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Faculdade Senac

Artur Silva
Catarina Piva

Filariose Linfática
Uma Visão Abrangente sobre a Doença e suas Implicações

BRUSQUE- SC
Filariose Linfática: Uma Visão Abrangente sobre a Doença e suas Implicações

Introdução:

A filariose linfática, também conhecida como elefantíase, é uma doença parasitária


negligenciada que afeta milhões de pessoas em regiões tropicais e subtropicais ao
redor do mundo. Causada por parasitas filariais transmitidos por mosquitos, essa
condição pode resultar em graves complicações de saúde e impactar
significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas. A seguir, iremos
abordar os principais aspectos da filariose linfática, incluindo seu ciclo de vida,
incubação, formas de transmissão, sintomas, prevenção e tratamento.

1. Ciclo do Parasita:

O parasita responsável pela filariose linfática é um nematódeo filarial chamado


Wuchereria bancrofti, embora outras espécies como Brugia malayi e Brugia timori
também possam estar envolvidas. O ciclo de vida da filária é complexo e envolve
dois hospedeiros: o homem e o mosquito.

Ciclo no Mosquito:

Um mosquito fêmea (geralmente do gênero Culex, Aedes ou Anopheles) se


infecta ao se alimentar do sangue de um humano infectado com microfilárias
(estágio inicial do parasita).

No interior do mosquito, as microfilárias se desenvolvem e se transformam em


estágios larvais infectantes chamados de larvas L1.

As larvas L1 se desenvolvem para as larvas L2 e, posteriormente, para as larvas


L3, que são as formas infectantes para o ser humano.

Ciclo no Ser Humano:

Quando o mosquito infectado pica um ser humano, as larvas L3 são injetadas na


corrente sanguínea.

As larvas L3 migram para o sistema linfático humano, onde amadurecem e se


transformam em vermes adultos (forma adulta).

Os vermes adultos se alojam nos vasos linfáticos, principalmente os do sistema


linfático dos membros inferiores e genitália.

No sistema linfático, os vermes adultos se reproduzem, liberando milhares de


microfilárias no sangue do hospedeiro, completando o ciclo e tornando-o infeccioso
para outros mosquitos.
2. Incubação:

O período de incubação da filariose linfática é variável e pode levar meses ou até


mesmo anos após a picada do mosquito infectado antes que os sintomas se
manifestem.

3. Formas de Transmissão:

A principal forma de transmissão da filariose linfática ocorre através da picada de


mosquitos infectados com larvas L3. Em regiões endêmicas, onde o parasita é
comum, as pessoas têm maior risco de contrair a doença, principalmente em áreas
com saneamento inadequado e condições propícias à proliferação de mosquitos.

4. Sintomas:

Nas fases iniciais, a filariose linfática pode ser assintomática ou apresentar sintomas
leves. Com o tempo, a doença pode progredir e levar a sintomas mais graves, tais
como:

Inchaço e aumento do volume de membros inferiores, genitália, mamas ou outras


partes do corpo (daí o nome popular “elefantíase”).
Dor e sensação de peso nos membros afetados.
Febre e calafrios.
Fadiga e fraqueza.
Inflamação e infecções recorrentes na pele.
Redução da função renal em casos graves e crônicos.

5. Prevenção:

A prevenção da filariose linfática é baseada em medidas de controle de mosquitos e


de proteção individual. Algumas das principais estratégias incluem:

Uso de repelentes de mosquitos.


Uso de roupas que cubram o corpo, especialmente em áreas de alta transmissão.
Uso de mosquiteiros tratados com inseticidas durante o sono.
Melhoria das condições de saneamento básico e eliminação de focos de
reprodução de mosquitos.
Administração de medicamentos preventivos em áreas de alto risco para
interromper a transmissão.

6. Tratamento:

O tratamento da filariose linfática tem como objetivo reduzir os sintomas, melhorar a


qualidade de vida e interromper a transmissão da doença. Alguns medicamentos
antifilariais, como a ivermectina, dietilcarbamazina (DEC) e albendazol, podem ser
utilizados para matar os vermes adultos e eliminar as microfilárias no sangue. O
tratamento geralmente é feito em múltiplas doses, seguindo um esquema específico
conforme orientação médica.
É importante ressaltar que o tratamento não reverte os danos causados pelos
vermes adultos ao sistema linfático, especialmente em casos avançados. Portanto, a
prevenção precoce e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar
complicações graves.

Conclusão:

A filariose linfática é uma doença parasitária negligenciada que afeta milhões de


pessoas em regiões tropicais e subtropicais. Compreender o ciclo do parasita, as
formas de transmissão, os sintomas, as medidas preventivas e o tratamento são
passos essenciais para controlar a disseminação da doença e melhorar a qualidade
de vida das comunidades afetadas. A adoção de estratégias integradas de saúde
pública, incluindo o fortalecimento do controle de mosquitos e o acesso a
tratamentos adequados, pode ajudar a reduzir a incidência da filariose linfática e
mitigar seus impactos na saúde global.
2023
Artur Silva
Catarina Piva

Filariose Linfática
Uma Visão Abrangente sobre a Doença e suas Implicações

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