Saiba Mais Existem outras regras de derivagao, além das apresentadas nesta unidade. Caso voce tenha curiosidade ou deseje aprender sobre as outras regras, veja 0 capitulo 3 do livro Calculo, de James Stewart, disponivel no link a seguir. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/bo0ks/9788522126859/cfi/1851/4/2@10 0:0.00 Integrais Na se¢ao anterior, vimos como determinar a inclinagaio da reta tangente da curva de um grafico de determinada fungéo. Agora, veremos como determinar a érea de um grafico, correspondente ao espago entre a curva da funcao e 0 eixo x. 18 de 32 paginas, E-Book Nesta unidade, veremos que saber calcular essa area é importante porque, no estudo do movimento dos corpos, a area do grafico fornece 0 deslocamento de um corpo em um. intervalo de tempo, ou ainda, 0 trabalho realizado por uma forca variével em um deslocamento, Nas andlises que faremos nesta seco, vamos considerar que todas as funcées séo continuas, ou seja, seu dominio & constituido por todos os pontos do intervalo considerado Além disso, vamos considerar um intervalo fechado (notacao [ , ]), ou seja, quando os extremos do intervalo esto incluidos nele. Para um intervalo [@, b], por exemplo, o dominio ase 00, Entdo, a érea do grafico é dada por: A= lim Dh sleaze @ sersi0 Para facilitar a compreensao, foram feitas duas simplificagdes nos dois utimos Gréficos apresentados: consideramos todos os retangulos com mesma base Aw e tomamos a altura dos reténgulos pela sua extremidade direita (a altura é definida pelo ponto em que o vértice superior direito do retangulo toca a curva). Ainda assim, a8 equaotes apresentadas so vidas mesmo quando as bases dos Tetangulos sao diferentes. Além disso, podemos considerar qualquer ponto no patter fans) er teats een leecettomementetet elf (2) ectiet rie) desde que o limite exists e tenha o mesmo valor para as possivels escolhas, Ento, poderiamos ter considerado a extremidade esquerda do reténgulo, 0 ponto médio de sua base ou qualquer ponto entre os extremos do subintervalo para tomarmos a altura do retangulo. Se Saiba Mais Confira uma simulagao da soma de Riemann clicando no link a seguir. Moya 0 cursor na barra n, fazendo o numero de retangulos da simulacao tender ao infinito. Assim, voc verd que, quanto menor a base dos retdngulos, melhor eles se encaixam sob a curva do grafico. Disponivel em: https://www.geogebra.org/m/vhanezAU 22 de 32 paginas E-Book Para compreender melhor como a integral definidida pode ser uma solugdo para o problema da Area, faca a leltura indicada a seguir. Poe digital 0 problema da area 6 tratado com mais detalhes na segio 5.2 do livro “Géleulo", de James Stewart, da pagina 322 a 326, disponivel no link a seguir. httpsi/integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/35 81/4/2@100:0.00 STEWART, J. Célculo, 8. ed. So Paulo: Cengage Learning, 2017, Integral definida © processo de realizar uma soma de elementos infinitesimais por meio de mites, como 0 que acabamos de ver, & denominado integragéo. O limite das somas no intervao [a B], que tcabemos de conhecer, &chamed de integral definda, que recebe ease name por ir lnites de integragso definidos, Sua notagdo & dada por: Lif @)de = kim Yo flai)Ae Integral Definida 23 de 32 paginas, E-Book Na notagge acim, o simbolo Jf & o inal de Integral e também representa uma some. A fungao f(@) & o integrando, ed indica a variavel de integragdo. Os limites de integragéo deiner 0 intervalo da fungéo, sendo @ 0 limite inferior &B o limite superior. Consierando uma fungdo com um intervao [ ], temos que: 24 =(a-+i A 2) ety = Para o lado ‘esquerdo da igualdade, Ié-se “integral definida de @ a br, Integrais definidas podem ser positivas, negativas e nulas, mas apenas resultados positivos podem ser relacionados a érea. Confira a leitura indicada a seguir Pee digital neste caso. Leia da pagina 333 a 335 do livro “Calculo’, de James Stewart, disponivel no link a segui ® ‘Veja como fica o gréfico de uma integral negativa e como tratar a érea, httpsi/integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/36 91/4/2@100:0.00 STEWART, J. Célculo, 8. ed. S80 Paulo: Cengage Learning, 2017, Propriedades da integral Para realizarmos 0 calculo de integrais de forma mais simples, devemos considerar suas propriedades. ‘Algumas propriedades da integral Sejam f eg fungbes continuas no intervalo (a, B] 24 de 32 paginas E-Book 1. Para qualquer constante k: [kf (@)de=kf? f(x)dz 2.A integral de uma soma (ou subtragdo) & a soma (ou subtragdo) das integrais. Le (f(@) £9(@)|de = f° f(e)det [2 g(a)de 3. Para a soma de intervalos adjacentes de uma mesma fungéo, com a O,coma< 2 0 Teorema fundamental do célculo 25 de 32 paginas, E-Book © teorema fundamental do céleulo (TFC) permite o célculo da area sem envolver limites da soma de Riemann, e afirma que se uma funcéo f é continua no intervalo [@, BJ e se F é uma primitiva de f neste intervalo, entao: f(a)dz = F(b)-F(a) Teorema Fundamental do Célculo Uma fungdo F ¢ uma primitiva de fem um intervalo I, se F"(ae)= f(z) para todo we em I Tomando a concigdo da primitiva, podemos reescrever o teorema, substituindo f(2®) por F'(q), e atirmar que a integral da taxa de variagéo F"(2) ¢ igual a taxa de variagéo total em um intervalo, como segue: 2 F(@)de = F()-F(a) Com a notagdo acima, fica mais fécil de aplicar 0 TFC na resolugao de problemas da ciéncia e engenharia, j4 que, muitas vezes, precisamos analisar 0 comportamento de grandezas por meio de sua taxa de variagao. Na resolugde de problemas por meio do TFC, além da notagae “F'(b)—F(a):, podemos usar outras notagdes, como: FO). FOR e Fe), 0 teorema fundamental do célculo ¢ mais abrangente do que 0 apresentado aqui, mas manteremos 0 foco no que é pertinente a esta UCD. De qualquer forma, jé podemos concluir que 0 TFC facilita muito © célculo da drea, pois, para determinarmos F(z), sé preci: subtrair os valores de F nas extremidades do intervalo [@, b]. mos Todo livro de Fisica e Célculo apresenta uma tabela de integrais, para resolugéo de problemas de forma mais direta. Por enquanto, podemos focar nas integrais apresentadas a seguir: 26 de 32 paginas E-Book INTEGRaIs fkde=ke+C Jorde=“ +e (24-1) bs: As integrais acima apresentam solugdes gerais, em que C representa uma constente de integracdo. Essas integrals 80 denominadas integrais indefinidas e sero abordadas na sequéncia Como sfo solugdes gerais, também podem ser aplicedes no determinacio de integral detnida Uma tabela de integrais facilita 0 processo de resolugao de problemas que envolvem integrais. Por isso, confira a leitura indicada a seguir: Poe digital ‘Veja uma tabela mais completa na pagina 358 do livro “Calculo", disponivel no link a seguir. https:/integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/39 41/4/2@100:0.00 STEWART, J. Célculo. 8. ed. So Paulo: Cengage Learning, 2017, 27 de 32 paginas E-Book Integral indefinida Vimos que @ integral definida pode nos dar o valor de uma area, ou seja, um nimero. Mas, rmuitas vezes, 6 mais importante que tenhamos uma fungdo, de forma que sejamos capazes de realizar um mesmo célculo para condigdes diferentes. £ 0 que acontece quando precisamos de uma fungéo que nos dé a posi¢o de uma particula em qualquer instante, por exemplo. Assim, podemos usar a mesma fun¢ao para calcular a posigdo em varios instantes diferentes. Por enquanto, vamos nos ater & ferramenta matematica que nos proporciona isso: A integragdo indefinida ¢ 0 processo de encontrar todas as solucdes de uma equacdo diterencal do tipo f(@)= dy/ da. integrando « equacéo, temos f= flz)dz = dy Side = fay Si@de=y Podemos chamar y de F(@), entéo fla)da = F(2)+C Integral Indefinida Na qualC’ é uma constante de integracdo que tora essa equagdo a solucao geral de uma integragéo indefinida, sendoC qualquer numero real. Isso porque a funcdo F é uma tiva da fungdo f sso significa que, para todo em um intervalo I, F'(2)= f(x) Ento, a constante C’ indica que existe uma familia de primitivas para a funcao F(x), de forma que a derivada F(z) de cada uma delas resulta na mesma funcao f(z). Vejamos um exemplo 28 de 32 paginas E-Book Vamos considerar trés fungdes F(z) distintas, listadas & esquerda, como segue. Derivando cada uma dessas fungées, temos o resultado listado & direita A(z) =2?+3 + Fi(z) = 22 F(z) =2?-7 => F(z) = 2 F(z) = 2? +12 = F's(z) = 22 Todos 08 resultados foram 22, ou seja, o mesmo resultado f (22) para diferentes funcoes F(a). Verificando apenas o resultado do exemplo, ndo ¢ possivel saber o valor da constante de cada F(z), mas podemos deduzir que havia uma, se tentarmos fazer 0 processo inverso & pensarmos na fungéo que poderia ter sido derivada para resultar em 2@. Entéo, para representar essa constante, usamos a letra C’ na equagao da integral indefinida, Pelo exemplo apresentado, podemos concluir que diferenciacao & integragao sao processos inversos, assim como multiplicagao e divisdo ou soma e subtracdo. 0 esquema a seguir ilustra essa relacao. FIGURA 11 - Esquema da relagio entre diferenciagao e integragéo 29 de 32 paginas E-Book Fonte: Autor, 2021 - Adaptado DP Content Pelo esquema apresentado, podemos dizer que a condigo para que a integral de uma fungo F(2) seja caracterizada como indefinida é que seu resultado seja uma funedo F(z), tal que sua derivada F’(&) retorne a funcao f(z) que originou a integral A relago entre diferenciagao e integragao como processos inversos também ¢ estabelecida pelo teorema fundamental do célculo. eo Saiba Mais 30 de 32 paginas, E-Book Para saber mais sobre 0 Teorema Fundamental do Célculo, Integrais Indefinidas ainda ver algumas aplicagées na resolugio de problemas que envolvem fendmenos fisicos, lela as paginas 347 a 362 do livro "Célculo’, de James Stewart, disponivel no link a seguir. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/cfi/3831/4/2@10 0:0.00 @ veces: Apesar de estarmos citando as aplicagdes do Calculo na resolugo de problemas que enyolvem fenémenos fisicos, 0 célculo é aplicado nas mais diversas areas do conhecimento. A taxa de variagao definida por uma derivada é aplicada no estudo de reacdes quimicas, na estimativa da populagao de uma colénia de bactérias e até mesmo nas. reas de Economia, Administragao e Finangas, na andlise de curso marginal de produtos e taxa de variagao de débitos, por exemplo. A integral pode resolver problemas relativos a volumes, predigées populacionais, fluxo de sangue do coragao, excedente do consumidor e produtor, e muitas outras aplicagdes (LARSON, 2006; MORETTIN; HAZZAN; BUSSAB, 2016; STEWART, 2017). Sintese Parabéns, vocé chegou ao fim desta unidade! Confira no podcast a seguir a sintese do que vimos até aqui 31 de 32 paginas E-Book PODCAST 1 - Sintese | Fundamentos de Calculo Diferencial e Integral Clique aqui para abrir o podcast 32 de 32 paginas

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